• Nenhum resultado encontrado

Modelos dinâmicos para a produção de ATP em mitocôndrias

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Modelos dinâmicos para a produção de ATP em mitocôndrias"

Copied!
133
0
0

Texto

(1)

(2)  .   

(3)   

(4)  

(5)    . 

(6)   . i.

(7) ii.

(8) !"#$%&'#()(%*%'+)(!),*(%*-)./#")' #"'+#+!+0*(%*.)+%.1+#-)2*%'+)+3'+#-)* %*-0./!+)450*-#%"+36#-). 7%,,%"*.)"0%,)*'#8!%#&). .0(%,0'*(#"9.#-0'*/)&)*) */&0(!450*(%*)+/*%.*.#+0-:"(&#)'. 0;<=>?@AB;C@DE*/;BFG*(;G*)HI=;?B*$@JKL=J*'@@. !"##$%&'()*+,$+-$#&%',*+'.%$#$/&','+'*+0/#&"&1&*+ ,$+ 2'&$-3&"4'5+ 6#&'&7#&"4'+ $+ +8*-.1&'()*+ 8"$/&79"4'++,'+:/"4'-.+.'%'+*;&$/()*+,*+&7&1<*+,$+ 2$#&%'+$-+2'&$-3&"4'+=.<"4','>. 6?@6+6A62BC=D+8EDD6?BEF!6+G+H6D?IE+J0F=C+ !=+ !0??6D@=KIE+ !6J6F!0!=+ B6C=+ =C:F=+ L6CC6F+2=FE6C=+?0M:60D=5+6+ED06F@=!=+B6CE+ BDEJ>+!D+=CN6D@E+H=OM:6O+?==. )MM<>@?L;@*AB*0;<=>?@AB;. NNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN +++=CN6D@E+H=OM:6O+?==. -)./#")' *OPQO. iii.

(9) FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA POR MARIA FABIANA BEZERRA MULLER - CRB8/6162 BIBLIOTECA DO INSTITUTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA - UNICAMP. Siqueira, Kellen Manoela, 1987Si75m SiqModelos dinâmicos para a produção de ATP em mitocôndrias / Kellen Manoela Siqueira. – Campinas, SP : [s.n.], 2012. SiqOrientador: Alberto Vazquez Saa. SiqDissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica. Siq1. Mitocôndria. 2. Fisiologia - Modelos matemáticos. 3. Adenosina trifosfato. I. Saa, Alberto Vazquez,1966-. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica. III. Título.. Informações para Biblioteca Digital Título em inglês: Dynamical models for ATP production in the mitochondria Palavras-chave em inglês: Mitochondria Physiology - Mathematical models Adenosine triphosphate Área de concentração: Matemática Aplicada Titulação: Mestra em Matemática Aplicada Banca examinadora: Alberto Vazquez Saa [Orientador] Hyun Mo Yang Marcus Aloizio Martinez de Aguiar Data de defesa: 24-10-2012 Programa de Pós-Graduação: Matemática Aplicada. iv. iv.

(10) v.

(11) vi.

(12) Dedicat´ oria. Dedico este trabalho a` minha m˜ae e a` minha v´o, Por serem compreensivas, fornecerem excelentes conselhos e apoiarem as minhas decis˜oes. Tamb´em por me ensinar que a educa¸ca˜o ´e, sim, importante e que, com a devida dedica¸c˜ao, as metas podem ser alcan¸cadas.. vii.

(13) viii.

(14) Agradecimentos. Agrade¸co a meu orientador, Alberto Saa, por ter me aceitado como aluna mesmo eu tendo vindo de uma a´rea distinta da sua linha de pesquisa usual. Agrade¸co, tamb´em, por todo o apoio fornecido ao longo do mestrado. Gostaria de agradecer aos funcion´arios do Imecc, que sempre estavam dispostos a ajudar. A os colegas da p´os-gradua¸ca˜o do Imecc, em particular `a Francielli, Luciana, Isabel e Rafael. Tamb´em aos colegas da f´ısica, em especial a` Carol e Tha´ıs, que acompanharam de perto toda a trajet´oria do mestrado. Agrade¸co, finalmente, ao CNPq pelo apoio financeiro.. ix.

(15) x.

(16) Ep´ıgrafe. ”Rien ne se perd, rien ne se cr´ee, tout se transforme” Antoine Laurent de Lavoisier. xi.

(17) xii.

(18) Resumo. O ATP (adenosina tri-fosfato) ´e uma mol´ecula chave para a fisiologia, atuando como fonte de energia para diversos processos celulares. O transporte ativo atrav´es de membranas, a condu¸ca˜o nervosa e a contra¸ca˜o muscular s˜ao alguns exemplos desses processos. Devido `a sua importˆancia para a fisiologia, o estudo da dinˆamica dos processos envolvidos na produ¸c˜ao de ATP ´e de extrema importˆancia. A produ¸ca˜o de ATP se inicia no citoplasma celular e ´e seguida por uma etapa que ocorre na mitocˆondria, uma organela celular que possui as enzimas necess´arias para catalisar as rea¸c˜oes de oxida¸c˜ao necess´arias para produ¸ca˜o de ATP. As rea¸c˜oes que ocorrem na mitocˆondria s˜ao as que determinam, de fato, a taxa com a qual o ATP ser´a produzido. O objetivo deste trabalho foi obter um modelo simples e fisiologicamente preciso para descrever as etapas mitocondriais da produ¸c˜ao de ATP e analisar alguns dos modelos j´a presentes na literatura. Trabalhamos com trˆes modelos: o modelo MK (de Magnus e Keizer), o de Cortassa e o de Bertram. O modelo MK ´e o mais preciso dentre eles, fornecendo resultados quantitativamente condizentes com os resultados experimentais. O de Cortassa ´e uma modifica¸ca˜o do modelo MK, incluindo maiores detalhes das rea¸co˜es envolvidas. Estes dois modelos, no entanto, s˜ao ambos complexos e n˜ao apropriados para simula¸co˜es do tipo whole cell onde as equa¸c˜oes para produ¸ca˜o de ATP s˜ao apenas uma parte pequena do modelo. Com o objetivo de obter um modelo mais simples, Bertram efetuou uma s´erie de modifica¸c˜oes no modelo MK. O modelo obtido ´e, de fato, mais simples, por´em verificamos que a resposta desse modelo n˜ao concordava quantitativamente (e, em alguns casos qualitativamente) com o modelo MK (e, consequentemente, com os dados experimentais). Sendo assim, buscamos novas modifica¸c˜oes de modo a obter um modelo que fosse simples, como o de Bertram, mas que tivesse um comportamento mais pr´oximo ao MK. Fizemos isso buscando novos parˆametros para as equa¸co˜es de Bertram e propondo novas equa¸co˜es simplificadas. Obtivemos, com isso, um modelo mais simples e fisiologicamente razo´avel, mas que ainda n˜ao concordava totalmente com o MK. Isso mostra que para obter um bom modelo n˜ao ´e poss´ıvel aproveitar a estrutura do modelo de Bertram. Palavras-chave: Produ¸ca˜o de ATP; Mitocˆondria; Modelo dinˆamico.. xiii.

(19) xiv.

(20) Abstract. ATP (adenosine triphosphate) acts as an ”energy currency”providing energy to several physiological processes. Active transport through membranes, nerve impulses and muscle contraction are examples of these processes. Due to it’s physiological importance the study of the dynamics of ATP production is quite relevant. ATP production starts in the cytoplasm and is followed by a phase that occurs in the mitochondria. This is a cell organelle that has the enzymes needed for catalyzing the reactions that lead to the ATP production. The processes that take place in the mitochondria are the ones that determine the rate of ATP production in the cell. The purpose of this work was to develop a simple and physiologically accurate model to describe the mitochondrial phase of ATP production and review some of the models already present in the literature. We worked with three models: MK’s (Magnus and Keizer), Cortassa’s and Bertram’s model. MK’s model is the most accepted among these models, because it is very complete and provides an accurate description of ATP production. Cortassa’s model is a modification of MK’s that includes a more detailed description of some of the processes. These two models, although complete, are complex and, therefore, unsuited for some simulations, such as whole cell models. Attempting to achieve a simpler model Bertram proposed some simplifications in MK’s equations. The model he obtained was, indeed, simpler, but when we studied it we saw that it didn’t agree with MK model quantitatively (and qualitatively in some cases). We then attempted to modify MK’s model in order to obtain a model that was simple, like Bertram’s, but as accurate as MK’s. We did this by searching for new parameters in Bertram’s equations and by proposing new simplified equations. We were, then, able to obtain a simpler and more physiologically accurate model. However this model still wasnt able to reproduce completely MK’s, what suggests that, in order to get a good model, one can’t use Bertram’s as a starting point. Key-words: ATP production; Mitochondria; Dynamical Model.. xv.

(21) xvi.

(22) Sum´ ario. Lista de Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxi Lista de Tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . x . xvii Lista de Siglas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .xxix Lista de S´ımbolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .xxxi Introdu¸c˜ ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 A biologia do problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3. 1.1. O ATP - Adenosina Trifosfato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3. 1.2. A produ¸c˜ao de ATP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6. 1.2.1. Etapa citoplasm´atica - Glic´olise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7. 1.2.2. Etapa mitocondrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10. 1.2.2.1. A mitocˆondria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10. 1.2.2.2. Ciclo do a´cido c´ıtrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11. 1.2.2.3. Fosforila¸c˜ao Oxidativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12. 1.2.3. Balan¸co da produ¸ca˜o de ATP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14. 1.2.4. Regula¸c˜ao da fosforila¸ca˜o oxidativa - papel do c´alcio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15. 2 Modelos Matem´ aticos para Produ¸c˜ ao de ATP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 2.1. Modelo MK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20. xvii.

