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Análise do Capital de Giro e Elaboração e Análise do Fluxo de Caixa

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Academic year: 2021

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Análise do Capital de Giro e

Elaboração e Análise do

Fluxo de Caixa

1 – ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO

A Necessidade de Capital de Giro é a chave para a administração financeira de uma empresa.

Necessidade de Capital de Giro, que designaremos NCG, é não só um conceito fundamental para a análise da empresa do ponto de vista financeiro, ou seja, análise de caixa, mas também de estratégias de financiamento, crescimento, e lucratividade.

Tanto o Ativo como o Passivo Circulante estão divididos em Operacional e Financeiro.

Ativo Circulante Operacional – ACO – é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/produção/estocagem/venda.

Passivo Circulante Operacional – PCO – é o financiamento, também automático, que decorre dessas atividades.

A diferença entre esses investimentos (ACO) e financiamentos (PCO) é quanto a empresa necessita de capital para financiar o giro, ou seja, a NCG. Portanto:

NCG = ACO – PCO Três situações básicas podem ocorrer na empresa:

ACO > PCO – é a situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a qual a empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento.

ACO = PCO – neste caso a NCG é igual a zero e portanto a empresa não tem necessidade de financiamento para o giro.

ACO < PCO – este é o caso em que sobram recursos das atividades operacionais, os quais poderão ser usados para a aplicação no mercado financeiro ou para expansão da planta fixa.

Vejamos a NCG da Cia BIG.

19x1 19x2 19x3 Ativo Circulante Operacional

Clientes Estoques

(1) Soma

Passivo Circulante Operacional Fornecedores Outras Obrigações (2) Soma NCG = (1) – (2) 1.045.640 751.206 1.796.846 (708.536) (275.623) (984.159) 812.687 1.122.512 1.039.435 2.161.947 (639.065) (298.698) (928.763) 1.233.184 1.529.061 1.317.514 2.846.575 (688.791) (433.743) (1.122.534) 1.724.041 A NCG pode ser financiada por três fontes:

1) Duplicatas Descontadas e Empréstimos Bancários de Curto Prazo 2) Financiamentos Bancários de Longo Prazo

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1.1 DECOMPONDO O CICLO FINANCEIRO DA NCG

A decomposição do Ciclo Financeiro, permite a análise sobre o comportamento da NCG. Uma vez que o dimensionamento dos recursos necessários para o giro dos negócios medido pela NCG é dado pelo Ciclo Financeiro e pelo montante das Vendas Brutas.

Sendo o Ciclo Financeiro determinado pela relação: Ciclo Financeiro = NCG x 360

Vendas Brutas

Podemos desmembrar este parâmetro nos seguintes componentes:

NCG x 360 = Clientes x 360 mais Estoques x 360 menos Fornecedores x 360 Vendas Vendas Vendas Vendas

menos Outras Obr. X 360 Vendas

O Ciclo Financeiro, desta forma fica decomposto analiticamente em todos os seus componentes. Vamos fazer a decomposição da Cia BIG

Decomposição do Ciclo Financeiro:

19x1 19x2 19x3

Clientes em dias de vendas 1.045.640 x 360 = 63 1.122.512 x 360 = 66 1.529.061 x 360 = 70 ( + ) 5.960.227 6.043.114 7.820.143

Estoque em dias de vendas 751.206 x 360 = 45 1.039.435 x 360 = 61 1.317.514 x 360 = 60 ( + ) 5.960.227 6.043.114 7.820.143

Fornec. em dias de vendas 708.536 x 360 = 42 639.065 x 360 = 38 688.791 x 360 = 31 ( - ) 5.960.227 6.043.114 7.820.143

Outras Obr. em dias de vendas 275.623 x360 = 16 289.698 x 360 = 17 433.743 x 360 = 19 ( - ) 5.960.227 6.043.114 7.820.143

Ciclo Fin. em dias de Vendas 812.687 x 360 = 49 1.233.184 x 360 = 73 1.724.041 x 360 = 79 ( = ) 5.960.227 6.043.114 7.820.143

1.2 TESOURARIA

Tesouraria é o resultado das contas que não fazem parte da atividade operacional da empresa e que depois de realizadas ou liquidadas, se constituem, definitivamente, em entradas ou saídas de caixa.

