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Academic year: 2021

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TÍTULO: CONTROLE BIOLÓGICO DE BEMISIA SPP NA CULTURA DE SOLANUM LYCOPERSICUM L. EM AMBIENTE PROTEGIDO.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA:

SUBÁREA: CIÊNCIAS AGRÁRIAS SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LARISSA SILVA RODRIGUES, ANA PAULA CAIRES TURATTI, VINICIUS OLIVEIRA DO PRADO

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ELISETE PEIXOTO DE LIMA ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): HARUMI HARAMURA, HEMERSON FERNANDES CALGARO COLABORADOR(ES):

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Resumo

A cultura do tomate (Solanum lycopersicum L.), é suscetível ao ataque de inúmeras pragas e patógenos que reduzem sua atividade produtiva e a sustentabilidade do agronegócio tomateiro. Dentre as pragas-chave, destaca-se a Bemisia spp (Hemíptera: Aleyrodidae), conhecida como mosca-branca, que ocasiona danos diretos devido a intensa atividade fitófaga, na qual perfuram e sugam, injetando toxinas no sistema vascular e, indiretos devido a transmissão de vírus, principalmente do grupo geminivírus/begomovírus. Para minimizar as perdas ocasionadas por esta praga os produtores, muitas vezes, fazem uso intensivo de produtos fitossanitários, que acarretam danos ambientais, econômicos, à saúde dos agricultores e dos consumidores. Estes fatores incentivam a busca de alternativas como o Controle Biológico que se baseia no uso de inimigos naturais para manter as populações das pragas em níveis toleráveis, de maneira sustentável, resultando na produção de alimentos seguros e sem resíduos de pesticidas. Pesquisas dessa natureza tem aberto novas possibilidades para o controle biológico com a diminuição ou mesmo eliminação das aplicações de agroquímicos, reduzindo o nível de intoxicações de trabalhadores rurais e o teor de resíduos químicos nos produtos agrícolas e nos agroecossistemas e consequentemente garantindo a segurança alimentar dos consumidores. O estudo foi realizado no Sítio Santazita, município de Lins/SP, em estufa, onde cultivou-se o tomate híbrido Gabryelle, resistente ao TYLCV (Geminivírus) e TSWV (Vira-cabeça), objetivando fornecer subsídios técnicos para o controle biológico de Bemisia spp na cultura do tomateiro cultivado em ambiente protegido. Logo após o transplantio das mudas instalou-se estrategicamente armadilhas adesivas com cola entomológica, objetivando-se identificar os insetos-pragas, assim como, quantificar a densidade populacional dos mesmos, através da realização de monitoramentos semanais. Neste projeto, adotou-se como controle de Bemisia spp o método de captura massal e agentes biológicos de controle (ABC), com a pulverização de um inseticida microbiológico entomopatogênico, composto de linhagem selecionada do fungo Beauveria bassiana propiciando o controle de Bemisia spp na cultura em todas as suas fases de desenvolvimento. As medidas de controle adotadas no controle biológico de Bemisia spp na cultura do tomate híbrido Gabryelle, mostrou-se viável para redução da população do inseto-praga e seus danos, mantendo a população abaixo do nível de dano econômico (10 insetos por armadilha/semana, segundo protocolo da empresa Koppert Biological Systems), contribuindo e elevando a produção de tomates de elevada qualidade e livres de contaminantes e, ao mesmo tempo, respeitando a saúde ambiental, do agricultor e do consumidor.

Introdução

O tomateiro (Solanum lycopersicum L.), pertencente à família das solanáceas, é uma das hortaliças cultivadas praticamente em todo território nacional, tendo como fruto o tomate. Segundo dados do IBGE (2013), na safra de 2012, 64.782 mil hectares de tomates foram cultivados no Brasil, tanto em ambiente protegido (sistema de estufa) quanto em campo aberto, com colheita anual de 3.873.985 toneladas. Esses

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frutos colhidos são destinados para consumo de mesa e também para processamento industrial.

A agricultura protegida no cultivo de hortaliças, teve incremento significativo a partir do desenvolvimento das indústrias de filmes de plástico e telas de nylon, materiais que tornaram possível a construção de diferentes estruturas de proteção, sendo as mais simples utilizadas como cobertura para reduzir os efeitos danosos de chuvas, granizo, ventos ou ataque de insetos. Embora necessite de investimentos, o cultivo protegido assegura estabilidade de produção, qualidade do produto e aumento na produtividade devido, principalmente, à ampliação do período da produção. (AKISHIMA, N.; CARRIJO, O.A., 1998).

