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AVALIAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE GOTAS EM PULVERIZAÇÃO UTILIZANDO-SE DE DIFERENTES ADJUVANTES

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

AVALIAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE GOTAS EM

PULVERIZAÇÃO UTILIZANDO-SE DE DIFERENTES

ADJUVANTES

ANDRÉ LUÍS DO ESPÍRITO SANTO

Trabalho de curso apresentado à

Universidade Federal de Mato Grosso -

UFMT - Campus Universitário de

Sinop, como parte das exigências para

obtenção do Título de Engenheiro

Agrícola e Ambiental

SINOP

MATO GROSSO – BRASIL 2017

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ANDRÉ LUÍS DO ESPÍRITO SANTO

AVALIAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE GOTAS EM PULVERIZAÇÃO

UTILIZANDO-SE DE DIFERENTES ADJUVANTES

Orientador: Dr. Diego Augusto Fiorese

Trabalho de curso apresentado à

Universidade Federal de Mato Grosso -

UFMT - Campus Universitário de

Sinop, como parte das exigências para

obtenção do Título de Engenheiro

Agrícola e Ambiental.

SINOP 2017

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TERMO DE APROVAÇÃO DE TC

TÍTULO DO TRABALHO: Avaliação da deposição de gotas em pulverização utilizando-se de diferentes adjuvantes

ACADÊMICO: André Luis do Espírito Santo

ORIENTADOR: Doutor Diego Augusto Fiorese

APROVADO PELA COMISSÃO EXAMINADORA:

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“...

Invista em teus sonhos Acredite, faça-o acontecer

Viva-os, respire-os e transponha-os Deixe o universo conspirar para você!! Anime-se, busque-o haja o que houver Confie, mentalize, imagine, tenhas fé Pois tudo, num instante, concretizará Quando você menos esperar...

Mas, adianto-lhes: coloque amor em tudo que irás fazer Aquela, com muita paixão e dedicação

Que o Senhor, os seus sonhos, lhe ajudará a prover... Por isso, anime-se, viva e insista

Porque Ele sempre lhe prepará o melhor da vida

Enquanto você se doar, amar, buscar e sonhar... (André Luís do Espírito Santo) ”

“... todos os dias, atente-se de olhar em seis direções:

Para frente - Para saber onde você está indo e planejar com antecedência. Para trás - Para lembrar de onde veio e evitar os erros do passado.

Para baixo - Para se certificar de que não está pisando no outro causando sofrimento. Para o lado - Para ver quem está precisando do seu apoio.

Para cima - Para lembrar que Deus está no controle cuidando de Tudo e Todos.

Para dentro - Para lembrar o quanto precisa se melhorar a cada dia no Caminho. ”

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Dedico

Incontestavelmente, aos pilares da minha vida: ao meu pai Sebastião Leonídio do Espírito Santo e minha mãe Natalina Aparecida Balbino do Espírito Santo.

Também sagro às minhas irmãs Ana e Mayra, aos meus avós, a todos os meus familiares e a todos os meus amigos e pessoas que compõe e fazem parte de minha história até o presente momento.

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AGRADECIMENTOS

Sobretudo a Deus pela vida, por conceder-me saúde, perseverança, fé, determinação e motivação, manifestando a tua grandiosidade em todo o lugar, e principalmente nos meus familiares, amigos, pessoas próximas de inestimado apreço e aos colegas para concluir mais essa etapa de meu longo e abençoado caminho.

Aos meus pais, Sebastião e Natalina, por todo ensinamento e simplicidade para vencer na vida e, sobretudo por incentivar a importância de todo meu estudo. A toda a minha família, amigos e pessoas próximas especiais, pois se sou e se me tornarei um ótimo profissional mais adiante, é porque eles sempre me apoiaram e estiveram do meu lado, sabendo da importância de cada passo que dava até chegar a esse glorioso momento de minha vida.

Ao Professor Dr. Diego Augusto Fiorese pelo apoio, a orientação, os ensinamentos, a amizade, a compreensão das minhas limitações e por possibilitar a realização desse trabalho.

Ao Professor Dr. Handrey Borges Araújo pelo companheirismo e amizade durante o período da graduação, por demonstrar e conduzir importantes dicas em todos os meus estudos.

A Professora Dr. Roselene por todo o ensinamento, amizade, orientação e convivência ao longo da graduação.

A Professora Dr. Solenir Ruffato, pela convivência, simplicidade, apoio, conselho, amizade, que também se somaram importantes para a conclusão desse trabalho.

Ao professor Dr. Thiago M. Martins pela dedicação, contribuição, ensinamento e apoio nesse trabalho.

Ao caro amigo e parceiro Eduardo Araújo, por nos conceder um pouco do seu tempo, e nos ajudar no processamento da imagem dos cartões com o software da Agroscan.

Aos incansáveis e especiais amigos a Ariana, o Eduardo, a Gisela, o Gustavo, o Leomar, a Luciane, a Madrinha Márcia, a Mara, a Marfrânea, a Monyse, o Ronaldo Sampaio, a Roselene, o Paulo, a Solange, a Sonia, o Thiago, a Tia Cida, a Vera, o Wolfran, que são amigos para todas as horas, e com certeza, para toda a vida.

A todos meus amigos e colegas de graduação, presentes e não presentes aqui, com quem passei ótimos momentos nesses anos de graduação.

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SUMÁRIO

RESUMO ... 8

ABSTRACT ... 9

1. INTRODUÇÃO ...10

2. REVISÃO DA LITERATURA ...12

2.1 Pulverização e a tecnologia de aplicação ...12

2.2 Pontas e qualidade de gotas na aplicação ...17

2.3 Deriva ...21

2.4 Deposição de calda ...22

2.5 Adjuvantes, vantagens e suas desvantagens ...23

2.6 Adjuvantes comercias e alternativos ...25

3. MATERIAL E MÉTODOS ...26 3.1 Área experimental ...26 3.2 Tratamentos ...30 3.1 Variáveis do experimento ...31 3.4 Parâmetros ...33 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...35 5. CONCLUSÕES ...47 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...48

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RESUMO

O trabalho verificou a interferência do uso de adjuvantes, incluindo um produto alternativo na deposição de gotas e na eficiência de cobertura. Ele foi conduzido no laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop, utilizando-se de um conjunto trator agrícola e pulverizador de 600 litros equipado com pontas de jato plano (110 02). Foram avaliados dois adjuvantes comerciais em duas doses cada um (conforme bula do produto), e um produto alternativo contendo ingrediente tensoativo aniônico (redutor de tensão superficial) em quatro doses, e a testemunha composta apenas por água. Um volume de calda de 120 L ha-1 foi utilizado para obter a deposição, colocaram-se papéis sensíveis à água posicionados a 0,5 m abaixo da barra de aplicação em cada uma das 4 secções do pulverizador. Avaliou-se os parâmetros: diâmetro volumétrico de gotas, diâmetro mediano numérico, amplitude relativa, densidade de gotas e cobertura. Os resultados obtidos foram a taxa de cobertura variou de 20,56 a 23,95 %, a amplitude relativa mostrou um percentual com valores entre 0,88 a 1,12; a densidade de gotas variou entre 136 a 296 gotas cm-2, o diâmetro médio volumétrico dos tratamentos teve valores que oscilaram entre 150 e 195 µm. O diâmetro mediano numérico ficou oscilando entre 385 a 524 µm. O produto alternativo, em alguns parâmetros, apontou respostas surpreendentes em algumas de suas doses com relação a qualidade de gotas. O Aureo obteve melhor resposta frente aos demais, com expressivo valor de coeficiente de homogeneização (CH).

