Veterinaria
T
ecnica
J
un.
2000
P
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Animal. 10
S
anidade Animal . 24
C
lfnica e Patolo ia 34
Revisla do Sindicalo Nacional do ... Medicos lerinarios Ano 10 • NO 3 • 2000 • Bimeslral Maio/Junho
II
Pr
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Cffc30
Anim
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I
Varia~ao
do
Comportamento
Sexual
de Carneiros
da
Ra~a
Churra Galega
Bragan~ana
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Longo
de um AnD
Annual Variation of the
Sexual Behavio of
Churra Galena
Bragan ana Ram
1 -Engenlleiro lootecnica 2 -Medico Veterinario
3 -Engen~leiro Tecnico • [scola Superior Agriiria de Flrag,m~a -DepartAmento de lootctrlia
ApJrtado 172, 5301·855 Braganca -PORTUGAL e-mail: valentim@ipb.pt • 'Universidade dp, r nis-as-Montcs e Alto 001110 -Sec~ao de Zootecnia flpartado 202, 5001-911 VILA REAL Codex -Portugal
r{ab~l~lO de: Ramiro C. Valentim ,Teresa M. Correia I Jorge Azevedo' ,AlvClro MemJonlf3 " e Bruno Bento"
I
Res
u
mo
Esle Irabalho leve como principal objectivo esludar a varia,ao do comporlamenlo sexual de carneiros da raga Churra Galega Bragangana, ao
longo de um ano.
Nesle senlido, na cidade de Braganga (Ialilude 41' 49' N, longilude 6° 40' We allilude 720 melros), mais precisamenle na Quinla de Sanla Apolonia, perlencenle
a
Escola Superior Agraria de Braganga(ESAB), 16 carneiros desla raga, lodos eles com 3
an os de Idade, foram submelldos a delermlnagao do numero lola I de sallos efecluados, do lempo de reacgao, do numero de falsas lenlallvas de cavalgamenlo realrzadas enlre sallos e da dura,ao dos inlervalos de lempo produzldos enlre eles.
Os carneiros Churros Bragan,anos execularam menos sallos por sessao de recolha de dados no Inverno do Que no Verao ou no Oulono; esle paramelro nao variou significalivamenle neslas duas ullimas eslagoes do ano. 0 numera lolal de sallos efecluados por sessao na Primavera loi
eslalislicamenle igual ao observado nas reslanles eslag6es do ano. Nesle Irabalho, a um aumenlo do inlervalo enlre sallos correspondeu uma diminui,ao no numero lolal de sallos reallzados por sessao de recolha de dados.
Veterlnaria Teenier! 10
Junho 00
Abslracl
Tile main aim of Ihis paper was 10 sludy Ihe sexual behaviour variation Ihroughoul a year of a group of Churra Galega Bragan,ana rams.
The presenl sludy was perlormed in Braganza (Ialilude 41 ° 49' N, longilude 6° 40' Wand altilude 720 melers), allhe Agrarian Supellor School farm 01 SIa Apolonia. The reaclion lime, lolal number 01 copulalion's, number 01 mounling attempls and rnlervals 01 lime belween copulallon's 01 sixleen rams (3 years old) were measured Irom 1995 Seplember 23" 10 1996 Seplember 22 '
The lolal number 01 copulalion's by session was smaller in winler Ihan in summer and aulumn; Ihe mean values ollhis parameler did nol change
pronouncedly belween summer and aulumn. The lolal
number of copulalion's carried oul by session in Ihe spring was Similar 10 lile produced in all olher seasons of Ihe year. In Ihis slucly large inlervals 01 lime belween copulalion's delermined a reducllon on Ihe lolal number of copulation's.
