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Análise da prova nos benefícios previdenciários do segurado especial: consequências jurídicas e sociais.

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(1)

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

UNIDADE ACADÊMICA DE DIREITO

CURSO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

ESTELA RAÍSSA MEDEIROS NUNES DA SILVA

ANÁLISE DA PROVA NOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS DO

SEGURADO ESPECIAL: CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

SOUSA - PB

2011

(2)

ANÁLISE DA PROVA NOS BENEFÍCIOS PREVIDÊNCIÁRIOS DO

SEGURADO ESPECIAL: CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

Monografia apresentada ao Curso de

Ciências Jurídicas e Sociais do CCJS da

Universidade

Federal

de

Campina

Grande, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharela em

Ciências Jurídicas e Sociais.

Orientadora: Prof

ª

. Drª. Iana Melo Solano Dantas.

SOUSA - PB

2011

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Elaboração da Ficha Catalográfica:

Johnny Rodrigues Barbosa

Bibliotecário-Documentalista

CRB-15/626

S586a Silva, Estela Raíssa Medeiros Nunes da.

Análise da prova nos benefícios previdenciários do segurado

especial: consequências jurídicas e sociais. / Estela Raíssa Medeiros

Nunes da Silva. - Sousa - PB: [s.n], 2011.

76 f.

Orientadora: Professora Drª. Iana Melo Solano Dantas.

Monografia - Universidade Federal de Campina Grande; Centro

de Formação de Professores; Curso de Bacharelado em Ciências

Jurídicas e Sociais - Direito.

1. Direito Previdenciário. 2. Seguridade Social - benefícios. 3.

Previdência Social. 4. Segurado Especial - previdência. I. Dantas, Iana

Melo Solano. II. Título.

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A N A L I S E D A P R O V A N O S B E N E F i C I O S P R E V I D E N C I A R I O S D O S E G U R A D O E S P E C I A L : C O N S E Q U E M C I A S J U R I D I C A S E S O C I A I S . T r a b a l h o de conclusao d e curso a p r e s e n t a d o ao Curso d e Ciencias J u r i d i c a s e Sociais, d a Universidade Federal de C a m p i n a G r a n d e , e m c u m p r i m e n t o d o s requisitos necessarios para obtengao do tftulo d e Bacharel e m Ciencias J u r i d i c a s e Sociais.

Orientador: Prof. Esp. lana Melo S o l a n o

B a n c a E x a m i n a d o r a : Data de a p r o v a c a o :

Orientador: Prof. Esp. lana Melo Solano - U F C G Professor Orientador

E x a m i n a d o r interno

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Muito c o n h e c i m e n t o , que se sintam humildes. E assim que as e s p i g a s s e m graos e r g u e m d e s d e n h o s a m e n t e a cabega para o C e u , e n q u a n t o que as cheias as b a i x a m para a terra, sua m a e . "

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e dona de todo o m e u amor, para v o c e , m a e .

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A D e u s t o d a honra e toda gloria. Q u e nada s o u diante Dele, e s o m e n t e a Ele d e v e m ser d a d a s todas as d a d i v a s , e a g r a d e c i d a s t o d a s as conquistas. Porque t e n h o dentro de m i m a convicgao q u e Ele e o m e u d o n o e o m e u pai, e s e m Sua bengao s o b minha vida, n e n h u m feito eu seria c a p a z de realizar. C o m h u m i l d a d e e amor, a g r a d e c o i m e n s a m e n t e a D e u s , por m e permitir e s s a g r a c a .

N e m o m a i s longo dos a g r a d e c i m e n t o s conseguiria reproduzir c o m fidelidade t o d o s o s m o t i v o s q u e eu tenho para a g r a d e c e - l a . D o e n s i n a m e n t o das primeiras palavras a t o d o s as noites mal d o r m i d a s e m plantoes para que eu p u d e s s e ter u m a vida confortavel. Por pensar e m m i m muitas v e z e s antes de pensar e m si m e s m a . O r i g e m d a indestrutibilidade dos m e u s conceitos e valores. Por m e fazer ter a certeza q u e e u t e n h o a m e l h o r m a e do m u n d o , a m a i s s a b i a , a m a i s honesta, a mais a m i g a . A ti, m a e , eu a g r a d e c o .

A g r a d e c o c o m toda a forga d a m i n h a sinceridade a m i n h a f a m i l i a . T i v e a c h a n c e de na distancia a p r e n d e r a a m a - l o s e valoriza-los de u m a f o r m a ainda mais intensa e v e r d a d e i r a .

A minha avo, alicerce e m que eu m e apoio, fortaleza e m que m e i n s p i r e Mulher que se doa e m favor d o s outros, e m e ensina d i a r i a m e n t e o significado de amor. Linda, e m t o d a s as s u a s c o n o t a c o e s . T r a d u z o real sentido de humildade, tolerancia e d e d i c a c a o . A tarefa mais facil do m u n d o e a m a - l a .

A ele, por quern as lagrimas m e v e m antes m e s m o que e u e s c r e v a . Pela s a u d a d e infinita que sinto e,m m e u peito, t o d o o m e u a g r a d e c i m e n t o . O m e u pai, o m e u avo, o m e u m e s t r e , o m e u amor. De quern tanto m e orgulho e m ser neta, e n c r a v a d o e m m i n h a c a r n e , e e m m e u coracao. Deixou a licao de perseveranga, dignidade, c o r a g e m e alegria. E x e m p l o de vida e de morte. A o s e n h o r v o v o , q u e eu tanto a m o .

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Pelo e x e m p l o d e vida e d e c a s a m e n t o , por e s t a r e m s e m p r e ao m e u lado.

A Tio Benaldo, por m e fazer acreditar que p o d e m o s melhorar a cada dia. Pela f o r m a tao carinhosa c o m que s e m p r e m e tratou, e por ter trazido Lili e Vivi para alegrar os m o m e n t o s d a n o s s a familia.

A Tia Benise, por ser m i n h a conselheira espiritual, motivadora d a fe inabalavel que hoje carrego c o m i g o . Pelo a m o r que ininterruptamente m e d e d i c o u .

A Tio Benilton, pela palavra s e n s a t a , pelo c o n s e l h o certeiro, e por tornar a m i n h a infancia repleta de l e m b r a n c a s felizes. Por T e r e z a , Bia e J o a o Victor, a g r a d e c o .

A m i n h a s primas que a m o , Nana, Mel e Barbara, por t e r e m e s q u e c i d o q u e d e fato s o m o s primas, e serem minhas irmas. A A n d r e , Felipe e BJ, q u e j u n t o s a j u d a m a construir m i n h a historia.

A o m e u n a m o r a d o Danilo, pelo orgulho e a d m i r a c a o que m e c a u s a , d o n o d e valores tao bonitos, de u m a familia a m a v e l e querida, que s e m p r e terei e m m e u coragao. Pelos m o m e n t o s de felicidade e x t r e m a que m e proporciona, e por m e fazer querer a m a - l o c a d a dia mais.

A t o d o s os m e u s a m i g o s , r e p r e s e n t a d o s nas p e s s o a s de F e r n a n d i n h a , Lala, Lulinha, Rafael, Renato, Sarita, T a i s e O h a n a , pelo v i n c u l o inquebravel que c o n s t r u i m o s , por m e fazer querer estar s e m p r e perto, por t o d a s as experiencias divididas, e pela certeza d o apoio e do carinho.

A g r a d e g o a Dr. Orlan, Juiz Federal d a 8a vara, pela contribuigao a realizagao deste e s t u d o , e pela constante atengao q u e c o n c e d e a o s q u e dele p r e c i s a m .

A o corpo d o c e n t e do C C J S , pelas ligoes de Direito e de vida, e s p e c i a l m e n t e a minha orientadora lana Melo, pelas palavras s e m p r e t a o sinceras e ajuda imprescindivel a concretizagao d e s s e trabalho.

(9)

O p r e s e n t e estudo pretende analisar a prova nos beneficios previdenciarios do s e g u r a d o especial e s u a s c o n s e q u e n c i a s juridicas e sociais. Faz consideragoes d e s d e S e g u r i d a d e Social, b e m c o m o Previdencia, e s m i u c a n d o o c o n c e r n e n t e ao S e g u r a d o Especial. T r a z o historico da S e g u r i d a d e social, e elenca os principios mais representatives que r e g e m o t e m a . Expoe quais sao os beneficios de natureza previdenciaria q u e poderao ser c o n c e d i d o s ao s e g u r a d o especial, c o m o t a m b e m sao explicadas definigoes e tecidos c o m e n t a r i o s a respeito d o s s e u s principais atributos e caracteristicas. Tern c o m o primordial finalidade avaliar a suficiencia, o u insuficiencia, dos meios de provas admitidas ao s e g u r a d o especial para fins d e c o m p r o v a g a o d a atividade rural. Q u e s t i o n a a Lei 8.213/91 j u n t a m e n t e c o m a sumula 149 do S T J , no tocante a exigencia imposta por a m b a s de q u e a prova a p r e s e n t a d a pelo s e g u r a d o especial nao seja a p e n a s t e s t e m u n h a l , m a s a c o m p a n h a d a de prova d o c u m e n t a l . A p o n t a q u e a exigencia de inicio d e prova material d a c a u s a a injustigas, na m e d i d a e m que muitos s e g u r a d o s que f a z e m j u s ao recebimento d e d e t e r m i n a d o beneficio, nao sao c o n t e m p l a d o s c o m a efetiva concretizagao do seu direito. A d e m a i s , a m e n c i o n a d a exigencia e responsavel por f o m e n t a r a fraude de d o c u m e n t o s , e o surgimento de intermediaries. D e f e n d e - s e que a imposigao d a n e c e s s i d a d e d e inicio de prova material seja d e s t i n a d o so a autarquia previdenciaria. E n t e n d e - s e q u e a aceitagao d e s s a limitagao por parte do magistrado configura violagao do principio d a igualdade, d o livre c o n v e n c i m e n t o motivado do juiz, d a Constituigao Federal e do C o d i g o d e P r o c e s s o Civil.