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ABSTRACT

The work verified the interference of the use of adjuvant, including an alternative product in the deposition of pockets and the efficiency of the cover. It was conducted without Agricultural Machines and Mechanization Laboratory of the Federal University of Mato Grosso, Sinop Campus, using a 600L agricultural tractor and sprayer Equipped with flat and conical jet tips (110 02). Two commercial adjuvants, in two doses each (according to package insert), and an alternative product containing anionic surfactant (surface tension reducer) in four doses, and the control composed only of water were evaluated. A slurry volume of 120 L ha-1 was used to obtain the deposition, water-sensitive papers positioned 0.5 m below the application bar were placed in each of the 4 sections of the sprayer. The parameters were: volumetric diameter of droplets, numerical median diameter, relative amplitude, droplet density and coverage. The results obtained were the coverage rate varied from 20.56 to 23.95%, the relative amplitude showed a percentage with values between 0.88 to 1.12; the droplet density ranged from 136 to 296 cm-2 drops, the mean volume diameter of the treatments ranged from 150 to 195 μm. The number median diameter ranged from 385 to 524 μm. The alternative product, in some parameters, pointed out surprising responses in some of its doses with respect to the quality of drops. Aureo was the treatment that gave the best response to the others, with an expressive coefficient of homogenization (CH).

Keywords: application technology, alternative adjuvant, coverage efficiency

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1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos com a expansão agrícola, foi observada uma crescente necessidade de melhorar a eficiência dos processos de produção de produtos de valor comercial considerável oriundos da agricultura. Também se reparou na evolução das máquinas e produtos agrícolas que auxiliam no aumento da produtividade no campo. Uma delas, era a aplicação de agroquímicos que vem sendo empregada para garantir sucesso na produção agrícola. Com isso, novas tecnologias estariam sendo empregadas para melhorar a eficiência da pulverização nesse ramo para reduzir os efeitos não desejados na aplicação.

A evolução de maquinários específicos para essa aplicação no mercado deu um salto positivo e de grande importância no cenário agrícola, pois a aplicação de agroquímicos hoje, pode corresponder a quase 40,5% das despesas totais de insumos por hectare. Onde dentro de uma lavoura, R$ 550,36 do custo médio está vinculado ao uso de defensivos e R$ 1367,60 são os custos médios totais de insumos na propriedade (IMEA, 2015). Corrigindo para os dias atuais, a uma taxa de aumento perto de 30% anual, baseado na inflação média dos produtos importados, os custos hoje seriam respectivamente de R$ 749,63 e R$ 1743,13.

Tabela 1.Custo com os insumos da soja geneticamente modificada (GMO) na média de Mato Grosso

das safras 2012 a 2016.Fonte: IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) 2015.

Antuniassi e Baio (2008) afirmaram que o sucesso de uma aplicação de agroquímicos estaria relacionado à seleção das pontas de pulverização, ajuste do volume de calda, parâmetros operacionais, condições ambientais favoráveis e momento correto da aplicação, sempre considerando as recomendações agronômicas de cada produto.

A escolha do padrão de gotas é extremamente importante, pois influencia diretamente na cobertura do alvo e riscos de perdas por deriva. As características físicas da calda são fatores que interferem diretamente no espectro de gotas formado por pontas de pulverização, sendo as principais a viscosidade e tensão superficial. Quanto maior os valores de viscosidade e tensão superficial, maior a força necessária para a quebra das gotas no processo de pulverização. Deste modo, variações nos valores destas

Custo com os insumos da soja GMO na média de Mato Grosso da safra 2012/13 a 2015/16.

Média do Mato Grosso 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 Média Unidade R$/ha R$/ha R$/ha R$/ha R$/ha Despesas com insumos Total 1204,62 1248,89 1.439,72 1.600,87 1344,305

Sementes 157,80 187,14 189,33 160,1 173,62

Fertilizantes 634,28 640,16 566,25 690,98 637,22

Defensivos 412,54 421,69 684,14 749,67 552,915

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características usualmente interferem no espectro de gotas produzido (CHRISTOFOLETTI, 1999).

Segundo Hewitt (2007), a composição da calda seria um dos fatores mais importantes na formação do espectro de gotas a contribuir para efeitos bastante significativos na aplicação. O autor afirmou que era preciso mais informações sobre as propriedades físicas de uma grande variedade das misturas de tanque e adjuvantes, e da influência destas no espectro de gotas. Sabe-se que o comportamento dos adjuvantes pode ser bastante variável de acordo com as diferentes pontas de pulverização.

Na aplicação de agroquímicos, faz-se necessário monitorar a qualidade operacional do processo selecionando-se indicadores de desempenho como diâmetro mediano volumétrico (DMV), diâmetro mediano numérico (DMN), taxa de aplicação, área de cobertura e amplitude relativa que permitem coletar dados no campo e a aferir suas conformidades de acordo com a prescrição técnica estabelecida dos fabricantes de adjuvantes (EMBRAPA, 2009).

Os principais parâmetros desses produtos avaliados foram: diâmetro volumétrico de gotas, diâmetro mediano numérico, taxa de aplicação, amplitude relativa densidade de gotas e cobertura da aplicação a uma taxa de aplicação de 120 L ha⁻¹, com um pulverizador de barras da Incomagri numa área dentro do Campus.

Portanto, este trabalho visou comparar a eficiência na deposição de gotas em pulverização utilizando-se de diferente adjuvantes, sendo dois comuns no mercado e um produto alternativo em potencial, comparando-os entre si em quantidade e qualidade quando adicionados a água.

Todos os procedimentos técnicos na preparação da calda, na manutenção dos equipamentos envolvido foram feitas de forma em que os produtos operem nas mesmas condições de trabalho.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Pulverização e a tecnologia de aplicação

Na safra de 2008, no momento em que os preços dos defensivos agrícolas caíram em 15%, o cenário apontou para inflação dos valores desses produtos. Um exemplo era o glifosato, que era um dos principais herbicidas usados na cultura de cana-de-açúcar, cujo insumo inflacionou em mais de 50% na época. O litro, que antes custava US$ 3,50 em 2007, passou a ser vendido por US$ 7,80 em 2008, um aumento correspondente a 223% em um ano (BALEOTTI, 2008).

Uma tese feita pela o IAC, Instituto Agronômico de Campinas, comprovou que as lavouras de tomate, aonde os investimentos em aplicação e produtos chegavam a 60% dos gastos na produção, as despesas caiam a pouco mais de 30% com a aplicação correta dos defensivos. Ramos afirmou que usando a tecnologia de aplicação de forma eficiente, os custos com a pulverização tenderiam a se reduzir sem que houvesse a redução na eficiência da operação e a produtividade (RAMOS,1998).

Alguns estudos na área apontaram que seria possível diminuir esses custos com metodologias voltadas a tecnologia de aplicação. Mas para isso, tal ação precisaria ser planejada para inibir o desperdício de produto, a perda de produtividade e a necessidade de reaplicar. Os gastos também podem vir a serem reduzidos com o manejo correto da água na etapa de preparação da calda (THEISEN et al., 2007).

Boller et al. (2007), comentou que outra vertente que possa contribuir para a redução de custos com a aplicação, seria o gerenciamento das atividades no campo como: o alvo em questão, o conhecimento das condições climáticas do ambiente ideal para aplicação, a escolha dos equipamentos certos para realizar a tarefa, a manutenção e calibragem dos pulverizadores e capacitação dos operadores.

Segundo Andrade (2007) apud Baleotti (2008), a forma correta de aplicação destes itens: a definição do alvo, o conhecimento das condições climáticas do ambiente ideal para aplicação, a escolha correta do equipamento, a manutenção dos pulverizadores e a capacitação dos operadores poderia aumentar a eficiência operacional do trabalho (reduzindo volume de calda, aumentando a área tratada por dia, reduzindo a catação nas áreas) sem diminuir o potencial produtivo da cultura.

Os erros na aplicação de defensivos representam uma fonte considerável de desperdício, que poderia alcançar a quase 70%, segundo alguns especialistas. Cometer tais equívocos na aplicação, causariam tamanhas perdas principalmente no dimensionamento e na manutenção dos equipamentos (THEISEN et al., 2007).

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Levantamentos estatísticos demonstraram que, em média, pouco mais de 86% dos pulverizadores em barra usados na agricultura apresentaram alguma inconformidade operacional. O uso inadequado das pontas de pulverização, além do seu desgaste, sendo algumas delas danificadas, seriam as falhas mais comum de ocorrerem além dos problemas devido à falta de válvulas e manômetros como acessórios para monitorar e regular a pressão de gotejamento (ANTUNIASSI, 2006).