Inlrodu~iio
Na reglao porluguesa de Tras-os-Monles, os carneiros acompanham geralmenle as ovelhas ao
longo de lodo 0 ano e como lal eslas ullimas parem
ao longo de lodo 0 ano (1) A fim de evilar esle
sislema e conlrolar de alguma forma 0 momenlo da cobrigao das suas ovelhas, alguns criadores colocam avenlais aos seus carneiros (1). Conludo, nesla regiao do pais, rndependenlemenle dos carnellos Ie rem ou nao aces so permanenle as ovelhas, eslas sao fundamenlalmenle beneliciadas alraves de monla nalural. Neslas condi,6es, 0 numero de ovelhas lecundadas depende muilo do
comporlamenlo sexual apresenlado pelo(s)
carneiro(s) (2)
Nas regloes lemperadas, 0 desempenho sexual dos ovinos e normalmenle salOna I (3,4,5,6.7). Neslas regioes, 0 foloperiodo conslilui 0 principal
faclor capaz de modilicar a actividade reproduliva
dos ovinos (8,9,10,11,12) Conludo, exislem siluag6es em Que esle papel principal e desempenhado por um ou varios oulros laclores ambienlais -Iemperalura e humidade do ar, dinamica almoslerica, elc. (6,13)
o
presenle Irabalho foi desenvolvido com 0 objeclivo de esludar a variagao do comporlarnenlo sexual de um grupo de carneiros da raga Churra Galega Bragangana, ao longo de um ano.-Material e Metodos
Este estudo loi desenvotvido na cidade de Bragan,a (latitude 41° 49' N, longitude 6° 40' W e
allitude 720 metros), mais precisamente na Quinta de Santa Apolonia, pertencente
a
Escola Superior Agraria de Braganga (ESAB), de 23 de Setembro de 1995 a 22 de Setembro de 1996.ANIMAlS UTII.lZADOS
Um tote de 16 carneiros da raga Churra Galega Bragan,ana, todos eles com uma idade inicial de 3 anos, loi utilizado na realiza,ao deste ensaio.
Estes animais loram sempre alimentados com
lenos de prados naturais (ad libilum) e uma media de 300 a 500 g/dia de alimento concentrado comercial.
A distribui,ao dos atimentos loi sempre leila no
periodo da manhiL Os carneiros loram semp,e
alirnenlados em grupo.
DElERMINACAO DO PESO CORPORAL
Sernanalmente, os carneiros loram pesados numa balan,a com jaula (sensibilidade minima de 100 gramas).
A pesagem loi sempre leita anles de S8 proceder
a
dlstribui,ao dos alimentos.DETERMINACAo DO COMPORTAMENTO SEXUAL
Uma vez por semana, durante 5 minutos, os carneiros ern estudo loram colocados junto de duas
ovelhas castradas (com 3 an os de idade), devidamente irnobitizadas em ironcos de maneio e corn 0 cio induzido at raves da administra,ao
intramuscular, cerca de 24 110ras antes, de 5 mg de
uma suspensao oleosa de benzoato de estradiol. 0 estudo do comportamento sexual dos machos loi
leito em um cornparlimenlo com cerca de 30 rn'. 0 posicionarnento relalivo das duas ovelhas, denlro desle cornpartirnento, loi sernpre feito ao acaso. Os
carnelros loram introduzidos individual mente Junto das oveillas, aguardando pela sua vez atras de uma
cerca de rede. Foi entao rnedido, corn a ajuda de urn
cronometro, 0 tempo de reac,ao e os intervalos de
tempo entre os sallos subsequentes. Foram ainda registados 0 nrlmero total de sallos realizados e 0
nrlrnero de falsas tentalivas de cavalgarnento elecluadas entre eles.
A avaliacao do comportarnento sexualloi sernpre
leita depois da distribui,ao dos alimentos.
ANALISE ESTATISTICA
No senlido de identificar diferengas estatisticamente significativas entre alguns
parametros, executaram-se analises de variancia
(14). A cornpara,ao entre medias realizou-se
segundo 0 teste de Bonlerroni/Dunn (15). Com 0
intuito de se compararem frequencias, utilizou-se 0 teste do x' (16).
q
Resultados e Discussao
o
valor medio do peso corporal evoluiu rnensalmente da lorma indicada na FIGURA 1. Esteparametro variou sempre ern lun,ao da esta,ao do
ana (O,Ol,;P,;O,OOOl): Outono -72,6±6,7 kg, Inverno
-71 ,h8,5 kg, Primavera -67,6± 11,2 kg e Verao
-63,8±10,2 kg. Uma vez que 0 maneio dos carneiros
estudados (incluinclo 0 alimentar) nao foi allerado ao
longo de todo 0 ensaio, esta variagao podera ter resullado de rnodifica,oes na qualidade do allmento fornecido, na capacidade ingestiva destes anirnais e/ou nas condi,oes climatericas.
