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Avaliação da resistência de união de um pino de fibra de vidro individualizado à dentina radicular em função da opacidade do compósito

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ODONTOLOGIA

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE UM PINO DE FIBRA DE VIDRO INDIVIDUALIZADO À DENTINA RADICULAR

EM FUNÇÃO DA OPACIDADE DO COMPÓSITO

Niterói 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ODONTOLOGIA

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE UM PINO DE FIBRA DE VIDRO INDIVIDUALIZADO À DENTINA RADICULAR

EM FUNÇÃO DA OPACIDADE DO COMPÓSITO.

PAULO ROBERTO BARROS OREM

Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Flu-minense, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre, pelo Pro-grama de Pós-Graduação em Odontologia. Área de Concentração: Dentística

Orientador: Prof. Dr. José Guilherme Antu-nes Guimarães

Niterói 2019

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BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. José Guilherme Antunes Guimarães Instituição: Universidade Federal Fluminense

Decisão: _________________________Assinatura: ________________________ Prof (a). Dra. Alice Gonçalves Penelas

Instituição: Universidade Federal Fluminense

Decisão: _________________________Assinatura: ________________________

Prof. Dr. Renato Cilli

Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho em especial ao meu avô Léo de Faria Barros, que me ensinou os valores: da sabedoria, do conhecimento e como usá-los para o engrande-cimento de todos aqueles que me cercam.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pois sua graça me sustentou até aqui, seu amor e sua misericórdia me guardaram a tempo e fora de tempo, nunca faltando nos momentos difíceis que passei. ”Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem" (Salmos 128;1-2).

Aos meus pais, Aroldo Rodrigues Orem e Adriana Barros Orem, por nunca te-rem medido esforços, me ensinando o caminho certo a trilhar, sendo exemplos em cada atitude e escolha a ser tomada.

A todos os familiares, em especial a minha irmã Isabella Barros Orem, que me ajudou nesta caminhada com palavras de ânimo e encorajamento, se mostrando so-lícita em tudo que precisei.

Ao meu mestre Professor Doutor José Guilherme Antunes Guimarães, que me acolheu neste programa como um grande amigo. Dizer que muito do que sou hoje devo a ele, me ensinou a exigir sempre o melhor de mim. Nunca poderei retribuir tudo o que fez por mim, pois cresci não somente como profissional ao seu lado, mas como ser humano.

Aos professores da Dentística da UFF, Eduardo da Silva, Laiza Poskus, Alice Penelas, Glauco Botelho, Jayme Noronha e Cristiane Mariote, pelos momentos pas-sados juntos, por cada conhecimento adquirido e por terem me dado a honra e o pri-vilégio de participar desta instituição; meu muito obrigado.

Ao Professor Renato Cilli, membro da banca examinadora, pela consideração e empenho de ter se deslocado de tão longe para enriquecer e contribuir para este trabalho.

Ao Professor Victor Feitoza, colaborador desta pesquisa, pela realização da análise do grau de conversão.

A aluna de iniciação científica Júlia Fedozzi, ela colaboração e participação neste trabalho.

Aos amigos da minha turma e aos que fiz nas outras, pessoas de caráter sin-gular que tive a oportunidade de conhecer; em especial, Amanda Cipriano, Adolfo Martins, Tayane Holz, Caulli Capilé, Renato Paiva, Isis Simões, João Abreu, Vitor No-bre, e Luciano Corrêa, amigos que Deus preparou para mim em Niterói.

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Aos Amigos importantes que fiz durante a vida, pessoas que muita vezes não sabem, mas que tem total mérito em toda essa conquista; em especial a Alberto Costa Vilella Júnior, pois cada ida e volta a Niterói não seria possível sem você.

À Universidade Federal Fluminense e aos funcionários do PPGO-UFF, em es-pecial ao seu José Maria Suett de Azevedo, sou muito grato a toda experiência adqui-rida ao seu lado.

A CAPES, pela bolsa de estudos que me ajudou com as despesas durante a minha estadia em Niterói.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 9 2. PROPOSIÇÃO ... 11 3. MATERIAL E MÉTODOS ... 12 4. RESULTADOS ... 19 6- CONCLUSÃO ... 25 7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 26

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RESUMO

Orem PRB. Avaliação da resistência de união de um pino de fibra de vidro individua-lizado à dentina radicular em função da opacidade do compósito. [Dissertação]. Nite-rói: Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Odontologia; 2019..

