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talita mesquita

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP. TALITA FABIANE DE MESQUITA. ‘AS RELAÇÕES PÚBLICAS NO MUNDO DA MODA: uma análise das mídias sociais’. São Paulo 2010.

(2) 2. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP. TALITA FABIANE DE MESQUITA. ‘AS RELAÇÕES PÚBLICAS NO MUNDO DA MODA: uma análise das mídias sociais’. Monografia apresentada para conclusão de curso. Curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas – GESTCORP, da Universidade de São Paulo – USP. Orientadora: Profª Elizabeth Saad Correa. São Paulo 2010.

(3) 3. TALITA FABIANE DE MESQUITA. AS RELAÇÕES PÚBLICAS NO MUNDO DA MODA: UMA ANÁLISE DAS MÍDIAS SOCIAIS. Esta monografia foi julgada para a obtenção do título Pós Graduação Latu Sensu e aprovada pelo curso de Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas, pela Escola de Comunicação e Artes – ECA – da Universidade de São Paulo – USP, e foi aprovada pela banca examinadora composta pelos professores:. Profª Elizabeth Saad Correa Professora Orientadora. Profª Maria Aparecida Ferrari Сonvidada. Carolina Franzon Terra Convidada (o).

(4) 4. DEDICATÓRIA AOS MEUS PAIS, MINHAS IRMÃS, MEU IRMÃO E MEUS DOIS SOBRINHOS..

(5) 5. AGRADECIMENTOS Agradeço a todos os meus familiares que sempre me apoiaram e me ajudaram a trilhar meu caminho e seguir em frente. Que são o pilar que me sustenta hoje e sempre e que servem de base para que eu consiga buscar tudo o que desejo. Aos meus amigos que me proporcionaram momentos de descontração e de concentração durante a conclusão desta monografia e com os quais sempre pude contar. E também aos professores e principalmente à minha orientadora que me proporcionaram a base teórica para a realização desta..

(6) 6. O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em nossa atitude com relação a elas. Antoine De Saint Exupery.

(7) 7. RESUMO Título: As relações públicas no mundo da moda: uma análise das mídias sociais. Autora: MESQUITA, Talita Fabiane de. Orientadora: CORREA, Elizabeth Saad.. A moda é, de modo geral, uma indústria diferenciada da tradicional. Isso devido à sua total organização em acordo com as estações do ano e com o lançamento das novas coleções durante as semanas de moda que ocorrem em diversas cidades mundiais. Porém, a própria roupa, em si, pode ser considerada uma forma de comunicação. Porém, a comunicação do mundo da moda – assim como das demais indústrias existentes – deve ser realizada de modo estratégico. Por este motivo podemos considerá-la uma área de atuação do profissional de comunicação. Devido ao caráter globalizado e de constante mudança e atualização do mundo da moda, as mídias sociais estão se tornando fonte importante de informação de moda e, portanto, é necessário que o profissional de comunicação que atua nesta área esteja atento à forma como a moda – ou uma marca específica – está sendo divulgada e discutida nestas mídias. Por este motivo a presente pesquisa buscou, a partir da revisão teórica, compreender os temas moda e mídias sociais, e principalmente analisar como é visto o mundo da moda nas mídias sociais e, mais especificamente em blogs e no twitter. Posteriormente à revisão teórica foi realizada a análise de cinco blogs e twitters que abordam o assunto moda, os quais estarão dispostos no trabalho. Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica para entender os assuntos, seguida de uma análise de blogs/twitters conhecidos que abordam o assunto moda. Analisamos nestes como é disposto o conteúdos das informações e qual este conteúdo e também os comentários que são postados nestas mídias pelos que as lêem. A pesquisa demonstrou que existem diversas formas de passar informação de moda dispostas nas mídias sociais e que as mesmas às vezes podem contribuir para o caráter frívolo com o qual o mundo da moda é visto pela sociedade, mas, ao mesmo tempo, passam a informação necessária – a tendência atual. Demonstrou também que existem diversas formas diferenciadas de passar informações sobre a moda nas mídias sociais e que, todas elas, são importantes em seu papel.. Palavras-chave: Moda. Relações Públicas. Mídias Sociais..

(8) 8. ABSTRACT Title: Public Relation´s in the fashion world: an analysis of the social media Author: MESQUITA, Talita Fabiane de. Orientation Professor: CORREA, Elizabeth Saad.. Fashion is generally differentiated from the traditional industry. This occurs due to its complete organization in accordance with the seasons and the launch of new collections during the fashion weeks that take place in several cities worldwide. However, the actual clothing itself can be considered a form of communication. However, communication of the fashion world - as well as other existing industries - must be done strategically. For this reason we consider it an area of the professional practice of communication. Due to the nature of globalization and constant change and update the world of fashion has, social media are becoming an important source of fashion information and therefore it is necessary that the communication professional who works in this area be aware of how fashion - or a specific brand - is being circulated and discussed in these media. Therefore this research sought from the theoretical review, understand the issues fashion and social media, and mostly look how fashion has been seen in social media, but specifically in blogs and on Twitter. Also, after the theoretical review it has been realized the analysis of five blogs and twitters that approach the subject fashion. It begins with a literature search to understand the issues, followed by an analysis of Known blogs / twitters that are about the subject fashion. We also analyze how prepared the content of the information and what is this conten and also the comments that are posted in these media by the people that read them. The research showed that there are various forms of ways of information about fashion in the social media and that they can sometimes contribute to the character with which the frivolous world of fashion is viewed by society, but at the same time, they provide the necessary information - the current trend. It also demonstrated that there are several different forms of information about fashion on social media and they all are important in its role. Key Words: Fashion. Public Relations. Social Media..

(9) 9. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Vestido de Paul Poiret................................................................................. Figura 2. Trajes Chanel.............................................................................................. 22. Figura 3. Traje Madeleine Vionnet............................................................................ 23. Figura 4 Figura 5. Vestido ícone de Givenchy – usado por Audrey Hepburn no filme 23 ‘bonequinha de luxo’.................................................................................. Traje de Schiaparelli................................................................................... 24. Figura 6. Traje clássico de Balenciaga....................................................................... Figura 7. O New Look de Dior................................................................................... 25. Figura 8. Courrèges ‘Moon-girl’................................................................................ Figura 9. Mary Quant e sua invenção – a minissaia.................................................. 26. Figura 10. Trajes de Cardin.......................................................................................... Figura 11. Smoking de Yves Saint Laurent................................................................. 27. Figura 12. Trajes de Paco Rabanne………………………………………………….. 27. Figura 13. Coleção Outono-inverno Risqué by Reinaldo Lourenço............................ 29. Figura 14. Foto de Scott Schuman…………………………………………………... 31. Quadro 1 Figura 15 Figura 16. As empresas no futuro…………………………………………………… 52 Home Page Blog The Sartorialist………………………………………... 59 The Sartorialist ‘Biography’……………………………………………... 60. Figura 17. The Sartorialist ‘Press’………………………………………………….... Figura 18 Figura 19 Figura 20. The Sartorialist ‘SartoriaList’……………………………………………. 62 The Sartorialist ‘Video’………………………………………………….. 62 The Sartorialist ‘Menu da Direita’............................................................. 63. Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24. Home Page Twitter The Sartorialist……………………………………... Twitter The Sartorialist………………………………………………….. Post Blog The Sartorialist……………………………………………….. Comentários Blog The Sartorialist……………………………………….. 64 65 66 67. Figura 25 Figura 26 Figura 27. Home Page Blog Garance Doré……………………………………......... Blog Garance Doré ‘About’……………………………………………... Blog Garance Doré ‘Presse’…………………………………………….... 68 69 70. Figura 28 Figura 29 Figura 30. Blog Garance Doré ‘Menu Direita’............................................................ 71 Blog Garance Doré ‘Lista de Blogs’ ........................................................ 71 Home Page Twitter Garance Doré…………………………………......... 72. Figura 31 Figura 32. Twitter Garance Doré II…………………………………………………. Post Blog Garance Doré………………………………………………….. 22. 24. 25. 26. 61. 73 73.