De acordo com QUINTiN e/ al. (17), 0 nrlmero total de ejaculacoes depende da posicao hierarquica que 0 carneiro ocupa. Por seu turno, e segundo
SANCHEZ e FERRERO (7), a posiGao hierarquica que
o carneiro ocupa depende do seu peso corporal.
Neste estudo, 0 peso corporal correlacionou-se
posilivarnente corn 0 nrlrnero total de sallos electuados pelos carneiros numa sessao de recolha
de dados (r=0,093; PsO,Ol), com 0 nrlmero de lalsas
tentativas de cavalgarnento realizadas pelos carneiros antes da prirneira copula (r=O,095; PsO,Ol) e corn 0
tempo de reacGao (r=O,l18, PsO,OOl) Contudo, a expressividade destas correlaGoes revelou-se rnuito reduzida (respectivamente, 0,9, 0,9 e 1.4%).
NUMERO TOTAL OE SALTOS REALIZADOS
OS carneiros realizaram, em media, 2,O±0,8 (c.v.=41 ,0%) sallos por sessao de recolha de dados. Contudo, ao longo deste ensaio, as dilerencas
observadas entre animais, relalivamente ao nLlmero total de copulas efectuadas, forarn estatisticarnente significativas (PsO,OOOl). Estas diferencas
rnostraram-se igualmente elevadas nos estudos
levados a cabo por HULET e/ at. (18), LINDSAY (19), FLETCHER (20) e MICKELSEN e/ a/. (21). De acordo corn ALEXANDER e/ a/. (22), dilerencas observadas na capacidade de cobriGao de diferentes carnelros estiio provavelmente associadas a dilerengas entre eles nas concentracoes cerebrais de receptores horrnonais. Na verdade, ainda de acordo corn estes
autores, os carneiros com melhores capacidades de cobricao possuem maiores concentra,oes de
receptores de estradiol em duas regioes do
hipotalamo (area pre-optica e amigdala) e menores
na hipofise. Por outro lado, 0 nrlrnero total de sallos
realizados por urn mesmo animal variou normal mente de uma forrna nao desprezavel (os coeficientes de varia,ao oscilararn entre os 19,8 e os
46,9%). Este resullado era ja de algum rnodo esperado, tendo ern conta os rnrllliplos lactores,
internos e externos aos animais, capazes de afectar a sua capacidade reprodutiva.
Veterinaria Tecnica
Junho 00 11
Figura 1 - VariaGao mensa I do peso rnedio dos
carneiros estudados (x±s). I;::
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C7'1. para P<::=O.001
a;te; a;t!:a;tg: b;td:btof; d~g:e ,.th; e~i: I;=h; f;ti: g.,:11:
Figura 2 - Variagao mensal do numero total de saltos efectuados por sessao de recolha de dados pelos carneiros estudados x±s) J:r !·,IhM .T J A ~·) H D Mes il=b; (I=C; a=d: a=e; a=Q: b=c; b=d: b=e; b=f; b=i1; b=i: C=8; c=l; G=g; c=h: c=i; d=e; d=f; d=g; d=h; d=i: 8=g; e=i; I=h: f=i: g=h; g=i; h=j para P>O,05 a*l; b.cg; f:tg, para P::;O,001
3;t;1; a:;t.h: e:;tf; e ;::h, para P::;O,0001
Figura 3 -Variagao rnensal do tempo de reac,ao
medio (expresso ern seg.) apresentado pelos carneiros Churros Braganganos (x±s) ~~~
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J F M A M J J A S ON D Mes a:;t:b, para P:$O,Q001Figura 4 - Varia,ao mensal do intervalo rnedio entre a 1" e a 2' copula apresentado pelos carneiros estudados (x ±s) 210 ... ···iI··· ... " .< ~ , ,<
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> t.o ill 1" ~ J FMAI'.'I .1 J AS O HD Mes a=a, para P>O,05Em terrnos rnensais, os valores medios deste parametro oscilararn entre os 1,7 e os 2,5 (FIGURA 2). 0 nurnero total de saltos executados por sessao
no Inverno (1 ,8±0,8) mostrou-se estatisticamente inferior ao observado no Verao (2,1.0,7; P~O,01) e no Outono (2,1.0,9; P~O,001); 0 nurnero total de
copulas efectuadas por sessao na Prirnavera (2,0±0,9) nao diferiu estatisticamente do registado nas restantes estagoes do ana (P>0,05)
o