(23) 2.2. Modelo de Cortassa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23. 2.3. Modelo de Bertram . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24. 2.4. Fun¸co˜es presentes nas equa¸co˜es dinˆamicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25. 2.4.1. Atividade do ciclo do a´cido c´ıtrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25. 2.4.1.1 2.4.2. Piruvato desidrogenase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Bomba de pr´otons - Complexo I a IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29. 2.4.2.1. Taxa de consumo de oxigˆenio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29. 2.4.2.2. Fluxo de pr´otons devido a` respira¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31. 2.4.3. F1F0-ATPase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31. 2.4.3.1. Fluxo de pr´otons pela ATP-sintetase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32. 2.4.3.2. Atividade da F1F0-ATPsintetase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33. 2.4.3.3. Leak de pr´otons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34. 2.4.4. Transportador de ATP/ADP (JAN T ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35. 2.4.4.1 2.4.5. Trocador de ATP/ADP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Transportadores de c´alcio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38. 2.4.5.1. Transportador uniporte de c´alcio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39. 2.4.5.2. Trocador Na/Ca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40. 2.4.6. Parˆametros presentes nos modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42. 3 Compara¸c˜ ao entre os Modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 3.1. Modelo de Bertram . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50. 3.2. Modelo MK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56. 3.3. Modelo de Cortassa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58. 3.4. Modelo de Cortassa errado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65. 3.5. Compara¸c˜ao do modelo MK com os modelos de Cortassa e de Bertram . . . . . . . . . 67 xviii.

(24) 4 Modifica¸co ˜es propostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 4.1 4.1.1. Novos parˆametros para o Modelo de Bertram . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Ajuste dos parˆametros a partir da superf´ıcie de resposta das fun¸c˜oes - Modifica¸c˜ao I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69. 4.1.2. Ajuste dos parˆametros a partir do ponto de equil´ıbrio - Modifica¸c˜ao II . . . . . . . . 74. 4.1.3. Pontos de equil´ıbrio para outros valores de [Ca]c e [F BP ]c . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76. 4.2. Novas equa¸c˜oes simplificadas - Modifica¸ca˜o III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78. Conclus˜ oes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Referˆ encias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Apˆ endice A -- Artigo resultante deste trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87. xix.

(25) xx.

(26) Lista de Figuras. Figura 1. Ilustra¸ca˜o da estrutura do ATP.. Figura 2. Ilustra¸ca˜o do bomba de s´odio/pot´assio.. Figura 3. Ilustra¸c˜ao das etapas envolvidas na produ¸ca˜o de ATP a partir de glicose, amino´acidos e a´cidos graxos.. Figura 4. .................................. 5. ............................................. 7. Ilustra¸c˜ao das etapas envolvidas na produ¸ca˜o de ATP a partir de glicose, amino´acidos e a´cidos graxos.. Figura 5. ......................................... 4. ............................................. 8. Ilustra¸c˜ao das etapas envolvidas na produ¸ca˜o de ATP a partir de glicose, amino´acidos e a´cidos graxos.. ............................................. 9. Figura 6. Ilustra¸ca˜o da estrutura de uma mitocˆondria.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11. Figura 7. Ilustra¸ca˜o das etapas de produ¸c˜ao de ATP que ocorrem na mitocˆondria.. Figura 8. Rea¸co˜es presentes no ciclo do a´cido c´ıtrico.. Figura 9. Cadeia transportadora de el´etrons e ATP-sintetase.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14. Figura 10 Produ¸ca˜o de ATP pela ATP-sintetase no processo de fosforila¸ca˜o oxidativa.. xxi. . 12. 15.

(27) Figura 11 Ilustra¸c˜ao da incluˆencia do c´alcio na produ¸ca˜o de ATP.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17. Figura 12 Representa¸ca˜o esquem´atica dos processos eltrofisiol´ogicos e metab´olicos relevantes para a produ¸ca˜o de ATP de acordo com o modelo de CORTASSA et al... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23. Figura 13 Ilustra¸c˜ao dos inputs e outputs do modelo de BERTRAM et al... . . . . . . . . . 24. Figura 14 Compara¸c˜ao entre a fun¸c˜ao f ([Glc]) do artigo de MK (vermelho) e a vers˜ao apresentada no modelo de Bertram (verde).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27. Figura 15 Comportamento da fun¸ca˜o JP DH (taxa de atua¸c˜ao do ciclo do ´acido c´ıtrico) de acordo com o valor de [Ca]m e [N ADH]m . (A) Superf´ıcie de resposta avaliada usando o software Mathematica, Modelo de Bertram em verde e modelo MK em vermelho; (B) Curvas presentes no artigo de BERTRAM et al., Modelo de Bertram corresponde `a linha pontilhada e Modelo MK `a linha s´olida.. . 28. Figura 16 Comportamento da fun¸ca˜o Jo (taxa de consumo de oxigˆenio - oxida¸c˜ao de NADH) de acordo com o valor de ∆Vm e [N ADH]m . (A) Superf´ıcie de resposta avaliada usando o software Mathematica, Modelo de Bertram em verde e modelo MK em vermelho; (B) Curvas presentes no artigo de BERTRAM et al., Modelo de Bertram corresponde `a linha pontilhada e Modelo MK `a linha s´olida.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30. Figura 17 Comportamento da fun¸ca˜o JHbomba (taxa de eje¸ca˜o de pr´otons pela bomba de pr´otons) de acordo com o valor de ∆Vm e [N ADH]m . (A) Superf´ıcie de resposta avaliada usando o software Mathematica, Modelo de Bertram em verde e modelo MK em vermelho; (B) Curvas presentes no artigo de BERTRAM et al., Modelo de Bertram corresponde `a linha pontilhada e Modelo MK `a linha. xxii.

(28) s´olida.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32. Figura 18 Comportamento da fun¸c˜ao JHAT P (taxa de passagem de pr´otons pela ATPsintetase) de acordo com o valor de ∆Vm e [AT P ]m . (A) Superf´ıcie de resposta avaliada usando o software Mathematica, Modelo de Bertram em verde e modelo MK em vermelho; (B) Curvas presentes no artigo de BERTRAM et al., Modelo de Bertram corresponde `a linha pontilhada e Modelo MK `a linha s´olida.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33. Figura 19 Comportamento da fun¸ca˜o JF1 F0 (taxa de produ¸c˜ao de ATP pela bomba de pr´otons) de acordo com o valor de ∆Vm e [AT P ]m . (A) Superf´ıcie de resposta avaliada usando o software Mathematica, Modelo de Bertram em verde e modelo MK em vermelho; (B) Curvas presentes no artigo de BERTRAM et al., Modelo de Bertram corresponde `a linha pontilhada e Modelo MK `a linha s´olida.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34. Figura 20 Resposta da fun¸ca˜o JAN T do modelo MK tal como apresentada no artigo M K−Cortassa MK de MK (JAN - azul) e de Bertram T - vermelho), de Cortassa (JAN T M K−Bertram (JAN - verde) em rela¸c˜ao a raz˜ao [AT P ]m /[ADP ]m e da voltagem T. ∆Vm. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36. Figura 21 Resposta da vers˜ao simplificada de Bertram para a fun¸c˜ao JAN T (J Bertram MK - laranja) e desta fun¸ca˜o tal qual apresentada no artigo de de MK (JAN T M K−Cortassa M K−Bertram vermelho), de Cortassa (JAN - azul) e de Bertram (JAN T T. verde) em rela¸ca˜o a concentra¸ca˜o [ADP ]m e da voltagem ∆Vm. . . . . . . . . . . 38. Figura 22 Comportamento da fun¸c˜ao Jant (trocador de ATP/ADP) de acordo com o valor de ∆Vm e RATm = [AT P ]m /[ADP ]m . (A) Superf´ıcie de resposta avaliada usando o software Mathematica, Modelo de Bertram em verde e modelo MK em vermelho; (B) Curvas presentes no artigo de BERTRAM et al., Modelo de Bertram corresponde `a linha pontilhada e Modelo MK `a linha s´olida.. xxiii. . 39.

