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A escola, o professor e a Geografia

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Academic year: 2021

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Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Departamentos de Humanidades e Educação

Curso de Geografia

TEREZA SUELI SOUZA EÇA

A ESCOLA, O PROFESSOR E A GEOGRAFIA

IJUÍ/RS Dez/2012

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TEREZA SUELI SOUZA EÇA

A ESCOLA, O PROFESSOR E A GEOGRAFIA

Monografia apresentada ao Curso de Geografia da Universidade Regional do Noroeste od Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, como requisito parcial para a obtenção do Titulo de Licenciado em Geografia.

Orientador: Professora Célia C. Atkinson

IJUÍ/RS Dez/2012

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Resumo

Este projeto nasceu da vontade de melhor compreender as práticas pedagógicas voltadas ao ensino de geografia oportunizando aulas atrativas que favoreçam a construção da aprendizagem, considerando o geográfico onde o estudante atua, vive, além da inserção da internet como mecanismo favorável a construção da própria aprendizagem, sugerindo também o uso de seminários ,em favor do processo ensino-aprendizagem na disciplina de Geografia. Logo, foi possível fazer uma comparação do ensino tradicional com a proposta atual, deste modo, percebemos que a educação se encontra em crise,e vendo como esta prática pode colaborar no processo ensino aprendizagem, tendo em vista as dificuldades na aprendizagem, esta prática vem despertando interesse nos alunos na aula de geografia, pois antes não tinham motivação para uma leitura, e muito menos compreende-la, e interpretá-la.

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SUMÁRIO

1. A ESCOLA NO PRESENTE ………..07

1.1. O Papel da Escola ………...08

1.2. O Ambiente Escolar e o Professor ……… 11

1.3. Desafios em sala de aula ………...13

2. O ENSINO DE GEOGRAFIA ………..17

2.1. Aprender Geografia ………. 20

2.2. Novos desafios na era da informação ………..23

CONSIDERAÇÕES FINAIS ……….. 30

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INTRODUÇÃO

No mundo atualmente eclodem várias transformações, principalmente com a introdução das novas tecnologias e com a escola não é diferente. São vários os desafios da escola, de nosso tempo e velhos conceitos estão sedo colocados em cheque. Diante disto, a internet facilito turbilhão de informações, a era do conhecimento, da globalização, a escola precisa de uma nova pedagogia. Uma pedagogia que possibilite resolver esta problemática, que se preocupe com a construção do conhecimento, como o ensino- aprendizagem, e com a interação.

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ou seja,quais as bases teóricas-metodologicas de sustentação das práticas educacionais em que estamos inseridos, esse é o objetivo deste trabalho de revisão bibliografica sobre a geografia, a escola, e o professor.

Deste modo, o novo modelo de educação é uma exigência do mundo globalizado, que este permeado de sincronias pautadas de vários ambientes, e linguagens, acreditando-se que só com um ambiente inovador trará reflexos positivos no processo ensino-aprendizagem.

Este trabalho é de cunho bibliográfico, que tever como âncoras autores como Helena Callai (2005), Célia Atkinson (2009), Rafael Straforine (2005), Papert (1993),Rosalia Aragão (1976),Ana Paula Cardoso (1992). No Primeiro capítulo,

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descreveremos um pouco sobre o perfil da escola ao longo dos tempos até os dias atuais, o papel que a escola desempenha na sociedade, o ambiente escolar e o profissional de educação, além dos desafios que o professor tem ao longo desta tragetória, para que se construa uma aprendizagem significativa.No segundo capítulo, dicorremos sobre como foi o processo de reconhecimento e importancia do ensino de Geografia ao longo dos tempos, além de entender como se aprende com Espaço Geográfico, bem como comprender qual o mais novo desafio do ensino de Geografia na era da informação.

Neste contexto, este trabalho tem como objetivos compreender as praticas pedagógicas voltadas para o ensino de Geografia;idenficar as ações pedagógicas inovadoras que desenvolva a aprendizagem significativa do espaço geográfico;averiguar até que ponto a utilização da internet, de seminários podem contribuir para que ocorra uma aprendizagem significativa.

1.A ESCOLA NO PRESENTE

A escola passou por várias fases e em todas elas esteve a serviço de alguma ideologia ou modo de produção de sua época, já serviu a Igreja, na Idade Média,difundindo a fé cristã, religiosa como afirmam Sousa (2000):

“.Para isso o aluno tinha que passar por uma etapa de exercícios espirituais ao longo de quatro semanas.Ai procurava libertar-se de tudo o que impedisse de chega Deus, tentando descobrir o que de pecaminoso havia

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dentro de si.”.(p.57).

Atendeu, também, a Revolução Industrial, no período que foi marcado pelas fábricas, preparando mão-de-obra qualificada, assim, foi desenvolvido um modelo de escola que atendesse ás indústrias da época e com um currículo especial, pois, segundo Souza e Fino (2001):

“Desenharam no segundo modelo inspirado, literalmente nas fábricas de forma a que os alunos , quando nela entrassem, passassem imediatamente a “respirar” uma atmosfera carregada de elementos e de significações que se revelaram ser muito mais importantes e decisivos que as meras orientações inscritas no brevíssimo currículo “oficial” da escola pública”. (p. 4).

No atual estágio em que se encontra a sociedade, a escola é relativamente autonoma, por conta da legislação de cada país, das instancias federativas que. em tese estão ao alcanse de todos.Não foi sempre assim,pois no inicio estever sob o controle da igreja e não era ara todos, logo , tanto o corpo administrativo, e docentes caminham segundo as normas já previamente estabelecida.