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T h i s study a i m s to e x a m i n e the e v i d e n c e in welfare benefits the insured and their particular legal a n d social c o n s e q u e n c e s . M a k e s considerations f r o m Social Security and W e l f a r e , the ferreting out c o n c e r n i n g the Special Insured. It brings the history of Social security, and lists t h e m o s t significant principles governing t h e subject. Sets out w h a t a r e the benefits of security nature w h i c h m a y be granted special insured, as well as definitions are explained and tissues c o m m e n t s about their key attributes and characteristics. Its primary p u r p o s e to evaluate the sufficiency or insufficiency of the m e a n s of e v i d e n c e admitted to the special insured for p u r p o s e s of attestation of rural activity. Questions the Law 8 2 1 3 / 9 1 the s c o r e s h e e t along with 149 f r o m the S u p r e m e Court, regarding the requirement i m p o s e d by both that the e v i d e n c e s u b m i t t e d by t h e insured is not only special testimonial, but a c c o m p a n i e d by d o c u m e n t a r y e v i d e n c e . It indicates that the requirement for the initiation of physical e v i d e n c e gives cause to injustices, to the extent that m a n y policyholders are entitled to receive certain benefit, are not dealt with the effective i m p l e m e n t a t i o n of its law. Moreover, the a f o r e m e n t i o n e d requirement is responsible for fostering the forgery, and the e m e r g e n c e of intermediaries. It is argued that the imposition of the need for early proof material is intended only to local authority pension. It is understood that a c c e p t a n c e of this limitation by the magistrate a violation of the principle of equality, f r e e d o m of conviction motivated the j u d g e of t h e Federal Constitution and C o d e of Civil Procedure.

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A D I n - A c a o Direta de Inconstitucionalidade C A P - Caixas de A p o s e n t a d o r i a s e P e n s o e s C E M E - Central de M e d i c a m e n t o s

C N I S - C a d a s t r o Nacional de Informacoes Sociais

C O F I N S - Contribuicao para F i n a n c i a m e n t o da S e g u r i d a d e Social C P M F - Contribuicao Provisoria sobre M o v i m e n t a g a o Financeira

D A T A P R E V - E m p r e s a de P r o c e s s a m e n t o de D a d o s da Previdencia Social F U N A B E M - F u n d a c a o Nacional do B e m - E s t a r do Menor

F U N R U R A L - F u n d o de Assistencia ao T r a b a l h a d o r Rural

I A P A S - Instituto d e A d m i n i s t r a c a o Financeira d a Previdencia Social IAMP - Instituto d e A p o s e n t a d o r i a s e Pensoes d o s M a r i t i m o s

IAPI - Instituto de A p o s e n t a d o r i a s e P e n s o e s d o s Industriarios

I N A M P S - Instituto Nacional de Assistencia Medica d a Previdencia Social I N P S - Instituto Nacional de Previdencia Social

INSS - Instituto Nacional do S e g u r o Social LBA - F u n d a c a o Legiao Brasileira de Assistencia L O P S - Lei Organica da Previdencia Social

M P A S - Ministerio d a Previdencia e A s s i s t e n c i a Social M P S - Ministerio d a Previdencia Social

M T P S - Ministerio do Trabaiho e Previdencia Social OIT - O r g a n i z a g a o Internacional do T r a b a i h o

PIS - P r o g r a m a de Integracao Social

P R O R U R A L - P r o g r a m a de A s s i s t e n c i a ao T r a b a l h a d o r Rural R F B - Secretaria d a Receita Federal do Brasil

S I N P A S - Sistema Nacional de Previdencia e Assistencia Social S U S - Sistema Unico de S a u d e

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1 I N T R O D U Q A O 12 2 S E G U R I D A D E S O C I A L 15 2.1 E v o l u c a o H i s t o r i c a 15 2.2 P r i n c f p i o s 19 2.2.1 U N I V E R S A L I D A D E DA C O B E R T U R A E D O A T E N D I M E N T O 20 2.2.2 U N I F O R M I D A D E E E Q U I V A L E N C E D O S B E N E F I C I O S E S E R V I Q O S A S P O P U L A Q O E S U R B A N A S E R U R A I S 20 2.2.3 S E L E T I V I D A D E E D I S T R I B U T I V I D A D E NA P R E S T A Q A O D O S BENEFJCIOS E S E R V I Q O S 21 2.2.4 I R R E D U T I B I L I D A D E D O V A L O R D O S B E N E F I C I O S 22 2.2.5 E Q U I D A D E N A F O R M A D E P A R T I C I P A Q A O N O C U S T E I O 23 2.2.6 D I V E R S I D A D E DA B A S E D E F I N A N C I A M E N T O 23 2.2.7 C A R A T E R D E M O C R A T I C O E D E S C E N T R A L I Z A D O DA A D M I N I S T R A Q A O , M E D I A N T E G E S T A O Q U A D R I P A R T I T E , C O M P A R T I C I P A Q A O D O S T R A B A L H A D O R E S , D O S E M P R E G A D O R E S , D O S A P O S E N T A D O S E D O G O V E R N O N O S O R G A O S C O L E G I A D O S 24 2.2.8 S O L I D A R I E D A D E 25 2.3 C o n c e i t o d e S e g u r i d a d e S o c i a l 26 2.4 P r e v i d e n c i a S o c i a l 30 2.4.1 S E G U R A D O E S P E C I A L 32 3 B E N E F J C I O S P R E V I D E N C I A R I O S C O N C E D I D O S A O S E G U R A D O E S P E C I A L 3 6 3.1 A u x i l i o - D o e n c a 37 3.2 A p o s e n t a d o r i a P o r Idade 40 3.3 A p o s e n t a d o r i a P o r Invalidez 43 3.4 P e n s a o P o r Morte 46 3.5 S a l a r i o - M a t e r n i d a d e 48 3.6 A u x i l i o - R e c l u s a o 51 3.7 A u x i l i o - A c i d e n t e 52 4 D O I N S T I T U T O D A P R O V A 55 4.1 D a P r o v a No Direito P r e v i d e n c i a r i o 57

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5 C O N C L U S A O 71 R E F E R E N C E S 74

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1 I N T R O D U Q A O

T e m - s e por S e g u r i d a d e Social o conceito de conjunto integrado de principios, regras e instituicoes c o m a finalidade de constituir urn sistema d e s t i n a d o aos c i d a d a o s de protecao social contra a d v e r s i d a d e s que v e n h a m a os impedir de prover tanto s u a s n e c e s s i d a d e s pessoais basicas q u a n t o a dos m e m b r o s de sua familia. E estabelecido a partir de atitudes d e iniciativa d a propria s o c i e d a d e j u n t a m e n t e c o m acoes praticadas pelo Poder Publico. Tern por finalidade garantir direitos pertinentes a s a u d e , assistencia e previdencia social.

Inserido dentro do g e n e r o S e g u r i d a d e , a Previdencia Social constitui urn seguro de o r d e m social q u e objetiva garantir a renda do contribuinte e d a sua familia, e m c a s o s de contingencias c o m o d o e n g a , acidente, gravidez, prisao, m o r t e e velhice. E f o r m a d a por dois regimes principals de filiagao obrigatoria, o R G P S -R e g i m e Geral da Previdencia Social, e os -R e g i m e s Proprios da Previdencia Social dos servidores publicos e militares. Ha t a m b e m o R e g i m e de Previdencia C o m p l e m e n t a r , de filiagao facultativa. Registre-se q u e para fins de avaliagao no p r e s e n t e estudo sera d a d o e n f o q u e especial ao R e g i m e Geral d a Previdencia Social.

A t r a v e s de agoes integradas por diversos o r g a o s , a e x e m p l o representative o I N S S - Instituto Nacional do S e g u r o Social, a previdencia protege os s e g u r a d o s , p e s s o a s que se filiam ao R G P S de f o r m a obrigatoria ou facultativa, e s e u s d e p e n d e n t e s , a partir da c o n c e s s a o de beneficios e prestagao de servigos.

Caracterizados pelo fato de a filiagao a previdencia ser imposta por lei, os s e g u r a d o s obrigatorios sao: o e m p r e g a d o , o e m p r e g a d o d o m e s t i c o , o contribuinte individual, o trabalhador avulso, e o s e g u r a d o especial.

A b o r d a g e m a m p l a sera d a d a ao s e g u r a d o especial, q u e e o produtor, parceiro, meeiro e arrendatario rural, a l e m do p e s c a d o r artesanal, b e m c o m o os respectivos conjuges, d e s d e q u e d e s e m p e n h e m s u a s atividades laborativas sob o regime de e c o n o m i a familiar, q u e se caracteriza pela inexistibilidade de e m p r e g a d o s c o n s t a n t e s .

