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AS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS ATRAVÉS DO OLHAR DISCENTE, UMA ANALISE DENTRO DO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ

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AS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS ATRAVÉS DO OLHAR DISCENTE, UMA ANALISE DENTRO DO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ

Jannielton De Sousa Santos

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Piripiri

jannieltonsantos500@gmail.com Marcos Antonio Cavalcante De Oliveira Júnior

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Piripiri

marcos.cavalcante@ifpi.edu.br Jéssica De Arcanjo Costa

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Piripiri

jessica.arcanjo2014@gmail.com Carlos Felipe Soares Alves

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Piripiri

cfalves199702@gmail.com Eduardo Da Silva Chaves

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Piripiri

chavesedu19@gmail.com Maria Victoria Melo Costa

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Piripiri

mariavictoriamelocosta@gmail.com RESUMO

A sustentabilidade tem agregado força e ganhado importância com o passar do tempo, principalmente por causa da pressão popular para com as organizações, que foi obtida através da mudança de pensamento das pessoas. As Instituições de Ensino Superior (IES), como organizações que têm grande importância social, buscam adaptar suas atividades rotineiras ao tema, pois além de prevenir e reparar danos causados ao meio ambiente, também agregam valor aos seus serviços e possibilitam uma melhor convivência entre alunos e o meio ambiente, promovendo uma educação mais crítica perante a preservação do meio ambiente. Pensando nisso, o objetivo deste trabalho é analisar a percepção dos discentes dos cursos de Bacharelado em Administração em relação à adoção de práticas de sustentabilidade nos campi do Instituto Federal do Piauí. O estudo utilizou a abordagem qualitativa, através da coleta da percepção dos alunos através da aplicação de questionários com perguntas abertas onde estes descreveram a sua visão acerca do tema norteador da pesquisa. Os questionários foram aplicados nos campi do IFPI onde há cursos de bacharelado em administração Campo Maior, Oeiras, Pedro II, Piripiri e São João do Piauí. Desta forma, percebe-se que os discentes identificam algumas práticas adotadas pela instituição e entendem a importância de tais práticas.

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1. INTRODUÇÃO

No último século a humanidade produziu mais do que em qualquer outro período, e com isso ocorreu o surgimento de problemas relacionados ao uso excessivo dos recursos naturais (DULCE et al, 2018). Com base nisso, devido à crescente ameaça ao meio ambiente, o conceito de sustentabilidade, que é o de assegurar de forma consciente a satisfação das necessidades das pessoas tanto no presente momento quanto no futuro, ganhou força, proporcionando uma nova visão acerca da discussão sobre meio ambiente transformando o que era para gerações futuras em algo atual e presente (DULCE et al, 2018).

Com essa situação, as organizações estão adaptando seus métodos de produção para contribuir positivamente com a preservação do meio ambiente, admitindo meios alternativos para produção de seus produtos e desenvolvendo responsabilidade socioambiental. Deste modo as organizações podem contribuir significativamente para o meio ambiente no momento em que conseguem reduzir os riscos da sua atividade empreendedora para com o meio ambiente e a sociedade (VIEGAS; CABRAL, 2015).

Por consequência dos impactos que afetam tanto o meio ambiente como a sociedade, as organizações veem a importância de inserir dentro de seu ambiente de trabalho o tema sustentabilidade, para que haja a conscientização das pessoas a respeito do meio ambiente e assim diminuir os impactos socioambientais (FELIX; SANTOS, 2013).

Em complemento a isso é percebido que a Administração é uma ciência social que compreende ao processo de tomar decisões dentro das organizações e segundo Maximiano (2011), a administração é um processo solícito de tomada de decisões. Dentro da administração o conceito de eficiência é amplamente usado e para Maximiano (2011), eficiência é o uso racional dos recursos, fazendo com que se produza mais utilizando menos recursos , esse conceito tem um elo perfeito com o conceito de sustentabilidade que é o de assegurar de maneira consciente os recursos naturais para as gerações presentes sem prejudicar as gerações futuras, isso implica dizer que se deve produzir mais, utilizando menos recursos naturais. Assim a administração tem sua congruência na sustentabilidade por meio da eficiência, pois todas as organizações devem usar os conceitos provenientes da Administração para que utilize melhor seus recursos, estabelecendo uma cultura de reuso e diminuição de gastos, assim promovendo o uso de práticas sustentáveis, com isso a administração se liga a sustentabilidade na busca por um futuro melhor, mais produtivo e com menos impactos ao meio ambiente.

