Orientações para
Elaboração de Projetos
C
ORPOA
DMINISTRATIVOWashington de Jesus Sant´Anna da Franca-Rocha
Assessor Especial de Relações Institucionais
Raquel de Matos Cardoso do Vale
Assessora Técnica
Wilma Simões Vieira
Sub-Gerente
Karla Maria Lima Figueiredo
Administradora
Eneida Soanne Matos Campos de Oliveira
Secretária
Doralice Costa
Francisneide de Jesus Albano Luciano Penelu Bitencourt Pacheco
Nildes Miriam Oliveira
1.
Apresentação
“Elaborar projetos é uma forma de independência.É uma abordagem para explorar a criatividade humana, a mágica das idéias e o potencial das organizações. É dar vazão para a energia de um grupo, compartilhar a busca da evolução”.
(Kisil R., 2001)
A Assessoria Especial de Relações Institucionais - AERI foi criada para exercer funções pertinentes às relações institucionais nacionais e internacionais, no estabelecimento de parcerias e convênios, mobilidade discente e docente e captação de recursos.
Neste sentido, a AERI tem se organizado, desde a sua criação, no sentido de consolidar e de cumprir suas atribuições institucionais. Assim, com vistas a aumentar o número de projetos realizados na UEFS contribuindo para um melhor nível de qualidade, com eficiência e eficazes, na apresentação das propostas., capacitar a equipe técnico-administrativa e corpo docente foram estruturadas as seguintes orientações básicas para elaboração de projetos.
Espera-se que as informações aqui retratadas possam atender aos interesses e às necessidades da comunidade local e regional, contribuindo assim, para a construção de uma UEFS democrática, participativa e autônoma.
2.
Noções Gerais
Um projeto compreende a utilização coordenada de recursos humanos, financeiros e materiais dentro de um período de tempo para alcançar objetivos definidos. Elaborar um projeto é visualizar e fomentar todos os recursos necessários ao desenvolvimento de um conjunto de atividades a serem executadas, apresentando os objetivos, os meios que serão utilizados para atingi-los, as fontes de financiamento, e como serão avaliados os resultados.
3.
Elementos do Projeto
Elementos devem ser observados na formulação de projetos:
1) IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Necessário apresentar o título do projeto, o local em que será implementado, a duração do projeto e o início previsto.
Título do Projeto - deve indicar de maneira sintética o conteúdo do projeto a ser apoiado (fornecer uma idéia inicial). Ex.: Capacitação
para Elaboração de Projetos.
Necessário conter as seguintes informações: nome, endereço completo, forma jurídica, CGC, representante legal e ato que lhe atribui competência, coordenador do projeto e seu endereço. Deve-se mencionar todos os parceiros do projeto, destacando quem é o proponente e quem participará da execução.
3) HISTÓRICO DE EXPERIÊNCIA DA INSTITUIÇÃO PROPONENTE/EXECUTORA Necessário apresentar uma descrição sucinta dos trabalhos realizados pela instituição, principais resultados e conquistas realizadas. Demonstrar a experiência e a aptidão da instituição em desenvolver trabalhos semelhantes ao proposto, razão porque irá obter sucesso.
4) CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
Neste campo é fundamental destacar que o projeto é uma resposta a um determinado problema percebido. É, freqüentemente, um dos elementos que mais contribui na aprovação do projeto pela(s) entidade(s) financiadora(s). Neste campo é importante apresentar o problema central do projeto, ou seja, qual a questão ou situação que motivou a sua realização. A clara formulação da questão central do projeto é importante para o seu planejamento e execução.
5) JUSTIFICATIVA
Deve-se apresentar ao leitor o porquê é importante realizar o projeto. A justificativa deve apresentar respostas a questão POR QUE? Por que executar o projeto? Por que ele deve ser aprovado e implementado?
Qual a relevância desse problema/questão? Qual o alcance do projeto diante do problema que será /foi abordado? Quais os benefícios econômicos, sociais e ambientais a serem alcançados pela comunidade e os resultados para a região? Atenção: deve-se estar atento para o número de caracteres determinado nos Editais. Recomenda-se, objetividade, clareza e coerência.
6)METODOLOGIA
Neste campo faz-se necessário descrever de maneira clara e definida, as formas e técnicas que serão utilizadas para implementar o projeto. A metodologia responde as questões como: a) Como o projeto vai atingir seus objetivos?; b) Como começarão as atividades?; c) Como serão coordenadas e gerenciadas as atividades?; d) Como e em que momentos haverá a participação e envolvimento direto do grupo social?. Recomenda-se ainda, apresentar o tipo de atuação a ser desenvolvida: pesquisa, diagnóstico, intervenção ou outras; que procedimentos (métodos, técnicas e instrumentos, etc.) serão adotados e como será a avaliação e a divulgação. Atenção: orienta-se que a metodologia compreenda alguns pontos: a gestão participativa, o acompanhamento técnico, sistemático e contínuo e o desenvolvimento de ações de socialização, informações e de conhecimentos entre a comunidade envolvida.
