Demonstrações Contábeis 2004
Princípios Contábeis
Geralmente Aceitos nos EUA
(US GAAP)
em US$
(Tradução livre do original em inglês)
CST
DC
B
ALANÇO
P
ATRIMONIAL
C
ONSOLIDADO
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto nos valores por ações e pela quantidade de ações
Em 31 de dezembro
Ativo 2004 2003
Circulante
Caixa e equivalentes a caixa 132.315 130.522
Contas a receber de clientes, líquidas
Partes relacionadas 117.798 32.423
Outros 113.420 85.514
Adiantamentos a fornecedores 2.702 3.073
Impostos e contribuições a recuperar 26.283 59.399
Estoques 213.628 139.738
Imposto de renda diferido 93.748 56.263
Outros 12.703 10.379 712.597 517.311 Investimentos em coligada 38.393 35.610 Imobilizado, líquido 2.840.801 2.812.208 Outros ativos Empréstimos e adiantamentos 3.220 4.087
Depósitos judiciais restritos 14.547 13.246
Impostos e contribuições a recuperar 6.483 10.993
Imposto de renda diferido 22.986 35.751
Custos de financiamentos a amortizar, líquido 3.168 3.621
Contas a receber de partes relacionadas 4.610
Outros 1.582 2.872 56.596 70.570 Total do ativo 3.648.387 3.435.699 Em 31 de dezembro
Passivo e patrimônio líquido 2004 2003
Circulante
Fornecedores 25.444 23.748
Salários e encargos sociais 17.581 26.542
Adiantamentos sobre contratos de exportação 132.652
Financiamentos de curto prazo 10.422
Parcela circulante de financiamentos de longo prazo 128.250 120.527
Contas a pagar junto a partes relacionadas 22.263 13.943
Juros sobre o capital próprio, líquido de impostos 57.871 53.066
Imposto e contribuiçõesde renda a pagar 26.036 12.330
Plano de participação nos lucros 18.420 11.625
Outros 20.141 5.617
316.006 410.472
Exigível a longo prazo
Financiamentos de longo prazo 388.331 498.357
Provisão para contingências 29.029 39.563
Provisão para plano de pensão 59.781 80.419
Outros 218 356
477.359 618.695
Participações minoritárias 11.295
Compromissos e contingências (Nota 17)
Patrimônio líquido
Capital social
Ações preferenciais - sem valor nominal, 62,620,222,060 autorizadas.
31,310,111,030 emitidas 1.186.101 1.186.101
Ações ordinárias - sem valor nominal, 39,332,658,000 autorizadas,
19,666,329,000 emitidas 802.097 802.097
Capital integralizado adicional 7.124 7.124
Lucros acumulados apropriados 355.142 245.785
Lucros acumulados a apropriar 493.263 165.425
Total do patrimônio líquido 2.843.727 2.406.532
Total do passivo e do patrimônio líquido 3.648.387 3.435.699
(Tradução livre do original em inglês)
D
EMONSTRAÇÃO
DO
R
ESULTADO
C
ONSOLIDADA
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto nos valores por ações e pela quantidade de ações
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.
Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2003 2002
Receita bruta, líquida de descontos, devoluções e abatimentos
Mercado externo 1.263.111 988.974 929.997
Mercado interno 734.480 370.567 56.923
Total da receita bruta 1.997.591 1.359.541 986.920
Impostos sobre vendas (174.610) (75.617) (10.778 )
Receita líquida de vendas 1.822.981 1.283.924 976.142
Custo das vendas (1.011.181) (855.043 ) (767.855 )
Lucro bruto 811.800 428.881 208.287
Despesas com vendas, gerais e administrativas (141.208) (144.462) (96.095)
Plano de participação nos lucros (26.903) (17.331 ) (11.717 )
Lucro operacional 643.689 267.088 100.475
Receitas (despesas) não operacionais
Receitas financeiras 15.446 5.186 30.021
Despesas financeiras (51.080) (39.840 ) (33.928 )
Ganho (perda) na conversão cambial, líquido (14.593) (14.777 ) 3.665
(50.227) (49.431 ) (242 )
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da
contribuição social e equivalência patrimonial 593.4623 217.657 100.233
Imposto de renda – benefício (despesa)
Corrente (30.277 ) (19.975 )
Diferido 32.526 (22.294 ) (7.096 )
2.249 (42.269 ) (7.096 )
Equivalência patrimonial em colinos prejuízos de companhia associada (1.891) (6.139 ) (8.715 )
Participações minoritárias (142)
Lucro líquido e lucro abrangente 593.678 169.249 84.422
Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2003 2002
Lucro básico e diluído por lote de mil ações (US$)
Ações preferenciais 12,07 3,49 1,75
Ações ordinárias 10,97 3,17 1,59
Média ponderada do número de ações em circulação
– básica e diluída (lote de mil ações)
Ações preferenciais 31.310.111 30.686.172 30.384.640
(Tradução livre do original em inglês)
CST
DC
D
EMONSTRAÇÃO
C
ONSOLIDADA
DOS
F
LUXOS
DE
C
AIXA
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto nos valores por ações e pela quantidade de ações
Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2003 2002
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Lucro (prejuízo) líquido 593.678 169.249 84.422
Ajustes para conciliação do lucro (prejuízo) líquido
com a geração de caixa de atividades operacionais:
Depreciação 198.788 180.937 196.320
Imposto de renda diferido (32.526) 22.294 7.096
Perda (ganho) na conversão cambial, líquida 14.593 14.777 (3.665 )
Equivalência patrimonial 1.891 6.139 8.715
Contratos de Swap (5.890)
Participação de minoritários 142
Realização de títulos disponíveis para venda (23.660 )
Diminuição (aumento) nos ativos
Contas a receber de clientes (107.628) (30.971 ) (13.133 )
Adiantamentos a fornecedores e partes relacionadas 299 846 1.993
Impostos e contribuições a recuperar 38.844 46.706 (20.008 )
Estoques (76.789) (24.281 ) 21.525
Outros 4.279 7.851 142
Aumento (diminuição) nos passivos
Fornecedores 5.883 13.202 8.233
Folha de pagamento e respectivos encargos (15) 5.020 6.166
Provisão para contingências, líquida de depósitos judiciais 11.570 13.808 1.183
Outros 2.638 (5.495) (25.358)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 649.757 420.082 249.971
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Adições ao imobilizado (221.168) (97.164 ) (89.190 )
Investimentos em coligada (4.674) (21.797 ) (19.453 )
Caixa líquido utilizado em atividades de investimento (225.842) (118.961 ) (108.643 )
Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2003 2002
Fluxos de caixa das atividades financeiras
Adiantamentos sobre contratos de exportação
Captações 104.000 206.800 224.900
Pagamentos (232.800) (302.900 ) (246.760 )
Financiamentos a curto prazo
Captações 10.000 21.765
Pagamentos (10.000) (10.232 ) (32.275 )
Financiamentos a longo prazo
Captações 19.370 124.000 73.724
Pagamentos (146.016) (185.958 ) (111.792 )
Dividendos e juros sobre capital próprio, pagos (156.425) (128.876 ) (34.870 )
Exercício de opção de compra de ações 125 1.165
Resultado da venda de ações em tesouraria 17.703
Caixa líquido utilizado nas atividades financeiras (421.871) (269.338 ) (104.143 )
Efeito de variações da taxa de câmbio no saldo de caixa (251) (5.707 ) 1.134
Aumento líquido de caixa e equivalentes a caixa 1.793 26.076 38.319
Caixa e equivalentes a caixa no início do exercício 130.522 104.446 66.127
Caixa e equivalentes a caixa, no final do exercício 132.315 130.522 104.446
Informações adicionais de fluxo de caixa
Pagamento de juros durante o período 36.262 36.536 40.639
Juros capitalizados em ativos fixos 1.112 8.798 18.413
Transações significativas que não afetaram o caixa
Compras de matérias-primas financiadas 11.668
Compra financiada de equipamentos 2.241 36.914 13.881
(Tradução livre do original em inglês)
D
EMONSTRAÇÃO
C
ONSOLIDADA
DAS
M
UTAÇÕES
DAS
C
ONTAS
DO
P
ATRIMÔNIO
L
ÍQUIDO
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto nos valores por ações e pela quantidade de ações
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.