Existem diversas variedades e/ou híbridos de tomate cultivadas no Brasil, dentre eles, um novo, denominado Gabryelle, introduzido em 2014 com a proposta de obter maior qualidade de fruto, segurança em relação ao controle de viroses e um sistema de baixo custo. As principais características desse híbrido são frutos do tipo saladete alongado, firme e com altíssima uniformidade, resistência ao TYLCV (Geminivírus) e TSWV (Vira-cabeça) e altamente produtivo. Além disso, a planta é vigorosa com excelente sanidade, cobertura foliar e ótimo pegamento de floração. (HURTADO, 2012).

O tomateiro, por ser uma cultura com significativa produção de frutos abrangendo áreas de diversos tamanhos, fica suscetível a uma alta proliferação de pragas, as quais são responsáveis por danos diretos e pelo aparecimento de diversas doenças que são motivos de preocupação para os tomaticultores.

Segundo Pitol et. al. (2010), as principais pragas que atacam a cultura do tomateiro podem ser divididas em primárias/chaves e secundárias. Dentre as primárias pode-se citar: mosca-branca (Bemisia spp e Bemisia tabaci), traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) e broca-pequena (Neoleucinodes elegantalis) e, dentre as secundárias: micro-ácaro ou ácaro do bronzeamento (Aculops lycopersici), mosca-minadora (Liriomyza spp), pulgões (Myzus persicae e Macrosiphum euphorbiae), tripes (Frankliniella schultzei) e broca-gigante (Helicoverpa zea).

Este trabalho terá enfoque em uma das principais pragas que ataca a cultura do tomateiro, a mosca-branca (Bemisia spp), inseto pertencente à ordem Hemiptera, família Aleyrodidae. Os adultos de mosca-branca são pequenos, apresentando aproximadamente entre 1 a 2 mm de comprimento, possuem aparelho bucal do tipo picador-sugador e dois pares de asas de coloração branca (HAIJ, F.N.P. et al., 2005).

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É um inseto polífago, sugador de seiva e que apresenta ampla disseminação geográfica. A duração do ciclo de vida da mosca-branca varia de acordo com a espécie e condições ambientais, principalmente a temperatura. Em condições favoráveis, o inseto pode apresentar de 11 a 15 gerações por ano, podendo, cada fêmea colocar de 100 a 300 ovos durante o seu ciclo de vida. (LACERDA, J.T.; CARVALHO, R.A., 2008)

A mosca-branca é responsável por causar danos diretos e indiretos que contribuem para reduzir a produção. Os danos diretos são caudados pela ação toxicogênica e sucção da seiva, induzindo o crescimento e amarelecimento irregular dos frutos, causado pela injeção de toxinas durante o processo de alimentação do inseto. Além disso a mosca-branca promove a liberação de substâncias açucaradas, que cobrem as folhas e servem de substrato para o fungo do gênero Capnodium, causador da fumagina, capa enegrecida que afeta o processo de fotossíntese. Os danos indiretos são causados pela transmissão de vírus, principalmente, pertencentes ao grupo geminivírus/begomovírus, ocorrendo quando o inseto suga a planta (LACERDA, J.T.; CARVALHO, R.A., 2008). Segundo BÔAS, G.L.V. e BRANCO, M.C. (2009) as geminiviroses podem retardar o desenvolvimento das plantas reduzindo significativamente a produção.

Nos dias atuais, para reduzir as perdas ocasionadas pela mosca-branca, os produtores acabam optando pelo uso de agroquímicos, exclusivamente inseticidas, que podem não ser eficientes e, quando utilizados de maneira inadequada podem acarretar vários danos ambientais, econômicos e, também causar riscos à saúde dos aplicadores, produtores e consumidores do fruto. (LOPES, C.A.; ÁVILA, A.C., 2005)

Devido aos fatores negativos referentes ao uso de agroquímicos, a procura por alternativas que resultem em menores custos de produção e em frutos com qualidade fitossanitária, está se tornando cada vez mais constante. Dentre essas alternativas, tem-se o controle biológico que se baseia no uso de inimigos naturais para manter as populações das pragas em níveis toleráveis, de maneira sustentável. Inimigos naturais são organismos que, para se desenvolverem, se alimentam das pragas. Dentre eles existem os predadores, considerados os mais conhecidos, que se alimentam de inúmeros indivíduos de uma ou de várias espécies de pragas. Há também os parasitoides pertencentes à outra categoria de inimigos naturais e, em sua maioria, são vespas diminutas que se desenvolvem no interior ou sobre o corpo da praga. Além desses agentes existem microrganismos como fungos, bactérias, vírus e nematoides,

