UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAlBA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA
C I V I L
CONDIÇÕES SANITÁRIAS DAS ÁGUAS DE PISCINAS
DE CAMPINA GRANDE
MARIA DC SOCORRO PEREIRA MARQUES
CAMPINA GRANDE, PARAÍBA
1983
I I
MARIA DO SOCORRO PEREIRA MARQUES
CONDIÇÕES SANITÁRIAS DAS ÁGUAS DE PISCINAS DE CAMPINA GRANDE ' ' Dissertação a p r e s e n t a d a a o C u r s o c e Põs-Graduação em E n g e n h a r i a C i v i l da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d a Paraíba, em c u m p r i m e n t o .às exigências- p a r a o b t e n ção do g r a u d e M e s t r e .
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: RECURSOS HÍDRICOS - E n g e n h a r i a S a n i tãria e A m b i e n t a l ,
V V ORIENTADOR: P r o f . Lélio J o f f i l y P e r e i r a d a C o s t a í
CAMPINA GRANDE, PARAÍBA •1983
OFERECIMENTO
A meus p a i s , João e Emília p e l o a p o i o e i n c e n t i v o .
IV AGRADECIMENTOS Ao P r o f . Lélio J o f f i l y * P e r e i r a da C o s t a , P r o f e s s o r do C e n t r o de Ciências e T e c n o l o g i a da U n i v e r s i d a d e Fede r a l d a Paraíba, p e l a orientação d e s t e t r a b a l h o .
*
Ao P r o f . J o s e M a r q u e s de A l m e i d a Júnior, C o o r d e n a d o r d o Laboratório de A n a l i s e s M i n e r a i s da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l da Paraíba, p e l a s f a c i l i d a d e s p r o p o r c i o n a d a s p a r a os t r a b a l h o s de p e s q u i s a . Ao P r o f . E d i e l s o n de A q u i n o • S a n t o s , p e l a . assistên-c i a p r e s t a d a na p a r t e d a s a n a l i s e s miassistên-crobiológiassistên-cas. A P r o f ? B e r n a r d e t e F e i t o s a C a v a l c a n t i , p e l a a s s i s _ tência p r e s t a d a na redação d e s t e T r a b a l h o . V A t o d o s a q u e l e s q u e , d i r e t a ou i n d i r e t a m e n t e , c o n t r i b u i r a m p a r a a execução d e s t e t r a b a l h o .CONDIÇÕES SANITÁRIAS DAS ÁGUAS DE RISCINAS DE CAMPINA GRANDE
MARIA DO SOCORRO PEREIRA MARQUES
DISSERTAÇÃO APROVADA EM.
HEBER CARLOS FERREIRA
BERNARDETE CAVALCANTI v a n HANDEL
CAMPINA GRANDE, PARAÍBA 1983
SUMÁRIO
P a g i n a
1 - INTRODUÇÃO ; 1
2 - CARACTERIZAÇÃO DOS LOCAIS ESTUDADOS.... m 3
2.1 - C o n c e i t o d e P i s c i n a 3 2.2 - Classificação d e P i s c i n a s ; 3 2.3 - Classificação d a s Q u a t r o ' P i s c i n a s ' E s t u d a d a s , , , , 5 2.4 - L o c a i s E s t u d a d o s . . . . ',. . , , . 6 2.5 - Q u a l i d a d e d e Água d e P i s c i n a . 7 2 . 6 . - P r o c e s s o d e Recircvlação e T r a t a m e n t o '.. d e Água d e P i s c i n a . 8 - > .3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA , ... 12 - MATERIAIS E M É T O D O S . ....,' 23 4 . 1 - M a t e r i a l A n a l i s a d o , . , . , , . . . , . . . 23 4.2 - M a t e r i a l d e L a b o r a t ó r i o , t , ' 2 3 4.3 - M e i o s d e C u l t u r a , R e a g e n t e s e Soluções • 26 4.4 - A m o s t r a g e m : Método...,,....-; 27 4.5 - Métodos d a s A n a l i s e s • 28 4^6 - Determinações FÍsico-Químicas . 3 1 5 - RESULTADOS .. , 3 3 6 - DISCUSSÃO. .' 5 6
7 I - CONCLUSÕES . , , 62 8 - SUGESTÕES . , . . . SH A n e x o I - , , < . , 65 A n e x o I I - 67 A n e x o I I I - • 7 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÂFICAS 77
V I I I LISTA DE ABREVIATURAS 1 - A - P i s c i n a do C l u b e d o s Caçadores 2 - B - P i s c i n a do C l u b e ' C a m p e s t r e 3 - C - P i s c i n a d o C l u b e d o s T r a b a l h a d o r e s 4 - D " P i s c i n a do C a m p i n e n s e C l u b e
5 - BHAF - Bactérias h e t e r o t i ^ o f i c a s aerõblcas e f a c u l t a t i v a s . 6 - CE! - A g a r - C e t r i m i d e 7 - CH - A g a r - C h a p m a n 8 - ENDO - A g a r - E n d o 9 - PC - A g a r P l a t e - C o u n t 10 - KF - C a l d o - KF 1 1 - n / d - não d e t e r m i n a d o -. • 1? - NMD - Numero M a i s Provável 13 - UFC - U n i d a d e F o r m a d o r a de Colônias
RESUMO O o b j e t i v o p r i n c i p a l d e s t a , m o n o g r a f i a se c o n s t i t u e em um l e v a n t a m e n t o sanitário d a s a g u a s d e q u a t r o p i s c i n a s p u b l i c a s de Campina G r a n d e - P b , de f o r m a a d e t e r m i n a r a a c e i t a b i l i d a d e d e s t a água p a r a o s e u d e v i d o .propósito; i s t o ê, se a agua e s e g u r a ou i n s e g u r a p a r a o b a n h o . E s t e p r o g r a m a e n v o l v e u exames biológicos e f i s i c o -químicos das a g u a s das p i s c i n a s t o m a d a s como a m o s t r a s .
0 p r o c e d i m e n t o a p l i c a d o p a r a a avaliação da q u a l i d a d e biológica d a ãgua f o i a determinação do g r u p o c o l i f o r m e que i n c l u e bactérias c o l i f o r m e s t o t a i s e f e c a i s c o mo i n d i c a d o r e s de poluição.
Os exames físieo-químicos incluíram as d e t e r m i n a ções de pH, t e m p e r a t u r a , t u r b i d e z , c l o r o r e s i d u a l e t o t a l E s t e s parâmetros f o r a m o b t i d o s com a f i n a l i d a d e de a v a l i a r o p r o c e s s o de desinfecção a p l i c a d o ã a g u a e s u a ope ração e manutenção. Os r e s u l t a d o s o b t i d o s com a aplicação de t a i s a n a l i s e s m o s t r a r a m c l a r a m e n t e que ãs q u a t r o p i s c i n a s a m o s t r a d a s a p r e s e n t a r a m uma a g u a i n s e g u r a p a r a o b a n h o ; i s t o ê; a.agua se e n c o n t r a b a s t a n t e c o n t a m i n a d a . A identificação de o u t r o s i n d i c a d o r e s de poluição também p o d e s e r u t i l i z a d a como parâmetro de correlação com a poluição d e v i d a ãs bactérias do g r u p o c o l i f o r m e .
X
No c a s o p a r t i c u l a r d e s t a m o n o g r a f i a a l g u n s t e s t e s i n o v a d o r e s f o r a m u t i l i z a d o s . E s t e s t e s t e s f o r a m :
( 1 ) Uso de c o n t a g e m de bactérias a e r u g i n o s a s como i n d i c a d o r e s de poluição f e c a l ;
( 2 ) A n a l i s e de e s t r e p t o c o c o s f e c a i s como i n d i c a d o r e s de po luição f e c a l ;
( 3 ) A n a l i s e s de bactérias do g r u p o e s t a f i l o c o c o s como i n d i _ c a d o r e s de poluição;
( 4 ) Exame de bactérias f a c u l t a t i v a s a e r o b i c a s heterotrófi • c a s como i n d i c a d o r e s de poluição.
N e s t e c a s o , os r e s u l t a d o s d e s t a s a n a l i s e s i n d i c a r a m uma a l t a poluição d a ãgua das p i s c i n a s a m o s t r a d a s .
0 o u t r o propósito d e s t a p e s q u i s a f o i o de m o s t r a r a o s e n c a r r e g a d o s e usuários de p i s c i n a s a importância de um c o n t r o l e de q u a l i d a d e de água d e p i s c i n a . . E s t e c o n t r o l e se t o r n a necessário p a r a g a r a n t i r condições.sanitárias a d e q u a das p a r a o s i m p l e s b a n h o o u p a r a as p r a t i c a s de e s p o r t e s r e a l i z a d a s em p i s c i n a s p u b l i c a s .