Desta maneira, o ambiente educacional também deve ser incluído nessa discussão, assim como são debatidos os planos pedagógicos ou disciplinas dos cursos. Deste modo, as instituições devem levar para sala de aula a temática da sustentabilidade, incentivar a conscientização e a preservação do meio ambiente (PETARNELLA; SILVEIRA; MACHADO, 2017). Apesar das dificuldades que existem no momento em que se tenta inserir temas sobre meio ambiente nas grades curriculares (GONÇALVES-DIAS; HERRERA; CRUZ, 2013), como a formação docente, a integração institucional e a fragmentação das práticas sustentáveis, existe uma necessidade para que a inserção das discussões ambientais ocorra de forma rápida, pois os discentes devem entrar em contato com esse conteúdo, para entender o que estão vivenciando em seu dia-a-dia, afim de que percebam a importância do assunto, para sua capacitação profissional e pessoal (BENÍCIO et al., 2017).

Contudo nos últimos anos as universidades têm se destacado no papel de apoiar as iniciativas de construção de uma sociedade com um viés sustentável (BIZERRIL et al., 2018). Deste modo, as Instituições de Ensino Superior (IES) devem buscar sempre algo a mais e não se contentar em apenas seguir as regras impostas por entidades reguladoras, fazendo com que

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3 a sustentabilidade nas universidades seja estimulada com base nas características de cada instituição (BIZERRIL et al., 2018).

Dentro desse contexto, se faz o seguinte questionamento: Qual a percepção dos discentes dos cursos superiores de Bacharelado em Administração do Instituto Federal do Piauí acerca da adoção de práticas de sustentabilidade dentro dos campi?

Como forma de buscar uma resposta ao problema de pesquisa, o estudo teve como foco principal analisar o entendimento dos alunos do curso de Bacharelado em Administração a respeito da sustentabilidade e suas práticas nos campi do Instituto Federal do Piauí (IFPI). Pensando nisso o trabalho apresentou como objetivo geral analisar a percepção dos alunos do curso de Bacharelado em Administração acerca das práticas ambientais dentro do Instituto Federal do Piauí, e de modo específico, identificou a percepção dos discentes acerca da sustentabilidade e práticas sustentáveis, além de mapar as práticas de sustentabilidade adotadas pela instituição de ensino percebidas pelos estudantes e verificou os benefícios dessas práticas sustentáveis para a instituição.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Panorama geral da sustentabilidade

O termo sustentabilidade e as discussões acerca do tema, têm se multiplicado em quase todas as áreas do conhecimento, embora tenha surgido necessariamente a partir de reflexões nas disciplinas de ecologia e economia (KATO, 2008). De acordo com pesquisadores, esse termo deve ser visto e analisado de maneira mais abrangente, pois é uma questão complexa e com diferentes abordagens (KATO, 2008). Segundo Kato (2008), na ecologia essa discussão partiu da suposta ideia de que o ecossistema necessita chegar ao “equilíbrio” para que possa ser sustentável já dentro da economia, chegou-se à conclusão de que só se pode haver sustentabilidade se forem diminuídos os usos de energia e matéria, tendo que desconectar-se dos intermináveis aumentos na produção e no consumo.

Segundo Munck e Souza (2009), a existência de sustentabilidade é percebida através da capacidade de mudanças no ambiente, satisfazendo as necessidades da geração existente, sem interferir na satisfação das necessidades das gerações futuras, contudo o meio ambiente está constantemente ameaçado. Para Munck e Souza (2009), a sustentabilidade existe somente através de atitudes que objetivam o desenvolvimento sustentável e o equilíbrio, complementando essa ideia, Enlazador (2010), relata que para se ter um consumo sustentável, é essencial que se adote práticas sustentáveis e de menor impacto ambiental.

Já segundo Rattner (1999), a ação de se desenvolver sustentavelmente existe se a relação for mútua com a qualidade de vida, cultura e valores morais, juntamente com a utilização consciente dos recursos naturais suportáveis ao ambiente. A convicção de que os recursos naturais proporcionados pelo meio ambiente são finitos e que podem acabar ainda na geração atual, é de fundamental importância para que a população entenda que é preciso utilizar esses recursos de forma equilibrada.

Na Constituição Federal Brasileira, no capítulo da Ordem Social é incluído o Meio Ambiente e se baseia no primado do trabalho, objetivando o bem-estar e a justiça social (BRASIL, 1988). Com isso, o artigo 225 da Constituição Federal afirma que, todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, pois é um bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de preservá-lo e defendê-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988). Deste modo, fica perceptível o interesse dos constituintes em incluir as noções de sustentabilidade para a população.

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4 Com isso, Meadows et al. (1992), relatam que sustentabilidade é uma maneira de desenvolver-se equilibradamente e que traz como resultado, a melhoria na qualidade de vida e a diminuição dos impactos ambientais, que de acordo com a ISO 14001/1996, são modificações no meio ambiente, positivas ou negativas, que influenciam no todo ou em uma parte de produtos, serviços ou atividades, integrando-se com características sociais, econômicas ou ambientais.

