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Academic year: 2021

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TÍTULO: JUSTIÇA TRIBUTÁRIA SOB A ÓTICA DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA E CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: DIREITO SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGÜERA DE BAURU INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): MAYARA MIHOKO KODIMA CURY AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): EDUARDO TELLES DE LIMA RALA ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): LUCAS EDWIN KODIMA CURY COLABORADOR(ES):

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JUSTIÇA TRIBUTÁRIA SOB A ÓTICA DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA E CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

RESUMO

As diferenças sociais e de classe parecem só aumentar, isso não é novidade. Assim como a insatisfação do brasileiro com as cobranças tributárias. No entanto, é devido os tributos com o propósito de custear as necessidades do Estado, e como contraprestação o Estado deve prover as necessidades coletivas. Para tanto, através de princípios como a isonomia tributária e a capacidade contributiva pode ser possível alcançar uma tributação, no mínimo, mais justa.

INTRODUÇÃO

Para a manutenção de suas atividades e objetivos, o Estado conta com a arrecadação de tributos. Como contraprestação ao cidadão-contribuinte, é seu dever prover as necessidades coletivas. Nesta seara, vale ressaltar que os objetivos da União estão dispostos no art. 3º da Carta Magna, dentre os quais, poeticamente, encontramos: construir uma sociedade livre, justa e solidária, e reduzir as desigualdades sociais.

Destarte, as normas tributárias brasileiras deveriam servir como o meio de promoção do equilíbrio socioeconômico. No entanto, não se faz necessário nenhum número ou estatística para que se verifique a crescente desigualdade social, perceptível em nível local, até mesmo se desconsiderar o vasto território brasileiro. Além disso, é fato o descontentamento do cidadão-contribuinte com as cargas tributárias que aparentam um crescimento constante, sem algum vislumbre do retorno à sociedade, o que mais parece uma apropriação injusta pelos políticos corruptos.

Ora, há tempos em que o cidadão vê as ações governamentais crescendo, e com isso, a carga tributária há muito ultrapassou o seu limite de capacidade contributiva. É de se pensar se a finalidade do atual sistema tributário serve para realmente diminuir as desigualdades ou se o propósito tem sido o contrário. Justo é que o Estado não pode retirar das necessidades reais do povo para dar às suas necessidades imaginárias, como já nos iluminou Montesquieu.

Nesses termos o que seria considerado justo? O que deveria nortear o Estado ao cobrar seus tributos?

OBJETIVOS

Busca-se analisar dois princípios tributários: a isonomia tributária e a capacidade contributiva; assim, pensar no ideal de justa tributação para

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alcançar os objetivos fundamentais da Nação, elencados no artigo 3º da Lei Maior, sob pena do sistema tributário não ser efetivo em sua função.

METODOLOGIA

Utiliza-se o método científico pesquisa bibliográfica, trazendo conceitos doutrinários à luz da Constituição Federal.

ISONOMIA TRIBUTÁRIA

É direito fundamental do cidadão, assegurado no art. 5º da Constituição Federal, o tratamento igual em relação aos seus semelhantes. O princípio da isonomia consiste no tratamento igualitário aos que de forma geral são iguais, e desigualmente, na medida da sua desigualdade.

A doutrina elenca duas dimensões de igualdade: a igualdade perante a lei e a igualdade na lei, ou através da lei.

A primeira diz respeito aos aplicadores do Direito submeter a todos que acometerem o tipo legal à sua aplicação, sob pena de incorrer contra a legalidade; a segunda remete-se a paridade entre pessoas que se encontram em situações parecidas, enquanto que nas situações dessemelhantes, na medida da dessemelhança, tratar-se-ão com disparidade.

Tal dogmática incide, ou pelo menos deveria incidir, também no ramo da tributação.

A isonomia tributária consiste na proibição do Estado em designar tratamentos desiguais entre contribuintes que se encontrem em posição de equivalência, como uma forma de defesa do cidadão contra a arbitrariedade do Estado.

Contudo, é inegável a dificuldade da aplicação deste princípio, pois envolve além de interesses distintos, elementos volitivos: a vontade do Estado tributante, a vontade do particular tributado e a vontade dos setores econômicos beneficiados por dada política desonerativa (SABBAG, 2016).

Na prática, para aplicar a isonomia tributária, o legislador infraconstitucional:

“deverá levar em consideração as condições

concretas de todos aqueles envolvidos

(cidadãos e grupos econômicos), evitando que incida a mesma carga tributária sobre aqueles economicamente diferenciados, sob pena de sacrificar as camadas pobres e médias, que passam a contribuir para além do que podem, enquanto os ocupantes das classes abastadas

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são chamados a suportar carga tributária aquém do que devem.” (SABBAG, 2016, p.260) O PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

Vinculado à isonomia tributária está o princípio da capacidade contributiva. Todavia, enquanto a isonomia tributária busca impedir ações arbitrarias do Estado em face de situações jurídicas, a capacidade contributiva invoca um efetivo ideal de justiça para o Direito Tributário (SABBAG, 2016).

Este princípio está positivado no art. 145, §1º, da Constituição Federal: Art. 145, § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração

tributária, especialmente para conferir

efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Tem por objeto, portanto, a tributação proporcional à renda de cada cidadão, ou seja, daqueles que têm menor capacidade econômica (menor renda e menor patrimônio) é exercido uma carga tributária menor em relação daqueles com maior capacidade econômica. A lógica é: “os que têm mais dinheiro têm mais capacidade de contribuir” (CEZNE e FURLAN, 2008).

Tal fórmula busca reduzir a diferença das classes sociais, garantindo que o custo real, e não o custo monetário, seja o mesmo para cada contribuinte, conforme as riquezas de cada um.

Outrossim, protesta pelo preceito material de justiça: a cada um conforme suas necessidades. Assim, a capacidade contributiva se coloca como nexo causal norteando o legislador quando do nascimento da obrigação tributária.

RESULTADO

Trava-se um conflito na conjugação da manutenção das necessidades estatais através das exuberantes cargas tributárias em face da justa tributação. Nesse impasse, é de suma importância a adoção de uma postura baseada em princípios ao tributar, a fim de permitir afetar de forma isonômica as capacidades contributivas iguais, para que assim nos aproximemo-nos do ideal de justiça e solidariedade, diminuindo a disparidade social e econômica da sociedade brasileira.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, ante o exposto, conclui-se o óbvio: o sistema tributário brasileiro não tem cumprido com eficiência sua função, qual seja, a redução das desigualdades sociais.

FONTES CONSULTADAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292p.

SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 8. Ed. São Paulo: Saraiva, 2016 (PDF).

SANTOS, Élvio Gusmão. Desigualdade Social e Justiça Tributária.

CEZNE, Andrea Nárriman. FURLAN, Marina. A Concretização da Justa Tributação pela Capacidade Contributiva. Direito e Democracia, Canoas, v.9, n.2, p.255-268, jul./dez. 2008.

MUNIZ, Veyzon Campos. Direito Fundamental a uma Tributação Sustentável. 103fls. Dissertação (Mestrado). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Faculdade de Direito / Programa de Pós Graduação em Direito, Porto Alegre, 2015.

MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Disponível em:<

http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_montesquieu_o_espirito_da s_leis.pdf>. Acesso em: 31/08/2017.

HAIDAR, Raul. Crimes contra a ordem tributária: abusos e fantasias do Fisco.

Disponível em: <

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