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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Meirielly Carazzo Salgado

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA

Ijuí, RS, Brasil

2018

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Meirielly Carazzo Salgado

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na Área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médica Veterinária.

Orientadora: Profª. Med. Vet. MSc. Maria Andréia Inkelmann

Ijuí, RS 2018

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Meirielly Carazzo Salgado

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na Área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médica Veterinária.

Aprovado em 06 de dezembro de 2018:

___________________________

Maria Andréia Inkelmann MSc. Drª. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

___________________________

Cristiane Beck MSc. Drª. (UNIJUÍ)

(Banca)

Ijuí, RS 2018

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Meire e Mário, que, com muita dedicação, amor e carinho, me apoiaram e incentivaram a seguir em frente e não mediram esforços

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente, aos meus pais, Meire Suzete Carazzo e Mário Nascimento Salgado, que estiveram e estão sempre ao meu lado, pois em meio às dificuldades, souberam conduzir e somar na minha educação pessoal e profissional, que abriram mão de vários projetos, para realizar o meu sonho, que me ensinaram os caminhos da vida, e nunca me deixaram desistir ao longo dessa caminhada, vocês são minha base. Por todo apoio, compressão, dedicação, incentivo e amor que fez torna-se mais forte para enfrentar todo esse caminho laborioso. Eu amo vocês.

A toda equipe da Clínica Benevet – Centro de Saúde Animal, Érika, Mirian Schalemberg e Jorge Benevenute agradeço pelo carinho, ajuda, paciência, companheirismo e experiências trocadas, que me fizeram sentir parte de uma equipe admirável. Em especial à minha supervisora Mirian Schalemberg, por ser uma pessoa incrível, que deu apoio e incentivo para seguir em frente, uma profissional dedicada, competente e que ama o que faz, obrigada pela amizade e por todos ensinamentos e paciência que me passaste.

Agradeço aos professores, pela dedicação a ensinar, e por toda a soma de conhecimentos compartilhados durante este período da graduação. Em especial a minha orientadora, Maria Andréia Inkelmann, pela amizade, paciência, incentivo, apoio e disponibilidade para ajudar na conclusão deste trabalho.

Por fim, agradeço a todos meus familiares que mesmo em momentos difíceis, me fizeram erguer a cabeça e seguir em frente sempre, apesar das dificuldades encontradas pelo caminho. Por todos os animais que fizeram parte da minha vida, mostrando o verdadeiro sentido do amor em especial ao meu filho de quatro patas Bob Taylor.

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“Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar.”

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RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: Meirielly Carazzo Salgado ORIENTADORA: Maria Andréia Inkelmann

O Estágio Final Supervisionado em Medicina Veterinária representa um processo de fundamental importância dentro da formação acadêmica, pois possibilita o aluno a assimilar na prática, todos os conhecimentos e experiências adquiridos ao longo da graduação. Nele é possível acompanhar a rotina clínica e cirúrgica, estabelecendo um desenvolvimento tanto pessoal como técnico profissional. As atividades desenvolvidas durante o Estágio Final Supervisionado em Medicina Veterinária foram realizadas na Benevet- Centro de Saúde Animal, na cidade de Santiago- Rio Grande do Sul, no período de 13 de agosto à 10 de setembro de 2018, perfazendo um total de 150 horas, na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, sob orientação da Prof.ª Med. Vet. MSc Mirian Schalemberg. Durante o período de estágio, realizou-se acompanhamento na rotina em diferentes setores, incluindo acompanhamento de consultas, procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais, acompanhamento de exames complementares, cuidados e tratamentos aos animais internados. Dentre as atividades acompanhadas, selecionou-se um caso clínicos para relato e discussão, sendo sobre “Doença renal crônica estágio II em um canino”. Salienta-se que o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou uma visão da rotina profissional, possibilitando a atuação prática de conhecimentos teóricos, uma vez que são apresentados na prática a profissão, a qual nos coloca em frete à desafios e estimula a nossa busca por mais conhecimentos, sendo fundamental na formação acadêmica.