A o s e g u r a d o especial serao c o n c e d i d o s os beneficios de auxilio-doenga, a p o s e n t a d o r i a por idade, a p o s e n t a d o r i a por invalidez, p e n s a o por morte, salario-m a t e r n i d a d e , auxilio-reclusao e auxilio-acidente.

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Para que seja apto a receber e s s e s beneficios e necessario que o s e g u r a d o especial c o m p r o v e sua qualidade de s e g u r a d o e o c u m p r i m e n t o d a carencia exigida para c a d a beneficio perante o I N S S , acrescidas as exigencias e s p e c i f i c a s de cada beneficio, c o n f o r m e o c a s o .

Insta salientar que materia legal pertinente ao assunto a ser verificado encontrar-se-a presente, na sua maioria, nas linhas da Lei 8.213 do ano de 1 9 9 1 .

O presente estudo tern c o m o primordial finalidade fazer u m a analise a cerca d a dificuldade e n c o n t r a d a pelos t r a b a l h a d o r e s rurais, e m fazer valer o s e u direito a aquisigao de beneficios. F a z e n d o a p r e c i a c a o q u a n t o as provas que sao admitidas a eles para fins d e c o m p r o v a c a o d a atividade c a m p e s i n a , p r e c i s a m e n t e na proibicao arbitrada pelo paragrafo 3° do artigo 55 da Lei 8.213 c o r r o b o r a d a pela S u m u l a 149 d o S T J que i m p e d e a p r o d u c a o de provas estritamente t e s t e m u n h a l .

E necessario analisar se o trabalhador rural q u e vive e m regime de e c o n o m i a familiar tern s e u s direitos efetivamente a m p a r a d o s . Se, a f o r m a c o m o hoje Ihe e c o n c e d i d o o direito de c o m p r o v a r a sua situacao de s e g u r a d o especial pela autarquia INSS e pelo poder judiciario e a m a i s a d e q u a d a , e que c o n s e q u e n c i a s sociais e juridicas s a o produzidas diante da conjuntura atual.

Portanto, a g r a n d e c e l e u m a sobre a t e m a t i c a se f u n d a nas seguintes hipoteses: levando e m c o n s i d e r a g a o os p r o b l e m a s sociais brasileiros q u e dificultam o a c e s s o do agricultor a instrucao e a p r o d u c a o de d o c u m e n t o s que c o m p r o v e m seu trabaiho no c a m p o ao longo dos anos, s a o suficientes os m e i o s probatorios admitidos administrativa e judicialmente para q u e se a p u r e a q u a l i d a d e d e s e g u r a d o especial d o s t r a b a l h a d o r e s rurais? Q u e resultados sao brotados e m virtude d a pratica q u e hoje e aplicada?

Deseja-se contribuir cientificamente no e s c l a r e c i m e n t o sobre e s s a s i n d a g a c o e s , para que se p o s s a ter explicagoes e c o n c l u s o e s mais precisas sobre a situacao e m que hoje se e n c o n t r a m tutelados os direitos do s e g u r a d o especial.

No primeiro capitulo serao e x p o s t o s n o r t e a m e n t o s basicos da S e g u r i d a d e Social, para isso, sucintos c o m e n t a r i o s acerca do seu d e s e n v o l v i m e n t o ao longo das e p o c a s , b e m c o m o serao definidas s u a s principals caracteristicas e principios q u e a norteiam. Dentro do contexto d a s e g u r i d a d e , serao a p r e c i a d o s os e l e m e n t o s essenciais d a Previdencia Social, b e m c o m o definicao e analise do p e r s o n a g e m alvo deste e s t u d o , o s e g u r a d o especial. Ja no s e g u n d o capitulo serao e s t u d a d o s os beneficios q u e p o d e m ser c o n c e d i d o s ao s e g u r a d o especial. Por fim, no terceiro e

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ultimo, sera apreciada a prova c o m o instituto, e inserida no direito previdenciario, p r e c i s a m e n t e as admitidas ao s e g u r a d o especial. £ q u a n d o s e r a o a b o r d a d o s os q u e s t i o n a m e n t o s acerca do t e m a , c o m analise de jurisprudencia, a l e m da opiniao de e s t u d i o s o s da area.

Para que s e j a m a l c a n c a d o s os objetivos relatados alhures, utilizar-se-a o m e t o d o d e a b o r d a g e m dedutivo, visto q u e , partindo-se d e u m a realidade ampla buscar-se-a constatar d e d u c o e s estreitas na t e m a t i c a a b o r d a d a . C o m o m e t o d o de p r o c e d i m e n t o sera o m e t o d o monografico, o b e d e c e n d o a metodologia proposta. C o m o tecnica d e pesquisa, utilizar-se-a a d o c u m e n t a c a o indireta atraves de p e s q u i s a bibliografica de doutrina, artigos cientificos, jurisprudencia, e sites d a internet.

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2 S E G U R I D A D E S O C I A L

A n t e s de adentrar nos r a m o s d o direito previdenciario e destrinchar o assunto preterido neste estudo de conclusao de curso, faz-se necessario, p r i m e i r a m e n t e , e n t e n d e r os n o r t e a m e n t o s basicos d o t e m a e m e x a m e . Para isso, neste inicial m o m e n t o , u m a breve ligao a c e r c a do seu d e s e n v o l v i m e n t o ao longo do t e m p o m o s t r a - s e justa e indispensavel a s s i m c o m o definir principios, caracteristicas e conceitos.

2.1 E v o l u c a o H i s t o r i c a

£ e s t u d a n d o o p a s s a d o que m e l h o r se c o m p r e e n d e os f e n o m e n o s existentes no agora. Institutos, leis, principios, normas que hoje norteiam o Direito tern s u a g e n e s e e m t e m p o s p a s s a d o s , alguns muito antigos, e c o m o Direito Previdenciario nao havia de ser diferente.

O m e d o e s e n t i m e n t o da essencia h u m a n a , t e m - s e m e d o daquilo que se d e s c o n h e c e , e q u e , por c o n s e g u i n t e , nao se pode controlar. E u m m e c a n i s m o de nosso inconsciente, d e s i g n a d o para nos proteger. O receio de levar u m a vida de miseria a c o m p a n h a o h o m e m d e s d e t e m p o s muito remotos. E e e x a t a m e n t e essa p r e o c u p a g a o que m o v e o h o m e m a buscar u m a f o r m a de prover a subsistencia d a q u e l e s que nao p o d e m custear sua propria vida, ou q u a n d o por a l g u m infortunio, nao mais p o d e m manter seu proprio custeio.

T e m - s e e m R o m a os primeiros sinais historicos de u m a p r e o c u p a g a o c o m a s e g u r i d a d e social, q u a n d o e r a m recolhidos d o s s o l d a d o s 2/7, dois setimos, d o s e u salario para q u a n d o ele se a p o s e n t a s s e , e, entao c h e g a d o este m o m e n t o , recebia o m o n t a n t e j u n t a m e n t e c o m u m pedago de terra. Ha t a m b e m , na Idade Media, a figura d a s confrarias, associagoes c o m finalidade religiosa de p e s s o a s de u m a m e s m a categoria ou profissao, o n d e seus a s s o c i a d o s p a g a v a m taxas anuais, para que f o s s e m utilizadas no caso de p o b r e z a , doenga ou velhice.

No decorrer do p r o c e s s o evolutivo, varios p a i s e s c o m e g a r a m a d e m o n s t r a r sua p r e o c u p a g a o e m a s s e g u r a r ao cidadao u m a f o r m a de subsistencia na

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ocorrencia de infortunios. P a i s e s c o m o Franga, A l e m a n h a , Inglaterra, i m p l e m e n t a r a m e m seu o r d e n a m e n t o juridico n o r m a s de carater assegurador. A e x e m p l o , a Declaracao dos Direitos do H o m e m e d o C i d a d a o d a Constituicao f r a n c e s a , d a t a d a e m 1793, que de f o r m a clara, tratava no seu artigo 21 q u e :

A assistencia publica e uma divida sagrada. A sociedade deve sustentar os cidadaos infelizes, dando-lhes trabaiho, ou assegurando os meios de subsistencia aos que nao estejam em condicoes de trabalhar.1

Foi o Mexico, no ano de 1917, o primeiro p a i s do m u n d o a prever na sua Constituicao o s e g u r o social. Foi o precursor de u m a nova f a s e , o c h a m a d o constitucionalismo social, forte t e n d e n c i a mundial de dedicar parte do c o n t e u d o d a s Constituicoes a o s direitos sociais, dentre eles os trabalhistas, e c o n o m i c o s , e previdenciarios. £ u m a importante f a s e na c o n s o l i d a c a o da materia previdenciaria nas legislagoes patrias d e u m a g r a n d e parte dos paises, m a i s e s p e c i f i c a m e n t e a s s e g u r a d a e m s u a s respectivas constituigoes, ungindo de mais forga e solidez o direito previdenciario no m u n d o .

Criada e m 1 9 1 9 a O I T - Organizagao Internacional do T r a b a i h o deu e n f a s e a n e c e s s i d a d e d e ser instituido u m p r o g r a m a sobre a previdencia social, vindo a posteriormente aprova-lo no a n o de 1 9 2 1 . Varias c o n v e n g o e s trataram d a materia, c o m o e x e m p l o a de n u m e r o 12, ainda no ano de 1 9 2 1 , que versava sobre acidentes de trabaiho na agricultura.

