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Satisfação corporal, estilo de vida e estado nutricional de adolescentes da Igreja do Nazareno Central de Campinas

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

DANIELA MARTINS MALTA DE OLIVEIRA

SATISFAÇÃO CORPORAL, ESTILO DE VIDA E ESTADO

NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES DA IGREJA DO NAZARENO

CENTRAL DE CAMPINAS

CAMPINAS

2020

(2)

DANIELA MARTINS MALTA DE OLIVEIRA

SATISFAÇÃO CORPORAL, ESTILO DE VIDA E ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES DA IGREJA DO NAZARENO CENTRAL DE

CAMPINAS

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestra em Ciências na área de concentração de Saúde da Criança e do Adolescente.

ORIENTADOR: PROFa. DRA. MARIANA PORTO ZAMBON

ESTE TRABALHO CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA TESE

DEFENDIDA PELO ALUNO DANIELA MARTINS MALTA DE OLIVEIRA, E ORIENTADO PELA PROFA. DRA. MARIANA PORTO ZAMBON.

CAMPINAS 2020

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COMISSÃO EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO

DANIELA MARTINS MALTA DE OLIVEIRA

ORIENTADOR: PROFa. DRa. MARIANA PORTO ZAMBON

Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.

A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no SIGA/Sistema de Fluxo de Dissertação/Tese e na Secretaria do Programa da FCM.

Data de Defesa: 31/01/2020

MEMBROS:

1. PROFa. DRa. MARIANA PORTO ZAMBON

2. PROFa. DRa. ROBERTA VACARI DE ALCANTARA

(5)

DEDICATÓRIA

À meu marido Christiano, meus dois amados filhos Heloísa e Enzo

e ministério Nazateen.

(6)

AGRADECIMENTOS

À meu Deus, meu Pai, Jesus Cristo, que esteve comigo em tudo, me deu fôlego de vida, sonho, força no dia a dia, cuidado e me ajudou em todas as áreas que precisei. Sem Ele, literalmente não sou nada.

À meu marido, meu melhor amigo e incentivador, por tanto apoio e cuidado a mim em tudo o que foi necessário.

Aos meus lindos filhos Heloísa e Enzo, maiores presentes que poderia ter ganhado nessa vida. Sempre me apoiaram com direito a sorrisos, beijos e abraços no fim do dia.

À querida amiga Flavianni Papaleo, que me apresentou o Ambulatório de Obesidade e Pediatria da Unicamp, onde tudo começou, e sempre deu palavras incentivadoras para o início do mestrado.

À estimada orientadora, Profa. Dra. Mariana Porto Zambon, por me aceitar e dedicar seu tempo com tanto profissionalismo, paciência, bom humor, sempre disponível para me orientar e ensinar de forma magnífica que nunca esquecerei.

À estimada, Profa. Dra. Maria Angela R. G. Antonio, por todo o apoio, ensinamentos e oportunidade de ampliar meus conhecimentos com sábias palavras durante os atendimentos no ambulatório que sempre me fizeram refletir.

À querida amiga desde a época de faculdade, Cleliani de Cassia da Silva, por todo o suporte, dedicação e tempo doado nos cálculos estatísticos e o que mais fosse preciso. Sem dúvidas, este meu trabalho não teria sucesso sem todo o seu apoio.

Aos adolescentes que aceitaram participar deste estudo, respondendo ao

questionário e comparecendo nos horários marcados para antropometria. E também a seus cuidadores pela confiança.

(7)

À Igreja do Nazareno Central de Campinas, que aceitou e contribuiu para o desenvolvimento desse trabalho.

À Marcia de Britto, por toda a atenção e suporte quando foi preciso.

À todos os professores que me deram aula, da Pós-graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp que me passaram conhecimentos importantes para crescimento acadêmico.

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 2.584.307.

(8)

RESUMO

Objetivo: descrever características sócio demográficas, hábitos de vida e estado nutricional dos adolescentes da Igreja do Nazareno Central de Campinas e comparar a satisfação corporal com as variáveis estudadas.

Métodos: Estudo descritivo transversal com adolescentes, entre 11 e 19 anos, de ambos os sexos. Realizado questionário com 84 questões sobre características sócio demográficas, estilo de vida e satisfação corporal. O IMC foi calculado a partir das medidas do peso e da altura e classificado pelo CDC 2000. Realizou-se a comparação entre os sexos com a satisfação corporal.

Resultados: Observou-se (78,5%) de pais casados, que moram com os filhos (76,3%) e escolaridade superior completo materno (48,4%) e paterno (49,5%). A mediana de atividade física (AF) foi de 180 minutos/semana, sendo os meninos (285min/sem) e as meninas (150min/sem) (p=0,01), porém 61,3% pratica menos que o recomendado; 97,8% gasta mais que 2 horas/dia com telas, e 74,2% dormem entre 7-12 horas/dia. Meninos experimentaram mais bebida alcoólica (57,9 x 45,5 p=0,23); 73,1% tomam café da manhã entre 4-7 dias/semana, 44,1% almoçam ou jantam assistindo TV, 64,5% comem petiscos na tela, 94,6% consomem lanches ou “fastfoods” e 90,3% adoçantes de 0-3 vezes/semana. Do total, 52,7% estão insatisfeitos com seu corpo, 20,4% se consideram magros, 39,8% normais e 38,7% gordos. Não residir com ambos os pais (p=0,03), não realizar AF (p=0,02), experimentar bebida alcoólica (p=0,01), estar com excesso de peso (p<0,01) e se considerar gordo (p<0,01) propicia insatisfação corporal.

Conclusão: Esses adolescentes possuem maior prevalência de eutrofia e de hábitos alimentares adequados, porém a maioria está insatisfeito com o corpo.

PALAVRAS-CHAVE: autoimagem; adolescentes; estilo de vida; composição corporal; imagem corporal; estado nutricional.

(9)

ABSTRACT

Objective: To describe socio-demographic characteristics, lifestyle and nutritional status of adolescents of the Central Nazarene Church of Campinas and compare body satisfaction with the variables studied.

Methods: Cross-sectional descriptive study with adolescents, between 11 and 19 years old, of both sexes. Questionnaire with 84 questions about socio-demographic characteristics, lifestyle and body satisfaction. BMI was calculated from weight and height measurements and classified by the CDC 2000. Comparison between sexes and body satisfaction was performed.