Sendo assim, através da diferença entre o Ativo e Passivo Circulante Financeiro encontraremos a Tesouraria, variável que vai expressar a situação financeira de curto prazo das empresas. Representada pelas contas que não se relacionam com a atividade operacional da empresa, e não são necessariamente renovadas.

T = ACF – PCF

19x1 19x2 19x3 Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 2.933.575 ( - ) Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 1.957.277 ( = ) Capital Circulante Líquido 619.523 863.094 976.298 ( - ) NCG 812.687 1.233.184 1.724.041 ( = ) Tesouraria (193.164) (370.090) (747.743)

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A tesouraria é estudada da seguinte forma:

Tesouraria Positiva: expressa uma situação financeira folgada, pois as contas do Ativo Circulante Financeiro transformar-se-á em disponível mais do que suficiente para liquidar as contas do Passivo Circulante Financeiro.

Tesouraria Negativa: indica que a empresa está utilizando-se de capital de terceiros de curto prazo para financiar suas atividades, pois as contas do Ativo Circulante Financeiro não são suficientes para cobrir os compromissos expressos no Passivo Circulante Financeiro.

Todavia é grande o número de empresas que apresentam a Tesouraria Negativa como forma de financiamento. Na verdade, a existência de saldos negativos nesta variável não implica, necessariamente, situação financeira apertada. O que deve ser analisado, e com muita atenção, é a proporção da Tesouraria negativa em relação a NCG e a tendência dessa relação.

A relação T (Tesouraria) dividida pela NCG (Necessidade de Capital de Giro) é o verdadeiro termômetro da situação de liquidez da empresa.

Termômetro da Situação Financeira: /T/ . NCG 19x1 19x2 19x3 Tesouraria (193.164) (370.090) (747.743) NCG 812.687 1.233.184 1.724.041 /T/ . NCG - 23,76 % - 30,01 % - 43,37 %

A análise dessas variáveis revela situação diferente daquela evidenciada pelos indicadores: ano a ano a empresa vem aumentando a utilização de capitais de terceiros de curto prazo (empréstimos) para cobrir as Necessidades de Capital de Giro. A Tesouraria Negativa passou de – 23,76 % para – 43,37 % do valor da NCG.

A defasagem entre o valor da NCG e o CCP, no caso da grande maioria das empresas brasileiras, é coberta com recursos de curto prazo (Tesouraria Negativa).

1.3 ANÁLISE DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO – CIA BIG

Em função da evolução das vendas diárias e das variações do Ciclo de Caixa Equivalente – CCeq., a Cia Big ampliou consideravelmente os seus investimentos em giro.

A evolução de vendas é natural, sadia e desejável enquanto o Ciclo de Caixa equivalente, idealmente, deveria ser reduzido. A sua manutenção é aceitável quando já parte de um nível satisfatório para a empresa.

A Cia BIG apresentava em 19x1 em CCeq. satisfatório, conforme foi visto quando da comparação com os padrões do ramo. Entretanto, seu CCeq. cresce a níveis indesejáveis e provoca uma considerável expansão do investimento.

1.4 COMENTÁRIOS SOBRE AS CAUSAS DAS VARIAÇÕES DA NCG

A Necessidade de Capital de Giro da empresa teve, de 19x1 para 19x3, aumento de 112%. Entretanto, esse desenvolvimento não se deveu exclusivamente ao crescimento de vendas da empresa, mas principalmente à administração de seus prazos. O ciclo de Caixa Equivalente (que, a rigor, deveria ter permanecido estável) teve acréscimo de 50%. E é aí que reside o grande problema da empresa. A principal causa do crescimento do Ciclo de Caixa Equivalente foi o PMRE que bateu a marca de 51% de aumento. Uma ligeira queda no percentual de custo dos produtos vendidos em relação a vendas ajudou a diminuir o investimento em estoques e reduziu o crescimento do PMREeq. para 33%.

