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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2021

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Relatório

Agrupamento de Escolas

de São Bernardo

A

VEIRO

A

VALIAÇÃO

E

XTERNA DAS

E

SCOLAS

15 a 17 fev.

(2)

1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas de São Bernardo - Aveiro, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre

15 e 17 de fevereiro de 2012. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-sede do Agrupamento (com 1º, 2º e 3º ciclos) e os centros escolares de S. Bernardo e do Solposto (estes com educação pré-escolar e 1º ciclo).

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM –A ação da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM–A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com o valor esperado na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes.

SUFICIENTE–A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE–A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

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2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de S. Bernardo foi criado no ano letivo de 2003-2004. Situa-se no concelho de Aveiro, abrangendo as freguesias de S. Bernardo, Glória e Santa Joana. É constituído pela Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de S. Bernardo, pelos centros escolares de S. Bernardo, Presa, Solposto e Areais e pela Escola Básica do 1.º Ciclo de Areias de Vilar. Importa referir também que a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de S. Bernardo é sede do Centro de Formação de Escolas dos Concelhos de Albergaria-a-Velha e de Aveiro e do Centro de Reconhecimento e Validação de Competências de S. Bernardo (Centro de Novas Oportunidades de Aveiro).

O número de crianças e alunos tem-se mantido estável desde 2006-2007, apresentando uma ligeira tendência de crescimento. No corrente ano letivo (2011-2012), a população escolar totaliza 1311 crianças e alunos: 133 crianças da educação pré-escolar (6 grupos); 620 alunos do 1.º ciclo (29 turmas); 232 do 2.º ciclo (10 turmas); 326 do 3.º ciclo (14 turmas). Destes últimos, 10 do 7.º ano de escolaridade encontram-se integrados numa turma de percursos curriculares alternativos. Existem, ainda, 27 formandos em duas turmas do curso de educação e formação de adultos do ensino secundário e 48 formandos (imigrantes estrangeiros) em duas turmas de aprendizagem da língua portuguesa. Cerca de 95,2% dos alunos são portugueses. A educação e o ensino são assegurados por 141 docentes, dos quais 83,7% pertencem aos quadros. A sua experiência profissional é significativa, pois 64,5% leciona há 10 ou mais anos. O pessoal não docente é composto por 43 elementos, dos quais 74,4% têm 10 ou mais anos de serviço.

No ano letivo de 2010-2011, ano para o qual há referentes nacionais calculados das variáveis de contexto, a idade média dos alunos do 4.º ano foi superior à mediana nacional e inferior no caso do 6.º e 9.º ano. A percentagem de alunos portugueses situou-se acima da mediana nacional. Por sua vez, a percentagem de alunos sem auxílios económicos superou claramente a mediana nacional. Relativamente aos professores do quadro, o valor observado posicionou-se próximo da mediana. Já no que respeita à percentagem de pais e encarregados de educação com habilitações académicas de nível secundário ou superior e profissões de classificação superior ou intermédia foram superadas, em ambos os casos, as respetivas medianas nacionais.

3- AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1

R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

Os resultados da aprendizagem das crianças da educação pré-escolar são monitorizados, apresentando resultados globais de sucesso entre 85,0% e 91,0% em todas as áreas de conteúdo.

No quadriénio 2007-2008 a 2010-2011, as taxas de conclusão dos três ciclos do ensino básico apresentam alguma oscilação, com tendência geral de subida nos últimos três anos letivos. Nas avaliações externas, observa-se uma tendência descendente na média das classificações nas provas de aferição do 4.º e 6.º ano, embora se posicionem globalmente acima das respetivas médias nacionais. Nos exames nacionais do 9.º ano, apesar dos resultados superarem de um modo geral as médias nacionais, constata-se uma tendência de descida, mais evidente na disciplina de Língua Portuguesa.

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No que respeita à certificação dos formandos de nível básico e secundário, nos anos 2009-2010 e 2010-2011, os resultados obtidos situam-se abaixo dos números previstos, 35,5% e 23,5%, respetivamente. No ano letivo 2009-2010, considerando as variáveis do contexto económico, social e cultural em que se insere o Agrupamento, verifica-se que a taxa de conclusão do 4.º e 6.º ano está em linha com o valor esperado, respetivamente igual e superior à mediana nacional, e a do 9.º ano está muito além do valor esperado. No que diz respeito às provas de aferição de Língua Portuguesa e de Matemática do 4.º ano, observa-se que os resultados estão dentro dos valores esperados. No 6.º ano, os resultados da Língua Portuguesa estão dentro do valor esperado e acima na Matemática. Já no que diz respeito aos exames nacionais do 9.º ano verifica-se que os resultados nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática estão aquém do valor esperado, verificando-se também uma discrepância significativa entre a avaliação interna e externa.

