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PLANO DE CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DO MUSEU CASA DE RUI BARBOSA- DOCUMENTAÇÃO PARA PRESERVAÇÃO. Claudia S. Rodrigues de Carvalho, Arquiteta, DSc

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Academic year: 2021

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CMI Centro de Memória e Informação CMI

Dados do Projeto e do(a) Coordenador do Projeto

Título do Projeto

Plano de Conservação Preventiva do Museu Casa de Rui

Barbosa: Documentação para Preservação

Sistema Integrado de Informações para Preservação do

Patrimônio Cultural

Coordenador do Projeto: Claudia S. Rodrigues de Carvalho, Arquiteta, DSc

Setor: Núcleo de Preservação Arquitetônica

CMI

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1. Justificativa/Caracterização do Problema

Nesta pesquisa proponho o desenvolvimento de processo contínuo de documentação sobre o conjunto edifício-acervo do Museu Casa de Rui Barbosa que se constitua num instrumento de monitoramento e controle da qualidade para sua preservação, gerenciamento e uso. Trata-se do estabelecimento de um sistema de informações apropriadas e atualizadas relativo à história, ao valor de patrimônio, à materialidade, às intervenções passadas e às condições atuais do bem cultural.

O processo de documentação é uma ferramenta indispensável para identificação, proteção, interpretação e preservação material dos bens culturais. Através da documentação e dos inventários do patrimônio cultural pode-se garantir a precisão e a consistência das tomadas de decisão para a preservação, e por este motivo os inventários ocupam lugar significativo na maioria das convenções internacionais de salvaguarda da herança cultural1.

A documentação2 do patrimônio cultural é parte integrante do processo de conservação, por isso

colecionar dados não é o bastante, é preciso definir um processo seletivo que depende de análises e interpretações preliminares, o que faz com que a documentação não seja apenas uma operação técnica neutra, mas o resultado de uma abordagem cultural complexa. Por outro lado, debates científicos e técnicos vêm enfocando a adequação dos métodos de documentação no campo da preservação arquitetônica, como também a capacitação dos profissionais envolvidos para gerenciar dados dentro de um sistema de informações com vistas à melhoria da prática. A documentação é um processo contínuo que possibilita o monitoramento, a manutenção e compreensão necessária para preservação através do fornecimento de informação adequada.

A documentação do Museu Casa de Rui Barbosa é constituída por informações reunidas através do tempo pelas mais variadas formas de coleta e pesquisa, relativas a sua configuração física, condição de conservação e uso do monumento que embora conformem uma base de conhecimento; requerem estruturação e criação de acesso sistemático para que possam efetivamente integrar o processo de conservação do bem cultural.

Esta pesquisa relaciona-se com os trabalhos que vimos desenvolvendo, desde 1997, para dotar a preservação do Museu Casa de Rui Barbosa de procedimentos mais sistemáticos, buscando um alinhamento com as transformações conceituais daquele campo disciplinar, nas quais os bens móveis

1A Carta de Veneza (1964), referência fundamental do ICOMOS- International Council on Monuments and Sites, para conservação e restauração de monumentos e Sítios,recomenda, em seu Artigo 16º que: “os trabalhos de

conservação, de restauração e de escavação serão sempre acompanhados pela elaboração de uma

documentação precisa sob a forma de relatórios analíticos e críticos, ilustrados com desenhos e fotografias. Todas as fases dos trabalhos de desobstrução, consolidação, recomposição e integração, bem como os elementos técnicos e formais identificados ao longo dos trabalhos serão ali consignados. Essa documentação será depositada nos arquivos de um órgão público e posta à disposição dos pesquisadores. Recomenda-se a

sua publicação”.Carta de Veneza. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. IPHAN, Rio de Janeiro,

1987.

2 De acordo com o documento do ICOMOS, conhecido como Declaração de Sofia, de 1996, que estabelece os

princípios para documentação de Monumentos, Grupos de Edifícios e Sítios, Documentação é: a captura de

informações que descrevem a configuração física, condição e uso de monumentos, grupos de edifícios e sítios, periodicamente, e á parte essencial do processo de conservação. ICOMOS. Principles for the recording of monuments, groups for buildings and sites.( 1996). Disponível em

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e imóveis de valor patrimonial deixaram de ser encarados de maneira isolada, passando a ser tratados em conjunto. Desta forma, a preservação do edifício histórico e das coleções que abriga constitui um passou a ser entendida de forma mais ampla, tendo como base as ações de prevenção, para minimizar os processos de deterioração, evitar intervenções invasivas e garantir a sua transmissão para as gerações futuras. Com o estabelecimento, em 1998, de um Plano de Conservação Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa, as ações preservação do patrimônio vêm sendo realizadas numa escala de prioridades que garantem a aplicação dos recursos de forma equilibrada e sustentável. A presente pesquisa Plano de Conservação Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa:

Documentação para preservação está inserida neste conjunto de trabalhos que visam sistematizar as ações de preservação do monumento, e se justifica pela necessidade de se ampliar o

conhecimento sobre o bem para subsidiar as ações de conservação e restauração. O primeiro produto da referida pesquisa foi a construção de um website : www.casaruibarbosa.gov.br/conservacaopreventiva que apresenta as ações de conservação preventiva e preservação arquitetônica implementadas no Museu Casa de Rui Barbosa, para funcionar como um instrumento de organização, sistematização e divulgação da toda a

documentação relativa ao bem patrimonial e às ações para a sua preservação, permitindo a divulgação para o publico em geral, como também informando especialistas

.