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ABSTRACT

REPORT OF THE CURRICULAR STAGE SUPERVISIONED IN VETERINARY MEDICINE

AUTHOR: Meirielly Carazzo Salgado ADVISOR: Maria Andréia Inkelmann

The Final Stage Supervised in Veterinary Medicine represents a process of fundamental importance within the academic formation, since it allows the student to assimilate in practice, all the knowledge and experiences acquired during the graduation. It is possible to follow the clinical and surgical routine, establishing a personal and professional development. The activities developed during the Supervised Final Stage in Veterinary Medicine were carried out at the Benevet- Animal Health Center, in the city of Santiago- Rio Grande do Sul, from august 13 to september 10, 2018, for a total of 150 hours, in the area of Medical and Surgical Clinic of Small Animals, under the guidance of Prof. Med. Vet. MSc Maria Andréia Inkelmann and internal supervision of the Veterinary Medicine Miriam Schalemberg. During the internship period, routine up was carried out in different sectors, including follow-up of consultations, surgical and ambulatory procedures, follow-follow-up of complementary examinations, care and treatment of hospitalized animals. Among the activities followed, a clinical case was selected for reporting and discussion, being "Chronic stage II renal disease in a canine".. It should be noted that the Supervised Curricular Internship in Medicine Veterinary education provided a vision of the professional routine, enabling the practical performance of theoretical knowledge, once the profession is presented in practice, which puts us in charge of the challenges and stimulates our search for more knowledge, being fundamental in the academic formation.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Procedimentos ambulatoriais específicos realizados e/ou acompanhados durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018. ---17. Tabela 2 – Exames complementares realizados e/ou acompanhados durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018. ---17. Tabela 3 – Cirurgias acompanhadas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018. ---18. Tabela 4 – Diagnósticos clínicos estabelecidos de acordo com os diferentes sistemas orgânicos e doenças infectocontagiosas, durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 15 de janeiro à 08 de fevereiro de 2018. ---18. Tabela 5 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções reprodutivas e urinárias durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018---19. Tabela 6 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções oftálmicas e oncológicas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018---19. Tabela 7– Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções musculoesqueléticas e neurológicas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018---20. Tabela 8 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções tegumentares e anexas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de janeiro de 2018---20.

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Tabela 9 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções do sistema digestório e doenças infectocontagiosas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de gosto à 10 de setembro de 2018---21. Tabela 10 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções do sistema cardiovascular e respiratório durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018. ---21.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADH= Hormônio antidiurético ATP= Trifosfato de adenosina BUN=nitrogênio uréico sanguíneo DRC= Doença renal crônica H= horas

Kg= quilograma

Mg/ dL= miligrama por decilitro Mg/kg= miligrama por quilograma Ml= mililitro

PTH=paratormônio

SDMA= Dimetilarginina Simétrica TFG= Taxa de filtração glomerular TPC= Tempo de preenchimento capilar µg/dL= micrograma por decilitro

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO A- Ecografia abdominal (laudo com as alterações renais e imagens da

paciente canina) ---37

ANEXO B- Primeiro exame bioquímico da paciente canina ---39

ANEXO C- Primeiro exame de SDMA da paciente canina---39

ANEXO D- Segundo exame bioquímico e SDMA, após o início da terapia---40

ANEXO E- Exame da relação proteína creatinina urinária---40

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 14

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 16

3 RELATO DE CASO ... 22

3.1 DOENÇA RENAL CRÔNICA ESTÁGIO II EM UM CANINO. ... 22

3.1.1 Introdução ... 22 3.1.2 Metodologia ... 23 3.1.3 Resultados e Discussão ... 24 3.1.4 Conclusão ... 33 3.1.5 Referências ... 33 4 CONCLUSÃO ... 36 ANEXOS ... 37

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é a oportunidade do aluno alocar em prática os ensinamentos teórico-prático adquiridos durante à graduação. Durante este período se concretiza uma vivência na rotina clínica do Médico Veterinário, que proporciona ao acadêmico novas experiências, assim desenvolvendo e aperfeiçoando seus conhecimentos, possibilitando também o acréscimo pessoal e da conduta ética.