2004 2003 2002
Milhares Milhares Milhares
de ações US$ de ações US$ de ações US$
Capital social
Ações preferenciais
No início e final do exercício 31.310.111 1.186.101 31.310.111 1.186.101 31.310.111 1.186.101
Ações ordinárias
No início e final do exercício 19.666.329 802.097 19.666.329 802.097 19.666.329 802.097
Ações em tesouraria
Ações preferenciais
No início do exercício (788.087 ) (11.261 ) (1.093.387 ) (15.624 )
Vendas de ações em tesouraria 740.387 10.579
Exercício de opção
de compra de ações 47.700 682 305.300 4.363
No fim do exercício (788.087 ) (11.261 )
Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2003 2002
Capital integralizado adicional
No início do exercício 7.124 270 1.899
Ganhos na venda de ações em tesouraria 7.124
Exercício de opções de compra de ações (270 ) (1.629 )
No fim do exercício 7.124 7.124 270
Lucros acumulados apropriados
Reserva legal
No início do exercício 20.804 4.131 3.345
Transferência de lucros acumulados a apropriar 1.840 16.673 786
No fim do exercício 22.644 20.804 4.131
Reserva de incentivo fiscal
No início do período 33.769 1 1
Transferência de lucros acumulados a apropriar 90.603 33.768
No final do período 124.372 33.769 1
Reserva de investimentos e desenvolvimento
No início do período 191.212 33.208 28.789
Exercício de opções de compra de ações 270 1.629
Prejuízos na alienação de ações em tesouraria (557 ) (3.198 )
Estorno de dividendos 9
Transferência de lucros acumulados a apropriar 16.914 158.291 5.979
No fim do exercício 208.126 191.212 33.208
Total 355.142 245.785 37.340
Lucros acumulados a apropriar
No início do exercício 165.425 394.394 351.612
Lucro líquido 593.678 169.249 84.422
Dividendos e juros pagos sobre o capital próprio (156.483) (189.486 ) (19.023 )
Realização de títulos disponíveis para venda (15.852 )
Transferência para lucros acumulados apropriados (109.357) (208.732 ) (6.765 )
No final do exercício 493.263 165.425 394.394
(Tradução livre do original em inglês)
N
OTAS
E
XPLICATIVAS
DA
A
DMINISTRAÇÃO
ÀS
D
EMONSTRAÇÕES
C
ONTÁBEIS
C
ONSOLIDADAS
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado
CST
DC
1 A Companhia e suas atividades operacionais
A Companhia Siderúrgica de Tubarão (a “Companhia”), com sede no Es-tado do Espírito Santo, Brasil, foi constituída em 1974 e iniciou sua produ-ção em 1983, tendo como objetivo a operaprodu-ção de uma usina siderúrgica integrada para a produção e comercialização de produtos de ferro e aço, principalmente placas semi-acabadas destinadas à exportação. Situada em local estratégico, a Companhia é dotada de uma infra-es-trutura que compreende uma bem aparelhada malha rodoferroviária e um complexo portuário, com destaque para o Terminal do Porto de Praia Mole. Esta estrutura possibilita a redução de alguns custos relevantes para a Companhia, como aqueles relacionados com o recebimento de maté-rias-primas e o escoamento da produção.
Em abril de 2003, o Conselho de Administração aprovou novos investi-mentos para aumentar a capacidade anual de produção de aço para 7,5 milhões de toneladas a partir de 2006 para recuperar a parcela da produ-ção de placas que será direcionada ao LTQ. Estima-se que os investimen-tos no projeto atinjam US$ 1 bilhão (direinvestimen-tos e financiados por terceiros). Em 2001, a Companhia adquiriu uma participação de 25% do total das ações e ações com direito a voto na Vega do Sul S.A., localizada no Estado de Santa Catarina, Brasil, que terá como objetivo a produção de galvani-zados e laminados a frio. As demais ações pertencem a uma entidade con-trolada por um dos acionistas da Companhia, o Grupo Arcelor. A planta in-dustrial iniciou parcialmente suas atividades e iniciou operações em julho de 2003 e, uma vez atingida sua plena capacidade (previsto para fevereiro de 2005), deverá absorver cerca de 800 mil toneladas métricas/ano, o que representa cerca de 40% da produção do LTQ da Companhia.
Em 20 de setembro de 2004, a Companhia firmou um contrato com a Companhia Siderúrgica Belgo Mineira e Sun Coal & Coke Company visan-do à constituição da SOL Coqueria Tubarão S.A. (“SOL”) situada em Serra, no estado do Espírito Santo. O início de operações da fábrica da SOL está previsto para o início de 2006, com uma produção anual em torno de 1,55 milhões de toneladas de coque metalúrgico. O total de investimentos na SOL está previsto em cerca de US$ 500 milhões. A Companhia é pro-prietária de 62% da SOL, e os restantes 38% estão divididos entre outros acionistas. SOL está sendo consolidada nas Demonstrações contábeis da Companhia a partir de 31 de dezembro de 2004.
2 Sumário das principais práticas contábeis (a) Bases de apresentação e consolidação
(i) As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (“US GAAP”), que diferem em determinados aspectos dos princípios contábeis aplicados pela Companhia em suas demons-trações contábeis elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com a regulamentação e resoluções emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON.
(ii) O patrimônio líquido e o lucro líquido do exercício incluídos nestas demonstrações contábeis diferem daqueles incluídos nos registros contábeis societários em conseqüência de diferenças entre a taxa de conversão do real (R$) em relação ao dólar dos Estados Unidos (US$), dos índices determinados para indexação das demonstrações contábeis societárias no Brasil, bem como pelos ajustes feitos para refletir as exigências dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América.
(iii) Todas as subsidiárias em que há participação majoritária da Companhia foram consolidadas e as principais contas e transações entre as empresas foram eliminadas.
(b) Base de conversão
A Companhia realiza suas operações em reais (R$) e decidiu utilizar o dólar dos Estados Unidos como moeda funcional, considerando que uma parte substancial das vendas da Companhia destina-se à exportação e grande parte dos financiamentos são denominados em dólares dos Es-tados Unidos. A Companhia apresenta suas demonstrações contábeis de acordo com a SFAS no. 52 - “Conversão de moeda estrangeira”. O Con-selho de Administração e a Administração da Companhia consideraram historicamente o dólar dos Estados Unidos como moeda funcional, uma vez que essa moeda foi e continua sendo, na opinião da administração, a moeda com a qual a Companhia desenvolve suas principais operações Os montantes em dólares dos Estados Unidos para todos os períodos apresentados foram convertidos a partir dos montantes em reais a saber: estoques, imobilizado, depreciação acumulada, outros ativos, bem como as contas do patrimônio líquido foram remensurados às taxas cambiais históricas, e os demais ativos e passivos monetários foram convertidos a partir de valores em reais às taxas do final do período (R$ 2,6544, R$ 2,8892 e R$ 3,5333 para US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2004, 31 de dezembro de 2003 e 31 de dezembro de 2002, respectivamente). As contas da demonstração do resultado são convertidas às taxas de câmbio nas datas das transações, à exceção das contas relacionadas aos ativos remensurados às taxas cambiais históricas, calculados com base nos ati-vos valorizados em dólares dos Estados Unidos.
Os ganhos (perdas) na conversão originaram-se dos seguintes saldos:
2004 2003 2002
Caixa e equivalentes a caixa (251 ) (5.707 ) 1.134
Contas a receber 5.653 6.496 (1.456 )
Impostos e contribuições a recuperar 3.360 19.600 (45.566 )
Impostos diferidos 9.941 7.051 (31.508 )
Outros ativos 2.622 5.448 (1.944 )
Contas a pagar e provisões (2.776 ) 1.374 2.396
Empréstimos e financiamentos (22.414 ) (42.418 ) 66.004
Outros passivos (10.728 ) (6.621 ) 14.605
Ganho (perda) total na conversão
cambial, líquido (14.593 ) (14.777 ) 3.665
(c) Moedas estrangeiras
Os ativos e passivos denominados em moedas estrangeiras são conver-tidos em dólares dos Estados Unidos com base em taxas de câmbio ofi-ciais divulgadas pelo Banco Central do Brasil na data de cada balanço patrimonial.
(d) Caixa e equivalentes a caixa
Caixa e equivalentes a caixa incluem caixa, e investimentos de curto pra-zo com liquidez imediata e vencimento original de 90 dias ou menos, e são demonstrados ao custo acrescido dos rendimentos incorridos.