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que acarretam doenças e matam as pragas quando as mesmas alcançam grandes populações no cultivo. (MOURA, A.P. et. al., 2014)

Antes da escolha dos controles a serem utilizados, são recomendadas algumas medidas preventivas como os monitoramentos de adultos de Bemisia spp com armadilhas adesivas de coloração amarela, untadas com óleo (vegetal ou mineral) ou cola entomológica. Estas armadilhas devem ser instaladas na altura do topo das plantas e podem ser inspecionadas diariamente, o que permite identificar o momento exato da chegada dos primeiros adultos à cultura e a localização dos focos de infestação. MOURA, A.P. et. al., 2014)

Objetivos da pesquisa

- Fornecer subsídios técnicos para o controle biológico de mosca-branca (Bemisia spp) na cultura do tomate, cultivado em ambiente protegido.

- Monitorar a flutuação populacional de mosca-branca.

- Identificar o momento de tomada de decisão quanto a quantificação e a qualificação dos controles a serem adotados.

- Analisar e apresentar os benefícios do método de controle biológico de pragas adotado, no cultivo protegido do tomate (Solanum lycopersicum L.), híbrido Gabryelle. - Reduzir ou abolir o uso de agroquímicos no controle de mosca-branca.

Metodologia

O trabalho foi realizado no Sítio Santazita, propriedade rural de 29.0 hectares, localizada no município de Lins/SP, estrada municipal Lins-Monlevade, km 9, no período de 22 de março à 11 de agosto de 2017.

O experimento foi instalado e conduzido em estufa de 1000 m2 constituída por

11 ruas, cada uma com 50 metros de comprimento e espaçamento, entre elas, de 1,20 metro.

A cultivar utilizada foi o híbrido Gabryelle, resistente ao TYLCV (Geminivírus) e TSWV (Vira-cabeça) adquirido da empresa Hazera Brasil, com sede na cidade de Holambra, interior de São Paulo.

A empresa Koppert Biological Sistems forneceu todos os produtos de seu portfólio para monitoramento, captura massal e controle biológico de Bemisia spp,

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bem como todo treinamento para monitorar o cultivo, para as tomadas de decisões e a correta aplicação dos produtos.

Desenvolvimento

Análise pré-plantio

O preparo do solo pré-plantio foi realizado com a adição dos seguintes produtos, sendo o primeiro por rua e os seguintes em área total: 250 kg de esterco de curral; 80 kg de calcário dolomítico; 80 kg de termofosfato em pó; 30 kg de Cloreto de

potássio (KCl); 2 kg de Sulfato de magnésio (MgSO4); 250 kg de torta de mamona.

Transplante das mudas

No dia 22 de março de 2017 foram transplantadas 800 (oitocentas) mudas de tomateiro (Solanum lycopersicum L.) do híbrido Gabryelle, que tinham entre 25 a 30 dias.

O processo de transplante iniciou com as mudas ainda nas bandejas, que foi imersa em água e, após meia hora, foi imersa em solução aquosa na proporção de 2 gramas por litro de Imidacloprid (neonicotinoide) e 2 gramas por litro de Metalaxil-M (classe química das fenilamidas), e do fungicida de contato, Mancozebe (classe dos ditiocarbamatos).

As mudas foram transplantadas com espaçamentos de aproximadamente 60 (sessenta) centímetros. Após o transplante das mudas foi realizada a irrigação por gotejamento.

Monitoramentos

Dentre as recomendações para o controle de mosca-branca está o monitoramento, realizado com armadilhas amarelas que atraem o inseto. Portanto iniciou-se, já no primeiro estágio da cultura, o monitoramento semanal com uso de armadilhas adesivas amarelas, tipo Horiver® fabricada pela Koppert Biological Sistems com ilustração de grades para auxílio nas contagens dos insetos. Com propósito de monitoramento, instalou-se 10 armadilhas dentro da estufa.

Os monitoramentos foram realizados duas vezes por semana, para a identificação e avaliação da flutuação populacional de Bemisia spp aderidos às armadilhas, tipo Horiver®, estrategicamente instaladas na estufa, uma em cada rua, exceto a sétima, estando localizadas no início, meio e final, próximas a porta de entrada e bordaduras da cultura, anotando-se o número de insetos aderidos às

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armadilhas e encontrados nas plantas próximas a elas, até o final da safra.

Os dados foram lançados em um caderno de campo e posteriormente inseridos no aplicativo denominado Koppert iPM, onde todos os participantes do projeto, tiveram acesso aos dados para decidirem as tomadas de decisões para que a infestação sempre permanecesse abaixo do nível de dano econômico.