Em c o n f o r m i d a d e c o m as diversas c o n v e n g o e s da OIT, j u n t a m e n t e c o m a forte t e n d e n c i a m u n d i a l , que c o m o passar d o s a n o s perdeu o carater de t e n d e n c i a e t o r n o u - s e regra, a d e n s a maioria d o s p a i s e s do m u n d o tinha e m s e u corpo legislativo p r o g r a m a s destinados a assegurar a s e g u r i d a d e social, e no Brasil d e u -se, entao, da m e s m a forma.

A primeira norma a tratar d a previdencia social no Brasil, e m b o r a seja t e m a nao pacificado doutrinariamente, foi o Decreto n° 4.682 d e 1923, a c h a m a d a Lei Eloy C h a v e s , que institui as C A P ' s - Caixas de A p o s e n t a d o r i a s e P e n s o e s , garantindo u m s i s t e m a de beneficios para os ferroviarios. T r e s a n o s depois os b e n e f i c i o s da

1 D E C L A R A C A O DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADAO. Disponivel em:

<http://direitoshumanos1789.blogspot.com/2008/12/revoluo-francesa-1789-1799.html> Acesso em: 10 mar 2011.

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referida Lei f o r a m estendidos aos funcionarios portuarios e m a r i t i m o s , mais a seguinte f o r a m abrangidos pelo regime d a Lei os e m p r e g a d o s d a s e m p r e s a s de servicos telegraficos e radiotelegraficos, posteriormente f o r a m criadas C A P ' s para os t r a b a l h a d o r e s d o s servicos de forca luz e b o n d e .

C o m o se faz perceber, ate entao os regimes previdenciarios se o r g a n i z a v a m por e m p r e s a . A partir do ano de 1930 o sistema p a s s o u e n t a o a se estabelecer e m torno de categorias profissionais, q u a n d o f o r a m criados os Institutos, a e x e m p l o do IAMP - Instituto de A p o s e n t a d o r i a s e P e n s o e s dos M a r i t i m o s e o IAPI - Instituto de A p o s e n t a d o r i a s e P e n s o e s dos Industriarios, dentre tantos outros.

Importante ressaltar ser a Constituicao brasileira de 1934 a primeira a e s t a b e l e c e r a f o r m a tripartite de custeio d o s beneficios atraves d a s contribuigoes d o s trabalhadores, dos e m p r e g a d o s e do Poder Publico. A n t e s de dar lugar a f o r m a quadripartite de custear a previdencia, a d o t a d a h o d i e r n a m e n t e , e levantada e m topico proprio e m m o m e n t o oportuno.

No ano d e 1960, significativa norma previdenciaria foi instaurada c o m o a d v e n t o d a Lei n° 3.807, a L O P S - Lei O r g a n i c a da Previdencia Social, que e s t a b e l e c e u a organizagao da Previdencia Social, criou novos beneficios e unificou regras para o a m p a r o a s e g u r a d o s e d e p e n d e n t e s d o s varios Institutos existentes ate entao.

No a m b i t o Rural, e m 1963 c o m a Lei 4 . 2 1 4 , foi criado o F U N R U R A L - F u n d o de A s s i s t e n c i a ao T r a b a l h a d o r Rural, que nao t e v e aplicacoes praticas, f o r a m criados alguns servigos assistenciais, diferentes d o s c o n c e d i d o s ao trabalhador u r b a n o . Importantes avangos c o m g a n h o s reais s a o p e r c e b i d o s no ano de 1 9 7 1 , c o m o i m p l e m e n t o da Lei C o m p l e m e n t a r n° 11 que instituiu o P r o g r a m a de A s s i s t e n c i a ao T r a b a l h a d o r Rural, o d e n o m i n a d o P R O R U R A L . C o m o s e u a d v e n t o , f o r a m c o n c e d i d o s ao trabalhador rural os beneficios da aposentadoria por velhice, invalidez: p e n s a o e auxilio-funeral, t o d o s eles no valor de m e t a d e d o salario m i n i m o vigente na e p o c a . Para administrar o P R O R U R A L , o F U N R U R A L foi t r a n s f o r m a d o e m autarquia d e t e n d o e m si a responsabilidade do controle do referido p r o g r a m a .

A i n d a no ano de 1 9 7 1 , foi criado o Ministerio do T r a b a i h o e Previdencia Social, o M T P S , adquirindo a Previdencia Social, pela primeira, v e z a condigao de Ministerio. No ano de 1974 ha u m a desvinculagao do Ministerio do T r a b a i h o , s e n d o instituido o M P A S - Ministerio d a Previdencia e A s s i s t e n c i a Social, c o m ele, a

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Previdencia Social g a n h a v a cada vez mais e s p a g o no cenario politico, juridico e social brasileiro.

Por meio do a d v e n t o d a Lei n° 6.439 no a n o d e 1977 foi instituido no Brasil o S I N P A S - S i s t e m a Nacional de Previdencia e A s s i s t e n c i a Social, que vislumbrava c o m o objetivo unir as atividades da previdencia social, assistencia medica e assistencia social. O S I N P A S era a uniao de a l g u m a s entidades, quais s e j a m : INPS - Instituto Nacional de Previdencia Social; I A P A S - Instituto de Administragao Financeira d a Previdencia Social; I N A M P S - Instituto Nacional de Assistencia Medica d a Previdencia Social; LBA - F u n d a g a o Legiao Brasileira de Assistencia; F U N A B E M - F u n d a g a o Nacional d o B e m - E s t a r do Menor; D A T A P R E V - E m p r e s a de P r o c e s s a m e n t o de Dados da Previdencia Social e C E M E - Central de M e d i c a m e n t o s .

A atual Constituigao Federal brasileira, q u a n d o p r o m u l g a d a e m 1988, inovou no ambito d o Direito Previdenciario no m o m e n t o e m q u e destinou u m capitulo inteiro tratando da S e g u r i d a d e Social. A partir de entao se afigura a organizagao que se m a n t e m ate os dias atuais: a S e g u r i d a d e Social c o m o g e n e r o d o s quais f a z e m parte a Previdencia Social j u n t a m e n t e c o m a S a u d e e Assistencia Social.

Dois a n o s se p a s s a r a m , e e m 1990 o artigo 17 da Lei n° 8.029 possibilita a criagao d o I N S S - Instituto Nacional do S e g u r o Social. O decreto n° 99.350 efetivamente da o r i g e m a autarquia federal, m e d i a n t e a f u s a o do IAPAS c o m o INPS.

Foi e m 1991 que d u a s importantes n o r m a s da s e g u r i d a d e social entraram e m vigor, verdadeiras diretrizes de boa parte do Direito Previdenciario. S a o as Leis n° 8.212 e 8.213, que t r a t a m , respectivamente, do custeio do s i s t e m a d a seguridade social e d o s pianos de beneficios d a previdencia social. C a b e ressaltar q u e a m b a s f o r a m r e g u l a m e n t a d a s posteriormente por s u c e s s i v o s decretos, ate c h e g a r ao

Decreto n° 3.048 de 1999, a p r o v a n d o o R e g u l a m e n t o d a Previdencia Social, e que h o d i e r n a m e n t e vigora.

Para evitar o b s c u r i d a d e s e firmar c o m clareza o c o n t e u d o , faz-se necessario informar c o m precisao o que a c o n t e c e u c o m as entidades pertencentes ao S I N P A S ao passar dos anos. F o r a m extintas I N A M P S , LBA, F U N A B E M e C E M E . C o m o supracitado I A P A S e I N P S f u n d i r a m - s e para a f o r m a g a o do INSS. A D A T A P R E V continua e m atividade, s e n d o hoje e m p r e s a publica c h a m a d a de E m p r e s a de T e c n o l o g i a e Informagoes da Previdencia Social.

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A t u a l m e n t e , pela redagao d a Lei n° 10.683 de 2 0 0 3 , o Ministerio d a Previdencia e A s s i s t e n c i a Social p a s s o u a ser c h a m a d o de Ministerio da Previdencia Social - M P S . A Assistencia Social esta vinculada ao Ministerio do D e s e n v o l v i m e n t o Social e C o m b a t e a F o m e . A s contribuicoes previdenciarias s a o a r r e c a d a d a s e fiscalizadas pela R F B - Secretaria da Receita Federal do Brasil.

2.2 P r i n c i p i o s

O Direito da S e g u r i d a d e Social, c o m o r a m o do direito a u t o n o m o q u e e, a l e m de ser norteado pelos principios gerais do direito, tern s e u s d i t a m e s e diretrizes proprios.

C o m o se pode auferir de a c o r d o c o m as ligoes d e Celso A n t o n i o Bandeira d e Mello:

Principio e, por definigao, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposigao fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espirito e servindo de criterio para sua exata compreensao e inteligencia exatamente por definir a logica e a racionalidade do sistema normativo, no que Ihe confere a tonica e Ihe da sentido harmonico. E o conhecimento dos principios que preside a intelecgao das diferentes partes componentes do todo unitario que ha por nome sistema juridico positive2

O s principios q u e r e g e m a S e g u r i d a d e Social e s t a o dispostos de varias f o r m a s na Carta M a g n a . No entanto, e no paragrafo unico do artigo 194 q u e as mais importantes diretrizes e s t a o inseridas de f o r m a m a i s a b r a n g e n t e e didatica. C h a m a d o s pelo texto constitucional de "objetivos", os m a n d a m e n t o s e l e n c a d o s ali s a o , d e acordo c o m a u n a n i m i d a d e doutrinaria, v e r d a d e i r o s principios constitucionais, q u e , para fins de e s c l a r e c i m e n t o , serao e s m i u g a d o s nos topicos q u e s e s e g u e m , d a d a u m a maior importancia a materia previdenciaria, t e m a p r e c i p u o deste estudo monografico.

