TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE NO PÓS OPERATÓRIO DA CIRURGIA CARDÍACA PARA O CONTROLE E PREVENÇÃO DA DOR
TÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:
SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO INSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): ANDRÉA APARECIDA VILAS BOAS SILVA NEVES, ADRIANO DE JESUS BIGÃO, ANGELICA SILVA GALVÃO DE SIQUEIRA, DERIVALDO ALVES DE SOUZA, ERIKA CORDEIRO SANTOS SOUSA, MARIA APARECIDA GOMES SOUSA
AUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): MARIA LUIZA PASSANEZI ARAUJO GOMEZ ORIENTADOR(ES):
1. RESUMO
A intensidade da dor no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca se apresenta intensa, com o potencial de interferir nos sinais vitais e conforto do paciente, exigindo, assim, uma assistência que contribua para o seu alívio (SANTOS; LAUS; CAMELO, 2015). Tem como objetivo descrever as intervenções de Enfermagem propostas para o controle e alívio da dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada por meio de buscas informatizadas de artigos nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), utilizando os descritores: cirurgia cardíaca, dor, cuidados pós-operatórios, assistência de enfermagem. Para o desenvolvimento dessa pesquisa, utilizamos as buscas nas bases de dados resultaram na identificação de 52 estudos, que após a análise do título e do resumo foram excluídos 22 e selecionados 30 para a composição da amostra, cujos resultados que permitiram a elaboração de duas categorias temáticas, que abordam as intervenções realizadas pelos profissionais de Enfermagem para a avaliação e controle da dor.
2. INTRODUÇÃO
A intensidade da dor no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca se apresenta intensa, com o potencial de interferir nos sinais vitais e conforto do paciente, exigindo, assim, uma assistência que contribua para o seu alívio (SANTOS; LAUS; CAMELO, 2015). Todavia, Keller et al. (2013) advertem que a dor continua sendo abordada de modo inadequado e, na maioria das vezes, considerada como uma experiência normal. Por essa razão, a realização de estudos que elucidem pontos obscuros na abordagem da dor do paciente cirúrgico durante o período pós-operatório de cirurgia cardíaca torna-se de grande relevância para os profissionais de Enfermagem, o que justifica a realização da presente investigação por trazer como proposta a elucidação as intervenções que vêm sendo propostas.
3. OBJETIVO
Descrever as intervenções de Enfermagem propostas para o controle e alívio da dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada por meio de buscas informatizadas de artigos nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), utilizando os descritores: cirurgia cardíaca, dor, cuidados pós-operatórios, assistência de enfermagem. Como critérios de inclusão adotou-se recorte temporal de 2007 a 2017 e artigos na íntegra. Foram excluídos textos redigidos em inglês e espanhol; repetidos em mais de uma base de dados; e demais tipos de publicação (editoriais, comentários, reflexão, resumo de Anais e Congressos).
5. DESENVOLVIMENTO
As buscas nas bases de dados resultaram na identificação de 52 estudos, que após a análise do título e do resumo foram excluídos 22 e selecionados 30 para a composição da amostra, cujos resultados que permitiram a elaboração de duas categorias temáticas, que abordam as intervenções realizadas pelos profissionais de Enfermagem para a avaliação e controle da dor.
6. RESULTADOS PRELIMINARES
6.1. Avaliação da Intensidade da Dor e Investigação de Alterações Fisiológicas e Comportamentais
Miranda et al. (2011) enfatizam que as repercussões da dor no pós-operatório devem ser investigadas a partir das queixas do paciente, sendo necessária a avaliação física para a identificação de alterações biológicas e a monitoração dos sinais vitais, em virtude de possíveis modificações nos valores da pressão arterial, nas frequências respiratória e cardíaca e na temperatura corporal.