*
ABSTRACT The m a i n o b j e c t i v e o f t h i s m o n o g r a p h i s a s a n i t a r y s u r v e y o f w a t e r s t o r e d i n f o u r t y p e s o f s w i m m i n g - p o o l s l o c a t e d i n Campina G r a n d e - P b , i n o r d e r t o d e t e r m i n e t h e a c c e p t a b i l i t y o f t h i s w a t e r f o r i t s i n t e n d e d u s e , i . e . , i f t h e w a t e r i s s a f e o r u n s a f e f o r b a t h i n g . T h i s s u r v e y e n v o l v e d b i o l o g i c a l and p h y s i c a l - c h e m i c a l e x a m i n a t i o n s o f t h e s w i m m i n g - p o o l s w a t e r s t a k e n as s a m p l e r s , The p r o c e d u r e u t i l i z e d t o e v a l u a t e t h e b i o l o g i c a l q u a l i t y o f t h e w a t e r was t h e d e t e r m i n a t i o n o f t h e c o l i f o r m g r o u p w h i c h i n c l u d e s t o t a l and f e c a l c o l i f o r m b a c t e r i a e a s a s e w a g e - p o l l u t i o n i n d i c a t o r . The p h y s i c a l a n d c h e m i c a l e x a m i n a t i o n s o f t h e w a t e r i n c l u d e d pH, t e m p e r a t u r e , t u r b i d i t y , r e s i d u a l and t o t a l c h l o r i n e d e t e r m i n a t i o n s . T h e s e p a r a m e t e r s w e r e o b t a i n e d i n o r d e r t o e v a l u a t e t h e d i s i n f e c t i o n p r o c e s s ap p l i e d t o t h e w a t e r c o n c e r n i n g i t s o p e r a t i o n and m a i n t e n a _ n e e . The r e s u l t s o b t a i n e d w i t h t h e a p p l i c a t i o n o f s u c h e x a m i n a t i o n s c l e a r l y showed t h a t t h e f o u r t y p e s o f s w i m m i n g - p o o l s t a k e n as s a m p l e r s h a v e an u n s a f e w a t e r f o r b a t h i n g ; i . e . , i t i s a h i g h c o n t a m i n a t e d w a t e r . The i d e n t i f i c a t i o n o f some o t h e r p a t h o g e n i c b a c t e r i a e as p o l l u t i o n i n d i c a t o r s may a l s o be u s e d as p a r a m e t e r s t o be c o r r e l a t e d w i t h t h e p o l l u t i o n due t o c o l i f o r m
X I I g r o u p b a c t e r i a e . I n t h e p a r t i c u l a r c a s e o f t h i s m o n o g r a p h , t h e f o l l o w i n g and u n u s u a l b i o l o g i c a l t e s t s w e r e made: ( 1 ) Use o f t h e a e r o b a c t e r a e r o g e n e s c o u n t as a sewage-p o l l u t i o n i n d i c a t o r ; ( 2 ) C h e c k i n g t h e f e c a l s t r e p t o c o c c u s t o i n d i c a t e f e c a l -p o l l u t i o n ; ( 3 ) C h e c k i n g t h e s t a p h y l o c o c c u s b a c t e r i a e t o i n d i c a t e p o l l u t i o n ; OO E x a m i n i n g o f f a c u l t a t i v e a e r o b i c h e t h e r o t r o p h i c ba£ t e r i a e as a n i n d i c a t o r o f p o l l u t i o n ; I n t h i s c a s e , o n c e a g a i n , t h e r e s u l t s o f t h e s e a n a l y s i s i n d i c a t e d a h i g h p o l l u t i o n o f t h e . w a t e r o f t h e f o u r s w i m m i n g - p o o l s t a k e n as s a m p l e r s . - • The o t h e r p u r p o s e o f t h i s i n v e s t i g a t i o n i s t o show . t o t h e d i r e c t m a n a g e r s and t o t h e u s e r s o f s w i m m i n g - p o o l s , t h e i m p o r t a n c e o f a s a n i t a r y q u a l i t y c o n t r o l o f s w i m m i n g -p o o l w a t e r s . T h i s c o n t r o l i s n e c e s s a r y i n o r d e r t o g u a r a n t e e a d e q u a t e d s a n i t a r y c o n d i t i o n s f o r s i m p l e b a t h i n g i n t h e p o o l s and f o r t h e s p o r t p r a c t i c e s p e r f o r m e d i n t h e s e k i n d o f p o o l s .
A utilização de d a d o s bacteriológicos e físico-quími c o s , p o s s i b i l i t a a obtenção de informações p r a t i c a s p a r a a avaliação da q u a l i d a d e sanitária de uma a g u a . ,
Sabe-se q u e a a g u a p o d e s e r v i r como veículo t r a n s m i s s o r de e n f e r m i d a d e s . A relação c a u s a - e f e i t o na transmissão de doenças e micróbios através d a a g u a está e s p e c i f i c a m e n t e a s s o c i a d a à presença de contaminação de o r i g e m f e c a l .
A presença de o u t r o s m i c r o r g a n i s m o s patõgenos numa água está, v i a de r e g r a , a s s o c i a d a ã presença de c o l i f o r m e s .
I n d i c a d o r e s microbiológicos têm s i d o u t i l i z a d o s p a r a d e t e r m i n a r ou i n d i c a r a p u r e z a da água potável, bem como d a água d e s t i n a d a à recreação.
Com o e m p r e g o de m e i o s n u t r i e n t e s a d e q u a d o s , a a u t o r a p e s q u i s o u a presença de m i c r o r g a n i s m o s patõgenos em ames t r a s de água de q u a t r o p i s c i n a s p u b l i c a s d a c i d a d e de Campi na G r a n d e , com o o b j e t i v o de a v a l i a r a s u a q u a l i d a d e s a f i _ tária.
Os r e s . u l t a d o s d o s exames r e a l i z a d o s f o r a m c o n s i s t e n t e s em r e v e l a r a f a l t a do d e v i d o c o n t r o l e d a s p i s c i n a s , no t o c a n t e aos padrões de q u a l i d a d e a c e i t o s p a r a os índices bacteriológicos e físicos-químicos.
0 t r a b a l h o o r a d e s c r i t o - f o i e x e c u t a d o da f o r m a abai_ x o .
2
Seção 2 - Caracterização dos L o c a i s E s t u d a d o s .
Seção 3 - G e n e r a l i d a d e s s o b r e os d i v e r s o s t i p o s de m i c r o r g a n i s m o s p e s q u i s a d o s e s u a s implicações como t r a n s m i s s o r e s de doenças e i n d i c a d o r e s de poluição de a g u a .
Seção 4 - imateriais e métodos de e n s a i o s u s a d o s du r a n t e a p e s q u i s a .
Seção 5 - Apresentação t a b u l a d a dos r e s u l t a d o s d a s p e s q u i s a s r e a l i z a d a s .
Seção 6 - Discussão d o s r e s u l t a d o s o b t i d o s e s u a comparação com os padrões o f i c i a i s b r a s i l e i r o s .
Seção 7 - Conclusões o b t i d a s dos p r o c e s s o s analíti c o s u t i l i z a d o s .
Seção 8 - Sugestões p a r a p e s q u i s a s que poderão s e r r e a l i z a d a s , v i s a n d o a adequação c a s p i s c i n a s a s condições
sanitárias.
A n e x o I - R e g u l a m e n t o d a s p i s c i n a s do e x - E s t a d o da ,ícíbara e que s e r v i u de referência p a r a c o m p a r a r os : " s u l t a d o s o b t i d o s . •• • ~ -0 A n e x o I I - Composição e preparação d o s m e i o s de c u l t u r a , r e a g e n t e s e soluções. A n e x o I I I - Relação de l i m i t e s aceitáveis de p a r a m e t r o s físico-químicos e bacteriológicos s e g u n d o a l i t e r a t u r a técnica p e s q u i s a d a .
2.1 - C o n c e i t o de P i s c i n a
* —
E n t e n d e - s e p o r " l o c a l de b a n h o " , t o d a s as coleções de água s u f i c i e n t e m e n t e p r o f u n d a s p a r a c o m p l e t a imersão do c o r p o humano e que podem s e r u s a d a s c o l e t i v a m e n t e p a r a b a n h o s r e c r e a t i v o s e natação ( 6 ) . Os l o c a i s de b a n h o s podem s e r c l a s s i f i c a d o s em: a ) l o c a i s n a t u r a i s : r i o s , l a g o s , p r a i a s e reservatórios de acumulação; b ) l o c a i s s e m i - n a t u r a i s ou s e m i - a r t i f i c i a i s : l o c a i s n a t a r a i s q u e , com c e r t a s m e l h o r i a s , podem s e r u t i l i z a d o s p a r a b a n h o ; y x c ) l o c a i s a r t i f i c i a i s : p i s c i n a s em g e r a l . -2,2 - Classificação de P i s c i n a s As p i s c i n a s podem s e r c l a s s i f i c a d a s s o b vários as p e c t o s , t a i s como: 1 . Q u a n t o ao u s o : a ) p i s c i n a s de u s o c o l e t i v o : u t i l i z a d a s p e l o p u b l i c o em g e r a l , Cpor e x e m p l o , p i s c i n a s s o b a administração de órgãos g o v e r n a m e n t a i s ) ;
b ) p i s c i n a s p r i v a t i v a s : u t i l i z a d a s s o m e n t e p o r membros de uma instituição p r i v a d a ( c l u b e s e associaçõe s ) ; c ) p i s c i n a s p a r t i c u l a r e s : d e s t i n a d a s ao u s o ex c l u s i v o de s e u s proprietários e p e s s o a s . de s u a s relações ( p i s c i n a s em r e s i d ê n c i a s ) . Q u a n t o à f i n a l i d a d e a ) d e s p o r t i v a s : d e s t i n a d a s u n i c a m e n t e a c o m p e t i ções ; b ) r e c r e a t i v a s : d e s t i n a d a s u n i c a m e n t e â r e c r e a ção, i n c l u i n d o , p o r t a n t o , a p r a t i c a d a n a t a ção em g e r a l ; c ) m i s t a s : d e s t i n a d a s i competições e • r e c r e a ções ; d ) terapêuticas: d e s t i n a d a s ao p r o c e s s o de c u r a de c e r t o s a g r a v o s ã saúde; e ) l i m p e z a do c o r p o : i s t o é , p i s c i n a s comuns. Q u a n t o â t e m p e r a t u r a da ãgua:
a ) p i s c i n a s de ãgua n a t u r a l ' : são a s m a i s comuns b ) p i s c i n a s de ãgua q u e n t e : u t i l i z a d a s em c l i m a s
f r i o s .