(e) Contas a receber de clientes e adiantamentos a fornecedores
As contas a receber de clientes e adiantamentos a fornecedores são de-monstradas com base em valores estimados de realização. Foi constituída provisão em montante considerado suficiente pela administração para cobrir prováveis prejuízos futuros decorrentes de créditos de realização duvidosa.
(f) Concentração de riscos de crédito
Os instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Companhia a concentrações de risco de crédito incluem caixa e equivalentes a caixa, in-vestimentos de curto prazo, contas a receber de clientes e adiantamentos a fornecedores. A Companhia restringe seu risco de crédito associado ao caixa e equivalentes a caixa alocando seus investimentos entre as institui-ções financeiras com melhor classificação de risco em títulos de curto pra-zo e fundos mútuos, todos em dólares dos Estados Unidos – denominados depósitos e fundos em contas offshore. Com relação às contas a receber, a Companhia restringe seu risco de crédito por meio da venda para uma base de clientes geograficamente dispersa e por meio de análises contínu-as de crédito e, normalmente, por meio da exigência de cartcontínu-as de crédito, garantias ou caução. Em 2004, 89% das vendas brutas da Companhia destinaram-se a dez clientes principais (2003 – 62%, 2002 - 82%) e quatro clientes, individualmente, representaram mais de 10% das vendas do ano (dois clientes em 2003 e um em 2002). Todos esses clientes estão cumprindo as atuais obrigações, operando dentro dos limites de crédito estabelecidos e representando a administração um baixo risco de crédito. Os clientes da Companhia são basicamente empresas que reprocessam o aço transformando as placas em chapas de aço. Os adiantamentos a fornecedores são efetuados somente a fornecedores tradicionais da Com-panhia. As condições financeiras desses fornecedores são analisadas con-tinuamente com o objetivo de restringir o risco de crédito.
(g) Estoques
Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo médio de compra ou produção e o valor de reposição ou realização. As provisões para estoques de baixa rotatividade ou estoques obsoletos são constituí-das quando a administração considera necessário.
(h) Investimento em coligada
O investimento em coligada refere-se ao investimento na Vega do Sul S. A. (Nota 9), na qual a participação da Companhia sobre o capital total e com direito a voto é de 25%. Vega do Sul S.A. elabora suas demonstrações contábeis usando o dólar dos Estados Unidos como moeda funcional.
(i) Imobilizado
O imobilizado é demonstrado ao custo e inclui os juros capitalizados du-rante a construção das principais instalações. Os juros sobre empréstimos em moedas estrangeiras incorridos no período de construção são capita-lizados utilizando-se as taxas de juros contratuais, desconsiderando-se os ganhos ou as perdas de variações cambiais. Os juros sobre empréstimos em reais incorridos no período de construção são capitalizados. Gastos com manutenções e reparos que não estendam a vida útil dos ativos são contabilizados como despesas operacionais quando incorridos.
A depreciação é calculada com base em unidades de produção,exceto pelo terminal portuário, que é depreciado linearmente. Em 31 de dezem-bro de 2004 e 2003, a vida útil do imobilizado da Companhia era como segue:
Edificações 25 anos
Instalações 20 anos
Terminal portuário 29 to 35 anos
Equipamentos 20 anos
Veículos 7 anos
(j) Recuperabilidade de ativos de vida longa
A administração revisa os ativos de vida longa, principalmente o imo-bilizado a ser mantido e utilizado nas operações da Companhia, com o
objetivo de determinar e avaliar a deterioração em bases periódicas ou sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos não poderá ser recuperado. A redução no valor contábil dos ativos ou grupos de ativos é feita se e quando necessário, de acordo com a SFAS no. 144 “Contabilização da deterioração (“impairment”) ou baixa de ativos de vida longa”. A SFAS 144 trata da contabilização e divulgação da deterioração ou baixa dos ati-vos de vida longa. De acordo com a SFAS 144, esses atiati-vos são considera-dos contabilmente deterioraconsidera-dos quando o fluxo futuro de caixa projetado não descontado deste ativo é separadamente identificável e menor que o seu valor contábil. Nesse caso, uma perda seria reconhecida com base no montante pelo qual o valor contábil excede o valor provável de mercado de um ativo de vida longa. O valor provável de mercado é determinado inicialmente por meio do uso de fluxos futuros de caixa descontados. A Companhia realizou uma avaliação dos seus ativos de vida longa para todos os períodos apresentados e concluiu que o reconhecimento de uma provisão para deterioração não era aplicável.
(k) Questões ambientais e locais e custos de recuperação
Os custos relacionados aos programas de melhorias ambientais em anda-mento, assim como aqueles de recuperação, são reconhecidos no resul-tado à medida que ocorrem. Esses programas são criados para minimizar o impacto ambiental das operações da Companhia e para administrar os riscos ambientais de suas atividades. Os passivos relacionados a esses custos são contabilizados quando considerados prováveis e o valor en-volvido possa ser razoavelmente estimado. A administração acredita que, até o momento, não há registro de prejuízo material ou necessidade de provisão significativa.
Em 31 de dezembro de 2003, a Companhia obteve a certidão negativa de débito na Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEAMA/IEMA). Essa certidão afirma que não há qualquer pendência relativa a penalidades ou requisitos ambientais.
Para o exercício de 2004, A IEMA concedeu à Companhia uma de-claração que a mesma continua em conformidade com os requisitos ambientais.
(l) Ausências compensadas
O passivo para férias futuras de funcionários é totalmente provisionado à medida que os benefícios são concedidos.
(m) Planos de pensão
A Companhia contabiliza os custos com planos de pensão de acordo com a SFAS nº 87, “Contabilização de planos de pensão para empregados”.
(n) Ações em tesouraria
As ações em tesouraria são contabilizadas ao custo na forma de dedu-ção do patrimônio líquido. Em 1998 e 1999, mediante autorizadedu-ção do Conselho de Administração, a Companhia recomprou ações preferenciais próprias, que deverão ser mantidas em tesouraria, revendidas ou usadas no plano de opções de compra de ações da Companhia (Nota 15). Algu-mas ações foram utilizadas para liquidar obrigações contidas nos planos de compensações baseados em ações durante o período de nove meses findo em 31 de dezembro de 2003.
(o) Receitas e despesas
As receitas são reconhecidas quando os produtos são entregues ou os serviços são prestados. As despesas e os custos são reconhecidos pelo regime de competência.
(Tradução livre do original em inglês)
N
OTAS
E
XPLICATIVAS
DA
A
DMINISTRAÇÃO
ÀS
D
EMONSTRAÇÕES
C
ONTÁBEIS
C
ONSOLIDADAS
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado
(p) Imposto de renda
O imposto de renda no Brasil compreende o imposto de renda e a con-tribuição social, ambos federais, contabilizados nos registros contábeis societários da Companhia. Não há imposto de renda estadual ou muni-cipal no Brasil.
Para fins destas demonstrações contábeis, a Companhia aplicou a SFAS no. 109, “Contabilização de imposto de renda”, em todos os períodos apresentados. O efeito dos ajustes efetuados para refletir as exigências dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da Amé-rica, bem como as diferenças entre a base fiscal de ativos não monetários e os valores apresentados nos registros contábeis preparados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, foram reconhecidos como diferenças temporárias para fins de registrar o imposto de renda diferido, exceto pelo fato de que, de acordo com o parágrafo 9(f) da SFAS no. 109, os impostos diferidos não foram contabilizados pelas diferenças relaciona-das a determinados ativos e passivos, remensurados a partir de reais para os dólares dos Estados Unidos a taxas de câmbio históricas, resultantes de mudanças nas taxas de câmbio ou na indexação à inflação em moeda local para fins tributários. Os prejuízos líquidos operacionais a compensar são reconhecidos como ativos de impostos diferidos e são constituídas provisões para a não realização, quando necessário, com base nas de-terminações do SFAS no. 109. Nenhuma provisão para a não realização desses ativos foi constituída, com base na expectativa da administração de que é mais provável que tais créditos sejam realizados que não.
(q) Participações minoritárias
As participações minoritárias referem-se aos acionistas minoritários da companhia Sol Coqueria Tubarão S.A.
(r) Lucro por ação
Conforme determina a SFAS no. 128, “Lucro por ação”, a Companhia apresentou seus lucros por tipo de ação. Ao calcular o lucro por ação, a Companhia adotou o método de duas classes, que é baseado nos divi-dendos declarados e direitos de participações. O lucro líquido é primeiro reduzido pelos dividendos declarados e o saldo alocado em ações ordiná-rias e preferenciais até o limite de suas participações nos lucros. As ações preferenciais são tratadas como títulos com participações.