Results: It was observed (78.5%) of married parents, living with their children (76.3%) and complete maternal (48.4%) and paternal (49.5%) higher education. The median physical activity (PA) was 180 minutes / week, with boys (285min / wk) and girls (150min / wk) (p = 0.01), but 61.3% practiced less than recommended; 97.8% spend more than 2 hours / day with screens, and 74.2% sleep between 7-12 hours / day. Boys tried more alcohol (57.9 x 45.5 p = 0.23); 73.1% eat breakfast between 4-7 days / week, 44.1% have lunch or dinner watching TV, 64.5% eat snacks on the screen, 94.6% eat snacks or fastfoods and 90.3% sweeteners from 0-3 times / week. Of the total, 52.7% are dissatisfied with their body, 20.4% consider themselves thin, 39.8% normal and 38.7% fat. Not living with both parents (p = 0.03), not having PA (p = 0.02), trying alcohol (p = 0.01), being overweight (p <0.01) and if considering fat (p <0.01) provides body dissatisfaction.

Conclusion: These adolescents have a higher prevalence of eutrophy and adequate eating habits, but most are dissatisfied with the body.

KEYWORDS: self-image; adolescents; lifestyle; body composition; body image; nutritional status.

(10)

LISTA DE TABELAS E FIGURA

Pág.

Tabela 1: Características sociodemográficas e composição familiar dos 93

adolescentes que responderam o questionário...…...24

Tabela 2: Análise do estilo de vida dos 93 adolescentes que responderam o

questionário e avaliação antropométrica com classificação do estado nutricional de 57 adolescentes...…...……26

Tabela 3: Comparação entre satisfação corporal, características sociodemográficas, composição familiar e estilo de vida dos 93 adolescentes que responderam o

questionário e a classificação nutricional dos 57 com avaliação

antropométrica...29

Figura 1: Comparação entre estado nutricional: CDC, 2000 versus percepção

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AF Atividade Física

AAP Associação Americana de Pediatria

CDC Centers for Disease Control

ERICA Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes

IMC Índice de Massa Corporal

OMS Organização Mundial da Saúde

PeNSE Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar

SBP Sociedade Brasileira de Pediatria

SPSS Statistical Package for the Social Sciences

TAs Transtornos Alimentares

TALE Termo de Assentimento Livre e Esclarecido

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...13 OBJETIVOS...18 Geral...18 Específicos...18 METODOLOGIA...19 Critérios de inclusão...21 Critérios de exclusão...21 Materiais usados...21 RESULTADOS...23 DISCUSSÃO...31 CONCLUSÃO...35 REFERÊNCIAS...36 ANEXOS...43

(13)

INTRODUÇÃO

Os adolescentes, ao mesmo tempo em que experimentam mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e sociais¹, vivenciam um importante momento para a adoção de novas práticas, comportamentos e ganho de autonomia², ficam sujeitos a diversas situações que envolvem riscos no presente e para o futuro de sua saúde.³ Em uma sociedade em que a maioria dos adultos e uma proporção significativa de crianças e adolescentes estão acima do peso e que tentam perder peso, influenciada pela mídia, não é de surpreender que as preocupações com o

peso e a insatisfação corporal sejam comuns.4 A imagem corporal envolve

percepções, pensamentos, sentimentos e comportamentos de um indivíduo sobre o tamanho, forma e estrutura de seu corpo. Dentro da população adolescente, quando acontece a aceleração do crescimento e mudanças corporais, uma percepção negativa da imagem corporal e baixa autoestima podem resultar em problemas de saúde, comportamentos de contestação, como sintomas depressivos e maior risco de transtornos alimentares clínicos,2,5 porque o indivíduo fica vulnerável a preocupações ligadas ao corpo e à aparência.6,7

Ursoniu et al8, verificaram que adolescentes com autopercepção de sobrepeso foram mais propensos a se exercitar, a ter menor ingestão calórica e, ainda, a utilizar comportamentos compensatórios como vômitos ou uso abusivo de laxativos. Já os adolescentes eutróficos que se consideraram desnutridos ou com excesso de peso experimentam maiores sintomas de depressão.9

Entende-se como distorção da imagem corporal a discrepância entre o índice de massa corporal (IMC) percebido e o real.10 A distorção de imagem pode levar adolescentes a adotarem hábitos de controle de peso não saudáveis, com consequente ingestão inadequada de energia e nutrientes, além de distúrbios psíquicos como transtornos de ansiedade e de humor.11,12 Um estudo epidemiológico recente verificou que de 17 a 43% dos adolescentes com IMC normal, principalmente do sexo feminino, apresentam distorção da imagem corporal.9

Os estudos que avaliam a autopercepção corporal e fatores associados a ela, na maioria aborda a distorção e a insatisfação com a imagem corporal

(14)

especialmente em portadores de transtornos alimentares (TAs) específicos (bulimia, anorexia nervosa, obesidade mórbida).13 Porém, é sabido que a superestimação e a subestimação da imagem corporal não constituem uma característica exclusiva de adolescentes com TAs.14

A exposição a diversos fatores de risco comportamentais, como tempo de tela, inatividade física, alteração no horário de sono e alimentação inadequada, têm com frequência, início na adolescência.15 O desenvolvimento da maioria das doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes e câncer está associado a hábitos adquiridos durante o início da vida, que posteriormente podem ser causa de óbito na vida adulta.16

O aumento no uso da televisão e outras telas, como videogames, celulares e computadores, por crianças e adolescentes, aumentou muito nos últimos anos e

passou a ser motivo de preocupação.17 Dentre os motivos pelos quais as telas vêm

sendo utilizadas com maior frequência estão as poucas opções de lazer, principalmente nos grandes centros urbanos, e a preocupação dos pais com a segurança de seus filhos, devido à crescente violência nas cidades.4,18

Esse aumento pode afetar os hábitos saudáveis, incluindo a inatividade física e o maior consumo de alimentos “obesogênicos” durante o tempo gasto diante da televisão.19 A distração provocada pelas telas interfere nos sinais fisiológicos de fome e saciedade, levando a escolhas alimentares inadequadas com consumo exacerbado de produtos de elevado teor calórico e baixo teor de nutrientes.20 Outro fator contribuinte é a forte influência da mídia no comportamento alimentar. As indústrias investem fortemente em propagandas de fast-food, alimentos ricos em calorias, bebidas carbonatadas ou açucaradas, cereais matinais açucarados e outros produtos ultraprocessados, o que pode impactar na formação de hábitos alimentares de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas em crianças e adolescentes.21

O sono contribui significativamente para o desenvolvimento físico e emocional dos adolescentes, que estão num período de intensa aprendizagem e diferenciação

22

atuando em inúmeras funções cerebrais como atenção, tempo de reação,

aprendizagem e consolidação da memória.23 Durante a adolescência as alterações

que ocorrem no ritmo biológico, endócrino e psíquico,24 originam uma alteração de hábitos de vida, incluindo as do sono, o que contribui para uma redução do tempo

(15)

de sono, 25,26 comprometendo o seu desenvolvimento normal, ficando mais predispostos ao surgimento de patologias, como hipertensão, obesidade, diabetes, depressão ou insônia.27 Um artigo portugues publicado,28 confirma que os adolescentes dormem menos que o aconselhado para a idade. Segundo a National Sleep Foundation29 na maioria dos casos, os sintomas de distúrbios do sono, podem ser eliminados ou minimizados por meio de modificações de comportamento apropriadas.