Q u a n t o ã c o b e r t a :
a ) p i s c i n a s i n t e r n a s : em g e r a l são p i s c i n a s de ãgua q u e n t e , l o c a l i z a d a s no i n t e r i o r de um edi
f i c i o ; b ) p i s c i n a s e x t e r n a s : são as p i s c i n a s l o c a l i z a das ao a r l i v r e . São as m a i s d i f u n d i d a s em n o s s o m e i o . 5. Q u a n t o a o p r o c e s s o de manutenção d a , q u a l i d a d e d a ãgua. a ) p i s c i n a s de e n c h e r e e s v a z i a r , ou de r e n o v a ção t o t a l p e r i o d i c a . A ãgua e m a n t i d a l i m p a p e l a s u a substituição c o m p l e t a , em i n t e r v a l o s periódicos. A d m i t i d a s s o m e n t e no c a s o de p i s c i n a s p a r t i c u l a r e s ; b ) p i s c i n a s de alimentação contínua: a l i m e n t a das c o n t i n u a m e n t e com ãgua de b o a q u a l i d a d e ; c ) p i s c i n a s de recirculação e t r a t a m e n t o : d o t a das de s i s t e m a s de recirculação e t r a t a m e n t o de ãgua. E s t a s são a s m a i s i n d i c a d a s p a r a as p i s c i n a s de u s o c o l e t i v o . 2,3 - Classificação d a s q u a t r o p i s c i n a s e s t u d a d a s As q u a t r o p i s c i n a s e s t u d a d a s , e n q u a d r a m - s e p e r f e i t a m e n t e na c l a s s e de p i s c i n a de u s o c o l e t i v o , uma v e z que são • p i s c i n a s de c l u b e . Q u a n t o ao u s o , e l a s são p r i v a t i v a s . De a c o r d o com
a f i n a l i d a d e a que se propõem e l a s se c a r a c t e r i z a m como m i s t a s . Com relação ã t e m p e r a t u r a da ãgua, e l a s são n a t u r a i s . A i n d a com relação à c o b e r t u r a , t o d a s são p i s c i n a s ex t e r n a s . F i n a l m e n t e , - n o q u e díc r e s p e i t o a o p r o c e s s o de ma nutenção d a q u a l i d a d e da a g u a , e l a s são p i s c i n a s de r e c i r culação e t r a t a m e n t o . '
2,4 - L o c a i s E s t u d a d o s
2 . 4 . 1 , P i s c i n a "A" - C l u b e dos Caçadores
0 c l u b e d o s Caçadores, ao q u a l p e r t e n c e a p i s c i n a d e n o m i n a d a "A", e s t a s i t u a d o na l o c a l i d a d e S a n t a Teré z m h a a p o u c o s quilômetros da c i d a d e de C a m p i n a G r a n d e , de
onde'veêm seus sócios.
De características c a m p e s t r e s , o c l u b e dos Caçado_ r e s , em s e u q u a d r o de sócios, a c e i t a p e s s o a s d a s m a i s d i v e r s a s condições sõcio-econômiccs. 2.4.2, P i s c i n a "B" - C l u b e C a m p e s t r e Na p a r t e periférica d a c i d a d e de C a m p i n a G r a n d e , n o b a i r r o do Catolé, e n c o n t r a - s e o C l u b e C a m p e s t r e , no q u a l se a c h a a p i s c i n a "B", 2.4.3, P i s c i n a "C" - C l u b e d o s T r a b a l h a d o r e s I n t e g r a n d o a c l a s s e operária das i n d u s t r i a s de
Campina G r a n d e e s i t u a d o no b a i r r o d a P r a t a , e n c o n t r a - s e o C l u b e d o s T r a b a l h a d o r e s , em c u j a ãrea a c h a - s e a p i s c i n a "C", b a s t a n t e u t i l i z a d a p a r a competições e s p o r t i v a s da c i -d a -d e e p r o g r a m a s -de natação. * 2.4.4. P i s c i n a "D" - C a m p i n e n s e C l u b e . L o c a l i z a d o num d o s m a i s aprazíveis l o c a i s da c i d a d e de Campina G r a n d e , s i t u a - s e o C a m p i n e n s e C l u b e , no a l t o do b a i r r o d a B e l a V i s t a , no q u a l se a c h a a p i s c i n a "D". Os b a n h i s t a s d e s s a p i s c i n a , a s s o c i a d o s do C l u b e , p e r t e n c e m à c l a s s e m é d i a , na s u a m a i o r i a . 2.5 - Q u a l i d a d e de Agua de P i s c i n a
A manutenção de condições de segurança sanitária em uma p i s c i n a ê de g r a n d e importância. £•necessário, que se
j a m e s t a b e l e c i d o s padrões e r e g r a s de fácil compreensão e c u m p r i m e n t o , ao a l c a n c e de t o d o s . Com e s s a f i n a l i d a d e , já e x i s t e m padrões s i m p l e s , q u e , se f o r e m p e r f e i t a m e n t e o b s e r V a d o s , dão a a g u a das p i s c i n a s condições de segurança p a r a o b a n h i s t a C 6 ) ,
0 s u p r i m e n t o da água p a r a a alimentação d a s p i s e i n a s , q u e r s e j a p a r a o s i s t e m a de renovação periódica, q u e r s e j a p a r a o s i s t e m a de recirculação, d e v e t e r o r i g e m de um m a n a n c i a l aceitãve1 sob os a s p e c t o s químico, físico e bac
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t e r i o l o g i c o .
B a s i c a m e n t e , a água que a l i m e n t a a s p i s c i n a s d e v e e s t a r de a c o r d o com a s especificações p a r a as ãguas de alimentação humana, o u s e j a : d e n t r o dos padrões b a c t e r i o l o g i c o s e x i g i d o s : c r e d e n c i a d a p o r órgãos públicos r e s p o n s a -v e i s p e l a saüde; não t e r a g r e s s i -v i d a d e a c e n t u a d a e p o s s u i r l i m p i d e z que p e r m i t a t o t a l v i s i b i l i d a d e , d a massa líquida
( b a i x a t u r b i d e z ) . 2,6. P r o c e s s o de recirculação e t r a t a m e n t o de ãgua de p i s c i n a , As p i s c i n a s c u j a ãgua 'e r e c i r c u l a d a , t r a t a d a e d e s i n f e t a d a a n t e s de s e u r e t o r n o ao t a n q u e p r o p r i a m e n t e d i t o , são as m a i s i n d i c a d a s , s o b o p o n t o de v i s t a sanitário, p a r a u s o c o l e t i v o . A razão ê que se pode c o n t r o l a r a q u a l i d a d e d a a g u a e, d e s t a f o r m a , mesmo p a r a um g r a n d e n u m e r o de f r e q u e n t a d o r e s h a uma menor p o s s i b i l i d a d e de se' c r i a r condições que p o s s a m c a u s a r d a n o s à saúde e à segurança d e s t e s . A l e m d i s s o , é possível se m a n t e r ei q u a l i d a d e da ãgua a um c u s t o r e l a t i v a m e n t e b a i x o s e n d o , p o r t a n t o , o s i s t e m a de recirculação e t r a t a m e n t o o m a i s viável p a r a p i s c i -nas de u s o c o l e t i v o .
0 s i s t e m a de recirculação p r o p r i a m e n t e d i t o , com p r e e n d e um c o n j u n t o de instalações t a i s como: tubulações , peças de r e t i r a d a e r e t o r n o de ã g u a , r e t e n t o r e s de c a b e
l o s , bombas, d o s a d o r e s de c o a g u l a n t e s , f i l t r o s e c l o r a d o r . No s i s t e m a de recirculação e t r a t a m e n t o a filtração e de sinfecção são as e t a p a s m a i s i m p o r t a n t e s . A filtração c o n s i s t e na remoção de partículas em suspensão que se e n c o n t r a m na a g u a , d a n d o - l h e c o r e t u r b i d e z . E s s a s partículas são c o n h e c i d a s como f l o c o s e t e m o r i g e m d a a*d*ição de c o a g u l a n t e s , c u j a f i n a l i d a d e ê a formação de um p r e c i p i t a d o g e l a t i n o s o e insolúvel. Os f l o c o s são constituídos de b a c t e r i a s e matéria orgânica e inorgânica em suspensão. D u r a n t e a filtração e s s a s partículas f i c a m r e t i d a s n o s i n t e r s tícios do m a t e r i a l f i l t r a n t e ( 6 ) .
Na filtração de a g u a de p i s c i n a , são u s a d a s f i l t r o de g r a v i d a d e e f i l t r o de pressão. No B r a s i l m a i s de 8 0% das p i s c i n a s de recirculação são e q u i p a d a s com f i l t r o de
i pressão c u j o m e i o f i l t r a n t e se c o n s t i t u e em a r e i a . E s s e t i p o de f i l t r o , s o b o p o n t o de v i s t a sanitário, é p r e f e r i v e l p o r q u e o f e r e c e condições c o n s t a n t e s de observação do l e i t o f i l t r a n t e d u r a n t e a filtração e d u r a n t e o p r o c e s s o de l i m p e z a , que se v e r i f i c a p o r inversão de c o r r e n t e de a g u a .
A desinfecção t e m como f i n a l i d a d e a destruição de m i c r o r g a n i s m o s t r a n s m i s s o r e s de doenças q u e t e n h a m r e s i s t i _ do às e t a p a s a n t e r i o r e s de tratamento ( 6 ) . Os d e s i n f e t a n t e s que podem s e r u s a d o s p a r a a a g u a de p i s c i n a s são o c l o r o e s e u s d e r i v a d o s , o bromo,, o i o d o e o u t r o s .
0 método m a i s u s a d o , e de r e s u l t a d o satisfatório , e que é e m p r e g a d o no B r a s i l , é a desinfecção p e l o c l o r o . 0
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c l o r o p o d e s e r e m p r e g a d o na f o r m a de gas c l o r o ou como so lução de h i p o c l o r i t o . A desinfecção contínua com h i p o c l o r i t o s d e v e s e r c o n s i d e r a d a uma desinfecção temporária , p o r q u e , d e s s a m a n e i r a , a e f e t i v i d a d e d e s t a se v e r i f i c a a p e n a s q u a n d o a c a r g a de b a n h i s t a s f o r c o n s t a n t e e não m u i t o a l t a . Em v i r t u d e da c o n s t a n t e poluição c a r r e a d a p e l o s b a n h i s t a s , um r e s i d u a l de c l o r o d e v e s e r m a n t i d o na a g u a d a s p i s c i n a s . Esse r e s i d u a l poderã s e r de c l o r o l i v r e o u de c l o r o c o m b i n a d o . Um r e s i d u a l dc c l o r o e l i v r e , q u a n d o e s t a sob a f o r m a de c l o r o l i v r e na a g u a ( a c i d o h i p o c l o r o so e/ou íon h i p o c l o r i t o , i s t o d e p e n d e do p H ) , preferível m e n t e a c i d o h i p o c l o r o s o . Um r e s i d u a l de- c l o r o ê c o m b i n a , d o , q u a n d o p a r t e d a matéria orgânica p r e s e n t e na a g u a se c o m b i n a com o c l o r o , p r o d u z i n d o c o m p o s t o s também d e s i n f e t a n t e s , porém de a t i v i d a d e i n f e r i o r ã do c l o r o l i v r e na .destruição dos m i c r o r g a n i s m o s . Segundo o D e c r e t o "E" n9 5.499 - de j u n h o de 1 9 7 2 , que a p r o v o u o R e g u l a m e n t o de P i s c i n a s do e x - E s t a d o d a G u a n a b a r a , a concentração de c l o r o na a g u a serã de 0,4 a 1 ppm, q u a n d o f o r de c l o r o l i v r e , ou de 1,5 a 2 ppm q u a n do o r e s i d u a l f o r de c l o r o c o m b i n a d o . A i n d a s e g u n d o e s s e mesmo d i p l o m a l e g a l , p a r a p i s c i n a s p u b l i c a s e c o l e t i v a s de * 2 ãrea i n f e r i o r a 50 m q u e u t i l i z a o s i s t e m a de r e c i r c u l a ç ã o , e s t a d e v e r a s e r f e i t a em 6 h o r a s , h a v e n d o q u a t r o r e circulações diárias.