Relativamente ao ano letivo de 2010-2011, tendo como referência às metas de aprendizagem definidas pelo Agrupamento, os resultados dos exames nacionais de Língua Portuguesa do 9.º ano apresentam-se abaixo (3,3%) e os de Matemática ligeiramente acima (1,9%) do previsto.

Os dados observados para o abandono escolar demonstram que este apresentou valores quase nulos nos últimos três anos letivos.

RESULTADOS SOCIAIS

O Agrupamento tem adotado uma prática sistemática de promoção do respeito pelos direitos humanos e pelos valores da tolerância. É desenvolvido um trabalho consistente nos vários níveis de educação e ensino para incentivar a participação dos alunos em atividades e projetos que fomentam o espírito de solidariedade e de cidadania. Assim, salientam-se as iniciativas associadas à defesa dos direitos humanos, à educação ambiental, educação alimentar e educação para a saúde, realizadas em colaboração com parceiros externos (p. ex., Mesas de Natal e articulação com a Fundação Padre Félix). Os alunos colaboram na tomada de decisão através dos seus representantes nos órgãos e nas equipas de trabalho onde têm assento, coresponsabilizando-se no desenvolvimento de diversas iniciativas e atividades. São de relevar os encontros regulares dos delegados de turma com a diretora na discussão de questões relevantes para o Agrupamento. As práticas de valorização dos sucessos dos alunos são diversificadas, implicando a exposição e divulgação de trabalhos, candidatura a projetos, prémios de Desporto Escolar e a adesão ao Quadro de Valor e de Excelência, da iniciativa das autarquias locais (juntas de freguesia de S. Bernardo e Glória, Câmara Municipal de Aveiro). Estas ações, para além de serem fortemente valorizadas pela comunidade, têm servido para promover a qualidade das aprendizagens.

Os discentes apresentam, em geral, comportamentos disciplinados, denotando conhecer as regras de funcionamento do Agrupamento. Todavia, ao nível da sala de aula na escola-sede e das atividades de enriquecimento curricular do 1.º ciclo, ainda se manifesta alguma perturbação do ambiente das aprendizagens, com um grande número de participações, o que tem levado à implementação de medidas de carácter organizativo e pedagógico (p. ex., criação do Gabinete de Resolução de Conflitos), com vista à superação das dificuldades detetadas.

Embora o Agrupamento possua um conhecimento informal do trajeto académico e profissional dos alunos, não existe um dispositivo estruturado, que permita saber, com rigor, esse percurso.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A avaliação feita pela comunidade escolar sobre o serviço prestado pelo Agrupamento, decorrente da aplicação dos questionários de satisfação da IGEC, no âmbito do presente processo de avaliação externa, é positiva.

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Os alunos valorizam globalmente a escola, assinalando como aspetos mais positivos o relacionamento com os seus pares, as regras de comportamento, as atividades ligadas às práticas experimentais, à expressão plástica e o conhecimento dos critérios de avaliação. Ainda que em percentagens baixas, assinalam como menos relevantes a utilização de computadores, a participação em projetos e clubes, o serviço de almoços e a higiene e limpeza na escola-sede.

Os pais e encarregados de educação valorizam o bom ambiente educativo, as informações que lhes são prestadas, a disponibilidade dos profissionais, a capacidade destes em incentivarem as crianças e os alunos para aprenderem e terem bons resultados. A maior insatisfação está relacionada com a qualidade das instalações, o serviço de refeitório e, na educação pré-escolar, a participação das crianças em atividades fora dos jardins de infância.

Por sua vez, os docentes atribuem valor à qualidade da liderança, à ação da direção, ao ambiente de trabalho e à abertura da escola ao exterior. Como menos favoráveis apontam o conforto das salas de aula, o comportamento dos alunos e a resolução das situações de indisciplina. O pessoal não docente destaca como positivo a liderança da organização, a disponibilidade e a capacidade da direção em gerir conflitos, a higiene das instalações e o gosto em trabalhar no Agrupamento. Como mais negativo destaca a eficácia da comunicação interna, o respeito dos alunos pelos trabalhadores e o comportamento.

A comunidade educativa (representantes das autarquias locais e restantes parceiros) reconhece, em geral, o trabalho desenvolvido e colabora na promoção e implementação de atividades e projetos e na formação dos alunos.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com o valor esperado na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares, apresentando uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de BOM no domínio Resultados.

