Cabeamento Estruturado
Módulo de Transmissão e Ativos de Rede
Objetivo
• Saber distinguir os componentes
envolvidos na montagem de uma rede de
computadores;
• Conseguir ter uma fundamentação teórica
sobre o que é e como funciona uma rede de
computadores;
• Conhecer os componentes básicos de uma
Introdução
Segundo a Wikipedia, uma rede de
computadores é quando temos 2 ou mais
computadores (e outros dispositivos)
interligados, de forma a compartilhar serviços, como dados, impressoras, mensagens, etc.
Neste módulo, veremos como funciona uma rede e o que é necessário para fazê-la funcionar, bem como montar a estrutura inicial.
Componentes básicos de uma
rede
Quais são os componentes básicos de uma
rede de computadores?
Se quisermos uma rede doméstica, basta
termos 2 computadores e um cabo de rede,
certo?
De uma forma genérica, sim. Vamos agora
detalhar o que é necessário para ligar estes 2
computadores.
Componentes básicos de uma rede
Precisamos ter um mínimo de itens para ligar 2 computadores, que são:
• Os 2 computadores que serão interligados; • 1 cabo de rede, de par trançado, CAT5e;
• 2 conectores 8P8C (comumente chamados de
RJ45);
Componentes básicos de uma
rede
Com esses componentes, nossa pequena rede se pareceria com isso:
Componentes básicos de uma
rede
Em 2 computadores, tudo bem, mas em uma grande rede teríamos algo parecido com isso
Componentes básicos de uma
rede
Componentes básicos de uma
rede
É por isso que em uma grande rede precisamos trabalhar com padrões e segui-los à risca. Logo, em uma grande rede costumamos ter:
• Computadores com placas de rede; • Cabos (geralmente UTP, CAT5e);
• Conectores 8P8C (RJ45), machos e fêmeas;
• Hubs, switches, roteadores, modems,
Computadores
Na parte dos computadores, não nos interessa muito a configuração, e sim se o computador tem placa de rede e qual o seu tipo. Uma placa de rede também pode ser chamada de NIC (“Network Interface Card”) ou “Network
Adapter” (Adaptador de Rede).
Podem ser dos mais variados tipos, de acordo com a velocidade e barramento.
Placas de rede
Antigamente, tínhamos placas de rede de 10Mbps, que utilizavam cabos coaxiais:
Placas de rede
Atualmente, o padrão é trabalharmos com placas de 100Mbps e 1Gbps, nas máquinas mais recentes, e podem ser onboard ou
Cabos
Para ligar essas placas de rede e os outros
componentes, precisamos dos cabos.
Normalmente, utilizamos um cabo de par trançado (“twisted pair”), também chamado de UTP (“Unshielded Twisted Pair”, ou seja, par trançado sem blindagem), CAT5e (categoria 5e,
onde “e” significa “enhanced” ou
“aprimorado”). É o nosso velho e famoso cabo de rede!
Cabos
São muito mais flexíveis e baratos que os antigos cabos coaxiais. Eis o cabo UTP-CAT5e:
Cabos
Os cabos UTP-CAT5e são os mais utilizados por causa do custo-benefício. Podem trabalhar até 1000Mbps/1Gbps. O UTP-CAT5 só trabalha até 100Mbps.
Os cabos CAT5 e superiores foram
desenvolvidos para redes “Fast Ethernet”. Os padrões antigos, CAT1 até CAT4 não suportam padrões atuais.
Cabos
Existem outros cabos, nas categorias CAT6, CAT6a e CAT7, normalmente utilizados em servidores e redes gigabit. Por fim, existem os cabos STP (“Shielded Twisted Pair”), que são blindados, para evitar interferências, mas muito mais caros.
Conectores
Não basta termos os cabos, precisamos também dos conectores. Nos cabos UTP utilizamos os conectores 8P8C macho, muito chamados (erroneamente) de RJ45. Costumam ser de plástico, com conectores em cobre e são muito baratos.
Conectores
Além dos 8P8C machos, utilizamos conectores fêmea, principalmente quando trabalhamos com cabeamento estruturado (criando pontos lógicos de fácil modificação e discretos).
Ferramentas para cabeamento
Além dos cabos e conectores, precisamos também de algumas ferramentas para fazer o acabamento. Isso inclui alicates de crimpagem (para conectores fêmea/macho), decapadores de cabos, estiletes, chaves de fenda e philips.
Aconselho vocês a montarem seus kits e recomendo também a utilização de testadores de cabos e outras ferramentas que veremos no decorrer do curso.