2 MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 17a ed. Sao Paulo: Malheiros, 2004, p. 841-842.

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2.2.1 U N I V E R S A L I D A D E DA C O B E R T U R A E D O A T E N D I M E N T O

Q u a n d o se fala e m universalidade d a cobertura significa dizer que a protecao social d e v e abarcar t o d o s os riscos, d e n o m i n a d o s riscos sociais, que p o s s a m vir a atingir as p e s s o a s e gerar o estado de n e c e s s i d a d e . Esses riscos sociais s a o aqueles infortunios a q u e t o d o s estao s u b m e t i d o s , c o m o d o e n c a , invalidez, velhice, acidente, dentre outros, e q u e d e v e m ser entao protegidos.

N o t o c a n t e a universalidade do atendimento, a Constituicao Federal preve, por s e u turno, q u e as a c o e s e p r e s t a c o e s d a s e g u r i d a d e social d e v e m ser a c e s s i v e i s a t o d o s os residentes e domiciliados no territorio nacional brasileiro, seja ele brasileiro nato, naturalizado ou ate m e s m o estrangeiro.

C u m p r e esclarecer q u e nao se d e v e confundir a Previdencia Social c o m a S e g u r i d a d e Social, s e n d o a q u e l a e s p e c i e d e s t a . Destarte, na m e d i d a e m q u e o principio a s s e g u r a a universalidade do atendimento, nao esta q u e r e n d o dizer q u e qualquer pessoa ira ter direito aos beneficios previdenciarios, j a que nao se pode olvidar do carater contributivo d a Previdencia Social. Por c o n s e g u i n t e , terao direito a o s beneficios previdenciarios s o m e n t e aqueles que c o n t r i b u e m para o sistema.

2.2.2 U N I F O R M I D A D E E E Q U I V A L E N C E D O S BENEFJCIOS E S E R V I Q O S A S

P O P U L A Q O E S U R B A N A S E R U R A I S

Decorrente do principio d a igualdade este principio veio para equiparar os direitos dos trabalhadores rurais a o s d o s t r a b a l h a d o r e s urbanos. C o m o objetivo d e reparar u m a injustica historica c o m e t i d a , s o b r e t u d o , pelo Direito Previdenciario Brasileiro, que previa t r a t a m e n t o d e s i g u a l , a l a r m a n d o para a descriminagao d o trabalhador c a m p e s i n o .

A e x p r e s s a o "uniformidade" diz respeito as contingencias a s e r e m cobertas, na m e d i d a da identidade de b e n e f i c i o s e servigos. A s s i m c o m o q u a n d o a Lei Maior usa o t e r m o "equivalencia", esta s e referindo ao aspecto pecuniario, o u q u a l i t a t i v e O s criterios para a c o n c e s s a o d e u m d e t e r m i n a d o beneficio sera o m e s m o para u r b a n o s e rurais, entretanto, o valor d o s beneficios p o d e m ser diferenciados, j a q u e

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o texto legal fala e m equivalencia, o q u e nao implica, n e c e s s a r i a m e n t e , e m

A propria Constituicao Federal, tras e m s e u e s c o p o e q u i p a r a c a o nos direitos atribuidos aos s e g u r a d o s urbanos e rurais, no seu artigo 194, II, q u a n d o preve "uniformidade e equivalencia d o s beneficios e servigos as p o p u l a c o e s u r b a n a s e r u r a i s " .3

2.2.3 S E L E T I V I D A D E E D I S T R I B U T I V I D A D E N A P R E S T A Q A O D O S B E N E F I C I O S E S E R V I C O S

Este preceito visa garantir q u e os beneficios previdenciarios s o m e n t e s e j a m c o n c e d i d o s para aqueles que deles efetivamente n e c e s s i t e m . E n q u a n t o a seletividade age na delimitagao d o s b e n e f i c i o s a s e r e m prestados, ou seja, n a d e t e r m i n a g a o de quais b e n e f i c i o s e servigos serao m a n t i d o s pela s e g u r i d a d e , a distributividade direciona a atuagao destes b e n e f i c i o s , indicando as p e s s o a s c o m m a i o r n e c e s s i d a d e de protegao.

O doutrinador Sergio Pinto Martins ensina q u e competira a lei decidir e escolher quais as n e c e s s i d a d e s q u e a previdencia p o d e r a atender, c o n f o r m e a s s u a s disponibilidades e c o n o m i c a s e financeiras, e por fim conclui:

Visto isso, p e r c e b e - s e a responsabilidade por parte d a Previdencia Social e m s e l e c i o n a r os m e r e c e d o r e s de r e c e b e r e m os beneficios, na m e d i d a e m q u e q u a n d o

3 BRASIL. Constituicao da Republica Federativa do Brasil, de 1988. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acesso em: 10 mar 2011.

"MARTINS, Sergio Pinto. Direito da seguridade social. 2 6a ed. Sao Paulo: Atlas, 2008, p. 55.

igualdade.

A distributividade implica a necessidade de solidariedade para poderem ser distribuidos recursos. A ideia de distributividade tambem concerne a distribuigao de renda, pois o sistema, de certa forma, nada mais faz do que distribuir renda. A distribuigao pode ser feita aos mais necessitados, em detrimento dos menos necessitados, de acordo com a previsao legal. A distributividade tern, portanto, carater social.4

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distribuem beneficios, de fato esta distribuindo renda, d e v e n d o ser valorizada a c o n c e s s a o aos m a i s necessitados.

2.2.4 I R R E D U T I B I L I D A D E D O V A L O R D O S B E N E F J C I O S

Objeto de divergencia doutrinaria, o principio e m f o c o gera controversia entre os estudiosos do assunto. Muitos a c r e d i t a m ser a sua finalidade p r e c i p u a a de preservar o valor real, o valor d e c o m p r a dos b e n e f i c i o s financeiros conferidos pela s e g u r i d a d e social. Outra corrente d e f e n d e a t e s e de que s u a m i s s a o e impedir, s i m p l e s m e n t e , a redugao do valor nominal do beneficio.

C o m o intuito de pacificar a c e l e u m a instaurada, H u g o M e d e i r o s d e G o e s , e m obra doutrinaria, explana que:

Assim, em relagao aos beneficios previdenciarios, o principio da irredutibilidade (CF, art. 194, paragrafo unico, IV) e garantia contra a redugao do valor nominal, e o § 4° do art. 201 da Carta Magna assegura o reajustamento para preservar o valor real. Mas estes dois dispositivos constitucionais tern significados distintos, nao devendo ser confundidos. O primeiro e o principio da irredutibilidade, aplicado a seguridade social (engloba beneficios da previdencia e da assistencia social). O segundo e o principio da preservacao do valor real dos beneficios, aplicado somente a previdencia social. O principio da irredutibilidade, por si so, nao assegura reajustamento de beneficios. O que assegura o reajustamento dos beneficios do RGPS, de acordo com criterios definidos em lei ordinaria, e o principio da preservacao do valor real dos beneficios, previsto no § 4° do art. 201 da Constituicao.5

Verifica-se q u e na visao do doutrinador, o principio a s s e g u r a tao s o m e n t e a m a n t e n c a do valor n o m i n a l do beneficio, s e n d o a p r e t e n s a o da b u s c a d a p r e s e r v a c a o d o valor real a l m e j a d a por principio diverso, q u e nao se c o n f u n d e .

C a b e ainda m e n c i o n a r o e n t e n d i m e n t o oriundo do artigo 1°, paragrafo unico, IV, do R e g u l a m e n t o da Previdencia Social, o decreto n° 3.048, d e 6 de maio de 1999, que reza "Paragrafo unico. A s e g u r i d a d e social o b e d e c e r a aos seguintes

5 GOES, Hugo Medeiros de. Manual de direito previdenciario. 3a ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2009, p. 16-17.

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principios e diretrizes: (...) IV - irredutibilidade do valor d o s b e n e f i c i o s , de f o r m a a preservar-lhe o poder aquisitivo".6

Portanto, c o r r o b o r a n d o c o m o artigo 2 0 1 d a C F , o e n t e n d i m e n t o a c i m a descrito f a z parte do principio d a p r e s e r v a c a o do valor real d o s beneficios, q u e tern c o m o e s c o p o manter-lhe o poder de c o m p r a , o poder aquisitivo, a p e s a r d o s reajustes o c a s i o n a d o s .

2.2.5 E Q U I D A D E N A F O R M A D E P A R T I C I P A Q A O N O C U S T E I O

E m s u m a , e s s e dispositivo celebra q u e c a d a u m devera contribuir para a previdencia na m e d i d a d a s u a c a p a c i d a d e contributiva. O u seja, contribui m a i s quern tern m a i o r disposigao e c o n o m i c a . C o m o u m d e s d o b r a m e n t o do principio d a igualdade, reafirma a m a x i m a j u r i d i c a que se d e v e tratar igualmente os iguais e d e s i g u a l m e n t e os desiguais, na m e d i d a d a sua d e s i g u a l d a d e , privilegiando a igualdade material.