(10) 10. Figura 33 Figura 34. Post Blog Garance Doré II………………………………………………. Comentários Blog Garance Doré……………………………………….... Figura 35 Figura 36. Home Page Blog LP……………………………………………………... 76 Blog LP ‘Cadastre-se’…………………………………………………… 77. Figura 37 Figura 38. Blog LP ‘Equipe’………………………………………………………... Blog LP ‘Links de blogs/sites’………………………………………….... Figura 39 Figura 40. Post Blog LP…………………………………………………………….. 79 Post Blog LP II…………………………………………………………... 79. Figura 41 Figura 42 Figura 43 Figura 44. Post Blog LP III………………………………………………………….. Home Page Twitter Lilian Pacce……………………………………........ Tweets Lilian Pacce……………………………………………………... Post Blog LP IV………………………………………………………….. Figura 45. Post Blog LP V…………………………………………………………... 83. Figura 46 Figura 47 Figura 48. Post Blog LP VI…………………………………………………………. Comentários Blog LP……………………………………………………. Home Page Blog Oficina de Estilo............................................................. Figura 49 Figura 50. Blog Oficina de Estilo ‘Menu Lateral’....................................................... 86 Blog Oficina de Estilo ‘Lições de Profissão’............................................. 87. Figura 51. Blog Oficina de Estilo ‘Ensinamentos de Outrora’.................................... 88. Figura 52 Figura 53 Figura 54. Blog Oficina de Estilo ‘Folheando Revistas de Moda’.............................. 88 Blog Oficina de Estilo ‘Links de Blogs’.................................................... 89 Home Page Twitter Oficina de Estilo........................................................ 90. Figura 55. Post Blog Oficina de Estilo......................................................................... 91. Figura 56 Figura 57 Figura 58. Post em video Blog Oficina de Estilo........................................................ Post com links Blog Oficina de Estilo....................................................... Twitter Oficina de Estilo…………………………………………………. 91 92 92. Figura 59 Figura 60 Figura 61 Figura 62. Links no Twitter Oficina de Estilo............................................................. Home Page Blog Fashionismo…………………………………………... Blog Fashionismo ‘Clipping’……………………………………………. Blog Fashionismo ‘NY’………………………………………………….. 93 94 95 95. Figura 63 Figura 64 Figura 65 Figura 66. Blog Fashionismo ‘Tereza Chammas’…………………………………... Blog Fashionismo ‘História’…………………………………………….. Blog Fashionismo ‘Significado’…………………………………………. Blog Fashionismo ‘Compartilhamento’………………………………….. 96 96 97 97. Figura 67 Figura 68 Figura 69 Figura 70. Home Page Twitter Fashionismo………………………………………... Twitter Fashionismo II…………………………………………………... Post Blog Fashionismo………………………………………………....... Post Blog Fashionismo II……………………………………………….... 98 99 100 100. Figura 71. Blog Fashionismo III…………………………………………………….. 101. 74 74. 77 78. 80 81 81 82 84 84 86.

(11) 11. Figura 72 Figura 73. Blog Fashionismo ‘Look da Semana’........................................................ 101 Blog Fashionismo ‘Votação’…………………………………………….. 102. Figura 74 Quadro 2. Comentários Blog Fashionismo…………………………………………. 103 Comparação entre os blogs/twitters analisados ......................................... 104. Quadro 3. Comparação entre os blogs/twitters analisados II....................................... 105.

(12) 12. SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................... 13. 2 2.1 2.2 2.3 2.4. A MODA................................................................................................................. Definição.................................................................................................................. História..................................................................................................................... A moda no Brasil..................................................................................................... A cultura da moda..................................................................................................... 16 16 19 28 32. 3 3.1 3.2 3.3 3.4 3.3 3.4 3.5. A COMUNICAÇÃO.............................................................................................. Definição.................................................................................................................. Comunicação nas organizações............................................................................... Comunicação estratégica......................................................................................... Comunicação digital................................................................................................ Mídias sociais – Blog/Twitter.................................................................................. A comunicação na moda.......................................................................................... As relações públicas.................................................................................................. 35 35 37 39 42 44 49 53. 4 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5. ANÁLISE DOS BLOGS – blogs/twitters………………………………………. The Sartorialist......................................................................................................... Garance Doré........................................................................................................... Lilian Pacce.............................................................................................................. Oficina de Estilo...................................................................................................... Fashionismo.............................................................................................................. 57 59 68 75 85 93. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 104. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 109 ANEXOS................................................................................................................. 114 ANEXO A – Matéria realizada pela revista Estilo sobre a presença de Garance 115 Doré e Scott Schuman (The Sartorialist) no Fashion Rio........................................ ANEXO B – Matéria realizada pelo blog LP sobre a presença de Garance Doré e 116 Scott Schuman (The Sartorialist) no Fashion Rio.................................................... ANEXO C – Matéria sobre blogs divulgada na revista Vogue Brasil de abril de 117 2010..........................................................................................................................