E v i d e n t e m e n t e , t o d o t r a t a m e n t o r e a l i z a d o p a r a agua de p i s c i n a s , d e v e s e r a u x i l i a d o p o r condições sanitárias satisfatórias em s u a p e r i f e r i a , t e n d o em v i s t a a redução de transmissão de doenças e x t e r n a s e o c a r r e a m e n t o de a g e n t e s p o l u i d o r e s p a r a o i n t e r i o r da massa de a g u a . >
3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
M u i t o a n t e s do c o n h e c i m e n t o d a o r i g e m de c e r t a s do e n ç a s , já se sabia'.que a água p o d e r i a s e r v i r como m e i o de transmissão de uma s e r i e de e n f e r m i d a d e s .
Em 1880 Von F r i t s c h ( 1 5 ) , apôs a identificação d a Klzb&lzlla pneumonias, e. da Klzb&Jiztla KhÁMO&chltnomatlò em f e z e s , d e s c r e v e u - a s como o r g a n i s m o s característicos de poluição da o r i g e m f e c a l . - P o s t e r i o r m e n t e , E s c h e r i c h c o m p r o v o u a reLação e n t r e m i c r o r g a n i s m o s o r i u n d o s de f e z e s e do enças em p o t e n c i a l , q u a n d o c o n s e g u i u i s o l a r d a s f e z e s de um d o e n t e de cólera a bactéria que e l e d e n o m i n o u de BaccXCoó
coZ-í suDseqúentemente, p o r sugestão de M i g u l a C18 ) , d e n o m r n a d o Et>ch<L>L<LchLa colZ o u , de modo a b r e v i a d o , E. col-L.
P a r a i n d i c a r a p u r e z a da água d e s t i n a d a ao consumo p u b l i c o e ã recreação, i n d i c a d o r e s microbiológicos t e m s i _ do u s a d o s , A c o n t i n u i d a d e de e s t u d o s microbiológicos do m e i o a m b i e n t e t e m m e l h o r a d o a compreensão em t o r n o da correlação que há e n t r e os d i v e r s o s m i c r o r g a n i s m o s - e x i s t e n t e s na a g u a e a incidência de doenças. A l e m d a s bactérias e vírus p a t o gênicos de procedência entérica, o u t r o s m i c r o r g a n i s m o s são c a p a z e s de c a u s a r infecções d a p e l e e do t r a t o respiratório s u p e r i o r , t e n d o s i d o i s o l a d o s d e água poluída s e g u n d o , Bon de ( 5 ) e S c a r p i n o , ( 2 3 ) .
a c o n s i d e r a r ê o q u e d i z r e s p e i t o às condições sanitárias de p i s c i n a s , p e l o s i g n i f i c a d o que têm, em relação à saúde d o s b a n h i s t a s , como também em relação à saúde p u b l i c a em g e r a l . Face a e s s e s i g n i f i c a d o , o p r o j e t o , a operação, a manutenção e o f u n c i o n a m e n t o a d e q u a d o d a s p i s c i n a s , i n t e r e s s a m a o s s a n i t a r i s t a s .
Embora as águas de p i s c i n a s s e j a m i n i c i a l m e n t e l i m p a s , e l a s t e n d e m a f i c a r poluídas p e l a introdução de c o r p o s do ex t e r i o r , t a i s como, f o l h a s , p a p e i s , p o e i r a e t c . , e a produção dé matéria oi^gânica o r i g i n a d a d a proliferação de a l g a s e ou t r o s m i c r o r g a n i s m o s , a l e m de p o l u e n t e s e c o n t a m i n a n t e s t r a z i _ dos p e l o s próprios b a n h i s t a s .
A introdução de t a i s m a t e r i a i s na água, m u i t a s v e z e s v e t o r e s de patõgenos, poderá, também, f a c i l i t a r ó d e s e n v o l v i ^ m e n t o da m i c r o f l o r a , em decorrência da eufroficação do' m e i o .
Os patõgenos t r a n s m i s s o r e s de doenças são t i p i c a m e n t e e l i m i n a d o s p e l a s f e z e s e p e l a s c a v i d a d e s n a t u r a i s d u s b a n h i s t a s , noL' q u a i s se i n c l u e m bactérias, vírus e f u n g o s patogêni c o s .
Uma d a s contribuições d e m i c r o r g a n i s m o s d e i x a d a p o r c a da b a n h i s t a , p o d e s e r a v a l i a d a p e l o índice de bactérias c o l i formes,'já e x i s t i n d o , c o n t u d o , proposições no s e n t i d o d e s e r u s a d a a c o n t a g e m de Pie.udomona.6 a&fiuQinoòa.
Como a P. ae.'iuglnoòa a d e n s i d a d e de Staphylococcuò auAdu.6 pode s e r uma determinação microbiológica de r e a l v a l o r ,
uma v e z q u e infecções d a p e l e , o u v i d o s , o l h o s e g a r g a n t a , a f e t a m b a n h i s t a s f r e q u e n t a d o r e s de p i s c i n a s , em uma l a r g a p o r
14 c e n t a g e m , s e n d o , p o r o u t r o l a d o , e s s e s m i c r o r g a n i s m o s , r e l a t i v a m e n t e r e s i s t e n t e s ao e f e i t o do c l o r o e s e u s c o m p o s t o s ( 1 ) . 0 índice de bactérias do g r u p o c o l i f o r m e t r a d i c i o n a l m e n t e é o i n d i c a d o r da presença d e m i c r o r g a n i s m o s entéricos patogênicos ou q u e são c a p a z e s de i n f e c t a r o .homem e o u t r o s o r g a n i s m o s .
A s s i m , com o u s o da ãgua p a r a b a n h o , e s t a n d o o numero de c o l i f o r m e s t o t a i s e, e s p e c i f i c a m e n t e , de c o l i f o r m e s f e c a i s , a s s o c i a d o a o g r a u de r i s c o ã saúde, t e m - s e uma a v a l i a ção do g r a u de poluição c o n f e r i d o p o r e s s e s m i c r o r g a n i s m o s .
0 g r u p o c o l i f o r m e ê constituído de um n u m e r o r e s t r i t o de bactérias, s e n d o q u e a s bactérias c o l i f o r m e s f e c a i s , um s u b g r u p o da população c o l i f o r m e t o t a l , t e m relação d5.re t a com a contaminação de o r i g e m f e c a l de a n i m a i s de s a n g u e q u e n t e ,
P a r a a identificação do g r u p o c o l i f o r m e são u s a d a s eo mo referências a s s u a s p r o p r i e d a u e s bioquímicas, a s u a c a p a c i d a d e de f e r m e n t a r l a c t o s e com produção d e gãs a uma t e m p e r a t u r a de 3 5°C +_ 0,5 p a r a c o l i f o r m e s t o t a i s e de 44,5°C _+ 0,5 p a r a c o l i f o r m e s f e c a i s , G e l d r e i c h ( 1 0 ) r e v e l o u em p e s q u i s a s r e a l i z a d a s q u e 9 6,4% d o s c o l i f o r m e s e n c o n t r a d o s em f e z e s humanas f o r a m po s i t i v o s p a r a e n s a i o de c o l i f o r m e s f e c a i s . 0 s i g n i f i c a d o sanitário em se u t i l i z a r c o l i f o r m e s f e c a i s como i n d i c a d o r e s de poluição é m a i s r e l e v a n t e do que c o l i f o r m e s t o t a i s , i s t o p o r q u e , os c o l i f o r m e s f e c a i s estão
d i r e t a m e n t e a s s o c i a d o s ao t r a t o i n t e s t i n a l d o s a n i m a i s de s a n g u e q u e n t e , daí p o r q u e são u s a d o s p a r a ' d e t e r m i n a r a qua l i d a d e da ãgua p a r a f i n s de b a l n e a b i l i d a d e .
M u i t o s são os a r g u m e n t o s q u e s u r g e m c o n t r a o u s o g e n e r a l i z a d o da E. coll como índice de poluição f e c a l r e c e n t e , uma v e z que a s u a identificação r e q u e r m u i t o t e m p o , r e a ções bioquímicas c o m p l e x a s e p e s s o a l e x p e r i m e n t a d o , o b t e n d o - s e como r e s u l t a d o d o t r a b a l h o , informações que podem não p r o p o r c i o n a r d a d o s s i g n i f i c a t i v o s , a l e m d o s q u e são i n d i c a dos p e l o e n s a i o . d a t e m p e r a t u r a e l e v a d a ( 2 2 ) .
As opiniões contrárias ã utilização de c o l i f o r m e s f e c a i s na determinação d a q u a l i d a d e de ãgua de recreação estão f u n d a m e n t a d a s n a s p o u c a s e v i d e n c i a s epidemiológicas l i -g a d a s à i n d i d i n c i a de doenças ;e níveis dè c o l i f o r m e s f e c a i s em água de recreação C 9 ) ,
Na determinação d a q u a l i d a d e da ãgua p a r a f i n s de recreação, a utilização do índice d e c o l i f o r m e s f e c a i s como parâmetros s i m p l e s , d e v e e s t a r r e l a c i o n a d a à provável o c o r r e n c i a de m i c r o r g a n i s m o s patogênicos, em u l t i m a instância.