7) PÚBLICO-ALVO
Compreende o conjunto de pessoas que se pretende atender com a execução do projeto, em relação ao qual serão avaliados os resultados.
generalizações que não correspondam efetivamente ao grupo de pessoas contempladas pelos resultados do projeto.
8) OBJETIVO GERAL
Apresenta a finalidade principal do projeto, com clareza e objetividade. Trata-se do alvo que se deseja atingir; e, desta forma, deve possuir uma ligação direta com as necessidades do público-alvo. Neste sentido, o objetivo geral compreende uma síntese da transformação desejada no público-alvo ou junto a ele. Atenção: o objetivo geral deve ser descrito em um texto que se inicie por um verbo no infinitivo indicando a transformação (benefício) almejada.
9) OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreende todos os demais objetivos periféricos que serão atingidos e que beneficiarão o público alvo e são decorrentes das atividades ou ações desenvolvidas no projeto. Atenção: não confundir objetivos específicos com resultados; pois os resultados esperados estão diretamente relacionados aos objetivos específicos.
10) META
Compreende uma definição precisa dos objetivos específicos do projeto e constitui uma forma de descrever os resultados esperados a partir das intervenções realizadas. Recomenda-se que as metas devem quantificar os resultados esperados, estabelecendo prazos para a sua
realização; desta forma, quanto melhor descrita e dimensionada for apresentada uma meta, mais fácil será definir os indicadores que irão permitir evidenciar o seu alcance. Atenção: para cada objetivo específico é apresentada uma ou mais metas. Contudo, nem todas as instituições financiadoras exigem a descrição de objetivos específicos e metas separadamente.
11) PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO
Apresenta as ações para o alcance de determinado objetivo específico, identificando o tempo de execução de cada atividade.
12) RECURSOS
Compreende os recursos de pessoal, meios físicos, logísticos, informacionais e financeiros necessários para a realização das ações, com suas respectivas fontes.
13) CRONOGRAMA
O cronograma é a disposição gráfica do tempo em que as atividades/ações serão realizadas, permitindo uma visualização da seqüência em que acontecerão. Neste sentido, o cronograma responde a pergunta QUANDO?
14) ORÇAMENTO
O orçamento é um cronograma financeiro do projeto, onde estão indicados os recursos e suas respectivas fontes. Resumidamente, pode-se destacar que o orçamento responde as questões: quanto custará o projeto, quando se darão as despesas e quando os recursos deverão estar disponíveis. Atenção: existem diferentes tipos de despesas que podem ser agrupadas, como por ex.: material de consumo; custos administrativos; serviços de terceiros; diárias e hospedagem; material permanente; obras e instalações. No orçamento as despesas devem ser descritas de forma agrupada; contudo, os agentes de fomento solicitam uma descrição detalhada de todos os custos, que é chamada memória de cálculo.
14.1) Contrapartida
A contrapartida representa todas as despesas que ficam sob a responsabilidade da instituição proponente do projeto. As contrapartidas podem existir em qualquer categoria de despesas, pois todo recurso a ser utilizado deve ter o valor financeiro citado claramente, sejam recursos humanos ou recursos materiais. Desta forma, as tabelas orçamentárias devem apresentar a fonte de recursos: da instituição financiadora ou como contrapartida da instituição solicitante.
15) REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
É importante apresentar algumas referências bibliográficas que possam conceituar o problema, ou servir de base para a ação. Estas referências permitirão que os agentes de fomento percebam a interação ao nível conceitual/teórico do(s) autor(es) do projeto em questão.
4.
Bibliografia recomendada para mais
informações
COHEN, Ernesto e FRANCO, Rolando. Avaliação de Impacto de Projetos
Sociais. Rio de Janeiro: editoraVozes, 1993.
GIL, A C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo:Atlas,1988. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1987.
KIDDER, Louise H. Métodos de Pesquisa nas Relações Sociais. São Paulo: EPU, 2.v., 1987.
KISIL, Rosana. Elaboração de Projetos e Propostas para Organizações da
Sociedade Civil. São Paulo. Global, 2001.
KISIL, Rosana. Manual de Elaboração de Projetos e Propostas. Universidade de São Paulo, l995.
LAKATOS, Eva M ; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991.
LUNKES, R. J. Manual de orçamento. São Paulo : Atlas, 2003.
TENÓRIO, Fernando F. G. Elaboração de Projetos Comunitários. Rio de Janeiro: Loyola, 1995.