Atualmente, a sociedade moderna é afetada pela redução das horas de sono, levando em consideração que esse comportamento altera a qualidade de vida. Além dos adultos, os adolescentes permanecem acordados parte do tempo noturno. Esse hábito pode promover sérias consequências à saúde, entre elas, problemas de aprendizagem, pois é sabido que a falta de sono está diretamente associada à piora de duas importantes funções cognitivas: memória e aprendizagem.30

A inatividade física tem sido descrita como o quarto maior fator de risco para mortalidade em todo o mundo e determina-se como um acúmulo de gasto energético mensal menor que 2.000 kcal.31 Este comportamento contribui para o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta.32,33 Atualmente em nível mundial, 80% dos adolescentes de 13 a 15 anos não praticam atividade física ou não alcançam as recomendações diárias, considerando que o ideal é pelo menos 60 min/dia de atividade física moderada ou vigorosa, segundo a OMS31 e SBP34 . O interesse pela prática de atividades físicas têm maior tendência a diminuir a partir da adolescência, podendo se estender durante a vida adulta.35 Existe grande variabilidade na prevalência de inatividade física entre adolescentes no Brasil (variando entre 2,3% a 93,5%), segundo um estudo de meta-análise, sendo que 60% dos estudos apontaram prevalência superior a 50% de inatividade física nas diferentes regiões do Brasil.36 Já em uma revisão de estudos abrangendo a prática de atividades físicas em adolescentes brasileiros, constatou que eles estão expostos a uma variação de baixos níveis de atividade física, variando entre 39% e 93,5%. 37

Dados demonstram que entre setembro de 2014 e setembro de 2015 no Brasil, os jovens e adultos com 15 anos ou mais de idade que não praticavam qualquer tipo de esporte ou atividade física, eram 122,9 milhões de pessoas, o equivalente a 76% da população de 161,8 milhões de brasileiros nesta faixa etária. Do total, 70,1 milhões eram mulheres, o equivalente a 83,1% da população feminina

(16)

57,3% das pessoas entre 15 e 17 anos que não praticaram esporte não o fizeram

porque não gostavam ou não queriam. 38

A prática de atividade física na fase da adolescência aumenta a chance do indivíduo chegar a vida adulta fisicamente ativo em uma maior proporção se

comparados a adolescentes que não praticam.39 Existem fatores, que são

fundamentais para a realização de atividades físicas como, motivação, incentivo por

parte dos pais e até mesmo de amigos.40 Indivíduos ativos geralmente têm amigos

ativos, ou seja, a companhia de um amigo para praticar alguma atividade física é importante, e desta maneira, o meio social que ele convive pode influenciar diretamente.41 Dentre os mais diversos benefícios que a atividade física proporciona, atualmente se tem uma atenção maior com relação ao combate a obesidade, pois

esse contribui amplamente para que outras doenças se desenvolvam.42 Além disso,

a atividade física na adolescência coopera para o aumento da massa óssea, reduzindo a probabilidade de osteoporose na vida adulta.43

Para Matias et al.20, o comportamento alimentar é um conjunto de ações relacionadas ao alimento, que começa com a decisão, disponibilidade, modo de preparo, utensílios, horários e divisão das refeições, e encerra com a ingestão. Alguns comportamentos alimentares são considerados saudáveis, tais como realizar refeições com a família, consumir café da manhã e ingerir a quantidade recomendada de água.21

Doenças não transmissíveis relacionadas à nutrição têm sua origem muito

cedo na vida, e podem se desenvolver durante a infância e a adolescência.44 Além

de fatores genéticos, o estilo de vida é o principal determinante dessas doenças.45,46 Durante a adolescência, o problema nutricional mais prevalente é a obesidade e

suas co-morbidades, mas também observa-se deficiência de alguns

micronutrientes.34 Muitos fatores parecem interferir no consumo alimentar nessa fase, tais como valores socioculturais, imagem corporal, grupo social, renda familiar, alimentos consumidos fora de casa, aumento do consumo de alimentos altamente energéticos,47 influência exercida pela mídia e grupo de convívio, omissão de refeições, distância entre a casa, escola e trabalho, disponibilidade e facilidade de preparo dos alimentos, além de instabilidade emocional.44

Na sociedade moderna, o crescimento da indústria alimentícia associado à maior acessibilidade aos alimentos ultraprocessados, aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, ampliação das redes de comercialização de

(17)

alimentos (fast food, cantinas escolares, lanchonetes, quiosques e restaurantes) está ditando modos de consumo alimentar e consequente entrada de novos produtos alimentares em substituição aos alimentos tradicionalmente consumidos. 48

A restrição alimentar por longos períodos, a autoindução de vômitos, a compulsão alimentar e o uso de laxantes/diuréticos para o emagrecimento são classificados como comportamentos alimentares de risco para os transtornos

alimentares (TA).49 Evidências indicam prevalência de comportamentos alimentares

de risco para os TA de aproximadamente 20% no público adolescente.50 Diversos fatores estão associados ao desencadeamento desses comportamentos, tais como: autoestima, perfeccionismo, tecido adiposo, insatisfação corporal, sexo, faixa etária, entre outros.51

A identidade religiosa pode ser considerada ou comparada, muitas vezes, a

uma identidade alimentar.52 Estudos sobre religiosidade e saúde têm demonstrado

que o envolvimento religioso ou ser educado religiosamente pelos pais diminui as chances de alto peso corporal,53 prediz maior longevidade e está positivamente relacionado a uma variedade de comportamentos e de saúde mental.52 Alguns religiosos acreditam que o corpo é templo de Deus ou do divino espírito, o que os incentiva a cuidar do corpo e apresenta um papel benéfico em evitar hábitos negativos de estilo de vida.54 Os achados positivos entre religiosidade, tabagismo e o álcool não é surpresa, pois muitas religiões têm recomendações e alguns casos até proibições contra a ingestão do álcool e tabagismo.55

Quanto às alterações psicológicas, a adolescência é um período de maturação para a mente e desenvolvimento emocional.44 Nessa fase, ocorre a formação de uma imagem física que, com frequência, sentem-se desconfortáveis com seus corpos devido às rápidas mudanças. Isso os deixa vulneráveis a desenvolver distúrbios emocionais além de ter o risco de despertar o desejo por bebidas alcoólicas e drogas.56

A escolaridade dos pais, e em particular a da mãe, é considerada um importante fator de proteção para a saúde de crianças e adolescentes.57,58 A formação familiar exerce uma forte construção emocional durante vários momentos da vida do adolescente, o que gera implicações importantes para a intervenção de

hábitos saudáveis de vida.44 Nesse contexto, quando os adolescentes são filhos de

(18)

OBJETIVOS

GERAL

Avaliar o estilo de vida de adolescentes da Igreja do Nazareno Central de Campinas.