A Benevet- Centro de Saúde Animal, localizada na Rua Tito Beccon, 1989, Bairro Centro, em Santiago/RS, foi o local de escolha para realização do estágio, na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (Figura 1). A inauguração ocorreu no dia 05 de abril de 2017 e com um pouco mais de 1ano de funcionamento é referência na área de saúde animal na região. O início das atividades se deu em 13 de agosto e findou no dia 10 de setembro de 2018, totalizando desta forma 150 horas, sob orientação da Prof.ª Med. Vet. MSc. Maria Andréia Inkelmann e supervisão interna da Médica Veterinária Mirian Schalemberg.

Figura 1– Fachada da Benevet- Centro de Saúde Animal

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15

O horário de atendimento clínica é das 9h às 12h e das 14h às 19h de segunda à sexta, sábado das 08h30min às 12h e plantão 24 horas em casos de urgência e emergência e também para auxiliar os animais que se encontram internados. Abrange as especialidades de clínica geral, cirurgia de tecidos moles e ortopédica.

A estrutura física da clínica para atendimento, é composta pela sala de recepção juntamente com a sala de espera, sendo que o atendimento é realizado com hora marcada, ordem de chegada ou dependendo da necessidade de atendimento (urgência ou emergência), dois consultórios, onde são realizados atendimentos clínicos, exame de ultrassonografia e ecografia, sala cirúrgica e uma área para paramentação e antissepsia da equipe cirúrgica, internação de cães e gatos, separados por espécies e em anexo são realizados procedimentos de enfermagem e preparação dos animais pré-cirúrgia. Possui isolamento para animais com doenças infectocontagiosas e laboratório para análise de exames laboratoriais. As especialidades e exames não oferecidos na clínica, são terceirizados, como é o caso dos exames radiográficos e cirurgias ortopédicas, que são realizados com frequência.

Para o atendimento clínico e cirúrgico de tecidos moles, a Benevet- Centro de Saúde Animal dispõe de duas médicas veterinárias. As cirurgias ortopédicas, exames radiográficos e laudos radiográficos são realizadas por Médicos Veterinários especialistas, que prestam serviço terceirizado à clínica. Na internação há uma técnica em enfermagem e estagiários curriculares (se houverem), responsáveis pelos cuidados dos animais.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, tem como objetivo, não apenas permitir o acadêmico a colocar em prática seu conhecimento, mas também de adquirir novos, trocar experiências, gerar o raciocínio clínico diante dos casos acompanhados e estabelecer a conduta individual, social e técnico como médico veterinário, de forma à qualificar e preparar para sua vida profissional. Imediatamente. Diante disso, a escolha de um local na área de interesse é importante, pois, auxilia na escolha da futura especialização e atuação profissional. A clínica Benevet- Centro de Saúde Animal, foi escolhida não somente pela elevada casuística, mas pela conduta ética, competência e profissionalismo, não exclusivamente da Médica Veterinária responsável, mas por toda equipe que lá se faz presente no dia a dia.

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16

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, no período de 13 de agosto à 10 de setembro de 2018, nos turnos da manhã, das 9h às 12h e nos turnos da tarde das 14h às 19h, de segunda à sexta. As atividades acompanhadas e/ou realizadas na rotina da Benevet- Centro de Saúde Animal, incluíram de forma geral, consultas, retornos, procedimentos cirúrgicos, anestesiológicos e procedimentos ambulatoriais.