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Essa ligeira vantagem, entretanto, foi praticamente anulada pela queda do percentual de compras/vendas que provocou redução do PMPCeq., perdendo aí a empresa parte do financiamento com que contava em 19x1.

Quanto ao PMRV, o crescimento de 11% representou sozinho um acréscimo dessa ordem no investimento da empresa. Aqui, as demais empresas do ramo experimentaram inexpressivo aumento de PMRV. A mediana do ramo elevou-se de 75 para 77 dias.

A conjugação do aumento simultâneo de vendas e de ciclo de caixa equivalente provocou o explosivo aumento da NCG de 112%.

1.5 COMENTÁRIOS SOBRE O FINANCIAMENTO DA NCG

A Necessidade de Capital de Giro teve um crescimento de 112% de 19x1 para 19x3. Entre as fontes de financiamento do giro destacou-se o uso do Passivo Circulante financeiro que cresceu 134% no período e aumentou a sua participação no financiamento da NCG de 44% para 48%. Isso ocorreu apesar do excepcional crescimento do Exigível a Longo Prazo de 545%. É que os recursos do Exigível a Longo Prazo foram carreados para financiar a elevada expansão das imobilizações que chegaram a 255%. Repare-se que o Capital Circulante Próprio, que em 19x1 cobria a nada desprezível parcela de 38% da Necessidade de Capital de Giro, passou para a taxa negativa de 61% em 19x3.

Assim, o Exigível a Longo Prazo foi duplamente requisitado: para cobrir a elevada expansão do Ativo Permanente e manter a participação do Capital Circulante Líquido no financiamento do Giro. Conseguiu que o Capital Circulante Líquido não tivesse uma queda muito acentuada (de 76% para 57% no financiamento do giro), porém o grau de endividamento subiu violentamente nesse período.

2 – ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO FLUXO DE CAIXA

Muitas empresas vão a falência por não saberem administrar seu fluxo de caixa.

Fluxo significa movimento. Assim fluxo de caixa pode ser definido como movimento de caixa. Os principais objetivos da Demonstração do Fluxo de Caixa são:

• Avaliar alternativas de investimento;

• Avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa, com reflexos monetários;

• Avaliar as situações presente e futura do caixa na empresa, posicionando-a para que não chegue a situação de iliquidez;

• Certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados. 2.1 A DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA – DFLC

Essa demonstração mostra o efeito de cada variável no caixa, tal como a Necessidade de Capital de Giro. Além disso, é construída sob a forma que permite uma série de relações e avaliações referentes à capacidade de pagamento da empresa e à administração financeira.

As principais informações dessa demonstração referem-se à capacidade financeira da empresa de:

 Autofinanciamento das operações (compra, produção e vendas).

 Independência do sistema bancário no curto prazo.

 Gerar recursos para manter e expandir o nível de investimento.

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2.1.1 EXEMPLO SIMPLIFICADO DA DLFC

A Cia Líquida agora apresentada será o modelo para nosso estudo de DLFC que construiremos a seguir: CIA LÍQUIDA BALANÇO PATRIMONIAL B P 31.12.X5 31.12.X6 ATIVO CIRCULANTE Disponível Dupl. a Receber Estoques

Total do Ativo Circulante PERMANENTE Imobilizado Depreciação Total do Permanente TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Empréstimos Bancários Total do Passivo Circulante EXIG.LONGO PRAZO

Financiamentos

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital

Lucros Acumulados Total Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO 100 1.800 1.400 3.300 2.800 (600) 2.200 5.500 1.100 400 1.500 500 2.000 1.500 3.500 5.500 220 2.030 1.185 3.435 3.145 (1.200) 1.945 5.380 1.400 370 1.770 660 2.150 800 2.950 5.380