Com relação à cultura conteudista, da escola tradicional, onde o sistema de ensino escolhe o que o aluno deve aprender, de acordo com suas ideologias, logo a escola também escolhe de acordo com seus interesses e o professor escolhe de acordo com o que vai ensinar, de modo alheatório, ou de acordo com as suas preferências, de visão, sem se preocupar com o desenvolvimento de habilidades necessárias para a construção de saberes .Assim como afirma Scocunglia (2003 ).

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“Os conteúdos programáticos escolares, por exemplo, revelam (ou escondem) escolhas,opções e preferências sociais, culturais, ideologias etc. Mesmo quando proclama e tentam efetivar-se enquanto neutralidade cientifica. Os professores trabalham esses conteúdos conforme certas visões de mundo , valores, idéias, praticas, representações sociais, simbolose signos”.(p.76)

1.1 O Papel da Escola

Ao longo da História da Educação, várias épocas desenharam papéis importantes e respeitando a evolução de seu tempo, logo, foi na Revolução Industrial que se deu com maior ênfase o desenvolvimento educacional, voltado pra determinado grupo, em espacifico, neste período doi marcado pelas fábricas e mão-de-obra qualificada, desenvolvido um modelo de escola que atendesse aos fabricantes, e industrias da época e com curriculo especial como afirma Sousa e Fino (2000):

“Desenharam no segundo modelo inspirado, literalmente nas fábricas de forma a que os alunos, quando nela entrassem, passassem imediatamente a “respirar” uma atmosfera carregada de elementos e de significações que se revelaram ser muito mais importantes e decisivos que as meras orientações inscritas no brevissimo currículo “oficial” da escola pública”.(

O principal papel da escola não é apenas ensinar conteúdos, mas motivar os alunos a construir seu próprio conhecimento, prepará-los para serem cidadãos ativos, participativos, atuantes, criativos, não só na escola, mas na sociedade onde estão inseridos. No contexto atual trava-se uma batalha entre o sistema

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educacional tradicional, conservador e o novo paradigma que está se construindo considerando, pois como afirma Burke (2003):

“O tradicional e o conservador sistema vigente, por ser ineficaz e ineficiente, por não atender as necessidades do mundo em acelerado processo de mudanças vai precisar de uma verdadeira revolução, não apenas de disciplinas, de novos currículos mas de toda concepção pedagógica.Como já esta se tornando costumeiro dizer,precisamos de um novo paradigma.Temos que admitir que o principal papel da escola não pode ser mais o de apenas ensinar matérias”.(p.16)

A atual sociedade esta cada vez mais exigente com relação ao conhecimento, a ser construído na escola, que deve compreender conteúdos e habilidades onde, quanto mais habilidades melhor. Na era do conhecimento, os saberes amplos reúnem conteúdos e habilidades tais como: pesquisar, criar, estudar,e aprender, construindo,o seu próprio conhecimento.Para tanto, o professor precisa ter a competência de fazer os seus alunos aprenderem a aprender , pensar, criar, bem como interagir com seu conhecimento, em uma abordagem realmente construtivista. Além disso, diz Burke (2003):

“A escola deve, também, prepará-lo para interagir com outras pessoas, para trabalhar em grupo, para se comunicar eficazmente, para inserir de forma consciente , responsável, e construtivista na comunidade e na sociedade”.(p.21)

A educação vem tendo de acompanhar as mudanças através de novos paradigmas, novas politicas públicas, que atendam aos anseios da grande massa de estudantes, mas com um currículo que acompanhe a sociedade contemporânea, pois o ensino tradicional vem se desgastando através dos tempos deixando a escola desinteressante.Portanto, acreditamos que inicialmente o que a escola precisa é ter uma proposta que vislumbre os prazes

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motivacionais, onde se proponha espaços para que se desenvolva a construção

da aprendizagem.

Com tantas transformações é necessário que se rompa com as amarras da escola tradicional, estando ultrapassada quase obsoleta, precisando de propostas que promovam, e garantam a eficácia do ensino aprendizagem, pois a ensino traidicional já não vem dando conta. Assim, possibilitando o romprimento do conceito do paradigma tradicional, sendo pertinente novos conceitos, novas idéias, no entanto, para que isto ocorra, é necessário que a escola repense o seu papeal na atual sociedade contemporânea, e que consiga ,enquanto antes, voltando a ter o destaque que já teve noutros momentos de sua história.

Hoje, a escola já não é mais o único local de aquisição de conhecimento. O estudante carrega consigo vários saberes aprendidos de vários grupos, nos quais está inserido e entre tantos estão à família e a igreja. Os anos se passaram da era fabril, onde o ensino era sincronizado e o professor era o único detentor do saber, passamos á era da informação. Atualmente as informações estão chegando de modo muito rápido e são muitos,assim questiona-se o verdadeiro papel da Escola. Deve-se construir um novo paradigma, que se ancore no construção do conhecimento.

Frente ao atual contexto, onde se insere a educação, é suficiente que a escola cumprisse o papel que a sociedade necessita, neste momento, dando o melhor de si, ensinando, colaborando na aquisição e construção de conhecimentos com dedicação e produtividade própria para determinadas épocas, se preocupando principalmente com o cientifico.

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Atualmente, estamos em um momento de descontinuidade, mudanças , transformações, onde o papel das escolas é buscar meios em que desenvolvam características próprias para que o aprendiz solte sua criatividade e autonomia, só assim terá iniciativas e auto confiança, visto que , é lentamente que a escola processa as descobertas e inovações .Segundo Medina (2007):

“O conhecimento, de modo geral, penetrar com lentidão nas escolas; os livros escolares e os currículos estão de forma bastante características, atrasados em anos, ou mesmo décadas com relação a qualquer outro campo.”(p.24).