Desta forma surgiram documentos de elevada importância para que a ideia de sustentabilidade se firmasse dentro da sociedade como um todo, assim A Carta da Terra, é um dos documentos mais inspiradores criada no início do século XXI e foi resultado de oito anos de consultoria que foram de 1992 a 2000, envolveu milhares de pessoas de diversas culturas, países, instituições e religiões diferentes. Em seu preâmbulo breve e de fácil entendimento, afirma que:

“Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo se torna cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações. (A COMISSÃO DA CARTA DA TERRA, 2000, p. 01).”

As palavras usadas na Carta da Terra, afirmam que é necessário que a própria humanidade se responsabilize pela manutenção dos recursos naturais, assim gerando uma sociedade baseada na sustentabilidade, desta maneira, podendo promover o bem comum para as gerações contemporâneas e para as gerações que estão por vir.

Dias (2011), traz uma noção de sustentabilidade onde está se divide em três aspectos: econômico, social e ambiental. Considerando o aspecto econômico, as organizações devem ser economicamente viáveis, realizando seu papel perante a sociedade e continuar levando em consideração o fator rentabilidade, respeitando o meio ambiente e dando um retorno equilibrado ao investimento realizado pelo poder privado; no aspecto social social a organização deve proporcionar condições de trabalho favoráveis, empregos e combater às desigualdades sociais; já no aspecto ambiental a empresa deve focar na ecoeficiência, preocupar-se com os impactos gerados pelo uso dos recursos naturais e pelas emissões de poluentes.

Entretanto para Sachs (1993), a dimensão da sustentabilidade define-se da seguinte forma: sustentabilidade social (visa diminuir as diferenças sociais); sustentabilidade econômica (alocação e manejo dos recursos naturais de forma que favoreça a economia), sustentabilidade ecológica (foca em diminuir ao máximo a degradação ambiental); sustentabilidade espacial (tenta equilibrar a ocupação geográfica) e a sustentabilidade cultural (a mais complexa, pois tenta encontrar soluções locais, adaptadas a cada cultura e ecossistema).

Práticas sustentáveis nas instituições de ensino superior

Os problemas ambientais que marcaram o final do século XX pressionaram as organizações a desenvolver práticas de responsabilidade social e ambiental, essas práticas têm sido cada vez mais inseridas no contexto das organizações, a adesão a essas práticas de

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5 preservação do meio ambiente e a diminuição dos problemas ambientais têm marcado a gestão das organizações desde o final do século XX (VIEGAS; CABRAL, 2015).

Ademais a população tem mudado seu pensamento acerca do papel desempenhado pelas organizações, nesse sentido as pessoas vêm exercendo uma força maior sobre as atitudes das organizações. Assim estas entidades, estão sendo pressionadas, a mudar de atitude e dar seu parecer sobre as questões ambientais, além de contribuírem para o processo de transformação da consciência da sociedade e do meio onde estão inseridas. (VIEGAS; CABRAL, 2015).

Para que haja um alcance efetivo em práticas de sustentabilidade é necessário que exista antes um contato com o tema no meio educacional e segundo Petarnella, Silveira e Machado (2017), a educação deve buscar tratar dos aspectos, econômicos, sociais e ambientais de forma clara e criativa, desta maneira a sustentabilidade poderá se firmar como um paradigma social.

Um dos marcos políticos mais importantes nesse teor, foi a Agenda 21, que teve como foco, a importância de priorizar um modelo de sustentabilidade dentro do ensino superior, para que, assim, se alcance um mundo mais sustentável. No capítulo 36 deste documento, que trata de Educação, Formação e Conscientização, a Agenda 21 defende a educação como a base para a proteção do meio ambiente (RIBEIRO, 2006).

Pensando nisso e como exemplo de tais práticas e métodos educacionais exercidas por organizações podemos citar o programa USP Recicla, da Universidade de São Paulo, onde este programa tem sua base nos 3Rs da sustentabilidade que é reciclar, reduzir e reutilizar, desta maneira a partir dessa premissa algumas ações ao longo dos anos foram acontecendo, como a substituição de copos descartáveis por similares mais duráveis e reutilizáveis, em alguns campi da USP, a impressão de teses, monografias e dissertações utilizam as duas faces do papel, assim estas ações abrangem também a extensão como a organização de feiras, cursos e palestras para a comunidade interna e externa da USP, onde são abordados temas voltados para a sustentabilidade (USP, 2019).

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também busca a implantação de práticas sustentáveis e algumas delas são a coleta de lixo seletiva, a coleta de lixo eletrônico e isopor, e a faculdade de farmácia da UFMG possui um centro de descarte de medicamentos, existe também uma feira de adoção de animais onde os animais recebem os cuidados necessários como, vacinas e a castração, além do programa Agha (Ação Global Homem-Animal), esse programa teve a iniciativa por professores e realiza diagnósticos de doenças em animais, além de levar ações educativas que promovam melhores formas de relacionamento entre os animais de estimação e seus donos, como também educa os donos de animais acerca do controle populacional de cães e gatos (UFMG, 2019).