Os lucros e dividendos por ação são apresentados em valores por lote de mil ações, uma vez que o lote de mil ações é o número mínimo de ações aceito em negociações nas bolsas de valores brasileiras. Como cada classe de ação participa igualmente nos lucros distribuídos, o lucro por ação tem montantes iguais para todas as classes. A Companhia emitiu opções de compra de ações para os empregados, as quais foram totalmente exerci-das ou venciexerci-das até 31 de dezembro de 2003 (Nota 15).
(s) Uso de estimativas
A elaboração das demonstrações contábeis de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos requer que a administração utilize estima-tivas e premissas, que afetam os valores informados de ativos e passivos na data das demonstrações contábeis e os valores das receitas e despesas durante o período apresentado. Os resultados efetivos podem divergir dessas estimativas.
(t) Divulgação sobre segmentos
A Companhia adotou a SFAS no. 131 “Divulgação sobre os segmentos de uma empresa e informações relacionadas” que apresenta um conceito de “abordagem administrativa” para a divulgação das informações de segmen-tos, por meio da qual a informação financeira deve ser apresentada com base no uso interno das informações gerenciais para decidir como os recursos se-rão alocados aos segmentos e na análise de desempenho. A administração
(u) Lucro (prejuízo) abrangente
A Companhia adotou SFAS no. 130, “Apresentação de lucro abrangente”. O lucro líquido, para os períodos apresentados, não é diferente do lucro (prejuízo) abrangente segundo o determinado pela SFAS no. 130.
(v) Contabilização de derivativos
A Companhia mantém uma estratégia de gestão de risco global para minimizar flutuações significativas não planejadas causadas pela volatili-dade da taxa de câmbio. A Companhia pode celebrar instrumentos deriva-tivos para se proteger contra movimentos da taxa de câmbio que afetam suas contas denominadas em outras moedas que não o dólar dos Estados Unidos. Os ganhos e as perdas a valor provável sobre os contratos são reconhecidos no resultado, compensando ganhos e perdas cambiais que surgem de saldos de contas de contrapartidas.
A Companhia adotou a SFAS no. 133 “Contabilização de instrumentos fi-nanceiros derivativos e atividades de hedge”, conforme alterada pela SFAS no. 137 e SFAS no. 138. A SFAS no. 133, conforme alteração, exige que todos os instrumentos derivativos sejam registrados no balanço patrimo-nial pelo valor provável. As alterações no valor provável dos derivativos são registradas a cada período nas contas de ganhos correntes ou em outro lucro abrangente, dependendo se o derivativo for designado como parte da transação de hedge e, se for o caso, dependendo do tipo da transação de hedge. A Companhia não possuía operações classificadas como transações de hedge nos períodos apresentados de acordo com a SFAS no. 133.
(x) Reclassificações
Foram efetuadas determinadas reclassificações em relação às demonstra-ções dos anos anteriores para guardar a consistência com a apresentação do ano corrente.
3 Normas contábeis recém-divulgadas
A Junta de Normas de Contabilidade Financeira dos Estados Unidos (“FASB”) emitiu recentemente os seguintes pronunciamentos
Em dezembro de 2003, a FASB emitiu a Interpretação FIN 46R - “Conso-lidação de entidades com participação variada, (revista em dezembro de 2003)”. Os principais objetivos da FIN 46R são oferecer orientação na identificação de entidades para as quais o controle é obtido por outros meios que não sejam os direitos de voto (entidades com participação variável ou VIEs) e como determinar quando e qual empresa comercial deveria consolidar a VIE (o principal beneficiário). Esse novo modelo de consolidação é aplicável a uma entidade em que (1) os acionistas (se houver) não tenham uma posição controladora ou (2) a participação societária não seja suficiente para financiar as atividades da entidade sem precisar receber ajuda financeira adicional de outras partes. Adicio-nalmente, a FIN 46R requer que o principal beneficiário e todas as ou-tras empresas com participação variável significativa em uma VIE façam divulgações adicionais relacionadas a natureza, objetivo, tamanho e atividades da VIE, bem como a exposição máxima da empresa a perdas devido ao seu envolvimento com a VIE.
A data de implementação da FIN 46R é o primeiro período findo poste-rior a 15 de dezembro de 2003, para Sociedades de Propósito Específico - SPEs e, a partir de 01 de janeiro de 2004, para as entidades de interes-se variável existentes que não interes-sejam SPEs. A FIN 46R deve interes-ser aplicada prospectivamente com ajuste cumulativo a partir da data de sua primeira aplicação ou corrigindo demonstrações contábeis previamente divulgadas por um ou mais exercícios com um ajuste de efeito cumulativo a partir do
Em maio de 2003, a FASB emitiu a SFAS no. 150 - “Contabilização para determinados instrumentos financeiros com características de ativo e passivo,” estabelecendo padrões para que um emissor possa classificar e mensurar instrumentos financeiros com características de ativo e passi-vo. Recomenda-se que um emissor classifique um instrumento financeiro dentro de seu alcance como passivo (ou ativo em determinadas circuns-tâncias). A FASB decidiu tornar essa interpretação vigente imediatamente após a emissão de contratos criados ou modificados posteriormente a sua emissão ou contratos existentes no início do primeiro período intermediá-rio posteintermediá-rior a 15 de junho de 2003. A Companhia acredita que a SFAS no. 150 não causou impacto significativo nas demonstrações contábeis. Em 23 de dezembro de 2003, a FASB emitiu a SFAS no. 132 (revista em 2003),”Divulgação sobre planos de pensões e outros benefícios pós-apo-sentadoria – alteração dos demonstrativos da FASB no. 87, 88 e 106” (SFAS 132R). A SFAS 132R é aplicável para os exercícios fiscais findos após 15 de dezembro de 2003. A SFAS 132R substitui as exigências de di-vulgação da SFAS 87, SFAS 88 e SFAS 106. A SFAS 132R aborda apenas as obrigações de divulgações e não aborda a mensuração e a contabilização do reconhecimento dos benefícios de pensão e de pós-aposentadoria. A SFAS 132R (revista em 2003) exige divulgações adicionais, bem como de-terminadas divulgações para as demonstrações contábeis intermediárias. Essas divulgações estão apresentadas na Nota 16.
Em novembro de 2004, a FASB emitiu a SFAS no. 151, “Custos de Esto-ques”, um aditivo da ARB no. 43, capítulo 4, que altera o Capítulo 4 da ARB no. 43 que trata da precificação de estoques. A instrução explica a forma de contabilizar montantes atípicos de despesas com instala-ções ociosas, custos de frete, manuseio e desperdício. De acordo com a orientação anterior, parágrafo 5 da ARB no. 43, capítulo 4, itens como despesas com instalações ociosas, excesso de desperdício, frete duplo e custos de novo manuseio poderiam ser considerados tão atípicos, em determinadas circunstâncias, que exigiriam ser tratados como encargos do período corrente. Essa instrução elimina o critério de “tão atípico” e requer que os custos de conversão baseiem-se na capacidade normal das instalações de produção. As disposições dessa instrução serão efetivas em relação às despesas de estoques havidas durante os exercícios fiscais que se iniciam após os itens terem sido reconhecidos como encargos do perí-odo corrente. Além disso, essa a SFAS 151 no. requer que a alocação das despesas gerais indiretas fixas de produção para 15 de junho de 2005. A aplicação antecipada da SFAS no. 151 é encorajada em relação aos cus-tos de inventário incorridos durante os exercícios fiscais iniciando-se após a data da emissão da presente demonstração financeira. As disposições dessa instrução serão aplicadas prospectivamente. A Administração está analisando os requisitos dessa nova instrução e acredita que a sua adoção não trará nenhum impacto significativo na posição financeira, resultados de operações ou fluxos de caixa da Companhia em 2005.
Em dezembro de 2004, a FASB emitiu a SFAS no. 153 “Conversões de Ativos Não monetários”, uma retificação da APB no.29(“SFAS 153”). Essa Declaração retifica a Opinião 29 “Contabilização de Transações não Monetárias” de eliminar a característica de exceção das conversões não monetárias de ativos produtivos similares e substituí-la por uma exceção geral para conversões de ativos não monetários desprovidos de substân-cia comersubstân-cial. A SFAS n.153 se aplica às conversões de ativos não mone-tários que ocorram nos exercícios fiscais que se iniciam após 15 de junho de 2005. A Administração aplicará essa instrução em caso de conversões de ativos não monetários que ocorram em períodos fiscais que se iniciam após 15 de junho de 2005.