3.2

P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

As planificações asseguram a sequencialidade de conteúdos, bem como as modalidades e formas de avaliação das aprendizagens dos alunos por ano/disciplina e período letivo. Complementam-se articuladamente, a nível vertical e horizontal, em torno de temas, projetos e atividades, contando ainda com alguns momentos de «aferição, clarificação e balanço». São porém muito diversos os graus de consistência na articulação, de acordo com as disciplinas (p. ex., mais desenvolvida na Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Naturais).

Os projetos curriculares de turma utilizam explicitamente informação sobre o percurso escolar dos alunos, em termos de características relevantes e de avaliação, permitindo uma melhor adequação das estratégias e apoios educativos facilitando a articulação e o trabalho dos docentes. Também preveem a gestão articulada, seja entre ciclos, com base em «perfis de saída», seja a nível interdisciplinar, no que respeita a conteúdos e atividades, sendo exceção neste caso a educação pré-escolar. No entanto, a articulação curricular vertical é uma área que carece de maior consolidação, na perspetiva de todo o percurso escolar.

O desenvolvimento curricular ajusta-se às características do contexto, quer seja pela ligação do Agrupamento à comunidade e ao meio, através da conjugação de alguns conteúdos curriculares com elementos locais (p. ex., de educação musical), de atividades e projetos, quer seja pelas respostas

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A avaliação, na sua diversidade, quanto a momentos, objetivos, instrumentos e modalidades, integra coerentemente o desenvolvimento curricular, está devidamente enquadrada por critérios, algumas matrizes, instrumentos e procedimentos comuns, sendo que a modalidade formativa sobressai pela função reguladora e caráter integrador.

O trabalho cooperativo entre docentes traduz-se em práticas de trabalho partilhado, essencialmente, na construção de alguns documentos (materiais pedagógicos, matrizes e instrumentos de avaliação), com diferentes níveis de abrangência e aprofundamento. Apesar da página da internet do Agrupamento (Portal) poder facilitar a articulação entre docentes, é evidente que é uma área de utilização ainda não generalizada.

PRÁTICAS DE ENSINO

As práticas pedagógicas desenvolvidas pelos docentes evidenciam a adequação do ensino às capacidades e aos ritmos de aprendizagem dos alunos através, por exemplo, do recurso à pedagogia diferenciada em sala de aula, das assessorias e tutorias (orientação do estudo), da implementação de apoios educativos em alguns anos e disciplinas e a troca de professores entre ciclos (na Matemática e nas ciências). Para os alunos com necessidades educativas especiais, os docentes de educação especial definem e implementam as medidas mais adequadas, em articulação com os professores titulares, a quem compete a adequação curricular, a integração na turma e a avaliação. São também organizadas respostas para necessidades muito específicas destes alunos, destinadas a promover a integração e as aprendizagens (p. ex., oficinas e natação).

O serviço de psicologia e orientação, além de participar na elaboração dos relatórios técnico-pedagógicos, em articulação com os docentes de educação especial, e de desenvolver trabalho de orientação escolar (8.º e 9.º ano), revela dinamismo pelos programas de avaliação e acompanhamento psicopedagógico (atenção e impulsividade, cognição e ajustamento psicossocial), que desenvolve, abrangendo várias dezenas de alunos.

O desenvolvimento de estratégias de intervenção (p. ex., critérios de atuação dos professores junto dos alunos, código de conduta por decisão do conselho de turma, lugares fixos na sala de aula) e o funcionamento do Gabinete de Resolução de Conflitos constituem um esforço no sentido de melhorar o ambiente de aprendizagem em sala de aula. Existe, ainda, dinamismo no desenvolvimento de projetos, por vezes marcados pela inovação (projeto bilingue de ensino precoce do inglês no 1º ciclo, nas áreas curriculares do estudo do meio e expressões), na adesão progressiva aos testes intermédios e na participação em iniciativas e trabalhos, que têm subjacente a ideia de estímulo e valorização das potencialidades dos alunos. O desenvolvimento de atividades, dentro e fora do espaço escolar, ajuda a propiciar ambientes mais favoráveis à aprendizagem.

Existem mecanismos destinados a assegurar e monitorizar as práticas experimentais, desde a educação pré-escolar, através de planificações específicas, desenvolvimento de temas comuns, quantificação de aulas, lista de possíveis experiências, projetos (p. ex., Newton gostava de ler) e algumas visitas de estudo específicas. Também nas outras componentes curriculares se promovem algumas estratégias, atividades e trabalhos de campo, em que os alunos têm um papel mais ativo na resolução de problemas, na pesquisa e no trabalho de projeto.