Já em ordem mundial, o país que se destaca à frente da organização da Educação para o Desenvolvimento Sustentável é o Japão onde os investimentos em muitos de seus ministérios são voltados para que o desenvolvimento da sustentabilidade seja bastante considerável, a ponto de se tornar exemplo para outros países (VIEGAS; CABRAL, 2015). No Canadá existe uma organização, chamada Canadian Sierra Youth Coalition, que acompanha um projeto chamado Campus Sustentáveis, nele são impulsionadas as práticas sustentáveis dentro do ensino superior. Outro país que é exemplo em projetos e práticas ecologicamente corretas são os Estados Unidos, que em várias de suas Universidades, como a Universidade de Buffalo, Universidade Estadual de Nova Iorque e a Universidade de Michigan existem políticas ambientais ativas e bastante relevantes (EMANUEL; ADAMS, 2011).

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6 No decorrer da história e seus fenômenos, a tendência de tudo que existe é evoluir rapidamente incluindo elementos como a tecnologia, as situações que ocorrem, as técnicas utilizadas em diversos âmbitos e contextos e consequentemente as pessoas (CORSATTO; HOFFMANN. 2016). Com a ocorrência dessas mudanças, surge a necessidade de adaptação a cada uma delas, pois o retrocesso é algo que todos tentam evitar, por isso a sociedade utiliza esses métodos para ajustar-se e permanecer nessa moderna realidade (BENÍCIO et al., 2017).

O meio acadêmico também está sujeito a estes acontecimentos, principalmente nas Instituições de Ensino Superior (IES), já que são elas que a cada momento produzem e incentivam o surgimento de novos pesquisadores, licenciados, cientistas e bacharéis. Esse incentivo é estabelecido no Art. 43 da Lei de Diretrizes e Bases - Lei nº 9394/96 (LDB). Em meio a essas circunstâncias emerge a discussão sobre a Sustentabilidade nas IES, com a finalidade de propagar o conhecimento e conscientizar a todos de que cuidar do meio ambiente é algo extremamente importante, além de tornar a vida profissional e pessoal das pessoas mais prudente e agradável (BENÍCIO et al., 2017).

Os cursos ofertados pelas IES são de grande importância para a capacitação dos discentes que pretendem ingressar no mercado de trabalho. Para preparar o corpo discente, as instituições não devem apegar-se unicamente ao ensino de disciplinas específicas da área em que os alunos desejam atuar. Elas devem fazer a inserção de uma abordagem interdisciplinar através de conteúdo que busquem conscientizá-los sobre os riscos ambientais que estão presentes no mundo por conta do descaso com o meio ambiente e esclarecer as ações que podem ser tomadas por eles para que haja a diminuição desses riscos (BENÍCIO et al., 2017).

Existem dificuldades para inserir tal temática nas grades curriculares dos cursos de ensino superior, uma vez que é necessário realizar o planejamento com cautela para que não haja controvérsias entre a teoria transmitida e a prática. Não é viável tratar a sustentabilidade apenas como um assunto didático, pois é algo que deve ser vivenciado pelas universidades e seus funcionários, para que assim os alunos tomem como exemplo para si e consigam agir de forma consciente para preservar o meio ambiente (GONÇALVES-DIAS; HERRERA; CRUZ, 2013).

Segundo Benício et al. (2017), os estudantes que possuem acesso a matérias que refletem sobre sustentabilidade e questões ambientais compreendem a necessidade da existência de organizações sustentáveis que preservem o meio ambiente e respeitem a sociedade na qual está inserida, tornando melhor a convivência de todos, sem interferir na rotina um do outro e pensando nas gerações futuras que também utilizarão esses meios para sobreviverem.

Nesse meio existem IES que não desenvolvem projetos de sustentabilidade, no entanto, quando o fazem são casos isolados e muitas vezes surgem através de iniciativa dos próprios funcionários. Essas instituições sofrem déficit na hora da inclusão dos discentes, já que os mesmos não possuem conhecimento dos projetos ou práticas ambientais. Essa situação torna os colegiais limitados apenas ao estudo teórico, visto que a prática para eles é menos acessível dentro das instituições. Contudo, o interesse que eles possuem a respeito da sustentabilidade não diminui. Assim, planos de ações sustentáveis e programas voltados para esse tema prendem a atenção dos alunos devido ao fato de serem significativos para a carreira acadêmica e profissional (OLIVEIRA JÚNIOR et al., 2018).

Desta forma, apesar das IES não possuírem ações efetivas no âmbito da sustentabilidade, por meio de exemplos práticos ou teóricos, direcionados à realização de práticas sustentáveis por parte dos alunos de forma adequada, o estudo de Oliveira Júnior et al., (2018) aponta que os mesmos possuem interesse e conhecimento sobre a sustentabilidade e suas práticas. Portanto, infere-se que trabalhar a temática nas IES garante o aumento da

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7 maturidade dos discentes sobre a temática tanto na vida profissional como em sua vida pessoal (BENÍCIO et al., 2017).