(13) 13. INTRODUÇÃO O trabalho desenvolvido teve como tema o papel das relações públicas no mundo da moda visando entender como funciona e também qual a importância das mídias sociais para a comunicação na moda. Observamos que as mídias sociais atualmente têm ganhado uma força de atuação no mundo da comunicação, já que o novo paradigma afirma que a produção de conteúdo não é mais a tradicional emissor-receptor que era vista na comunicação de massa. Hoje em dia qualquer pessoa pode se tornar fonte de conteúdo e disseminar sua opinião sobre temas diversos, devido à disseminação na utilização das (a cada dia mais) novas tecnologias que surgem e se atualizam todos os dias. A moda é de extrema importância para o mundo atual, pois está enraizada em nossa vida em sociedade, já que – mesmo não tomando conhecimento do fato – somos influenciados constantemente por ela. Tanto no modo como nos vestimos quanto no modo como vemos os outros temos influência das tendências e visões que o mundo da moda nos oferece. Além disso, a moda é uma indústria que oferece diversas oportunidades para a área de comunicação e estas oportunidades não são divulgadas atualmente. Os estudantes de comunicação muitas vezes ficam atentos somente a oportunidades de trabalho em áreas já consideradas tradicionais, como empresas multinacionais e agências de comunicação; e não conseguem identificar áreas de atuação diferenciadas para a comunicação em áreas diferenciadas – tais como Organizações Não Governamentais, organizações culturais, e organizações da área de moda, entre outros. E, apesar de ser uma indústria diferenciada da tradicional; devido à sua constante mudança e organização de seu trabalho sempre em torno das épocas de divulgação das tendências (semanas de moda), ela também necessita de comunicação para atingir seus objetivos efetivamente. Esta não identificação do mundo da moda como uma área de atuação da comunicação se deve muitas vezes pela visão que o público – que não tem um grande contato com a mesma – tem sobre ela. A moda é vista como um mundo de futilidades e gastos exuberantes – e desnecessários. As pessoas que não tem um contato mais direto com o mesmo – que não exercem funções na área ou que não são ‘entusiastas’ deste assunto – acabam por não entender a dinâmica funcional que ocorre por trás do ‘simples desfile e lançamentos de novas coleções’. A moda é muitas vezes vista como uma simples forma de alienar o consumidor e o induzir ao consumo desenfreado de itens subjugados pela maioria como supérfluos. Com isso,.

(14) 14. a imagem da indústria da moda se torna efêmera, vista como uma simples reprodução para o usufruto de gastos exagerados pelo consumidor. Apesar desta visão simplista do mundo da moda, quando se tem mais contato com o mesmo vemos que a moda está sempre intrínseca na cultura da sociedade em que está inserida e, conseqüentemente, influi no modo de vida desta. A moda não é somente simples divulgação e consumo de trajes, ela é muito mais. Ela é parte cultural da sociedade e deve ser pensada como tal. Além disso, com o surgimento das mídias sociais e com a disseminação do uso destas ferramentas no mundo da moda, elas se tornam uma maneira de conseguir as informações a respeito das coleções de maneira rápida e também permitem que pessoas do mundo todo tenham acesso ao mesmo conteúdo, e não somente mais apenas as pessoas que tem o privilégio de serem convidadas para assistir os desfiles. Temos ainda a mesma situação em que o mundo da moda é extremamente exclusivo – as primeiras notícias e lugares nos desfiles são sempre reservados para grandes influenciadores da moda – mas estes estão se rendendo às mídias sociais e transmitindo a seus seguidores as informações a que tem acesso, em primeira mão. As mídias sociais fazem com que as pessoas tenham uma proximidade maior com a moda e com os assuntos que estão conectados a ela, e também aproxima as pessoas que têm o anseio de entender e divulgar a importância da mesma. É, também por este motivo, que as mídias sociais estão sendo muito utilizadas pelas pessoas que tem o privilégio de assistir aos desfiles para demonstrar sua opinião a respeito das coleções de modo quase paralelo ao próprio momento em que estão vendo-as pela primeira vez. Com isso, as mídias sociais estão se tornando um veículo de comunicação de imensa importância no mundo da moda – e em toda a indústria – e algumas pessoas que as utilizam estão se tornando grandes influenciadores e divulgadores de notícias sobre a mesma. Por este motivo, a presente pesquisa objetivou analisar como o mundo da moda é visto – por meio da análise de como o mesmo é divulgado nas mídias sociais. Para tanto, visamos analisar como é disposto o conteúdo de informações - e qual este conteúdo – nos blogs e twitters que falam sobre moda; verificar como o assunto é abordado nos mesmos; e analisar os comentários que são postados nestes por seus leitores/seguidores. Para a realização deste trabalho foi utilizada principalmente a pesquisa bibliográfica; que consiste em revisar a bibliografia publicada sobre o assunto para servir de embasamento teórico para a pesquisa a ser realizada. Para a realização do mesmo foram utilizadas fontes de.

(15) 15. informação sobre moda e comunicação, especificamente de mídias sociais e comunicação digital. Posteriormente foi realizada a análise de 05 blogs/twitters – The Sartorialist, Garance Doré, Blog LP (Lilian Pacce), Oficina de Estilo, e Fashionismo -, especializados no assunto, com o intuito de verificar a opinião das pessoas sobre o mundo da moda e como o assunto moda está sendo divulgado nas mídias sociais. No primeiro capítulo é abordado o tema moda. Nele, fazemos a definição do termo, além de abordar seu histórico mundial e especificamente no Brasil. Isto para que consigamos demonstrar a importância que a moda tem para a sociedade e também demonstrar como a moda não é simplesmente efêmera, mas está enraizada na cultura de cada sociedade/país em que se vê inserida. E também para que consigamos demonstrar o funcionamento da indústria da moda e sua evolução desde seu surgimento até os dias atuais. No segundo capítulo abordamos a comunicação. Para tanto, levantamos a evolução da comunicação para a comunicação integrada incluindo a comunicação digital, que está em grande uso atualmente. Mais especificamente abordamos o tema mídias sociais (blog e twitter) para que funcione como embasamento para a análise a ser realizada no terceiro capítulo. Além disso, abordaremos como é realizada a comunicação no mundo da moda e também o papel que as relações públicas têm neste mundo da ‘moda digital’. Este capítulo visa entender qual o papel da comunicação no mundo da moda e como o trabalho dos comunicadores pode ser realizado nesta indústria diferenciada. No terceiro capítulo foi abordamos a análise dos 05 blogs/twitters escolhidos, visando entender como as mídias sociais estão sendo utilizadas no mundo da moda e como o termo está sendo divulgado nestas mídias – tanto por profissionais do ramo, quanto por simples ‘apaixonados’ pelo tema. Os blogs/twitters foram escolhidos com base em seu número de leitores/seguidores e também por apresentarem formas diferenciadas de divulgar a moda em cada um dos mesmos. Com a presente pesquisa pudemos concluir que a informação de moda pode ser repassada e examinada de formas bem diferenciadas nas mídias sociais. Apesar de a maior parte das pessoas verem a moda somente como a divulgação de novas coleções nas semanas de moda, os blogs e twitters analisados demonstraram formas diversas de observar e repassar as informações de moda para seus leitores/seguidores. Uns mais profissionalmente, outros de modo mais pessoal, mas todos atingindo seu objetivo – informar sobre moda..