Durante às consultas foi possível auxiliar na aferição de parâmetros vitais, colheita de material biológico para exames complementares e contenção física do paciente, caso fosse necessário. Na internação, procedimentos ambulatoriais como, manutenção de acesso venoso, realização e troca de curativos, administração de medicamentos, retirada de pontos de sutura, limpeza de feridas, passagem de sonda uretral e acompanhamento de parâmetros vitais, eram tarefas atribuídas aos estagiários.

A clínica conta com um laboratório de patologia clínica próprio, no qual foi possível acompanhar à realização de exames complementares, como hemograma, bioquímico e análises citológicas. Também foi possível acompanhar exames de ultrassonografia.

Na rotina cirúrgica da clínica, o estagiário encarregava-se da preparação dos pacientes (tricotomia e acesso venoso, se necessário), bem como cuidados no pós-operatório. No bloco cirúrgico, era possível auxiliar o cirurgião no procedimento e também realizar procedimentos anestésicos, com auxílio da Médica Veterinária anestesista.

A seguir, as atividades acompanhadas e/ou realizadas, bem como diagnósticos clínicos estabelecidos durante à rotina da Benevet- Centro de Saúde Animal, são descritas em forma de tabela (Tabela 1 a 10), separados por sistemas orgânicos e por espécies.

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Tabela 1 – Procedimentos ambulatoriais realizados e/ou acompanhados durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018.

Procedimento N° de Cães N° de Gatos Total %

Abdominocentese 1 0 1 0,5 Acesso Venoso 3 0 3 1,7 Aplicação de Medicamentos 20 3 23 13,3 Coleta de Sangue 2 0 2 1,1 Consultas 52 12 64 38,0 Limpeza de Ferimento 3 2 5 2,9 Procedimento Anestésico 1 0 1 0,5 Procedimento Cirúrgico 17 3 20 11,6 Raspado de Pele 1 2 3 1,7 Retornos 15 4 19 11,0

SNAP Test Parvovirose 2 0 2 1,1

Sondagem Uretral 2 0 2 1,1 Toracocentese 0 1 1 0,5 Tranfusão sanguínea 1 0 1 0,5 Vacinação 8 2 10 5,8 Vermifugação 12 3 15 8,7 Total 140 32 172 100

Tabela 2 – Exames complementares realizados e/ou acompanhados durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018.

Exames N° de Cães N° de Gatos Total %

Bioquímico* 10 2 8 29,6

Dimetilarginina Simétrica 2 1 2 7,4

Hemograma 25 5 9 33,4

Parasitológico de Pele 1 1 2 7,4

SNAP Test Parvovirose 2 0 2 7,4

Ultrassonografia abdominal 3 1 4 14,8

Total 43 10 27 100

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Tabela 3 – Cirurgias acompanhadas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018.

Cirúrgias N° de Cães N° de Gatos Total %

Cesariana 0 1 1 5,9

Cistorrafia 0 1 1 5,9

Exérese de tumor na mandíbula 1 0 1 5,9

Herniorrafia Perianal 1 0 1 5,9 Herniorrafia Umbilical 1 0 1 5,9 Mastectomia 2 0 2 11,9 Nodulectomia 1 0 1 5,9 Orquiectomia 1 1 2 11,7 Ovariohisterectomia eletiva 0 2 2 11,7 Ovariohisterectomia terapêutica 3 0 3 17,6 Síntese de Ferida 2 0 2 11,7 Total 12 5 17 100

Tabela 4 – Diagnósticos clínicos estabelecidos de acordo com os diferentes sistemas orgânicos e doenças infectocontagiosas, durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 15 de janeiro à 08 de fevereiro de 2018.

Sistemas N° de Cães N° de Gatos Total %

Cardiovascular 4 0 4 6,0 Digestório 8 1 9 13,6 Doenças Infectocontagiosas 8 1 9 13,6 Musculoesquelético 12 2 14 20,8 Neurológico 1 0 1 1,5 Oftálmico 3 0 3 4,4 Oncológico 7 3 10 15,0 Reprodutivo 5 2 7 10,3 Respiratório 0 1 1 1,5 Tegumentar e Anexos 6 1 7 10,3 Urinário 1 1 2 3,0 Total 55 12 67 100

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Tabela 5 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções reprodutivas e urinárias durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018.