(29) Figura 23 Comportamento da fun¸ca˜o Juni (transportador uniporte de c´alcio) de acordo com o valor de ∆Vm . (A) Superf´ıcie de resposta avaliada usando o software Mathematica, Modelo de Bertram em verde e modelo MK em vermelho; (B) Curvas presentes no artigo de BERTRAM et al., Modelo de Bertram corresponde `a linha pontilhada e Modelo MK `a linha s´olida.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40. Figura 24 Resposta da vers˜ao simplificada de Bertram para a fun¸c˜ao JN aCa (JNBertram aCa K laranja) a vers˜ao do modelo MK(JNMaCa - vermelho) e a do modelo de Cortassa. tal qual apresentada no artigo de Cortassa (JNCortassa - azul) e no de Bertram aCa Cortassa−Bertram (JAN - verde) em rela¸c˜ao a concentra¸ca˜o [Ca]m e da voltagem T. ∆Vm .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41. Figura 25 Comportamento da fun¸ca˜o jN a/Ca (trocador de s´odio/c´alcio) de acordo com o valor de ∆Vm e [Ca2+ ]m . (A) Superf´ıcie de resposta avaliada usando o software Mathematica, Modelo de Bertram em verde e modelo MK em vermelho; (B) Curvas presentes no artigo de BERTRAM et al., Modelo de Bertram corresponde `a linha pontilhada e Modelo MK a` linha s´olida.. . . . . . . . . . . . . . . 42. Figura 26 Mapa dinˆamico para modelo de Bertram nas proximidades do ponto A. Conforme pode ser observado, embora o ponto A seja est´avel ele s´o ´e alcan¸cado por condi¸c˜oes iniciais n˜ao fisiol´ogicas.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54. Figura 27 Mapa dinˆamico para modelo de Bertram nas proximidades do ponto C.. . . 55. Figura 28 Mapa dinˆamico para modelo MK nas proximidades do ponto de equil´ıbrio.. 57. Figura 29 Mapa dinˆamico para modelo de Cortassa nas proximidades do ponto de equil´ıbrio.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59. xxiv.

(30) Figura 30 Mapa dinˆamico para modelo de Cortassa na forma correta nas proximidades do ponto de equil´ıbrio A.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63. Figura 31 Mapa dinˆamico para modelo de Cortassa na forma correta nas proximidades do ponto de equil´ıbrio C.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64. Figura 32 Modelo de Bertram (verde), modelo MK (vermelho), modelo de Cortassa (amarelo) e modelo de Cortassa tal como apresentado no artigo de Bertram (azul). (a) [Ca]m (µM ); (b) ∆V (mV ) ; (c) [N ADH](mM ); (d) [ADP ](mM ). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68. Figura 33 Modelo de Bertram com valores alterados para os parametros (verde) e modelo MK (vermelho).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70. Figura 34 Modelo de Bertram modificado usando os parˆametros presentes na Tabela 7 (verde) e modelo MK (vermelho).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72. Figura 35 Modelo de Bertram modificado usando os parˆametros presentes na Tabela 8(verde) e modelo MK (vermelho).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75. Figura 36 Modelo de Bertram com valores alterados para os parametros apresentados na Tabela 8 (azul) e modelo MK (vermelho).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76. Figura 37 Valor de equil´ıbrio da concentra¸ca˜o de ATP na mitocondria de acordo com o valor de [Ca]c e [F BP ]c . (a) modelo MK; (b) modelo de Bertram; (c) [N ADH](mM ); (d) [ADP ](mM ).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77. Figura 38 Modelo de Bertram modificado usando os parˆametros presentes na Tabela 9(verde) e modelo MK (vermelho). xxv. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79.

(31) Figura 39 Valor de equil´ıbrio da concentra¸ca˜o de ATP na mitocondria de acordo com o valor de [Ca]c e [F BP ]c .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80. xxvi.

(32) Lista de Tabelas. Tabela 1. Balan¸co da quantidade de ATP produzido pela glic´olise e fosforila¸ca˜o oxidativa.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16. Tabela 2. Parˆametros no modelo de MAGNUS; KEIZER.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43. Tabela 3. Parˆametros no modelo de CORTASSA et al... Tabela 4. Parˆametros no modelo de CORTASSA et al. (continua¸ca˜o).. Tabela 5. Parˆametros no modelo de BERTRAM et al... Tabela 6. Pontos de equil´ıbrio dos trˆes modelos avaliados. Tabela 7. Parˆametros do modelo de Bertram e obtidos pelo ajuste da superf´ıcie de. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67. resposta das fun¸co˜es presentes no modelo com o modelo MK. Tabela 8. . . . . . . . . . . . . 71. Parˆametros do modelo de Bertram modificado e obtidos pelo ajuste para o ponto de equil´ıbrio do modelo MK. Tabela 9. . . . . . . . . . . . . . . 45. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74. Parˆametros do modelo de Bertram e obtidos pela vers˜ao deste modelo onde a equa¸ca˜o para JU N I modificada para a express˜ao 4.1 e usando JAN T do modelo MK.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78. xxvii.

(33) xxviii.

(34) Lista de Siglas. ATP. adenosina trifosfato, do inglˆes adenosine triphosphate. ADP. adenosida difosfado. PFK. fosfo-frutoquinase, do inglˆes phospho-fuctokinase-1. GPDH. gliceralde´ıdo 3-fosfato desidrogenase, do inglˆes glyceraldehyde 3-phosphate dehydrogenase. N AD+. hidreto de nicotinamica de adenina, do inglˆes nicotinamide adenine dinucleotide. N ADH. hidreto de nicotinamica de adenina, do inglˆes nicotinamide adenine dinucleotide. acetil-CoA acetil-coenzima-A PDH. piruvato desidrogenase. F AD. dinucleot´ıdeo de flavina e adenina, do inglˆes flavin adenine dinucleotide. GTP. guanosina trifosfato, do inglˆes guanosine triphosphate. AMP. Adenosina mono-fosfato. xxix.

(35) xxx.

(36) Lista de S´ımbolos. N a+. s´odio. K+. pot´assio. Pi. fosfato. H+. pr´orons. O2. oxigˆenio. Ca2+. c´alcio. ∆V. diferen¸ca de voltagem na membrana interna da mitocˆondria. [Ca2+ ]m. concentra¸c˜ao de c´alcio na matriz mitocondrial. [N ADH]m concentra¸c˜ao de NADH na matriz mitocondrial [ADP ]m. concentra¸c˜ao de ADP na matriz mitocondrial. JP DH. atividade da piruvato desidrogenase. Jo. atividade da cadeia respirat´oria. JAN T. atividade do trocador ATP/ADP. JF 1 F 0. atividade da ATP sintetase. Juni. atividade do transportador uniporte de c´alcio. JN a+ /Ca2+ atividade do trocador de s´odio/c´alcio JH,res. fluxo de pr´otons por bombas de pr´otons na mitocondria da cadeia transportadora de el´etons. JH,atp. fluxo de pr´otons atrav´es da ATP-sintetase. JH,leak. fluxo de pr´otons por difus˜ao pela membrana. Cmito. capacitˆancia da membrana mitocondrial interna. [Ca2+ ]c. concentra¸c˜ao de c´alcio no citoplasma xxxi.

(37) [ADP ]c. concentra¸c˜ao de ADP no citoplasma. ∆Vc. diferen¸ca de potencial na membrana celular. IKdr. corrente na membrana citoplasmatica devido ao canal de pot´assio voltagem dependente. IK,AT P. corrente na membrana citoplasmatica devido ao canal de pot´assio ativado por ATP. ICa,f. corrente na membrana citoplasmatica devido ao canal de c´alcio de inativa¸ca˜o r´apida. ICa,s. corrente na membrana citoplasmatica devido ao canal de c´alcio de inativa¸ca˜o lenta. IN S. corrente na membrana citoplasmatica devido ao canal de c´alcio n˜ao seletivo. Jhyd. taxa de hidr´olise do ATP citoplasm´atico originando ADP. [Glc]. concentra¸ca˜o de glicose no citoplasma. [F BP ]. concentra¸c˜ao de frutose bi-fosfato. [FBP]. concentra¸ca˜o de frutose bi-fosfato. xxxii.

(38) 1. Introdu¸ c˜ ao. Diversos processos fisiol´ogicos necessitam de energia para ocorrer. A condu¸c˜ao de impulsos nervosos e a exocitose de ves´ıculas, por exemplo, necesitam que ocorra o transporte de ´ıons contra um gradiente eletroqu´ımico. Isso s´o ´e poss´ıvel se houver um fornecimento de energia. A contra¸ca˜o muscular fornece outro exemplo de um processo que demanda energia (GUYTON; HALL, 2006) E de onde vem esta energia? Essencialmente ela ´e fornecida pelos alimentos que ingerimos. Este ´e metabolizado e a energia obtida ´e usada para fosforilar mol´eculas de adenosina di-fosfato (ADP) originando a adenosina tri-fosfafo (ATP). O ATP ´e muitas vezes chamado de moeda de energia pois pode ser rapidamente quebrado em ADP e fosfato, liberando energia. Estima-se que em 24 horas uma massa de ATP equivalente ao seu peso corporal ´e produzida e consumida pelas c´elulas. (TORNROTH-HORSEFIELD; NEUTZE, 2008) O processo de produ¸ca˜o de ATP ´e controlado de acordo com as necessidades energ´eticas das c´elulas. Se h´a um fornecimento maior que o consumo de energia, outras vias que n˜ao levem `a produ¸c˜ao de ATP podem ser acionadas. Ocorre, ent˜ao, a produ¸c˜ao de glicogˆenio e/ou lip´ıdeos, que atuam como reservas de energia. Estas reservas s˜ao armazenadas no f´ıgado e m´ usculos (glicogˆenio) e tecido adiposo (lip´ıdeos) e s˜ao mobilizadas pelo corpo apenas quando h´a falta de energia nas c´elulas. A primeira forma de armazenamento (glicogˆenio) origina dep´ositos que s˜ao mobilizados mais rapidamente.(NELSON; COX, 2008) O ATP ´e produzido em todas as c´elulas sendo que nas eucari´oticas a sua produ¸c˜ao segue duas etapas. A primeira ocorre no citoplasma celular e tem como produto mol´eculas de piruvato. Para carboidratos esta etapa ´e chamada de glic´olise. Lip´ıdeos e amino´acidos podem, tamb´em, ser convertidos em piruvato no citoplasma. A segunda etapa ocorre na mitocˆondria. (NELSON; COX, 2008) A mitocˆondria ´e uma organela celular que possui dois ambientes distintos, chamados de matriz mitocˆondrial e espa¸co intermembrana. Esses ambientes s˜ao separados um do.