(16) 16. 2 A MODA. A moda está enraizada na sociedade atual, tanto nas pessoas que tem completo interesse pelo ramo, quanto naquelas que nem percebem a influência da mesma em sua vida. Ela faz parte de nossa vida, principalmente por estar ligada a uma necessidade primária que temos - que é a de nos protegermos, por meio da vestimenta. Mas, atualmente a importância da moda vai muito além desta necessidade, ela está intrínseca em nossa cultura e em nossa necessidade de individualização e sentimento de participação. Com o presente capítulo objetivamos entender a dinâmica do mundo da moda, sua participação na sociedade e sua evolução durante os anos.. 2.1 Definição. A indústria da moda é, de modo geral, uma indústria diferenciada da tradicional. Todo o trabalho desenvolvido leva em consideração o lançamento das coleções, que compõem as novas tendências da estação, e que são apresentadas nas semanas de moda de diversos países (Brasil, Estados Unidos, Milão, Paris, entre outras). No Brasil, as semanas de moda mais importantes são: a São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio1, sendo que nelas são apresentadas as novas coleções dos estilistas e marcas mais famosas do país. Atualmente, as novas coleções são apresentadas 2 vezes ao ano – nas semanas de moda de cada país - sempre em acordo com as estações do ano; primavera-verão e outono-inverno. Este padrão de lançamento de coleções têm início. [...] depois da guerra de 1914, à medida que as compras de modelos pelos compradores profissionais estrangeiros se multiplicavam, as apresentações sazonais de coleções foram organizadas em datas mais ou menos fixas. Cada grande casa apresenta a partir de então, duas vezes por ano em Paris, no final de janeiro e no começo de Agosto, suas criações de verão e de inverno, e depois, sob a pressão dos compradores estrangeiros, as de outono e de primavera (meia-estação) em abril e em novembro. (LIPOVETSKY, 1989, p. 73). 1. São Paulo Fashion Week e Fashion Rio são semanas de moda realizadas em São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, onde os estilistas apresentam suas novas coleções..

(17) 17. Segundo o dicionário (apud DURAND, 1988, p. 15) moda é [...] o “uso passageiro que regula a forma de vestir, calçar, pentear, etc.” Mas é também, ao mesmo tempo, “arte e técnica do vestuário”. É ainda, numa definição mais ampla e corriqueira o termo que nomeia todo o segmento artesanal/ industrial/ comercial de tecidos e roupas.. A moda, seguindo esta premissa é a indústria do vestir; é toda a ação, estudo e pensamento que ocorre no antes, durante e depois do processo de confecção das roupas. É o pensamento do estilista2, o estudo dos tecidos, a fabricação das roupas e a venda das mesmas. Mas moda vai muito além disso. Ela acaba por se mostrar também na forma pela qual as pessoas utilizam o que lhes é posto à venda, não simplesmente se tornando vitrine do pensamento dos estilistas – mas utilizando-se das tendências para montar seu visual próprio (em acordo com sua personalidade e vivência). Elas se utilizam da moda para demonstrar seu individualismo e, com isso, [...] a moda como sistema é que é inseparável do “individualismo” – em outras palavras, de uma relativa liberdade deixada às pessoas para rejeitar, modular ou aceitar as novidades do dia -, do princípio que permite aderir ou não aos cânones do momento. (LIPOVETSKY, 1989, p. 43). As pessoas não são, assim, obrigadas ou forçadas a aceitar o que os estilistas mostram nas passarelas. Os desfiles de moda servem como simples exibição de suas últimas obras, para servir de inspiração para a sociedade – sociedade esta que pode optar por usar ou não as vestimentas exibidas nas passarelas. Mas as pessoas que são apaixonadas por moda têm uma tendência maior a seguir estas tendências de moda, e a mudar seu guarda-roupa a cada novo lançamento de coleção. Obviamente, a intenção dos estilistas quando organizam desfiles e mostram sua última coleção é fazer com que a mesma tenha algum impacto na vida das pessoas e que elas passem a utilizar suas roupas; pois é uma indústria – e por sua definição no mundo capitalista - nesta o lucro impera, mas nela impera também a criatividade e a interpretação do mundo que é feita a cada lançamento de coleção.. 2. Segundo Feghali e Dwyer o estilista é ‘[...] o profissional que define a “cara” de uma coleção [...]. Dependendo de onde ele esteja trabalhando, suas idéias vão se inspirar na alta costura ou no prêt-à-porter e serão desenvolvidas para a produção em massa. Durante o processo de criação ele leva em conta não só os aspectos artísticos e sociais (sua clientela), mas também as necessidades de atender as tendências de marketing e aos avanços técnicos na indústria, uma vez que, a cada estação, ocorrem mudanças no que se refere a cores, aperfeiçoamento de tecidos, linha de produção, capacidades e preços’. (grifo das autoras).

(18) 18. A moda dá poder às pessoas de comunicar umas às outras diferentes visões de mundo e de futuro de modo diferenciado e instantâneo (não somente por meio de textos, mas principalmente pelo visual). Fato este que a torna muito próxima da publicidade e, segundo Lipovetksy (1989, p. 189) [...] a mesma maneira que a moda, a publicidade se dirige principalmente ao olho, é promessa de beleza, sedução das aparências, ambiência idealizada antes de ser informação. Toma lugar no processo de estetização e de decoração generalizada da vida cotidiana,[...]. Por toda parte se expandem a maquiagem do real, o valor acrescentado estilo moda.. A moda seduz quase que simplesmente pela beleza de suas formas e pela maneira com a qual é demonstrada – sempre por meio de desfiles elaborados, fotos bem produzidas, entre outros. Estas façanhas realizadas pela indústria da moda podem tornar todo este ‘mundo da moda’ muito distante de nosso cotidiano – a não ser que estejamos inseridos nele por algum motivo. Isto já que os desfiles são, na maior parte das vezes, exclusivos para pessoas importantes e líderes de opinião do ramo. Todo este glamour do mundo da moda pode ser explicado por sua própria fase inaugural,. [...] onde o ritmo precipitado das frivolidades e o reino das fantasias instalaram-se de maneira sistemática e durável. A moda já revela seus traços sociais e estéticos mais característicos, mas para grupos muito restritos que monopolizam o poder de iniciativa e de criação. Trata-se do estágio artesanal e aristocrático da moda. (LIPOVETSKY, 1989, p. 25). Restrição esta que continua persistindo até os dias atuais, mas vem perdendo força cada dia mais principalmente pela força que as mídias sociais vêm ganhando com o tempo e pela utilização destas ferramentas por fashionistas3 buscando divulgar os ‘shows’ da moda – e também sua opinião sobre os mesmos – quase que simultaneamente ao momento em que ocorrem. A moda permite também, que cada pessoa faça interpretação própria sobre o visual de cada estilista. Segundo Durand (1988, p. 11) através da roupa, as pessoas comunicam que pertencem a uma classe social, a uma faixa etária e a um outro sexo. O vestuário é assim um classificador instantâneo de indivíduos em hierarquias sociais. É também um indicador de momentos da vida do indivíduo no interior de um grupo ou da vida de um 3. Fashionistas são pessoas que, trabalham ou não no mundo da moda, mas seguem as tendências de moda e criam um visual próprio utilizando-se destas..