3. METODOLOGIA

A pesquisa qualitativa é um campo de inúmeras facetas quando se trata de investigação e quando falamos de pesquisa qualitativa existem ainda várias orientações e metodologias que podem ser utilizadas (YIN, 2016). As aplicabilidades da pesquisa qualitativa são inúmeras, a pessoa poderia buscar por estudar qualquer coisa como, as ruas de sua cidade ou até mesmo um grupo específico de pessoas (YIN, 2016).

Pensando nisso a pesquisa qualitativa visa capturar o sentido mais profundo do que se está estudando, como o significado de alguma coisa para uma pessoa, como também visa investigar os significados latentes e o modo em que vivem os participantes e como é a organização social destes participantes (FLICK, 2013).

Baseado nisso, este trabalho buscou captar a percepção dos alunos do curso de Bacharelado em Administração em relação às práticas sustentáveis adotadas pela IES, por meio da aplicação de questionários com perguntas abertas para que o entrevistado(a) possa transcrever seu pensamento acerca do assunto estudado, e suas experiências pessoais ou profissionais acerca do tema.

Os critérios de escolha dos candidatos foram baseados em variáveis socioambientais básicas, as variáveis utilizadas foram: Curso, onde os participantes deveriam estar cursando o curso de Bacharelado em Administração, a variável Instituição, onde os participantes deveriam estar obrigatoriamente matriculados no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, a variável Período, que foram escolhidos alunos do primeiro, segundo ou terceiro período do curso de Bacharelado em Administração, isso se dá pelo motivo do qual o aluno que está ingressando na instituição não conhece profundamente as práticas sustentáveis adotadas pelo campus, assim o trabalho pode permitir que este indivíduo possa refletir e comparar com outras situações das quais já tenha vivenciado.

Os questionários foram compostos por 7 (sete) perguntas abertas onde os participantes descreveram sua visão acerca do que foi questionado, de forma livre e espontânea, os questionários foram aplicados nos campi do IFPI, Campo Maior, Oeiras, Pedro II, Piripiri e São João do Piauí, que possuem o curso de Bacharelado em Administração, porém no Campus Angical os questionários não foram respondidos, assim dos 06 campi que possuem o curso de Bacharelado em Administração a pesquisa foi aplicada em 05 campi. O período de coleta de dados foi dos dias 05/05/2019 ao dia 22/05/2019, o período de análise dos questionários foi de 23/05/2019 a 05/06/2019, assim foi iniciado os debates e iniciada a estruturação dos resultados obtidos que se deu de 06/06/2019 a 16/06/2019.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

As atividades voltadas para a sustentabilidade, segundo Munck e Souza (2009), só podem existir se as atitudes dos agentes envolvidos passem a ter como objetivo o equilíbrio e o desenvolvimento. Assim, desta forma é perceptível o engajamento da IES estudada.

Em relação ao conceito e entendimento sobre sustentabilidade, de forma geral os estudantes entendem que sustentabilidade é algo necessário para que haja a preservação e conservação do meio ambiente para as atuais e futuras gerações e visa relacionar de modo eficaz o meio ambiente, a sociedade e as organizações. Percebe-se nos relatos que os impactos negativos gerados no meio ambiente são de forma geral causados pela ação humana conforme os trechos “A sustentabilidade tem sido um dos temas mais debatidos atualmente

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8 por conta dos inúmeros desastres ambientais, ocorridos devido a ação irresponsável do ser humano” (QUESTIONÁRIO 4), “São práticas necessárias para que se tenha um bom aproveitamento do meio ambiente, sem prejudicá-lo, pelo contrário, aproveitá-lo para que ele possa ser preservado” (QUESTIONÁRIO 20).

Também se observou que algumas palavras se relacionam com o conceito de sustentabilidade como: meio ambiente, preservação, preocupação ambiental, qualidade de vida, desenvolvimento social e econômico, sobrevivência, equilíbrio e recursos naturais.

A respeito das práticas sustentáveis os discentes entendem que são diversas e essenciais para a preservação e manutenção da qualidade do meio ambiente, assim como o bem-estar social. As práticas sustentáveis de forma geral podem ser aplicadas em qualquer meio, mas ainda precisam ser ampliadas através da conscientização ambiental e discussão na sociedade. Por meio dos relatos pode-se perceber que as práticas sustentáveis diminuem o impacto negativo no meio ambiente conforme os trechos: “Que são práticas utilizadas para amenizar os danos do meio ambiente (QUESTIONÁRIO 3), “As práticas de sustentabilidade são de suma importância para a preservação dos recursos naturais” (QUESTIONÁRIO 4), “São necessárias para a melhoria da vida social e para a preservação da natureza” (QUESTIONÁRIO 22). O quadro I apresenta a percepção dos discentes acerca do entendimento sobre sustentabilidade e práticas sustentáveis.