4 Imposto de renda (a) Análise dos impostos
Os principais componentes das contas de imposto diferido no balanço patrimonial são os seguintes:
2004 2003
Ativo circulante de imposto diferido, líquido Prejuízos fiscais operacionais líquidos,
principalmente relacionados ao
Plano Verão (Nota 17 (b)) 93.632 56.084
Outras diferenças temporárias 116 179
93.748 56.263
Ativo não-circulante de imposto diferido
Prejuízos fiscais operacionais, líquidos 8.229
Provisão para plano de pensão 20.326 27.342
Outras diferenças temporárias (principalmente provisão para
contingências e diferenças de USGAAP) 22.642 23.913
42.968 59.484
Passivo não-circulante de imposto diferido
Lucro líquido indexado (lucro inflacionário) (732 )
Depreciação acelerada (19.982 ) (23.001 )
(19.982) (23.733 )
Ativo não-circulante de imposto diferido (líquido) 22.986 35.751
Total de ativo de imposto diferido (líquido) 116.734 92.014
(b) Reconciliação do imposto de renda
Os valores registrados como despesa (receita) de imposto de renda para estas demonstrações contábeis são reconciliados às alíquotas compostas como segue:
2004 2003 2002
Lucro antes do imposto de renda e
resultado de equivalência 593.462 217.657 100.233
Alíquota oficial
Imposto de renda - % 25 25 25
Contribuição social - % 9 9 9
Despesa de imposto à alíquota oficial (201.777 ) (74.003 ) (34.079 )
Ajustes para derivação da taxa efetiva: Imposto de renda sobre
diferenças permanentes (4.869) (1.594 ) (1.281 ) Ganhos no exterior não tributáveis 32.674 23.092 17.227 Benefícios da dedutibilidade
do juros sobre capital próprio 39.986 37.166 4.580 Imposto de renda sobre a realização
de títulos disponíveis para venda (7.808 )
Contingências (4.447)
Incentivo fiscal – ADENE (*) 82.807 33.768 Efeito do “Plano Verão” (Nota 17 (b)) 97.007 Efeitos das diferenças entre indexação
e desvalorização, inclusive ganho
(perda) na conversão(**) (39.132 ) (60.698 ) 14.265
Benefício (despesa) com imposto, conforme registrado nas
demonstrações contábeis 2.249 (42.269 ) (7.096 )
(*) As operações da Companhia estão localizadas na área de abrangên-cia da Agênabrangên-cia de Desenvolvimento do Nordeste (ADENE). Durante
(Tradução livre do original em inglês)
N
OTAS
E
XPLICATIVAS
DA
A
DMINISTRAÇÃO
ÀS
D
EMONSTRAÇÕES
C
ONTÁBEIS
C
ONSOLIDADAS
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado
CST
DC
2003, a Companhia aderiu ao programa da ADENE e obteve o direito à redução do imposto sobre a renda da seguinte forma: (i) lucros correspondentes à produção e comercialização de placas de aço, limitadas a 5.000 mil toneladas/ano: redução de 75% da taxa tributária estatutária, de 1o. de janeiro de 2002 a 2011, (ii) lucros correspondentes à produção e comercialização de bobinas a quen-te, limitadas a 2.000 mil toneladas/ano: redução de 75% da taxa tributária estatutária, de 1o. de janeiro de 2004 a 2013 e (iii) lucros correspondentes à produção e comercialização de energia, limitadas a 300 MW/ano: redução de 75% da taxa tributária estatutária, de 1.o de janeiro de 2002 a 2011
No exercício findo em 31 de dezembro de 2004, o benefício de imposto de renda em decorrência do programa da ADENE totali-zou US$82.807 (para o período findo em 31 de dezembro de 2003 – US$33.768). Esse valor está incluído como parte de lucros acumu-lados apropriados. De acordo com as normas da ADENE, o montan-te relacionado a esse benefício fiscal somenmontan-te poderá ser utilizado para aumento de capital ou absorção de prejuízos. As despesas com imposto de renda não incluem esse benefício.
Em 14 de setembro de 2004, o Diretor Geral da ADENE emitiu o ofício 726/04, cancelando os benefícios fiscais previamente contabilizados pela Companhia. Em 23 de setembro, a Companhia adotou medidas administrativas para cancelar essa decisão. A administração, com base em seus consultores jurídicos externos, acredita que, para 2003, bem como para o exercício findo em 31 de dezembro de 2004, o bene-fício fiscal não terá sido cancelado, uma vez que este cancelamento somente pode ser feito pela Delegacia da Receita Federal (DRF). Dessa forma, a Companhia não constituiu provisão para o benefício reco-nhecido para o exercício findo em 31 de dezembro de 2003 e para o exercício findo em 31 de dezembro de 2004.
Em 04 de janeiro de 2005, a Companhia foi intimada, via correio, da portaria nº 154, publicada no Diário Oficial em 29 de dezembro de 2004, que negou provimento ao seu recurso voluntário, forma-lizando o cancelamento dos laudos constitutivos nºs 0103/2003, 0104/2003 e 0105/2003 pela ADENE que havia concedido à Companhia autorização para participar em seu programa.
A Companhia, com base na opinião de seus consultores jurídicos, está adotando todas as medidas administrativas e legais disponíveis para garantir os direitos originalmente concedidos pela ADENE. (**) Essas diferenças são provenientes do SFAS No. 109, parágrafo 9(f)
devido a base de remensuração para dólares dos Estados Unidos para fins destas demonstrações contábeis.
(c) Prejuízo fiscal operacional a compensar, líquido
(i) Restrições em potencial na compensação dos prejuízos fiscais
As regulamentações sobre o imposto de renda e contribuição social fe-deral determinam que os prejuízos fiscais disponíveis para compensação sejam limitados a 30% do lucro anual do exercício antes do imposto de renda, determinado de acordo com a legislação societária brasileira; tal restrição não se aplica à Companhia uma vez que a mesma atende às exigências da Comissão de Benefícios Fiscais e Programas Especiais de Exportação – BEFIEX, cujo vencimento foi em 31 de dezembro de 2001 (Nota 17(d)).
(ii) Provisão para perdas
Com base na expectativa da Companhia de que os ativos de impostos diferidos possuem grandes possibilidades de recuperação, não foi consti-tuída provisão para perdas.
5 Caixa e equivalentes a caixa
2004 2003
Denominados em reais 13.535 3.591
Denominados em dólares dos Estados Unidos 118.780 126.931
132.315 130.522
Equivalentes a caixa denominados em dólares do Estados Unidos são compostos por investimentos em fundos mútuos em instituições finan-ceiras de primeira linha.
6 Contas a receber de clientes
2004 2003
Clientes
No exterior (denominados em
dólares dos Estados Unidos) 145.182 83.438
No país 86.036 34.499
231.218 117.937
A Companhia adota a prática de exigir cartas de crédito para vendas no exterior, reduzindo assim o risco de inadimplência nesses casos. A provisão para contas de cobrança duvidosa refere-se a dívidas antigas pendentes, para as quais a Companhia adotou todas medidas necessárias para recupe-rar esses valores. Ela mantém uma provisão para 100% desse montante.
8 Estoques 2004 2003 Produtos acabados Placas de aço 9.009 9.136 Bobinas a quente 23.666 15.916 Matéria-prima 125.476 67.419
Suprimentos, materiais para manutenção e outros 55.477 47.267
213.628 139.738
9 Investimentos em coligada
Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 No início do exercício 35.610 19.952 Subscrição de capital 4.674 21.797 Equivalência (1.891 ) (6.139 ) No fim do exercício 38.393 35.610
Refere-se à participação de 25% da Companhia no capital total e com direito a voto da Vega do Sul S.A.