A veiculação, p e l a água de p i s c i n a e s u a s instalações d e s s e s m i c r o r g a n i s m o s p o d e c a u s a r v a r i a d a s e n f e r m i d a d e s .
Como r e s u l t a d o de e s t u d o s epidemiológicos r e a l i z a d o s em vários p a í s e s , s u r g i r a m m e d i d a s de segurança no q u e se r e l a c i o n a ao e s t a b e l e c i m e n t o de padrões d e q u a l i d a d e p a r a águas balneárias.
No B r a s i l , e s s e padrão p a r a ãgua de recreação, não e s p e c i f i c a m e n t e p a r a água de piscina,.está r e g u l a m e n t a d o
16
p o r P o r t a r i a g o v e r n a m e n t a l ( 1 9 ) .
G r a d a t i v a m e n t e , a ocorrência d e e s t r e p t o c o c o s f e c a i s vem s e n d o u t i l i z a d a como parâmetro bacteriológico de p o l u i ção. Não é r e c e n t e o i n t e r e s s e * n o u s o de e s t r e p t o c o c o s f e c a i s p a r a i n d i c a r poluição, e m b o r a t r a t a n d o - s e d e um g r u p o de o r g a n i s m o s não patogênicos.
A utilização d e s s e g r u p o b a c t e r i a n o t e v e p o u c a a c e i t a ção, s e g u n d o i n d i c a a b i b l i o g r a f i a , a t e q u e s u r g i r a m método l o g i a s próprias, com técnicas s i m p l e s e econômicas. U t i l i z a n d o - s e e s s a s m e t o d o l o g i a s a p r i m o r a d a s , f o i o b s e r v a d o q u e a d e n s i d a d e de e s t r e p t o c o c o s em água poluídas a p r e s e n t o u v a l o r e s i g u a i s ou m e n o r e s em relação a o s d e t e r m i n a d o s p a r a bactérias c o l i f o r m e s . Em g e r a l , a detectação d e e s t r e p t o c o c o s em ãguas s u g e r e poluição r e c e n t e e s u a ausência e v i d e n c i a p o u c a ou n e n h u ma contaminação f e c a l o r i g i n a d a de a n i m a i s de s a n g u e q u e n t e
CU).
Em m u i t o s países s a o comumente p e s q u i s a d o s p a r a a a v a liação da q u a l i d a d e sanitária da a g u a de a b a s t e c i m e n t o , os StH.íptococca6 ^azcallò, vau. l l q u e ^ a c t z n i , ( 1 1 ) .E m g e r a l , com l i m i t e s a b a i x o de 10 0 o r g a n i s m o s p o r 10 0 m l de ãgua de recreação, podem não t e r significância, a não s e r . q u a n d o c o n f i r m a d o s em p a r a l e l o com exames de c o l i f o r m e s f e c a i s , que p o r s i , e v i d e n c i a m poluição m a i s r e m o t a .G e l d r e i c h e. K e n n e r ( 1 1 ) , em e s t u d o s r e a l i z a d o s em 1 9 6 9 , o b s e r v a r a m que a m a i s útil aplicação d o s s t r e p t o c o c o s
da a razão c o l i f o r m e s f e c a i s / s t r e p t o c o c o s f e c a i s , que p e r m i t e a indicação da o r i g e m d a f o n t e p o l u i d o r a , Se a razão
em apreço f o r i g u a l ou m a i o r d o que 0,6 s i g n i f i c a r a p o l u i ção com e s g o t o s domésticos, porém, se a mesma f o r m e n o r do que 0,6 s i g n i f i c a r a poluição com o u t r a s f o n t e s , como p o r e x e m p l o , ãgua poluída t r a z i d a p e l a s c h u v a s . Em a m b i e n t e s a q u o s o s de f l u x o l e n t o , e t e n d o n u t r i e n t e s b a c t e r i a n o s i n f l u e n c i a n d o o c r e s c i m e n t o , a determinação de P. ae.fiug.inoóa p o d e s e r s i g n i f i c a t i v a , q u a n d o e s s e s am b i e n t e s são u s a d o s p a r a f i n s d e b a l n e a b i l i d a d e , A P. aesiug-íncòa é um m i c r o r g a n i s m o a m p l a m e n t e e n c o n t r a d o na água e no s o l o e com significação sanitária, uma v e z que e p a t o g e n o p a r a o homem e os a n i m a i s , E s s e s m i c r o r g a n i s m o s p r o d u z e m infecções na p e l e , pulmões, válvulas ca1? d í a c a s , m e n i n g e s e cérebro.
S u t t e r nt aZ<LL.(.2$) v e r i f i c a r a m q u e o t r a t o i n t e s t i rtal do hcmem não p a r e c e s e r o p r i n c i p a l h a b i t a t p a r a a P
aoAugLyiüòCL c o n t u d o , e s t a s bactérias a p a r e n t a m s e r um c o n s t i t u i n t e menor da f l o r a i n t e s t i n a l n o r m a l d e a l g u n s i n d i v i d u o s e são i n t e r m i t e n t e s em o u t r o s .
As infecções c a u s a d a s p o r P. ae,n.uginot>& são f r e q u e n t e s e p e r i g o s a s em e n f e r m a r i a s de c a n c e r o s o s , de q u e i m a dos e de d o e n t e s de t r a q u e i a ( 2 ) .
Não s e n d o a P. ao.fiu.ginoi>a. g e r a l m e n t e c o n s i d e r a d a \im h a b i t a t n o r m a l de o u v i d o s d o e n t e s , onde a frequência de i s o l a m e n t o em o u v i d o s sãos é de 0,5 a 1,5 %, W r i g h t e A l e x a n d e r ( 2 8 ) em 1 9 7 4 , o b s e r v a r a m q u e h o u v e indício de um i n c r e
18
m e n t o de 10 a 20% e n t r e f r e q u e n t a d o r e s de p i s c i n a s e a p o p u lação g e r a l , d u r a n t e - o verão,«em c l i m a úmido e q u e n t e .
S t e v e n s o n ( 2 5 ) v e r i f i c o u q u e a p r o x i m a d a m e n t e 5 0% das doenças de o u v i d o s e o l h o s e r a m c a u s a d a s -por f r e q u e n t a d o r e s de b a n h o s públicos, p a r t i c u l a r m e n t e de p i s c i n a s .
R e i t l e r e S e l i g m a n n ( 2 0 ) c o n c l u i r a m , apôs o exame de 1000 a m o s t r a s de a g u a c o l e t a d a s no n o r d e s t e d e I s r a e l , que a P. aoAuglnoòa não e r a f r e q u e n t e m e n t e e n c o n t r a d a s sem que h o u v e s s e um g r a n d e número de E. z o l l .
F o s t e r z t ati<L ( 9 ) c o n c o r d a r a m com e s s e s r e s u l t a d o s e a f i r m a r a m que na monitorização d a q u a l i d a d e de águas d e b a n h o , a complementação p o r e n s a i o s de c o l i f o r m e s com anãli ses p a r a o u t r o s o r g a n i s m o s e com l e v a n t a m e n t o sanitários , p o d e r i a f o r n e c e r m a i s informações do que a. determinação i s o l a d a de c o l i f o r m e s .
Dada a p a t o g e n i c i d a d e que. se a t r i b u i à P. ae.fiu.giio i>a R e i t l e r e S e l i g m a n (.2 0 ) c o n c l u i r a m que os e n s a i o s p a r a e s s e m i c r o r g a n i s m o p o d e r i a m s e r i n c l u i d o s no exame r o t i n e i r o d a água.
H o a d i e y ( 1 3 ) , em uma p e s q u i s a s o b r e a presença de P. az>iug.inoòa e m águas de superfície, c h e g o u â conclusão de que e s s e m i c r o r g a n i s m o p r o v a v e l m e n t e não o c o r r e em a_ g u a s não poluídas p o r a t i v i d a d e humanas e de animais domêstjL c o s , q u e b a i x o s níveis' de população d e s s a s bactérias o c o r r e m em áreas a d j a c e n t e s a a t i v i d a d e s humanas e que níveis de a l t a população com um e x c e s s o de 1 p, achuglnoba p o r . 1 m l , pode o c o r r e r em águas r e c e n t e m e n t e poluídas p o r esg£
t o s . E l e s p o s t e r i o r m e n t e o b s e r v a r a m que a P. aeAuginoòa a p a r e n t a v a s e r um i n d i c a d o r sensível da poluição de ãguas s u p e r f i c i a i s p o r e s g o t o s , ãguas m u n i c i p a i s e de c e l e i r o s .
H o a d l e y ( 1 3 ) v e r i f i c o u , também, a correlação e x i s t e n t e e n t r e o número d e P. aojvxginoòa na ãgua e o número de b a n h i s t a s . E l e e n c o n t r o u d e n s i d a d e s de 0,02 e menos do q u e 0,018 de P. aoAuaino&a p o r m i l i l i t r or em uma p r a i a , q u a n d o s o m e n t e um b a n h i s t a o c a s i o n a l e s t a v a p r e s e n t e e uma p o p u l a ção de 0,9 5 m i c r o r g a n i s m o s p o r m i l i l i t r o q u a n d o o número de b a n h i s t a s e r a a l t o . F o s t e r oA atil ( 9 ) c o l e t a r a m 87.7 a m o s t r a s de ãguas f r e s c a s de 3 p r a i a s de b a n h o è com d a d o s r e f e r e n t e s a 57 a m o s t r a s a f i r m a r a m q u e os d a d o s c o l e t a d o s s o b r e a d e n s i d a d e de V.aoMi.QÍnoòa em praias de banho n a t u r a i s ê c o n s t a n t e . Seus d a d o s d e m o n s t r a r a m q u e pode h a v e r uma relação e n t r e as i n fecções do o u v i d o e a presença de P, aojxxxQi.noha. em ãguas de b a n h o .
F a v e r o eX aiii ( 8 ) e H o a d l e y (.13) s u g e r i r a m que r e s trições podem s e r f e i t a s s o b r e a s d e n s i d a d e s de P. aeAuginoAa em ãgua de b a n h o d e v i d o à associação d e s s e o r g a n i s m o com i n fecções do o u v i d o e s u a presença em p i s c i n a s e ãreas de ba-nho n a t u r a i s .