A valorização da dimensão artística está sobretudo associada às componentes de oferta de Escola (Expressão Plástica e Dança), a algumas atividades pontuais (dia da dança, ida ao teatro, arte nova, sensibilização para a poesia), projetos (expressão musical), a alguns clubes temáticos e à participação em grupos de música (em ligação com o meio).

O acompanhamento e a supervisão das aulas não ocorrem diretamente. A monitorização da prática letiva acontece em sede do trabalho cooperativo (projetos curriculares, planificações, matrizes,

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instrumentos de avaliação e partilha de materiais) e da análise dos resultados. Sendo necessário, há também lugar a reformulações do planeamento.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

A avaliação está organizada em torno de referenciais comuns (p. ex., critérios e matrizes de provas/testes), adequando-se em função da natureza das aprendizagens. Na educação pré-escolar, está devidamente enquadrada por instrumentos de registo comuns, relativos ao percurso e evolução das aprendizagens, que sustentam propósitos formativos, de regulação, e articulação com o 1.º ciclo, tendo como referência o perfil de saída (das crianças da educação pré-escolar, usado como uma referência para a avaliação das crianças e articulação com o 1.º ciclo) definido para o final daquele nível de educação. Utilizam-se as diferentes modalidades da avaliação, numa perspetiva formativa e com algum reflexo na regulação do processo educativo, reformulação ou reajustes na planificação e no desenvolvimento curricular.

A aplicação de critérios comuns de avaliação (e por vezes de correção de testes), a utilização de alguns instrumentos de registo e/ou de avaliação partilhados a nível interno e a importância crescente que as provas nacionais, incluindo os testes intermédios, começam a ter na organização pedagógica resultam, na prática, num esforço de aferição e conjugam-se no propósito de uma avaliação mais válida e fiável. Assim, a avaliação surge como o principal instrumento de monitorização interna do desenvolvimento curricular, a nível dos conselhos de turma, grupos de docentes e conselho pedagógico, determinando-se a partir dos resultados a implementação, por exemplo, de medidas de apoio. A eficácia das medidas de apoio educativo é avaliada, designadamente através dos resultados académicos. Apesar de se rendibilizarem os recursos educativos, é visível um maior esforço no debelar das dificuldades, depois de instaladas, do que na sua prevenção (caso dos apoios no 2.º ano de escolaridade).

Procede-se a um investimento regular na deteção e acompanhamento das situações de risco. A intervenção eficaz dos diretores de turma, articulada com as famílias e outros serviços e instituições, denota um dinamismo no sentido de promover a assiduidade, desde a educação pré-escolar, o que tem garantido valores de abandono escolar quase nulos.

O Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de BOM no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3

L

IDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

Os documentos estruturantes identificam pontos fortes e fracos e expressam as áreas de intervenção prioritárias, os objetivos e as metas a atingir bem como as estratégias que presidem à ação educativa, assumindo o papel de instrumentos orientadores de clarificação e desenvolvimento da missão do Agrupamento e da sua ligação à comunidade.

A diretora exerce uma ação aberta, empenhada e mobilizadora, congregando em torno da missão e dos objetivos do Agrupamento as lideranças das estruturas intermédias de gestão e coordenação na assunção de responsabilidades e tarefas que maximizam a qualidade do serviço educativo que é prestado.

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Os alunos, pais e encarregados de educação e os assistentes técnicos e operacionais mostram conhecer os documentos estruturantes do Agrupamento e assumir atitudes ativas de participação na elaboração dos mesmos, através dos órgãos em que estão representados. As associações de pais e encarregados de educação são envolvidas e participam na construção dos documentos estruturantes, particularmente no plano anual de atividades.

Um dos aspetos mais marcantes da visão, da estratégia e da liderança é a forte aposta na relação e no desenvolvimento de projetos com a comunidade. Encontram-se formalizadas diversas parcerias e protocolos com entidades locais e empresas, que se revelam importantes para o serviço educativo prestado e estão em sintonia com os principais eixos de ação do Agrupamento, proporcionando um efeito positivo na multiplicação de experiências e oportunidades de aprendizagem para os discentes. Neste âmbito, adquire particular relevância a ligação com as autarquias, a Universidade de Aveiro, a Polícia de Segurança Pública, o Centro de Saúde, a Fábrica da Ciência Viva e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, entre outras. O papel das parcerias revela-se determinante no envolvimento e apoio da comunidade, bem como na mobilização de sinergias e recursos, através da disponibilização de meios materiais e financeiros e na organização e desenvolvimento de projetos partilhados que cobrem os diversos setores de atividade do Agrupamento.

