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Josué 1:9 - Esforça-te, tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a quem couber por distribuição.
PARTIDO PATRIOTA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº 16.994.856/0001-60, sediado Rua Rodrigues de Aquino, n° 368, Edifício Nenza, 1° andar, Sala 204, Centro CEP 58.013-030 no município de João Pessoa, Estado da Paraíba com correio eletrônico pb@patriota51.org.br, neste ato representado pelo seu presidente Sr. Wallber Virgolino da Silva Ferreira, brasileiro, casado, deputado estadual na Paraíba, inscrito no RG sob o nº 2261934 SSP/PB e CPF 028967494-89, no exercício dos seus direitos1, expondo os fatos conforme a verdade e procedendo de forma legal e de boa-fé2, por intermédio de seus causídicos3 legalmente habilitados pela procuração com cláusula ad judicia4 que segue, vêm à presença de Vossa Excelência propor5 a seguinte:
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
com pedido liminar (Art. 5º Lei Federal nº 9882/99)
# Lei Federal nº 9.882/99 e Art. 102, §1º CF88 #Em face do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA, por conduto de seu presidente, Marcio Murilo Cunha Ramos, nos termos do Art. 12, VI do CPC, Art. 1º da Lei Complementar Estadual nº 96/10, Art. 22 da Resolução 40/96 e Art. 91 da Constituição Estadual Paraibana, sediado na Praça João Pessoa, s/n, Centro, CEP: 58013-902, em João Pessoa na Paraíba, com base nos argumentos fáticos e jurídicos6, especificamente contra o ANTEPROJETO DE LEI Nº _____/2020 que Institui o
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CPC Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
2 CPC Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que
de qualquer forma participem do processo: I – expor os fatos em juízo conforme a verdade; II – não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
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CPC Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
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CPC Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.
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CPC Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
6 CPC Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma
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Fundo Especial de Custeio das Despesas com diligências dos Oficiais de Justiça, altera dispositivos das Leis Estaduais nº 9 . 586, de 14 de dezembro de 2011, da Lei Estadual nº 5.672, de 17 de novembro de 1992, e dá outras providências, inserido no processo administrativo nº 2020.172.672 em trâmite no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, por conduto de seu presidente que requereu sessão de analise e julgamento para 22/01/2021 as 10h. Anteprojeto este que no seu Art. 11 assim aduz: Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogados o art. 38 da Lei Estadual n. 9.586, de 14 de dezembro de 2011, e os arts. 13 e 14 da Lei Estadual nº 5.672, de 17 de novembro de 1992.
Sendo certo que o citado Art. 38 da Lei Estadual n. 9.586, de 14 de dezembro de 2011, assim pontifica:
LEI Nº 9.586/2011 Da Indenização de Transporte Art. 38. O auxílio-transporte será destinado ao Oficial de Justiça que se encontrar no efetivo exercício das atribuições do seu cargo. Parágrafo único. O valor do auxílio de que trata este artigo corresponderá a vinte por cento do vencimento do padrão 1 da classe B do respectivo cargo.
Dos Fatos e Fundamentos Jurídicos
Do Objeto da ação
Sem perda de tempo, a presente ação tem por escopo, preservar a todos os Oficiais de Justiça do Estado da Paraíba, a
garantia da irredutibilidade de
vencimentos
, e a garantiada irredutibilidade do estipêndio funcional
eainda a garantia da
preservação do montante global da remuneração, não
permitindo decesso de caráter pecuniário,
logo o objetivo é evitar oagravamento da situação financeira e laborativa dos Oficiais de Justiça do Estado da Paraíba, com proteção ao preceito fundamental da irredutibilidade de vencimentos, previsto no Art. 37 XV da Constituição Federal.
É que, tramita no Tribunal de Justiça Paraibano, um Ante projeto de lei, inserido no Processo Administrativo nº 2020.172.672, elaborado com a finalidade de extinguir, da categoria Autora, uma INDENIZAÇÃO/AUXÍLIO TRANSPORTE, paga exclusivamente, para que o Meirinho, em veículo próprio, possa realizar diligências inerentes ao ofício, inclusive, custeando combustível, IPVA, manutenções preventivas e corretivas, e as demais despesas decorrentes do uso do veículo.
A referida indenização/auxílio foi implantada em 2011 no Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) dos Servidores do Tribunal de Justiça da Paraíba, por conduto da Lei Estadual nº 9586/11 (PCCR) no seu Art. 38.