1.2 O Ambiente Escolar e o Professor

Certamente sabemos que a escola é o local onde estudantes tem oportunidades de aprendizagens, este fator não pode ser confundido com o aspecto fisico, mas onde se insere práticas pedagógicas, favorecendo a formação intelectual dos cidadãos que nela está, pois partilham do processo ensino aprendizagem. Logo, é neste ambiente que o papel do professor é fundamental, pois é aqui onde se organiza, planeja e valida as suas ações enquanto colaborador, supervisor, da aquisição de aprendizagem dos educandos.

E analisando sob esta ótica, a prática educativa sempre será alvo de permanentes discussões e fatores que possibilitaram alguns acréscimos ao longo de sua trajetória, que é marcada principalmente no que se refere a prática dos

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nossos educadores diante da formação do estudante.Sabendo-se que a arte de educar é uma prática em constante desenvolvimento, sendo possível esta constantemente acrescentando algum conhecimento, neste momento torna-se necessário que para o professor transformar sua prática,e para isso deve ater uma base teórica em aprendizagem, aproveitando que o estudante estará em um ambiente no mínimo favorável .Segundo Burke (2003): “ Estou convicto de que ainda será preciso fazer muito esforço para se conseguir que os educadores adquiram boa base teórica do processo aprendizagem e sobre a qual possam reorientar sua prática “.(p.08)

Atualmente a sociedade vem enfrentando as transformações em todas as áreas dentro de uma ótica globalizada e competitiva, os estudantes estão constantemente agregando novos conhecimentos, mas no espaço escolar permanece inerte aos acontecimentos, se mantendo inalterado, o ensino não atendendo as necessidades das atuais transformações.

Dentro desta visão pedagógica o conteúdo não se esgota em leituras, mas em pesquisas ensaios, podendo se trabalhar a reflexão, a leitura, a interpretação, compreensão e a oralidade, aliado ao trabalho em grupo. Neste caso, unm dos mecanismos com maior probabilidade para averiguação da aprendizagem é também envolvimento em seminários, pois pode se representar de diversas formas, os mais variados conhecimentos.

Neste contexto, os seminários (representação) é propriamente uma prática ancorada sob os pilares do estudo e da pesquisa.Vale ressaltar que atualmente a internet vem sendo o maior aliado das pesquisas estudantis.Assim, o uso da

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internet seria mais um colaborador desta ação.

Ao longo deste processo, nos momentos de representar um conteúdo oralmente, através de seminários cabe ao professor fazer o planejamento dos dos trabalhos em grupos, pois será solicitado do estudante a interação, a disciplina, organização, rigor, sistematização e ensaios, onde este saber será canalizado e conduzido a apresentação sob forma de comunicação em sala de aula para os colegas, sendo favorável a troca de idéias.

2.1 Desafios da Sala de aula

Entre os vários desafios encontrado pelo professor em sala de aula, o mais

importante é manter o estudante motivado, encantado e cheio de vontade de construir a própria aprendizagem. Para Salvador (1994, p. 154-155), para que o estudante se sinta motivado é necessário que o professor crie oportunidade onde as atividades esta relacionadas a vivências concretas, assim adverte,

A motivação de um aluno perante uma atividade concreta de aprendizagem é, por sua vez, o resultado de uma série de processos que é necessário indagar. Apelar para a motivação sem mais nada não oferece uma explicação satisfatória. A maneira como o professor apresenta a tarefa e, sobretudo, a interpretação que o aluno faz disso em função de fatores tais como o seu autoconceito acadêmico, os seus hábitos de trabalho e de estudo, os seus estilos de aprendizagem, etc., são, sem duvida, alguns dos elementos-chave a levar em conta.”

Para entendermos este processo devemos levar em consideração a importância da motivação, para contar com o entusiasmo do estudante no

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processo ensino-aprendizagem devendo o professor planejar ações voltadas para despertar e desenvolver atitudes de observar o mundo que deve ter o aluno, tanto no campo individual como no campo social, uma das condições para despertar no estudante a vontade , a disposição para aprender.

As idéias desenvolvidas por Berganini (1993) adequa-se ao contexto de sala de aula, na medida em que, hoje, o motivacional em sala de aula é fator determinante no processo ensino- aprendizagem. Os alunos, crescentemente, vêm demonstrando falta de vontade para assistirem às aulas, especificamente quando se trata de escola pública. Considerando este fenômeno, professores de uma escola pública passaram a estudar estratégias que propiciassem ao estudante o prazer de participar das aulas.

Para Bergamini (1993), a motivação não pode ser confundida com estimulo, pois este é um fenômeno com elementos internos e externos ao individuo que o influenciam. Assim, “Não é nem o estimulo nem a resposta que motiva o comportamento, mas mais propriamente a necessidade em si mesma e isso se estende a todo comportamento”. (p.43)

Para entendermos este processo devemos levar em consideração a importância da motivação, para contar com o entusiasmo do estudante no processo ensino-aprendizagem devendo o professor planejar ações voltadas para despertar e desenvolver atitudes de observar o mundo que deve ter o aluno, tanto no campo individual como no campo social, uma das condições para despertar no estudante a vontade , a disposição para aprender.

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Segundo Tapia (2006,p.8), “[...]motivaçao está ligada a interação dinâmica entre as características pessoais e os contextos em que as tarefas escolares se desenvolvem [...]” por acreditar que para se aprender algo é necessária querer aprender, estar motivado, desejar aprender, e este aspecto está intrinsecamente relacionado a interação, com o grupo, com uma coletividade.