GESTÃO

A afetação dos recursos humanos atende a constrangimentos que decorrem de alguma dispersão geográfica dos edifícios escolares e tem em conta o perfil dos trabalhadores para as funções que lhes são atribuídas. Na distribuição do serviço entre o pessoal não docente conjuga-se a rotatividade em algumas áreas com a fixação de colaboradores em setores específicos. A organização dos serviços administrativos contempla o atendimento personalizado e merece a satisfação dos utentes. No caso dos assistentes técnicos e operacionais aposta-se muito na afetação frequente a diferentes funções com intuitos formativos, visando a flexibilidade e polivalência.

A gestão do pessoal docente é feita de forma adequada, evidenciada na atribuição criteriosa de cargos que requerem capacidade de liderança, de prevenção e gestão de conflitos. Este sentido estratégico sobressai, designadamente, ao nível da constituição das estruturas intermédias de gestão e coordenação e da implementação de algumas dinâmicas de trabalho colaborativo, já com alguma tradição em certos setores.

Existe uma boa gestão dos recursos materiais, havendo por parte dos responsáveis o cuidado em assegurar que os mesmos são disponibilizados e estão acessíveis a todas as unidades educativas do Agrupamento, respeitando o princípio da equidade.

A constituição de turmas e a elaboração de horários obedecem a critérios que decorrem das linhas orientadoras expressas nos documentos estruturantes do Agrupamento. O conselho geral e o conselho pedagógico apreciam e aprovam os critérios para a elaboração de horários, aferindo a sua aplicação. Encontram-se instituídos mecanismos de avaliação do pessoal docente e não docente, que têm permitido o reconhecimento das competências pessoais e profissionais dos envolvidos. São asseguradas várias ações de formação para os trabalhadores. Neste sentido, é de realçar a criação, a nível do Agrupamento, de um departamento de formação (representado no conselho pedagógico) que procede à elaboração do respetivo plano. Esta estratégia tem fomentado a realização de iniciativas de desenvolvimento profissional mais consentâneas com as necessidades da organização.

Os circuitos de comunicação interna e externa revelam-se globalmente eficazes para a divulgação dos documentos e das atividades. O acesso e comunicação dos pais e encarregados de educação com o Agrupamento são fáceis, tanto em termos de encontro presencial (há disponibilidade para receber os pais em horário compatível) como através do recurso a outros meios (caderneta, Portal, correio eletrónico).

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AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

O Agrupamento desenvolve práticas de autoavaliação, a diferentes níveis, nas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica. Assim, a partir da informação recolhida e dos pontos fracos identificados no relatório da avaliação externa (de dezembro de 2007), foram implementadas algumas ações de melhoria, com impacto no planeamento, na gestão e nas práticas profissionais (p. ex., no âmbito das atividades experimentais, trabalho colaborativo, reforço das lideranças intermédias, reestruturação do conselho pedagógico, formação, (in)disciplina e ambiente educativo).

Num esforço de maior abrangência e objetividade, a equipa de autoavaliação (em funcionamento desde 2009), constituída por docentes e não docentes, produziu um relatório, com base em algumas metodologias específicas da análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats) e do projeto EPIS (Empresários Pela Inclusão Social), em fevereiro de 2012, tendo sido coerentemente revisitados vários pontos fortes e fracos da organização. Todavia, o desempenho do Agrupamento, abrangendo a visão inerente à ação educativa (sobretudo ao nível das atividades letivas, respetiva supervisão, e desenvolvimento curricular) praticamente não foi contemplado. No geral, trata-se de um trabalho que apresenta fragilidades quanto ao rigor e sentido crítico, situações que lhe retiram alguma fiabilidade e consistência.

Os pontos fortes do Agrupamento predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Liderança e Gestão.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

Práticas de valorização dos sucessos dos alunos, com impacto na comunidade educativa e na qualidade das aprendizagens;

Evolução do trabalho cooperativo entre docentes, nomeadamente na preparação e partilha de materiais, com efeitos positivos na gestão curricular;

Trabalho no âmbito do serviço de psicologia e orientação, ao nível do desenvolvimento de programas específicos com grupos de alunos;

Liderança da diretora, no prosseguimento dos objetivos que assegurem a melhoria da qualidade do serviço educativo e a partilha de competências e responsabilidades por parte da direção;

Existência de parcerias e protocolos com entidades locais e empresas, estabelecidas em sintonia com os principais eixos de ação do Agrupamento, que proporcionam um efeito positivo na multiplicação de experiências e oportunidades de aprendizagem para as crianças e os alunos.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

Resultados nos exames nacionais do 9.º ano nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática;

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Consolidação da articulação curricular vertical;

Mecanismos de supervisão direta da prática letiva, de forma a garantir melhorias no desempenho docente;

Referências

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