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LEI Nº 9.586/2011 Da Indenização de Transporte Art. 38. O
auxílio-transporte será destinado ao Oficial de Justiça que se encontrar
no efetivo exercício das atribuições do seu cargo. Parágrafo único. O
valor do auxílio de que trata este artigo corresponderá a vinte por
cento do vencimento do padrão 1 da classe B do respectivo cargo.
Em sendo assim, a presente ADPF mira no:
ANTEPROJETO DE LEI Nº _____/2020 que Institui o Fundo Especial de
Custeio das Despesas com diligências dos Oficiais de Justiça, altera
dispositivos das Leis Estaduais nº 9 . 586, de 14 de dezembro de 2011,
da Lei Estadual nº 5.672, de 17 de novembro de 1992, e dá outras
providências, inserido no processo administrativo nº
2020.172.672 em
trâmite no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, por conduto de seu
presidente que requereu sessão de analise e julgamento para
22/01/2021 as 10h, anteprojeto este que no seu Art. 11 assim aduz:
Art.
11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogados o
art. 38 da Lei Estadual n. 9.586, de 14 de dezembro de 2011, e os arts. 13 e
14 da Lei Estadual nº 5.672, de 17 de novembro de 1992.
Registre-se, por oportuno que, a exclusão da referida Indenização/Auxílio,
acarreta uma perda pecuniária imediata, assim como mediata, pois as despesas
com o transporte próprio, utilizado pelo Oficial de Justiça, se mantém, para
desempenho do seu ofício, ou seja, além de perder parte de seus vencimentos, o
Oficial de Justiça se mantém na obrigação de manter seu meio de transporte,
para custear seu labor, destarte, ele deixaria de receber e se manteria
custeando, o que induz e conduz ao caos pecuniário a toda categoria de oficial de
justiça do Estado da Paraíba, o que será esmiuçado alhures.
Da Legitimidade Ativa
O Autor tem legitimidade ativa para a propositura da ação (Art. 103, VIII e
IX da CF/88
7c/c Art. 2º, I da Lei 9.882/99
8), e não precisa comprovar a
pertinência temática diante de sua importância para o regime democrático, na
forma do Art. 17, da CF/88.
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CRFB/88 Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
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Lei 9.822/99 Art. Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição
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No mais, possui, o Autor, representação no Congresso Nacional e foi criado
nos moldes da Lei 9.096/95, estando, portanto, devidamente habilitado para
ingressar com a presente ADPF.
Do Cabimento da ADPF
Inexistência de outro meio eficaz de sanar a lesividade
A presente ação é cabível, vez que, conforme preconiza o parágrafo único do Art. 1º da Lei 9.882/999 e Art. 102, § 1º da CF/8810, caberá arguição em face de violação de Preceito Fundamental.
Restando, também, configurado o requisito de cumprimento da subsidiariedade, broquelado no Art. 4º, §1º da Lei nº 9.822/9911, uma vez que não há outro meio adequado de tutela da ordem constitucional para questionar a violação de garantias fundamentais, pelo Supremo Tribunal Federal, sendo cabível a Hipótese de ajuizamento da ADPF, evitando assim, que a violação, em curso, seja revestida de outras formalidades para que seja sanada, via ADPF, ou seja, a manutenção do curso do processo administrativo é suficiente para que haja violação severa do direito de mais de 850 (oitocentos e cinquenta) servidores públicos estaduais na Paraíba.
Da Identificação e análise dos Preceitos Fundamentais Violados
É imperioso mencionar que a Súmula 27 12do Supremo Tribunal Federal, pontifica não haver, aos servidores públicos, direito a irredutibilidade dos vencimentos,
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http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=1458
>
todavia, no mesmo entendimento sumular, outros desdobramentos se fazem EXTREMAMENTE importantes de salientar, vez que, também por isso, se faz necessária a suspensão da tramitação do Processo Administrativo acima mencionado (Processo Administrativo nº 2020.172.672), o qual está pautado para apreciação pelo Pleno do TJPB na sexta feira dia 22/01/2021 as 10h, de logo, sendo esse o motivo do requerimento final de concessão da liminar para imediata suspensão de tramitação do processo administrativo, pois ele é quem conduz a certeira perda da garantia da irredutibilidade de vencimentos, a perda da garantia da irredutibilidade do estipêndio funcional e ainda a perda da garantia da preservação do montante global da remuneração, não permitindo decesso de caráter pecuniário.