(39) outro atrav´es de uma membrana lip´ıdica (a membrana interna) e o espa¸co intermembrana ´e separado do citoplasma celular pela membrana externa. A matriz mitocˆondrial possui as enzimas necess´arias para dar continuidade ao processo de produ¸c˜ao de ATP e a sua membrana interna possui uma prote´ına transmembrana que efetua a convers˜ao de ADP em ATP. O ATP produzido ´e, ent˜ao, transportado para o citoplasma. As rea¸co˜es que ocorrem na mitocˆondria s˜ao as que determinam, de fato, a taxa com a qual o ATP ser´a produzido. (NELSON; COX, 2008) A modelagem matem´atica desse processo foi inicialmente feita por Magnus e Keizer em uma s´erie de artigos em 1997 e 1998 ((MAGNUS; KEIZER, 1997), (MAGNUS; KEIZER, 1998a)). Nestes artigos eles apresentaram um modelo que descreve em detalhes o processo, no qual a taxa de rea¸ca˜o de todas as etapas cruciais foram inclu´ıdas. (MAGNUS; KEIZER, 1997) O modelo MK ´e detalhista e descreve bem a produ¸ca˜o de ATP, mas ele apresenta equa¸co˜es bastante complexas. Com isso pode ser dif´ıcil extrair propriedades do modelo. A verifica¸c˜ao se um determinado fluxo ir´a aumentar ou diminuir quando o valor de uma vari´avel ´e alterada, por exemplo, pode ser mascarado pela complexidade das equa¸co˜es. Al´em disso, quando se deseja fazer simula¸co˜es do tipo whole cell, nas quais a produ¸c˜ao de ATP ´e uma pequena parte do modelo, o modelo MK pode ser problem´atico. (BERTRAM et al., 2006). Para tentar obter um modelo mais simples Bertram propˆos algumas modifica¸c˜oes no modelo MK ((BERTRAM et al., 2006)). O modelo que ele obteve apresenta equa¸co˜es mais simples e de f´acil interpreta¸ca˜o. No entanto, pelo que verificamos na literatura, uma compara¸ca˜o detalhada do modelo de Bertram com o modelo MK ainda n˜ao tinha sido feita. Esse foi um dos objetivos deste trabalho: avaliar se as simplifica¸co˜es propostas por Bertram n˜ao alteraram o comportamento do modelo. Tendo feito isso, e encontrado algumas n˜ao concordˆancias, buscamos construir um novo modelo que reproduzisse bem o de MK (e, consequentemente, o comportamento fisiol´ogico) mas mantivesse a simplicidade do de Bertram.. 2.

(40) 1 A biologia do problema. 3. Cap´ıtulo 1 A biologia do problema Neste cap´ıtulo procurar-se-´a justificar a importˆancia do estudo da taxa de produ¸c˜ao da mol´ecula de ATP apresentando alguns dos diversos processos fisiol´ogicos nos quais o ATP ´e um participante fundamental. A seguir o processo de produ¸ca˜o de ATP ser´a descrito em termos fisiol´ogicos.. 1.1. O ATP - Adenosina Trifosfato Muitos dos processos fisiol´ogicos que ocorrem no nosso corpo necessitam de energia,. que ´e obtida a partir dos alimentos que ingerimos e ´e armazenada nas c´elulas na forma de mol´eculas de adenosina tri-fosfato (ATP ). O ATP ´e um nucleot´ıdeo composto de uma base nitrogenada (adenina), um anel de a¸cu ´car pentose (ribose) e trˆes radicais de fosfato (Figura 1). Os dois radicais de fosfato mais externos est˜ao conectados com o restante da mol´ecula por liga¸c˜oes quimicas chamadas de liga¸c˜oes de fosfato de alta energia (representado na Figura 1 pelo s´ımbolo ∼). Sob as condi¸c˜oes f´ısicas e qu´ımicas do corpo cada uma destas liga¸co˜es. armazena certa de 12.000 calorias por mol de ATP, uma energia superior ao usualmente armazenado em uma liga¸ca˜o qu´ımica, o que justifica o nome desta liga¸ca˜o (GUYTON; HALL, 2006). Al´em disso, as liga¸c˜oes de fosfato de alta energia s˜ao muito l´abeis, de modo que podem ser instantaneamente quebradas sempre que energia ´e necess´aria para promover alguma rea¸c˜ao intracelular. Quando um dos radicais de fosfato ´e removido da mol´ecula, o ATP.

(41) se of these membranes and ATP. Then, ATP, not the original foodstuffs, is used membranes as they are used throughout the cell to energize almost all the subsemembrane loses much of its quent intracellular metabolic reactions. orms a phagocytic or pinocyular membranes1.1 of the Golgi Functional O ATP - Adenosina TrifosfatoCharacteristics of ATP plenish the cell membrane. branous system of the endoGolgi apparatus represents a NH2 apable of forming new intraC N as secretory substances to be N Adenina C Adenine HC CH C O O O N N CH O P O ~ P O ~ P Ofrom Nutrients— O. 4. 2. chondria. C H. H C. O-. OPhosphate Fosfato. O-. s from which cells extract H C C H that react chemically with OH OH fats, and proteins. In the Ribose all carbohydrates are conRibose he digestive tract and liver Adenosine triphosphate er cells of the body. Similarly, Figura 1: Ilustra¸c˜ao da estrutura do ATP. nto amino acids and fats into Fonte: (GUYTON; HALL, 2006, p.32). ATP is a nucleotide composed of (1) the nitrogenous shows oxygen and the foodbase adenine, (2) the pentose sugar ribose, and (3) s, and amino acids—all enterthree phosphate radicals. The last two phosphate rade cell, the foodstuffs react are connected with(adenosina the remainder of the molecule libera sua energia eicals h´a forma¸ c˜ao de ADP di-fosfato). A quebra dessa liga¸c˜ao ´e n, under the influence of by so-called high-energy phosphate bonds, which are e reactions and usada channel thefonte de energia em, virtualmente, todas as demais fun¸c˜oes celulares como (GUYTON; represented in the formula above by the symbol ~. oper direction. The details of UnderCOX, the 2008). physical and exemplos chemicalencontram-se conditions of the HALL, 2006; NELSON; Alguns a seguir. body, each of these high-energy bonds contains about 12,000 calories of energy per mole of ATP, which is many times para greater than the energy stored in the ATP fornece energia a s´ıntese de importantes componentes celulares average chemical bond, thus giving rise to the term 2ATP high-energy bond. Further, theahigh-energy phosphate Prote´ınas correspondem a cadeias de amino´ cidos unidos entre si por liga¸co˜es pept´ıdicas bond is very labile, so that it can be split instantly on Pyruvic acid e executam diversas fun¸co˜es whenever celulares como cat´ais liserequired de rea¸co˜es, demand energy to controle promotedo transporte de other intracellular reactions. 36 ADP etoacetic mol´ eculas dentro da c´elula e atrav´es de membranas (GUYTON; HALL, 2006). A s´ıntese id When ATP releases its energy, a phosphoric acid Acetyl-CoAprot´ eica ocorre em radical uma estrutura celular chamada de ribossomo, onde uma maquinaria cais split away, and adenosine diphosphate (ADP) is formed. This released energy is used virtalisa a liga¸ca˜o entre amino´acidos. A forma¸ ca˜o destas liga¸cto o˜esenergize requer energias que podem tually all of the cell’s other functions, such as syntheAcetyl-CoAvariar entre 500-5000 calorias por mol, de acordo com os amino´ acidos usados. Esta energia sis of substances and muscular contraction. O2 ´eADP obtida pela quebra de co˜es de fosfato alta energia (GUYTON; To liga¸ reconstitute the de cellular ATP as it is usedHALL, up, 2006). ATP CO2+H2O energy derived from the cellular nutrients causes ADP O ATP tamb´ emphosphoric fornece energia a s´ıntese de a partir and acid para to recombine to glicose form new ATP,do ´acido l´atico e and the entire process repeats over and over again. For do ATP ´e usada s´ıntese de ´acidos graxos a partir da acetil-coenzima A. Al´em disso, a energia these reasons,ATP has been called the energy currency 36 ATP H 2O para a s´ıntese de colesterol, fosfolip´ ıdios,it hormˆ onios, etc.and Mesmo a ur´ eia excretada pelos rins of the cell because can be spent remade continMitochondrion ually,serhaving a turnover time of only a few minutes. necessita de ATP para formada a partir de amˆ onia (GUYTON; HALL, 2006; NELSON; Nucleus COX, 2008).. osphate (ATP) in the cell, showing d in the mitochondria. ADP, adeno-. Chemical Processes in the Formation of ATP—Role of the Mitochondria. On entry into the cells, glucose is sub-. jected to enzymes in the cytoplasm that convert it into pyruvic acid (a process called glycolysis). A small amount of ADP is changed into ATP by the energy released during this conversion, but this amount.