Alicate de crimpagem (8P8C
macho)
Para fixarmos o cabo UTP nos conectores 8P8C, utilizamos um alicate especial, chamado de alicate de crimpagem (que é o método no qual são fixados os fios).
Alicate de crimpagem (8P8C
fêmea)
Já para fixarmos o cabo UTP no conector fêmea, utilizamos uma outra ferramenta (que na verdade não é um alicate), chamada de down tool” ou simplesmente
Descascadores de cabos
Para crimparmos um cabo UTP/STP, antes, precisamos desencapá-los, de forma a liberar os pares. Para isso, utilizamos um outro alicate, específico para a função, simplesmente chamado de decapador.
Outras ferramentas
Também é recomendável o uso de outras ferramentas, ou para complementar seu kit, ou para substituir outras. Por exemplo, é sempre bom ter chaves philips e de fenda de tamanhos variados, para emergências.
Outras ferramentas
Ou, podemos adotar um estilete ao invés do decapador de cabos. Sai mais barato, mas é necessário um pouco de prática para não ferir os pares do cabo UTP/STP.
Outras ferramentas
Outra ferramenta muitíssimo útil são as abraçadeiras/presilhas de nylon. Podem ser fixas ou removíveis e dos mais variados tamanhos e cores.
Outras ferramentas
Por fim, outra ferramenta muito útil na parte de redes é o testador de cabos, ou “cable
tester”. Não adianta só crimpar os cabos, temos
que garantir que funcione e é para isso que ele serve.
Então...
...no decorrer deste módulo, vocês farão melhor do que isso...
Outros componentes da nossa
rede
Para que possamos chegar até este rack do slide anterior, veremos também, no decorrer do módulo, os seguintes ativos de rede:
• Hubs;
• Switches;
• Roteadores; • Modems;
A comunicação
Para que tudo isso que vimos, tanto a rede quanto seus ativos, funcione, precisamos ter um protocolo, ou seja, uma linguagem, que
faça com que todos os
dispositivos/componentes se comuniquem.
Do contrário, teríamos algo como uma torre de babel, onde todos falam e ninguém se entende.
Protocolos
Com base nessa comunicação, foram
desenvolvidos vários protocolos de rede, como NetBEUI, IPX, TCP/IP, Novell, AppleTalk, etc.
Destes, vamos nos focar no TCP/IP, que é o padrão mais utilizado e difundido atualmente. Antes, vamos entender como
funciona a comunicação dentro desse
Protocolos
Como vimos, o TCP/IP é um protocolo de transporte. É ele quem “levará” os pacotes da nossa rede, de computador para computador, do computador para o switch, do roteador/modem para internet, etc.
Atualmente utilizamos o IPv4 (que utiliza 4 octetos, ou seja, 255.255.255.255), mas, em breve, passaremos a utilizar a nova versão, o IPv6. Nas próximas aulas entenderemos o motivo da modificação.
Modelo OSI
Para que todos esses componentes funcionem em nossa rede, precisamos um modelo, o OSI (“Open System Interconnection”). Esse modelo se baseia em camadas, onde cada etapa e componente que vimos se encaixa, em fluxo e contrafluxo, para que as informações possam fluir como conhecemos.
Modelo OSI
As camadas são:
7- Aplicação (aqui está o programa)
6- Apresentação (aqui acontece a tradução)
5- Sessão (comunicação entre aplicativos e marca pacotes) 4- Transporte (TCP - pega os dados da sessão e quebra em pacotes)
3- Camada de Rede (endereça pacotes, convertendo IPs em MACs)
2- Link de enlace/dados (placas de rede, switches, correção de erros)
Para a próxima aula!
Na próxima aula veremos como fazer a crimpagem dos cabos de rede e conectores, veremos porque utilizar o cabeamento estruturado, suas vantagens em utilização conjunta com a NR-10 e no mercado, entre outras coisas.
ATIVIDADE
1. Monte seu kit de ferramentas. Grave um vídeo (narrado) ou faça um documento de texto (com imagens do material) e explique porque você o montou daquela forma.
2. Você tem 10 computadores para serem
ligados em rede. Podemos ligá-los
diretamente ou nos falta alguma coisa? Por que?
• O vídeo deve ser postado no Youtube e o link
deve ser enviado junto com a resposta da 2ª questão;
• O documento de texto deve seguir o padrão de
formatação postado no fórum;
• Pode ser pesquisado na internet, desde que
seja colocada a referência; favor NÃO copiar!
• NÃO copiem dos colegas!
• A atividade deve ser postada no AVA até o
dia 25/Fevereiro/2012, às 23h55.