Portanto considerando que as perdas alcançariam a quase 70% dos custos de aplicação, a sua correção poderia reduzir os investimentos no custo total de produção da cultura, segundo a FMC Technologies. Ainda o coordenador de marketing de cana-de-açúcar da FMC, Marcus Brites afirmou que: “O uso da tecnologia adequada aumentaria a janela de trabalho, otimizaria o maquinário e reduziria os custos” (BALEOTTI,2008).

No momento de expansão da agricultura brasileira, na cultura da soja, a adoção da tecnologia de aplicação exige uma demanda por sistemas de produção sustentáveis, com padrões para atender o mercado internacional com qualidade e segurança. Para isso, essa técnica exige eficiência na aplicação de defensivos no campo para minimizar as perdas na produtividade e vislumbrar qualidade final do produto (BALBINO et al., 2011).

Os erros cometidos na aplicação de defensivos agrícolas também poderiam ocasionar queda na produtividade de uma determinada cultura, caso se os produtos fossem pulverizados sem a cobertura total da área a ser tratada e o procedimento não conseguisse atingir os níveis desejáveis de controle. Um exemplo seria o tratamento com herbicidas em que, se a aplicação não for executada eficientemente e o problema não for corrigido a tempo, seria necessário a reentrada do pulverizador na área, o que aumentaria os gastos com uso de mais produtos e mão-de-obra adicional, além de outros fatores como compactação do solo e desgastes das máquinas (BALEOTTI, 2008).

Outra desvantagem seria durante a etapa de dosagem, que também ocasionaria prejuízo econômico no caso de o uso de dose inferior estimada e necessária para a área ser tratada, pois haveria ineficiência no desempenho do tratamento fitossanitário, com perda do produto aplicado e prejuízo no sistema produtivo (ANDEF, 2010).

Segundo Vieira (2007), se o volume for superior à dose programada, provavelmente haveria intoxicação da cultura em questão. A etapa fundamental desse processo seria o preparo de calda, que durante a diluição correta do produto propiciaria uma aplicação mais eficiente. Brites, coordenador de marketing de cana-de-açúcar da FMC, reforçou que durante esse preparo, seria fundamental que o usuário siga as indicações técnicas recomendadas do fabricante ou do Engenheiro Agrônomo responsável para evitar o desperdício, explicou Redson Vieira (2007) apud Baleotti (2008).

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A adoção de melhores procedimentos poderia auxiliar os produtores na redução de seus custos. Ao adotar-se uma política de gerenciamento da aplicação de defensivos agrícolas não somente ajuda a reduzir prejuízos econômicos, mas também na eficiência de aplicação.

As operações envolvendo aplicação de defensivos agrícolas poderia ocasionar riscos devido ao seu uso indiscriminado e causaria diversos problemas como a alteração no metabolismo das plantas e redução do nicho bióticos. O seu uso intensivo e sem prévio conhecimento, gerariam grandes efeitos colaterais propiciando desequilíbrio biológico (KIMATI et al., 1997; TOKESHI, 2000; FRIGHETTO, 2000).

Segundo Andrade (2007) apud Baleotti (2008), o procedimento correto significaria algo grandioso, pois deveria considerar o risco ambiental que poderia gerar uma contaminação significativa ao alcançar o lençol freático e até de áreas próximas. Teria também, o risco da contaminação do operador durante o manuseio do produto, do preparo da calda e da aplicação e ainda, intoxicação por deriva.

A Tecnologia de aplicação consiste no emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica, minimizando a contaminação. Assim a pulverização seria processo físico-mecânico de transformação de uma substância líquida em partículas ou gotas. e a aplicação seria deposição de gotas sobre um alvo desejado, com tamanho e densidade adequados ao objetivo proposto (ANDEF,2010).

A tecnologia de aplicação remeteria à eficiência em que o defensivo agrícola poderia atingir o alvo desejado de acordo com o equipamento envolvido e o tipo de ponta no momento da aplicação da calda em condições adversas. (SILVA, 2004).

Assim, Bonini (2003) apud (MATUO,1990), discorreu sobre os aspectos da tecnologia de aplicação e respaldou sobre um crescente aumento do custo de produtos químicos, da mão de obra, da energia e a preocupação em relação à poluição ambiental destacando a necessidade de uso de uma tecnologia mais precisa na distribuição do produto no local bem como os procedimentos e equipamentos adequados para maior segurança na aplicação.

Os defensivos devem ser aplicados com eficiência de modo que todos os fatores envolvidos na sua aplicação como: tipo de alvo a ser atingido, o momento ideal para realização da pulverização, a experiência do aplicador, a qualidade da água, o defensivo mais adequado, os equipamentos de aplicação, as condições climáticas e o uso de adjuvantes agrícolas já seriam conhecidos (MAROCHI; SCHMIDT, 1996).

Antuniassi (2007) mostrou que ao adicionar o óleo à calda, ele teve como função reduzir o risco de evaporação e melhoraria a sua absorção, pois o óleo apresentou uma

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temperatura de evaporação superior à da água, e por isso, quanto maior o percentual de óleo na calda menor seria a fração de gotas evaporada durante o processo de aplicação.

Miller e Butler Ellis (2000), afirmaram que o uso de adjuvantes promoveu mudanças nas propriedades da calda pulverizada e podem influenciar tanto no processo de formação das gotas como no seu comportamento em contato com o alvo.

Em condições de queda hídrica, as plantas à medida que avançam a sua maturidade, a sua espessura cuticular aumenta, elevando a restrição à penetração de agrotóxicos diluídos em água. Em ambientes sob alta temperatura e baixa umidade relativa do ar, as plantas são induzidas a fechar os estômatos para reduzir as perdas de água através das superfícies foliares, posteriormente, dificultando a penetração de produtos aplicados. Com isso, boas condições de temperatura e umidade relativa do ar elevada implicam na hidratação da cutícula e facilitam a penetração e a atuação de agrotóxicos (QUEIROZ et al., 2004,).

Segundo Holloway (1994), discorreu que se as gotas de pulverização espalhadas nas folhas poderiam ser retidas, repelidas ou dividir-se em gotas menores, de acordo com o seu tamanho, com a velocidade de deposição, com as propriedades físico-químicas implícitas à calda e com às características da superfície foliar. Tais propriedades contidas nas gotas, estariam diretamente relacionadas aos componentes da sua formulação, com enfoque à concentração de adjuvantes na composição de cada produto.

Ainda Theisen et al. (2004) apontaram que para vencer essas barreiras imposta pelas plantas, segundo as condições agrometereológicas, umas das soluções para facilitar à penetração dos defensivos seria usar substâncias inertes denominados aditivos ou adjuvantes, que seriam capazes de modificar a atividade dos produtos aplicados e as características da pulverização. Esses produtos poderiam ser adicionados à formulação dos defensivos, ou serem adicionados à calda no momento da pulverização.

Kissmann (1997) afirmou que os adjuvantes poderiam desempenhar várias funções distintas. Pois eles são substâncias ou compostos sem propriedade fitossanitária, que são adicionados para preparação da calda, cujo foco é aumentar a eficiência ou modificar determinadas propriedades da solução, visando facilitar a aplicação ou minimizar possíveis problemas. Traduzindo; um ingrediente que melhoraria as propriedades físicas de uma mistura (SBDA,2013).

Segundo Vargas e Roman (2006), os adjuvantes seriam repartidos em dois grupos: os modificadores das propriedades de superfície dos líquidos (surfactantes, espalhante, umectante, detergentes, dispersantes e aderentes, entre outros) e os aditivos (óleo mineral ou vegetal, sulfato de amônio e uréia, entre outros) que afetariam a absorção devido à sua ação direta sobre a cutícula.

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Um dos efeitos dos adjuvantes, destacam-se a redução da tensão superficial das gotas pulverizadas, provocando o seu achatamento, o que eleva a sua superfície de contato com o alvo biológico e melhora a cobertura da folha. A tensão superficial refere-se às forças que existem na interface de líquidos não miscíveis, impedindo que eles se misturem (AZEVEDO, 2001).

