TÍTULO: ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICOS DO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR E DO TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II - REVISÃO COMPARADA
TÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:
SUBÁREA: Psicologia SUBÁREA:
INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUIÇÃO(ÕES):
AUTOR(ES): VICTORIA FURLANI GRAGNOLATI AUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): FLÁVIO THEODORO DA SILVA ORIENTADOR(ES):
VICTORIA FURLANI GRAGNOLATI – N897HB7
ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICOS DO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR E DO TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II - REVISÃO COMPARADA
RESUMO
A Neuropsicologia é o estudo de como determinadas estruturas e processos do cérebro conseguem mediar o comportamento humano, abrangendo fatores como: apetites, emoções, bem como aspectos cognitivos da vida mental. Visto isso, pode-se dizer que a Neuropsicologia faz a ligação entre as funções cerebrais cognitivas e os comportamentos expressados.
Partindo de uma visão neuropsicológica, o Transtorno Depressivo Maior e o Transtorno Bipolar tipo II serão os objetos de estudo deste trabalho. Neste projeto de pesquisa, serão apontados os principais aspectos neuropsicológicos, ou seja, aspectos cognitivos (assim como suas áreas cerebrais correspondentes), cujo funcionamento se torna defasado em indivíduos que possuam alguma das duas patologias citadas acima.
Nesse processo, os dados observados serão comparados entre si, a fim de se chegar a uma conclusão sobre as semelhanças e diferenças neurocognitivas existentes entre o Transtorno Depressivo maior e o Transtorno Bipolar tipo II.
INTRODUÇÃO
Luria (1981 apud THIERS et al) pôde definir a Neuropsicologia como: a ciência da organização cerebral dos processos mentais humanos, a qual tem como objetivo específico investigar o papel dos sistemas cerebrais individuais nas formas complexas de atividades mentais.
Dentro da Neuropsicologia, a maneira mais compreensiva de caracterizar o status cognitivo e emocional do paciente é feita através da avaliação neuropsicológica (1995 Lezak apud THIERS et al). Segundo Muriel D. Lezak Jf, (1995 Lezak apud MÄDER 1996) os objetivos da avaliação neuropsicológica são basicamente: auxiliar o diagnóstico diferencial, estabelecer a presença ou não de disfunção cognitiva e o nível de funcionamento em relação ao nível ocupacional, localizar alterações sutis, isso a fim de identificar as disfunções ainda em estágios primários. Ela contribui para o planejamento do tratamento e no acompanhamento da evolução do quadro em relação aos tratamentos medicamentoso, cirúrgico e reabilitação.
Dentre esses fatores, vê-se a importância da ação do neuropsicólogo, junto com outros profissionais, na participação do processo de investigação de um paciente o qual possui uma doença ou falha cognitiva a ser estudada. Antes de salientarmos os aspectos cognitivos e neurológicos da Depressão e do Transtorno Bipolar Tipo II, é importante averiguarmos a definição básica dos mesmos.
De acordo com o DSM-V (2014), o Transtorno Depressivo Maior é caracterizado por episódios distintos de pelo menos duas semanas de duração, envolvendo: alterações nítidas no afeto, em funções neurovegetativas e cognitivas, e também remissões inter episódicas.
Já o Transtorno Bipolar Tipo II, é caracterizado por um curso clínico de episódios de humor recorrentes, tendo um ou mais episódios depressivos maiores e pelo menos um episódio hipomaníaco. O episódio depressivo maior deve ter duração de pelo menos duas semanas, e o episódio hipomaníaco, de, no mínimo, quatro dias, para que sejam satisfeitos os critérios de diagnóstico.
OBJETIVOS
Objetivo Geral: Explicitar quais são as características neurocognitivas presentes no Transtorno Depressivo Maior e no Transtorno Bipolar Tipo II.
Objetivos Específicos: Realizar uma pesquisa bibliográfica, aliada à comparação dos aspectos neuropsicológicos dos transtornos Depressivo Maior e Bipolar Tipo II, a fim de poder agregar informações sobre as características cognitivas da doença e facilitar seus respectivos diagnósticos.