Captura massal de Bemisia spp

Realizou-se na estufa, no mês de abril, a implantação de 40 armadilhas Horiver® destinadas a captura massal.

Periodicamente as armadilhas de monitoramento e posteriormente de captura massal foram substituídas para auxiliar na identificação dos insetos.

Controle biológico de Bemisia spp

O critério estabelecido foi de que na presença de mais de 10 insetos por armadilha/semana, fosse realizada uma pulverização com Boveril®, de acordo com o protocolo estabelecido pela empresa Koppert Biological Systems.

O Boveril® é um inseticida microbiológico de contato, em forma de pó molhável, constituído por linhagem selecionada do fungo Beauveria bassiana, denominada ESALQ PL63 (exclusivo da Koppert) que apresenta efeito supressor de Bemisia spp, pois é responsável pela liberação de toxinas no interior do inseto, mudando seus hábitos e levando-o à morte. Além dessa atuação, o produto contribui na manutenção de inimigos naturais de diversas pragas e previne com que as mesmas se tornem resistentes aos inseticidas químicos tradicionais. Todo o processo ocorre entre 6 a 12 dias após a aplicação, dependendo das condições climáticas (temperatura e umidade relativa do ar).

No mês de junho adotou-se como medida de controle a pulverização com Boveril® (50 gramas por aplicação) para auxiliar, junto à captura massal, na manutenção da população de mosca-branca abaixo do nível de dano econômico.

As tomadas de decisões referentes a escolha deste controle, o momento e a dosagem em que deveria ser aplicado na cultura foram realizadas através da análise e discussão dos dados inseridos nos relatórios dos monitoramentos semanais.

Resultados

O controle da densidade populacional de Bemisia spp no cultivo do tomate híbrido Gabryelle, em sistema protegido ocorreu de abril a agosto de 2017 e foi

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possível verificar (figura 1), que os métodos de controle empregados foram eficientes do ponto de vista técnico-econômicos.

Figura 1: Monitoramento da densidade populacional de Bemisia spp.

Fonte: Autores (2017)

As armadilhas adesivas, tipo Horiver® utilizadas no monitoramento serviram inicialmente, para detectar a chegada dos primeiros adultos de Bemisia spp no cultivo e o nível de infestação ao decorrer da safra, o que auxiliou na determinação das medidas de controle.

Através da observação na estufa, notou-se índices elevados de manifestação de Bemisia spp. Porém, o fato das plantas serem jovens, inviabilizou a aplicação de bioinseticidas, tornando o método de captura massal a melhor opção para reduzir os impactos causados pela praga e auxiliar, de certo modo, no desenvolvimento inicial da cultura.

Em razão da evolução da densidade populacional de Bemisia spp nas armadilhas e da associação dessas informações com as observações nas plantas e dos níveis de controle para o inseto, decidia-se entre adotar ou não a medida de controle. O número de insetos nas armadilhas e em três plantas próximas a elas, associado à população da praga ou danos na planta é o que determinava o momento de intervir com a medida de controle.

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000

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No mês de abril o número de insetos contabilizados nas armadilhas de monitoramento e nas plantas próximas a elas foi de 895 indivíduos, em maio de 335, em junho 136, julho 70 e no final da safra, em agosto 27 indivíduos (figura 1).

Com o aumento da densidade populacional de Bemisia spp foram implantadas, em abril, armadilhas para captura massal promovendo a diminuição da população de insetos nas plantas.

Com o intuito de auxiliar, junto à captura massal, na manutenção da população de mosca-branca no nível inferior a danos econômicos, até o final da safra, foram realizadas aplicações de Boveril® (50 gramas por aplicação) nos dias 02/06, 13/06, 23/06 e 01/07.

Os monitoramentos, as informações coletadas e discutidas ao longo do ciclo da cultura foram essenciais para as tomadas de decisões, pois foi possível verificar a flutuação da população de Bemisia spp e a detecção dos focos de infestação, permitindo a adoção de uma lógica priorizando os controles massal e biológico. Além de que, a realização do experimento em sistema protegido proporcionou melhor controle da entrada de insetos comuns no cultivo do tomate.

A análise da figura 1, deixa claro que a captura massal de Bemisia spp nas armadilhas instaladas na estufa, em associação às pulverizações realizadas com o bioinseticida Boveril® manteve a população da praga em níveis toleráveis.

Outro fator relevante, refere-se à produtividade que foi de 621 caixas de 22 kg cada, totalizando 13.662 kg, produzindo em média 17 kg/planta, sendo que na região de Tupã em estufa da Revenda Proteto a produtividade girou em torno de 07 a 08 kg/planta. (Revista Campo & Negócios Hortifruti, jan.2017).