ESPECÍFICOS:

1- Avaliar essa população quanto ao: - Perfil sóciodemográfico; - Perfil nutricional;

- Atividade física e hora tela; - Perfil de sono

- Satisfação corporal - Perfil antropométrico

2- Comparar a satisfação corporal com todas as variáveis citadas acima

(19)

METODOLOGIA

O presente trabalho consistiu em um estudo descritivo transversal com adolescentes membros da Igreja do Nazareno Central de Campinas, de ambos os sexos e idade entre 11 e 19 anos.

Após aprovação do pastor titular da igreja para a coletas de dados, a pesquisadora fez um convite, pelo microfone, durante a liturgia do culto, por pelo menos doze finais de semana não consecutivos no primeiro semestre do ano de 2018, convidando-os a participar do projeto.

Os adolescentes interessados em participar da pesquisa, preenchiam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo 1) e Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE) (Anexo 2) e forneciam seus dados para contato via WhatsApp. A seguir, era enviado um link para resposta de questionário previamente formulado, sendo as respostas coletadas entre agosto de 2018 a março de 2019.

O questionário foi realizado no Google formulários e composto por 84 questões abertas e de múltipla escolha incluindo características sócio demográficas e de composição familiar; estilo de vida e satisfação corporal (Anexo 4). A formatação das questões e a classificação das variáveis foi realizada com base no

Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA),46 para que houvesse

comparação entre os dados.

Para análise, a faixa etária foi dividida em duas categorias, os menores de 11 a 14 anos e os maiores de 15 a 19 anos, seguindo o estudo ERICA. Considerou-se sinal de puberdade nas meninas, a história de menarca e nos meninos o relato de pelos axilares, barba ou mudança de voz. Em relação à atividade física, foi inicialmente perguntado quem praticava ou não e em seguida qual tipo e quantidade de tempo por semana. Neste estudo considerou-se menos que 300 min/semana para definir pouca atividade física ou inatividade e acima de 300 min/semana como tempo adequado de AF.31 Quanto ao tempo de tela questionado incluiu todos os dispositivos: televisão, computador, celular, videogame e “tablet” e foi classificado em horas/dia. Considerou-se aumentado quando acima de 2 horas/dia segundo as

recomendações da Associação Americana de Pediatria (AAP).59 A duração do sono

(20)

Sleep Foundation.29 A experiência com ingestão de bebida alcoólica ou cigarro, foi considerado quando experimentou alguma vez na vida. Os hábitos alimentares: consumo de café da manhã, almoçar ou jantar assistindo televisão, comer petiscos

em frente à tela, comer lanches ou “fasfoods” e usar adoçantes foram divididos em

até três vezes na semana ou mais, sendo considerado inadequado quando mais de 3 vezes na semana. A satisfação corporal foi classificada como satisfeito ou não e se considerava magro, normal ou gordo.

Após o preenchimento do questionário individualmente, a pesquisadora via WhatsApp, marcava data e horário para avaliação antropométrica, solicitando que o adolescente comparecesse usando roupas leves.

Na avaliação antropométrica foram realizadas medidas de peso e altura de

acordo com as técnicas do Guia para Medições Físicas.60 O IMC foi determinado a

partir dessas medidas, utilizando-se a equação: IMC = peso (kg)/altura2 (m) e classificados segundo o CDC 200061: baixo peso (IMC < 5 para idade e sexo), eutrofia (IMC >= Percentil 5 e < que Percentil 85 para idade e sexo), sobrepeso (IMC >= Percentil 85 e < Percentil 95 para idade e sexo), obesidade (IMC >= Percentil 95 para idade e sexo) e excesso de peso (IMC >= Percentil 85 para idade e sexo).

Para a medição de peso, o adolescente foi instruído para ficar descalço ou apenas no uso de meias nos pés. Foi posicionado em pé, no centro da plataforma da balança, com os braços ao longo do corpo, com o olhar num ponto fixo à sua frente.60

A altura foi determinada em posição ortostática com a utilização de um estadiômetro fixo na parede. O voluntário foi posicionado em pé, com os pés unidos, calcanhares, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital em contato com a escala do estadiômetro. A cabeça foi orientada a não ser inclinada nem para frente nem para trás, mantendo o olhar para frente.60

Realizou-se a comparação entre a satisfação corporal relatada com as variáveis sócio demográficas, de composição familiar; de AF, hora tela, de sono, experimento de bebida alcoólica e cigarro, dos hábitos alimentares e de estado nutricional medido e considerado pelo adolescente. Também foi feito a distribuição entre classificação antropométrica medida com a considerada.

Todos os dados foram computados e analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 16. Após as análises descritivas, foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para avaliar a normalidade da distribuição das

(21)

variáveis e em seguida, foi realizado o teste Qui-quadrado ou o teste exato de Fisher para comparação de proporções (masculino versus feminino e a satisfação corporal versus demais variáveis), teste t de Student para comparação das médias e teste U de Mann-Whitney para comparação das medianas (masculino versus feminino). Os resultados foram considerados estatisticamente significantes quando p<0,05.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Número do Parecer: 2.584.307).

Critérios de inclusão

Foram incluídos no estudo adolescentes membros da Igreja do Nazareno Central de Campinas, baixo peso (IMC < 5 para idade e sexo), eutróficos (IMC >= Percentil 5 e < que Percentil 85 para idade e sexo), com diagnóstico de sobrepeso (IMC >= Percentil 85 e < Percentil 95 para idade e sexo) e obesidade (IMC >= Percentil 95 para idade e sexo) segundo os critérios Center for Disease Control and

Prevention (CDC),61 independente se os adolescentes informaram ter diagnóstico de

alguma doença ou não.

Critérios de exclusão

Foram excluídos no estudo adolescentes com menos de 11 e acima de 19 anos membros da Igreja do Nazareno Central de Campinas ou de qualquer idade que não fosse membro da igreja.

Materiais usados

Foi usado um questionário feito pela pesquisadora no google formulários (Anexo), composto por 84 questões abertas e de múltipla escolha sobre estilo de vida, estruturado em 10 módulos: 1. Perguntas referente ao adolescente, sua casa e família; 2. Trabalho; 3. Atividade física; 4. Hábitos alimentares; 5.Sono; 6. Fumo; 7. Bebida alcoólica; 8. Saúde sexual e reprodutiva; 9. Saúde de um modo geral; 10.