O b s e r v a - s e , portanto, que este principio e e s p e c i f i c a m e n t e voltado para a Previdencia Social, u m a vez q u e dentre os d e s d o b r a m e n t o s do Direito d a S e g u r i d a d e Social e o unico sistema c o m carater contributivo.

Na legislagao vigente encontra-se e x e m p l o s da efetividade d e s t e preceito. Nas n o r m a s previdenciarias o b s e r v a - s e q u e ha u m a distingao entre a contribuigao feita pelo trabalhador e realizada pela e m p r e s a , na m e d i d a e m q u e c a b e a esta a m a i o r parcela. A s instituigoes financeiras c o n t r i b u e m para a previdencia c o m a l i q u o t a s de valor mais e l e v a d o e m c o m p a r a g a o c o m as e m p r e s a s e m geral. T a m b e m sao estabelecidas diferentes aliquotas para os trabalhadores, proporcional ao salario que r e c e b e m .

2.2.6 D I V E R S I D A D E DA B A S E D E F I N A N C I A M E N T O

6 BRASIL. Decreto 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdencia Social, e da outras providencias. Disponivel em:

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O f i n a n c i a m e n t o e c o n o m i c o da s e g u r i d a d e social se da, a t u a l m e n t e , por via d a s contribuicoes d o s trabalhadores, d a s e m p r e s a s e do Poder Publico. Entretanto, o legislador o b s e r v o u o perigo d e se bitolar a tais f o r m a s d e custeio. Resultado d e s t a p r e o c u p a g a o e o principio e m cena, que oferece u m a maior seguranga ao s i s t e m a no m o m e n t o que deixa claro na Constituigao Federal a autorizagao para que a receita d a S e g u r i d a d e Social seja auferida a partir de varias fontes p a g a d o r a s .

B a s e a d o nesse preceito existe a contribuigao proveniente d a s receitas d o s Estados, Distrito Federal e Municipios q u e s e r a o d e s t i n a d a s a S e g u r i d a d e Social e e s t a r a o presentes nos respectivos o r g a m e n t o s , s e m ser parte integrante do orgamento d a Uniao. Existe t a m b e m a contribuigao q u e incide sobre a receita de c o n c u r s o s de prognosticos, sobre a C P M F - Contribuigao Provisoria sobre M o v i m e n t a g a o Financeira, dentre fontes diversas.

Para evitar q u e n o v a s contribuigoes sociais f o s s e m instituidas nas m e s m a s b a s e s de impostos j a existentes, o legislador criou u m dispositivo m e d i a d o r , presente no § 4 ° do artigo 195 da Carta M a g n a , v e d a n d o a criagao de contribuigao social cujo fato gerador ou b a s e d e calculo v e n h a a ser identica a o s impostos d i s c r i m i n a d o s na propria Constituigao.

2.2.7 C A R A T E R D E M O C R A T I C O E D E S C E N T R A L I Z A D O D A A D M I N I S T R A Q A O , M E D I A N T E G E S T A O Q U A D R I P A R T I T E , C O M P A R T I C I P A Q A O D O S T R A B A L H A D O R E S , D O S E M P R E G A D O R E S , D O S A P O S E N T A D O S E D O G O V E R N O N O S 6 R G A O S C O L E G I A D O S

C o m tentativa de d e m o c r a t i z a r a gestao da s e g u r i d a d e social, o legislador reafirma n e s s a parte da Constituigao regra j a estabelecida a n t e r i o r m e n t e , de f o r m a a b r a n g e n t e , no proprio texto constitucional, m a i s p r e c i s a m e n t e no artigo 10, ao a s s e g u r a r a participagao dos trabalhadores e e m p r e g a d o s nos orgaos colegiados e m q u e s e u s interesses s e j a m o f o c o d a c o n t e n d a .

E m c o n s o n a n c i a c o m o preceito supracitado, e e m virtude d o principio e m t e m a , a m a n u t e n g a o d o s recursos, pianos, p r o g r a m a s , servigos e agoes prestados pela s e g u r i d a d e social d e v e m ser realizados m e d i a n t e d i s c u s s a o c o m representantes d a s o c i e d a d e . C o m o preve a propria materia constitucional, m e d i a n t e

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g e s t a e quadripartite, c o m participagao d o s t r a b a l h a d o r e s , dos e m p r e g a d o r e s , d o s a p o s e n t a d o s e do G o v e r n o .

2.2.8 S O L I D A R I E D A D E

Por muitos, c o n s i d e r a d o o m a i s importante d o s principios e l e n c a d o s na materia constitucional. N a o m a i s descrito no ja destrinchado artigo 194, este preceito e n c o n t r a s e u e m b a s a m e n t o e m dois dispositivos. No artigo 3° d a Constituigao q u e traz c o m o objetivos f u n d a m e n t a l s d a Republica Federativa d o Brasil: "I - Construir u m a s o c i e d a d e livre, j u s t a e solidaria".7 E t a m b e m no c a p u t do artigo 195, q u e literalmente reza "A s e g u r i d a d e social sera financiada por toda a s o c i e d a d e , de f o r m a direta e indireta, nos t e r m o s da lei...".8

O principio e m f o c o consiste no fato de t o d a a s o c i e d a d e brasileira, indistintamente, contribuir para o custeio d a S e g u r i d a d e Social, i n d e p e n d e n t e m e n t e d e ter se beneficiado ou vir a se beneficiar d e t o d o s os servigos e agoes postos a disposigao. Q u a n d o se diz que a s o c i e d a d e contribui indistintamente, quer se dizer q u e t o d o produto q u e e c o n s u m i d o , a e x e m p l o de a l i m e n t o s , r o u p a s , e, t a m b e m , t o d o servigo disponibilizado a p o p u l a g a o , c o m o o de transporte publico, a g u a , luz, tern inserido nos s e u s respectivos pregos finais valores previstos para s e r e m d e s t i n a d o s a s e g u r i d a d e social. C a b e destacar, a titulo de e x e m p l o o PIS -P r o g r a m a de Integragao Social e a C O F I N S - Contribuigao para F i n a n c i a m e n t o d a S e g u r i d a d e Social.

E imperioso d e s t a c a r a relevancia d a solidariedade social no f i n a n c i a m e n t o da s e g u r i d a d e social. Se diverso f o s s e , nao teria c o m o existir u m s i s t e m a de s e g u r i d a d e social, e sim, u m sistema individual e m q u e cada p e s s o a contribuiria t a o s o m e n t e para o s e u proprio beneficio, s e n d o e x c l u i d o s t o d o s aqueles impossibilitados d e diretamente contribuir para a s e g u r i d a d e .

7B R A S I L Constituigao da Republica Federativa do Brasil, de 1988. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acesso em: 26 mar 2011.

8 BRASIL. Constituigao da Republica Federativa do Brasil, de 1988. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acesso em: 26 mar 2011.

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2.3 C o n c e i t o d e S e g u r i d a d e S o c i a l

T o d a conceituagao, por si, e incompleta, e imperfeita. Sintetizar e m a l g u m a s p o u c a s palavras t o d o o c o n t e u d o de ideias d e u m objeto ou coisa torna-se tarefa, b e m dificil, para nao dizer i m p o s s i v e l . Destarte, t o d o conceito sofre limitacoes na sua e s s e n c i a e, o u , na sua f o r m a .

Entendido o delinear historico do Direito da S e g u r i d a d e Social ao longo d a s d a t a s , a partir d e o b s e r v a c o e s feitas sobre e v o l u g o e s que t r o u x e r a m este r a m o do direito ate a conjuntura atual, e, esclarecidos os principais principios que norteiam e d e t e r m i n a m as diretrizes a s e r e m s e g u i d a s pela s e g u r i d a d e , p o d e - s e , entao, adentrar na esfera da c o n c e i t u a c a o dos m e c a n i s m o s q u e estruturam o instituto do S e g u r o Social.

D e iniciativa do poder publico j u n t a m e n t e c o m a s o c i e d a d e , S e g u r i d a d e Social e u m c o a d u n a d o de principios, instituicoes e regras c o m o objetivo de e s t a b e l e c e r u m sistema de p r o t e c a o social a o s c i d a d a o s contra contingencias.

O legislador patrio, e m 1988 c o m o a d v e n t o d a Constituigao vigente, tras u m conceito a m p l o de s e g u r i d a d e a partir d a redagao do artigo 194 da Constituigao Federal, c o m a seguinte escrita:

A seguridade social compreende um conjunto integrado de agoes de iniciativa dos Poderes Publicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos a saude, a previdencia e a assistencia social.9

P o d e - s e , t a m b e m , definir S e g u r i d a d e Social a partir d a conceituagao a p r e s e n t a d a pelo doutrinador Sergio Pinto Martins, q u e a d u z :

E um conjunto de principios, de regras e de instituigoes destinado a estabelecer um sistema de protegao social aos individuos contra contingencias que os impegam de prover as suas necessidades pessoais basicas e de suas familias, integrado por agoes de iniciativa

9 BRASIL. Constituigao da Republica Federativa do Brasil, de 1988. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acesso em: 26 mar 2 0 1 1 .