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Lei 9.822/99 Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:
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CRFB/88 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: § 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
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Lei 9.882/99 Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta. § 1º Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
12
Súmula 27 – STF “Os servidores públicos não têm vencimentos irredutíveis, prerrogativa dos membros do Poder Judiciário e dos que lhes são equiparados.”
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Em sendo assim, todos os Oficiais de Justiça do Estado da Paraíba que percebem a referida verba por determinação legal terão um corte abrupto e sem precedentes, de, em média, 20% dos seus vencimentos, ladeando a diferenciação legal, doutrinária e fática, do que seriam vencimentos, remuneração, subsídio, vez que, in casu, a referida verba indenizatória/auxílio, se não for paga, implica na redução dos vencimentos dos oficiais de justiça, pois este precisa custear seu meio de transporte para exercer seu mister, logo, sem esse pagamento, não pode optar, o Oficial, em não ter esse custo, portanto, integra sim, na verdade, os vencimentos (Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Decreto Lei 4657/42).
No mais, o art. 37, XIV, da Constituição Federal, na redação dada pela
Emenda Constitucional 19/1998, como sabido, é autoaplicável e dele deflui que:
II - Não há direito adquirido a regime jurídico, notadamente à forma de
composição da remuneração de servidores públicos, observada a garantia da
irredutibilidade de vencimentos. [Tese definida no
RE 563.708
, rel. min.
Cármen Lúcia, P, j. 6-2-2013, DJE 81 de 2-5-2013,
Tema 24
.].
Ao que se extrai do entendimento do STF, se de um lado, inexiste o direito
adquirido ao regime jurídico, por outro lado, a Corte de Justiça proíbe a
irredutibilidade dos vencimentos, todavia, o referido ante projeto de lei,
quando REVOGA o Art. 38 da Lei Estadual nº 9586/11 (PCCR), com dupla designação
legislativa (indenização/auxílio) contraria a Constituição Federal e o preceito fundamental de irredutibilidade de vencimentos.Em sendo assim, permissa vênia, estamos na iminência de uma REDUÇÃO DE VENCIMENTOS, o que já revelado inconstitucional pela Corte Suprema. O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico-funcional pertinente à composição dos vencimentos ou à permanência do regime legal de reajuste de vantagem, desde que eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração, não acarretando decesso de caráter pecuniário. Precedentes
. [
RE 593.304 AgR
,
rel. min. Eros Grau, 2ª T, j. 29-9-2009, DJE 200 de 23-10-2009.], todavia, in casu, não há preservação da remuneração e sim um decesso.Como registrado alhures, a perda pecuniária, igual ou maior a 20% do montante recebido pelo Oficial de Justiça, somado a permanente necessidade do mesmo servidor em custear seu transporte para cumprir seu ofício, acarretaria em perda de vencimento efetivo e maior que 20%, com total e completo decesso de caráter pecuniário.
Ainda no que tange a irredutibilidade de vencimentos cita-se que a violação por lei cuja aplicação implicaria reduzir vencimentos já reajustados conforme a legislação
6
anterior incidente na data a partir da qual se prescreveu a aplicabilidade retroativa da lei nova. [
RE 298.694
, rel. min. Sepúlveda Pertence, P, j. 6-8-2003, DJ de 23-4-2004.].Conforme orientação desta Suprema Corte o presente anteprojeto de lei acaba por determinar, se aprovado na sessão a ser realizada no dia 22/01/2021 às 10h, uma redução de vencimentos, vez que a necessidade da indenização de transporte, foi verificada e averiguada, exatamente pelo TJPB, e, de lá pra cá, nada mudou, no que tange a necessidade de pagamento, vez que, de fato, houve e há um aumento de labor pelos Oficiais de Justiça, seja pela não realização de concurso público, seja pela aposentadoria dos Servidores, ou pelo aumento das demandas judiciais comum nos dias hodiernos.
Como sabido, a garantia constitucional da irredutibilidade do estipêndio funcional traduz conquista jurídico-social outorgada, pela Constituição Federal, a todos os servidores públicos (CF, art. 37, XV), em ordem a dispensar-lhes especial proteção de caráter financeiro contra eventuais ações arbitrárias do Estado. Essa qualificada tutela de ordem jurídica impede que o poder público adote medidas que importem, especialmente quando implementadas no plano infraconstitucional, em diminuição do valor nominal concernente ao estipêndio devido aos agentes públicos. [ADI 2.075 MC, rel. min. Celso de Mello, P, j. 7-2-2001, DJ de 27-6-2003.].