Este estudo objetivou avaliar a influência de um pino de fibra de vidro (PFV) individu-alizado com compósito de diferentes opacidades na espessura da linha de cimentação (ELC), resistência de união (RU) à dentina radicular e no grau de conversão (GC%) do cimento resinoso empregado para sua fixação. Após limpeza e desinfecção, as coroas de 52 incisivos bovinos foram removidas, o comprimento das raízes padroni-zado (14 mm) e os condutos preparados (12 mm). As raízes foram distribuídas em 4 grupos; WP3, A3D, A3E e CT [ELC e RU, n=10; GC%, n=3) de acordo com o pino utilizado : WP3 (controle) = WhitePost DC3; A3D, A3E e CT = WhitePost DC0.5 indi-vidualizados com compósito Filtek Z350, respectivamente, nas cores A3D, A3E e CT. Após a fixação dos pinos com cimento resinoso dual autoadesivo RelyX U200, os espécimes foram estocados em água destilada (37°C / 24h) e seccionados em 6 dis-cos de 1,0 mm de espessura, objetivando a avaliação dos terços radiculares (C = cervical; M = médio; A = apical). A ELC foi avaliada através de imagens obtidas em estereomicroscópio óptico, a RU foi avaliada por ensaio de push-out em máquina de ensaios universal (1,0 mm/min) e o GC% do cimento por microespectroscopia Raman. A análise de variância e o teste de Tukey (α=5%) revelaram que: a) ELC – WP3 (0,14 ± 0,02) > A3D (0,06 ± 0,01) = A3E (0,06 ± 0,01) = CT (0,04 ± 0,02); b) RU – CT (5,62 ± 1,82) = A3E (5,42 ± 1,96) > A3D (3,73 ± 0,87) = WP3 (3,52 ± 1,32); c) Não houve diferenças para RU entre os terços; d) GC% – CT (63,47 ± 12,90) = A3E (69,58 ± 10,07) > WP3 (54,98 ± 19,81) > A3D (36,20 ± 14,95) e C (67,51 ± 13,82) > M (62,30 ± 12,21) > A = (38,37 ± 17,13). Os PFV individualizados com compósitos de menor opacidade (CT e A3E) levaram a valores mais elevados de RU e GC%, embora a opacidade do compósito não tenha interferido na ELC.

Palavras-chave: resistência de união, grau de conversão, pino de fibra de vidro indivi-dualizado, opacidade do compósito, espessura da linha de cimento

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ABSTRACT

Orem PRB. Push-out bond strength of a relined glassfibre post to root canal dentin as a function of the composite opacity. [Dissertation]. Niterói: Universidade Federal Fluminense, School of Dentistry; 2019.

This study aimed at evaluating the influence of a relined glassfibre post (GFP) with composite of different opacities on the cementing film thickness (CFT), bond strength (BS) to root dentin and on degree of conversion (DC%) of the resin cement used for its fixation. After cleaning and disinfection, the crowns of 52 bovine incisors were re-moved, the root length standardized (14 mm) and prepared (12 mm). The roots were randomly distributed into 4 groups [CFT and BS, n = 10; DC%, n = 3) according to the post used: WP3 (control) = WhitePost DC3; A3D, A3E and CT = WhitePost DC0.5 relined with Filtek Z350 composite, respectively, in shade A3D, A3E and CT. After post cementation with a self-adhesive resin cement (RelyX U200), specimens were stored in distilled water (37 ° C / 24h) and sectioned into 6 discs of 1.0 mm thickness. The CFT was evaluated using optical stereomicroscope images, the RU was evaluated by a universal test machine (1.0 mm / min) and GC% of the cement by Raman microspec-troscopy. The two-way ANOVA and Tukey's contrast test (α = 5%) showed that: a) CFT – WP3 (0.14 ± 0.02) > A3D (0.06 ± 0.01) = A3E (0.06 ± 0.01) = CT (0.04 ± 0.02); b) BS – CT (5.62 ± 1.82) = A3E (5.42 ± 1.96) > A3D (3.73 ± 0.87) = WP3 (3.52 ± 1.32); c) BS was not different for root thirds; d) DC% – CT (63.47 ± 12.90) = A3E (69.58 ± 10.07) > WP3 (54.98 ± 19.81) > A3D (36.20 ± 14.95) and C (67.51 ± 13.82) > M (62.30 ± 12.21) > A = (38.37 ± 17.13). Relined GFP with lower opacity composites lead to higher values of BS and DC%, although the opacity of the composite did not interfere with the CFT.

Keywords: bond strength, degree of conversion, relined glassfibre post, composite opacity, cement film thickness.

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1. INTRODUÇÃO

Desde sua introdução na década de 9010, diversos estudos têm relatado

efeti-vidade e o sucesso clínico de pinos fibrorresinosos na reconstrução de dentes tratados endodonticamente com grande comprometimento de sua estrutura remanescente14,15.