(19) 19. grupo no interior da sociedade. É ainda um sinalizador de estados de espírito, ou seja, de uma certa variação de humores ou estados mentais.. A moda é capaz de individualizar cada pessoa, tornando-a diferente, apesar de ser parte de uma sociedade. É também capaz de torná-la parte de um determinado grupo que possui os mesmos interesses e vontades. Ela dá a possibilidade de a alta sociedade mudar o que existe – trazendo o novo – e introduzir as tendências em acordo com seu gosto próprio. (LIPOVETSKY, 1989, p. 47). Esta individualização e, ao mesmo tempo, pertencimento a determinado grupo, pode ser observada em nosso cotidiano onde – a maior parte dos grupos – é formado por pessoas que possuem interesses em comum e também que se vestem de modo parecido (o que pode ser observado mais facilmente nos jovens). Apesar das pessoas verem a moda simplesmente como os grandes estilistas e o lançamento de coleções inacessíveis, a moda – de modo geral – está instituída em nossa vida e vai além do lançamento de coleções e tendências. Segundo Barthes (apud Vincent-Ricard,1989, p. 139) “o sistema de moda é uma ordem da qual se faz uma desordem, mas é sobretudo uma função bem definida, ligada à ‘ambigüidade’ de um sistema ao mesmo tempo imprevisível e metódico, regular e desconhecido, aleatório e estruturado”. Isto porque a moda possui uma função de ser e uma maneira de ser distribuída e organizada, mas, ao mesmo tempo, pode receber inspiração de qualquer coisa/objeto/lugar – já que os influenciadores da moda são os estilistas e estes buscam inspiração em quaisquer coisas diversas.. 2.2 Histórico. A moda surge, segundo Durand (1988) na aristocracia, mais precisamente com as mulheres da alta burguesia ligadas ao consumo de luxo, e foi aos poucos se transformando – à medida que as mulheres passam a exercer suas funções no mercado de trabalho e surge a necessidade de roupas mais confortáveis para o dia-a-dia – e indo em direção aos pólos da modernidade. A Alta Costura4 sede espaço para as roupas mais funcionais, chamadas de pret-. 4. Segundo Durand (1988, p. 19) Alta Costura é “o artesanato de luxo que veste mulheres de elite”..

(20) 20. à-porter5, que – no começo – são apenas roupas de Alta Costura feitas em série; mas que continuam sendo de grande importância para o mundo da moda e de inspiração para as mudanças que ocorrem no mesmo. Em um primeiro momento os artesãos somente realizam o que é idealizado pela aristocracia, ou muitas vezes por eles mesmos, mas não tomam autoria dos trajes. O primeiro estilista a ser reconhecido pelo mundo foi Charles-Fréderic Worth, quando o mesmo funda [...] na rua de La Paix de Paris, sua própria casa, primeira da linhagem do que um pouco mais tarde será chamada de Alta Costura. [...] a verdadeira originalidade de Worth, de quem a moda atual continua herdeira, reside em que, pela primeira vez, modelos inéditos, preparados com antecedência e mudados freqüentemente, são apresentados em salões luxuosos aos clientes e executados após escolha, em suas medidas. (LIPOVETSKY, 1989, p. 71). É por este motivo que Worth pode ser considerado o fundador da Alta Costura, já que ele foi responsável pelo surgimento da moda com modelos confeccionados por um estilista e não mais em acordo com a vontade de suas clientes da alta aristocracia em um processo no qual o estilista não tinha poder de opinião. É também a partir do trabalho de Worth que os estilistas passam a ganhar reconhecimento no mundo da moda. Seu trabalho passa a ser visto como um processo extenso e complicado de criação e não somente como recriação dos pedidos de suas clientes. A partir disto temos o surgimento da moda como a vemos hoje e, além disso, “o aparecimento da moda traduz menos uma mudança econômica importante do que a continuidade, e até a exacerbação, de uma tradição aristocrática de magnificência que a crise econômica não conseguiu de modo algum destruir” (LIPOVETSKY, 1989, p. 51). A moda surge e se modifica a partir da cultura aristocrática da busca de promoção pela vestimenta e pelo adornamento. E com a Alta Costura aparece a organização da moda como a conhecemos ainda hoje, pelo menos em suas grandes linhas: renovação sazonal, apresentação de coleções por manequins vivos, e sobretudo uma nova vocação, acompanhada de um novo status social do costureiro. (LIPOVETSKY, 1989, p. 79). Os estilistas da Alta Costura precisavam, assim como ainda acontece atualmente, ‘chocar’ as pessoas para que sua coleção tivesse a amplitude necessária para ser um sucesso. Por este motivo a Alta Costura é composta de itens quase sempre inutilizáveis no dia-a-dia 5. Segundo Durand (1988) o prêt-à-porter surge como sendo roupa de luxo feita em série, sofrendo uma alteração com o passar dos anos para se tornar uma indústria diferenciada de moda, onde o poder passa a ser do comércio e não mais da indústria..

(21) 21. das pessoas comuns. E também por causa da Alta Costura que os estilistas ganharam a posição criativa que têm atualmente, sendo responsáveis pelo teor inventivo de cada coleção. Apesar de os desfiles atuais seguirem este padrão e nos fornecerem - nas passarelas muitas roupas que seriam muito pouco utilizadas no ‘mundo real’, os estilistas atuais tendem a apresentar versões de tendências de modo mais ‘chocante’ nas passarelas e modificá-las para que possam ser utilizadas pelo grande público. A passarela é responsável por demonstrar a tendência em seu nível mais alto, sendo posteriormente adaptada para serem utilizadas no dia-a-dia. Segundo Durand (1988, p. 45) as duas grandes guerras mobilizaram e uniformizaram enormes contingentes humanos (homens e mulheres). Submetida ao controle militar em regime de economia de guerra, a indústria de confecções foi forçada a limitar modelos e racionalizar a produção. O uniforme da mulher mobilizada teve de ser obviamente pratico e austero, fazendo retroceder a crescente ênfase erótica do vestuário feminino do século XX.. É também após o período das duas grandes guerras que se descobre o casual wear, com modelos simples que aliam estética e conforto e que permitem a produção em massa dos trajes (VINCENT-RICARD, 1989, p. 22). É esta abertura e experiência de produção em massa que torna possível o surgimento do prêt-à-porter que, “coincide com a emergência de uma sociedade cada vez mais voltada para o presente, euforizada pelo novo e pelo consumo” (LIPOVETSKY, 1989, p. 115). Com isso, a moda se torna uma indústria de massa, onde as tendências são adaptadas e transformadas em peças que podem ser produzidas iguais e massivamente, e consumidas por todos, e não somente apenas pela aristocracia – como ocorria anteriormente. Com isso, segundo Vincent-Ricard (1989, p. 128) “aos poucos, 80% da confecção comum foi substituída pelo prêt-à-porter, já não mais inspirada na alta-costura, e sim no estilo americano”. Ainda segundo Vincent-Ricard (1989) e também segundo Mendonça (1998) foram muitos os estilistas que de alguma forma contribuíram para que a moda se tornasse o que é hoje, entre eles:.