Saúde da família de um modo geral, baseado no questionário ERICA46 (Estudo dos

Riscos Cardiovasculares), pesquisa publicada no ano de 2015 com cerca de 75 mil adolescentes entre 12 e 17 anos.

O peso foi obtido por meio de uma balança antropométrica digital de marca Tanita, posicionada em superfície plana, com capacidade máxima de 150 kg e precisão de 100g.

(22)

A altura foi determinada por um estadiômetro de marca Sanny, com extensão de 220 cm e subdivisão de 0,1 cm.

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RESULTADOS

Entre agosto de 2018 a março de 2019, foram recebidos 93 questionários respondidos e realizadas 57 avaliações antropométricas.

Dos 93 adolescentes que responderam o questionário 59,1% era do sexo feminino, com idade entre 15 a 19 anos, o que corrobora para que mais de 94% deles apresentem sinais de puberdade. Além disso, evidencia uma alta porcentagem de pais casados (78,5%), que moram com os filhos (76,3%) e com escolaridade de ensino superior completo materno (48,4 %) e paterno (49,5%). A escolaridade paterna mostrou diferença estatisticamente significante entre os sexos (Tabela 1), pois os pais de meninas apresentaram maior escolaridade superior completo do que os pais de meninos.

(24)

Tabela 1. Características sociodemográficas e composição familiar dos 93 adolescentes que responderam o questionário

Variável População Total Masculino Feminino p-valor

Sexo Masculino 40,9 (32,3-49,5) 40,9% (32,3-49,5) - 0,07a Feminino 59,1 (50,5-67,7) - 59,1 (50,5-67,7) Idade, anos 16,3 ± 2,0 16,4 ± 2,1 16,1 ± 1,9 0,46b Faixa etária 11-14 anos 30,1 (22,6-39,8) 26,3 (15,8-36,8) 32,7 (23,6-43,6) 0,51a 15-19 anos 69,9 (61,3-77,4) 73,7 (60,5-86,8) 67,3 (56,4-78,2) Sinais de puberdade Menarca Sim - - 94,5 (90,9-98,2) NA Não - - 5,5 (0-12,7) NA

Sinais de puberdade masculina

Sim - 94,7 (89,5-100) - NA

Não - 5,3 (0-13,2) - NA

Característica familiar Situação familiar dos pais

Casados 78,5 (69,9-86,0) 78,9 (68,4-86,8) 78,2 (69,1-85,5) 0,93a

Divorciados ou separados ou viúvo 21,5 (15,1-28,0) 21,1 (12,7-31,6) 21,8(14,5-30,9_ Com quem mora

Ambos mãe e pai 76,3 (67,7-84,9) 76,3 (63,2-86,8) 76,4 (67,3-85,5) 0,99a

Outros (pai ou mãe ou outros) 23,7 (17,2-30,1) 23,7 (13,2-34,2) 23,6 (14,5-32,7) Número de irmãos(ãs)

Filho único 17,2 (10,8-24,7) 13,2 (5,3-21,1) 20,0 (10,9-29,1) 0,49a

Tem 1 irmão(ã) 48,4 (38,7-58,1) 55,3 (42,1-68,4) 43,6 (32,7-54,5)

Tem 2 ou mais irmãos(ãs) 34,4 (25,8-43,0) 31,6 (21,1-44,7) 36,4 (25,5-47,3) Escolaridade materna

Até Ensino Médio completo 44,1 (34,4 - 53,8) 39,5 (26,3-52,6) 47,3 (36,4-60,0) 0,56a,c

Superior completo 48,4 (39,8-57) 50,0 (36,8-63,2) 47,3 (36,4-58,2)

Não sei / não lembro / prefiro não responder 7,5 (3,2-1,8) 10,5 (5,3-18,4) 5,5 (0-12,7) Escolaridade paterna

Até Ensino Médio completo 45,2 (36,6-54,8) 57,9 (44,7-71,1) 36,4 (23,6-47,3) 0,01a,c

Superior completo 49,5 (39,8-58,1) 36,8 (23,7-50,0) 58,2 (47,3-69,1)

Não sei / não lembro / prefiro não responder 5,4 (2,2-8,6) 5,3 (0-13,2) 5,5 (0-12,7)

Abreviações: NA: não se aplica

a

Teste Qui-quadrado, dados apresentados como porcentagem (intervalo de confiança de 95%)

b

Teste t de Student, dados apresentados como média ± desvio padrão

c

(25)

A mediana de AF dos adolescentes foi de 180 minutos por semana, sendo que os meninos (285min/sem) realizam mais exercícios físicos do que as meninas (150min/sem) com relação estatisticamente significativa, porém a maioria (61,3%) praticava menos atividade física do que o recomendado. Dos adolescentes, 97,8% gastam mais do que 2 horas por dia em uso de telas, e em relação ao tempo de sono, 74,2% dormem entre 7-12 horas/dia. Quanto aos indicadores de experimento de bebida alcoólica e cigarro, os meninos experimentaram mais do que as meninas, porém sem diferença estatisticamente significativa (Tabela 2). Dos hábitos

alimentares, mais de 70% dos adolescentes tem o costume de tomar café da manhã e praticamente 605 almoçam ou jantam assistindo TV por pelo menos 4 a 7 dias por semana, 64,5% comem petiscos em frente à tela e 94,6% consomem lanches ou “fastfoods” e 90,3% faz uso de adoçantes de 0 a 3 vezes na semana (Tabela 2). Sobre o perfil nutricional, tanto relatado no questionário como na avaliação antropométrica observa-se que 52,7% não estão satisfeitos com seu peso corporal, sendo que 20,4% se consideram magros, 39,8% normais e 38,7% gordos. A

classificação do IMC (CDC 2000)61, realizada em 57 adolescentes, foi: 68,4% eutróficos, 3,5% baixo peso, 22,8% sobrepeso e 5,3% obeso. Todos sem diferença estatisticamente significante entre os sexos (Tabela 2).