Dentre as vantagens que podemos relacionar a sua utilização, destacam-se o módulo de elasticidade próximo ao da dentina23, a possibilidade de adesão aos cimentos

re-sinosos, estética favorável, tornando o conjunto núcleo-pino-cimento-dentina uma es-trutura mecanicamente mais homogênea em comparação a dentes restaurados com retentores metálicos4.

O sucesso no emprego desses pinos depende, não só de uma eficiente união com o cimento resinoso, como também da efetiva união entre o cimento e a dentina radicular, cuja interface é relatada como o local de falha mais recorrente relacionada ao desalojamento dos pinos8,28. A adesão ao canal radicular é dificultada por inúmeros

fatores, como: características anatômicas do substrato13 e o altíssimo fator de

confi-guração cavitária, o qual pode exceder a 2005.

A retenção do pino à dentina radicular pode ser influenciada diretamente pelas técnicas e soluções irrigadoras38, pelo comprimento do pino, pela técnica de

cimenta-ção, incluindo o agente cimentante41 e por sua adaptação30 e a consequente

espes-sura do cimento resinoso8. Uma vez que pinos bem adaptados apresentam valores

de resistência de união (RU) superiores quando comparados a pinos desadaptados30,

a relação entre o diâmetro do pino e do canal radicular são um desafio clínico a ser considerado8. Embora as brocas dos sistemas de pinos, fornecidas por alguns

fabri-cantes para o preparo do canal radicular, objetivem uma boa adaptação do pino às paredes do conduto, em canais elípticos9, alargados por caries extensas, acometidos

por trauma, patologias pulpares e iatrogenias, esta adaptação pode ser prejudicada, aumentando excessivamente a espessura da linha de cimentação (ELC)8. Uma

es-pessa linha de cimento pode favorecer a incorporação de bolhas de ar40, além de

permitir um aumento das tensões de contração na interface de união dentina-pino devido ao aumento da quantidade de matriz resinosa20, o que poderia ocasionar uma

formação estrutural descontinua, com trincas e espaços vazios, predispondo a uma maior probabilidade de desalojamento do pino19.

Uma solução apresentada para este problema seria a individualização do pino com compósito restaurador, a qual objetiva uma diminuição da linha de cimentação

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pela melhor adaptação entre o pino e as paredes do canal radicular11,40,19,26, o que

levaria a uma menor dependência da técnica adesiva11.

Outro aspecto relevante diz respeito ao grau de conversão (GC%) do cimento resinoso empregado na fixação do pino, uma vez que um valor mais elevado desta propriedade pode estar relacionado a um maior valor de resistência de união à dentina radicular32. Além disso, os valores de GC% de materiais resinosos pode ser afetado

pela espessura dos mesmos e pela opacidade e profundidade do pino no interior do conduto, o que poderia estar relacionado à transmissão da luz através do mesmo42.

Um estudo demonstrou a importância da presença de um material translúcido – pino e/ou cimento resinoso – para a obtenção de maiores valores de RU21.

Como os estudos que relatam esta individualização do pino não avaliaram uma possível influência do grau de opacidade do compósito reembasador nos valores de grau de conversão e de resistência de união do pino à dentina radicular, ainda perma-nece uma lacuna a qual deixa margem para investigações adicionais.

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2. PROPOSIÇÃO

Este estudo objetivou avaliar a influência da individualização de um pino de fibra de vidro e da translucidez do compósito restaurador utilizado para este fim na espessura da linha de cimentação, na resistência de união à dentina radicular e no grau de conversão do cimento resinoso empregado para sua fixação.

A hipótese nula testada é que a individualização do pino de fibra de vidro e a opacidade do compósito não influenciarão na espessura da linha de cimento, na re-sistência de união do cimento à dentina radicular e no grau de conversão do cimento resinoso.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

PREPARO DOS ESPÉCIMES

Cinquenta e dois dentes bovinos foram utilizados neste estudo. Após limpeza e desinfecção por imersão em solução aquosa de 0,5% de cloramina por sete dias, as coroas foram seccionadas apicalmente à junção amelocementária em cortadeira metalográfica (IsoMet 1000, Buehler, Lake Bluff, IL, EUA), deixando as raízes com comprimento padronizado de 14,0 mm. A seleção das raízes seguiu os seguintes cri-térios de inclusão: ausência de trincas [por meio de observação em estereomicroscó-pio (SZ61, Olympus, Tóquio, Japão)], diâmetro coronário do conduto radicular menor ou igual a 2,0 mm e ápices completamente formados. As aferições foram realizadas com paquímetro digital (500-196-20B, Mitutoyo, São Paulo, SP, Brasil). Entre cada etapa da pesquisa, as raízes foram mantidas imersas em água destilada e armazena-das em estufa a 37°C (Quimis, Diadema, SP, Brasil), para manutenção da hidratação.