Diagnóstico N° de

Cães

N° de Gatos Total %

Doença Renal Crônica 1 0 1 10,0

Ovário policístico 1 0 1 10,0

Piometra 2 0 2 20,0

Pseudociese 1 0 1 10,0

Ruptura traumática vesícula urinária 0 1 1 10,0

Tumor mamário 3 1 4 40,0

Total 8 2 10 100

Tabela 6 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções oftálmicas e oncológicas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018. Diagnóstico N° de Cães N° de Gatos Total % Adenocarcinoma Perianal 1 0 1 12,5 Entrópio 1 0 1 12,5 Hifema 2 0 2 25,0 Mastocitoma Grau II 1 0 1 12,5

Suspeita Carcinoma Células escamosas 0 1 1 12,5

Suspeita de glaucoma 1 0 1 12,5

Suspeita Mastocitoma 1 0 1 12,5

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Tabela 7 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções musculoesqueléticas e neurológicas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018.

Diagnóstico N° de

Cães

N° de Gatos

Total %

Doença do disco intervertebral 1 0 1 7,7

Ferida lacerada 0 2 2 15,3

Ferida punctória 2 0 2 15,3

Fratura de Fêmur 1 0 1 7,7

Fratura de rádio e ulna 2 0 2 15,5

Hérnia Inguinal 1 0 1 7,7

Hérnia Perianal 1 0 1 7,7

Hérnia Umbilical 1 0 1 7,7

Suspeita de deslocamento de patela 1 0 1 7,7

Suspeita de Epilepsia 1 0 1 7,7

Total 11 2 13 100

Tabela 8 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções tegumentares e de anexos durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de janeiro de 2018.

Diagnóstico N° de Cães N° de Gatos Total %

Dermatite Alérgica à saliva da pulga 2 0 2 33,3

Dermatite Atópica Canina 2 0 2 33,3

Malasseziose 1 0 1 16,7

Sarna Notoédrica 0 1 1 16,7

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Tabela 9 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções do sistema digestório e doenças infectocontagiosas durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de gosto à 10 de setembro de 2018.

Diagnóstico N° de Cães N° de Gatos Total %

Cinomose 7 0 7 35,0

Desnutrição 1 0 1 5,0

Doença Periodontal 3 0 3 15,0

Esplenectomia Total 1 0 1 5,0

Gastroenterite 1 0 1 5,0

Intoxicação por Ibuprofeno 1 0 1 5,0

Intoxicação por Lírio 0 1 1 5,0

Leucemia Viral Felina 0 1 1 5,0

Lobectomia Hepática 1 0 1 5,0

Parvovirose 1 0 1 5,0

Prolapso de reto por verminose 1 0 1 5,0

Suspeita Giárdia 1 0 1 5,0

Total 18 2 20 100

Tabela 10 – Diagnósticos clínicos estabelecidos envolvendo afecções do sistema cardiovascular e respiratório durante o cumprimento do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais na Benevet- Centro de Saúde Animal, no período compreendido entre 13 de agosto à 10 de setembro de 2018.

Diagnóstico N° de Cães N° de Gatos Total %

Cardiomiopatia dilatada 1 0 1 16,6

Efusão torácica ou pleural 0 1 1 16,6

Endocardiose 2 0 2 33,6

Insuficiência cardíaca congestiva 1 0 1 16,6

Rinotraqueíte Infecciosa felina 0 1 1 16,6

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3 RELATO DE CASO

3.1 DOENÇA RENAL CRÔNICA ESTÁGIO II EM UM CANINO.

3.1.1 Introdução

A doença renal crônica (DRC) é comumente notada em cães e gatos e independente da etiologia, é representada por lesões estruturais irreversíveis, que podem progredir para falência renal. A doença ocorre pela incapacidade de executar devidamente as funções de manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base, excreção de catabólitos e regulação hormonal (GALVÃO et al., 2010).