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

DOAR 31.12.X6 ORIGENS Das operações Prejuízo do Exercício + Depreciação do Exercício Dos Acionistas Aumento do Capital De Terceiros

Financiamento de Longo Prazo TOTAL DAS ORIGENS

APLICAÇÕES Dividendos

Aquisição de Imobilizado

Redução do Capital Circulante Líquido

(500) 600 100 150 160 410 (200) (345) (545) (135)

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2.1.2 CONSTRUÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA

GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA – O ajuste do lucro por despesas não desembolsáveis mostra o montante de caixa gerado pelas atividades econômicas, ou seja, pelas atividades comerciais.

Prejuízo (+) Depreciação

Geração Bruta de Caixa

(500) 600 100

GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA – O confronto das variações dos itens de ACO e do PCO resultam na variação de NCG. Adicionando a variação da NCG à Geração Bruta de Caixa chega-se a Geração Operacional de Caixa, cujo significado é o caixa gerado pelas atividades comerciais acopladas aos investimentos operacionais e fontes operacionais.

Inicial Final Variação Fornecedores ( - ) Duplicatas a Receber ( - ) Estoques NCG 1.100 1.800 1.400 2.100 1.400 2.030 1.185 1.815 300 (230) 215 285

Geração Bruta de Caixa ( + ) Variação NCG

Geração Operacional de Caixa

100 285 385

GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA – Adiciona-se à Geração Operacional de Caixa a variação dos empréstimos bancários de curto prazo, chega-se à Geração Corrente de Caixa, cujo significado é o caixa gerado pelas atividades de curto prazo.

Inicial Final Variação

Empréstimo Bancário 400 370 (30)

Geração Operacional de Caixa ( - ) Redução de Empréstimos Bco Geração Corrente de Caixa

385 (30) 355

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CIA LÍQUIDA

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA EXERCÍCIO FINDO EM 31-12-19X6

RESULTADO DO EXERCÍCIO

( - ) Ajustes (despesas e receitas não caixa) Depreciação do Exercício

GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA

Variação de NCG

Variação de Fornecedores

Variação de Outros Passivos Operacionais Variação de Clientes

Variação Estoques

GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA

Variação de Empréstimos Bancários de Curto Prazo

GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA Variação dos Itens Permanentes de Caixa Aumento de Capital

Dividendos

Acréscimo de Imobilizado

Variação dos Itens Não Correntes

Aumento de Financiamento de Longo Prazo

GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA

+ Saldo Inicial de Caixa = Saldo Final de Caixa

(500) 600 100 100 300 --0-- (230) 215 285 385 (30) 355 150 (200) (345) (395) 160 160 120 100 220

2.2 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA

Analisar a gestão de caixa significa analisar os fatores que influenciam o movimento de caixa a curto e longo prazos.

A DFLC mostra se a empresa está gerando recursos para financiar suas atividades comerciais, se pode pagar suas dívidas bancárias e se sobram recursos para investimentos ou amortização de financiamento de longo prazo, ou seja, mostra quase tudo que é preciso saber em termos de análise da gestão de caixa. Sugerimos que a avaliação da DFLC se faça item a item, ou seja, aprecia-se sucessivamente a Geração Bruta de Caixa, Geração Operacional de Caixa, Geração Corrente de Caixa e Geração Líquida de Caixa. Quando uma empresa não apresenta Geração Bruta de Caixa, é obvio que sua situação é difícil. Entretanto, quando há Geração Bruta de Caixa, em princípio nada poderá ser concluído, pois a partir daí existem algumas possibilidades, por exemplo:

a) Geração Bruta de Caixa – pequena – em decorrência do baixo lucro e é insuficiente para cobrir o crescimento da NCG, apesar de ser pouco expressiva.

b) Geração Bruta de Caixa – boa – mas insuficiente para cobrir o crescimento da NCG, em virtude da expansão da empresa.

c) Geração Bruta de Caixa – elevada – mas insuficiente para cobrir o crescimento da NCG, em virtude das alterações desfavoráveis de ciclo operacional e ciclo financeiro.