A determinação de e s t a f i l o c o c o s como i n d i c a d o r ad_i c i o n a l de poluição de ãgua de recreação jã e b a s t a n t e d i s c u t i d a , não sõ p e l a s u a presença em f e z e s , mas, e s p e c i f i c a m e n t e , p o r c a u s a r infecções d a p e l e .
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e s t a f i l o c o c o s é o furúnculo, s e g u n d o F a v e r o eX citil ( 8 ) , p o d e n d o , com menos frequência, i n v a d i r a c o r r e n t e sanguí nea e serem t r a n s p o r t a d o s a o u t r a s p a r t e s do c o r p o , c a u s a n d o m e n i n g i t e , osteomiélite e o u t r a s doenças.
E s s e s m i c r o r g a n i s m o s podem s e r e n c o n t r a d o s em l a r g a proporção em reservatórios de a g u a , p o r e m , em numero m a i s e l e v a d o , q u a n d o o r e s i d u a l de c l o r o e b a i x o .
03 e s t a f i l o c o c o s são o r i g i n a d o s de membranas mu c o s a s e da p e l e humana. Sua presença em a g u a i n d i c a p o s s i b i l i d a d e de transmissão de infecções e s t a f i l o c o c i c a s e n t r e b a n h i s t a s e, também, q u e o u t r o s o r g a n i s m o s patogênicos o r i u n d c s da membrana mucosa e da p e l e podem e s t a r p r e ;en t e s •
0 n u m e r o e l e v a d o d e s s e s m i c r o r g a n i s m o s em ausên c i a a d e q u a d a de cloração e v i d e n c i a que uma g r a n d e p o p u l a ção d o s mesmos p o d e c r e s c e r .
F a v e r o eX alÀÃ. ( 8 ) p r o p u s e r a m q u e um padrão d e 100 e s t a f i l o c o c o s p o r 100 m l de agua de recreação f o s s e a d o t a d o . E l e s a d m i t i r a m que um g r a n d e 'número de estafilotóo c o s p o d e s e r r e t i d o p e l a p e l e de b a n h i s t a s i m e r s o s em t a n q u e s . Esse número r a r a m e n t e f o i e x c e d i d o n e s s a p e s q u i s a e n o u t r a , em que a s a m o s t r a s e r a m c o l e t a d a s s o b condições
s e v e r a s de u s o . P o r t a n t o , a c r e d i t a - s e q u e e s s e critério não o f e r e c e um g r a u d e segurança satisfatório. Um n u m e r o m a i s c o n s e r v a d o r t a l v e z s e j a d e 33 e s t a f i l o c o c o s p o r 100 m l de a g u a de reservatório, parâmetro m a i s r a c i o n a l .
r i o s com um r e s i d u a l d e c l o r o l i v r e m a i o r do q u e 1,0 m g / l não m a i s do que 4 e s t a f i l o c o c o s p o r 1O0 m l e s t a v a m p r e s e n r e s , onde e x i s t i a m c a r g a s r a z o a v e l m e n t e p e s a d a s .
P o s t e r i o r m e n t e , K e i r n e P u t n a a , (16«)-em e s t u d o s r e a l i z a d o s , e n c o n t r a r a m a p r o x i m a d a m e n t e 20 e s t a f i l o c o c o s p o r 10 0 m l , em reservatõrics c o n t e n d o c l o r o l i v r e d i s p o n í v e l , p o r e m com um r e s i d u a l médio i n f e r i o r a q u e l e invés t i g a o o p o r R o b i n t o n et atíí(21) e B l a c k ( 3 ) .
S e l i g m a n n ( 2 4 ) e d e p o i s M a l l m a n n ( 1 7 ) m o s t r a r a m a e x e q u i b i l i d a d e do e m p r e g o do Staphylfícoccu-ó epldenmid eò como i n d i c a d o r d a s condições b a c t e r i a n a s d a ãgua d e ba nho q u a n d o t r a t a d a com c l o r o .
Em 197Q, B l a c k et a.JLLL(3) p r o p u s e r a m q u e os e£ t a f i l o c o c o s p o d e r i a m s e r c o n s i d e r a d o s um: i m p o r t a n t e i n d i • c a d o r oa q u a l i d a d e sanitária d a ãgua de p i s c i n a .
A presença de e s t a f i l e c o c o s ,' i n t e g r a n t e s indese_ jãveis da c o m u n i d a d e microbiológica, eia água d e r e c r e a ção r e p r e s e n t a r i s c o p a r a os b a n h i s t a s .
A determinação de bactérias heterotrõficas aerõ b i c a s e f a c u l t a t i v a s , em ã g u a , e uma i B e d i d a empírica, i s _ t o d e v i d o à sua m a n e i r a de ocorrência, i s o l a d a , em p a r e s , em c a c h o s e também, p e l o f a t o de q u e nenhum m e i o s i m p l e s , ou c o n j u n t o de condições físicas e químicas, p o d e s a t i s f a z e r às n e c e s s i d a d e s fisiológicas de t o d a s a s bactérias p r e s e n t e s em uma a m o s t r a de ãgua.
Quando se l e v a em consideração o e n r i q u e c i m e n t o do n u i o com a adição dê matéria orgânica, a presença d e
22
bactérias em m a i o r ou m e n o r q u a n t i d a d e , p o d e s e r s i g n i f i c a t i v a do g r a u de poluição da massa de ãgua.
Um número c o m p l e x o de f a t o r e s são e n v o l v i d o s no c o n t r o l e de m i c r o r g a n i s m o s em p i s c i n a s . 0 r e f e r i d o c o n t r o -l e r e q u e r , p o r t a n t o , vigi-lância p e r m a n e n t e e a d e q u a d a s u pervisão p o r o p e r a d o r e s c o m p e t e n t e s cora c o n h e c i m e n t o d a s condições da p i s c i n a e do a m b i e n t e . Um p r o g r a m a de operação de p i s c i n a s aceitável, pa r a e l i m i n a r o r g a n i s m o s p r e j u d i c i a i s deverá s e r e l a b o r a d o de m a n e i r e a t o r n a r t a i s l o c a i s de recreação úteis e ' sa.uda v e i s p a r a o u s o d a comunidad.e.
4.1 M a t e r i a l A n a l i s a d o
Foram r e a l i z a d a s 16 c o l e t a s de a m o s t r a s de ãgua em c a d a p i s c i n a o b j e t o de e s t u d o , s e n d o 8 em água c l o r a d a n a p i s c i n a f o r a de u s o e 8 em ãgua também c l o r a d a , mas u t i l i z a da p o r b a n h i s t a s . 4.2 M a t e r i a l de Laboratório i ) e q u i p a m e n t o s E s t u f a p a r a esterilização Com c a p a c i d a d e p a r a p e r m i t i r a circulação do a r q u e n t e ao r e d o r do m a t e r i a l a s e r e s t e r i l i z a d o . E q u i p a d a com um termômetro e um t e r m o s t a t o o p e r a n d o n o r m a l m e n t e a uma t e m p e r a t u r a de 17 0 - 18 0°C, m o d e l o 3 1 b / 5 , m a r c a F A N J L M . - A u t o c l a v e Com t a m a n h o s u f i c i e n t e p a r a p e r m i t i r a circulação do v a p o r ao r e d o r d o m a t e r i a l a s e r e s t e r i l i z a d o , e q u i p a d a com uma válvula de segurança e com um termômetro. A o p e r a ção t o t a l da a u t o c l a v e d u r o u no mãximo l h e a mesma
2 4 a t i n g i u a t e m p e r a t u r a de esterilização de 121°C em 3 0 m i n e m a n t e v e e s s a t e m p e r a t u r a d u r a n t e o período de e s t e r i l i zação. - I n c u b a d o r a bacteriológica E q u i p a d a com t e r m o s t a t o e p a r a t e m p e r a t u r a de 3 5 a 3 7°C, m a r c a FISHER ISOTEMP INCUBATOR.
- I n c u b a d o r a bacteriológica p a r a determinação de c o l i f o r m e s . E q u i p a d a com t e r m o s t a t o e p r o j e t a d a de t a l f o r m a que a t e m p e r a t u r a em t o d a s as p a r t e s u t i l i z a d a s f o i de 3 5 °C + 0,5.. - Balança analítica Com s e n s i b i l i d a d e de p e l o menos 0,1 mg ao se p e s a r 10 g i -- D e s t i l a d o r de agua • ' Com c a p a c i d a d e s u f i c i e n t e p a r a os t r a b a l h o s de b a c t e r i o l o g i a . - G e l a d e i r a - P o t e n c i o m e t r o
Com e s c a l a bem legível. A calibração d o p o t e n c i o m e t r o f o i f e i t a com tampões de pH = 4,0 e pH = 9,18, r e s p e c t i v a m e n t e .
- P o r t a - f i l t r o s de m a t e r i a l plãstico - Bomba a vãcuo e pressão
i i ) V i d r a r i a - P i p e t a s
P i p e t a s t i p o Mohr de 5 m l e 10 m l , com graduação 1/10, com l o c a l p a r a tampão de algodão. E n r o l a d a s com pa p e l a p r o p r i a d o e e s t e r i l i z a d a s d u r a n t e 2 h . - Tubo de e n s a i o Tubos de e n s a i o de v i d r o n e u t r o , de 18 mm x 18 0 mm, 16 mm x 150 mm e 12 mm x 12 0 mm. - F r a s c o s p a r a c o l e t a de a m o s t r a s De v i d r o n e u t r o , com c a p a c i d a d e de 1.000 m l , b o c a > l a r g a e t a m p a e s m e r i l h a d a . - T u b o s de Durham De v i d r o n e u t r o de 5 mm x 4 0 mm. - P l a c a s de P e t r i De v i d r o n e u t r o de b o a q u a l i d a d e , com f u n d o p l a n o , com 15 mm de a l t u r a x 10 0 mm de diâmetro. i i i ) O u t r o s M a t e r i a i s - R e c i p i e n t e s p a r a preparação de m e i o s de c u l t u r a . De v i d r o n e u t r o ou p y r e x , l i m p o s e i s e n t o s de q u a l q u e r substância t o x i c a . - B i c o s de B u n s e n - E s t a n t e s
26
- E s t a n t e s p e r f u r a d a s d e a r a m e g a l v a n i z a d o , p a r a colocação d e t u b o s de e n s a i o .