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dos Poderes Publicos e da sociedade, visando assegurar os direitos relativos a saude, a previdencia e a assistencia social.1 0

E m a m b a s as definicoes a p r e s e n t a d a s , p e r c e b e - s e a presenga da c o n c e p g a o d e u m conjunto, u m a g r e g a d o c o m uniao d e e l e m e n t o s no piano das ideias, c o m o o s principios, as regras, e t a m b e m no piano fisico, estrutural, f o r m a d o pelas instituicoes, entidades, d e s d o b r a d a s d e varias f o r m a s na s o c i e d a d e , c o m a finalidade de abastar a coletividade, m a n t e n d o u m sistema c o n e x o , c o m a c a p a c i d a d e de atender as p e s s o a s e m situacoes o n d e sozinhas nao s e r i a m c a p a z e s de prover s u a s proprias n e c e s s i d a d e s basicas.

E nas m a o s do Estado o n d e se e n c o n t r a t o d a a organizagao d a S e g u r i d a d e Social, c a p a z d e organizar o f i n a n c i a m e n t o do s i s t e m a e a c o n c e s s a o de b e n e f i c i o s e prestagao de servigos. O Estado, portanto, sera quern atendera a s n e c e s s i d a d e s que u m individuo p o s s a vir a ter nas a d v e r s i d a d e s .

Q u e fique claro q u e , a obrigagao de custear sua vida e d o proprio individuo, c a b e n d o a S e g u r i d a d e agir de f o r m a subsidiaria, q u a n d o , por razoes nao pretendidas pelo cidadao, este nao p u d e r suportar s u a s proprias m a n t e n g a s . O Estado presta a p e n a s s e u papel assistencialista, secundario, de auxilio n a impossibilidade, visto q u e o dever paternalista e do m e m b r o d a familia responsavel pelo custeio desta.

Imperioso notar a advertencia feita pelo jurista Miguel Horvath Junior q u e t r a t a n d o d o conceito de s e g u r i d a d e , lembra q u e " Q u a l q u e r q u e seja a posigao q u e se a d o t a e m relagao ao conceito d a S e g u r i d a d e Social d e v e - s e s e m p r e entende-lo c o m o f e n o m e n o social f u n d a m e n t a l , c o m o f u n d a m e n t a l e a propria evolugao d a s s o c i e d a d e s " .1 1

A S e g u r i d a d e Social e g e n e r o q u e e n g l o b a as e s p e c i e s S a u d e , A s s i s t e n c i a Social e Previdencia Social. C a d a u m a d a s e s p e c i e s c o m s u a s definigoes e peculiaridades, q u e m e r e c e m ser e x p l i c a d a s , as partes, a fim q u e se c o m p r e e n d a o todo.

A S a u d e e a s s e g u r a d a pela legislagao patria c o m o b e m d e a c e s s o gratuito e irrestrito a t o d o s os m e m b r o s da s o c i e d a d e . O u seja, nao e necessario q u e haja

1 0 MARTINS, Sergio Pinto. Direito da seguridade social. 2 6a ed. Sao Paulo: Atlas, 2008, p. 19.

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a l g u m tipo de contribuigao por parte d o paciente, para q u e ele p o s s a usufruir d o s servigos prestados pela S a u d e .

S e g u n d o a Constituigao Federal, c o m a escrita trazida pelo artigo 196, t e m - s e que:

A saude e direito de todos e dever do Estado, garantido mediante politicas sociais e economicas que visem a redugao do risco de doenga e de outros agravos e ao acesso universal e igualitario as agoes e servigos para sua promogao, protegao e recuperagao.1 2

S e n d o a s s i m , a s a u d e tern c o m o titular d e s t e direito t o d a s as p e s s o a s , seja ela p o b r e , rica, brasileiro nato, naturalizado, estrangeiro, q u a l q u e r u m que do servigo necessite. N a o pode o P o d e r Publico negar-se a prestar a t e n d i m e n t o a quern dele precise, sob qualquer justificativa.

A S a u d e e administrada pelo S U S - Sistema Unico de S a u d e , orgao f i n a n c i a d o pelos recursos d a S e g u r i d a d e Social, d a Uniao, d o s Estados, Distrito Federal, d o s M u n i c i p i o s , e fontes diversas. D e n t r e outras atribuigoes c o n t e m p l a d a s ao S U S estao as de controlar e fiscalizar p r o c e d i m e n t o s , produtos e s u b s t a n t i a s q u e s e j a m de interesse para a s a u d e , a de formular, avaliar e apoiar as politicas de alimentagao e c o m b a t e a desnutrigao, c o m o t a m b e m , a c o m p a n h a r , controlar e avaliar as agoes e os servigos de s a u d e . D e m a i s c o m p e t e n c i a s do orgao e m f o c o e s t a o e l e n c a d a s no artigo 16 d a Lei n° 8.080, de 19 de s e t e m b r o de 1990.

Para finalizar esta breve s i n t e s e sobre este r a m o d a S e g u r i d a d e Social, a Lei n° 8.080/90, principal n o r m a que trata do a s s u n t o s a u d e , lembra q u e a s a u d e e garantida a partir d e politicas sociais e e c o n o m i c a s q u e objetivem a redugao d o risco d e d o e n g a s e de outros a g r a v o s e, t a m b e m , a o a c e s s o geral e igualitario as agoes e servigos para sua p r o m o g a o , protegao e recuperagao.

A s s i s t e n c i a Social, por sua vez, t a m b e m conta c o m e s s e n t i a propria. Nos t e r m o s do artigo 203 da Lei Maior, a assistencia sera prestada s e m a n e c e s s i d a d e de contribuigao, assim c o m o a S a u d e . T o d a v i a , a diferenga faz-se na n e c e s s i d a d e . E n q u a n t o na S a u d e qualquer p e s s o a q u e queira devera ter direito ao a c e s s o , na A s s i s t e n c i a Social serao atendidos os hipossuficientes.

1 2 BRASIL. Constituigao da Republica Federativa do Brasil, de 1988. Disponivel em: <http://vvww.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acesso em: 27 mar 2011.

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W l a d i m i r N o v a e s Martinez define a assistencia c o m o s e n d o :

Um conjunto de atividades p a r t i c u l a r s e estatais direcionadas para o atendimento dos hipossuficientes, consistindo os bens oferecidos em pequenos beneficios em dinheiro, assistencia a saude, fornecimento de alimentos e outras pequenas prestagoes. Nao so complementa os servigos da Previdencia Social, como a amplia, em razao da natureza da clientela e das necessidades providas.1 3

E, f u n d a m e n t a l m e n t e , politica d e atuagao social d e s t i n a d a a a t e n d e r as n e c e s s i d a d e s basicas dos individuos. £ na Lei n° 8.742/93, a L O A S - Lei O r g a n i c a d a Assistencia Social q u e se e n c o n t r a sua r e g u l a m e n t a g a o . A s s u a s finalidades e s t a o descritas no artigo 2 0 3 d a Constituigao, c o n c o m i t a n t e m e n t e c o m a redagao identica d a d a pelo artigo 2 ° d a supracitada lei, q u e e m linhas fidedignas c o n t e m p l a s e u s objetivos, c o m o s e n d o :

I - a protegao a familia, a maternidade, a infancia, a adolescencia e a velhice;

II - o amparo as criangas e adolescentes carentes; III - a promogao da integragao ao mercado de trabaiho;

IV - a habilitagao e reabilitagao das pessoas portadoras de deficiencia e a promogao de sua integragao a vida comunitaria;

V - a garantia de um salario minimo de beneficio mensal a pessoa portadora de deficiencia e ao idoso que comprovem nao possuir meios de prover a propria manutengao ou de te-la provida por sua familia, conforme dispuser a lei".1 4

P o d e - s e p e r c e b e r ao realizar a analise d o s objetivos, q u e estes a b a r c a m a prestagao de servigos e a c o n c e s s a o de beneficios, prestados ao cidadao, s e m p r e , de f o r m a gratuita. T e m - s e c o m o u m a d a s m a i s c o n t u n d e n t e s f o r m a s d e atuagao d a A s s i s t e n c i a Social, a previsao legal d a d a pelo inciso V s u p r a m e n c i o n a d o . D i f e r e n t e m e n t e dos d e m a i s objetivos, q u e a l m e j a m p r o m o v e r o a m p a r o a criangas, protegao d a f a m i l i a , dentre outros, este inciso a s s e g u r a o d e s a m p a r a d o d e f o r m a

1 3 MARTINEZ, Wladimir Novaes. A seguridade social na Constituigao Federal., 2a ed. Sao Paulo: LTR, 1992, p.99.

1 4 BRASIL. Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispoe sobre a organizagao da Assistencia Social e da outras providencias. Disponivel em:

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material, q u a n d o preve a c o n c e s s a o d e parcela pecuniaria a fim de suprir a subsistencia d a q u e l e que nao a c o n s e g u e por m e i o s proprios, o b s e r v a d a s as peculiaridades exigidas e m lei. Esse beneficio, c h a m a d o d e beneficio d e prestacao c o n t i n u a d a , sera tratado e m m o m e n t o oportuno, q u a n d o f o r e m e s t u d a d o s neste trabaiho os a s s u n t o s c o n c e r n e n t e s aos beneficios oferecidos pela s e g u r i d a d e .

Por f i m , a derradeira e s p £ c i e d a S e g u r i d a d e Social, e t e m a q u e serve d e base para e s s e e s t u d o , a Previdencia Social, que d a d a a importancia dentro do contexto e m q u e , metalinguisticamente, se insere, sera e s m i u g a d a e m topico proprio, q u e se s e g u e , a fim d a plenitude da c o m p r e e n s a o , e organizagao estrutural.