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Se a Geração Bruta de Caixa é inferior ao crescimento NCG significa que a empresa não tem Geração Operacional de Caixa, e consequentemente não tem capacidade de pagar dívidas bancárias de curto prazo. Na situação b), em volume elevado de absorção operacional de caixa será um indicador de comprometimento da situação financeira da empresa, porém reversível, na medida em que a empresa se dispuser a reduzir suas operações.

Em resumo, diante de tantas alternativas, não é possível estabelecer um método matemático de avaliação da DFLC, porém alguns roteiros básicos podem auxiliar na avaliação:

1) é preciso conhecer o significado de cada item da DFLC

Item Revela Representa recursos com os quais a

empresa poderá:

A – Geração Bruta de Caixa O caixa para atividades comerciais (1) Financiar as operações de compra, produção e vendas;

(2) Pagar dívidas bancárias de curto prazo;

(3) Realizar investimentos; e

(4) Amortizar as dívidas de longo prazo

B – Geração Operacional de Caixa O caixa gerado pela operações, incluindo variações da NCG

(1) Pagar dívidas bancárias de curto prazo;

(2) Realizar investimentos; e (3) Amortizar dívidas de longo prazo C – Geração Corrente de Caixa O caixa gerado a curto prazo (1) Realizar investimentos; e

(2) Amortizar dívidas de longo prazo D – Saldo Positivo da Geração

Corrente de Caixa Menos Variação do Itens Permanente de Caixa Mais Variação dos Itens Não Correntes

O caixa gerado após a realização de investimentos

Amortizar dívidas de longo prazo

E – Geração Líquida de Caixa O caixa final gerado no exercício Reforçar sua posição de tesouraria

2) Avaliar a importância relativa de cada item. Para suprir a carência da movimentação dos itens não correntes duas demonstrações são montadas: Demonstração da Capital de Giro (DCG) e Demonstração da Movimentação do Capital de Giro (DMCG)

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CIA LÍQUIDA

DEMONSTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

DCG 31-12-19x5 31-12-19x6

VALORES ABSOLUTOS AV AH VALORES ABSOLUTOS AV AH

DETERMINAÇÃO NCG

AC Operacional Clientes Estoques

Outras At. Operacionais SOMA

PC Operacional Fornecedores Outros Pas. Oper. SOMA FINANCIAMENTOS NCG PL - AP = CGP ou CCP + ELP = CCL + EBCP = FINANC. TOTAL NCG = SALDO DE TESOURARIA APLIC. FINANC. CX. + BANCOS 1.800 1.400 --0-- 3.200 1.100 --0-- 1.100 2.100 3.500 2.200 1.300 500 1.800 400 2.200 100 --0-- 100 100 62 24 86 19 105 5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 2.030 1.185 --0-- 3.215 1.400 --0-- 1.400 1.815 2.950 1.945 1.005 660 1.665 370 2.035 220 220 100 56 36 92 20 112 12 86 84 88 77 132 93 93 93 220 220 DEMONSTRAÇÃO DA MOVIMENTAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO DETERMINAÇÃO DA VARIAÇÃO DA NCG A.C. operacional Clientes Estoques P.C. Operacional Fornecedores VARIAÇÃO DE FINANCIAMENTOS DA NCG Patrimônio Líquido - Ativo Permanente = Capital de Giro Próprio ou CCP + Exigível a Longo Prazo = Capital Circulante Líquido + Obrigações Bancárias de Curto Prazo = Financiamento Gerado para a NCG = Saldo de Tesouraria Aplicações Financeira Cx. / Bancos (230) 215 (15) 300 285 (550) 255 (295) 160 (135) (30) 165 120 --0-- 120

(10)

3) Índices que ajudam a avaliar situação revelada pela DLFC

Capacidade de

Financiamento NCG

= Geração Bruta de Caixa x 100 Variação NCG

Qual a capacidade da empresa em financiar o crescimento da atividade comercial Capacidade de Pagamento de Dívidas Bancárias de Curto Prazo

= Geração Operacional de Caixa x 100 Saldo Inicial de E.B.B.