Rogando não ser redundante, todavia, como dito alhures, serão retirados dos vencimentos dos oficiais de justiça, algo em torno de 20% de seu valor, todavia, a despesa persiste, ou seja, o Oficial de justiça continuará custeando combustível e transporte para suas diligências o que importa, sem margem para dúvida, na redução no estipêndio funcional.
É assente, na jurisprudência pátria, a impossibilidade de redução do estipêndio funcional, vejamos:
REEXAME NECESSÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. GARANTIA CONSTITUCIONAL. IRREDUTIBILIDADE DO ESTIPÊNDIO FUNCIONAL DURANTE LICENÇA-MATERNIDADE. DIREITO LÍQUIDO E CERTO VIOLADOS. SEGURANÇA CONCEDIDA. SENTENÇA MANTIDA. I - E assente na jurisprudência que o período de licença-maternidade é considerado como de efetivo exercício, à luz da proteção prevista no inciso XVIII do art. 7º e inciso XV do art. 37, ambos da Constituição Federal c/c inciso XI do art. 35 da Lei Estadual 10.460/88, alterado pelo art. 3º da Lei Estadual nº 16.677/2009; II - No caso em tela, a cuidar ser a impetrante de Professora, cujas funções percebia, ato tempo da entrada em licença-maternidade, o respectivo a 40 horas-aula, não pode, em razão do licenciamento, ter por reduzidas sua carga horária para fins de provocar, obtusamente, a redução salarial, situação jurídica veementemente vedada no ordenamento jurídico; III - Constatada a violação a direito líquido e certo da impetrante à manutenção de seu poder aquisitivo remuneratório, durante o usufruto de sua licença-maternidade, é de ser
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mantida a sentença que concede a ordem de segurança. REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJ-GO - Reexame Necessário: 01721608120178090172, Relator: LEOBINO VALENTE CHAVES, Data de Julgamento: 08/04/2019, 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 08/04/2019)
Da mesma forma, o Supremo Tribunal Federal (STF), nos autos da ADIN 2238 DF, concluiu pela irredutibilidade do estipêndio funcional, mesmo em detrimento da Lei de Responsabilidade fiscal.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.238 DISTRITO FEDERAL
4. ARTIGOS 9, § 3º, 23, § 2º, 56, CAPUT, 57, CAPUT. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE COM DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS DISPOSITIVOS. (...) 4.2. Em relação ao parágrafo 2º do artigo 23 da LRF, é entendimento iterativo do STF considerar a irredutibilidade do estipêndio funcional como garantia constitucional voltada a qualificar prerrogativa de caráter jurídico-social instituída em favor dos agentes públicos.
(...)
6. ARTIGO 23, § 1º, PROCEDENTE PARA DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL, SEM REDUÇÃO DE TEXTO. 6.1. Irredutibilidade do estipêndio funcional como garantia constitucional voltada a qualificar prerrogativa de caráter jurídico-social instituída em favor dos agentes públicos. Procedência ao pedido tão somente para declarar parcialmente a inconstitucionalidade sem redução de texto do art. 23, §1º, da LRF, de modo a obstar interpretação segundo a qual é possível reduzir valores de função ou cargo que estiver provido.
Data máxima vênia, as razões acima, sem tergiversar, são suficientes para demonstrar o intuito do Tribunal de Justiça da Paraíba de promover a perda das garantias à categoria já exposta e atacando um preceito fundamental, vinculado a garantia de remuneração dos oficiais de justiça do Estado da Paraíba, concessa venia.
Da Medida Cautelar
Além da patente afronta às garantias fundamentais já declinadas, a
segurança jurídica está sendo severamente afrontada, uma vez que o
prosseguimento e potencial aprovação do Ante Projeto de Lei gerará efeitos
graves nas esferas patrimoniais dos oficiais de justiça, tornando impossível o
exercício do ofício.
Assim, a Lei Federal nº 9.882/99 prevê a possibilidade de concessão de
medida cautelar na arguição de descumprimento, mediante decisão da maioria
absoluta dos membros do Tribunal.
Em caso de extrema urgência ou de perigo de lesão grave, ou ainda
durante o período de recesso, a liminar poderá ser concedida pelo relator ad
8
Pelo exposto requer que seja sustada a tramitação do Ante Projeto
de Lei inserido no Processo Administrativo nº 2020.172.672, o qual visa
extinguir o pagamento da indenização de transporte, que tem previsão no
plano de cargos, carreiras e remunerações do Tribunal de Justiça da
Paraíba, em vigor desde 2011 (Lei Estadual nº 9.586/2011), concessa
vênia, o qual está pautado para apreciação pelo Pleno do TJPB na
sexta feira dia 22/01/2021 às 10h.