Outro aspecto, que merece destaque são as práticas que envolvem estudante através da interação, e dos trabalhos em grupo, pois acreditamos que através da troca de informações,aluno interagindo, com outro colega é possivel construir a aprendizagem pretendida. Dentro desta visão,trabalhar com seminários, dramtizações, representações e feiras , estas ações trazem consigo aspectos que valem a pena planejar e estarem contidos no Projeto Pedagógico da escola, até por que nestas práticas o professor é colaborar e orientador ao longo do processo de construção.

Logo, no atual contexto em que se encontra a escola da sociedade globalizada, é importante dizer que no processo ensino-aprendizagem, o professor mediará todas as etapas da construção da aprendizagem, mesmo por que o

seminário não tem a intenção de excluir o professor, mas, tê-lo como parceiro,

colaborador.Neste caso os seminários são utilizados apenas como uma ação diferenciada que possibilitara a construção da aprendizagem, e de novos saberes através da pesquisa.

Ao longo desta trajetória, este projeto propõe averiguar até que ponto a utilização de seminários nas aulas de geografia podem contribuir no processo ensino-aprendizagem, aliado a uma aprendizagem significativa.

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Assim segundo palavras de Balcells e Martins (1985, p.90):

O papel do professor no seminário consiste em coordenar as diversas atividades orientar e guiar os alunos em todas as fases; fazer a síntese. [...] no seminário professor é um director do trabalho, não é o seu executante [...] esta forma didáctica exige do professor: dedicação; preparar e acompanhar de muito perto as investigações; ter experiência do trabalho de criação. De contrário, corre-se o risco de o seminário perder o seu valor para se transformar numa simples exposição magistral [...]

Deste modo, o professor de geografia tem autonomia de criar e utilizar mecanismos que viabilize e facilite a construção do conhecimento dentro do processo ensino-aprendizagem como uma proposta inovadora de despertar o interesse dos alunos para o conhecimento. Frente ao exposto, o professor deve instigar seus alunos a fazerem a leitura do mundo e do seu espaço vivido e isso não deve ser feito a partir de vários elementos entre estes a pesquisa pra construção de Seminários.

Analisando sob este prisma, terá a utilização da representação no ensino de Geografia, requer quebra de paradigma, pois o ensino tradicional no ensino de modo geral, tornou-se enfadonhos distante, o quê desativavam os estudantes mas a partir do momento que os estudantes passaram ler , interpretar , compreender e representar em forma de seminários a maioria dos conteúdos tornou mais interessantes as aulas de geografia .

Assim, este mecanismo pode assegurar uma seqüencia variada que pode favorecer a aquisição de novos saberes, sempre focando a capacidade de desenvolver nos alunos uma visão mais ampla e crítica do espaço nas diversas escalas de análise. Logo, existe a possibilidade de desenvolver um trabalho com todas as esferas do conhecimento, analisando possibilidades. Este fator vem

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ganhando credibilidade, visto que na sociedade atual na qual a globalização, segue como seu discurso de homogeneização, mas que fragmenta os espaços gerando impactos aos cidadãos que nela se insere.

2 .O Ensino de Geografia

A parte histórica da disciplina de Geografia tem em seus primórdios ensinamentos , relatos que priorizavam o cotidiano das mais variadas culturas, mas foi a partir do século XV que se iniciou os primeiros escritos geográficos, comas navegações.Já no século XIX a Geografia se ascende, ancorada nos princípios positivistas tendo como de seus seguidores o Frances Vidal de La Blache e o alemão Frederich Ratzel.Logo após, surge a necessidade de inserir esta disciplina no sistema de ensino, sendo um mecanismo da geopolítica.

Aqui no Brasil, a Geografia ganhou destaque com as mudanças ocorridas na Revolução de 30, sendo mais marcante na década de 70, avançando com o geógrafo Milton Santos que trouxe uma proposta renovada, e com idéias inusitadas sobre alguns conceitos.Na década de 80 e 90, foi nas academias, currículos, a Nova Lei de Diretrizes e Bases ( LDB),Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que a Geografia agregou transformações que acompanha a

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sociedade globalizada até os dias atuais.Mesmo assim,são perceptíveis as características de que em pleno século XXI esta disciplina vem sendo pautada no ensino tradicional, motivo que impossibilita a inserção de mudança de paradigma.

Segundo o Parâmetros Currilares Nacionais (PCNs p.127),.a construção da

aprendizagem pode ocorrer analisando os processos da natureza, atrelado ao homem e suas relações com o outro,a partir do momento em que o estudante vive, vivencia, participa, e compreende que faz parte desta sociedade, então elabora o espaço geográfico com concetos construido por ele próprio, assim:

"o estudo da Geografia deve abordar principalmente questões relativas à presença e ao papel da natureza e sua relação com a ação dos indivíduos, dos grupos sociais e, de forma geral, da sociedade na construção do espaço geográfico. Para tanto, a paisagem local e o espaço vivido são as referências para o professor organizar seu trabalho."

Logo, o ensino da disciplina de geografia segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais 1998:

O espaço geográfico é historicamente produzido pelo homem enquanto organiza econômica e socialmente sua sociedade. A percepção espacial de cada indivíduo ou sociedade é também marcada por laços afetivos e referências socioculturais. Nessa perspectiva, a historicidade enfoca o homem como sujeito construtor do espaço geográfico, um homem social e cultural, situado para além e através da perspectiva econômica e política, que imprime seus valores no processo de construção de seu espaço.(p.6)

Atualmente é proibido conter a criatividade, torna-se necessário arriscar, ousar, experimentar e saber lidar com as várias linguagens sem perder os valores, as vivências com a aprendizagem. Segundo a corrente construtivista, cabe ao professor criar possibilidades em que o ensino-aprendizagem aconteça com

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qualidade, onde o estudante possa construir saberes, em ambientes que possibilitem descobertas, eu o motivem a ser criativo, e que reflita sobre suas descobertas.