Os condutos foram preparados até o limite de 12,0 mm, com sequência de bro-cas de Largo 1, 2 e 3 (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suiça) e, posteriormente, com o instrumento rotatório indicado pelo fabricante dos PFV White Post DC3 (FGM, Join-ville, SC, Brasil), em baixa rotação e irrigados com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. A cada 5 condutos preparados, as brocas foram descartadas e substituídas. Os ápices dos condutos foram selados com compósito Filtek Z350 XT, cor A3D (3MESPE, St. Paul, MN, EUA) e as raízes foram recobertas com esmalte cosmético de cor preta, para evitar a propagação da luz através da superfície radicular.

Com a intenção de manter a interface de união axial ao eixo longitudinal da máquina de ensaios mecânicos, o embutimento da raiz e a cimentação dos pinos fo-ram realizados com auxílio de um delineador (EDG, São Carlos, SP, Brasil). Deste modo, o PFV White Post DC3 foi inserido por justaposição a uma raiz e, em seguida, fixado à haste do delineador. Para o embutimento da raiz, um cilindro de PVC foi po-sicionado sobre a mesa do delineador, de modo que a raiz ficasse suspensa sobre a região central do cilindro. Após resina acrílica ser vertida no tubo de PVC, o conjunto raiz-pino foi baixado no centro do cilindro até o limite de sua borda superior, promo-vendo o embutimento (Figura 1).

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As raízes foram divididas, aleatoriamente, em 4 grupos (n=10 para análise de ELC e RU e n=3 para análise do GC%), de acordo com o tipo de pino a ser cimentado: WP3 (Controle), onde foi usado o PFV WhitePost DC3 não individualizado e os grupos A3D, A3E e CT, onde PFVs WhitePost DC0,5 foram recobertos para individualização, respectivamente, com compósito(Filtek Z350 XT 3MESPE, St. Paul, MN, EUA) nas cores A3D (dentina), A3E (esmalte) e CT (translúcido).

Tabela 1. Grupos Experimentais

Grupos Pinos White Post DC Compósito

WP3 (controle) Nº 3 sem individualização

A3D

Nº 0,5

Filtek Z350 A3D (dentina)

A3E Filtek Z350 A3E (esmalte)

CT Filtek Z350 CT (translúcido)

Todos os PFV foram previamente limpos em ultrassom (Unique, Indaiatuba, SP, Brasil) com água destilada por 10 min, secos com jatos de ar e condicionados com solução de peróxido de hidrogênio a 24% por 1,0 min. Foram, então, enxaguados (20 ml de água destilada) e secos com jato de ar (30s), seguindo-se de aplicação ativa por 1,0 min de um agente de união organosilano (RelyX Primer, 3MESPE, St. Paul, MN, EUA) com auxílio de uma microescova (Cavibrush, FGM, Joinville, SC, Brasil) e secagem com leve jato de ar.

Figura 1 – Representação esquemática do embutimento do espécime. Em A, o cilindro de PVC; em B, a raiz dentária; em C, o pino de fibra de vidro.

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Os pinos dos grupos A3D, A3E e CT, após serem recobertos pelo compósito selecionado, foram inseridos no conduto previamente lubrificado (KY-Gel, Johnson & Johnson, São José dos Campos, SP, Brasil) com auxílio de uma microescova e foto-ativados por 10s com uma irradiância de 800 mW/cm2 (Radii-Cal – SDI, Victoria,

Aus-trália). Após a remoção do conduto, a fotoativação foi complementada por mais duas irradiações de 30s em duas superfícies axiais opostas, objetivando que todas as regi-ões do compósito reembasador recebessem a mesma exposição radiante (Figura 2). A cada cinco irradiações a irradiância foi mensurada com auxílio de um radiômetro (LED Radiômetro, Demetron, SDS Kerr, Danbury, CT, EUA).

12mm

11mm

Figura 2- Representação esquemática da fotoativação do compósito empregado para individualização do pino fora do canal radicular.

Os pinos foram lavados para remoção do excesso do lubrificante, jateados com partículas de 50 µm de Al2O3 por 20s (10 mm de distância sob uma pressão de 60psi

/ Microetcher ERC / Danville Engineering Inc., Danville, CA, USA) e limpos por imersão em ultrassom com água destilada por 2,0 min. Após secagem com jato de ar por 30s, o agente de ligação organosilano foi aplicado, de forma ativa, por 1,0 min, com auxílio de uma microescova, seguida de nova secagem com leve jato de ar. Em todos os grupos, os condutos radiculares foram lavados com água destilada por 1,0 min. Para

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remoção do excesso de umidade, foi utilizada uma cânula endodôntica (Ultradent Pro-ducts Inc, South Jordan, UT, EUA) por 5s e, posteriormente, um cone de papel absor-vente n° 80 (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suiça) por 1s.