(22) 22. •. Paul Poiret liberou a mulher do espartilho e das vestimentas hiper elaboradas, foi o primeiro estilista a utilizar um modelo de vestimenta possível de ser industrializado e vendido como prêt-à-porter.. Figura 1: Vestido de Paul Poiret. Fonte: http://dvisible.com/2007/11/14/fashionrevolutionary-paul-poiret-and-the-introduction-of-the-elegant-tomboy/. •. Chanel fez modelos para a ‘mulher ativa’, com tecidos sóbrios e bem talhados, já que em 1914 – durante a primeira guerra – a mulher é obrigada a assumir as funções dos homens que estão então lutando na mesma.. Figura 2: Trajes Chanel. Fonte: http://fashionbubbles.com/historia-da-moda/as-grandesestilistas-da-moda-europeia-%E2%80%93-coco-chanel-%E2%80%93-parte-35/.

(23) 23. •. Vionnet faz modelos de vestidos para a mulher ativa, assim como Chanel, mas modelos para serem utilizados à noite.. Figura 3: Traje Madeleine Vionnet. Fonte: http://www.blogmodabrasil.com.br/2010/02/especial-volta-triunfal-da-vionnet.html. •. Durante a depressão de 1930 nos Estados Unidos, surge uma moda mais sensata e austera – que pode ser simbolizada pela criação do vestido chemisier, por Givenchy.. Figura 4: Vestido ícone de Givenchy – usado por Audrey Hepburn no filme ‘bonequinha de luxo’. Fonte: http://circuitosaladearte.files.wordpress.com/2010/03/bonequinha-de-luxo.jpg.

(24) 24. •. Em 1937 voltamos a uma onda romântica, com saias rodadas para a noite e uma imprescindível cintura fina – Elza Schiaparelli e Balenciaga foram estilistas provenientes desta época. Figura 5: traje de Schiaparelli – e seu http://gramorelli.wordpress.com/2008/06/page/2/. famoso. chapéu. sapato.. Fonte:. Figura 6: trajes clássicos de Balenciaga. Fonte: http://fashionbubbles.com/moda/cristobalbalenciaga-o-arquiteto-da-costura/.

(25) 25. •. Durante a segunda guerra a mulher perde seu caráter expressivo da moda, devido à dificuldade de encontrar as peças necessárias, sendo que o ‘toque feminino’ fica por conta de chapéus e bijouterias. Em 1947, Dior marca a volta da ‘mulher-mulher’ com a criação de seu new look, voltando a uma elegância sofisticada.. Figura 7: O New Look de Dior. Fonte: http://www.modasemfrescura.com/2008/03/. •. Nos anos 60 Courrèges inova utilizando sintéticos em coloridos primários, branco ótico e cores, cria uma linha nova curtíssima e arquitetural.. Figura 8: Courrèges ‘Moon-girl’. Fonte: http://wowandpow.blogspot.com/2009/04/pacotwiggy-la-mode-et-moi.html.

(26) 26. •. Em 1965 Mary Quant cria a minissaia e, em todo o mundo, as saias começam a se encurtar. Figura 9: Mary Quant e sua invenção http://www.modamodamoda.com.br/tag/meias/. •. –. a. minissaia.. Fonte:. Pierre Cardin cria o tubinho, que se tornam microvestidos com formas geométricas e bolsos.. Figura 10: Trajes de Cardin. Fonte: http://keyvieira.wordpress.com/2010/02/13/pierre-cardin/.

(27) 27. •. Yves Saint Laurent une a sobriedade dos smokings com a transparência dos chermisiers.. Figura 11: Smoking de Yves Saint Laurent. Fonte: http://dailymodalisboa.blogspot.com/2008/06/tributo-yves-saint-laurent.html. •. Paco Rabanne cria o primeiro vestido de plástico, e continua a utilizar de artimanhas para chocar o mundo da moda desde então. (grifo nosso). Figura 12: Trajes de Paco Rabanne. Fonte: http://fragrancias.blog.com/.

(28) 28. Somente para citar alguns dos mais importantes estilistas de nosso século e suas ‘invenções’ que fizeram com que a moda se torna o que é hoje, um aglomerado de tendências quem vêm e vão de acordo com o momento sócio-político que a sociedade vive. O que muitos não sabem é que a moda não é realizada de modo tão aleatório e efêmero como se pensa. Segundo Mendonça (1998, p. 288-290). [...] a época atual abriga dois conceitos de moda. Um deles está ligado a desfiles, passarelas, modelos e todo o fascínio que cerca as artísticas coleções, lançadas por famosos costureiros promovendo suas prestigiosas etiquetas, de que o mundo toma conhecimento através dos veículos de comunicação de massa. [...]. Por outro lado, não se pode desconhecer que a moda obedece a um certo mecanismo de produção, preestabelecido pelo Centro de Informação da Moda Mundial, e as indústrias do vestuário necessitam de um tempo enorme para concluir suas coleções e lançá-las no mercado. Com trinta e seis meses de antecedência a uma determinada estação, as indústrias de fibras e corantes colocam, para o mercado, as suas possibilidades e prioridades de fabricação. [...]. Vinte e oito meses antes, estas informações são distribuídas para todas as indústrias que trabalham com fibras e corantes, [...]. Dezoito meses antes da estação, os bureaux de style, [...] são informados sobre esses materiais, para que [...] desenvolvam as linhas gerais das tendências [...]. A exatos quatorze meses antes [...] divulgando as tendências para o mercado industrial de fios e linhas e, a dez meses, [...] onde todas as tecelagens e confeccionistas tomam conhecimento da matéria prima com que irão trabalhar. [...] Com seis meses de antecedência, acontecem os desfiles [...]. Depois disso, as demais confecções, baseadas nas linhas apresentadas pelos grandes criadores e divulgadas pela mídia, têm o curto espaço de tempo de meio ano para o desenho, produção e comercialização de seus modelos. (grifo do autor). Portanto, a indústria da moda vai muito além dos desfiles e lançamentos de coleções; ela envolve um trabalho direcionado durante um período longo de tempo para que possamos chegar às semanas de moda de todos os países e apresentar as novas tendências de cada estação. Porém todo o trabalho da indústria da moda se dá visando o padrão de lançamento sazonal de novas coleções, nas semanas de moda de cada país.. 2.3 A moda no Brasil. No Brasil, a moda começa com a importação de tecidos e ‘idéias’ do exterior, sendo que as pessoas responsáveis pela moda no país faziam de tudo para assistir aos desfiles do.