Portanto, utilizar uma prática docente que promova a interação dos estudantes e deles com diversos objetos que forem aprendidos.E no caso da disciplina de geografia , muito da vivência do estudante pode ser aproveitado, para uma evolução do conhecimento, ou seja um saber mais elaborado.Como afirma Callai (2003, p. 77) : Com relação a construção da aprendizagem através de vivência, pode-se agregar saberes, logo, diz que : “{...] o aluno a viver no mundo, ou melhor, a reconhecer esse mundo situar-se nele como cidadão [...]”.

Vale ressaltar que o ensino tradicional trás consigo estigmas arcaicos, com aulas desestimuladoras, práticas excludentes, que não possibilita o afetivo, muito menos cognitivo do educando. Atualmente, o ensino de Geografia precisa de mecanismos que possibilite a autonomia da construção da aprendizagem. O ensino aponta para horizontes pedagógicos que exigem a criatividade, novos desafios, práticas pedagógicas que provoque o cotidiano educacional, sobretudo quando através da vivência do educando. Sobre este aspecto, Straforini (2004,p18) diz:

“[...] é possível ensinar Geografia e torná-la interessante, despertando nas crianças um interesse maior de procurar entender o mundo em que vivemos. [...] é possível entrelaçar questões do cotidiano, com o conhecimento especifico de geografia, e fazer desse ensino não apenas de coisas de livros, mas de situações com que nos deparamos enquanto vivemos na nossa rotina diária de trabalho, de lazer, de viver, enfim”.

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uma corrente teórica para seguir, e que esta dê norteamento para a prática pedagógica do professor, assim, sob a visão de uma corrente teórica é possível transmitir a nossa visão, e concepção que rege aquela ação, aquela prática pedagógica no processo de construção da aprendizagem do espaço geográfico, visto que primamos por um processo que possibilite aprendizagem global, plena e total dos conteúdos, que deixam de ser fragmentados.Deste modo, o ensino da disciplina de Geografia ganha ênfase por conseguir romper com impasses do ensino retalhado em sua totalidade.Para Straforini (2004,p.52) :

“Essa realidade esta inserida, num todo, numa totalidade.O estudo fragmentado da realidade não leva o aluno a lugar algum.Muitas vezes o ensino não passa de uma decoração exagerada, da enumeração e da descrição dos fatos isolados”.

É interessante dizer que no ensino de geografiaé necessário entender a historicidade do local, pois todo lugar esta impregnado de sua história, então deve-se todos os aspectos devem ser levados em consideração e não ser analisado isoladamente, como afirma Callai:

"Compreender o lugar em que se vive encaminha-nos a conhecer a historia do lugar e, assim, a procurar entender o que ali acontece. Nenhum lugar é neutro, pelo contrario, os lugares são repletos de história e situam-se concretamente em um tempo e em um espaço fisicamente delimitado.. As pessoas que vivem em um lugar estão historicamente situadas e contextualizadas no mundo. Assim, o lugar não pode ser considerado/entendido isoladamente. O espaço em que vivemos é o resultado da historia de nossas vidas. Ao mesmo tempo em que ele é o palco onde se sucedem os fenômenos, ele é também ator/autor, uma vez que oferece condições, põe limites, cria possibilidades." (Callai,2005: 236.)

Frente ao exposto, quando o aluno compreende o conteúdo de modo global,ele interage consciente da sua participação ativa nas mudanças, mas isto só ocorre quando esta aprendizagem esta diretamente relacionada as vivências

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do educando, assim , saberá as causas e razões que conduziram a o modificação do espaço geográfico, sendo possível fazer uma relação entre a sociedade e a paisagem natural.

2.1 Aprender geografia:

O objetivo do ensino de Geografia e da aprendizagem de Geografica é entendido como um agente transformador, responsável pela formação do estudante enquanto cidadão, onde estará focando sempre a realidade, o cotidiano, o local, e o global dos mesmos, através das suas vivências.Assim sendo, o processo ensino-aprendizagem sobre o espaço geográfico estará certamente ancorado numa visão de mundo, dentro de uma ótica critica da realidade do educando enquanto elemento vivo e ativo da própria aprendizagem, através de uma aprendizagem vivenciada, observada relacionada a conceitos anteriores das paisagens e relações espaciais, constatando, e percebendo mudanças, como afirma Atkinson (2009,p.10), “[...] aspecto cujo constatação requer perceber esse diferencial observando a paisagem até onde a vista alcança e daí fazer comparações.”

Neste contexto, seria observando que o estudante poderá fazer conexões a partir do lugar onde mora seja, uma vila, um bairro, ou cidade, fazendo comparações das transformações ocorridas ao longo dos tempos,onde o homem modifica uma paisagem natural conforme o interesse de uma época, então analisar as mudanças é possível entender como determinada sociedade se

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transformou a depender da sua realidade, que se materializa de acordo a necessidade,logo , as ações do passado deste homem é entendida, é compreendida e interpretada o presente no espaço geográfico , desta forma, Atkinson (2009,p.12), diz:

“[...] as conexões dos lugares, cidades, municípios, Estados,países, representam a materialidade presente no espaço;permitem a dimensão social, o acontecer da sociedade que em diferentes espaços-tempos compreendem determinadas ações ou usos diferenciados dos objetos naturais e sociais de cada realidade”.

Analisando sob este aspecto, é interessante pontuar que a visão das pessoas com conhecimento geográfico, enquanto curioso, pesquisador, observa outras paisagens poderá fazer uma análise mais cientifica do todo com riqueza de detalhe, identificando diferenças e caracterização só evidentes em determinada região, logo este investigador sinaliza ter uma visão critica da paisagem analisada.Segundo Atkinson (2009,p.13), “O olhar de alguém com objetivos do estudo poderá certamente identificar, registras, interpretar essas formas ou formações paisagísticas para além do que vêem [...]”.