- Alças d e inoculação
F i o n i q u e l - c r o m o , com 7 a 8 cm d e c o m p r i m e n t o e 0,5 mm d e diâmetro, com alças de 4 mm de diâmetro, c o l o c a d a s em c a b o s de K o l l e . - Membrana f i l t r a n t e T i p o HC WG 047 50 M i l l i p o r e . 4.3 M e i o s de c u l t u r a , r e a g e n t e s 'e soluções Os m e i o s a s e g u i r , a d q u i r i d o s na f o r m a d e s i d r a t a d a , f o r a m p r e p a r a d o s de a c o r d o com as Instruções do s e u f a b r i _ c a n t e , E. MERCK. No q u e t a n g e ao m e i o AGAR PLATE COUNT , c o n t u d o , a s u a preparação f o i i e i t a de a c o r d o com o " S t a n d a r d M e t h o d s f o r t h e E x a m i n a t i o n o f W a t e r and W a s t e w a t e r " ( 1 ) . Q u a n t o a o s r e a g e n t e s e soluções, a s u a p r e p a ração o b e d e c e u a s n o r m a s p r e c o n i z a d a s , i g u a l m e n t e p e l o "Standard M e t h o d s f o r t h e E x a m i n a t i o n o f W a t e r a n d ' Waste_ w a t e r " CD, i ) M e i o s d e c u l t u r a - LACTOSE BROTH - EC-BROTH - M-ENDO
- AGAR-CHAPMAN .
- AGAR-KF- AGAR-CETRIMIDE - AGAR-PLATE COUNT.
A composição e a preparação dos m e i o s de c u l t u r a p a r a determinação d o s d i v e r s o s m i c r o r g a n i s m o s , bem como os r e a g e n t e s e soluções necessários podem s e r e n c o n t r a d o s n o a n e x o I I . 4.4. A m o s t r a g e m : método i ) Período de e s t u d o e l o c a i s de a m o s t r a g e m As c o l e t a s f o r a m r e a l i z a d a s no período c o m p r e e n d i d o e n t r e o u t u b r o de 1979 a j a n e i r o de 1 9 8 0 , t e n d o s i do r e a l i z a d a s 16 c o l e t a s , a s s i m distribuídas: 8 com agua c l o r a d a sem u s o e 8 com ãgua c l o r a d a em u s o .
i i ) Técnica d e c o l e t a
As a m o s t r a s f o r a m c o l e t a d a s ã p r o f u n d i d a d e de a p r o x i m a d a m e n t e 3 0 centímetros da superfície d a ãgua na região m a i s p r o f u n d a d a p i s c i n a e com c u i d a d o s de a s s e p s i a , s e n d o u t i l i z a d o s f r a s c o s de v i d r o com b o c a l a r g a , de 1.000 m l de c a p a c i d a d e , p r e v i a m e n t e e s t e r i l i z a d o s , c o n t e n d o c e r c a de 0,6 m l de solução d e t i o s s u l f a t o de sõdio a 1 0 % , p a r a ãguas c l o r a d a s .
28
Após r e c o l h i d a a a m o s t r a , o f r a s c o d e v i d a m e n t e f e c h a do e r o t u l a d o , e r a g u a r d a d o em c a i x a - i s o p o r c o n t e n d o g e l o , t e n d o - s e o c u i d a d o de e v i t a r contaminação p e l a ãgua o r i g i n a da do g e l o f u n d i d o ; em s e g u i d a e r a t r a n s p o r t a d o p a r a o l a b o r a t o r i o , onde a s a m o s t r a s e r a m e x a m i n a d a s em período não s u p e r i o r a 4 h , e n t r e a c o i e t a e o início d o s exames. 4.5 Método d a s a n a l i s e s 4 . 5 . 1 . Contagem de c o l i f o r m e s t o t a i s > I n i c i a l m e n t e a s a m o s t r a s f o r a m h o m o g e n e i z a d a s p o r agitação m a n u a l , d u r a n t e c e r c a de 2 m i n . e , em s e g u i d a , i n o c u l a d a s , p a r a a c o n t a g e m . i ) E n s a i o p r e s u n t i v o P a r a e s t e e n s a i o f o i u t i l i z a d o o m e i o de e n r i q u e c i _ m e n t o de c a l d o l a c t o s a d o , s e n d o q u e a inoculação de v o l u m e s de lü m l da a m o s t r a f o i f e i t a em c a l d o l a c t o s a d o de c o n c e n tração d u p l a , e p a r a a inoculação de v o l u m e s de 1,0 e 0,1 m l da a m o s t r a , r e s p e c t i v a m e n t e , u t i l i z o u - s e o c a l d o l a c t o s a do de concentração s i m p l e s . T a i s v o l u m e s f o r a m r e t i r a d o s d i r e t a m e n t e da a m o s t r a e distribuídos em 3 s e r i e s de 5 t u b o s de e n s a i o , c a d a , c o n t e n d o no s e u i n t e r i o r t u b o s d e Durham i n v e r t i d o s . A incubação f o i f e i t a ã t e m p e r a t u r a de 3 5°C + 0 , 5
e a l e i t u r a r e a l i z a d a a p o s 24 e 48 h de incubação. 0 número m a i s provável d e c o l i f o r m e s t o t a i s f o i c a l c u l a d o p e l a c o n h e c i d a t a b e l a de NMP, de S w a r o o p ( 1 ) . i i ) P r o v a de diferenciação .para c o l i f o r m e s f e c a i s . 0 m e i o de c u l t u r a u t i l i z a d o f o i o EC-BROTH. Os t u b o s jã i d e n t i f i c a d o s como p o s i t i v o s no e n s a i o p r e s u n t i v o , f o r a m r e p i c a d o s p a r a t u b o s c o n t e n d o 4,0 m l d o m e i o EC-BRO-TH; p a r a i s t o t o m o u - s e um i n o c u l o com alça de níquel-cromo em condições assépticas.
Os t u b o s i n o c u l a d o s f o r a m i n c u b a d o s a 44,5 °C + 0,5;. d u r a n t e 24 h numa e s t u f a m a r c a FISHER ISOTEMP INCUBATOR . Foram c o n s i d e r a d o s como p o s i t i v o s os t u b o s q u e e v i d e n c i a r a m a produção d e gãs a p a r t i r da fermentação de l a c t o s e . • v 0 número m a i s provável de c o l i f o r m e s f e c a i s f o i c a l c u l a d o p e l a c o n h e c i d a t a b e l a de NMP, de Swaroop ( 1 ) . i i i ) Determinação de c o l i f o r m e s t o t a i s p e l a membra na f i l t r a n t e . A m o s t r a s de 100 m l da ã g u a , apôs homogeneização ma n u a l , f o r a m f i l t r a d a s através de membrana t i p o HC WG 047 50 M i l l i p o r e , s e n d o e s t a s , em s e g u i d a , c o l o c a d a s s o b r e o m e i o M-ENDO, c o n t i d o em p l a c a s de P e t r i , a s q u a i s f o r a m i n c u b a d a s em e s t u f a a 3 5°C + 0 , 5 d u r a n t e 24 e 48 h .
A quantificação da UFC ( U n i d a d e F o r m a d o r a d e Colô n i a ) , f o i f e i t a através de um c o n t a d o r de colônias, m a r c a BIOMATIC, t i p o 2 0 0 1 , s e n d o c o m p u t a d o o número de colônias róseas e v e r m e l h a s com b r i l h o metãlico características ( 1 ) .
30 4.5.2. C o n t a g e m de S t a f i l o c o c o s A quantificação de s t a f i l o c o c o s f o i f e i t a u t i l i z a n d o - s e a técnica d a membrana f i l t r a n t e . A m o s t r a s de 10 0 m l de agua, a p o s homogeneização ma n u a l , f o r a m f i l t r a d a s através d e membrana t i p o HC WG 047 50 M i l l i p o r e , s e n d o e s t a s , em s e g u i d a , c o l o c a d a s s o b r e o m e i o AGAR-CHAPMAN, c o n t i d o em p l a c a s d e P e t r i , as q u a i s f o o r a m i n c u b a d o s em e s t u f a a 3 5 C + 0 , 5 , d u r a n t e 24 e 48 h . 0 n u m e r o de s t a f i l o c o c o s f o i d e t e r m i n a d o p e l a c o n t a g e m d a s colônias q u e a p r e s e n t a r a m p i g m e n t o s a m a r e l o e s c u r o , s e n d o e m p r e g a d o um c o n t a d o r d e colônias, m a r c a > BIOMATIC, t i p o 2 0 0 1 . 4.5.3. C o n t a g e m d e s t r e p t o c o c o s A quantificação de s t r e p t o c o c o s f o i f e i t a u t i l i z a n d o s e a técnica d a membrana f i l t r a n t e . -A m o s t r a s de 100 m l d e agua, a p o s homogeneização ma n u a l , f o r a m f i l t r a d a s através de membranas t i p o HC WG 047 50 M i l l i p o r e , s e n d o e s t a s , em s e g u i d a , c o l o c a d a s s o b r e o m e i o AGAR-KF, c o n t i d o em p l a c a s de P e t r i , as q u a i s f o r a m i n c u b a d a s em e s t u f a a 3 5°C _+ 0,5 d u r a n t e 24 e 48 h . 0 n u m e r o de s t r e p t o c o c o s f o i d e t e r m i n a d o através da c o n t a g e m de colônias q u e a p r e s e n t a r a m p i g m e n t o verme l h o , s e n d o e m p r e g a d o um c o n t a d o r d e colônia, m a r c a BIOMATIC, t i p o 2 0 0 1 . 4.5.4. C o n t a g e m de p s e u d o m o n a s A quantificação de p s e u d o m o n a s f o i f e i t a u t i l i z a n
d o - s e a técnica da membrana f i l t r a n t e .