Quando uma gota de água está sobre uma superfície, o ângulo de contato depende das características dessa superfície. Se for hidrorrepelente, o contato será menor e a gota ficará mais esférica (coesão). Se a superfície for mais hidrófila, a gota se espalha, podendo até formar um filme uniforme (adesão) (KISSMANN, 1997; CRUZ FILHO; CHAVES, 1979). Quando se mesclam produtos com características diferentes, nem sempre existe compatibilidade física.

Os tensoativos, em geral, possuem estruturas em sua molécula com propriedades hidrofílicas e outra lipofílica, ajudando a compatibilizar a mistura de água com óleos, formando as emulsões. Kissmann (1997) falou que a capacidade de ligação dessas partes seria variável e um produto de interface poderia ter um segmento hidrofílico pequeno e um lipofílico grande, ou vice-versa.

Geralmente, os adjuvantes hidrofílicos, com alto balanço de propriedades hidrofílicos/lipofílicos (HLB), melhoram a penetração dos agrotóxicos com maior solubilidade em água; já os adjuvantes com um HLB baixo, melhoram a penetração dos produtos com baixa solubilidade em água (HESS; FOY, 2000).

Ruiter et al. (1990) relataram que espécies que tiveram dificuldade de serem molhadas retiveram mais calda quando essa continha uma maior concentração de adjuvante. Portanto, poderia dizer que uma maior concentração de adjuvante seria requerida para que se possa ultrapassar a barreira formada por ceras epicuticulares cristalinas das plantas.

Boller et al. (2007) relataram que outras funções dos adjuvantes seriam o estímulo da atividade fisiológica das plantas, a adequação do pH da calda (sequestrantes de cátions e sulfato de amônio), a redução da reatividade de íons recentes na água (quelatizantes), a redução da evaporação (óleos vegetais e minerais e umectantes), o aumento da absorção (uréia), a redução da formação de gotas pequenas (espessantes ou redutores de deriva), o aumento da adesão das moléculas às plantas (adesionantes), a redução da decantação da calda (dispersantes), a facilitação de misturas (emulsificantes), a facilitação da penetração das gotas nos tecidos vegetais óleos vegetais e minerais), a redução da formação de espuma ou quebra rápida da espuma formada (antiespumante) e a acidificação da calda (acidificantes).

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2.2 Pontas e qualidade de gotas na aplicação

As pontas têm três funções muito importantes: determinar a vazão, o tamanho das gotas e o formato do jato de pulverização. A vazão é função direta do tamanho do orifício, da pressão e das características do líquido pulverizado. Já o tamanho das gotas e o formato do jato da pulverização dependem do modelo da ponta, além da pressão e das características da calda (ANDEF,2010).

Segundo o IAC (2006), as pontas de jato leque são pontas que proporcionam um jato de pulverização plano, no formato de um leque, recomendado para aplicação de defensivos agrícola. As pontas de jato plano podem ainda ser subdivididas nos seguintes tipos:

Jato plano padrão: ideal para utilização em pulverizador de barras, onde há sobreposição entre os jatos das diferentes pontas.

Jato plano uniforme: recomendada para aplicação em faixas sem sobreposição. Jato plano de baixa deriva (pré-orifício): possui um pré-orifício especialmente desenhado para proporcionar gotas maiores (médias a grossas), com redução no percentual de gotas menores do que 100 micrometros (μm) no espectro gerado.

Figura 1. Tipo de distribuição dos bicos de jato leque. Fonte: Andef 2010

A sua escolha é um dos parâmetros mais importantes da tecnologia de aplicação pois além da pressão, fatores como o tamanho médio das gotas, a qualidade do espectro gerado, a composição da calda, em função das formulações dos produtos e dos adjuvantes contidos na solução seriam afeados diretamente (ANDEF,2010).

CUNHA et al. (2007) discorreu que os fatores de suma importância para a determinação da qualidade de gotas são o diâmetro da mediana volumétrica (DMV), a amplitude relativa (AR) e a porcentagem de gotas com diâmetro inferior a 100 micrometro (µm). Esses atributos, em conjunto, definem o potencial de deriva de gotas, a uniformidade de gotas e o tamanho típico das gotas produzidas por um tipo bico de pulverização.

(19)

Tabela 2. . Quadro de recomendação. Fonte: ANDEF 2010. Classe de Pulverização DMV* aproximado (normal ASAF) Pontas Recomendação

Muito Fina <100 µm Jato Plano Duplo Fungicida,

Fina 100-175 µm Jato Plano Comum Inseticida e Herbicida

Média 175-250 µm Jato Plano Comum de contado

Grossa 250-375 µm Jato Plano duplo com

Ar

Muito Grossa 375-450 µm Jato Plano com Ar

Extra-<Grossa >450 µm Jato Plano com Ar

O DMV é o diâmetro da gota que divide o volume das gotas pulverizadas em duas partes, de forma que a soma dos volumes das gotas de diâmetro menor seja igual à soma do volume das gotas de diâmetro maior (ANTUNIASSI e BAIO, 2008).

Figura 2. Demonstração gráfica de DMV. Fonte: Drescher 2016.

Eles ainda disseram que quanto maior o valor da amplitude relativa (AR), maior seria a faixa de tamanho das gotas pulverizadas, heterogeneidade. Caso os espectros fossem homogêneos, teriam o valor de amplitude relativa tendendo a zero. Por isso, os valores de DMV e AR devem ser analisados simultaneamente para a caracterização da pulverização pois, isoladamente o DMV é apenas referência e não infere a dispersão dos dados.

O diâmetro volumétrico é aferido por três parâmetros:

Diâmetro volumétrico D10 (µm): é a distribuição dos diâmetros das gotas de maneira tal que os diâmetros menores que compõem 10% do volume total de líquido da amostra.

Diâmetro volumétrico D50 (µm): conhecido como diâmetro mediano volumétrico (DMV), é a distribuição dos diâmetros das gotas de maneira tal que os diâmetros menores que compõem 50% do volume total de líquido da amostra. Ele é muito importante para a calibração da deposição, pois expressa o padrão de diâmetro de gotas que atingiu a amostra.

Diâmetro volumétrico D90 (µm): é a distribuição dos diâmetros das gotas de maneira tal que os diâmetros menores que compõem 90% do volume total de líquido da amostra.

(20)

A partir deles se obtém o fator de dispersão (Fd), também conhecida como amplitude relativa em que ela, segundo Matthews (2000), expressa a variação do tamanho de gotas, relacionando-a com o diâmetro mediano volumétrico, e que, quanto mais elevado o seu valor maior seria a variação do tamanho das gotas, e quanto menor for o seu valor, mais homogêneo seria o espectro de gotas. Ela é definida por:

Equação. (1)

Antuniassi e Baio (2008) discorreu também que outro parâmetro de classificação do espectro de gotas é o diâmetro mediano numérico (DMN) definido como o tamanho das gotas dentro do espectro de pulverização que divide, as gotas totais, em duas quantidades iguais. Ele é determinado pelo diâmetro que divide o número de gotas pulverizado em duas partes: 50% do espectro de gotas menores que o DMN, e outros 50% de gotas maiores o DMN.

Figura 3. Relação entre DMV e DMN. Fonte: Drescher 2016.

Eles ainda analisaram a relação entre o DMV/DMN, possibilitando gerar um parâmetro de homogeneidade do espectro de gotas chamado coeficiente de homogeneidade (CH) ou coeficiente de dispersão, em que, tanto mais distantes estão um dos outros, a pulverização seria heterogênea. Em outras palavras, quanto mais próximo de um (1) mais homogêneo era espectro. Isto se deve pelo fato o DMV ser influenciado por gotas maiores (maior volume) e o DMN ser influenciado por gotas menores (maior número) como demonstrado na Figura 4.

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Figura 4. Qualidade de aplicação. Fonte: Drescher (2016).

A densidade de gotas (gotas cm-2) é um indicador que fornece informações de quantas gotas atingiram uma área equivalente em um centímetro quadrado. Esse é um parâmetro internacionalmente indicado para a calibração da deposição. A Associação Nacional de Defesa Vegetal, a ANDEF (2010), falou que a densidade de gotas indicada para aplicação de herbicidas, deveria ser de 20 a 30 gotas cm-2.

Tabela 3. Parâmetro de densidade de gotas recomendado para produtos não sistêmicos ou de baixa translocação. Fonte: ANDEF 2010.