2.4 P r e v i d e n c i a S o c i a l

P o d e - s e considerar Previdencia Social c o m o u m a p o u p a n g a imposta ao c i d a d a o para garantir que no futuro, e m caso de perda d a sua c a p a c i d a d e laboral, haja u m a renda que Ihe proporcione condigoes d e viver e m s o c i e d a d e .

Nitido e que nao se esgota nesta breve s i n t e s e o que de importante se tern acerca d a materia previdenciaria, passar-se-a a g o r a para u m e s t u d o a cerca d o s e l e m e n t o s e estruturas q u e sao e s s e n t i a deste r a m o d a s e g u r i d a d e .

O proprio Ministerio d a Previdencia Social disponibiliza u m s i t e1 5 o n d e m a n t e m contanto c o m a s o c i e d a d e , e atraves d e l e afirma ser Previdencia Social ser u m s e g u r o q u e tern por finalidade garantir a renda do contribuinte e da sua f a m i l i a , e m c a s o s de contingencias c o m o doenga, gravidez, prisao, acidente, morte e velhice. Ela oferece ainda varios b e n e f i c i o s que g a r a n t e m tranquilidade no presente e e m relagao ao futuro, a s s e g u r a n d o u m a rentabilidade protegida. Informa, ainda, que para ser digno de tal protegao e necessaria inscrigao e contribuigao t o d o s os m e s e s .

W l a d i m i r N o v a e s Martinez conceitua a previdencia social:

como a tecnica de protegao social que visa propiciar os meios indispensaveis a subsistencia da pessoa humana - quando esta nao pode obte-los ou nao e socialmente desejavel que os aufira

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pessoalmente atraves do trabaiho, por motivo de maternidade, nascimento, incapacidade, invalidez, desemprego, prisao, idade avancada, tempo de servico ou morte - mediante contribuigao compulsoria distinta, proveniente da sociedade e de cada um dos participantes. 1 6

A previdencia se faz atraves de u m a relagao d e m u t u a l i s m o , ou seja, onde impera a reciprocidade: e necessario q u e exista contribuigao, para entao haver a c o n c e s s a o d e beneficios, e, o u , servigos. Foi f o r m a d a a partir d a ideia d e uniao d e esforgos c o m o e s c o p o de prover u m futuro s e g u r o aos c i d a d a o s contribuintes, c o n c e b e n d o - s e a previdencia c o m o u m a f o r m a de s i s t e m a , e s s e n c i a l m e n t e , social.

A s f u n d a m e n t a l s regras que norteiam a atuagao da previdencia e s t a o a f i r m a d a s na Lei 8.213 d e 1 9 9 1 , q u e tras c o n t e u d o v e r s a n d o s o b r e os beneficios da Previdencia Social, b e m c o m o no Decreto n° 3.048 de 1999, o r e g u l a m e n t o d a Previdencia Social.

Organiza-se estruturalmente e m torno d a s s u a s principais instituigoes, o M P S - Ministerio da Previdencia Social, o INSS - Instituto Nacional do S e g u r o Social a D A T A P R E V - E m p r e s a de T e c n o l o g i a e Informagoes d a Previdencia Social e os 6 r g a o s C o l e g i a d o s .

A o M P S e dada a c a p a c i d a d e de f o r m u l a g a o e de g e s t a o d a s politicas publicas que a b o r d a m a previdencia. O c o r r e n d o tanto e m relagao ao R e g i m e Geral d e Previdencia Social, c o m o e m q u e s t o e s pertinentes ao R e g i m e Proprio de Previdencia d o s servidores publicos civis. A p r e s e n t a - s e f r a g m e n t a d o e m variadas secretarias.

O Instituto Nacional do S e g u r o Social trata-se de autarquia federal q u e a l e m d e gerir os recursos do F P A S - F u n d o d e Previdencia Social, tern o c o n d a o d e c o n c e d e r e manter os beneficios previdenciarios, a s s i m c o m o os beneficios assistenciais. O r g a n i z a - s e a partir d e u m a diretoria colegiada, d o t a d o d e areas tecnicas e administrativas, a s s i m c o m o unidades e o r g a o s c o m carater descentralizado.

O sistema previdenciario brasileiro e f o r m a d o por dois r e g i m e s basilares d e filiagao obrigatoria, quais s e j a m o R G P S - R e g i m e Geral d a Previdencia Social, e os

1 6 MARTINEZ, Wladimir Novaes. A seguridade social na Constituigao F e d e r a l . , 2a ed. Sao Paulo: LTR, 1992, p.99.

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R e g i m e s Proprios d a Previdencia Social d o s servidores publicos e militares. Existe t a m b e m o R e g i m e de Previdencia C o m p l e m e n t a r , o n d e o trabalhador se filia facultativamente. Para o p r e s e n t e estudo mostra-se necessaria a a p r e c i a c a o cautelosa do R G P S , onde e s t a o inseridos, dentre outros, os s e g u r a d o s especiais.

O mais a m p l o e r e s p o n s a v e l por a b a r c a r a maior parte dos t r a b a l h a d o r e s do Brasil, o R e g i m e Geral d e Previdencia Social e d o t a d o d e carater contributivo, a l e m de s u a filiagao ser obrigatoria, c o m o e c o n h e c i d o c o m base no artigo 201 d a Constituigao F e d e r a l .

Q u a l q u e r p e s s o a fisica, q u e nao t e n h a s e u trabaiho atrelado a u m d e t e r m i n a d o r e g i m e proprio de previdencia, e q u e exerga a l g u m a e s p e c i e d e atividade c o m r e m u n e r a g a o , tera o b r i g a t o r i a m e n t e q u e s e filiar ao R G P S . Ha, entretanto, a possibilidade d e d e t e r m i n a d a p e s s o a filiar-se ao R e g i m e Geral de Previdencia Social s e m n e c e s s a r i a m e n t e exercer atividade r e m u n e r a d a , na f o r m a de filiado f a c u l t a t i v e

A s p e s s o a s que se filiam a previdencia, seja de f o r m a obrigatoria o u facultativa, d a - s e o n o m e de s e g u r a d o . S e r a o , pois, o s titulares d o direito de usufruir d a s prestagoes previdenciarias j u n t a m e n t e c o m s e u s d e p e n d e n t e s , c h a m a d o s a m b o s de beneficiarios, pela aptidao q u e p o s s u e m de g o z a r d e beneficios e servigos.

O s s e g u r a d o s obrigatorios, a q u e l e s q u e sua filiagao e imposta por lei, sao: o e m p r e g a d o , o e m p r e g a d o d o m e s t i c o , o contribuinte individual, o trabalhador avulso, e o s e g u r a d o especial.

Passar-se-a nesse m o m e n t o para u m a p r o f u n d a m e n t o no c o n c e r n e n t e ao estudo da figura d o s e g u r a d o especial.

2.4.1 S E G U R A D O E S P E C I A L

A derradeira d a s categorias e l e n c a d a s pelo legislador c o m o s e g u r a d o obrigatorio, e a classe d o s s e g u r a d o s especiais. O b s e r v a - s e a aplicagao d e t r a t a m e n t o diferenciado a e s s a categoria de t r a b a l h a d o r e s , a qual f a z e m j u s , pela propria e s s e n t i a d u r a c o m q u e se configura o s e u labor.

(35)

Explana o § 8° do artigo 195 d a Constituigao Federal d e f o r m a a m p l a a d e s p e i t o d o s e g u r a d o e s p e c i a l :

O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatario rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos conjuges, que exergam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirao para a seguridade social mediante a aplicagao de uma aliquota sobre o resultado da comercializagao da produgao e farao jus aos beneficios nos termos da lei.1 7

Este preceito a p e n a s i m p o e ao legislador infraconstitucional q u e , d a d a s as especificagoes do s e g u r a d o especial, seja ele portador d e a l g u m a s v a n t a g e n s no sistema d a previdencia social. No entanto, nao traz as caracteristicas necessarias para conceituagao d e s s a e s p e c i e de s e g u r a d o . S e n d o m a i s p r o f u n d a m e n t e descrita no inciso VII do artigo 12 d a Lei 8.212, o n d e e n t e n d e :

VII - como segurado especial: a pessoa fisica residente no imovel rural ou em aglomerado urbano ou rural proximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxilio eventual de terceiros a titulo de mutua colaboragao, na condigao de:

a) produtor, seja proprietario, usufrutuario, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatario ou arrendatario rurais, que explore atividade:

1. agropecuaria em area de ate 4 (quatro) modulos fiscais; ou

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerga suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2- da Lei ne 9.985, de 18 de julho de 2000, e faga dessas atividades o principal meio de vida;

b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faga da pesca profissao habitual ou principal meio de vida; e

c) conjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alineas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.

A p r e e n d e - s e que para q u e seja c o n s i d e r a d o s e g u r a d o especial e necessario viver na c o m u n i d a d e rural, ou e m local b e m p r o x i m o a ela, e b a s e a r s e u trabaiho e m r e g i m e de e c o n o m i a familiar, ou seja, os proprios m e m b r o s da familia s a o r e s p o n s a v e i s pelas atividades d e plantio e coleta, ate p o r q u e nao s a o permitidas contratagoes de e m p r e g a d o s , a p e n a s a colaboragao e v e n t u a l de terceiros s e m

1 7 BRASIL. Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispoe sobre a organizagao da Seguridade Social, institui Piano de Custeio, e da outras providencias.. Disponivel em:

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