De acordo com Tozzetti et al. (2009), a DRC pode ser classificada em três tipos: pré- renal, renal e pós- renal. A do tipo pré- renal ocorre por diminuição do volume líquido extracelular, hipotensão e insuficiência cardíaca congestiva. Já a doença de origem renal tem ocorrência a partir de necrose tubular aguda, nefrotoxicidade, hipertensão e eclampsia e, pós-renal ocorre devido a obstrução de ureteres e vesical. Segundo Nelson e Couto (2015) e Kogika; Waki; Martorelli (2015), as principais causas que podem levar a DRC são nefrite intersticial crônica, pielonefrite crônica, glomerulonefrite crônica, amiloidose, doença renal hereditária, neoplasias e também sequela da progressão da insuficiência renal aguda, entre outras causas.

Os sinais clínicos mais frequentemente observados em cães com DRC é a poliúria e a polidipsia. Porém também está associado a outros sinais, como, anorexia, noctúria, perda de peso, letargia, que são sinais comum em cães e gatos, além de êmese, cegueira aguda e fraqueza muscular. A fraqueza muscular e a fadiga são comumente observadas em pacientes com DRC e vários são os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento desses sinais, tais como, desequilíbrio hormonal, má nutrição, depleção de ATP e glicogênio, transporte inadequado de oxigênio como implicação da anemia, acidose metabólica e distúrbio eletrolítico, perda de massa muscular e fraqueza devido à atrofia de fibras musculares (NELSON e COUTO, 2015; CRIVELLENTI, 2015; SOUZA et al., 2015). O diagnóstico desta doença é baseado no histórico do animal, anamnese, exame físico e através de exames laboratoriais, como bioquímicos séricos, exame de urina, exames de imagem, biópsia renal e outros exames complementares que possam avaliar as funções dos rins, como SDMA, sendo mais confiável que a creatinina, pois aumenta mais cedo que a creatinina em cães e

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gatos conforme a função renal diminui, ao contrário da creatinina, o SDMA não sofre o efeito da massa muscular (KOGIKA; WAKI; MARTORELLI, 2015; IDEXX LABORATORIES, 2017)

A DRC pode ser classificada em quatro estágios: No estádio I, o animal apresenta-se não-azotêmico, na maioria das vezes e não há sinais clínicos, mas existem outros indícios de doença renal como perda da capacidade de concentração urinária, proteinúria persistente e alterações perceptíveis em exames de imagem, e a creatinina sérica< 1,4 mg/dL. No estádio II, há azotemia renal discreta, e sinais clínicos podem estar presentes ou não. Pode haver proteinúria e/ou hipertensão arterial sistêmica e a creatinina sérica entre 1,4 – 2,0 mg/dL. Já no estádio III, notam-se azotemia renal moderada devido ao declínio da taxa de filtração glomerular e sinais de uremia, além da creatinina sérica estar entre 2,1 – 5,0 mg/dL. O estádio IV observa-se azotemia renal observa-severa, e sinais clínicos sugestivos ao quadro de síndrome urêmica, e creatinina sérica> 5,0 mg/dL (IRIS, 2013).

Segundo Crivellenti (2015), o tratamento da DRC é realizado de forma única para cada indivíduo. A terapia e o monitoramento devem ser orientados mediante os parâmetros clínicos e laboratoriais regularmente. A progressão da doença varia entre cada paciente, podendo este ter uma sobrevida de meses a anos (NELSON e COUTO, 2015).