(29) 29. exterior e copiar tudo o que fosse possível (DURAND, 1988). Porque, naquela época, o que era do exterior era ‘chique’. E o consumo de moda no país era quase que completamente composto de peças copiadas do exterior. Segundo Feghali e Dwyer (2001 p. 29). os anos 50, 60 e 70 servem de marco para o que poderia se identificar como o início do boom da moda no Brasil. Nessa mesma época, explodia com grande velocidade na Europa o prêt-à-porter – a moda “pronta para usar”, isto é, roupas confeccionadas em larga escala. Multiplicaram-se as texturas, cores, estilos, e o consumidor tornou-se figura tão requisitada que as informações e tendências de fora, geradas em outros países, precisavam ser trabalhadas rapidamente. (grifo dos autores). A produção de moda no Brasil, portanto, se baseava nas tendências e mudanças ocorridas no exterior – padrão este que, com a globalização, continua se mantendo. As tendências mais fortes implantadas na moda brasileira são muitas vezes ‘cópias modificadas’ do que foi visto nas passarelas de fora do país. Como é o caso atual da moda de esmaltes de unha, em que a tendência de moda outono-inverno de 2010 segue os padrões utilizados nas passarelas do exterior (esmaltes nude, cinzas, azul, entre outros). Padrão este que pode ser verificado na nova coleção outono-inverno 2010 de Reinaldo Lourenço para Risque, ilustrado na figura a seguir:. Figura 13 – Coleção Outono-Inverno 2010 Risqué by Reinaldo Lourenço. Fonte: www.msn.lilianpacce.com.br. Porém não podemos esquecer que nem tudo na moda do país é copiado do exterior. Existem diversas coleções inspiradas em padrões e texturas completamente brasileiros. No.

(30) 30. Brasil há um mistura das tendências do exterior com a cultura de nosso país e o ‘orgulho de ser brasileiro’. Porque a moda se transmite atualmente não somente por meio de trajes, mas também pelos acessórios: esmaltes, brincos, bolsas, sapatos, etc. Porém, no Brasil “coleções com fôlego para fabricar milhares de peças a cada estação, inspiradas nas passarelas européias e com distribuição nacional, só começaram a conhecer seus dias de glória a partir da metade dos anos 70” (ANGARANI, 1993 apud FEGHALI; DWYER, 2001. P. 54). Isto devido à escassez de confecções no país, e à falta de distribuição – sendo que a moda era basicamente distribuída somente no eixo Rio - São Paulo (FEGHALI; DWYER, 2001. P. 53). Este padrão de distribuição da moda no Brasil vem mudando com os anos, mas o eixo Rio-São Paulo continua sendo quase que completamente responsável pela moda no país e, por este motivo vimos que seus dois principais eventos de moda ocorrem no Rio de Janeiro e em São Paulo – Fashion Rio e São Paulo Fashion Week, respectivamente. Estas duas cidades ainda são as responsáveis por ditar as tendências de moda brasileiras. Ainda segundo as autoras “a década de 1980 marca o surgimento das escolas de moda no Brasil – a técnica alia-se à criatividade de nossos estilistas” (FEGHALI; DWYER, 2001. P. 54). Começa o processo criativo da moda do país. Com isso surgem as oportunidades profissionais do mundo da moda que, no Brasil são: designer ou estilista, modelista, costureira e alfaiate, profissional de desenvolvimento de produto, executivo de marketing, técnico têxtil, engenheiro químico-têxtil, empresário, assistente de vendas ou vendedor, gerente de loja, fashion buyer ou comprador, consultor de estilo ou personal styler, vitrinista, sacoleira, designer na tecelagem, designer têxtil, designer gráfico, modelos, beauty artist, agência de beleza, stylist, produtor de moda, figurinista, diretor de desfile, diretor artístico, scouter e produtor de casting, booker ou agente, relações públicas, coordenador de camarim, coordenador de promoções e eventos, coordenador executivo, DJ, assessor de imprensa, assessoria de imprensa oficial, jornalista de moda, fotógrafo de moda, camareira, passadeira e segurança. (grifo nosso). Ainda segundo Feghali e Dwyer (2001) a moda no Brasil vive um bom momento, e alguns fatores foram importantes para esta conquista: •. A eleição da modelo Giselle Bündchen, em 1999, como sendo a melhor modelo do ano pela revista Vogue;. •. A conquista de fama internacional de alguns estilistas brasileiros, tais como Alexandre Hercovitch, Fause Haten e Tufi Duek;.

(31) 31. •. O destaque do estilista brasileiro Ocimar Versolato no mercado internacional de moda na alta costura;. •. O reconhecimento da cidade de São Paulo pela mídia internacional como sendo a capital da moda da América Latina. Além disso, atualmente as modelos brasileiras estão entre as top models mais. disputadas do mundo da moda, exemplos delas são: Fernanda Motta, Giselle Bündchen, Carol Trentini, Adriana Lima, Isabeli Fontana, entre outras. O Brasil vem crescendo de forma constante no mundo da moda internacional e prova disto foi a presença6 de Garance Doré e Scott Schuman, dois dos blogueiros mais importantes da atualidade no Fashion Rio e a presença do Rio de Janeiro em seus blogs durante a semana de moda do Rio de Janeiro (Fashion Rio que ocorreu em janeiro de 2010). Presença esta que pode ser confirmada pela figura abaixo, que mostra um post do Fashion Rio no blog ‘the sartorialist’:. Figura 14 - Foto de Scott Schuman. Fonte: www.thesartorialist.com. Além disso, segundo FEGHALI; DWYER (2001. P. 151) marcas estrangeiras estão começando a abrir suas lojas no Brasil. Em São Paulo, temos as lojas que atingem um publico seleto como a Chanel, Armani, Versace, entre outras. No Rio de Janeiro o público que as lojas estrangeiras estão visando não é tão elitizado. Com roupas mais em conta e modelos mais clássicos, a Zara e a MNG, duas marcas concorrentes. 6. Vide matérias em anexo e que estão disponíveis em: http://revistaestilo.abril.com.br/blogs/estilonews/2010/01/12/a-nova-musa-do-sartorialist-e-as-fotos-incriveis-de-garance-dore-no-fashion-rio/ (anexo A) e em: http://msn.lilianpacce.com.br/home/imprensa-internacional-fashion-rio/ (Anexo B)..

(32) 32. espanholas, abriram lojas grandes nos shoppings e nas ruas. (grifo dos autores). Tendência esta que pode estar mudando, já que as grifes mais sofisticadas estão também investindo atualmente no Rio de Janeiro e prova disso foi a recém-inauguração de uma loja da Chanel no shopping Leblon, em 09 de março de 2010. Portanto, o Rio de Janeiro é colocado também na visão das lojas que buscam um público seleto.. 2.4 A cultura da moda. Mas a moda não passou a existir somente como forma de transformar o consumismo do capitalismo, ela é um movimento cultural que acompanha as necessidades e valores da sociedade em que está inserida. Ela tem início, como já colocado neste capítulo, a partir da necessidade da alta burguesia de demonstrar seu valor – principalmente ‘copiando’ os trajes da aristocracia. Para esta sociedade ela tem valor, pois serve de controle do poder de cada cidadão, já que nesta as pessoas demonstram seu poder aquisitivo a partir de suas vestimentas. Na sociedade feudal a moda serve como um divisor de camadas social e, segundo Pearl Binder (Citado em Ewen, Channels of desire, p. 122 apud RABINE, 2002, p. 82) “constituíam uma maneira de reforçar o privilégio de classe numa estrutura social organizada”. Prova desta função cultural da moda ocorre no começo do século XX, quando, segundo Rabine (2002, p. 72) a transformação da moda que ocorre nesta época, quando a moda feminina abandona os modelos pesados e cheios de estrutura e passa a utilizar modelos mais simples e que revelam as formas da mulher ajudam na transformação da mulher para uma mulher mais independente. Não mais propriedade do marido, a mulher que consegue buscar o que deseja sozinha sem depender do dinheiro e da boa vontade de seu marido e/ou de seu pai – buscando mobilidade econômica. Além disso, esta transformação, sendo documentada pelas maiores revistas de moda da época transforma a mulher em objeto de desejo dos homens e documenta a passagem da mulher submissa para o movimento feminista que busca atribuir poder à mulher da época. A evolução das revistas de moda reflete esta evolução da mulher moderna – passando de mulher submissa, que se utiliza da moda somente para demonstrar o poder aquisitivo do marido, para a mulher mais assertiva, que busca conquistar ‘o mundo’ por si só e que tem mais consciência de seu corpo e de sua própria criatividade e poder..