7 Impostos e contribuições a recuperar
2004 2003
Circulante Não circulante Circulante Não circulante
Créditos fiscais sobre vendas, (ICM - ICMS e IPI) 7.007 4.340 48.199 7.686
Imposto retido na fonte sobre receitas financeiras 4.402 6.265
Outros impostos e contribuições, principalmente -COFINS 14.874 2.143 4.935 3.307
26.283 6.483 59.399 10.993
10 Imobilizado
2004 Depreciação
Custo acumulada Líquido
Terrenos 19.096 19.096 Edificações 690.626 268.318 422.308 Instalações 2.816.774 1.342.452 1.474.322 Terminal portuário 32.891 17.553 15.338 Equipamentos 800.357 274.665 525.692 Veículos 4.512 3.518 994 Construções em andamento 383.051 383.051 4.747.307 1.906.506 2.840.801 2003 Depreciação
Custo acumulada Líquido
Terrenos 19.096 19.096 Edificações 688.523 244.065 444.458 Instalações 2.727.123 1.214.175 1.512.948 Terminal portuário 32.772 16.146 16.626 Equipamentos 771.410 233.187 538.223 Veículos 4.432 3.077 1.355 Construções em andamento 279.502 279.502 4.522.858 1.710.650 2.812.208
As construções em andamento em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 consistem: 31 de 31 de dezembro dezembro de 2004 de 2003 Expansão 7.5 Mt (*) 160.878 1.764 Otimização da produção 55.371 88.634
Equipamentos de alto forno 82.434 81.368
Sobressalentes 11.449 1.132
Laminador de tiras a quente 7.915 46.862
Sistema de vendas/logística 4.520 4.221
Outros 60.484 55.521
383.051 279.502
(*) Em dezembro de 2004, o montante de US$ 40.014 se origina da empresa SOL Coqueria Tubarão S.A., recentemente incorporada.
A apropriação da depreciação do período é resumida conforme segue:
2004 2003 Custeio da produção 190.822 179.576 Despesas operacionais 5.067 4.816 195.889 184.392
11 Adiantamentos sobre contratos de exportação
Os adiantamentos recebidos sobre compromissos de exportações foram ob-tidos de bancos comerciais com a condição de que os produtos sejam expor-tados. Os adiantamentos são efetuados em dólares dos Estados Unidos e incidem juros de LIBOR (*) + 1,2 a 4,7% ao ano (31 de dezembro de 2003 - LIBOR (*) + 0,3 a 4,7 % a.a.). Os adiantamentos se vencem em 360 dias. Em 31 de dezembro de 2004, não havia saldo em aberto relacionado com adiantamentos sobre contratos de exportação
(Tradução livre do original em inglês)
N
OTAS
E
XPLICATIVAS
DA
A
DMINISTRAÇÃO
ÀS
D
EMONSTRAÇÕES
C
ONTÁBEIS
C
ONSOLIDADAS
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado
(*) Taxa Interbancária de Londres – LIBOR, em 31 de dezembro de 2004, é de 3,1% (2003 – 1,4%).
12 Financiamentos de curto prazo
Os financiamentos de curto prazo da Companhia referem-se a emprés-timos para pré-pagamento de exportação, denominados em dólares dos Estados Unidos e indexados à LIBOR mais juros de até 3,3% ao ano. Essas dívidas são garantidas pela emissão de notas promissórias pelo valor total da dívida em 31 de dezembro de 2003.
13 Financiamentos de longo prazo
2004 2003
Resumo Reais
Financiamento de imobilizado
Linha de crédito do BNDES ((a) abaixo) 194.879 188.926
Dólares dos Estados Unidos
Financiamento de imobilizado a vencer até 2014 Programa de Securitização de
Créditos de Exportação ((b) abaixo) 120.622 159.940 Linha de crédito do KfW ((c) abaixo)
(LIBOR + 0,6% ao ano) 80.123 89.854
Outros (LIBOR (*) + 0,2 to 0,6% ao ano) 44.996 59.151 Pré-pagamento de exportação ((d) abaixo) 75.961 121.013
Total 516.581 618.884 O financiamento de longo prazo é classificado como segue:
2004 2003
Circulante 128.250 120.527
Passivo exigível a longo prazo 388.331 498.357
Total 516.581 618.884
(a) Linhas de crédito do BNDES
Em 15 de dezembro de 1997, a Companhia firmou contrato para uma linha de crédito com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social). A linha de crédito original denominada em reais será paga em 72 meses até janeiro de 2006. O subcrédito A destina-se ao aumento da capacidade de produção; os subcréditos B e C destinam-se a projetos de controle ambiental, em conformidade com os regula-mentos do FINAME. Caso a TJLP ultrapasse 6% a.a., a diferença será adicionada ao saldo do principal. A totalidade da linha de crédito foi sacada em 31 de dezembro de 1998.
Em 5 de junho de 2000, a Companhia assinou com o BNDES outro acordo de linha de crédito, denominado em reais. Os juros serão pagos de abril de 2003 até junho de 2010. Caso a TJLP ultrapasse 6% a.a., a diferença será adicionada ao principal.
Em 28 de outubro de 2003, a Companhia contratou uma nova linha de crédito com o BNDES, denominada em reais. Os subcréditos A a D serão utilizados para aumento da capacidade de produção de 4,7 a 5.0 milhões de ton/ano. Os subcréditos E e F serão utilizados para financiar a aqui-sição de equipamento fabricado localmente para a construção da quarta usina termoelétrica. Os juros serão pagos trimestralmente sobre todos os subcréditos, e no caso de a TJLP ultrapassar 6% a.a., a diferença será adicionada ao principal.
Esses empréstimos estão caucionados por itens do parque industrial e propriedades, incluindo todos os equipamentos e instalações (hipoteca do pátio de carvão, fornos de coque e lingotamento contínuo I).
(b) Securitização de créditos de exportação
Em abril de 1997, a Companhia completou um programa de securitização de créditos de exportação (o “Programa”), securitizando créditos exis-tentes e futuros gerados por sua controlada integral CST Overseas Ltd. (a “Vendedora”). De acordo com o programa, foi criada uma empresa fiduciária no exterior (a “Fiduciária”) com a finalidade de emitir uma sé-rie de certificados de participação (“Investor Certificates”). A Vendedora vendeu os créditos existentes à CST International Limited (“SPC”), uma subsidiária integral da Companhia localizada no exterior constituída com o objetivo exclusivo de participar dessa operação, os quais foram vendi-dos posteriormente pela SPC à Fiduciária; por meio dessa operação, a Fiduciária emitiu um “Seller Certificate” à Vendedora. A Fiduciária efetua a cobrança dos créditos pendentes e os recursos são utilizados para qui-tar os valores devidos aos detentores de “Investor Certificates”. O valor excedente das cobranças nos termos do acordo é pago aos detentores de “Seller Certificates”.
Adicionalmente, em 13 de abril de 1997, foram emitidos “Investor Certi-ficates”, no valor de US$ 90.000, à Vendedora, que posteriormente distri-buiu esses Certificados a nove empresas de comércio exterior, para garan-tir o endividamento já existente com base em determinados contratos de empréstimo com a Vendedora. Esses “Investor Certificates” substituem, parcialmente, os contratos de empréstimo entre a Companhia e cada uma das empresas de comércio exterior. A Vendedora também distribuiu seus “Seller Certificates” na forma de títulos para cobrir o endividamento já existente, bem como as outras dívidas.
A Fiduciária deverá pagar mensalmente o principal e os juros sobre os “Investor Certificates”. Caso ocorra um evento de amortização anteci-pada ou acelerada, conforme definido no programa, o valor do principal em aberto dos “Investor Certificates” será pago em bases aceleradas por meio da alocação de um valor aumentado proveniente de qualquer co-brança desses créditos ao saldo do principal. Além disso, caso um evento de amortização acelerada ocorra, a Vendedora poderá ter que pagar à Fiduciária um valor suficiente para cobrir todos os valores devidos com referência aos “Investor Certificates”.
Os eventos de amortização antecipada incluem (i) determinados testes de cobertura relacionados à cobrança e geração de recebíveis e (ii) um saldo mínimo de patrimônio líquido da Companhia avaliado de acordo com as práticas contábeis geralmente aceitas no Brasil. Os eventos de amortização acelerada incluem falta de pagamento programado de valo-res devidos com referência aos “Investor Certificates”.
Adicionalmente, os contratos de financiamento da Companhia incluem cláusulas de eventos de inadimplência. A partir de novembro de 2002, os portadores de “Certificates” aprovaram o USGAAP como nova base de mensuração de tais eventos, entre outros, conforme descrito a seguir: (i) índice de alavancagem (endividamento em relação ao patrimônio líquido, conforme definido), não sendo permitido, em nenhum momento, que tal índice seja superior a 2:1; (ii) patrimônio líquido não inferior ao equiva-lente a US$ 1.000.000 e (iii) a razão EBITDA\ despesas de intermediação financeira não deve ser inferior a 2,5:1. Todas as obrigações da Vendedora relativas ao Programa são garantidas pela Companhia.