Quadro 1 – Percepção sobre sustentabilidade e práticas sustentáveis.

PERCEPÇÃO DOS DISCENTES

Sustentabilidade

É uma forma de preservar o meio ambiente.

Visa à melhoria da qualidade ambiental para as gerações atuais e futuras.

Visa o equilíbrio entre o social, ambiental e econômico.

Relaciona meio ambiente, sociedade e organizações.

Práticas Sustentáveis.

Consideram as práticas implementadas pelas

instituições como de grande relevância.

Amenizam os danos causados ao meio ambiente. Ajudam na conservação.

Preservam os recursos naturais do meio ambiente. Causam impactos positivos.

Aumentam o entendimento do tema e o campo de visão dos estudantes.

Contribuem para o aumento da qualidade de vida das pessoas.

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9 Analisando as práticas comuns nos campi, a coleta seletiva, é uma das práticas mais citadas nas respostas dos discentes, devido sua maior visibilidade. Os alunos descrevem a coleta seletiva como algo importante e essencial, pois é graças a essa coleta que os materiais são devidamente separados entre metal, papel, plástico e vidro. As lixeiras seletivas ficam espalhadas por lugares estratégicos dentro das instituições. Assim, os alunos consideram a coleta seletiva uma ação de grande valia tanto para o meio ambiente quanto para as famílias que dependem da coleta de lixo para conseguirem sua renda. Apenas no Campus de São João do Piauí não há prática da coleta seletiva.

Outro benefício percebido pela adoção da prática da coleta seletiva é o ganho ambiental, na medida em que, o lixo sendo separado na instituição, este chega aos lixões municipais de forma que facilita a separação por parte dos catadores de lixo e por consequência uma quantidade maior de materiais serão separados e reaproveitados do meio, gerando menor impacto ambiental e um volume maior de lixo separado.

Apesar da proibição do uso de lixões pelos municípios desde 2014, que se deu pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei n° 12.305/10, os municípios estudados ainda não se adequaram a esta realidade, há um Projeto de Lei 2.289/15 que tramita na Câmara dos Deputados, que trata da prorrogação do prazo para os municípios se adequarem a Lei 12.305/10 até o ano de 2021, assim medidas que diminuam a quantidade de lixo acumulado nos lixões são positivas tanto para o meio ambiente como para a sociedade (BRASIL, 2010).

Ainda segundo os discentes, é preciso aumentar e incentivar o reaproveitamento de materiais. Ainda de acordo com os relatos, podem ser reaproveitados resíduos compostos por restos de madeiras, papel, garrafas plásticas, pneus velhos e sobras de alimentos vindos do refeitório da instituição. Todos esses materiais poderão ser reutilizados, como por exemplo, na construção de hortas e canteiros ecológicos. Os restos de alimentos são utilizados como adubos para que as plantas tenham nutrientes necessários para conseguirem se desenvolver de maneira adequada.

Existem hortas e canteiros ecológicos nas extensões dos terrenos dos campi, hortas que são criadas e mantidas pelos professores, alunos, funcionários da instituição e pela comunidade acadêmica. Sua manutenção é feita diariamente, regando, capinando, colhendo frutas, vegetais e legumes que são produzidos por aquele pedaço de terreno. A colheita é executada de maneira cuidadosa e atenciosa, para que não haja danos aos alimentos, esses alimentos são utilizados para a preparação das refeições no refeitório, tendo também como benefício uma redução do custo com a compra de alimentos para o refeitório. Foram identificadas hortas no Campus de São João do Piauí, Piripiri e Oeiras.

Os campi estão passando por um período de contenção de gastos, assim foram criadas comissões para pensar em proposições que possam reduzir despesas com água, energia elétrica, alimentos, etc. Os discentes relataram que as instituições espalham cartazes em pontos estratégicos para que as pessoas possam ser conscientizadas dos malefícios causados ao meio ambiente fazendo uso desses recursos de maneira exagerada. Pode-se assim identificar uma cultura de redução do desperdício sendo praticada nas instituições.

Outro ponto observado por parte dos alunos é o incentivo da instituição a substituição de copos descartáveis por copos reutilizáveis. Já que o consumo diário de copos descartáveis reflete diretamente no orçamento da IES, além de contribuir para a degradação do meio ambiente, pois cada vez mais o plástico tem se tornado um dos maiores problemas ambientais da atualidade.

Alguns alunos afirmam que as instituições deveriam investir mais em campanhas que promovam a conscientização destes a respeito de práticas sustentáveis. Desta forma,

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10 aplicando no ambiente escolar palestras, minicursos e projetos de extensão, já que algumas ações são executadas e mantidas por alunos, professores e servidores.