O cimento resinoso autoadesivo Rely-X U200 OA3 (3M ESPE, St. Paul, MN, EUA) foi manipulado de acordo com a instrução do fabricante e aplicado no interior do conduto com seringa Centrix (DFL, Rio de Janeiro, RJ, Brasil). Após a inserção do pino no canal, o excesso de cimento extravasado junto à porção coronária da raiz foi removido. O cimento resinoso foi fotoativado por 30s (800 mW/cm2). Após a

cimenta-ção, os espécimes foram imersos em água destilada e estocados em estufa à 37ºC por 24h, objetivando a manutenção da hidratação das raízes e a liberação de tensões oriundas da polimerização do cimento resinoso.

Objetivando avaliar a ELC, RU e o GC% do cimento nos diferentes terços do canal radicular [cervical (C), médio(M) e apical(A)], os espécimes foram seccionados perpendicularmente ao longo eixo dos pinos, na cortadeira metalográfica, sob refrige-ração, originando 6 discos de 1,0 mm de espessura (2 discos para cada terço).

ANÁLISE DA ESPESSURA DA LINHA DE CIMENTO.

Os espécimes, antes de serem submetidos ao teste de push-out, foram foto-grafados (aumento de 40 vezes) com uma câmera digital (UC30, Olympus, Munster, Germany) acoplada a um estereomicroscópio óptico (SZ61, Olympus, Tokyo, Japan) e conectada a um computador com o software de captura de imagens AnalySIS getIT (Olympus Soft Image Solutions GmbH, Munster, Germany).

Para a medição da ELC, com auxílio de um programa de análise de imagens (ImageJ 1.43u / Wayne Rasband National Institute of Health, Maryland, USA), em cada imagem foram marcados 4 pontos radiais e equidistantes (Figura 3), nos quais foram realizadas as mensurações. O valor de ELC em cada ponto era obtido a partir da média de 3 medições subsequentes. A média das mensurações dos 4 pontos, con-figurou o valor final da ELC de cada espécime. A mensuração foi padronizada a partir da imagem coletada de um retículo micrométrico linear (U-0CM 10/100; Olympus, To-kyo, Japan) sobreposto ao espécime.

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Figura 3 – Representação esquemática da mensuração da linha de espessura do ci-mento resinoso. Em A, dentina radicular; em B, linha do cici-mento e C, pino de fibra de vidro.

ANÁLISE DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO POR ENSAIO DE PUSH-OUT

Um sulco foi marcado na face apical dos discos, a fim de identificá-la para a aplicação da carga de compressão do teste de push-out, no sentido de apical para cervical. A carga foi aplicada por meio de uma ponta atuadora de seção circular de diâmetro compatível com a seção do pino, na máquina de ensaios mecânicos (E MIC, Instron Brasil Equipamentos Científicos, São José dos Pinhais, SP, Brasil), a uma ve-locidade de deslocamento de 1,0 mm/min. A resistência de união foi calculada utili-zando a seguinte equação:

𝑅𝑈 =

𝐹

𝐴 , onde F é a carga aplicada e A é a área da interface de união.

A

B

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17

A área da interface de união é obtida a partir da seguinte fórmula:

𝐴 = π (R + r) [(h2 + (R − r)2]

0,5

onde π = 3,1416, R é o diâmetro cimento cervical do conduto, r é o diâmetro apical do conduto e h é a espessura do disco.

ANÁLISE DO PADRÃO DE FALHA

Os espécimes submetidos ao ensaio de push-out foram observados em este-reomicroscópio óptico (SZ61, Olympus, Tóquio, Japão) com aumento de 40 vezes, para determinação do tipo de falha ocorrida na interface de união. As falhas foram classificadas em: a) adesivas entre dentina e cimento; b) adesivas entre pino e ci-mento; c) mista, quando for possível observar os dois primeiros padrões em um mesmo espécime e d) coesiva, quando a falha for verificada no corpo do compósito individualizador ou do pino.

ANÁLISE DO GRÁU DE CONVERSÃO (GC%) DO CIMENTO RESINOSO

Os discos obtidos a partir dos espécimes e direcionados a esta análise foram brevemente polidos, sob irrigação, com lixas de carbeto de silício de granulações 1500 e 2000 por 20s e, posteriormente, limpos em cuba ultrassônica por 10 min. Foram, então, submetidos à análise microespectroscópica dispersiva Raman. O espectrôme-tro empregado (Horiba Scientific Xplora, Villeneuve d’Ascq, France) está equipado com um laser de diodo 785nm e uma objetiva X50/0.9 NA. As análises foram realiza-das com os seguintes parâmetros: uma grade de 600 linhas/mm, faixa espectral entre 500 e 1800 cm-1, potência do laser de 100 mW, resolução espacial de 3,0 µm,

resolu-ção espectral de 5,0 cm-1 e 4 co-adições com 20s de tempo de acumulação. Os

espec-tros foram obtidos na camada de cimento, em dois sítios aleatórios (por disco). Es-pectros do cimento não polimerizado foram obtidos e usados como referência. A taxa de duplas ligações do monômero convertidas em polímero do cimento foi calculada de acordo com a fórmula:

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𝐺𝐶(%) = [1 − (

𝑅𝑝𝑜𝑙𝑖𝑚𝑒𝑟𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜

𝑅𝑛ã𝑜𝑝𝑜𝑙𝑖𝑚𝑒𝑟𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜

)] 𝑋100

onde R corresponde à razão das intensidades dos picos alifático (1639 cm-1) e aro-mático (1609 cm-1) no cimento polimerizado e não-polimerizado.

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Após constatada a homocedasticidade amostral pelo teste de Levene, os dados obtidos de cada experimento foram submetidos à Análise de Variância de dois fatores e teste de contraste de Tukey (α = 5%), utilizando-se o software Minitab 17 (Minitab Inc., State College, PA, EUA).

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4. RESULTADOS

A Análise de Variância de dois fatores apontou que, para as análises de ELC, RU e GC%, houve diferença estatística significante para os fatores principais (grupo experimental e terço radicular). No entanto, a interação “grupo experimental X terço radicular” apresentou diferença estatística significante apenas para a ELC e GC% (p<0,05).

Os valores das médias e desvios-padrão para as análises de ELC, RU e GC% dos grupos experimentais estão descritos na Tabela 2. Pode ser observado que, nos grupos onde o pino de fibra foi individualizado (A3D, A3E e CT), os valores de ELC foram estatisticamente iguais entre si e inferiores aos mostrados pelo grupo WP3. Tanto para a RU quanto para o GC%, os grupos A3E e CT apresentaram valores mais elevados do que WP3 e A3D. No entanto, embora o grupo WP3 tenha levado a mai-ores valmai-ores de GC% do que A3D, não houve diferença na RU destes dois grupos.

Tabela 2. Médias e desvios-padrão dos valores de ELC, RU e GC% dos grupos expe-rimentais.

Grupos ELC (mm) RU (MPa) GC%

WP3 0,14 ± 0,04a 3,52 ± 1,32b 54,98 ± 19,81b

A3D 0,06 ± 0,01b 3,73± 0,87b 36,20 ± 14,95c

A3E 0,06 ± 0,01b 5,42 ± 1,96a 69,58 ± 10,07a

CT 0,04 ± 0.02b 5,62 ± 1,82a 63,47 ± 12,90a

Nas colunas, letras diferentes mostram valores estatisticamente diferentes (p<0,05).

A Tabela 3 apresenta os valores das médias e desvios-padrão para ELC, RU e GC% dos terços radiculares. Pode-se notar que os valores de ELC do terço apical foram os maiores, enquanto os do terço cervical, os menores. Embora não tenha sido detectada diferença estatística significante na RU dos terços radiculares, os valores de GC% decresceram de cervical para o apical.

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Tabela 3. Médias e desvios-padrão dos valores de ELC, RU e GC% dos terços radi-culares.

Grupos ELC (mm) RU (MPa) GC%

CERVICAL 0,26 ± 0,03b 4,21 ± 1,51a 67,51 ± 13,82a

MÉDIO 0,29 ± 0,04ab 4,53 ± 1,86a 62,30 ± 12,21b

APICAL 0.34 ± 0,05a 4,98 ± 1,96a 38,37 ± 17,13c

Nas colunas, letras diferentes mostram valores estatisticamente diferentes (p<0,05).

A tabela 4 mostra o resultado da interação entre os grupos experimentais e os terços radiculares para análise de ELC. Observando, separadamente, cada terço ra-dicular, nota-se que, no cervical, o grupo WP3 mostrou um valor de ELC maior do que o grupo CT. Já nos terços médio e apical, o grupo WP3 mostrou maiores valores de ELC do que os grupos de pinos individualizados (A3D, A3E e CT). Também pode ser notado que nos grupos de pinos individualizados não houve diferença entre os valores de ELC dos terços radiculares. Já no grupo WP3, a ELC do terço cervical foi menor do que no terço apical.

Tabela 4. Médias e desvios-padrão da ELC (mm) para a interação “grupos experimen-tais X terços radiculares”.