São adotados como parâmetros fisiológicos na avaliação da dor os seguintes: frequência cardíaca, perfusão tissular periférica, frequência respiratória, temperatura corporal, presença de sudorese palmar e níveis da pressão arterial, e da saturação de oxigênio. Quanto aos comportamentais, são indicadores não verbais, como, por exemplo, choro, expressão facial, posição de defesa, agitação psicomotora, alterações no padrão respiratório e do sono, entre outros (CACCIARI; TACLA, 2012). Adicionalmente recomenda-se a utilização de escalas unidimensionais, para detecção da queixa álgica em pacientes como as escalas numéricas, que objetivam a mensuração da intensidade da dor em valores numéricos. Tem-se ainda a escala
de descritores verbais, escala analógica visual, escala de copos e escala de faces de adultos (LIMA et al., 2008).
6.2. Estabelecimento do Diagnóstico de Enfermagem “Dor Aguda”
A identificação do diagnóstico de enfermagem “dor aguda” na abordagem de pacientes que realizaram cirurgia cardíaca, principalmente no período pós-operatório, permite direcionar a assistência de Enfermagem, proporcionando, assim, subsídios para a elaboração do plano de cuidados individualizado com base nas reais necessidades no período crítico de recuperação, colaborando para a implementação de intervenções rápidas e eficientes para a resolução dos problemas identificados (OLIVEIRA et al., 2012; RIBEIRO et al., 2015).
6.3. Medidas Farmacológicas e Não Farmacológicas para o Alívio da Dor
Os profissionais de Enfermagem têm a disposição terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas para o controle da dor. Os anti-inflamatórios não esteroidais, os opioides e os ansiolíticos são reconhecidos como agentes analgésicos de grande importância na abordagem da dor pós-operatória (LIMA et al., 2008).
Já as terapias não farmacológicas se referem às intervenções de natureza educacional, física, emocional e comportamental, todas com o potencial de ativar os centros supra-segmentares responsáveis pela dimensão sensitivo-discriminativa da experiência dolorosa, estimulando, portanto, o sistema supressor de dor. As terapias físicas contemplam a aplicação de calor e frio, massagem, estimulação elétrica e acupuntura e as cognitivo-comportamentais, o relaxamento, distração, imaginação dirigida, hipnose e biofeedback, por proporcionarem relaxamento muscular e distração da atenção, o que pode influenciar de forma positiva no controle do estímulo doloroso no pós-operatório (BARBOSA; et al., 2014).
7. FONTES CONSULTADAS
BARBOSA, M.H. et al. Dor, alterações fisiológicas e analgesia nos pacientes submetidos a cirurgias de médio porte. Rev. Eletrônica Enfermagem, v. 16, n. 1, p. 142-150, 2014.
CACCIARI, P.; TACLA, M.T.G.M. Avaliação da dor em um setor pediátrico pela equipe de enfermagem. Pediatria Moderna, v. 48, n. 9, p. 368-374, 2012.
KELLER, C. et al. Escala da dor: implantação para pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca. Rev. Escola Enfermagem USP, v. 47, n. 3, p. 621-625, 2013.
LIMA, L.R. et al. Controle da dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca: uma breve revisão. Rev. Eletrônica Enfermagem, v. 10, n. 2, p. 521-529, 2008.
MIRANDA, R.C.V. et al. Fisioterapia respiratória e sua aplicabilidade no período operatório de cirurgia cardíaca. Rev. Bras. Cirurgia Cardiovascular, v. 26, n. 4, p. 647-652, 2011.
OLIVEIRA, S.K.P. et al. Diagnósticos de enfermagem presentes em pacientes adultos no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Rev. Enfermagem UFPI, v. 1, n. 2, p. 95-100, 2012.
RIBEIRO, C.P. et al. Diagnósticos de enfermagem em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Rev. Rene, v. 16, n. 2, p. 159-167, 2015.
SANTOS, A.P.A.; LAUS, A.M.; CAMELO, S.H. O trabalho da enfermagem no pós-operatório de cirurgia cardíaca. ABCS Health Science, v. 40, n. 1, p. 45-52, 2015.