Considerações Finais

A associação dos métodos de captura massal de Bemisia spp em armadilhas e o uso do bioinsetida, contendo B. bassiana, permitiram a extinção de pulverizações com produtos fitossanitários, realizadas no cultivo convencional, evitando custos com defensivos e maior segurança alimentar.

O experimento permitiu constatar que se Bemisia spp, não for adequadamente controlada, dentro de níveis toleráveis, haverá nos frutos danos de ordem fitossanitária, resultando em importantes perdas econômicas além de afetar a produtividade da cultura.

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A implantação das técnicas de controle biológico e massal de Bemisia spp, demonstrou que há alternativas viáveis e eficientes para a manutenção de pragas abaixo do nível de dano econômico, reforçando a eficiência das técnicas de agricultura sustentável, que além de minimizar impactos ambientais, à saúde do consumidor e do trabalhador rural, ainda é capaz de suprir a crescente demanda pela produção de tomates de elevada qualidade e livres de resíduos de contaminantes.

Fontes Consultadas

AKISHIMA, N.; CARRIJO, O.A. Cultivo Protegido do Tomateiro. 1. ed. Brasília: Embrapa hortaliças, 1998.

ANDRADE, C.L.T. Seleção do Sistema de Irrigação. 1. ed. Sete Lagoas, 2001.

BÔAS, G.L.V.; BRANCO, M.C. Manejo Integrado da Mosca-Branca (Bemisia tabaci biótipo B) em Sistema de Produção Integrada de Tomate Indústria (PITI). 1. ed. Brasília: Embrapa hortaliças, 2009.

DUSI, A. N. et al. A Cultura do Tomateiro (para mesa). 1. ed. Brasília: Embrapa-SPI, 1993.

EMBRAPA, Cultivo de Tomate para Industralização. Disponível em:

<https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Tomate/TomateIndustr ial_2ed/doencas_fungo.htm> Acesso em: 28 mar. 2017.

FERREIRA, M.E; CASTELLANE, P.D.; CRUS, M.C.P. Nutrição e adubação de tomate rasteiro – Barbosa, V. In: Nutrição e adubação de hortaliças., Piracicaba: POTAFOS, 1993. p 323-338.

FILGUEIRA, F.A.R. Parte I. Tomaticultura. In: Solanáceas: agrotecnologia moderna na produção de tomate, batata, pimentão, pimento e berinjela. 1 ed. p 1-127.

HAIJ, F.N.P. et al. Manejo da Mosca-Branca na Cultura do Tomate.1. ed. Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2005.

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HURTADO, F. D., GIL, M. A., ZUBIAUR, Y. M., AGUILERA, J. G., XAVIER, C. A. D., JUNIOR, F. M. Z. & DA SILVA, D. J. H. 2012. Fontes de resistência em tomateiro aos begomovírus bissegmentados Tomato yellow spot virus e Tomato severe rugose virus.

Hortic. bras, 30. Disponível em: <

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362012000400013> Acesso em: 03 abri. 2017.

IBGE, Produção Agrícola Municipal: Culturas Temporárias e Permanentes, 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.

KOPPERT, A Koppert no Brasil. Disponível em: <http://koppert.com.br/institucional/a-koppert-no-brasil/> Acesso em: 19 abr. 2017.

LACERDA, J.T.; CARVALHO, R.A. Descrição e manejo integrado de mosca-branca (Bemisia spp) transmissora de geminivirus em culturas econômicas. 2. ed. João Pessoa: Tecnol. & Ciên. Agropec, 2008. P. 15-22.

LOPES, C.A.; ÁVILA, A.C. Doenças do Tomateiro. 2. ed. Brasília: Embrapa hortaliças, 2005.

MOURA, A.P.; FILHO, M.M.; GUIMARÃES, J.A.; LIZ, R.S. Manejo integrado de pragas do tomateiro para processamento industrial. 1. ed. Brasília: Embrapa hortaliças, 2014.

PENTEADO, S.R. Tomate. In: Cultivo Ecológico de Hortaliças: Manual de Culturas Orgânicas. 2. ed. Campinas: Via Orgânica, 2010. p 246-274.

ROZAS C. M. S. Tomate Gabryelle, da Hazera, se destaca no segmento. Revista

Campo & Negócios Hortifruti, jan. 2017 Disponívem em: <

http://www.revistacampoenegocios.com.br/tomate-gabryelle-da-hazera-se-destaca-nosegmento/> Acesso em: 20 ago. 2017

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