(26)

Tabela 2. Análise do estilo de vida dos 93 adolescentes que responderam o questionário e avaliação antropométrica com classificação do estado nutricional de 57 adolescentes

Variável População Total Masculino Feminino p-valor

Atividade física (minutos/semana) 180 (0-1200) 285 (0-1200) 150 (0-1200) 0,01a

< 300 minutos/semana 61,3 (52,7-68,9) 50,0 (36,8-63,2) 69,1 (58,2-78,2) 0,06b ≥ 300 minutos/semana 38,7 (30,1-48,4) 50,0 (36,8-61,6) 30,9 (21,8-41,8)

Tempo de tela (horas/dia) 5,0 (1,0 -20) 5,0 (2,0-20) 5,0 (1,0-14,00) 0,88a

< 2 horas/dia 2,2 (0-5,4) - 3,6 (0-9,1) 0,51c

≥ 2 horas/dia 97,8 (95,7-100,0) 100 96,4 (92,7-100)

Duração do sono (horas/dia) 7,50 (3,50-11,0) 7,25 (3,50-10,50) 7,50 (5,00-11,0) 0,99a

< 7 horas/dia 25,8 (18,3-34,4) 28,9 (18,4-39,5) 23,6 (14,5-34,5) 0,56b

7-12 horas/dia 74,2 (66,7-81,7) 71,1 (57,9-84,2) 76,4 (67,3-85,5)

> 12 horas/dia - - -

Já experimentou bebidas alcoólicas

Sim 50,5 (41,3-59,1) 57,9 (44,7-71,1) 45,5 (34,5-56,4) 0,23b

Não 49,5 (39,8-59,1) 42,1 (28,9-55,3) 54,5 (43,6-65,5)

Já experimentou cigarro

Sim 14,0 (8,6-20,4) 21,1 (10,5-31,6) 9,1 (3,6-14,5) 0,10b

Não 86,0 (79,6-92,5) 78,9 (68,4-89,5) 90,9 (85,5-96,4)

Comportamentos relacionados à alimentação Hábito de consumo de café da manhã

0-3 vezes/semana 26,9 (19,4-35,5) 26,3 (15,8-36,8) 27,3 (16,4-38,2) 0,92b

4-7 vezes/semana 73,1 (64,5-81,7) 73,7 (63,2-84,2) 72,7 (61,8-82,2)

Hábito de almoçar e/ou jantar assistindo TV

0-3 vezes/semana 44,1 (35,5-52,7) 34,2 (21,1-47,4) 50,9 (40,0-61,8) 0,11b

4-7 vezes/semana 55,9 (47,3-64,5) 65,8 (52,6-78,9) 49,1 (38,2-61,8)

Hábito de comer petiscos em frente a telas

0-3 vezes/semana 64,5 (55,9-74,2) 63,2 (47,4-76,3) 65,5 (54,5-76,4) 0,82b

4-7 vezes/semana 35,5 (26,9-43,0) 36,8 (26,3-49,8) 34,5 (25,5-43,6)

Hábito de comer lanches/fastfoods

0-3 vezes/semana 94,6 (90,3-97,8) 89,5 (81,6-97,4) 98,2 (96,4-100,0) 0,16c

4-7 vezes/semana 5,4 (1,1-10,8) 10,5 (5,3-18,4) 1,8 (0-5,5)

Uso de adoçante ou produto light ou diet

0-3 vezes/semana 90,3 (84,9-94,6) 86,8 (78,9-94,7) 92,7 (87,3-98,2) 0,48c

4-7 vezes/semana 9,7 (5,4-15,1) 13,2 (5,3-21,1) 7,3 (3,6-12,7)

Satisfação com o peso corporal

Sim 47,3 (38,7-54,8) 55,3 (42,1-68,4) 41,8 (30,9-52,7) 0,20b

Não 52,7 (44,1-62,4) 44,7 (31,6-57,9) 58,2 (47,3-69,1)

Classificação pessoal do peso corporal

Magro(a) 20,4 (12,9-28,0) 26,3 (15,8-36,8) 16,4 (9,1-23,6) 0,22b*

Normal 39,8 (31,2-48,4) 44,7 (31,6-57,9) 36,4 (25,5-49,1)

(27)

Não sei 1,1 (0-3,2) - 1,8 (0-5,5) Antropometria

Peso (kg) 61,0 (38,2-116,4) 65,8 (38,2-116,4) 58,0 (40,4-98,5) 0,11a

Percentil de peso para a idade 65,48 (0,17-99,53) 62,83 (1,82-99,53) 68,13 (0,17-98,57) 0,37a

Altura (m) 1,640 (1,420-1,860) 1,73 (1,420-1,860) 1,620 (1,450- 1,712) < 0,001a

Percentil de altura por idade 43,91(27,01) 41,84 (27,13) 45,21 (27,26) 0,65d

Índice de massa corporal (kg/m2) 21,31 (17,08-38,96) 21,2 (18,13-37,24) 21,44 (17,08- 38,96) 0,57a Percentil de índice de massa corporal 60,87 (1,90-99,47) 53,84 (12,48-99,47) 68,16 (1,90-98,81) 0,28a Estado nutricional

Baixo peso 3,5 (0-8,8) - 5,7 (0-14,3) NA

Eutrófico 68,4 (57,9-78,9) 77,3 (63,6-90,9) 62,9 (48,6-77,1)

Sobrepeso 22,8 (14,0-31,6) 18,2 (9,1-31,8) 25,7 (17,1-37,1)

Obesidade 5,3 (0-12,3) 4,5 (0-13,6) 5,7 (0-14,3)

,Abreviações: NA: não se aplica

a

Teste U de Mann-Whitney, dados apresentados como mediana (mínimo e máximo); bTeste Qui-quadrado, dados apresentados como porcentagem (intervalo de confiança de 95%); cTeste exato de Fisher, dados apresentados como porcentagem (intervalo de confiança de 95%); dTeste t de Student, dados apresentados como média ± desvio padrão;

*

Comparação das categorias magro(a), normal e gordo(a); **Comparação entre Eutrófico versus Excesso de peso (sobrepeso e obesos)

(28)

A comparação da satisfação corporal com as variáveis estudadas está descrita na Tabela 3. Os valores estatisticamente significantes foram encontrados entre a insatisfação corporal e não residirem com ambos os pais (p=0,03), não realizarem nenhuma AF (p=0,02), terem experimentado bebida alcoólica (p=0,01), estarem com excesso de peso (p<0,01) e se considerarem gordos (p<0,01).