Frente ao exposto, a visão geográfica produz saberes relacionados ao aspecto socioespacial diante de um processo histórico e da formação através de conceitos que juntam e interagem, confundem e se completam, mas que podem ser interpretados através das informações contidas naquele contexto do espaço geográfico.Assim,uma paisagem pode transmitir informações que podem ser analisada segundo a intenção do investigador, desta forma, o termo paisagem se refere geralmente a esfera geográfica podendo ser construída, no entanto, pode fazer referência a vários elementos do contexto ambiental. Atkinson (2009,p.18)afirma , “[...] a paisagem não é formada por um dos elementos

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geográficos isoladamente, mas pela articulação, combinação ou conjunto desses elementos, naturais e artificiais ou culturais”.Vale pontuar que o espaço geográfico atual está cada vez mais modificado, construído e humanizado.

O conceitto do termo espaço vem também farto de informações, pois se refere a onde, lugar, local determinado onde ocorre vários interesses, interações de vários grupos que desenvolvem ações de produção e consumo, onde mora determinada sociedade, ou cultura que se propõe a construir sua identidade, seu trabalho dando uma visão do lugar das suas vivências, deste modo ,Atkinson (2009,p.20,):

“Daí a busca de identidade com o lugar, os modos de vida e as manifestações culturais,incluídas nas formas e nos movimentos da paisagem, serem o foco principal das análises geográficas.O espaço geográfico terá, nessa linha de pensamento, uma proximidade designificado como esses conceitos de paisagem e de lugar.”

Sobre paisagens artificiais e naturais Atkinson (2009,p.21) afirma:

“Os objetos são naturais e/ou artificiais. Os objetos naturais são representados nos elementos e nas combinações do próprio meio natural: mares e rios, fauna e flora, rochas e forma de relevo, tempo e clima. Os objetos sociais, criados pelo homem no passado e na

atualidade, são estradas, portos, aeroportos, usinas, cidades, etc. São os fixos, o trabalho morto já incorporado ao meio geográfico.”

As paisagens mostram as diferenças entre os lugares e suas relações com os espaços, transmitem a identidade de um povo,este fator ocorre por conta de cada sociedade precisar interferir para produzir e consumir, se relacionando através de parâmetros políticos administrativos, sociais, culturais, econômicos numa esfera espacial e temporal dentro da própria realidade.

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conhecido como nação ou espaço geográfico nacional que inicialmente era uma paisagem natural, mas que, entrou no processo de produção, passando pelo meio técnico - cientifico, seguindo para um mais avançado o técnico cientifico - informacional, como Atkinson (2009, p.23) exemplifica:

“No território brasileiro estão edificadas uma infinidade de rodovia, ferrovias, selos, portos, aeroportos, equipamentos de energia e de telecomunicações, intensificam a articulação de mercadorias, pessoas e informações.”

2.2. Novos desafios na Era da Informação

A submissão do aprendiz é uma realidade do ensino tradicional ,hoje é totalmente contraditória esta idéia, isto analisando o ensino dentro de uma ótica onde a autoridade ao professor esta acima de qualquer questionamento com relação a transmissão do conhecimento com conceitos prontos.Estamos diante de uma sociedade que exige rapidez, inovação, precisão nos diferentes contextos, assim com a escola não deve ser diferente, terá de refletir sua prática, inovar, ter atitudes relevantes frente a inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação, propondo um inovação intencional e consciente. Sobre inovação Cardoso (1992) afirma:

“ A inovação não é uma mudança qualquer.Ela tem caráter intencional, afastando do seu campo as mudanças produzidas pela evolução “natural” do sistema.A inovação é pois uma mudança deliberada e conscientemente assumida, visando uma melhoria da ação educativa.” (p.1)

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Segundo Luft (2005) inovar significa introduzir novos conhecimentos, métodos, processos.

Já para Hauais(2001), inovação é “ação ou efeito de inovar”.Na prática, é uma quebra de paradigma, ou seja, uma passagem do antigo para o novo, sendo um novo olhar, uma nova interpretação do ensino aprendizagem sobre a ótica da construção do conhecimento.

Na trajetória das grandes mudanças percebemos que as inovações pedagógicas estão ligadas a questões ideológicas, sociais e econômicas por estarem junto a novos saberes, o que implica em nova conjuntura em suas variáveis, como afirma Hernández (2000):

“Se traçarmos um breve percurso dessa história, descobriremos que na escola as inovações sempre aparecem vinculadas a questões ideológicas, sociais, e econômicas e que as inovações dependem, para ser consideradas em que emergem de que são seus promotores e da incidência e da extensão que adquirem”. (p.19)

Desta forma, entende-se como inovação pedagógica, como sendo uma transformação que possibilite a construção do conhecimento, através das mais variadas formas voltadas à prática escolar. Para tanto, inovação pedagógica é adotar um novo modelo de paradigma reconhecendo que o modelo tradicional esta em crise, ou até mesmo em transição, pela insatisfação, e impotente para com o modelo atual de ensino aprendizagem, buscando acertar, se relacionando as revoluções cientificas e mudanças de paradigma, colocando em cheque o atual paradigma, como afirma Kuhun (2006):

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“Tal como a escolha entre duas instituições políticas em competição, a escolha entre paradigmas em competição demonstra ser uma escolha entres dois modos incompatíveis de vida comunitária”. Por ter esse caráter, ela não é e não pode ser determinado simplesmente pelos procedimentos de avaliação, característico da ciência natural, pois esses dependem parcialmente de um paradigma determinado e esse paradigma, por sua vez, está em questão. Quando os paradigmas participam-e devem faze-lo - de um debate sobre a escolha de um paradigma, seu papel é necessariamente circular. Cada grupo utiliza seu próprio paradigma para argumentar em favor desse mesmo paradigma”.(p.127)

Estamos em pleno século XXI, e tanto nas escolas como em todas as esferas, como é o caso do computador e a internet se fazem presentes, oportunizando um cotidiano repleto de instrumentos favoráveis ao ensino aprendizagem, oportunizando inúmeras formas de aprender.A inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação, mais precisamente, computador e a internet, espera-se que estes nos instrumentos despertem para um novo paradigma voltado a construção de uma aprendizagem significativa.