Grupos Cervical Médio Apical

WP3 0,10 ± 0,02Ab 0,14 ± 0,00Aab 0,18 ± 0,03 Aa

A3D 0,06 ± 0,08ABa 0,05 ± 0,01Ba 0,06 ± 0,01Ba

A3E 0,06 ± 0,01ABa 0,05 ± 0,01Ba 0,06 ± 0,02Ba

CT 0,04± 0,02Ba 0,04± 0,02Ba 0,04 ± 0,02Ba

Letras maiúsculas diferentes nas colunas e minúsculas nas linhas mostram diferenças estatísticas entre as médias (p<0,05)

A tabela 5 mostra o resultado da interação entre os grupos experimentais e os terços radiculares para análise do GC%. Em todos os terços radiculares, verifica-se

(22)

21

que o grupo A3D obteve os menores valores de GC% entre os grupos, enquanto os grupos A3E e CT mostraram os mais elevados.

Tabela 5. Médias e desvios-padrão (%) dos valores de GC% para interação “grupos experimentais X terços radiculares”.

Grupos Cervical Médio Apical

WP3 66,9 ± 4,08 Ba 68,9 ± 2,13 Aa 29,1 ± 6,25 Bb

A3D 46,6 ± 3,11 Ca 44,3 ± 10,24 Ba 17,6 ± 0,87 Cb

A3E 79,9 ± 3,44 Aa 70,2 ± 6,53 Aa 58,6 ± 2,74 Ab

CT 76,5 ± 2,14 ABa 65,8 ± 2,69 Ab 48,1 ± 6,19 Ac

Letras maiúsculas diferentes nas colunas e minúsculas nas linhas mostram diferenças estatísticas entre as médias (p<0,05)

A Figura 4 mostra a distribuição dos padrões de falha encontrados após a rea-lização do teste de push-out. As falhas adesivas entre cimento e dentina radicular (ACD) foram as mais frequentes em todos os grupos, com exceção do grupo A3D, onde metade foram falhas ACD e metade falhas mistas. O grupo CT foi o único que apresentou um pequeno percentual de falhas coesivas. Não foi verificada a ocorrência de falhas adesivas entre o cimento e o pino em nenhum dos grupos experimentais.

Figura 4. Distribuição dos padrões de falhas (%) dos grupos experimentais

0

25

50

75

100

WP3

A3D

A3E

CT

(23)

22

5. DISCUSSÃO

No presente estudo pode ser verificado que a ELC, a RU à dentina radicular e o GC% do cimento resinoso foram influenciados pela individualização do pino; tam-bém a opacidade do compósito empregado para este fim influenciou tanto a RU quanto o GC%. Deste modo, a hipótese nula foi rejeitada.

No que concerne à ELC, foi constatada uma relevante redução nos grupos em que o PFV foi individualizado em comparação com o grupo onde foi cimentado sem individualização (Tabela 2). Tal redução, gerada pela melhor adaptação do pino às paredes do canal radicular, resulta no aumento do embricamento mecânico11 e na

redução de eventuais bolhas19,35,6e espaços vazios19,17. Embora já tenha sido relatado

um aumento da ELC da região cervical para apical quando da utilização de pinos in-dividualizados15 , no presente estudo, esta variação só foi observada para o grupo

(WP3), onde o pino não foi individualizado (Tabela 4). Talvez esta divergência possa estar relacionada a diferenças metodológicas na técnica de individualização do pino, a qual, mesma sendo descrita como de simples execução19, carece de padronização

nos trabalhos publicados até então.

Já foi estabelecido que PFV bem adaptados às paredes do canal radicular pro-porcionam valores mais altos de RU à dentina radicular30,24. Contudo, relatos mostram

que a RU é ainda maior quando os PFV são individualizados2,40,26,27,35, o que vai ao

encontro dos resultados do presente trabalho. Uma reduzida ELC favorece o desen-volvimento de uma mínima tensão de contração de polimerização19, o que também

pode ter contribuído para o aumento dos valores de RU dos pinos individualizados. Neste estudo não foram encontradas diferenças entre os valores de RU dos terços do canal radicular. Utilizando o mesmo cimento autoadesivo dual da presente investiga-ção, outro trabalho relatou resultados semelhantes, porém, diferenças entre os terços foram notadas quando do emprego de um cimento resinoso dual convencional7.

To-davia, este tópico não parece consenso, pois alguns achados corroboram os resulta-dos do presente estudo30,31, enquanto outro discordam27,22,34,36. Esta divergência pode

estar relacionada, dentre outros fatores, a variações morfológicas do conduto radicu-lar, o que pode explicar a variabilidade dos resultados do ensaio de push-out, seme-lhantes aos de outros estudos33.

Analisando os padrões de falhas dos grupos experimentais (Figura 4) pode-se notar que, embora tenha havido um claro predomínio de falhas adesivas entre cimento

(24)

23

e dentina (ACD) – resultados semelhantes foram encontrados em outros estu-dos27,2,35,34,36,7 – a individualização dos PVF aumentou significativamente o número de

falhas do tipo mista. O grupo CT, no qual os pinos foram individualizados com o com-pósito de menor opacidade, foi o único grupo a apresentar falhas coesivas. Talvez isto possa ser explicado pela menor proporção carga\matriz encontrada neste compósito, o que, provavelmente, lhe confere uma resistência coesiva inferior a compósitos para esmalte e dentina.