Qual a capacidade da empresa em pagar empréstimos bancários de curto prazo

Capacidade de

Investimentos = Geração Operacional de Caixa Variação dos Itens Permanentes de Caixa

Qual a capacidade da empresa de efetuar investimentos com recursos próprios

Capacidade de

Amortização de

Financiamentos

Geração Operacional de Caixa - Variação Permanente de Caixa Saldo Inicial de ELP

Qual a capacidade da empresa em amortizar financiamentos de longo prazo, com os recursos próprios, sem prejuízo dos investimentos em curso

2.3 COMPARAÇÃO ENTRE DFLC (DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA) E A DOAR (DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS)

DOAR DFLC

Prejuízo do Exercício + Depreciação

= Geração Bruta de Caixa

(500) 600 100 (500) 600 100 + Variação da NCG

= Geração Operacional de Caixa + Var. de Emp. Banc. de Curto Prazo = Geração Corrente de Caixa

--0-- --0-- --0-- --0-- 285 385 (30) 355 + Variação Permanente de Caixa Aumento de Capital Dividendos Acréscimo de imobilizado Variação do Capital de Giro Próprio + Variação nos Itens Correntes Aumento de Financiamento de Longo Prazo Variação do Capital Circulante Líquido = Geração Líquida de Caixa 150 (200) (345) (395) (295) 160 (135) --0-- (395) --0-- 160 --0-- 120

Como se observa a DFLC compreende todos os dados da DOAR mais a variação da NCG e os Empréstimos Bancários de Curto Prazo, sendo, pois, uma demonstração mais completa.

2.4 COMENTÁRIOS SOBRE A GESTÃO DE CAIXA DA CIA LÍQUIDA

A Cia Líquida sofreu prejuízo no exercício de 19x6, entretanto, computando as despesas não-caixa, acabou apresentando geração bruta de caixa. Como a NCG reduziu-se em 13% (o que revela boa administração de Ativo Circulante Operacional e Passivo Circulante Operacional), a empresa mostrou geração operacional de caixa. Em função de suas operações produziu caixa de $ 385, suficiente para amortizar 96% das dívidas bancárias de curto prazo ou, alternativamente, financiar 97% dos investimentos líquidos realizados, (isto é, os investimentos não cobertos pela entrada de recursos dos sócios aportes de capital menos dividendos).

A opção da empresa, entretanto, foi utilizar a geração operacional de caixa para uma ligeira redução das dívidas bancárias de curto prazo e mais acentuadamente para financiar os investimentos. Com isso não sobraram recursos para amortizar financiamentos de longo prazo, (o índice de capacidade de amortização de financiamentos foi de – 2%). Pelo contrário, houve incremento desses financiamentos, os quais, a rigor, foram desnecessários, pois acabaram sobrando no caixa.

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10 – ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO E ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA

Atividades Práticas

1. Teste de múltipla escolha

a. O tempo decorrido entre o momento em que a empresa coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento em que recebe as vendas (recebimento do cliente) é o período em que a empresa precisa arrumar financiamento. Esse ciclo é também chamado de:

a. Ciclo Financeiro. b. Ciclo Econômico. c. Ciclo Operacional.

d. Nenhuma das alternativas anteriores. b. Encaixe e Desencaixe são expressões que significam:

a. Entradas e Saídas de Caixa.

b. Tomada de Empréstimos e Pagamentos de Empréstimos c. As duas alternativas anteriores.

d. Nenhuma das alternativas anteriores.