(42) 1.1 O ATP - Adenosina Trifosfato. 5. ATP fornece energia para a contra¸c˜ ao muscular A contra¸ca˜o muscular ´e efetuada por fibras musculares. Um dos seus componentes dessas fibras ´e a prote´ına contr´atil miosina. Ela atua como uma enzima quebrando ATP em ADP obtendo, assim, a energia necess´aria para a contra¸c˜ao. Apenas uma pequena quantidade de ATP ´e usada pelas c´elulas musculares na ausˆencia de contra¸c˜ao, mas esta quantidade pode aumentar em at´e 150 vezes durante uma contra¸c˜ao vigorosa (GUYTON; HALL, 2006).. ATP fornece energia para transporte ativo atrav´ es de membranas Muitas vezes ´e necess´ario que seja efetuado o transporte de substˆancias (´ıons, glicose, amino´acidos, etc) contra um gradiente eletroqu´ımico. Para se opor a este gradiente e efetuar o transporte precisa-se de energia, a qual ´e fornecida pelo ATP. Na Figura 2 encontra-se uma ilustra¸ca˜o da bomba de s´odio-pot´assio que faz uso do ATP para transportar ions de s´odio (N a+ ) para o exterior da c´elula e de pot´assio (K + ) para o interior. Neste processo uma mol´ecula de ATP ´e gasta para cada 3N a+ e 2K + transportados. Chapter 4. Transport of Substances Through the Cell Membrane. and Secondary Active Transport.. 3Na+. 53. Outside ed into two types according to Fora y used to cause the transport: 2K+ t and secondary active transransport, the energy is derived wn of adenosine triphosphate high-energy phosphate comctive transport, the energy is m energy that has been stored concentration differences of ionic substances between the ATPase mbrane, created originally by t. In both instances, transport 3Na+ ADP ATP ins that penetrate through the + Dentro + Inside rue for facilitated diffusion. 2K Pi port, the carrier protein funche carrier in facilitated diffuFigure 4–11 Figura 2: Ilustra¸c˜ao do bomba de s´odio/pot´assio. le of imparting energy to the Postulated mechanism of the HALL, sodium-potassium pump. ADP, Fonte: (GUYTON; 2006, p.53). o move it against the electroadenosine diphosphate; ATP, adenosine triphosphate; Pi, lowing are some examples phosphate ion. nsport and secondary active etailed explanations of their and energia three sodium bind the inside, the ATPase ATP fornece paraions secre¸ c˜ aoon glandular function of the protein becomes activated. This then onedomolecule of de ATP, splitting to adenosine Os mesmoscleaves princ´ıpios transporte substˆ ancias itcontra o seu gradiente se aplicam diphosphate (ADP) and liberating a high-energy sport phosphate bond of energy. This liberated energy is then believed to cause a chemical and conformational ump change in the protein carrier molecule, extruding the hat are transported by primary.

(43) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 6. para secre¸c˜ao glandular. Neste processo ´e necess´ario concentrar substˆancias em ves´ıculas para que as c´elulas glandulares as secretem. Al´em disso, energia ´e necess´aria para sintetizar muitos dos componentes orgˆanicos que s˜ao secretados nestas ves´ıculas (GUYTON; HALL, 2006).. ATP fornece energia para a condu¸c˜ ao nervosa em neurˆ onios A energia usada durante a propaga¸c˜ao de um impulso nervoso ´e proveniente de energia potencial armazenada na forma de diferen¸ca de concentra¸ca˜o de ´ıons atrav´es da membrana celular dos neurˆonios. Estes ´ıons s˜ao o pot´assio, K + , que apresenta alta concentra¸c˜ao dentro da c´elula e baixa fora, e o s´odio, N a+ , que apresenta alta concentra¸c˜ao fora da c´elula e baixa concentra¸c˜ao dentro. A energia usada na propaga¸c˜ao dos impulsos nervosos ´e obtida desta energia potencial com a transferˆencia de pequenas quantidades de pot´assio para fora e de s´odio para dentro da c´elula. O transporte de s´odio e pot´assio de volta para suas concentra¸co˜es iniciais (antes do impulso), e manuten¸ca˜o dessas concentra¸c˜oes, s˜ao feitos de modo ativo pela bomba de s´odio/pot´assio (ver Figura 2), a qual obtem energia a partir do ATP (GUYTON; HALL, 2006; NELSON; COX, 2008).. Estes exemplos deixam claro que o ATP ´e uma mol´ecula chave para o metabolismo como um todo o que justifica o interesse no estudo da dinˆamica de produ¸c˜ao de ATP.. 1.2. A produ¸c˜ ao de ATP Os alimentos s˜ao as principais fontes da energia usada para converter ADP e fosfato. em ATP. No corpo humano, essencialmente todos os carboidratos absorvidos s˜ao convertidos em glicose pelo trato digestivo e f´ıgado antes de atingir as demais c´elulas do corpo. De maneira similar, proteinas e lip´ıdeis s˜ao convertidos em amino´acidos e a´cidos graxos, respectivamente. Estes s˜ao internalizados pelas c´elulas e, ent˜ao, sofrem uma s´erie de rea¸co˜es, sob a influˆencia de enzimas que que as controlam. Estas rea¸c˜oes culminam na produ¸c˜ao de ATP, conforme ilustrado na Figura 3 (GUYTON; HALL, 2006). Nas se¸c˜oes a seguir, a via metab´olica da glicose ser´a descrita..

(44) fatty acids. Figure 2–14 shows oxygen and the foodstuffs—glucose, fatty acids, and amino acids—all entering the cell. Inside the cell, the foodstuffs react chemically with oxygen, under the influence of enzymes that control the reactions and channel the energy released in the proper direction. The details of. 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 2ADP Glucose. Gl. Fatty acids. FA. Amino acids. AA. 2ATP Pyruvic acid. Acetoacetic acid. 36 ADP Acetyl-CoA. Acetyl-CoA O2. O2. CO2. CO2. H2O. O2. ADP. CO2+H2O. ATP. H 2O. 36 ATP. Mitochondrion. 22. Nucleus. Cell membrane. Figure 2–14. base adenine, (2) the pentose sug three phosphate radicals. The last tw icals are connected with the remaind by so-called high-energy phosphate represented in the formula above Under the physical and chemical body, each of these 7 high-energy bon 12,000 calories of energy per mole many times greater than the ene average chemical bond, thus givin high-energy bond. Further, the high bond is very labile, so that it can be demand whenever energy is requ other intracellular reactions. When ATP releases its energy, radical is split away, and adenosine d is formed. This released energy is us tually all of the cell’s other functio sis of substances and muscular cont To reconstitute the cellular ATP energy derived from the cellular nut and phosphoric acid to recombine and the entire process repeats over a these reasons,ATP has been called t of the cell because it can be spent a ually, having a turnover time of onl. Chemical Processes in the Formation Mitochondria. On entry into the cel. jected enzymes in the cytoplas Figura 3: Ilustra¸c˜ao das etapas envolvidas na produ¸ca˜o de ATP a partir detoglicose, into pyruvic acid (a process called g Formation of adenosine triphosphate (ATP) in the cell, showing amino´ acidos e a´cidos graxos. amount of ADP is changed into A that most of the ATP is formed in the mitochondria. ADP, adenoFonte: (GUYTON; HALL, 2006, p.22). sine diphosphate.. 1.2.1. released during this conversion,. Etapa citoplasm´ atica - Glic´ olise As mol´eculas de glicose, uma vez presentes no citoplasma das c´elulas, sofrem uma. s´eria de rea¸co˜es catalizadas por enzimas, um processo chamado de glic´ olise. Este processo ´e constitu´ıdo de duas etapas: a etapa de preparat´oria e a de pagamento. A etapa preparat´ oria est´a ilustrada na Figura 4. Nesta etapa a glicose ´e, inicialmente, fosforilada pela a¸c˜ao da enzima hexoquinase, transformando-se em glicose-6-fosfato e consumindo 1 ATP no processo (passo 1). A glicose-6-fosfato ´e, ent˜ao, convertida em frutose6-fosfato (passo 2) a qual ´e fosforilada pela enzima fosfo-frutoquinase-1 (PFK) consumindo mais 1 ATP (passo3). A enzima aldolase, ent˜ao, atua quebrando a frutose 1,6-bisfosfato produzida na rea¸ca˜o anterior, em duas mol´eculas com trˆes carbonos cada (passo 4): gliceralde´ıdo- 3-fosfato e dihidroxi-acetona-fosfato. Este u ´ltimo ´e, por sua vez, convertido, tamb´em, em gliceralde´ıdo- 3-fosfato (passo 5) (NELSON; COX, 2008). O ganho de energia da glic´olise vem da fase de pagamento (Figura 5). Nesta etapa a enzima GPDH oxida e fosforila, usando fosfato inorgˆanico (Pi), a o gliceraldeido3-fosfato em gliceralde´ıdo 1-3-bisfosfato (passo 6). Nesta rea¸ca˜o N AD+ ´e convertido em N ADH. Energia ´e, ent˜ao, liberada, quando as duas mol´eculas de gliceralde´ıdo 1-3-bisfosfato.