nOmero total de sallos executadoscorrelacionou-se negativarnente com 0 numero de
falsas tentativas de cavalgarnento realizadas pelos carneiros antes da consumagao do primeiro saito (r=-0,253; P~O,0001), com 0 tempo de reac,ao (r=-0,293; P~O,0001) e com os intervalos de tempo observados entre 0 l' eo 2' saito (r=-0,495;
P~O,0001), entre 0 2' eo 3Q saito (r=-0,566;
P~O,0001) e entre 0 3' e 0 4' saito (r=-0,442;
P~O,0001) (a correlagao entre este pararnetro e 0
intervalo de tempo registado entre 0 4' eo 5' saito nao pOde ser calculada, devido ao reduzido numero de animais que executaram cinco saltos nurna sessao de recolila de dados). Desta forma, ao contrario do que sucedeu com 0 ternpo de reacgao e corn 0 numero de falsas tentativas de cavalgarnento efectuadas entre copulas, a duragao dos intervalos entre copulas afectou de urna forrna algo express iva o numero total de sallos executados pelos carneiros estudados. Assirn, ao aurnento do espagamento temporal entre saltos correspondeu urna dirninuigao do numero total de saltos realizados. Resultados identicos forarn observados por ROCA e FOLCH (23) com carneiros das ragas lIe-de-France e Fleischaff.
Pelo contrario, HULET ef at (18) nao encontraram qualquer correlagao significativa entre 0 numero total
de copulas executadas e os interval os de tempo registados entre elas.
TEMPO OE REACCAo
o
ternpo de reacgao rnedio apresentado pelos carneiros foi de 24,6±32,5 segundos (c.v.=131,8%). As diferengas entre anirnais, relativarnente a este parametro, mostraram-se estatisticamente significativas (P~O,0001). Segundo TI LBROOK e CAMERON (2), estas diferencas sao citadas ern muitos dos trabalhos publicados nesta area. Por outro lado, a variacao intra-animal do tempo de reacgao foi sempre rnuito elevada (os coeficientes de variagao oscilararn entre os 73,6 e os 177,6%).Em termos mensais, os val ores medios do tempo de reacgao oscilararn entre os 17,4 e os 51,6
segundos (FIGURA 3). 0 tempo de reacgao medio observado no mes de Janeiro mostrou-se
estatisticamente superior ao registado nos restantes meses do ana (P~O,0001). Ern terrnos estaclonais, 0 tempo de reacgao medio encontrado no Inverno
Veterinaria Tecnica
12 JunhoOO
(32,1.41 ,8s) mostrou-se estatisticamente superior ao verificado no Verao (19,8± 19,8s) (P~O,001) e no Outono (19,7±34,4s) (P~O,0001); 0 ternpo de
reacgao rnedio verificado no Verao foi
estatisticamente igual ao encontrado no Outono (P>O,05). 0 valor rnedio deste pararnetro observado na Prirnavera (29,9±29,2s) nao diferiu
significativamente do registado nas restantes esta,oes do ana (P>0,05)
o
ternpo de reacgao correlacionou-sepositivamente corn 0 nurnero de falsas tentatlvas de cavalgarnento (1 ,0±2,4) realizadas pelos carneiros antes da consurnacao da prirnelra copula (r=0,829;
P~O,0001, ou seja, 0 numero de falsas tentativas de cavalgamento efectuadas antes da efectivagao da prirneira copula perrnitiu explicar 68,7% da variagao encontrada no tempo de reac,ao. Ao contrario do que sucedeu relativarnente a outras especies animais, na bibliografia por nos consultada nao se encontrou qualquer referencia a importancia das falsas
tentativas de cavalgamento no processo de
cortejarnento dos ovinos. Neste sentido e de acordo corn as nossas observa,oes, a demora na realizagao da primeira cobricao resultou fundarnentalmente da procura dos rnachos e/ou das ferneas ern consegulr a melhor posi,ao para a levar a cabo.
o
ternpo de reacgao nao afectousignificativamente 0 nurnero de falsas tentativas de cavalgarnento efectuadas por estes animais entre os sallos subsequentes (p>O,05).