Conquanto a reação de polimerização de cimentos duais seja desencadeada tanto por um processo químico quanto pela exposição à luz do fotoativador, estudos comprovam que a fotoativação contribui de modo relevante para melhoria de suas propriedades mecânicas e do GC%1. Contudo, a transmissão de luz no canal radicular

é reduzida à medida que sua profundidade aumenta, o que, a princípio, justificaria a presença de um pino capaz de transmitir a luz às regiões mais profundas21,30,31.

En-quanto alguns autores afirmaram que mesmo um PFV translúcido não colaboraria de forma substancial para uma melhor polimerização do cimento resinoso nas regiões mais profundas do canal radicular29, levando, inclusive a uma redução dos valores de

RU22, outros demonstraram que ocorre uma polimerização mais eficiente do cimento

com estes pinos, o que estaria diretamente relacionado com o aumento dos valores de RU34.

No presente estudo, a RU e o GC% do cimento também foram influenciados pela opacidade do compósito utilizado para individualização do pino, uma vez que o emprego de compósitos de menor opacidade (CT e A3E) levaram a valores de RU e GC% superiores ao compósito A3D, de maior opacidade (Tabela 2). Quanto ao GC%, já havia sido demonstrado que compósitos para esmalte apresentam um maior GC% quando comparados a compósitos para dentina16. Como o GC% de compósitos

resi-nosos é influenciado diretamente pela exposição radiante da fonte luminosa à qual é exposto16, parece lícito supor que os compósitos menos opacos colaboraram na

trans-missão de luz, influenciando, positivamente, a RU e o GC%. No entanto, vale ressaltar que em todos os grupos experimentais verificou-se uma redução no GC% do cimento da região cervical (mais próxima da fonte de luz) para a apical. Além disso, quando usado o compósito para dentina (A3D), mais opaco, os valores de GC% foram os menores em quaisquer dos terços radiculares (Tabela 5).

(25)

24

Outro fator que pode ter influenciado as diferenças de GC% nos terços radicu-lares seria o diâmetro do pino. Neste trabalho, optou-se por usar pinos de dupla coni-cidade, os quais apresentam diâmetro maior nos terços cervical e médio. Se a possí-vel capacidade de transmissão de luz de um PFV está diretamente relacionada a seu diâmetro29, o reduzido diâmetro do pino no terço apical do conduto, seja ele

individu-alizado ou não, pode ter contribuído para o menor GC% do cimento resinoso nesta região.

Considerando que o GC% não é o único fator determinante para o sucesso clínico de um trabalho restaurador39 e que PFV individualizados podem compensar,

em parte, a dependência na técnica adesiva utilizada para a sua retenção ao canal radicular11 é possível compreender que, mesmo que o pino tenha sido individualizado

com um compósito de maior opacidade e ter obtido os piores valores para GC% quando comparado aos demais grupos, o grupo A3D obteve valores de RU semelhan-tes ao grupo WP3, mesmo tendo este último obtido valores mais elevados de GC%.

Ao analisar o GC% de materiais à base de metacrilato, são relatados valores que oscilam entre 52 e 75%37, com a maioria situando-se na faixa de 55 a 60%3.

Embora ainda não tenha sido determinado um valor padrão de GC% para estes ma-teriais, uma correlação negativa de profundidade de desgaste de compósitos foi esta-belecida para valores de GC% na faixa de 55-65%12. Como polímeros à base de

me-tacrilato com baixos valores de GC% são mais susceptíveis à degradação18, baseado

nos resultados de GC% do grupo A3D, inferiores a 55% em qualquer região do con-duto radicular, parece lícito não recomendar a individualização dos PFV com compó-sitos de maior opacidade.

Embora os resultados de ELC, RU e GC% estimulem a individualização do PFV, particularmente com compósitos de menor opacidade, pesquisas adicionais são recomendadas para uma melhor análise da transmissão e propagação da luz através dos compósitos dentro canal radicular.

(26)

25

6- CONCLUSÃO

Com as limitações deste presente estudo, podemos concluir que:

• Os PFV individualizados apresentaram uma menor ELC quando comparados ao PFV não individualizado;

• Os PFV individualizados com compósitos de menor opacidade (A3E e CT) le-varam a melhores valores de resistência de união à dentina radicular e de grau de conversão do cimento resinoso;

• As falhas decorrentes foram predominantemente adesivas na interface de união cimento-dentina.

(27)

26

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Referências

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