(45) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 8. 1 4 . 1G l y c o l y s[rr is (a). Glucose. 6. Preparatory. phase. Phosphorylation of glucose and its conversion to glyceraldehyde 3-phosphate. first primins [) reaclon. HOH. Glucose 6-phosphate. 1l ll. e. rAr ll \?. ll. tl. /6\ \7. It Fructose 6-phosphate second priming reaction. Hexokinase Phosphohexo se lSOmerase. Phospho@ 1l'uctokinase1. (3J. Fructose 1,6-bisphosp hate. Glyceraldehyde 3-phosphate +. cHr-O-@. @ Aldolase /}' €,. Trrose phosphate lsomerase. //o ^ eFo-cH,-9H -c\ OHH. Dihydroxyacetone phosphate a-\ !D'. @-o-cur-c- cH,oH o Payoff phase. Figura 4: Ilustra¸c˜ao das etapas envolvidas na produ¸ca˜o de ATP a partir de glicose, amino´acidos e a´cidos graxos. Oxidative conversion of (FFo-cs,-c t-""o'H Glyceraldehyde 3-phosphate (2) Fonte: (NELSON; COX, 2008, p.529).. 3". 1,3-Bisphosphoglycerate(2). firstArF-. 1lr 2. forming reaction 61 lI (substratelwel v ll\ phosphorylatio o) ll,. -q. 3-Phosphoglyc er ate (2). 1l. glyceraldehyde 3-phosphate to pymvate and the coupled formation ofATP and NADH. Glyceraldehyde @ 3-phosphate dehydrogenase Phosphoglycerate kinase.

(46) lsomerase. 1.2 A produ¸ c˜ ao de ATP Glyceraldehy de 3-phosphate. //o ^ eFo-cH,-9H -c\. +. 9. OHH. phosphate Dihydroxyace s˜ao convertidas em tone piruvato (passos 7-10)(NELSON; COX, 2008). @-o-cur-c- cH,oH. o. a-\ !D'. Payoff phase Glyceraldehyde 3-phosphate (2). (FFo-cs,-c. t-""o'H. 3". 1,3-Bisphosphoglycerate(2). firstArF-. Glyceraldehyde @ 3-phosphate. 1lr 2. forming reaction 61 lI (substratelwel v ll\ phosphorylatio o) ll,. dehydrogenase. -q. Phosphoglycerate kinase. 3-Phosphoglyc er ate (2). 1l. @il It. 2-Phosphoglycerate(2). 1t. O - [ lb zn,o Phosphoenolpyruvate (2) secondATPf:*p-eI:"fi.'". lf 6b) [, (subgfiare-reve l l\. phosphoqdf,tion). ". 2 2. J. Pyruvate. (2). Oxidative conversion of glyceraldehyde 3-phosphate to pymvate and the coupled formation ofATP and NADH. CH"-CH-C(. J" J. 'o-. I (ry. Phosphoglycerate mutase @ Enolase. ,o cH,:f-c\ do-. I (ry. //o cH3-c-c\ do-. FIGURE of two ATPper moleculeof glucoseconvertedto pyruvate'The nu 14-2 The two phasesof glycolysis.Foreach moleculeof gluFigura 5: Ilustra¸c˜ao das etapas envolvidas na produ¸ca˜o de ATP a partir de glicose, beredreactionstepsare catalyzedby the enzymeslistedon the rig cosethat passesthroughthe preparatory phase(a), two moleculesof amino´acidos e a´cidos graxos. to the numberedheadingsin the text discuss alsocorrespond and glyceraldehy de 3-phosphate formed; are both passthroughthe payoff Fonte: (NELSON; COX, 2008, p.529). hereat @ h Keepin mind that eachphosphorylgroup,represented phase(b). Pyruvateisthe end productof the secondphaseof glycolysis. two negativecharges(-PO3_)' Foreachglucosemolecule,hvo ATPare consumedin the preparatory phaseand fourATPareproducedin the payoffphase,givinga netyield. O balan¸co da glic´olise ´e:. Glicose + 2ADP + 2N AD+ + 2P i −→ 2piruvatos + 2N ADH + 2H + + 2AT P + 2H2 O (1.1) Isto ´e, na glic´olise h´a um produ¸c˜ao l´ıquida de dois ATP’s por mol´ecula de glicose. Um n´ umero maior de mol´eculas de ATP ser´a produzido na fase seguinte, que ocorre na.

(47) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 10. mitocondria. Esta ser´a descrita na pr´oxima se¸c˜ao.. 1.2.2. Etapa mitocondrial O piruvato resultante da glic´olise ainda possui energia armazenada nas suas liga¸co˜es. qu´ımicas, a qual pode ser usada para produzir mais ATP’s. Ap´os a glic´olise o piruvato ´e transportado para a mitocˆondria, onde sofrer´a uma s´erie de rea¸c˜oes de oxida¸ca˜o-redu¸ca˜o. Antes de passar para esta etapa do processo de produ¸ca˜o de ATP conv´em revisar algumas caracter´ısticas da mitocˆondria que s˜ao relevantes para este processo. 1.2.2.1. A mitocˆ ondria A mitocˆondria ´e uma organela celular na qual ocorrem etapas importantes do pro-. cesso de s´ıntese de ATP. Sem elas as c´elulas seriam incapazes de extrair energia suficiente dos nutrientes e fun¸c˜oes celulares essenciais cessariam. As mitocˆondrias est˜ao presentes em todas as a´reas do citoplasma celular, mas o n´ umero total por c´elula varia de menos que 100 at´e milhares dependendo da demanda energ´etica da c´elula. Elas podem apresentar formato e tamanhos vari´aveis, sendo que algumas apresentam apenas alguns nanˆometros de diˆametro e estrutura globular, enquanto outras s˜ao alongadas e atingem 1 micrometro de diˆametro e 7 micrometros de comprimento (GUYTON; HALL, 2006). A estrutura b´asica da mitocˆondria, mostrada na Figura 6, corresponde a duas membranas constitu´ıdas de uma bicamada de fosfolip´ıdios e prote´ınas (membrana externa e membrana interna). O espa¸co dentro da membrana interna ´e chamado de matriz mitocondrial e aquele entre a membrana interna e externa ´e o espa¸co intermembrana (NELSON; COX, 2008). A membrana interna apresenta envergaduras e ´e imperme´avel para diversas mol´eculas pequenas e ´ıons. Nesta membrana est˜ao presentes algumas prote´ınas importantes para o processo de produ¸ca˜o de ATP, como a Cadeia Respirat´oria de El´etrons (Complexos I-IV), o Trocador de ATP/ADP e a F0 F1 -ATPSintetase (NELSON; COX, 2008). Na matriz mitocondrial se encontram diversas enzimas, incluindo o complexo piruvato desidrogenase e enzimas que participam do ciclo do a´cido c´ıtrico, etapas fundamentais na produ¸c˜ao de ATP.

(48) ed by a typical lipid bilayer with large numbers of small ers in diameter, which are Figure 2–6 many as 40 different hydroA hydrolytic 1.2 enzyme is A produ¸c˜ ao de Secretory ATP 11 granules (secretory vesicles) in acinar cells of the ganic compound into two or pancreas. hydrogen from a water mole compound and(NELSON; combiningCOX, 2008). J´a a membrana externa ´e perme´avel a pequenas mol´eculas e ´ıons. he water molecule with the ound. For instance, protein Membrana Externa Outer membrane amino acids, glycogen is Membrana Interna Inner membrane e, and lipids are hydrolyzed ycerol. Cristas Matriz Matrix Crests ne surrounding the lysosome hydrolytic enzymes from er substances in the cell and, digestive actions. However, ell break the membranes of lowing release of the digesmes then split the organic y come in contact into small, Oxidativeda Enzimas es such as amino acids and phosphorylation Fosforilação e specific functions of lysoenzymes Outer chamber Espaço Oxidativa in the chapter. Intermembrana Figure 2–7. 16 Structure a mitochondrion. (Modified EDP, Figura 6:ofIlustra¸ c˜ao da estrutura de from uma DeRobertis mitocˆondria. physically to lysosomes, but Saez FA, DeRobertis EMF: Cell Biology, 6th ed. Philadelphia: WB Fonte: (GUYTON; HALL, 2006, p.16). mportant ways. First, they are Saunders, 1975.) self-replication (or perhaps smooth endoplasmic reticuAs mitocˆondrias possuem a habilidade de se auto-replicar sempre que h´a uma maior e Golgi apparatus. Second, her than hydrolases. Several vesicles store protein (enzymes that are HALL, 2006). demanda de ATP pela c´elula. De fato, elasproenzymes possuem DNA pr´oprio (GUYTON; e of combining oxygen with not yet activated). The proenzymes are secreted later Al´em de serem organelas chave a produ¸ ca˜o de ATPinto as mitocˆ ndrias participam de diverrom different intracellular through thepara outer cell membrane the opancreatic en peroxide (H2O Hydro- fisiol´ duct thence intometabolismo the duodenum, whereentre they sos2).processos ogicos,and como apoptose, de lip´ıdeos, outras (NELSON; oxidizing substance and is become activated and perform digestive functions on COX, 2008). catalase, another oxidase the food in the intestinal tract. uantities in peroxisomes, to hat might otherwise be poiMitochondria ance, about half the alcohol The mitochondria, shown in Figures 2–2 and 2–7, are ed by the peroxisomes ofAs therea¸co˜escalled the “powerhouses” of the cell. envolvidas na etapa mitocondrial da s´Without ıntese de them, ATP est˜ao resumidas cells would be unable to extract enough energy from na Figura 7. O piruvato internalizado ´e convertidoallemcellular acetil-CoA que entra no ciclo do the nutrients, and essentially functions would a´cido c´ıtrico. Neste h´a a cease. produ¸ca˜o de mol´eculas de NADH que s˜ao oxidadas na membrana ctions of many cells is secreMitochondria are present in all areas of each cell’s mitocondrial e levam abut eje¸cthe ˜ao de pr´otons. Estes, vez, fazem substances. Almost all such interna cytoplasm, total number perpor cellsua varies from com que a ATP formed by the endoplasmic hundred to several depending sintetase converta less ADPthan em a ATP. Mais up detalhes destasthousand, rea¸co˜es ser˜ ao dadas a seguir. us system and are then on the amount of energy required by the cell. Further, pparatus into the cytoplasm the mitochondria are concentrated in those portions 1.2.2.2 Ciclo do athe cidocell c´ıtrico cles called secretory vesicles of´ that are responsible for the major share of ure 2–6 shows typical secreits energy metabolism. They are also variable in size creatic acinar cells; these and shape. Some are only few hundred O piruvato produzido na glic´ olise se adifunde para a nanometers matriz mitocondrial onde ´e convertido em acetil-CoA (acetil-coenzima-A) pela a¸ca˜o do complexo enzim´atico piruvato.