Este parametro correlacionou-se, de urna forrna estatisticarnente significativa, corn a dura,ao do intervalo de ternpo que mediou entre a efectivagao da
1" e da 2" copula (r=0,303; PsO,0001). Contudo, a acgao do tempo de reacgao sobre a variacao da duragao deste intervalo foi pouco express iva (9,2%)
o
ternpo de reaccao nao se correlacionou significativamente corn a duragao dos intervalos registados entre os saltos subsequentes (p>O,05).INTERVALO ENTRE A PRIME IRA E A SEGUNOA COPULA
o
intervalo rnedio observado entre a l' e a 2' copula foi de 115,2±67,1 segundos (c v =58,2%) As diferengas entre anirnais, relativamente a este parametro, mostraram-se estatisticarnentesignificativas (p~O,0001). Por outro lado, a variagao
intra-animal do intervalo medio entre 0 l' eo 2' sallo
foi geralrnente elevada (os coeficientes de variagao oscilaram entre os 32,0 e os 81 ,4%).
Os valores medios do intervalo registado entre a l' e a 2' copula nao variararn significativarnente ern fungao do mes (P>0,05) (FIGURA 4). 0 intervalo medio entre 0 l' eo 2' saito foi igual na Prirnavera (112,8±68,9s), no Verao (111 ,0±66,7s), no Outono (111 ,4±72,Os) e no Inverno (125,3±61 ,is) (P>0,05).
o
numero de falsas tentativas de cavalgamento realizadas entre a l' e a 2' copula (0,9±5,5)correlacionou-se positivamente com 0 intervalo de
tempo registado entre estas (r=0,266; P~0,0001)
Porem, a sua expressividade mostrou-se muito baixa (7,1%),0 intervalo de tempo observado entre 0 l' e 02' salta nao se correlacionou signilicativamente com 0 numero de falsas tentativas de cavalgamento efectuadas entre os saltos subsequentes (p>0,05)
A dura,ao do intervalo entre a l' e a 2' copula
correlacionou-se significativamente com a dura,ao
dos intervalos observados entre a 2' e a 3' copula
(r=0,363; P~0,0001) e a 3' e a 4' copula (r=0,403;
P~0,05); a correla,ao com a dura,ao do intervalo
entre a 4' e a 5' copula mostrou-se estatisticamente nao signiflcativa (P>0,05), Porem, as correlagoes
signilicativas verificadas mostraram-se pouco
expressivas (respectivamente, 13,2 e 16,2%),
INTERVAIO ENTRE A SEGUNOA E A TERCEIRA COPULA
o
intervalo medio entre a 2' e a 3' copula foi de 138,7±61 ,5 segundos (c,v,=44,3%), As dllerengas observadas entre animais, relativamente a este para metro, mostraram-se estatistlcamentesignilicativas (p$0,0001), A variagao intra-animal do
intervalo medio entre 0 2' e 0 3' saito nem sempre
foi muilo elevada (os coeficientes de variacao
oscilaram entre os 9,4 e os 76,9%),
Em termos mensa is, os valores medios deste
parametro variaram entre os 103,4 e os 186,3 segundos (FIGURA 5) Apenas 0 valor medio deste
parametro registado no mes de Junho diferiu estatisticamente do encontrado no mes de Novembro
(P~0,001), 0 valor medio do intervalo entre a 2' e a
3' copula observado no Outono (170.7±69,9s) diferiu
significativamente dos encontrados na Primavera (117,2±61 ,8s) (p$0,0001) e no Verao (125,2±50,9s)
(P~0,001); este parametro nao variou de uma forma estatisticamente significativa entre estas duas ultimas esta,oes do ana (P>0,05), 0 valor medio deste intervalo registado no Inverno (143,3±47,4s)
mostrou-se estatisticamente igual aos verificados nas
restantes esta,iles do ana (P>0,05),
o
numero de falsas tentativas de cavalgamentoexecutadas entre 0 2' e 0 3' saito (0,6± 1,3) nao
afectou significativamente 0 intervalo de tempo
observado entre estes (P>0,05), A dura,ao deste
intervalo nao se correlacionou significativamente
com 0 numero de lalsas lentativas de cavalgamento
produzidas entre as copulas subsequentes (p>0,05),