2.Numere: 1 - NCG

2 - Ciclo Financeiro

3 - Cálculo aproximado de Vendas Diárias. 4 - Ciclo Operacional

5 - Ciclo Econômico ( ) Vendas Anuais ÷ 360

( ) Reflete o montante de $ que a empresa necessita tomar para financiar o seu Ativo Circulante em decorrência das atividades de compra, produção e venda.

( ) PMRE + PMRV – PMPC

( ) Prazo de investimento, ou seja, o intervalo que vai da Compra até o Recebimento de Vendas. ( ) Período que vai da compra até a venda.

3. Questões: 1) O que é NCG?

2) Quais as situações básicas que podem ocorrer numa empresa? 3) O que permite a decomposição do Ciclo Financeiro da NCG? 4) O que é tesouraria?

5) Como pode ser estudada a tesouraria? Explique. 6) A relação entre tesouraria e NCG resulta em quê?

7) O que é Fluxo de Caixa (Cash-Flow) e por que é chamado fluxo?

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4. A Empresa Estudo Ltda apresenta os seguintes relatórios. Pede-se:

a) Calcule os prazos médios PMRE, PMRV e PMPC b) Calcule o ciclo operacional e o ciclo financeiro c) Calcule a NCG

d) Calcule a Tesouraria (T)

e) Decomponha o ciclo financeiro da NCG

f) Medir o termômetro da situação financeira dessa empresa g) Faça um comentário geral dessa empresa

Balanço Patrimonial 2000 2001 ATIVO Ativo Circulante Disponibilidade Aplicações Financeiras Duplicatas a Receber Estoques

Total do Ativo Circulante Ativo Permanente TOTAL DO ATIVO PASSIVO Passivo Circulante Fornecedores Outras obrigações Empréstimos

Total do Passivo Circulante Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO 200 400 280 200 1.080 2.500 3.580 300 250 170 720 2.860 3.580 420 280 1.100 450 2.250 2.500 4.750 400 250 850 1.500 3.250 4.750 Dados Adicionais 2000 2001 Compras CMV Vendas 1.250 1.100 1.300 1.590 1.650 5.900

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5. A Cia Revisão Ltda. apresenta os seguintes relatórios. Pede-se:

a) Calcule os prazos médios PMRE, PMRV e PMPC b) Calcule o ciclo operacional e o ciclo financeiro c) Calcule a NCG

d) Calcule a Tesouraria (T)

e) Decomponha o ciclo financeiro da NCG

f) Medir o termômetro da situação financeira dessa empresa g) Faça um comentário geral dessa empresa

Balanço Patrimonial 2000 2001 ATIVO Ativo Circulante Disponibilidade Aplicações Financeiras Duplicatas a Receber Estoques

Total do Ativo Circulante Ativo Permanente TOTAL DO ATIVO PASSIVO Passivo Circulante Fornecedores Outras obrigações Empréstimos

Total do Passivo Circulante Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO 500 400 1.420 530 2.850 3.000 5.850 450 260 1.190 1.900 3.950 5.850 500 100 2.000 650 3.250 3.000 6.250 600 270 1.298 2.168 4.082 6.250 Dados Adicionais 2000 2001 Compras CMV Vendas 1.640 2.430 6.250 1.980 2.950 10.500

(14)

6. A Cia Geral Ltda. apresenta os seguintes relatórios. Pede-se: a) Calcule os prazos médios PMRE, PMRV e PMPC

b) Calcule o ciclo operacional e o ciclo financeiro c) Calcule a NCG

d) Calcule a Tesouraria (T)

e) Decomponha o ciclo financeiro da NCG

f) Medir o termômetro da situação financeira dessa empresa g) Faça a DFLC (Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa) h) Faça um comentário geral dessa empresa

CIA GERAL LTDA BALANÇO PATRIMONIAL B P 31.12.2001 31.12.2002 ATIVO CIRCULANTE Disponível Dupl. a Receber Estoques