Produto Cobertura (gotas cm-2) Pulverização

Herbicida 20-30 Média- Grossa

Inseticida 50-70 Média- Fina

Fungicida 70-100 Fina

Os fatores que influenciariam o tamanho e densidade de gotas tipo de equipamento, ângulo de ataque dos bicos, pressão de trabalho, a formulação da calda e a taxa de aplicação (ANDEF, 2010).

O volume de aplicação é corresponde ao volume de produto pelo equipamento pulverizador calculado a partir do volume aplicado ou taxa de aplicação (quantidade aplicada pelo pulverizador em determinada área) e do volume coletado (quantidade que foi capturada pelos cartões hidrossensíveis).

Cunha et al. (2001) afirmou que a elevação na taxa de aplicação, assim como a diminuição do tamanho de gotas, na teoria propicia a melhoria no nível de cobertura em função do maior número de gotas pulverizadas até o alvo. Logo as gotas muito pequenas,

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estariam sujeitas aos fatores climáticos, podendo serem desviadas ou terem parte seu volume evaporado antes de atingirem o alvo, não alcançando muitas vezes o seu objetivo.

A cobertura corresponde a porcentagem de área coberta pela mancha das gotas em relação a área total da amostra.

2.3 Deriva

Friedrich (2004) afirmou que a deriva seria um dos principais motivos de perdas de defensivos e o causador da contaminação do meio ambiente. Ponderou-se que cerca de 50% dos agrotóxicos seriam desperdiçados devido às más condições de aplicação segundo Velloso et al. (1984). Matuo (1990) e Christofoletti (1999), disseram que a deriva era tudo aquilo que não atinge o alvo durante a aplicação e Miller (1993) definiu deriva como parte da pulverização agrícola que era desviada para fora do ambiente de aplicação pela ação do vento.

Ainda Miller (2004) disse ainda que o agrotóxico poderia ser retirado da área em questão na forma de gotas ou vapor. E a sua perda ocorreria na forma de vapor durante ou depois da aplicação, e estaria diretamente relacionada a pressão de vapor e das características da formulação do produto.

Wolf (2000) e Sumner (1997) falaram que ao inserir os adjuvantes à calda de pulverização, poderia ocasionar uma certa alteração no diâmetro das gotas pulverizadas, diminuindo assim, o risco de deriva. No entanto, Wolf e Gardisser (2003), observaram que a interferência ao adicionar adjuvantes à calda em aplicações aéreas, concluíram que poucos produtos mostraram ação antideriva, enquanto alguns aumentariam o risco potencial de deriva.

A adição de adjuvantes alteraria a distribuição volumétrica da calda causada pela aplicação aérea e diminuiria o risco potencial de deriva das aplicações pois, acentua a deposição de calda no alvo disseram Cunha e Carvalho (2005).

Johnson e Swetnam (1996), disseram que a seleção correta das pontas era primordial para a eficiência na aplicação, sendo um fator determinante da quantidade que seria aplicada por área, da uniformidade de aplicação, da cobertura obtida e do risco potencial de deriva. Entretanto, fatores como altura de lançamento da gota em relação ao alvo, densidade do líquido pulverizado e temperatura do ar também influenciariam na deriva, e precisariam ser considerados.

Velini et al. (2011) utilizaram o método cromatográfico e de balanço de massas para a determinação de deriva em pulverização aérea em cana-de-açúcar, concluiu-se que o método utilizado era adequado para a quantificação de perdas e deriva. Carbonari et al.

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(2011) utilizaram balanço de massas e cromatografia para determinação de deriva em pulverização de herbicidas pré-emergentes em cana-de-açúcar, e chegaram a valores de perdas entre 2,72 e 38,65%.

2.4 Deposição de calda

Para isso seria preciso obter a faixa total de aplicação (ABNT, 1988), também conhecida como perfil básico da deposição, conforme preconiza a norma ASAE - American Society of Agricultural Engineers S386.2 (ASAE, 1995). Considera-se a faixa total de aplicação um parâmetro básico do planejamento operacional eficiente da aplicação aérea, quando se procede a sobreposição das faixas (CORRÊA et al, 2004).

Para avaliação do depósito de calda de pulverização, há diversas opções: através da utilização de alvos artificiais (tiras de papel, laminas de vidro), colocados próximos aos alvos reais (folhas, caules, solo etc.); uso de papeis sensíveis, que mostram as gotas apenas em função da sensibilidade a umidade; utilização de corantes especiais, como fluorescentes (sensíveis sob luz ultravioleta), possibilitando a observação da distribuição, ou corantes solúveis em agua, para determinação das quantidades depositadas através de lavagem do material coletado; e uso da condutividade elétrica, para determinação de concentrações de substancias traçadoras (sais), técnicas estas que permitem a utilização de alvos reais. (PALLADINI, 2000).

Cartões hidrossensíveis têm sido empregados por diversos pesquisadores, para avaliar deposições de pulverizações, que os utilizam para leitura com auxílio de microscópios ou de “scanners” ligados a equipamentos de processamento informatizados (BOUSE, 1994). O uso de papel sensível à água foi recomendado por Carvalho (1995) para avaliar pulverizações aero agrícolas quanto à densidade de gotas e o DMV (diâmetro mediano volumétrico) das mesmas.

A maior limitação do uso de cartões hidrossensíveis seria a umidade relativa do ar acima de 80%, que afeta a sensibilidade do papel. As avaliações dos depósitos seriam utilizadas nas pesquisas de tecnologia de aplicação como instrumento para desenvolver e melhorar as técnicas de aplicação de defensivos (Palladini, 2000). Para Carbonari (2005), a avaliação de uma pulverização poderia ser realizada através de um estudo da deposição de gotas sobre superfícies-alvo, que podem ser naturais ou artificiais. Concluiu-se que para avaliação mais criteriosa, a cromatografia mostrou-se melhor método de identificação de penetração de calda.

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2.5 Adjuvantes, vantagens e suas desvantagens

Explícito no Decreto Federal Nº 4074/2002, que define “adjuvantes” são produtos utilizados em mistura com produtos formulados para melhorar sua aplicação. Os adjuvantes são substâncias ou compostos sem propriedade fitossanitária, que quando adicionados a preparação da calda, tendem aumentar a eficiência ou modificar determinadas propriedades da solução, visando facilitar a aplicação ou minimizar possíveis problemas (SBDA).

Os adjuvantes podem ser classificados segundo seu grau de ionização ou da sua dissociação em água. O aniônico, como o lauril-sulfato de sódio, vem sendo usado em formulações de agrotóxicos pois, são ótimos agentes molhantes e detergentes, tendo como uma pequena desvantagem apenas na capacidade de reagir com sais presentes na água e com as moléculas dos defensivos agrícolas, modificando o equilíbrio eletrolítico nas caldas.

Já os catiônicos, na maioria das vezes fitotóxicos, tem elevado custo, baixo poder detergente e precipitam na presença de sais. Os não-iônicos são eletricamente neutros e não se ionizam ou dissolve em água e, por isso, se quer chegam a alterar o equilíbrio eletrolítico nas formulações e nas caldas. Esses tipos de produtos se agrupam aos mais importantes adjuvantes para defensivos (AZEVEDO, 2001).

Nas lavouras, já existe o emprego de óleos como adjuvantes. Existem óleos do tipo mineral e vegetal. Os óleos minerais são formulados a partir de uma parte da destilação do petróleo. Já os óleos vegetais são retirados com a utilização de solventes ou por pressurização, e normalmente são constituídos por uma cadeia contendo 16 ou 18 carbonos e logo após, são purificados. Os óleos minerais e os óleos vegetais possuem vasta aplicação para uso. E são utilizados isoladamente tanto para controle de insetos e fungos, quanto para adjuvantes quando adicionados às caldas.

Mendonça et al. (2007) disseram que ao exercerem a função de adjuvante, os óleos facilitam sua dispersão e a absorção da calda, reduzindo a perda do ingrediente ativo e a tensão superficial. As principais vantagens do uso do óleo na aplicação de defensivos, se destacariam por facilitar a penetração da calda pela cutícula e a sua ação antievaporante, que proporcionaria a diminuição das perdas por evaporação da água, além da promoção de melhor molhabilidade em superfícies hidrofóbicas.