A dura,ao do intervalo entre 0 2' e 0 3' saito afectou a dura,ao dos intervalos registados entre 0 3'
eo 4' saito (r=0,588; P~0,0001) e entre 0 4' e 0 5'
saito (r=0,844; P~0,01), A expressividade destas correlaciles loi em ambos os casos signilicativa (respectivamente, 34,6% e 71,3%),
INTERVALO ENTRE A TERCEIRA E A OUARTA COPULA
o
inlervalo medio entre a 3' e a 4' copula loi de 133,0±60) segundos (c,v,=45)%), Curiosamente,este intervalo medio teve uma dura,ao inferior
a
doregistado entre 0 2' e 0 3' saito (138.7±61 ,5 seg,),
Em termos mensa is, os valores medios deste parametro oscilaram entre os 66,5 e os 192,6 segundos (FIGURA 6), Em term os sazonais, os val ores medios deste parametro nao variaram de uma
forma estatisticamente significativa (Primavera
-84,3±33,1s, Verao -137,6±51,6s, Outon
o-185,1.60,2s e Inverno -121,8±34,1s; P>0,05)
o
numero de falsas tentativas de cavalgamento (0,3±0,5) realizadas entre a 3' e a 4' copula nao afectou signilicativamente 0 intervalo de tempoobservado entre estas (P>0,05), A dura,ao deste
rntervalo nao se correlacionou significativamente
corn 0 numero de lalsas tentativas de cavalgamento
produzidas entre 0 4' eo 5' saito (p>0,05),
A dura,ao do intervalo entre a 3" e a 4' copula afectou a dura,ao dos intervalos observados entre a
4' e a 5' copula (r=0,752; P$0,05), A expressividade desta correla,ao mostrou-se slgnlficativa (56,6%),
Neste estudo, enquanto que a ac,ao exercida
pelas falsas tentativas de cavalgamento sobre a dura,ao do intervalo entre saltos desapareceu logo apos as duas primeiras copulas, a ac,ao exercida
sobre este ultimo para metro pela dura,ao do intervalo de tempo que medeia entre 0 saito anterior
eo actual aumentou progressivamente Por outra palavras, e ern nosso entender, enquanto que a dura,ao do intervalo entre as primeiras copulas rellectiu lundamentalmente 0 numero de lalsas tentativas de cavalgamento realizadas antes da sua consuma,ao (Ieilas na tentativa de encontrar a
melhor posi,ao para as levar a cabo), a dura,ao do intervalo entre as copulas subsequentes rellectiu essencialmente 0 aumento progressivo dos periodos refractarios,
INTERVAIO ENTRE A OUARTA E A OUINTA COPULA
o
intervalo medio entre a 4' e a 5' copula foi de147,8±55,5 segundos (c,v=37,6%)
Em termos mensa is, os valores medios deste
intervalo varia ram da forma indicada na Figura 7. No Inverno e no Verao, nenhum carneiro realizou 5 saltos numa sessao de recolha de dados, Os valores medios deste intervalo de tempo nao variaram de
uma forma estatisticamente significativa entre a Primavera (114,0±34,2s) e 0 Outono (204,0±29,5s)
(p>0,05).
o
numero de falsas tentativas de cavalgamento(0,2±0,5) realizadas entre a 4' e a 5' copula nao
afectou signilicativamente 0 intervalo de tempo
registado entre estas (p>0,05)
Veterinaria Tecnica 13
Junho 00
Figura 5 -Varia,ao mensal do intervalo medio entre a 2' e a 3' copula apresentado pel os
carneiros estudados (x-±s
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entre a 4' e a 5" copula apresentado pelos carneiros estudados (x-±s)
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Reproduclive Physiology 01 Merino Sheep -Concepts olthe ram in the one sire pen. J Anim Sci, 21,857. and Consequences. Universidade da Australia 19 -LINDSAY, D.R., 1965. The imparlance 01 ollaclory
Conclusiies 3 -YEAOcidental, Auslralia, TES, NTM., 1947143. Inl. luence 01 variation in lengtll sBtehavimul, i in 13tl18 . 75. maling behaviour ollhe ram Anim
Tendo em conla as condigoes em que esle 01 day upon Ihe breeding season 01 sheep Nalure, 20 -FLETCHER, LC, 1976. Sexual activity In Merino rams.