Esta etapa intitulada sistema integrado de informações para a preservação integrada do patrimônio cultural, visa o estabelecimento de um sistema para integrar as informações relativas às ações de preservação do monumento, desde a sua construção em 1849, com vistas a elaboração de uma política de preservação integrada do edifício e do seu acervo.

2- Objetivos

O objetivo geral da presente pesquisa é a integração dos processos de documentação e conservação do patrimônio cultural, através da identificação de métodos e instrumentos apropriados às necessidades de preservação integrada de edifícios que abrigam coleções.

No contexto do objetivo geral, a presente pesquisa pretende contribuir atingindo os seguintes objetivos específicos:

 Desenvolver um processo contínuo de documentação sobre o Museu Casa de Rui Barbosa,  Gerenciar as informações tornando-as acessíveis aos usuários no presente e no futuro,

propiciando variadas formas de investigação sobre o assunto,

 Integrar o processo de documentação na preservação do Monumento, fornecendo elementos para subsidiar intervenções e controlar transformações

 Fornecer subsídios para a elaboração de uma política de preservação integrada para o edifício histórico e as coleções que abriga.

1.

Metodologia e Estratégias de Ação

A documentação envolve um processo cultural e interpretativo e depende de um suporte tecnológico, que vai transformar os dados e suas interpretações em instrumentos eficientes. O processo de documentação não pode ser considerado “standardizado”. Para cada bem cultural específico há uma forma específica de aquisição, arquivamento e gerenciamento de dados adequado ao objetivo da documentação.

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Neste sentido, a metodologia proposta para o desenvolvimento da presente pesquisa baseia-se nas etapas que compõem o processo de documentação de bens culturais, quais sejam o planejamento; a prática, o acesso e a disseminação.

4 . Resultados e os impactos esperados

 Produzir conhecimento para ampliar as ações de preservação do Museu Casa de Rui Barbosa definindo os seus valores que devem ser transmitidos às gerações futuras;

 Fornecer subsídios para o controle das intervenções e transformações que impactam sobre o monumento, garantindo através do conhecimento que qualquer ação de preservação deste patrimônio seja sensível a sua forma, materialidade, tecido construído e ao seu valor histórico e cultural

 Promover o interesse e o envolvimento de outros atores na sua preservação, através da disseminação da informação; disponibilizando o sistema de informações criado através de portal na internet, ligado ao site da Fundação Casa de Rui Barbosa

 Publicar artigos científicos

 Forncer subsídios para a elaboração de uma política de preservação integrada do Museu Casa de Rui Barbosa.

5 . Cronograma

1º semestre 2º semestre 3º semestre 4º semestre Planejamento

Documentação

Gerenciamento e Acesso Produção de textos

6.Orçamento

Contratação de bolsista de iniciação científica para dar apoio à pesquisa, realizando o plano de trabalho em anexo.

7. Referências Bibliográficas

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CARTA de Veneza. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. IPHAN, Rio de Janeiro, 1987 CASTRIOTA, Leornardo Barci. O Inventário do Patrimônio Urbano e Cultural de belo Horizonte – Uma

Experiência Metodológica. In: SEMINÁRIO HISTÓRIA DA CIDADE E DO URBANISMO, 5, 1998, Campinas. Anais... Campinas: FAU/PUC, 1998b.

CASTRO, Sônia Rabello de. O Estado na Preservação de Bens Culturais: O Tombamento. Rio de Janeiro: Renovar, 1991.

COSTA, Lucio. Documentação Necessária. Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 1937, nº1, PP.31-39.

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Departamento de Identificação e Documentação. Inventário Nacional de Bens Imóveis – Sítios Urbanos Tombados: manual de preenchimento, versão 2001. Brasília.

LEMOS, Carlos. Arquitetura Brasileira. São Paulo, Melhoramentos, 1979.

LETELLIER, Robin. Recording, Documentation,and Information Management for the Conservation of Heritage Places. Los Angeles: Getty Conservation Institute, 2002.

MOTTA, Lia; SILVA, Maria Beatriz Rezende (org.). Inventários de Identificação: Um Panorama da Experiância Brasileira. Rio de Janeiro: IPHAN, 1998.

MOTTA, Lia. Cidades Mineiras e o IPHAN. In: OLIVEIRA, Lucia Lippi. Cidade: História e Desafios. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.

PESSOA, J. (org). Lucio Costa: Documentos de Trabalho. Rio de Janeiro; IPHAN, 1999.

RIEGL, Alois. Le Culte Moderne des Monuments. Son essence et sa Genèse. Trad. Daniel Wieczorek. Paris: Éditions du Seuil, 1984.

SÃO PAULO (cidade). PREFEITURA MUNICIPAL. SECRETARIA MUINICIPAL DE CULTURA. DEPARTAMENTO DO PATRIMONIO HISTÓRICO. Inventário Geral do Patrimonio Ambiental e Cultural: Liberdade. São Paulo: Departamento do Patrimonio Histórico, 1987.

TELLES, S.; CAMPOS, C. A. R.; MOTA, L.; ANDRADE, R. Patrimonio Edificado I: conservação/ restauração. Revista do Patrimonio Histórico e Artistico Nacional. Rio de Janeiro, n. 22, p.90-105, 1987.

8. Plano de Traballho do bolsista de iniciação cientifica Ver fomulário padrão .

Referências

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