Outros benefícios que poderiam ser expostos seriam que quando se utiliza os óleos como aditivos eles reduzissem a hidrólise do defensivo no tanque e diminuíssem a fotodecomposição, disse Durigan em (1993). Segundo Hess (1997), os óleos miscíveis utilizados como adjuvantes possuíam de 80 a 98% de óleo não-fitotóxico e de 2 a 20% de surfactante, nessa formulação, contribuíam para o aumento da absorção de herbicidas lipofílicos quando se utilizava somente do surfactante.

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Segundo estudos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o uso de adjuvantes multifuncionais durante as aplicações permite reduzir a dose de herbicidas em mais de 50%, comparativamente aquelas realizadas sem eles. (VARGAS et al., 2016).

Se tratando das funções dos adjuvantes, alguns de seus constituintes nitrogenados têm uso com certos agrotóxicos afim de promover melhor eficiência ou diminuir a influência de vários fatores durante a aplicação. A sua forma de reagir é múltipla, variando um pouco de composto para composto, dependendo de alguns aspectos fisiológicos das plantas e de condições ambientais, por exemplo, a temperatura.

Outras vantagens da utilização de adjuvantes, afirma Boller et al. (2007), seriam a ligeira absorção dos produtos logo após a sua aplicação, além da facilidade de cobrirem as superfícies cerosas de alguma espécie de plantas. Vale lembrar, que os adjuvantes também poderiam facilitar a entrada da calda entre as ranhuras das folhas, podendo aguçar a penetração da calda nas hifas dos fungos e teias de ácaros e, por conseguinte, a poderiam alterar o período residual de fungicidas.

Deve-se atentar, no entanto, aos efeitos indesejáveis que podem ser acompanhados com o uso de adjuvantes, tais como fitotoxidez, redução ou extinção da seletividade de alguns produtos. Segundo Ryckaert et al. (2007), a forma correta de uso dos adjuvantes modificaria o desempenho do produto ao ser aplicado. Contudo, o aumento na eficiência da aplicação do defensivo, elevaria o impacto ambiental. Isto só seria possível se houvesse a presença residual da molécula do adjuvante no ambiente. Por isso, ao adicionar os adjuvantes, os períodos de carência deveriam ser respeitados, em função da sua persistência residual nos produtos vegetais.

Fagliari et al. (2004) falaram que a ação dos defensivos era dependente de seus constituintes na calda, que apesar de não estruturarem o ingrediente ativo, melhoraram sua eficiência. Hoje, há uma série desses produtos disponíveis no mercado, o que facilita ainda mais seleção por parte dos técnicos. O efeito dos adjuvantes nas aplicações é um processo que envolve muitos aspectos físicos, químicos e fisiológicos bem complexos, pois os defensivos têm compatibilidade diferente com os adjuvantes (CHOW, 1993).

Boa parte dos problemas vindos do uso de aditivos para calda, vem-se do desconhecimento de sua ação e das restrições para sua utilização (ANTUNIASSI, 2006). Segundo Zollinger (2000), a consistência de regulamentos e marketings e a complexidade da interação entre a planta, o produto, o ambiente, a qualidade de água e o adjuvante causariam confusões na correta seleção do adjuvante entre os produtores.

Antuniassi (2006) relatou ainda que no processo de formação das gotas por uma ponta de pulverização poderia, significativamente, ser modificado pelo uso de algumas

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formulações e pela adição de adjuvantes. Da mesma forma, ele chamou a atenção para o fato de que ao adicionar componentes químicos às caldas, isso acarretaria interações entre os produtos e afetaria negativamente o resultado de uma aplicação.

2.6 Adjuvantes comercias e alternativos

O Agral é um adjuvante espalhante adesivo não iônico, que pode ser adicionado a qualquer herbicida, fungicida ou inseticida, melhora a distribuição dos agrotóxicos propiciando a formação de uma película protetora uniforme, com isso melhora a absorção foliar para herbicidas, melhora a penetração de fungicidas e inseticidas sistêmicos, reduz os riscos de queima. Segundo seu fabricante, ele é indicado, especialmente, para quando o agrotóxico for aplicado sobre superfícies, com folhas lisas, cerosas ou pilosas. Também, ele dispensa diluição prévia, misturando-se facilmente a qualquer agrotóxico ou água. É um produto não fitotóxico se utilizar indicações recomendadas (AGRAL).

O Aureo é um adjuvante concentrado emulsionável que pode ser adicionado a caldas herbicidas, fungicidas ou inseticidas, podendo ser aplicado com pulverização costal manual ou motorizado, de tração tratorizada ou aplicação aérea, em função do produto a qual será adicionado de acordo com tipos de bicos, densidade de gotas, tamanho de gotas e pressão de trabalho seguindo as indicações nas instruções de uso do produto (AUREO).

O L.O.C é, usualmente, utilizado como um limpador multiuso concentrado para limpeza de todo tipo de superfície lavável. Tem uma formulação biodegradável. Contém Lauril Éter Sulfato de Sódio (Tensoativo Aniônico) não persistente no ambiente, Laureth-7, Óxido de Cocamidopropilamina, espessante, Agente de Controle de pH, Conservantes, Fragrância, Veículo. Contém Tensoativo Biodegradável (LOC).

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3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Área experimental

O experimento foi realizado na Universidade Federal de Mato Grosso - Campus de Sinop na área experimental do laboratório de Mecanização Agrícola O dia estava com temperatura de 25 ºC, umidade relativa próxima de 39% e velocidade do vento = 1 m/s. Foi utilizado um pulverizador de barras modelo Incomagri Attack 600 L montado no trator modelo Agrale que foi o meio veicular para a aplicação do experimento. Este, portou uma relação de calda especificamente preparada para a ocasião determinada de 120 L ha⁻¹.

Figura 5. Imagem de catálogo do pulverizador tratorizado de barras treliçado. Fonte: Incomagri.

Figura 6. Imagem da regulagem do pulverizador tratorizado de barras treliçada Incomagri utilizado nos trabalhos sobre deposição de gotas montado no trator.

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Figura 7. Imagem do pulverizador tratorizado de barras treliçada Incomagri utilizado nos trabalhos sobre deposição de gotas montado no trator em operação.

Os tratamentos foram dispostos em uma área plana em frente ao Laboratório de Mecanização Agrícola, com as repetições espaçadas entre si a uma distância entre 2,5 e 3,5 metros a partir da distância de 1 metro da largura máxima do pulverizador como demonstrado na Figura 10.

Figura 8. A) Corte A vista da parte diagonal da disposição dos papéis nas hastes nas 4 repetições. B) Corte B vista da parte lateral da disposição dos papéis nas hastes nas respectivas 4 repetições.

A Figura 11 esboçou de como ficou o trator com o pulverizador em relação as hastes, onde estavam fixados os papéis hidrossensíveis.

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Figura 9. Vista frontal da posição do trator em relação as hastes disposta com os papéis hidrossensíveis.

E assim, os papéis foram dispostos no campo presos a essas hastes como observado na figura.

O modelo do pulverizador de barras utilizado no experimento, possui as seguintes especificações segundo o seu fabricante, vide Quadro 1:

Quadro 1. Manual de Especificações técnicas do Pulverizador de barras. Fonte Incomagri.

MODELO ATTACK 600 AM 12 Capacidade do reservatório 600 litros Polietileno

Reservatório de água limpa 30 litros

Incorporador de defensivos 10 litros

Porta-bicos Bijet

Pontas de pulverização Leque - Cônica

Bomba de pistões e membrana 85 L/min.

Comando de pulverização Manual -CCP

Sistema de agitação Hidráulico-por retorno

Espaçamento entre bicos 50 cm

Comprimento da máquina 0,85 m

Altura 2,7 m

Largura 2,1 m

Comprimento das barras 12 m

Peso da máquina 470 kg

Pressão da bomba 20 Bar

Capacidade de vazão da bomba 86,4 litros p/minuto

Rotação máxima 540RPM

As pontas de pulverização no pulverizador, eram do Modelo BD11002 Magnojet, amarela, malha 50 μm (microns), e possuíam as seguintes características:

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 Pressões de trabalho de 31 a 60 psi produzindo gotas pequenas para melhorar a cobertura foliar

 Bico Leque Cerâmico;  Série Baixa Deriva;  Ângulo de 110°

 Recomendação de 15 a 60 psi;

Figura 10. Modelo da ponta de pulverização utilizada. Fonte: MAGNOJET.