Irabalho loi desenvolvido, a melodologla empregue e 160, 429. In: Sheep Breeding. G.T. TOIvIES, D.E. ROBERTSON e
as resullados conseguidos, cremos ser possivel tirar 4 -SCHANBACHER, SO. e LUNSTRA, DO, 1976. R.J LIGHTFOOT (Eds). International Congress Muresk
a seguinte conjunlo de conclusoes Seasonal change in sexual activity and serum levels of and Pertll, Universidade da Australia Ocidental,
o
peso corporal dos carneiros nao afeclou de LH and testosterone In Finnish Landrace and Suflolk Australla,345uma forma expressiva 0 seu comportamento rams. J Anlm SCI, 43, 644. 21 -IvIICKELSEN, WO, PAISLEY, L.G. e BAHMElt JJ,
sexual. 5 -WINFIELD, C.G. e MAKIN, AW, 1978 A nole on Ihe 1982. Tile relalionship 01 libido and serving capacity
- As diferenGas inlra e inler-animalS relalivamenle effect of continuous contact with ewes showing regular test scores in rams on conception rates and lambing aos diferenles paramelros comporlamenlais activity oestrus 01 and Co01 rrieposdale t-weanramsing g. Anim Prrowth orda, te 27on Ih, 361e . sexual percenlagelnlhe ewe. Theriogenology, 18 (1), 79
22 -ALEXANDER, 8M, PERKINS, A, VANKIRK. EA,
esludados foram normalmenle significalivas. 6-CHENIINEAU. p, COGNIE, y, GUERIN. Y, ORGEUR, P MOSS. G.E. e FITZGERALD, JA 1994 High and tow
- Apenas 0 lempo de reacgao loi expressivamenle
e VALLET, J-C .. 1991 Training manual on artllrclal sexually performing rams have differences in brain
aleclado pelo numera de lalsas tentativas de insemination in slleep and goat. FAO, Roma, 222 pp. oestrogen receptor content. In Sheep Research
cavalgamento que a precederam (r"=68,7%) 7 -SANCHEZ, JM.5. e FERRERO, IvIJV, t999. Elologia Progress Report n'3, Dobois, Idaho, EUA, 78
- Os carneiros Churras Braganganos execularam dela reproduccron en las especies domeslicas. In II 23 -ROCA, M. e FOLCH, J, 1983. Caracteres sexuales de menos saltos por sessao de recolha de dados no Congreso Iberico de Reproducclon Animal, Lugo, los moruecos de raza lie de France y Fleischafl Y su
Inverno (1 ,8±0,8) do que no Verao (2,1±0,7; Espanha, 569. ernpleo en 81 cruce industrial. In: Simposio sobre
P$O,OI) ou no Oulono (2,hO,9; P$O,OOI); esle 8 -LINCOLN, GA e DAVIDSON. W, 1977. The Reproduccion de Ovinos e Bovinos de Carne. Instllulo
paramelra nao variou signilicativamenle neslas relationship between sexual and aggressive bellavlour Nacional de Invesllgaciones Agrdnas, lvIadrid, duas ultimas esla~oes do ano (p>0,05). 0 and pituitary and testicular acllvily dunng Ihe seasonal Espanha, 207
sexual cycle 01 rams and Ihe inliuence 01 pholoperiod numera tolal de sallas elecluados par sessao na J Reprod Fert, 49, 267
Primavera (2,0±0,9) loi eslalisticamenle Igual ao 9 -LINCOLN, GA e SHORT, RV, 1980. Seasonal
observado nas restantes estagoes do anD. breeding: Nalure's conlracepllve. Recent Prog Horm
- Neste Irabalho, a um aumenlo do inlervalo enlre Res, 36, 1.
sallos correspondeu uma diminuigao no Ilumero 10 -SIIviOES, JM.C, 1984. Flslologia da reprodu"o dos
lola I de sallas realizados por sessao de recolha ungulados domeslicos Funda,ao Calousle de dados. Gulbenklan, Llsboa, Portugal, 623 pp
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14 Veterindria Tecnica