(29)

Tabela 3. Comparação entre satisfação corporal, características sociodemográficas, composição familiar e estilo de vida dos 93 adolescentes que responderam o questionário e da classificação nutricional dos 57 com avaliação antropométrica

Satisfação com o corpo

p-valor Sim Não Sexo Masculino 21 17 0,20a Feminino 23 32 Faixa etária 11-14anos 17 11 0,07a 15-19anos 27 38

Com quem mora

Ambos os pais 38 33

0,03a

Outros 06 16

Escolaridade Materna

Até ensino médio completo 17 24

0,63a

Ensino superior completo 21 24

Escolaridade Paterna Até ensino médio completo 21 21

0,41a

Ensino superior completo 19 27

Atividade Física Sim 38 32 0,02a Não 06 17 Atividade Física < 300min/sem 24 33 0,21a ≥ 300min/sem 20 16 Hora Tela < 2 horas/dia 2 0 0,22b ≥ 2 horas/dia 42 49 Duração do sono < 7 horas/dia 10 14 0,52a 7-12 horas/dia 34 35

Experimentou bebida alcoólica

Sim 16 31 0,01a Não 28 18 Experimentou cigarro Sim 4 9 0,20a Não 40 40 Café da manhã 0-3 dias/sem 13 12 0,58a 4-7 dias/sem 31 37 Refeição em frente à TV 0-3 dias/sem 23 18 0,13a 4-7 dias/sem 21 31 Petiscos em frente à TV 0-3 dias/sem 29 31 0,79a 4-7 dias/sem 15 18

Lanches ou fast food

0-3 dias/sem 42 46

0,55b

4-7 dias/sem 02 03

Adoçante ou produto light

0-3 dias/sem 41 43 0,30b 4-7 dias/sem 03 06 Classificação Nutricional Eutrófico 25 14 < 0,001a Excesso de Peso 01 15

Classificação pessoal do peso corporal (Total)

Magro(a) 11 8

< 0,001a

Normal 32 5

Gordo(a) 1 35

Classificação pessoal do peso corporal (Masculino)

Magro(a)

5 5

NA

Normal 15 2

Gordo(a) 1 10

Classificação pessoal do peso corporal (Feminino)

Magro(a) 6 3 NA Normal 17 3 Gordo(a) 0 25 aTeste Qui-quadrado b

(30)

Na figura 1, observa-se a distribuição do estado nutricional de acordo com a classificação do CDC 200061 versus a própria percepção corporal. Dos 39 adolescentes eutróficos, 12 se consideram magros e seis gordos; dos 13 com sobrepeso, dois percebem-se normais e os outros 11 gordos. Os dois com baixo peso se consideram magros e os três com obesidade gordos.

(31)

DISCUSSÃO

Os adolescentes da Igreja do Nazareno Central de Campinas, quando

comparados à população brasileira58, convivem com maior número de pais casados

e que residem com seus filhos e maior escolaridade materna e paterna. Em relação às recomendações dos hábitos saudáveis praticam pouca AF para idade e ficam muito tempo em frente à tela, apesar do tempo de sono e da maioria dos hábitos alimentares serem adequados, exceto o fato de almoçarem ou jantarem assistindo TV, também apresentam menor prevalência de obesidade70, apesar da metade estar insatisfeito com o corpo, independente do sexo. Relacionados à insatisfação corporal predominam aqueles que não moram com ambos os pais, não praticam nenhuma atividade física, já experimentaram bebida alcoólica, se consideram gordos e encontram-se com excesso de peso.

A Igreja do Nazareno Central de Campinas tem como característica ser aberta a toda a população e quem a frequenta tem a oportunidade de se conscientizar da importância da família e de hábitos saudáveis, pois, nos cultos aos finais de semana, são proferidas mensagens de auxílio para adoção de melhores hábitos de vida. Isto pode explicar o fato da maioria dos adolescentes avaliados morarem com os pais e estes serem casados e terem maior escolaridade, o que não é observado na população brasileira.58 Koenig, em um estudo de revisão demonstrou que a religião prediz maior longevidade e é positivamente relacionada com a saúde comportamental, física e mental.52

A prática de atividade física pode estar relacionada com vários benefícios para a saúde incluindo melhora da composição, da consciência e da imagem corporal, além de influenciar na aptidão cardiorrespiratória e muscular, saúde óssea

e biomarcadores metabólicos nas crianças e adolescentes.62 Segundo a Sociedade

Brasileira de Pediatria, os adolescentes devem acumular pelo menos 60 minutos

diários, sendo pelo menos três dias com AF de intensidade moderada a vigorosa.34

Na população estudada, a maioria (61,3%) pratica menos AF do que o recomendado. Observou-se que os meninos praticam mais tempo do que as

meninas (p=0,01) e atingem mais a recomendação da SBP34, porém sem diferença

(32)

ERICA63 que mostra que metade dos adolescentes não atinge a recomendação, sendo maior as meninas (70,7%) que os meninos (38%).

A Academia Americana de Pediatria preconiza que o tempo despendido em frente à TV pelos jovens não deva ultrapassar 1h a 2h por dia pois está associado ao sedentarismo e ao maior consumo de alimentos obesogênicos.59 No entanto, observa-se aumento crescente desta exposição a nível mundial.64 Nos Estados Unidos, em 10 anos, o tempo médio gasto em frente à televisão por crianças e adolescentes de oito a 18 anos aumentou de 3h45min para 4h30min por dia, e, somado às horas despendidas com videogame, computador, e outras telas, o tempo passou de 7h30min para quase 11h diárias.65 No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) mostrou que 79,5% dos escolares do nono ano no ensino fundamental assistiam TV por duas ou mais horas diárias.47 Neste estudo, com exceção de duas meninas, 97,8% ficavam em frente à tela mais de 2 horas por dia (média de 5 horas/dia). Nossos resultados foram acima dos observados no estudo ERICA, onde aproximadamente 70% dos adolescentes relataram passar duas ou mais horas por dia em frente a tela com média de 3,4 horas/dia.66

A organização americana, “National Sleep Foundation”29

, recomenda para crianças e adolescentes entre seis a 13 anos de idade, período de sono de nove a 11 horas e para adolescentes de 14 a 17 anos de oito a 10 horas em 24 horas. Quando há supressão parcial ou total do sono, algumas alterações endócrinas, metabólicas, físicas, cognitivas e neurais podem ocorrer, que em conjunto podem comprometer a saúde e a qualidade de vida.25A qualidade do sono foi adequada para 74,2% dos participantes desse estudo, dado melhor do que os encontrados no

estudo ERICA67 que mostra 50,1% de adolescentes com 7-12h de sono por dia.

O hábito alimentar surge na infância quando as crianças começam a receber a alimentação complementar a partir dos seis meses de idade, mas os jovens apresentam maior facilidade para incorporar novos hábitos alimentares, porém tendem a escolher alimentos que consideram mais atraentes, como aqueles ricos

em gorduras e açúcares.20,21 Segundo CASOTTI48, os adolescentes gerenciam essa

dualidade da escolha entre alimentos saudáveis ou não, de acordo com o contexto social, o hábito familiar ou com autoridades, como os professores. Mas, quando estão em grupo, a opção geralmente é para os “fastfood” ou alimentos calóricos e com baixo índice de nutrientes. Existe uma associação positiva entre realizar refeições com a família e ingerir alimentos saudáveis.64,68 Em relação aos hábitos

(33)

alimentares, 73,1% dos adolescentes tomam café da manhã de 4 a 7x/semana, o que foi considerado como valor adequado. Já no estudo ERICA,69 48,5% relatou consumir café da manhã quase sempre ou sempre. Sobre almoçar ou jantar assistindo TV, 55,9% tem esse hábito de 4 a 7x/semana, sendo equivalente ao

estudo ERICA69 que mostra que mais que 50% realizam refeições quase sempre ou

sempre em frente à TV. Neste estudo 64,5% tem o hábito de comer petiscos em frente a tela por até 3 vezes na semana, o que também não diferenciou de aproximadamente 60% dos adolescentes que possuem o mesmo hábito no estudo

ERICA.69 Ainda nesse estudo, 94,6% comem lanches “fastfood” e 90,3% fazem uso

de adoçantes por até 3 vezes na semana.