(33) 33. Esta evolução de trajes ocorre para dar maior mobilidade para a mulher que deseja se inserir no mercado de trabalho, tirando-a de espartilhos e trajes pesados, e levando-a a utilização de trajes mais leves que permitam sua mobilidade no dia-a-dia. Além disso, segundo Silverman (2002, p. 211) [...] a roupa não só desenha o corpo de modo que ele possa ser visto, também mapeia a forma do ego. Então, cada transformação que ocorra dentro do código indumentário de uma sociedade implica alguma forma de mudança nas suas maneiras de articular a subjetividade.. Portanto, todas as mudanças que ocorrem na moda – suas tendências de cada estação – estão, ou deveriam estar, sempre em completo acordo com alguma mudança que está ocorrendo (ou já ocorreu) na sociedade atual. As mudanças da moda seguem as mudanças sócio-culturais e econômicas da sociedade. Com isso, “os valores considerados importantes para a sociedade em um momento histórico exercem influência direta no gosto e na moda” (MENDONÇA, 1998, p. 88). Além disso, segundo Lipovetsky (1989, p. 43) “instituição que registra em sua ordem as barreiras rígidas da estratificação e dos ideais de classes, a moda é, contudo, uma instituição em que se podem exercer a liberdade e a crítica dos indivíduos”. Portanto a moda exerce a função de dar o poder às pessoas para se expressarem a partir da vestimenta, tornando-se então a moda um signo que denota algum significado e que demonstra como seus criadores e consumidores desejam ser vistos. E, segundo Mendonça (1998, p. 76) “o código do vestuário é composto por inúmeras convenções, algumas das quais são tão sólidas e bem articuladas que o seu desrespeito acarretaria a reprovação dos demais membros do grupo”. Utiliza ainda o exemplo da não utilização de saias pelos homens, fator este que se torna predominante e que impõe que a vestimenta ‘saia’ é exclusivamente feminina. Vestimenta esta que só é utilizada por homens seguindo a tradição da utilização dos Kilts pelo povo irlandês, obviamente uma tradição própria de sua cultura. A moda é muito mais do que o simples adornamento e o gasto supérfluo com itens desnecessários, nós somos capazes de demonstrar quem somos, onde estamos e o que almejamos por meio do modo como nos vestimos. Realmente, é inquestionável que o vestuário não se destina apenas à proteção do corpo e que, por meio dele, veiculamos informações bastante elementares sobre nossa posição social, posto, ocupação, poder econômico, modo de pensar, ou sobre o papel, mais ou menos complexo, que queremos representar na sociedade (MENDONÇA, 1998, p. 79)..

(34) 34. O modo como nos vestimos é também uma das formas pelas quais como somos vistos pela sociedade e pelo respeito que adquirimos diante de nossas atividades e de nossa vida como um todo. Afinal, ninguém terá completa confiança em um advogado que aparece no tribunal de tênis, bermuda e camiseta. Para todos os ambientes e horários existe uma vestimenta certa a ser utilizada, e isso por si só já demonstra a importância que a moda tem em nosso cotidiano. Pudemos verificar neste capítulo que a moda pode ser vista como: •. A indústria da moda; que é a moda como negócio e a forma pela qual a moda se torna parte do capitalismo consumerista da sociedade atual. Indústria esta que, sobrevive durante o passar dos anos, mas na qual seus produtos devem se renovar a cada estação do ano, em acordo com o lançamento de novas tendências e coleções. Por este motivo esta é, ao mesmo tempo, permanente e sazonal. A produção da indústria da moda deve estar sempre em comum acordo com as tendências de moda de cada estação;. •. Arte; na qual são estabelecidas as tendências de moda de cada estação do ano. É a moda como inspiração, estilo de vida, e como forma de demonstrar ao mundo sua finalidade. É esta moda como arte que se transforma a cada estação do ano e são as tendências de moda, estabelecidas como arte, as responsáveis por estabelecer como a moda, em todas suas instâncias, é conduzida;. •. Expressão cultural; que está intrínseca na sociedade e nas mudanças sócio-culturais da mesma. A moda e a forma de se fazer moda se modifica com as mudanças culturais da sociedade.. Portanto, todas as instâncias da moda influem umas nas outras, mas a moda como um todo ocorre em acordo com o lançamento das novas coleções e, portanto, em acordo com as tendências apresentadas em cada estação do ano (nas semanas de moda)..

(35) 35. 3 A COMUNICAÇÃO. A comunicação é essencial para nossa sobrevivência, afinal, somos o que comunicamos. A comunicação se dá por meio de diversas maneiras; comunicamos nossos anseios e desejos por meio de nossos gestos, por meio de nossas vestimentas, mas principalmente por meio da utilização de nosso código de linguagem universal: o alfabeto. A maneira de se fazer comunicação mais antiga é a comunicação interpessoal, ou seja, aquela comunicação de pessoa para pessoa – pessoalmente ou por meio da utilização de ferramentas tecnológicas. Mas para que haja verdadeiramente a comunicação é necessário que estejamos dispostos a passar uma informação para uma ou mais pessoas e que estas sejam capazes de decifrá-la; seja por meio de da escrita, do som ou do visual. Utilizamos atualmente diversos aparatos tecnológicos para nos ajudar a passar a informação que desejamos e o presente capítulo deseja entender o que é a comunicação, como a mesma evoluiu para a atual utilização das mídias sociais, o impacto que a mesma tem no mundo da moda e, principalmente, qual o papel das relações públicas neste mundo da moda na atual cultura das mídias sociais.. 3.1 Definição. A comunicação, como dito anteriormente, está intrínseca em nossas vidas: comunicamos mesmo quando não nos damos conta do fato – mesmo inconscientemente estamos sempre nos comunicando com uma pessoa (ou pessoas) com as quais estamos em contato. Mas a comunicação vai muito além da simples conversa do dia-a-dia. Ela é, atualmente, de extrema importância para as organizações que desejam se firmar no mundo capitalista. Isso porque, em nossa sociedade atual o relacionamento que se dá entre a.

Referências

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