Elas foram escolhidas para tal finalidade considerando a proposta desse trabalho de acordo com a taxa de aplicação e velocidade determinada através dos cálculos. São pontas do tipo de núcleos em cerâmica técnica (99% de Alumina), com excepcional resistência para todos os tipos de produtos químicos e excelente precisão da taxa de vazão, produz gotas médias em pressões baixas e gotas finas em médias e altas pressões, continha as seguintes especificações vide Figura 13 e Figura 14.

Figura 11..Classificação dos tamanhos das gotas. Fonte: Magnojet.

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Papeis Hidrossensíveis

Os papeis utilizados no trabalho eram da Syngenta/Micron de 50 unidades (SYN7626) de dimensões 76 x 26mm., conforme a Figura 15.

Figura 13.Modelo do papel utilizado no experimento. Fonte: Syngenta

3.2 Tratamentos

O ensaio foi feito com nove tratamentos que envolveu um produto alternativo Loc nas concentrações de (30, 50, 100 e 150 ml) mililitros do produto para cada 100 litros de água, o AGRAL nas concentrações (30 e 50 ml) mililitros e o AUREO nas concentrações (100 e 250 ml) mililitros conforme as recomendações de seus fabricantes, e por conseguinte, a testemunha contendo apenas água ao volume de aplicação de 120 L ha⁻¹ aplicados à altura de 0,5 metros dos papeis hidrossensíveis dispostos em 4 hastes com prendedores para fixação dos papeis. Antes da aplicação, o trator acionava o implemento pulverizador, em que buscava a estabilização do volume de aplicação calculado de 0,64 L min-1, e arrancava até alcançar uma velocidade de 6,4 km h-1. Por conseguinte, passava-se pelas as hastes onde se encontravam os papéis presos com uma presilha e a alguns metros à frente, era trator parado e esvaziava-se o tanque para se colocar o próximo tratamento e sua respectiva dose de aplicação.

Figura 14. Croqui dos espaços em que foram dispostos os tratamentos, a passagem e a velocidade de avanço do trator durante a aplicação.

A velocidade de avanço do trator foi de 6,4 km h⁻¹. A altura de 0,5 metros foi utilizada para este tipo de aplicação ponto de vista da segurança operacional.

12 m

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Estudiosos relatam que na pulverização de defensivos em culturas, normalmente se utiliza volumes entre e 120 L ha-1. Essa taxa de aplicação foi considerada na aplicação dos tratamentos envolvidos afim de observar o comportamento da calda em relação à deposição de gotas durante a aplicação.

3.1 Variáveis do experimento

Segundo a ANDEF (2010) para fins práticos, seguiu-se a recomendação de sequência da mistura no reservatório pulverizador ou no misturador de calda:

I. Colocou-se à agua no reservatório ou misturador; II. Ligou a agitação;

III. Colocou-se os adjuvantes condicionadores à agua.

Taxa de aplicação

Considerou-se a concentração para a mistura determinada pelo fabricante dos produtos. No caso do produto alternativo, usou de forma geral o mesmo parâmetro referencial entre:

- Herbicidas e Fertilizantes Foliares: 30 ou 50 mililitros para cada 100 litros de calda - Fungicidas, Inseticidas e Outros: 100 ou 250 mililitros para cada 100 litros de calda

Velocidade de deslocamento do pulverizador

A Velocidade de deslocamento do Pulverizador foi obtida pela fórmula: Eq. (2) Em que:

V = velocidade de deslocamento k h-1

T = tempo gasto em segundos para percorrer 50 metros S = distância percorrida em 50 metros

Espaçamento das Barras

Checou-se o espaçamento está adequado como indicado na literatura < 50 cm.

Vazão necessária na ponta

A equação era dada por:

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Em que:

Q= vazão dos bicos em litros por hora (L h-1) L ha-1 = taxa de aplicação desejada

km h-1 = velocidade deslocamento do pulverizador

E = Espaçamento entre pontas em cm na barra para aplicação em área total ou faixa de aplicação em metros para bicos únicos, aplicação em faixas ou pulverização sem barra ou espaçamento entre as linhas em cm dividido pelo número de bicos por rua para aplicação dirigida/Turbo atomizadores.

Vazão e pressão de trabalho da ponta

Uma vez que determinou a vazão necessária da ponta, escolheu-se então, dentro do tipo de ponta já definido, no primeiro passo, a vazão da ponta e pressão de trabalho que produziu o tamanho de gota desejado. Para isto, tornou-se necessário o uso de informações do fabricante.

Eq. (4)

Em que:

V= vazão dada pelo fabricante V’=vazão encontrada nos bicos P= pressão dada pelo fabricante P’= pressão encontrada nos bicos

Consultando a tabela de especificações do fabricante, viu-se que os valores se encontravam dentro do tabelado conforme a Figura 14.

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Calibração e Regulagem

Regular seria ajustar os componentes da máquina às características da cultura e produtos a serem utilizados. Ex.: ajuste da velocidade, tipos de pontas, espaçamento entre bicos, altura da barra, etc. Calibrar seria verificar a vazão das pontas, determinar o volume de aplicação e a quantidade de produto a ser colocada no tanque. (ANDEF,2010)

Estando a barra com as pontas escolhidas, ajustou-se a pressão de trabalho com o auxílio do manômetro do pulverizador. Coletou-se o volume de saída de água em um minuto em no mínimo 4 pontas, e anotou e por fim, determinou-se a vazão média obtida.

Inspecionou-se o pulverizador desligado e parado, olhou-se o estado dos filtros de linha e sucção verificando se haveria rompimento da malha e dos anéis de vedação, ou então acumulo de sujeira; observou-se o estado e localização das mangueiras verificando-se verificando-se haveria mangueiras rachadas, resverificando-secadas ou torcidas. Obverificando-servou-verificando-se verificando-se sua localização não estaria interferindo na pulverização.

Preparou-se o pulverizador para o processo, realizou-se uma limpeza geral do pulverizador, inclui-se a descontaminação do reservatório, lavou-se os filtros (de linha, de sucção e das pontas) e a limpou-se das pontas. A seguir, o reservatório foi abastecido com agua limpa.

Verificou-se o estado da proteção das partes moveis, como o eixo cardam e as correias e se todas as pontas ao longo da barra eram do mesmo modelo, vazão e angulação de acordo com a escala máxima e a pressão usual de trabalho.

Após a análise de todos os itens o pulverizador, e considerou-se adequado se a conformidade em todos os quesitos inspecionados.

3.4 Parâmetros

Para a determinação da cobertura, densidade de gotas cm-2, diâmetro médio de gotas, amplitude relativa e diâmetro mediano numérico (DMN), foram obtidas imagens digitais dos cartões, através de scanner com resolução de varredura de 600 dpi, sendo posteriormente as imagens submetidas à análise eletrônica pelo software Gotas (EMBRAPA).

Para cada um dos nove tratamentos foram realizadas quatro repetições. Os resultados obtidos, foram analisados pelo intervalo de confiança para diferenças entre as médias a 95 % de probabilidade (IC95%). Logo após, eles foram submetidos a um delineamento inteiramente casualizado (DIC), em que as médias foram comparadas pelo teste de Scott - Knott a 0,05 de probabilidade utilizando-se do suplemento estatístico SisVar®.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Obteve-se então os resultados através das manchas dos cartões hidrossensíveis atingidos pela vazão dos bicos de 0,011 L h-1, à velocidade de 6,4 km h-1 de acordo com a Figura 16.

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Conforme foi ressaltado no material e métodos, os fatores avaliados nesse experimento foram qualitativos, onde determinou-se a dose a ser aplicada dos três diferentes produtos em suas indicadas quantidades segundo seus fabricantes. Padronizou-se o valor de taxa de aplicação para 120 L ha-1. Em função disso, realizou-se teste de comparação de médias para comparar suas diferenças quantitativas e qualitativas.