O quadro 2 abaixo exemplifica melhor as práticas que foram mapeadas com base na fala dos discentes.

Quadro 2 – Mapeamento das práticas de sustentabilidade adotadas pelas instituições de ensino, percebidas pelos estudantes.

MAPEAMENTO DAS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS

Tipo Descrição da Prática

Coleta seletiva

São instalados lixeiros para cada tipo de material a ser descartado. Identificado a prática da coleta seletiva em Piripiri, Oeiras, Pedro II, Campo Maior.

Reaproveitamento de material

Nesta categoria aparece o reaproveitamento de alimentos advindos com a sobra do refeitório e que são reutilizados como adubos.

Há também a construção de canteiros ecológicos utilizando pneus velhos e restos de madeiras.

Construção de hortas comunitárias nos campi. Foi identificado que há hortas no Campus de São João do Piauí, Oeiras e Piripiri.

Substituição de material

Incentivo a substituição de copos descartáveis por copos reutilizáveis por parte da instituição.

Como ação específica a extinção ou proibição do uso desses tipos de copos no refeitório.

Diminuição de despesas Campanha de redução do consumo de energia elétrica, através de ações práticas como:

1) Desligamento dos aparelhos de ar condicionado em alguns horários específicos;

2) Desligamento das lâmpadas nas áreas comuns durante a noite;

3) Incentivo ao maior uso de luz natural nas salas de aula e administrativas;

4) Campus de Oeiras possui sensor de presença nos banheiros;

Campanhas de diminuição de desperdício de comida no refeitório, como no caso do Campus de Piripiri em que a campanha de combate ao desperdício é contínua;

Redução do desperdício de água, através de campanhas de conscientização espalhadas pelos campi. O Campus de Oeiras possui torneiras hidromecânicas que reduzem a quantidade de água utilizada nos banheiros.

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Conscientização do público Ações como Minicursos, palestras e projetos de

extensão que abordam o tema Meio ambiente e sustentabilidade.

Fonte: Elaborado pelos autores com base na análise dos questionários.

Com o passar dos anos a população passou a mudar o seu pensamento acerca do meio ambiente e seus recursos, exercendo uma maior pressão perante as instituições, com a finalidade de manter o meio ambiente equilibrado, fazendo com as organizações repensem o seu modo de agir (VIEGAS; CABRAL, 2015). Desta forma, os discentes veem as práticas como algo de elevada notoriedade pois trazem a ação de preservar o meio ambiente, diminuindo os danos que a ação humana causa a natureza.

Além disso, a diminuição do desperdício tem o foco voltado para a preservação dos recursos naturais. Os alunos afirmam que melhora o entendimento do tema e amplia o campo de visão. Desta forma os discentes acreditam que as práticas sustentáveis causam um impacto positivo e sempre prezam por uma boa qualidade de vida.

A visão dos alunos estudados abrange um grande número de ideias e maneiras de como a sustentabilidade pode ser implementada no ambiente universitário de instituições de ensino e segundo Benício et al. (2017), os discentes que possuem maior acesso a matérias que buscam a reflexão sobre o meio ambiente e sustentabilidade sabem que é necessário que as organizações sejam sustentáveis. Com base nisso o quadro 3 traz uma análise acerca das percepções em relação às práticas sustentáveis aplicadas nas instituições através do relato dos discentes.

Quadro 3 – Análise da percepção das práticas sustentáveis do IFPI

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS VISÃO DOS DISCENTES

Coleta Seletiva:

É não jogar lixo em ambientes inapropriados dentro da instituição. Essa atividade promove a separação dos resíduos produzidos pela instituição. Essa divisão entre vidro, plástico, papel e metal facilita o recolhimento dos catadores, contribuindo também para a reciclagem.

Reutilização de Materiais:

Os canteiros existentes nas instituições são feitos com pneus velhos, garrafas pet e restos de madeiras que já não são mais utilizados. As sobras de alimentos do refeitório são utilizadas como adubos para as plantas. Substituição de Material: Os copos descartáveis são substituídos, por copos reutilizáveis, para que haja a diminuição da emissão

de plástico no meio ambiente, para evitar a degradação do solo.

Diminuição de Despesas: São efetuadas campanhas contra desperdício de água, energia elétrica e alimentos. Para economizar água, são utilizadas torneiras que fecham automaticamente. Para economizar em energia elétrica, utilizam-se sensores de movimento, que desligam as luzes automaticamente. E para diminuir o desperdício de alimentos têm-se as hortas que produzem alimentos que serão consumidos pelas pessoas que compõem o campus.

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Conscientização do Público:

Essa conscientização segundo os alunos ainda é carente, pois não há muitos minicursos ou projetos voltados para esse tema. Torna-se algo informal já que as pessoas tomam iniciativa por conta própria em algumas situações.

Fonte: Elaborado pelos autores com base na análise dos questionários.