Sabemos que hoje computador não é mais novidade nas escola, visto que quase todas tem seu laboratório de informática, que podem ser utilizados para promover a secular escola tradicional, através de diversas manifestações educacionais.

Neste sentido,com todas as dificuldades encontradas é a crescente necessidade da inclusão digital por parte do professor, pois o computador, a internet, a informática na educação chegaram para promover a arte de ensinar e aprender, logo cabe ao professor refletir sobre sua prática e tentar recuperar o tempo que a educação ficou inerte no tempo, que a novas Tecnologias da

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Informação e comunicação chegaram, é fato, resta-nos proporcionar a promoção educacional, tendo como seu principal objetivo um meio norteador, o ensino aprendizagem capaz e eficiente ao contrário da escola tradicional que tinha o conhecimento limitados aos livros e a transmissão do conhecimento do professor, como afirma Medica 2007:

“Era suficiente dominar o conteúdo de alguns livros e cursos aprender os truques de uma profissão, é já se estava pronto. O aluno aprendia aquilo que iria necessitar em seu campo.O profissional conhecia seu oficio.Os conhecimentos eram mantidos em seus comportamentos adequados, as pessoas em seus departamentos.Na história muito curta da educação em massa não muito mais de um século, as escolas passaram do ensino de simples noções religiosas e da alfabetização fundamental a instrução se tornou cada vez mais alta em termos de complexidade e sofisticação.” (p.23)

Papert afirma que a introdução dos computadores nas escolas, primeiramente impressionou depois disse para que veio e contribuiu, mesmo com as dificuldades comuns inicialmente .

Segundo Papert (1993):

“O que me impressionou mais fortemente foi que determinados problemas abstratos e difíceis de captar tornaram-se concretos e transparentes e que determinados projetos que pareciam interessantes, mais complexos demais para compreender, tornaram-se manejáveis.Ao tempo, tive minha primeira experiência da empolgação e do poder de domínio que mantém as pessoas trabalhando noite a dentro com seus computadores.” (p.19).

Nesta perspectiva, como as TICs na escola já faz parte do cotidiano, fazer reflexão sobre a prática educacional é inevitável, visto a ineficiência do ensino aprendizagem atual, que se tornou gritante, continuar com as práticas arcaicas, retrogradas, obsoletas, bem como uma acentuada fase de desvalorização do ensino aprendizagem frente as novas tecnologias, não seria mais viável obter

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uma educação de qualidade sob as bases antiga da educação tradicional, assim, é determinante que o professor estaja constantemente em busca de situação propicia, favorável ao ensino aprendizagem.

Frente ao exposto, são inseridas mudanças na prática pedagógica, no cotidiano escolar, com o objetivo de alcançar uma aprendizagem significativa, oportunizando a construção do conhecimento, seja ele individual ou coletivo, criando situações onde o estudante participe ativamente na construção do saber, de modo a interagir, vivenciando e compartilhando com colegas, bem como reconhecendo que a construção do conhecimento é uma atividade mental que está co-relacionada a outros saberes, ou saberes anteriores que foram internalizados, e que ao se confrontar com um problema só depois de fazer todos os testes é que pede ajuda, pois os saberes anteriores sempre lhe auxiliaram a solucionar algumas questões que já lhes foram apresentadas anteriormente, podendo avançar para um saber mais elaborado..

A proposta de inovação pedagógica, neste projeto está na utilização da dramatização, (representação teatral), de seminários,como estratégia de ensino-aprendizagem de geografia, mas, sabemos que isto requer quebra de paradigma, uma vez que no ensino tradicional as aulas de geografia não passam de meros relatos de escritos e livros e fatos históricos, enfadonhos e distantes da realidade do aluno,logo, a partir do momento em que os estudantes passarem a ler, a interpretar, para compreender, dramatizando, representando, seja em seminários, seja teatralizando um contexto ou fatos históricos, tudo muda. Sabemos que não é tão fácil a ação dos mestres inovadores nas escolas de práticas tradicionais, como

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afirma Papert (1993):

“Uma outra classe importante de inovadores opera como uma espécie de quinta coluna direto na própria Escola: um grande numero de professores conseguem criar o oásis de aprendizagem dentro das paredes de suas próprias salas de aula, em profunda disparidade com a filosofia educacional publicamente adotada por seus administradores;algumas escolas públicas municipais, talvez aquelas onde os Inovadores passaram a ocupar cargos administrativos, abriram espaços para Inovadores dentro delas, permitindo o estabelecimento de programas alternativos dentro do sistema escolar, abrindo espaços para que estes programas se desviem das políticas publicas, tradicionais quanto ao método e ao currículo”.(p.11)

Outro aspecto interessantissimo é o fator da introdução dos computadores , da internet nas escolas, essa é uma das múltiplas transformações que a atual sociedade vem tendo que enfrentar.Assim, com o avanço tecnológico mais precisamente a internet esta conduzindo ao contato de um universo de sabres que possibilita a construção do conhecimento por desenvolver diferentes modos de compreender o pensamento, embora este mecanismo não seja o único fator a propor condições para uma melhor educação.É relevante salientar que a internet não é o todo, fornecedor de saberes, mas uma fonte de informação que poderá ser apenas um dos meios para a melhoria da prática educativa .