Os resultados obtidos pela análise de variância dos experimentos estão na Tabela 4 para o fator variável (FV), tratamentos, e para a variável resposta densidade de gotas cm-2. Observou-se que não houve variação significativa entre os tratamentos.

Tabela 4. . Análise de variância para a variável densidade de gotas cm-².

** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> =0,05).

Na Tabela 5, apresentou-se os resultados densidade de gotas em função dos tratamentos. Comparando os valores de densidade de gotas, observou-se que não houve diferença significativa entre os tratamentos.

Tabela 5. Resultados das medias de gotas cm-2.

CV - Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. O teste de Scott-Knott a um nível de 5% de probabilidade foi aplicado. As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si.

Os valores encontrados estão dentro do esperado. Debortoli et al. (2012), no seu trabalho, encontrou densidade de gotas superior a 100 gotas por cm², tendo chegado a atingir valores acima de 250 gotas por cm², que são apropriados para aplicação de fungicidas e herbicidas. Estudos feitos pela ANDEF (2010) apontou que a densidade de gotas indicada para aplicação de herbicidas é 20 a 30 gotas cm-2, para inseticida 50 a 70 gotas cm-2 e para fungicida 70 a 100 gotas cm-2.

FV GL SQ QM F FC P

Densidade de Gotas 8 79792,97 9974,12 2,98* 2,31 0,157

Resíduos 27 90238,24 3342,15

Tratamentos Médias ( gotas cm-²)

Testemunha 159,68 b Agral 30 ml 235,66 a Agral 50 ml 296,35 a Aureo 100 ml 224,21 a Aureo 250 ml 243,07 a Loc 30 ml 136,06 b Loc 50 ml 174,94 b Loc 100 ml 189,65 b Loc 150 ml 174,79 b Cv(%) 28,36

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Na Tabela 6, apresentam os resultados da análise de variância para a variável resposta diâmetro médio volumétrico (DMV). Observou-se que não houve interação significativa no fator tratamento.

Tabela 6.. Resultado da Análise de Variança para Diâmetro Médio volumétrico (µm).

** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> = 0,05).

Os resultados apresentados na tabela 7, demonstraram variações não significativas entre alguns dos tratamentos, sendo apontado pelo teste de comparação Scott-Knott na Tabela 7.

Tabela 7. Resultado das médias do diâmetro médio volumétrico (µm).

CV - Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. O teste de Scott-Knott a um nível de 5% de probabilidade foi aplicado. As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si.

Cunha e Teixeira (2001) estimou que os bicos do tipo leque fornecem gotas com diâmetro da mediana volumétrica superior quando há influência da altura de trabalho, a vazão nominal e pressão de trabalho do implemento. Os valores encontrados de diâmetros determinado neste estudo, ficaram dentro dos limites recomendados por Márquez (1997) que disse que para evitar problemas de deriva e escorrimento, as gotas devem ter diâmetro mediano volumétrico superior a 100 μm (0,1 mm) e inferior a 800 μm (0,8 mm) e dentro do recomenda pela tabela da ANDEF (2010) segundo o tipo de ponta utilizado, que produz gotas médias ou finas na faixa de 100 μm a 250 μm.

Na Tabela 8, apresentam os resultados da análise de variância para a variável resposta cobertura. Observou-se que houve interação significativa entre os tratamentos.

FV GL SQ QM F FC P DMV 8 56437,18 7054,65 5,86** 3,26 <0,001 Resíduos 27 32474,43 1202,76 Tratamentos Médias (µm ) Testemunha 425,94 c Agral 30 ml 450,15 c Agral 50 ml 524,92 a Aureo 100 ml 467,64 b Aureo 250 ml 478,38 b Loc 30 ml 386,213 c Loc 50 ml 407,712 c Loc 100 ml 430,71 c Loc 150 ml 418,97 c CV(%) 19,06

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Tabela 8. Resultado da Análise de Variância para a variável das médias cobertura (%).

** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> = 0,05).

Na tabela 9, mostrou-se os representativos valores da porcentagem de área coberta pela mancha das gotas em relação a área total da amostra. Assim, Braun et al. (2014), em seu trabalho, disse que a cobertura seria maior em vazões superiores a 100 L ha-1 aonde seriam produzidas gotas de tamanho médio a grande.

Tabela 8.. Resultado das médias de cobertura (%).

CV - Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. O teste de Scott-Knott a um nível de 5% de probabilidade foi aplicado. As médias seguidas por letras diferentes, diferem estatisticamente entre si. As seguidas pelas mesmas letras, não diferem entre si estatisticamente.

Na Tabela 9, se encontram os resultados da análise de variância para a variável resposta diâmetro da mediana numérica (DMN). Observou-se não que houve interação significativa entre o fator tratamentos e taxa de aplicação.

Tabela 9. Resultados da Análise de Variança para as médias do diâmetro da mediana numérica (µm).

** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> = 0,05).

Neste caso, houve uma variação significativa entre os tratamentos. Mas, Chechetto et al. (2012), afirmou que haveria uma tendência que o DMN poderia ser influenciado pelas gotas menores em grande número, convergindo para um baixo valor de DMN. Em relação

FV GL SQ QM F FC P Cobertura 8 37,19 4,65 4,70** 3,26 <0,0011 Resíduos 27 26,71 0,99 Tratamentos Médias (%) Testemunha 20,56 b Agral 30 ml 23,15 a Agral 50 ml 23,95 a Aureo 100 ml 22,50 a Aureo 250 ml 22,77 a Loc 30 ml 21,10 b Loc 50 ml 21,40 b Loc 100 ml 21,58 b Loc 150 ml 21,93 b CV(%) 4,49 FV GL SQ QM F FC P DMN Resíduos 8 27 194608,15 83919,89 24326,02 3108,14 7,83 ** 2,26 0,001 CH Resíduos 8 27 0,103 0,048 0,013 0,002 7,20** 2,26 0,001

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ao coeficiente de homogeneização (CH), houve variação significativa. Assim, se tratando de ambos os parâmetros, acabam por influírem na proporção de gotas grandes e pequenas. E a relação entre esses fatores forneceriam um bom embasamento para se averiguarem a homogeneidade do espectro de gotas produzidas.

Tabela 10. Resultados das médias do diâmetro numérico da mediana, DMN (µm).

CV - Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. O teste de Scott-Knott a um nível de 5% de probabilidade foi aplicado. As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si.

Verificou-se que o diâmetro da mediana numérica apresentou uma tendência semelhante para os tratamentos, porém esses valores indicam heterogeneidade entre as gotas, pois Antuniassi e Baio (2008) disseram que o DMN seria, em percentagem, 50% das gotas teriam diâmetro maior que o DMN e 50% (em número) que teriam diâmetro menor que o DMN, e a relação mais próxima de 1 com VMD, mostraria a homogeneidade das gotas, ou, o coeficiente de homogeneidade (CH).

A Tabela 11 se encontram os resultados da análise de variância para a variável resposta amplitude relativa (AR). Observou-se que não houve interação significativa entre os tratamentos.

Tabela 11. Resultados Análise de Variança para as médias amplitude relativa.

** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> = 0,05).

Os valores acima, adimensionais, representaram os resultados da análise de variância da amplitude relativa frente aos tratamentos. Notou-se que não houve uma variação significativa entre os tratamentos. Mas Cunha et al. (2004) salientou que quanto Tratamentos Médias (µm ) Coeficiente de Homogeneização

Testemunha 598,44 c 0,406 c Agral 30 ml 629,029 c 0,397 c Agral 50 ml 806,001 a 0,534 a Aureo 100 ml 695,22 b 0,487 b Aureo 250 ml 755,62 a 0,580 a Loc 30 ml 637,18 c 0,479 b Loc 50 ml 603,49 c 0,481 b Loc 100 ml 573,54 c 0,486 b Loc 150 ml 627,87 c 0,498 b Cv (%) 8,47 8,73 FV GL SQ QM F FC P Amplitude relativa 8 0,210 0,026 1,99 ns 2,31 0,08 Resíduos 27 0,35 0,013

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