MÉTODO
Revisão da bibliografia científica acerca do tema tratado, através da utilização de livros e artigos científicos de revisão e de experimentos (publicados entre os anos de 1987 e 2018), a fim de compará-los posteriormente. Portanto, trata-se de uma pesquisa exploratória, bibliográfica e qualitativa. As fontes de pesquisa serão as seguintes bases de dados: SciELO; Pepsic; UEM; Science; Jad-Journal; Wiley Online Library; Taylor & Francis Online; PUBmed; Cambridge University; APA PsycNET; ScienceDirect; Psicologia PT. A temática será: Neuropsicologia; Transtorno Depressivo Maior; Psicologia; Transtorno Bipolar Tipo II; Cognitivo.
DESENVOLVIMENTO
De acordo com Mäder (1996), a avaliação neuropsicológica utiliza testes psicométricos e neuropsicológicos organizados em baterias fixas ou flexíveis. Acerca das baterias fixas, são elas as mais indicadas para serem aplicadas em pesquisas e/ou em protocolos específicos para investigação de uma população particular (como por exemplo, uma população que seja acometida de Transtorno Depressivo Maior). O psicólogo interessado nesta área tem de estar ciente da complexidade de cada função cognitiva que ele estudará e das formas de avaliá-la através dos testes disponíveis. Sendo assim, veremos algumas características que servem de critérios diagnósticos para cada transtorno aqui a ser abordado.
De acordo com o DSM-V, no Transtorno Depressivo Maior há a presença de humor deprimido, perda de interesse ou prazer, podendo haver ou não insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, fadiga ou perda de energia, entre outros.
Já no Transtorno Bipolar Tipo II, também de acordo com o DSM-V, é necessário haver um episódio hipomaníaco com duração de pelo menos quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias, e um episódio depressivo maior durante pelo menos duas semanas representando uma mudança em relação ao funcionamento anterior. No episódio hipomaníaco, há a presença de autoestima inflada ou grandiosidade, redução da necessidade de sono, distratibilidade, agitação psicomotora, entre outros.
RESULTADOS PRELIMINARES
Atualmente, temos poucos testes neuropsicológicos traduzidos e publicados no Brasil. A elaboração de um material próprio para nossa realidade pode ser bastante útil para a compreensão dos problemas específicos da população brasileira (MÄDER, 1996). Sendo assim, utilizaremos de dados tanto nacionais, quanto internacionais, para conseguirmos o maior número possível de informações acerca das características cognitivas dos dois transtornos.
Várias são as queixas neurocognitivas presentes durante a Depressão Maior, incluindo: redução das habilidades atentiva e mnêmica, e lentidão do pensamento (Purcell et al. apud ROZENTHAL et al, 2004). Já na fase de hipomania (presente no Transtorno Bipolar) pode ocorrer a aceleração psicomotora, pensamento acelerado, e entre outros aspectos cognitivos. (MORENO, Ricardo; et al. 2005)
Vimos que os dois transtornos possuem características cognitivas diferentes quando se trata da velocidade de pensamento, por exemplo. Sendo que, na Depressão Maior ocorre a lentidão do pensamento, e na fase hipomaníaca do Transtorno Bipolar está presente o pensamento acelerado. Quanto à aceleração psicomotora (que ocorre na fase de hipomania), a mesma pode estar presente também na Depressão Unipolar, porém não será tão intensa quanto é no Transtorno Bipolar. (MORENO, Ricardo; et al. 2005)
Iremos nos aprofundar mais nesses aspectos neurocognitivos já listados (tanto os que assemelham, quanto os que distinguem os dois transtornos), assim como elencar novos conteúdos e características de cada patologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-V. 5ª Edição. Porto Alegre: Artmed, 2014
MÄDER, Maria Joana. Avaliação Neuropsicológica: aspectos históricos e situação atual. Scielo. 1996. Disponível em:
MORENO, Ricardo; et al. Diagnóstico, tratamento e prevenção da mania e da hipomania no transtorno bipolar. ResearchGate. 2005. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Ricardo_Moreno10/publication/237485460_Dia gnostico_tratamento_e_prevencao_da_mania_e_da_hipomania_no_transtorno_bipol ar_Diagnosis_Treatment_and_Prevention_of_Mania_and_Hipomania_within_the_Bi polar_Disorder/links/0deec52a72127df92f000000.pdf>. Acesso em: 30 de agosto de 2018
ROZENTHAL, Marcia; et al. Aspectos Neuropsicológicos da Depressão. Scielo 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v26n2/v26n2a10.pdf. Acesso em: 10 de agosto de 2018
THIERS, Valéria. Neuropsicologia: A expressão comportamental dos processos
mentais. Psicologia.pt. Disponível em:
<http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0249.pdf>. Acesso em: 10 de agosto de 2018