É coerente dizer, um dos objetivos da prática educacional seria criar condições para que uma aprendizagem significativa aconteça, logo, diante de um contexto repleto de significações, possibilitando transformações, as mudanças as transformações exigidas dentro de um contexto virtual atualizando-se constantemente, é conveniente citar que a necessário de preparar um novo homem capaz, preparado para desempenhar os diferentes papeis, possível de

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confrontar com as novas formas de aprender.

Diante disto, o professor deve acompanhar estas mudanças refletindo constantemente a sua prática, as formas de se que se ensina e as formas que se aprende, consciente de ser um agente facilitador e transformador. É interessante comprender que em pleno século XXI, isto acontece por falta de interesse, são os analfabetos tecnológico no magistério, os profissionais da educação que insistem em permanecer a espreita, as margens das transformações, avessos a construção da aprendizagem virtual, da cultura da computação virtual, que resistem a essa mudança mesmo com a introdução do computador acompanhado da internet na escola.É bom lembrar que na escola do passado acreditava, que segundo Medina 2007: “(...) as escolas se destinavam a proporcionar um conjunto especifico de conhecimentos, numa época em que os conhecimentos pareciam estáveis limitados.”(p.23)

Sobre a cultura da computação escolar e número de computadores introduzidos nas escolas americanas, Papert afirma (1993):

“Em dez anos as escolas americanas haviam comprado três milhões de computadores; centenas de milhares de professores matricularam-se em aulas para aprender sobre os mesmos;novos gigantes industriais entraram no mercado da educação”.(p.39)

Assim, a escola ver as transformações ocorrerem em ritmo acelerado, com introdução das TICs, vem sendo o maior colaborador das pesquisas, através da internet,a escola tem a possibilidade de emergir em novos saberes, mesmo caminhando vagarosamente, frente as necessidades de mudar as velhas práticas educacionais, qeu não tem mais a mesma eficiência.

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momento vai muito além de aprender coisas desconectas do ensino aprendizagem , visto que a aprendizagem fora dos muros da escola correm na velocidade da luz, neste sentido, a escola é um ambiente favorável a aprendizagem em meio a interação, seja possível conquistar uma aprendizagem significativa, consciente e eficaz, possível de promover a formação intelectual e integral do aprendiz.

Segundo Grinspum 2001:

“ É fundamental não perder de vista o papel primordial da tecnologia é servir ao homem.Deste modo, a educação tecnológica deve promover a integração entre tecnologia e humanismo, não no sentido de valorizar a relação educação/produção econômica, mas principalmente visando a forma integral do individuo.” (p.219)

Considerações Finais

Este trabalho foi ancorado sob a análise do ensino, o professor, e a aprendizagem na disciplina de Geografia.Para entender o desinteresse dos estudantes nas aulas desta disciplina e sugerir prática que pode favorecer a construção do conhecimento sobre o espaço geográfico através de saberes do cotidiano, além de fazer uma analise sob o uso da internet como instrumento de pesquisa e aprendizagem, focando também a prática de seminários .

É notório o grande abismo existente entre a teoria e a prática do professor de Geografia, que trás consigo uma formação marcada pelo ensino tradicional, com práticas enfadonhas, e excludentes.Deste modo, fica inviável que este profissional propicie aos educandos ações no cotidiano escolar das aulas de Geografia ,que promova a o aspecto cognitivo, a criatividade e interação, a partir

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das vivências dos estudantes.Assim, para obtenção de um ensino do espaço geográfico com qualidade é o grande desafio do professor de Geografia da sociedade contemporânea.

Logo, se o professor de Geografia tiver como meta a formação de cidadãos dentro de uma visão critica, e reflexiva, na sociedade onde o estudante atue ativamente, participando e percebendo as transformações do espaço geográfico, que atualmente vem se desenvolvendo de modo acelerado, fator que viabiliza uma aprendizagem contínua e atualizada, sendo possível a autonomia da própria aprendizagem.

Desta forma, o ensino de Georafia deve propor aos estudantes uma visão critica, centrado na totalidade dos conteúdos, ancorado no cotidiano do estudante que é possível analisar o espaço geográfico nos mais variados locais do seu dia-a-dia, e deste modo, o estudante é responsável pela construção da própria aprendizagem,sendo também agente transformador.

No que tange a construção da aprendizagem o estudante tem autonomia de fazer comparações, perceber o contexto geográfico nos mais variados momentos, ao longo dos tempos, que antes esta atrelada a ações pedagógica sem sentido, e conteúdos fragmentados e desestimulantes que dificultava a construção da aprendizagem. Assim sendo,este tipo de prática pedagógica não prioriza o entendimento da realidade dos estudantes, que inicialmente precisam compreender conhecimentos simples pra depois avançar para conhecimentos mais complexos sobre os fenômenos geográficos.

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sua prática, e a partir desta reflexão proponha ações pedagógica que oportuniza a criatividade, interação que possibilite o desejo, o encantamento perdido no tempo, considerando também as aulas de campo, a inserção da internet na sala de aula, a pesquisa reflexiva , pois, o ensino para o estudante da atual sociedade é democrático,podendo ser independente, individual, coletivo,autônomo na construção da própria aprendizagem e com aulas atrativas, com novas alternativas pedagógicas, como é o caso dos seminários que envolvem várias técnicas de aprendizagem em sua construção.

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