Além disso, a Companhia continua obtendo financiamento de certos cre-dores, recebido por determinados “Investor Certificates” e “Seller Certifi-cates” incluídos no Programa, sujeitos às mesmas condições relacionadas a garantias e recolhimento de resultados a serem aplicados aos valores devidos aos detentores de “Seller Certificates”:
(i) Em dezembro de 1999, juntamente com o contrato para forne-cimento do Laminador de Tiras à Quente e de dois convertedores LD, a Companhia celebrou um acordo de empréstimo para financiar custos incorridos localmente de até US$ 103.053 relacionados ao projeto; e
(ii) Em janeiro de 2003, a Companhia obteve um financiamento no valor de US$ 39.155 do Japan Bank of International Cooperation (JBIC). Os recursos desse empréstimo serão aplicados para cobrir a compra da quarta central termoelétrica e do sistema de recuperação dos gases do aço. Em 31 de dezembro de 2004, a Companhia havia sacado a totalidade do montante referente a esse contrato. Os detalhes do programa são os seguintes:
Saldos em aberto Linha de crédito Taxas anuais de 31 de dezembro 31 de dezembro
original financiamento (i) Vencimento de 2004 de 2003
Linha de crédito 1997 Subcrédito A 72.494 TJLP + 3,5% Fevereiro de 2006 6.527 11.126 Subcrédito B e C 26.320 TJLP + 2,0% Janeiro de 2006 1.635 2.787 98.814 8.162 13.913 Linha de crédito 2000 Subcréditos A e B 147.048 TJLP + 2,5% Junho de 2010 107.314 112.404 Subcréditos C e D 83.286 TJLP + 4,0% Junho de 2007 32.334 40.120 230.334 139.648 152.524 Linha de crédito 2003
Subcréditos A e B 6.900 (ii) + 4,3% Abril de 2009 3.953 1.661
Subcréditos C e D 6.900 TJLP + 4,3% Dezembro de 2009 4.438 1.688
Subcréditos E e F 36.388 TJLP + 3,8% Novembro de 2012 38.678 19.140
50.188 47.069 22.489
Total 379.336 194.879 188.926
(i) A TJLP anualizada (taxa de juros de longo prazo do governo), fixada trimestralmente, é de 9,75% a partir de janeiro de 2005.
Séries Certificado Principal Taxa de juros anual Período de carência (meses) Vencimento
1 Investor 120.000 8,2% 36 2004
2 Investor 90.000 LIBOR + 1,3% 12 2002
3 a 8 Investor 90.000 LIBOR + 0,6% to 1,9% Até 30 Durante 2004
Seller 224.658 LIBOR + 0,6% to 1,9% Até 38 Durante 2007
Seller 103.053 LIBOR + 2,0% Até 30 Durante 2009
JBIC Seller 15.662 LIBOR + 1,8% to 8,7% Até 17 Durante 2008
JBIC Seller 23.493 7,9% to 8,7% Até 65 Durante 2014
666.866
Os certificados emitidos aos credores no âmbito dos contratos de financiamento existentes são os seguintes:
Emitidos Total do programa Total do programa 31 de dezembro, 31 de dezembro, Investor Seller de 2004 de 2003
Recursos de caixa 210.000 320.108 530.108 527.867
Contratos de financiamento substituídos 90.000 46.758 136.758 136.758
300.000 366.866 666.866 664.625
Amortização, líquida de juros (*) (300.000 ) (246.244 ) (546.244 ) (504.685 )
(Tradução livre do original em inglês)
N
OTAS
E
XPLICATIVAS
DA
A
DMINISTRAÇÃO
ÀS
D
EMONSTRAÇÕES
C
ONTÁBEIS
C
ONSOLIDADAS
Em milhares de Dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado
CST
DC
(*) De acordo com a orientação apresentada no SFAS no. 140, - “Contabilização de Transferências e Serviços de Ativos Financeiros e Eliminações de Passivos” a Companhia compensou US$ 13.861 em 31 de dezembro de 2004 (dezembro de 2003 -US$ 14.070) contra o saldo do empréstimo, correspondente aos valores totais deposita-dos em contas vinculadas. Essas contas garantia estão fora do con-trole da Companhia e serão utilizadas para liquidar o empréstimo.
(c) Linha de crédito do KfW
Em 6 de setembro de 1999, em conjunto com a aquisição de determina-dos equipamentos durante a construção do Laminador de Tiras a Quen-te, a Companhia obteve um financiamento da KfW (Kreditanstalt für Wideraufbau) no montante de US$ 99.035, garantido pelo Governo Federal da Alemanha. Os juros serão pagos semestralmente com mora de LIBOR mais 0,6% ao ano. O montante financiado será pago em 20 parcelas semestrais a partir de 15 de Janeiro de 2003. O contrato de financiamento está sujeito a cláusulas de penhora. Em 31 de dezembro de 2004, o saldo em aberto dessa dívida totalizava US$ 80.123 (31 de dezembro de 2003 – US$ 89.854). Em 21 de julho de 2004, foi assinado um novo contrato, no valor de US$ 140.000, com a KfW como parte do projeto de expansão de 7,5 milhões de toneladas. Os juros serão pagos semestralmente com mora de LIBOR mais 0,6% ao ano. O saldo será pago em 20 parcelas semestrais a partir de setembro de 2007. Não existia saldo em aberto em 31 de dezembro de 2004 relativo a este contrato.
(d) Pré-pagamento de exportação
Em 30 de setembro de 2004, a Companhia obteve uma linha de cré-dito denominada em dólares dos Estados Unidos, indexada pela LIBOR mais 1,7% a 4% a ano. Esses financiamentos são caucionados por notas promissórias em montante equivalente ao valor total de financiamento. Os juros relativos a esses financiamentos são pagos semestralmente, e o valor do principal será pago no vencimento final dos financiamentos até 2006. Em dezembro de 2004, a Companhia antecipou pagamentos no montante de US$ 16 milhões.
(e) European Investment Bank - EIB
Em 21 de julho de 2004, em conexão com o projeto de expansão, a Com-panhia assinou um contrato de financiamento com o European Invest-ment Bank no valor de US$ 70.000. Os juros serão pagos semestralInvest-mente e calculados com base na LIBOR mais 0,4% ao ano. O principal será pago em 18 parcelas, a partir de setembro de 2007. Adicionalmente, a Compa-nhia contratou uma garantia financeira com o Bilbao Vizcaya Argentina e Santander Central Hispano S.A para cobrir o valor do contrato. Em 31 de dezembro de 2004, não existia saldo em aberto relativo a esse contrato.
(f) Vencimentos e garantias
Em 31 de dezembro de 2004, os vencimentos das parcelas de longo prazo da dívida de longo prazo podem ser demonstrados como segue:
Total 2006 129.385 2007 73.167 2008 62.145 2009 52.778 2010 28.405 2011 a 2014 42.451 388.331
Em 31 de dezembro de 2004, a dívida de longo prazo é garantida como segue (inclui os valores que estão no circulante):
2004 Recebíveis de exportação 120.622 Ativo imobilizado 194.879 Notas promissórias 90.494 Sem garantia 110.586 516.581 14 Patrimônio líquido
(a) Capital social e direitos das ações
O limite para a emissão de ações do capital social autorizado da Companhia, sem necessidade de alteração dos seus estatutos, é de 62.620.222.060 ações preferenciais e 39.332.658.000 ações ordinárias. Cada ação ordinária dá direito a um voto nas deliberações da Assembléia Geral. As ações preferenciais são irresgatáveis, não podendo ser conver-tidas em ações ordinárias, e não têm direito de voto; entretanto, têm o direito de prioridade no reembolso do capital em caso de liquidação da Companhia.
Os portadores de ações preferenciais têm o direito de receber um dividen-do de 10% além dividen-do dividendividen-do pago aos portadividen-dores de ações ordinárias. Como os ganhos a distribuir podem ser capitalizados ou apropriados, não se pode assegurar que os acionistas preferenciais receberão o prêmio de 10% acima mencionado, a não ser que os ganhos sejam distribuídos in-tegralmente.
O dividendo mínimo obrigatório é de 25% do lucro líquido de cada exercí-cio, conforme determinado nas demonstrações contábeis em moeda local elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira.