Após o mapeamento das ações relacionadas às práticas sustentáveis e análise da percepção dos discentes, é feito o levantamento dos benefícios dessas práticas sustentáveis para a instituição. Pode-se identificar inúmeros ganhos para a instituição com a adoção de práticas sustentáveis, esses ganhos relacionam-se não somente a nível institucional, mas também se relacionam com a sociedade e comunidade da qual o IFPI faz parte. Dentre os benefícios percebidos têm-se que a adoção de práticas sustentáveis, essas facilitam o processo de preservação do meio ambiente, deixam a instituição mais limpa, diminuem o descarte de materiais de forma inadequada, aumentam o reaproveitamento de materiais, reduzem os custos e despesas a nível institucional como energia, água, consumo de papel, desperdício de alimentos.

Em relação à comunidade as práticas sustentáveis como a coleta seletiva, facilitam o recolhimento dos resíduos por parte dos catadores, gerando um ganho ambiental e social e facilitam o processo de reciclagem. Por outro lado, há um aumento da conscientização das pessoas, além de que este processo ao longo do tempo insere-se na cultura organizacional.

O quadro 4 apresenta os benefícios percebidos pelos discentes com a adoção de práticas sustentáveis.

Quadro 4 – Benefícios percebidos pelos discentes.

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS BENEFÍCIOS PERCEBIDOS PELOS DISCENTES

Coleta seletiva Facilita o recolhimento por parte dos catadores;

Facilita o processo de reciclagem;

Ajuda a manter uma paisagem mais natural; Preserva o meio ambiente;

Deixa o ambiente Institucional mais limpo.

Reutilização de material Impede a degradação do solo e a poluição do meio

ambiente com os restos de madeiras, pneus e garrafas pet;

Substituição de material Diminui o descarte de materiais plásticos no meio

ambiente.

Diminuição de despesas Reduz gastos com água, energia elétrica e alimentos.

Conscientização do público Promove a conscientização de discentes, docentes e

servidores;

Promove consciência e educação ambiental; Insere na cultura da Instituição a questão ambiental.

Criação de hortas Produção de alimentos;

Reduz custos na compra de alimentos; Refeições mais saudáveis;

Purificação do oxigênio.

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5. CONCLUSÃO

Esse estudo teve a finalidade de analisar a percepção dos discentes do curso Bacharelado em Administração acerca das práticas sustentáveis adotadas pelos campi do IFPI. Os objetivos propostos foram alcançados de modo que conseguimos observar quais práticas são percebidas, qual o entendimento dos alunos acerca das práticas sustentáveis adotadas pelas instituições de ensino e os benefícios com a adoção dessas práticas.

Pode-se perceber que de forma geral os discentes entendem o que é sustentabilidade e práticas sustentáveis, além disso, percebem a relevância do tema na atualidade e que devem ser aplicados no dia a dia, os conceitos referentes ao tema. Os discentes percebem que as práticas sustentáveis por muitas vezes não são eficazes a nível institucional, assim ações devem ser aplicadas pelas instituições, como: a melhoria no processo de comunicação, ampliação de práticas a nível institucional, aplicação de palestras, workshops, minicursos e treinamentos voltados para práticas ambientais sustentáveis, promoção de campanhas de conscientização ambiental junto aos alunos e comunidade acadêmica.

Foi identificado que poucas ações são executadas e mantidas por alunos, professores e servidores, mas que, ainda assim, existe uma deficiência em alguns dos campi nesse ponto. Entretanto os discentes indicam possíveis soluções para tal problema seja amenizado, como o estabelecimento de uma relação mais próxima com os demais campi do IFPI, criando assim, parcerias internas institucionais que ampliem a adoção de práticas sustentáveis.

O trabalho apresenta a percepção dos discentes em relação às práticas sustentáveis aplicadas a nível institucional, assim o trabalho é uma ferramenta para que a própria IES possa rever suas práticas e junto à comunidade acadêmica possam melhorá-las e ampliá-las. Com a análise dos questionários podemos observar que algumas práticas relatadas pelos discentes são comuns a todos os campi, no entanto, há outras que, são executadas em um único campi, como a instalação de torneiras hidromecânicas e sensores de presença nos banheiros no Campus de Oeiras, isso demonstra que as ações não são padronizadas a nível institucional.

Ademais, o trabalho apresenta como limitação a sua aplicação apenas aos estudantes do curso de bacharelado em administração, pois na instituição existem outros cursos superiores, assim, como sugestão de trabalhos futuros, pode-se fazer necessário ampliar este campo de pesquisa aos outros cursos da IES.

Esse estudo pode ser tomado como base para outros projetos de pesquisa, como também, pode ser refeito com as mesmas instituições em um futuro próximo buscando fazer um comparativo e identificando as mudanças ocorridas ao longo do tempo com as instituições trabalhadas, além de poder ser utilizado em palestras e em relatórios futuros.

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