Dos Pedidos
Ex positis, ex vi legis, requer:
1) A concessão da medida cautelar/liminar, a fim de que seja
suspensa a tramitação do Ante projeto de Lei inserido no
Processo Administrativo nº 2020.172.672 e todos os seus efeitos
imediatamente, em face da sessão administrativa agendada para
22/01/2021 às 10h;
2) Que sejam julgados procedentes os pedidos, para que seja
reconhecida a inviolabilidade do direito à irredutibilidade ou
extinção das verbas de Indenização/Auxílio transporte, seja
9
garantida a irredutibilidade de vencimentos, garantida à
irredutibilidade do estipêndio funcional e ainda garantida à
preservação do montante global da remuneração, não
permitindo decesso de caráter pecuniário aos Oficiais de
Justiça do Estado da Paraíba;
3) A oitiva do Procurador Geral da República com fulcro no art. 7º,
lei. 9.882/99
13;
4) Que seja citado o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado da
Paraíba, Desembargador Marcio Murilo da Cunha Ramos;
5) Que sejam juntados os documentos anexos;
6) Que todas as publicações ocorram EXCLUSIVAMENTE em nome
do advogado JOÃO ALBERTO DA CUNHA FILHO, OAB/PB
10705, evitando nulidades processuais futuras, conforme
entendimento sedimentado dos Tribunais
14.
Valor da Causa
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Termos em que j. esta aos autos,
Pede deferimento.
13
Lei 9.882/99 Art. 7º Art. 7o Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento.
Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.
14 PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL - INTIMAÇÃO - SUBSTABELECIMENTO - AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE PUBLICAÇÃO EM NOME DE DETERMINADO PROCURADOR - PRECEDENTES - 1. Agravo regimental contra decisão que desproveu agravo de instrumento. 2. Acórdão a quo segundo o qual "constando da publicação da sentença o nome de um dos patronos constituído nos autos, via de substabelecimento, nenhuma eiva de nulidade há de comprometer a comunicação judicial, quando mais inexistente no processo pedido expresso no sentido de constar na publicação o nome de determinado advogado da parte para que o ato judicial deva ser dirigido, no sentido de aperfeiçoar a intimação". (...) 4. A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que: - "Havendo pluralidade de advogados da mesma parte e inexistindo pedido para que as publicações sejam efetuadas em nome de advogado específico, não é irregular a intimação onde figure apenas o nome de um deles" (EDCL no RESP nº 526570/AM, DJ 10/04/2006); - "A eg. Corte especial firmou o entendimento no sentido de que a intimação realizada em nome de um dos advogados constituídos nos autos pela parte, e desde que não haja pedido expresso de intimação exclusiva em nome de qualquer outro, é suficiente para a eficácia do ato" (AGRG no AG nº 578962/RJ, DJ 24/03/2006); - "É assente na jurisprudência do e. STJ que havendo substabelecimento com reservas, impõe-se a intimação preferencial do advogado que atuou diretamente no processo. Deveras, torna-se incabível a aplicação do referido entendimento, ante à constatação de que substabelecente e substabelecido possuem o mesmo endereço profissional e mercê da ausência de requerimento expresso, no substabelecimento, para que as intimações dirigissem-se especificamente a um dos patronos" (RESP nº 501264/PR, DJ 19/12/2003). 5. Agravo regimental não-provido. (STJ - AGA 200602791177 - (847725 DF) - 1ª T. - Rel. Min. José Delgado - DJU 14.05.2007 - p. 00263)
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João Pessoa, 21 de janeiro de 2021
Dr. João Alberto da Cunha Filho OAB 10705 PB OAB 10506 A TO
Dr. Mailson de Lima Maciel OAB 10732 PB
Dra. Andressa Kalynne Carlos Freire Vilhena OAB 10812 PB
OAB 708-A RN OAB 1020-A PE
Dra. Brunna Rachel Germoglio Gomes Silva OAB 18835 PB
Dra. Nathália Santos de Almeida OAB 28.425 PB
Dra. Daisy Fernanda Araújo Silva OAB 23580 PB
Marcella Pimenta da Cunha Estagiária OAB 11684-E PB