(b) Acordo de acionistas
Existe um acordo de acionistas prevendo que as partes têm o direito de preferência no caso da outra parte pretender vender as suas ações da Companhia, salvo em casos de vendas de ações a empresas do Grupo. Esse acordo foi firmado entre a Companhia Aços Planos do Sul S.A. (asso-ciada da Acesita S.A. e do Grupo Arcelor desde agosto de 1998), a Com-panhia Vale do Rio Doce e um pool de empresas japonesas liderada pela JFE Steel Corporation. Em conjunto, essas companhias detêm 74,67% das ações ordinárias da Companhia em 31 de dezembro de 2003 e 2002. Esse acordo estabelece, também, direitos para a indicação de membros do Conselho de Administração da Companhia (no máximo 10 membros). Os detentores de no mínimo 9,5% das ações ordinárias da Companhia têm direito à indicação de um membro. Os detentores de no mínimo 15% das ações ordinárias da Companhia têm direito à indicação de dois membros. Além disso, pelo menos 60% dos votos favoráveis dos participantes é necessário para certas questões relativas à administração da Companhia, inclusive e sem se limitar, a (a) alterações do estatuto da Companhia, (b) alterações na política de dividendos, (c) mudanças na composição acioná-ria e (d) novos investimentos e projetos.
Em dezembro de 2004, em conformidade com acordo dos acionistas, a Companhia Vale do Rio Doce vendeu a totalidade de seu capital acionário na CST para o Grupo Arcelor.
Em 15 de outubro de 2004, foi firmado um acordo entre o grupo Arcelor, California Steel Industries (“CSI”), JFE Steel Corporation (“JFE”)e outros acionistas japoneses da CST. De acordo com esse acordo CSI, JFE e outros
acionistas japoneses renunciaram a seus direitos de preferência no Acordo de Acionistas da CST, a partir de 14 de outubro de 2004.
Nos termos desse acordo, Arcelor também concede a CSI, JFE e os ou-tros acionistas japoneses a opção de vender, sendo que CSI, JFE e ouou-tros acionistas japoneses concedem a Arcelor a opção de compra de suas res-pectivas ações na CST, que são regidas pelo contrato de acionistas. Essas opções poderão ser exercidas após o término do acordo de acionistas da CST, de 26 maio de 2005 a 25 de junho de 2005.
(c) Lucros acumulados apropriados
A legislação societária brasileira e os estatutos da Companhia requerem a apropriação de lucros acumulados para reserva de lucros em bases anuais. A finalidade e a base para essa apropriação são descritas abaixo:
(i) A reserva legal resulta de apropriações de lucros acumulados equi-valentes a 5% do lucro líquido do exercício apresentado nos regis-tros contábeis, preparados de acordo com os princípios contábeis determinados pela legislação societária brasileira. Essas apropria-ções são em geral exigidas até que o saldo atinja 20% do saldo do capital social, com base nos registros contábeis legais. Em 31 de dezembro de 2004, o valor total do capital social era de R$ 2.782.106 mil, equivalente a US$ 1.048.111, considerando a taxa de câmbio em vigor naquela data (R$ 2.782.106 mil e US$ 962.933 em 31 de dezembro de 2003).
(ii) A reserva de incentivos fiscais resulta de uma opção de se destinar uma parcela dos impostos devidos, (i) para aquisição de ações de capital de companhias implementando projetos específicos apro-vados pelo governo, (ii) pelo investimento em imobilizado para os projetos qualificados da Companhia e (iii) reduções de imposto de renda de operações em determinadas áreas de desenvolvimento econômico. O valor investido é lançado a crédito de impostos sobre vendas na demonstração do resultado da Companhia e, subseqüen-temente, apropriado à reserva de incentivos fiscais a partir de lucros acumulados a apropriar. Não são necessárias provisões para perda, a menos que a reserva de capital correspondente, apresentada nas demonstrações contábeis pela legislação societária brasileira, seja utilizada para o pagamento de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, por ocasião do qual o imposto de renda não pago sobre esses créditos se tornará devido, juntamente com as penalidades cabíveis. As reservas de incentivos fiscais e estatutárias podem ser capitalizadas mas não podem ser utilizadas para a distribuição de dividendos em dinheiro e juros sobre o capital próprio.
(iii) A reserva para investimento e desenvolvimento representa apropria-ções aprovadas pelos acionistas para a expansão das instalaapropria-ções industriais e outros projetos de investimento em ativo permanente, sendo o seu valor baseado em orçamento aprovado pela adminis-tração da Companhia. Após a conclusão dos projetos, a Companhia poderá optar pela retenção das apropriações até que os acionistas votem pela transferência de todo o valor ou parcela da reserva para capital ou lucros acumulados, a partir dos quais então poderá ser feito o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio em dinheiro.
(d) Lucros acumulados a apropriar
A legislação brasileira permite o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio apenas em reais e a partir dos lucros acumulados apre-sentados nos registros contábeis de acordo com a legislação societária brasileira. Em 31 de dezembro de 2004, tais lucros acumulados dispo-níveis para distribuição montavam a R$ 1.516.926 mil, equivalente a US$ 571.476 à taxa de câmbio efetiva naquela data (R$ 552.451 e US$ 191.212 em 31 de dezembro de 2003).
(e) Dividendos
Os dividendos obrigatórios correspondem a 25% do lucro líquido do exercício, apresentado nas demonstrações contábeis em moeda local e de acordo com a legislação societária brasileira.
A legislação societária brasileira requer que a administração proponha a distribuição de dividendos ao final do exercício para obedecer aos requeri-mentos obrigatórios de distribuição mínima de dividendos para o ano. No terceiro trimestre de 2004, a Companhia pagou dividendos no total de US$37.753.
Nas demonstrações contábeis preparadas de acordo com as práticas con-tábeis adotadas no Brasil, a Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2004, um adicional em contas a pagar, no valor de US$ 108.418, rela-tivo à distribuição de dividendos que foi proposta pela Administração.
(f) Juros sobre o capital próprio
Permite-se que as empresas brasileiras paguem montantes limitados aos acionistas e tratem esses pagamentos como despesa para fins de imposto de renda e contribuição social federais. Essa distribuição de juros é tra-tada, para fins contábeis, como uma dedução do patrimônio líquido de maneira semelhante a um dividendo. Um imposto de aproximadamente 15% é retido e pago (ou compensado com créditos de imposto retido na fonte) pela Companhia sobre crédito dos juros. A distribuição de juros so-bre o capital próprio é tratada como um dividendo para fins de dividendos obrigatórios a pagar pela Companhia.
No primeiro e terceiro trimestres de 2004, a Companhia pagou juros sobre o capital acionário nos montantes de US$ 62.699 e US$ 55.973, respectivamente.
O Conselho de Administração aprovou proposta para a distribuição de juros sobre o capital próprio de US$ 67.100 com relação ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004 (US$ 57.035 líquido de imposto) que foi registrada como uma obrigação nessas demonstrações contábeis de acordo as exigências do US GAAP.
(g) Lucro por ação
O SFAS nº 128, “Lucros por Ações” prescreve regras para contabilização, apresentação e divulgação dos lucros por ações. Devido ao fato de as ações ordinárias e preferenciais darem direito a diferentes dividendos, peso nas votações e direitos de liquidação, o lucro básico e o lucro diluído por ação foram calculados através do método de duas classes. O método de duas classes é uma fórmula de alocação de lucros que determina os lucros por ação ordinária e preferencial de acordo com os dividendos a serem pagos conforme requerido pelo estatuto da Companhia e direitos de participação em lucros (prejuízos) não distribuídos.
Os lucros básicos por ação ordinária são calculados a partir da dedução do lucro líquido distribuído e não distribuído disponível aos acionistas preferenciais, dividindo-se o lucro líquido disponível aos acionistas ordiná-rios pela média ponderada do número de ações ordinárias em aberto no período. O lucro líquido disponível aos acionistas preferenciais é a soma dos dividendos das ações preferenciais e da parcela dos acionistas prefe-renciais no lucro (prejuízo) líquido não distribuído.
O lucro líquido não distribuído é calculado a partir da dedução dos divi-dendos totais (a soma dos dividivi-dendos das ações ordinárias e preferen-ciais) do lucro líquido. O lucro (prejuízo) líquido não distribuído, atribuídos na forma de lucro (prejuízo) por ações aos acionistas preferenciais, é 10% maior que aquele atribuído aos acionistas ordinários. Os lucros diluídos por ação são calculados de forma similar, exceto pelo fato de as ações em poder de terceiros serem aumentadas para incluir o número de ações adi-cionais que estariam em circulação caso as ações a serem potencialmente distribuídas tivessem sido emitidas.