(49) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 12. Figura 7: Ilustra¸c˜ao das etapas de produ¸ca˜o de ATP que ocorrem na mitocˆondria. Fonte: Fvasconcellos, 2007. desidrogenase (PDH). A acetil-CoA entra, ent˜ao, no ciclo do ´ acido c´ıtrico onde sofre uma s´eria de rea¸co˜es de oxida¸c˜ao/redu¸c˜ao que culminam na produ¸ca˜o de N ADH e F ADH2 (forma reduzida do F AD, dinucleot´ıdeo de flavina e adenina). Para cada mol´ecula de acetil-CoA s˜ao produzidas 3 mol´eculas de N ADH, 1 de F ADH2 e uma de GTP (guanosina trifosfato) que armazena energia como o ATP. Estas rea¸co˜es est˜ao ilustradas na Figura 8. 1.2.2.3. Fosforila¸c˜ ao Oxidativa Os N ADH e F ADH2 produzidos no ciclo do ´acido c´ıtrico fornecem energia para. a s´ıntese de mol´eculas de ATP atrav´es do processo de fosforila¸c˜ ao oxidativa que ocorre na membrana interna da mitocˆondria, onde h´a um conjunto de prote´ınas transmembrana chamados de cadeia transportadora de el´ etrons (Figura 9). A fosforila¸c˜ao oxidativa inicia-se com a entrada de el´etrons na cadeia respirat´oria provenientes das rea¸co˜es de oxida¸ca˜o de N ADH em N AD+ e de F ADH2 em F AD. O fluxo desses el´etrons pelos carreadores de el´etrons da cadeia respirat´oria leval a` eje¸c˜ao de pr´otons (H + ) da matriz mitocondrial para o espa¸co intermembrana originando um gradiente.

(50) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 1 6 . 2R e a c t i oonftsh e( i t r i cA c i dC t l c l e. 13. [rrl. AcetyI-CoA. e. o tl. Cendensation. CH3+S*g-9o6. HO-. O:C-COO-. I. fiIxusCIoCI'ri. cH2-cooOxaloacetate nalate dehydrogcnase. cooI. HO-CH. I. Malate. CHz I. coo. coo I. Fumarate. CH. H-C-COO-. I I coo-. HC. HO-C-H. I coo succinatc dch,ydlogcnascr. rsocrtrate dehydrogenase. @. Isocitrate. @ Oxidative decarboxylation. Dehydrogenation. C. I. C. tr-ketoglutarate dc.hydrogenase compk:x. succinll-(loA synthetase. C Succinate. Coz. tc:o I coo a-Ketoglutarate. CoA-SH GTP (ATP). l-. CHO. C-S-CoA. GDP (ADP). o Succinyl-CoA. Coz. tPi lo, Substrate-level phosphorylation. @. .'... ..&i.darivb 4th*'bd*Yti,iislr. to a numberedheadingon pages622-628.The red FIGURE 15-7 Reactionsof the citric acid cvcle.The carbon atoms stepcorresponds arrowsshowwhereenergyis conservedby electrontransferto FADor shadedin pink arethosederivedfrom the acetateof acetyl-CoAin the NAD+, formingFADH2or NADH + H+. Stepse, @, and @ are firstturn of the cycle;thesearenot the carbonsreleasedas CO2 in the Fonte: (NELSON; 2008, p.621). The in the cell; all otherstepsare reversible. irreversible essentially first turn. Note that in succinateand fumarate,the two-carbon group COX, productof step @ may be eitherATPor CTP,dependingon which derivedfrom acetatecan no longerbe specificallydenoted;because isozymeis the catalyst. succinyl-CoAsynthetase succinateand fumarateare symmetricmolecules,C-1 and C-2 are indistinguishable from C-4 and C-3. The numberbesideeach reaction. Figura 8: Rea¸c˜oes presentes no ciclo do a´cido c´ıtrico.. de pr´otons. Neste processo h´a consumo de oxigˆenio (O2 ). (ycleHasEight TheCtricAcid Steps. transformations taking place as citrute formed from. In examiningthe eightsuccessive reactionstepsof the cit-. the energyof this oxidationis conservedin the reduced. CO2 oxidizedto yield oxaloacetateis passando Os pr´otons ejetados tendem a retornar a`acetyl-CoA matriz and mitocondrial, pelo Fand 1 F0 -. ATPase, a qual usa aspecial energia dos on pr´ otons para catalisar a convers˜ o de ADP em ATP (Figura NADH andaFADH2. coenz).rnes we place ric acid cycle, emphasis the chemical 10). O ATP produzido na mitocˆondria ´e, ent˜ao, transportado para o citoplasma pelo tro-.

(51) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 14. Figura 9: Cadeia transportadora de el´etrons e ATP-sintetase. Fonte: WWW.BROOKSCOLE.COM.. cador ADP/ATP localizado na membrana interna da mitocˆondria (NELSON; COX, 2008).. Na fosforila¸c˜ao oxidativa para cada mol´ecula de N ADH (ou F ADH2 ) s˜ao produzidos cerca de 2,5 (ou 1,5) ATP’s (GRIFFITHS; RUTTER, 2009; GUYTON; HALL, 2006).. 1.2.3. Balan¸ co da produ¸c˜ ao de ATP Conforme mencionado na se¸ca˜o 1.2.1, no processo de glic´olise s˜ao produzidos 2 AT P ’s. e 2 N ADH’s para cama mol´ecula de glicose e esta ´e quebraba em duas mol´eculas de piruvato. Na se¸ca˜o 1.2.2.2 mostrou-se que para cada mol´ecula de piruvato s˜ao produzidas 3 mol´eculas de N ADH, 1 de F ADH2 e 1 GT P . Ou seja, para cada mol´ecula de glicose h´a a produ¸c˜ao de 2 AT P ’s, 2 GT P ’s (que podem ser contados como AT P ’s pois, como este, armazenam energia que pode ser liberada nas rec˜oes bioqu´ımicas da c´elula), 8 N ADH’s e 2 F ADH2 nas etapas de glic´olise e do ciclo do a´cido c´ıtrico. Na se¸ca˜o 1.2.2.3 foi mencionado que para cada N ADH reduzido a N AD+ h´a a produ¸c˜ao de 2,5 mol´eculas de ATP, enquando para cada F ADH2 reduzido a F AD h´a a.

(52) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 15. Figura 10: Produ¸c˜ao de ATP pela ATP-sintetase no processo de fosforila¸ca˜o oxidativa. Fonte: WWW.BROOKSCOLE.COM.. produ¸ca˜o de 1,5. Com isso tem-se que para cada mol´ecula de glicose podem ser produzidos at´e ∼ 30 mol´eculas de ATP, onde cerca de 90% destas se devem `a etapa mitocondrial (GRIFFITHS; RUTTER, 2009).. O balan¸co de AT P ’s produzidos est´a apresentado na Tabela 1. Pode-se verificar que o processo ´e bastante eficiente, produzindo uma grante quantidade de mol´eculas de ATP a partir de uma u ´nica mol´ecula de glicose. Virtualmente toda a energia armazenada nas liga¸co˜es da mol´ecula de glicose ´e eproveitada (NELSON; COX, 2008).. 1.2.4. Regula¸ c˜ ao da fosforila¸c˜ ao oxidativa - papel do c´ alcio A fosforila¸c˜ao oxidativa pode ser regulada por diversos mecanismos. Varia¸c˜ao nas. concentra¸c˜oes de N ADH, N AD+ , ADP e AT P , por exemplo, que s˜ao os componentes envolvidos na fosforila¸c˜ao oxidativa, podem influenciar a taxa de ocorrˆencia das rea¸co˜es. O oxigˆenio n˜ao ´e limitante, uma vez que seus n´ıveis precisariam ser menores que 20µM para isso e estes n´ıveis n˜ao s˜ao observados fisiologicamente (RIZZUTO ALEC W. M. SIMPSON; POZZAN, 1992 apud GRIFFITHS; RUTTER, 2009). Assim, originalmente foi proposto que.