Total do Ativo Circulante REALIZÁVEL LONGO PRAZO Dupl a Receber PERMANENTE Imobilizado Depreciação Total do Permanente TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Empréstimos Bancários Total do Passivo Circulante EXIG.LONGO PRAZO Financiamentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital

Lucros Acumulados Total Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO 1.400 12.000 7.150 20.550 350 21.900 (900) 21.000 41.900 4.700 20.000 24.700 7.250 8.550 1.400 9.950 41.900 2.000 15.000 8.370 25.370 490 28.800 (1.800) 27.000 52.860 4.000 24.190 28.190 10.870 11.000 2.800 13.800 52.860

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

DOAR 31.12.2002 ORIGENS Das operações Lucro do Exercício + Depreciação do Exercício Dos Acionistas Aumento do Capital De Terceiros

Financiamento de Longo Prazo TOTAL DAS ORIGENS

APLICAÇÕES Dividendos

Aquisição de Imobilizado

Aumento do Capital Circulante Líquido

1.400 900 2.300 2.450 3.620 8.370 (140) (6.900) (7.040) 1.330 DADOS ADICIONAIS 2001 2002 CMV Vendas Compras 36.800 72.000 7.500 64.500 126.000 8.900

(15)

7. Elabore o Fluxo de Caixa da Empresa Cia Legal. CIA LEGAL BALANÇO PATRIMONIAL B P 31.12.X0 31.12.X1 ATIVO CIRCULANTE Disponível Dupl. a Receber Estoques

Total do Ativo Circulante PERMANENTE Imobilizado Depreciação Total do Permanente TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Empréstimos Bancários Total do Passivo Circulante EXIG.LONGO PRAZO

Financiamentos

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital

Lucros Acumulados Total Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO 1.269 2.464 1.469 5.202 3.429 (852) 2.577 7.779 865 200 1.065 406 5.107 1.201 6.308 7.779 1.106 2.474 1.838 5.418 5.542 (1.704) 3.838 9.256 1.022 492 1.514 1.188 5.453 1.101 6.554 9.256

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

DOAR 31.12.X1 ORIGENS Das operações Lucro do Exercício + Depreciação do Exercício Dos Acionistas Aumento do Capital De Terceiros

Financiamento de Longo Prazo TOTAL DAS ORIGENS

APLICAÇÕES Dividendos

Aquisição de Imobilizado

Redução do Capital Circulante Líquido

300 852 1.152 346 782 2.280 (400) (2.113) (2.513) (233)

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8. De acordo com os Relatórios abaixo elabore o fluxo de caixa da Cia Balas Brasil

CIA BALAS BRASIL

BALANÇO PATRIMONIAL B P ANO X0 ANO X1 ATIVO CIRCULANTE Disponível Dupl. a Receber Estoques

Total do Ativo Circulante PERMANENTE Imobilizado Depreciação Total do Permanente TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Empréstimos Bancários Total do Passivo Circulante EXIG.LONGO PRAZO

Financiamentos

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital

Lucros Acumulados Total Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO 14.000 22.000 35.000 71.000 40.000 (4.000) 36.000 107.000 19.000 20.900 39.900 20.800 40.000 6.300 46.300 107.000 18.500 50.000 43.020 111.520 45.000 (8.000) 37.000 148.520 24.000 26.011 50.011 33.270 50.000 15.239 65.239 148.520

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

DOAR ANO X1 ORIGENS Das operações Lucro do Exercício + Depreciação do Exercício Dos Acionistas Aumento do Capital De Terceiros

Financiamento de Longo Prazo TOTAL DAS ORIGENS

APLICAÇÕES Dividendos

Aquisição de Imobilizado TOTAL DAS APLICAÇÕES

Aumento do Capital Circulante Líquido

11.042 4.000 15.042 10.000 12.470 37.512 (2.103) (5.000) (7.103) 30.409

Referências

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