A m o s t r a s de 10 0 m l de ãgua, apôs homogeneização ma n u a l , f o r a m f i l t r a d o s através de membrana t i p o HC WG 047 50 M i l l i p o r e , s e n d o e s t a s , em s e g u i d a , c o l o c a d a s s o b r e o m e i o AGAR-CETRIMIDE, c o n t i d o em p l a c a s d e P e t r i , as q u a i s f o r a m i n c u b a d a s em e s t u f a a 35--C + 0,5, d u r a n t e 24 e 48 h .
0 n u m e r o de p s e u d o m o n a s f o i d e t e r m i n a d o p e l a c o n t a gem d a s colônias que a p r e s e n t a r a m p i g m e n t o s com coloração a z u l , s e n d o e m p r e g a d o um c o n t a d o r de colônias, m a r c a BI0MAT1C, t i p o 2 0 0 1 .
4.5.5. Contagem de bactérias h e t e r o t r o f i c a s ae rébicas e f a c u l t a t i v a s ( B H A F ) .
0 m e i o de c u l t u r a u t i l i z a d o - f o i o AGAR-PLATE COUNT, p a r a a determinação do numero t o t a l de bactérias h e t e r o t r o f i c a s a e r o b i c a s e f a c u l t a t i v a s . P a r a a c o n t a g e m de BHAF, a líquotas de 0,1 m l d a s a m o s t r a s òu diluições a p r o p r i a d a s d a s mesmas de 0 , 1 - 0 , 0 1 e 0 , 0 0 1 m l , r e s p e c t i v a m e n t e , f o r a m p l a q u e a d a s em séries d e 3 p l a c a s de P e t r i e s p a l h a d a s c o n v e n i e n t e m e n t e e i n c u b a d a s a 3 5°C + 0,5 d u r a n t e 24 e 48 h .
0 número de BHAF f o i d e t e r m i n a d o p e l a c o n t a g e m d a s colônias t o t a i s f o r m a d a s , como um c o n t a d o r de colônia, mar c a BIOMATIC, t i p o 20 0 1 .
32
i ) T e m p e r a t u r a
As m e d i d a s de t e m p e r a t u r a s d a ãgua f o r a m r e a l i z a d a s p o r ocasião díi c o l e t a d a s a m o s t r a s , p e l a imersão de um termômetro de mercúrio na massa da ãgua.
i i ) C l o r o l i v r e e c l o r o t o t a l
0 c l o r o l i v r e , bem como o c l o r o t o t a l , f o r a m d e t e r m i n a d o s n a s a m o s t r a s de ãgua n o s próprios l o c a i s d e c o l e t a , u t i l i z a n d o - s e um m e d i d o r de c l o r o l i v r e e t o t a l , mode l o CN-62, m a r c a HACH, EUA, com d i s c o c o m p a r a d o r de HELLIGE.
i i i ) pH
0 pH d a s a m o s t r a s f o i mec'ido em laboratório, sendo as l e i t u r a s e f e t u a d a s com um' mec.idor de p H , referência pH-METER E 5 1 6 , METROHM, S u i s s a .
i v ) T u r b i d e z
As l e i t u r a s de t u r b i d e z f o r a m r e a l i z a d a s num T u r b I d i m e t r c HELLIGE, EUA, as q u a i s f o r a m lançadas em c u r v a s padrões q u e acompanham o a p a r e l r o e os v a l o r e s c o m p u t a d o s em m g / l de sílica.
A l e m das determinações f I s i c o - q u í m i c a s - n e c e s s á r i a s e n o r m a l m e n t e f e i t a s p a r a a g u a de p i s c i n a , f o r a m p e s q u i s a d o s q u a t r o m i c r o r g a n i s m o s c o n s i d e r a d o s patogênicos pa r a agua de recreação, a t r i b u i n d o - s e ao índice de c o l j L f o r m e s o parâmetro p r i n c i p a l na avaliação da poluição d a s a g u a s em e s t u d o . 5.1 - Dados f í s i c o - q u í m i c o s r e l a t i v o s a o s l o c a i s de c o l e t a . « As t a b e l a s 5.1 e 5.2, a p r e s e n t a m os r e s u l t a d o s d a s m e d i a s aritméticas d o s d a d o s físico-químicos r e l a t i v o s âs a m o s t r a s d o s l o c a i s de c o l e t a , n a s condições de a g u a t r a t a d a sem u s o e a g u a t r a t a d a em u s o , r e s p e c t i v a m e n t e . O b s e r v a n d o - s e os d a d o s c o n s i g n a d o s n a s T a b e l a s 5.1 e 5.2 v e r i f i c a - s e que a a g u a d a s p i s c i n a s em u s o a p r e s e n t a m a u m e n t o s d e a ) t e m p e r a t u r a b ) pH c ) t u r b i d e z e, as concentrações de c l o r o l i v r e e c l o r o t o t a l o b s e r v a d a s f o r a m m u i t o b a i x a s na a g u a t r a t a d a sem u s o e d e c r e s c e r a m p a r a a a g u a t r a t a d a em u s o , t e n d o o l o c a l A a p r e
3'+ s e n t a d o a m a i o r concentração de c l o r o l i v r e e c l o r o t o t a l na condição de a g u a t r a t a d a sem u s o , r e s p e c t i v a m e n t e , ao p a s s o q u e o l o c a l C a p r e s e n t o u m e n o r e s v a l o r e s de c l o r o l i v r e e c l o r o t o t a l p a r a e s t a condição. As concentrações de c l o r o l i v r e e c l o r o t o t a l p a r a a condição de a g u a t r a t a d a em u s o , t i v e r a m m a i o r e s v a l o r e s p a r a o l o c a l A e m e n o r e s v a l o r e s p a r a o l o c a l C. O b s e r v o u - s e que na maio-r i a das v e z e s , t a n t o a concentmaio-ração de c l o maio-r o l i v maio-r e q u a n t o a concentração de c l o r o t o t a l , p a r a t o d o s os l o c a i s de c o l e t a , na condição de agua t r a t a d a em u s o , a p r e s e n t a r a m concentrações de c l o r o i g u a i s a . z e r o . 5.2 - Dados microbiológicos r e l a t i v o s a o s l o c a i s de c o ] e t a . As t a b e l a s 5.3 e 5.4, r e f e r e m - s e a o s r e s u l t a d o s d a s m e d i a s geométricas d a s determinações q u a n t i t a t i v a s d o s vários g r u p o s b a c t e r i a n o s e s t u d a d o s , n a s condições de agua t r a t a d a sem u s o e a g u a t r a t a d a em u s o . As c o n t a g e n s de bactérias h e t e r o t r o f i c a s aerõbicas e f a c u l t a t i v a s t i v e r a m v a l o r e s e l e v a d o s m u i t o a c i m a dos v a l o r e s o b t i d o s p a r a as c o n t a g e n s de c o l i f o r m e s . Os v a l o r e s médios de c o l i f o r m e s t o t a i s e c o l i f o r mes f e c a i s alcançaram índices m a i s e l e v a d o s , r e l a t i v o s â a g u a t r a t a d a em u s o , par^a o l o c a l A, com c o n t a g e n s em
3 ~ •* t o r n o de 10 c o l i f o r m e s / 1 0 0 m i em m e i o s o l i d o e índices
m a i s b a i x o s p a r a o l o c a l D, também em m e i o s o l i d o . As c o n t a g e n s o b t i d a s através dá técnica d o número m a i s p r o v a v e l (NMP) p a r a c o l i f o r m e s t o t a i s e c o l i f o r m e s f e c a i s , em a g u a t r a t a d a em u s o a p r e s e n t a r a m raaiores»-índices p a r a o l o c a l A e m e n o r e s índices p a r a o l o c a l D. A observação d o s d a d o s a c i m a c i t a d o s , m o s t r a que as c o n t a g e n s de bactérias h e t e r o t r o f i c a s a e r o b i c a s e f a c u l t a t i v a s t i v e r a m c r e s c i m e n t o d a condição de ãgua t r a t a d a sem u s o p a r a ãgua t r a t a d a em u s o , a t i n g i n d o ín d i c e s máximos n o s l o c a i s A e D, com c o n t a g e n s em t o r n e de 1 0 ' bactérias/100 m l . Nos l o c a i s B e C, e s t a s c o n t a g e n s d i m i n u e m , s i t u a n d o - s e em t o r n o de 10 bactérias/100 mi. As c o n t a g e n s de s t a f i l o c o c o s , s t r e p t o c o c o s e pseudomonas também t i v e r a m os v a l o r e s a u m e n t a d o s da condição de ãgua t r a t a d a sem u s o p ^ r a a ãgua t r a t a d a em u s o .
As t a b e l a s 5.5. a 5.12 r . ? f e r e m - s e a o s r e s u l t a d o s físico-químicos, p o r p i s c i n a , e as t a b e l a s 5.13 a 5.20 r e p r e s e n t a m a s c o n t a g e n s i n d i v i d u a i s o b t i d a s p a r a os p a râmetros b a c t e r i a n o s e s t u d a d o s em t o d o s os l o c a i s . A n t e s de se p r o c e d e r ã discussão d o s d a d o s o b t i d o s ;é m i s t e r q u e s e j u s t i f i q u e o p e q u e n o número d e d e t e r m i _ nações i n d i v i d u a i s p r o c e s s a d a s , t a n t o em ãgua c l o r a d a e f o r a de u s o , q u a n t o em ãgua c l o r a d a e em u s o . O u t r o s parâmetros bacteriológicos i n d i c a d o r e s de poluição, for a m u t i l i z a d o s e t o d o s os for e s u l t a d o s o b t i d o s f o for a m p o s i -t i v o s . P o r -t a n -t o , c a s o n o v a s a n a l i s e s f o s s e m e x e c u -t a d a s ,
s e r v i r i a m a p e n a s p a r a c o m p r o v a r d a d o s a n t e r i o r m e n t e o b t i _ d o s ,
T a b e l a 5.1 - Dados físico-químicos d a s p i s c i n a s com a g u a t r a t a d a mas não u s a d a . N? P I S C I N A De. t e r m i n a c o e s T e m p e r a t u r a pH C l o r o T u r b i d e z 0°C L i v r e mg / 1 T o t a l m g / l m g / l de SiO 1 A 27 ,9