(53) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 16. Tabela 1: Balan¸co da quantidade de ATP produzido pela glic´olise e fosforila¸ca˜o oxidativa. Processo. Molécula Produzida. Moléculas de ATP produzidos no final. 2 NADH (citoplasmático). 3 ou 5. 2 ATP. 2. Oxidação do Piruvato (dois por mulécula de glicose. 2 NADH (matriz mitocondrial). 5. Oxidação da acetil-CoA no ciclo do ácido cítrico. 6 NADH (matriz mitocondrial). 15. 2 FADH2. 3 ou 5. Glicólise. 2. 2 ATP ou 2 GTP Total (por molécula de glicose). 30 ou 32 ATP’s. Fonte: (NELSON; COX, 2008, p.733). Parâmetro. Valor. !pH. -0,400. Unidade. Parâmetro. Valor. !pH. -0,600. Nota: o n´ umero de AT P ’s produzidos a partir do N ADH proveniente da glic´ olise depende do sistema considerado para T. transporte de N ADH doK citoplasma para a mitocˆ ondria. 310 R. 8,315. gH. 0,200. nmol/min.mV.(mg de proteina). T. 310,16. Cmito. 1,450E-03. nmol/mV.(mg de proteína). F. 96480. Kres. 1,350E+18. ρres. 0,400. r1. 2,077E-18. nmol/(mg de proteína). gH. 0,01. Cmito. 1,812. mudan¸cas na raz˜ao [AT P ]/[ADP ] fosse o principal regulador da s´ıntese de ATP, o que foi veKres. 1,350E+18. rificado experimentalmente em suspens˜oes de mitocˆondria isoladas (CHANCE; WILLIAMS, r2. 1,728E-09. ρres. 0,0006-0,05. r3. 1,059E-26. r1. 2,077E-18. rb. 1,762E-13. 1956 apud GRIFFITHS; RUTTER, 2009)./s No entanto estudosr2 posteriores1,728E-09 mostraram que 6,394E-10 ra /s. r3. 1,059E-26. rc2. 8,632E-27. as concentra¸crc1˜oes citoplasm´ aticas de ATP permaneciam constantes situa¸co˜es onde 2,656E-19 rc1 mesmo em 2,656E-19 /s 8,632E-27 /s rc2 a demanda energ´ etica era maior e onde, portanto, esperar-se-iaΔVque ocorresse0,05 uma queda na B 50,0 mV ΔVB. g 0,85 0,850 ajustado concentra¸c˜aogde ATP antes do aumento da sua produ¸ca˜o (NEELY et al.; KATZ et al., 1972, [FADH2]. 1,24. 1989 apud GRIFFITHS; RUTTER, 2009). Evidentemente, ´e necess´ario haver um aumento na produ¸ca˜o de ATP quando c´elulas e tecidos s˜ao estimulados, mas este processo parecia ser controlado de modo fino para que a taxa de produ¸ca˜o de ATP correspondesse a` de utiliza¸c˜ao. O trabalho de Denton, na regula¸ca˜o de desidrogenases mitocˆondriais via Ca2+ (c´alcio) os levou a propor que um aumento na concentra¸c˜ao mitocondrial de Ca2+ causada por um aumento na sua concentra¸ca˜o citoplasm´atica (a qual ocorre por aumento no atividade celular ou estimula¸c˜ao por agonistas), leva a um aumento na concentra¸c˜ao de N ADH e, consequentemente, na s´ıntese de ATP fornecendo, assim, uma liga¸ca˜o entre demanda e fornecimento de energia. Este processo est´a ilustrado na Figura 11. Esta elegante teoria foi extensamente demonstrada experimentalmente e ´e, agora, amplamente aceita (MCCORMACK; DENTON, 1981; MCCORMACK; DENTON, 1984; MCCORMACK; ENGLAND, 1983; UNITT et al., 1989; ALLEN; STONE; MCCORMACK, 1992; TARASOV; GRIFFITHS; RUTTER, 2012). Com isso conclu´ımos o cap´ıtulo tratando da produ¸c˜ao de ATP. No cap´ıtulo seguinte ser˜ao apresentados alguns modelos que visam descrever matematicamente a dinˆamica deste processo..

(54) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. A.I. Tarasov et al. / Cell Calcium 52 (2012) 28–35. presence of ADP, Ca2+ ) with a K0.5 for Ca2+ d 5–43 !M (increasbilised mitochondria quired for Ca2+ bindto Ca2+ compared to may extend the range metabolism by these. complex, consists of oacid decarboxylase), ydrolipoamide dehyis directly regulated K0.5 = 1–7 !M in mitox binds ∼3.5Ca2+ ions, er interfaces [7]. Ca2+ le effect on Vmax [41]. 15 !M in intact heart. duction can be reguate or mitochondrial strated in intact mitotheory analysis [44]. reported F1 –FO synn. Although shown to ase is likely to be regnd phosphorylation of l Ca2+ [48] with a K0.5. Fig. 1. Role of Ca2+ uptake by mitochondria in the heart.. Figura Ilustra¸c˜ao potentiates da incluˆencia do c´alcio na produ¸ ca˜o de ATP. Ca2+ 11: reportedly fatty acid oxidation to %Fonte: (TARASOV; GRIFFITHS; RUTTER, 2012). hydroxybutyrate [55] though the underlying mechanisms are not understood. 5. Role of mitochondrial Ca2+ transport in specific cell types 5.1. Cardiac myocyte Fig. 1 presents a summary of the model proposed for mitochondrial Ca2+ uptake in the control of ATP synthesis in the heart. Oxidative phosphorylation in mitochondria provides over 90% of ATP production in the heart [45]. The overall equation is given below, although estimates of the number of ATP molecules synthesised per molecule of NADH vary: NADH + H+ + O + 2.5ADP + 2.5P → NAD+ + H O + 2.5ATP. 17.

(55) 1.2 A produ¸c˜ ao de ATP. 18.

(56) 2 Modelos Matem´ aticos para Produ¸c˜ ao de ATP. 19. Cap´ıtulo 2 ´ ticos para Modelos Matema ˜ o de ATP Produc ¸a Tentamos demonstrar no cap´ıtulo anterior, como o ATP ´e uma mol´ecula de extrema importˆancia fisiol´ogica. Sendo assim, a obten¸ca˜o de uma descri¸ca˜o matem´atica da sua produ¸ca˜o que seja capaz de reproduzir dados experimentais, pode ser muito u ´til em estudos de fisiologia. Estes modelos permitem, por exemplo, uma an´alise mais detalhada do processo de produ¸c˜ao de ATP e da fisiologia da mitocˆondria, sugerindo mecanismos para explicar comportamentos observados no laborat´orio. Al´em disso, ao se fazer simula¸co˜es de c´elulas inteiras (whole cell simulations), independente da c´elula com qual se esteja trabalhando, sempre ser´a necess´ario incluir a cascata de produ¸c˜ao de ATP. Nesse caso, um bom modelo para produ¸c˜ao de ATP deve, tamb´em, ser razoavelmente simples pois corresponde apenas a parte das equa¸co˜es que precisar˜ao ser resolvidas. A simplicidade de um modelo pode ser u ´til, tamb´em, para que ele possa dar informa¸co˜es sobre o comportamento geral das vari´aveis mesmo sem a implementa¸ca˜o num´erica. Verificar, por exemplo, que mol´eculas ter˜ao sua concentra¸c˜ao aumentada com o aumento de c´alcio, ´e algo que s´o ´e poss´ıvel fazer em modelos com equa¸c˜oes pouco complexas. Pensando nestes casos buscamos na literatura modelos que fossem realistas, mas com equa¸c˜ oes mais simples. O modelo MK ´e o mais tradicional dentre os modelos para.

Referências

Documentos relacionados

[Informar a data, o nome e a assinatura do dirigente máximo que aprovou o documento Termo de Abertura do Projeto antes deste projeto ser solicitado ao Governador pelo

Nas leituras de falhas efetuadas, foram obtidos códigos de anomalia por meio de dois diferentes protocolos de comunicação: o ISO 14230 KWP (2000) e o ISO 15765-4 CAN. A seguir, no

Lembramos que, na forma do Regimento Interno, em seu artigo 30 § 2°, o prazo para apresentação do parecer é de 30 (trinta) dias, e que deve ser precedido de ementa e encerrado

O segundo Beneficiário será designado pelo Segurado na Proposta de Adesão, podendo ser substituído a qualquer tempo, mediante solicitação formal assinada pelo próprio Segurado, para

Júri de Seleção de trabalhos Ginecologia/ Obstetrícia Hélder Ferreira Luís Guedes Martins Júri de Prémio CO Ginecologia/ Obstetrícia Anabela Branco José Cabral Luísa Vieira

O bloqueio intempestivo dos elementos de transmissão de energia entre os equipamentos e acessórios ou reboques está impedido ou se não está existem medidas que garantem a segurança

Não se está perante a situação de uma única falta injustificada; só se pode falar em falta de assiduidade se houver alguma continuidade, o que não implica que tenham de ser faltas

No período de primeiro de janeiro a 30 de junho de 2011, foram encaminhadas, ao Comitê de Segurança do Paciente da instituição sede do estudo, 218 notificações de