O uso precoce do álcool está associado a problemas de saúde na idade adulta, além de aumentar significativamente o risco de se tornar consumidor ao longo da vida.5 Indivíduos que participam de atividade religiosa são mais propensos a limitar comportamentos de estilo de vida desfavoráveis, como fumar e consumir bebidas alcoólicas,68 porém metade dos adolescentes estudados já experimentou bebida alcoólica. Ao compararmos com estudantes brasileiros da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, cerca de 27,3% em 2009, 26,1% em 2012 e 55,5% em 2015,

consumiram bebidas alcoólicas em pelo menos uma ocasião nos últimos 30 dias.56 A

diferença dos resultados dificulta a comparação porque a abordagem no questionário deste estudo mostra apenas se o adolescente fez uso de bebida alcoólica por pelo menos uma vez na vida, diferenciando do outro estudo que abrangia a frequência do hábito de beber nos últimos 30 dias. Em relação ao experimento de cigarro, os adolescentes estudados experimentaram menos cigarro (14,0%) e em menor porcentagem do que os dados divulgados na pesquisa PeNSE

201558 mostrando que 18,4% já experimentaram cigarro.

A adolescência é um estágio da vida em que o relacionamento com a própria imagem corporal pode ser mais complexo, especialmente para as meninas, devido às mudanças corporais próprias da idade.5 Nesse trabalho, a insatisfação corporal foi observada principalmente no sexo feminino, na faixa etária entre 15 a 19 anos, ambos sem diferença estatística significativa. Estudo de revisão sobre a insatisfação corporal de adolescentes mostrou que a maior prevalência ocorre em meninas, aumenta com a idade e tem o ápice aos 16 anos.5

Os adolescentes que moram com ambos os pais se sentem mais satisfeitos com o corpo (p=0,03), assim como os adolescentes que praticam AF, comparado

(34)

com os que não praticam (p=0,02). Também observamos menor satisfação corporal com maior experimento de bebida alcoólica (p=0,01), o mesmo não obtido com o cigarro (p=0,20), provavelmente porque o número de adolescentes que provou cigarro foi muito pequeno (13).

Esses adolescentes, apesar de terem melhores condições sociais e de estilo de vida apresentam maior sobrepeso (22,8% versus 17,1%) e menor obesidade

(5,3% versus 8,4%) quando comparados ao estudo ERICA.70 Mesmo assim metade

está insatisfeito com o corpo, independente do sexo. Outro estudo nacional comprova a relação de excesso de peso e insatisfação corporal.71

Em relação à classificação nutricional, 14 de 39 dos adolescentes classificados eutróficos estão insatisfeitos com o corpo, porém na classificação de excesso de peso, praticamente todos, 15 de 16 adolescentes estão insatisfeitos com o corpo (p< 0,001).

Na avaliação da comparação entre a classificação nutricional aferida versus a auto relatada, observamos que a percepção individual parece subestimar a aferida.

Dados semelhantes foram verificados por Pinheiro e Jimenez71 que avaliou

estudantes do Maranhão.

Nesse estudo, uma das limitações foi a impossibilidade de avaliação de todos os adolescentes que frequentam a Igreja do Nazareno Central de Campinas, pois apesar de terem sido convidados não se interessaram em responder ao questionário e destes alguns não compareceram para avaliação antropométrica, o que impossibilita algumas análises.

(35)

CONCLUSÃO

Os adolescentes da Igreja do Nazareno Central de Campinas apresentam maior número de pais casados e com maior escolaridade, praticam pouca atividade física, despendem muito tempo com as telas, inclusive durante as principais refeições e acabam tendo acesso a bebida alcoólica e cigarro. Por outro lado, possuem horas de sono e a maioria dos hábitos alimentares adequados. Em relação a autopercepção corporal, aproximadamente metade se sente insatisfeito e essa insatisfação está correlacionada ao fato de não morarem com ambos os pais, não praticarem nenhuma atividade física, já terem experimentado bebida alcoólica, se considerarem gordos e encontrarem-se com excesso de peso.

(36)

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(43)

ANEXOS

ANEXO 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Seu filho(a) está sendo convidado a participar como voluntário de uma pesquisa. Este documento, chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, visa assegurar os direitos dele(a) como participante e é elaborado em duas vias, uma que deverá ficar com você e outra com o pesquisador.

Por favor, leia com atenção e calma, aproveitando para esclarecer suas dúvidas. Se houver perguntas antes ou mesmo depois de assiná-lo, você poderá esclarecê-las com o pesquisador. Se preferir, pode levar este Termo para casa e consultar seus familiares ou outras pessoas antes de decidir participar. Não haverá nenhum tipo de penalização ou prejuízo se você não aceitar que seu filho(a) participe ou retirar sua autorização em qualquer momento.

Será realizado uma pesquisa com o título de: “Avaliação do estilo de vida de

adolescentes cristãos evangélicos de Campinas” com o objetivo de estudar o estilo de

vida (atividade física, tempo de tela, tempo de sono, hábitos saudáveis) e medidas de peso, altura, circunferência da cintura e pescoço de adolescentes entre 11 e 19 anos que

frequentam uma igreja e seguem costumes cristãos.

A pesquisa será desenvolvida sob a responsabilidade da pesquisadora Daniela Martins Malta de Oliveira e da Profa. Dra. Mariana Porto Zambon. Para a avaliação, vamos usar meios que não causam risco para a integridade física, psíquica e social dos participantes. Vamos realizar questionário e verificar o peso, a altura, a circunferências da cintura e do pescoço e calcular o IMC (Índice de massa corporal).

Os participantes serão convidados a responder dois questionários:

1)Recordatório alimentar de 24h e 2) Questionário com informações sócio demográficas, trabalho do adolescente, atividade física, comportamento alimentar, fumo, consumo de álcool, saúde reprodutiva, histórico de vida médica, tempo de sono e tempo que passa frente a tela. O tempo de duração para responder os questionários esperado é por volta de 20 minutos cada, podendo estender caso seja necessário.

As medidas acontecerão após a aplicação do questionário. Nesse dia, os participantes serão orientados a estar vestindo roupas de tecido leve. Será solicitado a retirada dos

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