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de doença renal crônica estágio II em um canino, acompanhado durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

3.1.2 Metodologia

Um canino, fêmea, da raça Yorkshire, com aproximadamente 10 anos de idade, pesando 2,5 kg, castrada, foi levada para consulta na Benevet- Centro de Saúde Animal, localizada na cidade de Santiago – Rio Grande do Sul, com história clínica de estar comendo pouco, apresentando vômitos esporádicos, tomando muita água, urinando bastante e apresentar-se magra.

No exame físico da paciente, observou-se mucosa normocoradas, temperatura de 38,4ºC, estado nutricional baixo, TPC de 2 segundos, pressão arterial de 130 mmHg, parâmetros vitais dentro da normalidade e ausência de aumento de linfonodos.

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Após a anamnese e exame clínico, a médica veterinária responsável solicitou exames complementares de hemograma, bioquímico, urinálise, relação proteína/ creatinina urinária (UPC), ecografia abdominal e Dimetillarginina simétrica (SDMA). Os bioquímicos solicitados foram proteína totais, glicose, relação albumina/globulina, FA, ALT, uréia, creatinina, relação uréia/ creatinina.

Após a anamnese e realização de ecografia abdominal, SDMA, urinálise e UPC onde os mesmos demonstraram achados condizentes de doença renal crônica estágio II, foi instituído o tratamento inicial para o estadiamento dos sinais clínicos apresentados pela paciente, foi instituído Ranitidina (2 mg/kg por via subcutânea 12/12 h) e sucralfato (30 mg/kg, via oral a cada 24 h).

Após a redução dos sinais clínicos, a mesma vem até a clínica quinzenalmente para realização de fluidoterapia com solução fisiológica com volume de 150 ml/kg quinzenalmente por via subcutânea. Foi recomendado o uso de Ômega 3 (2 ml, 24h de uso contínuo), ração terapêutica renal, estimulação de ingestão hídrica e monitoração trimestral. A proprietária relata que após o início da terapia, a mesma apresenta apetite, mais ativa e ganhou peso.

3.1.3 Resultados e Discussão

Segundo Polzin et al. (2008), em um estudo realizado, os cães diagnosticados com DRC tem a faixa etária de 7 anos, sendo 20% destes entre 7 e 10 anos, e não se verifica predisposição aparente por raças quando não é hereditária tal patologia. A raça Yorkshire, do presente caso, não apresenta frequentemente a doença, entretanto, a idade de dez anos está na faixa etária de estudos anteriores (KAHN, 2008). Para McLoughlin (2013), os sinais clínicos da doença incluem perda de peso, letargia, depressão, vômitos, além de sinais de poliúria e polidipsia. Segundo Polzin et al. (2008) a polidipsia é compensatória para a poliúria, pois se o aporte de fluido não acompanhar a perda urinária de fluidos, ocorre a desidratação, pela incapacidade em conservar água por mediação da concentração urinária. Ocorrendo com maior periodicidade os dois últimos sinais, isto acontece devido as lesões renais, pois, é função do rim controlar o equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico, além de hipocalcemia, acidose metabólica entre outros, sendo estes sinais compatíveis com o quadro clínico da paciente deste relato (MCLOUGHLIN 2013).

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Sabe-se que a hipertensão sistêmica ocorre em cerca de 20% a 30% em cães e gatos com DRC, pois a pressão sanguínea de cães e gatos é semelhante aos humanos, 120 mmHg sistólica, 80 mmHg diastólica. Foi verificada a pressão arterial na paciente de 130 mmHg sistólica, mantendo-se dentro do esperado, pois no estágio II da doença deve se manter a pressão arterial inferior a 160 mmHg, afim de reduzir os riscos de lesões em órgãos como o rim, sistema nervoso central, retina e coração. Além disso a hipertensão arterial pode ocorrer em qualquer estágio da doença. Diante deste fato deve-se certificar corretamente a pressão arterial fazendo três aferições consecutivas, evitando assim um falso positivo em decorrência da administração de fluido via parenteral, estresse entre outros (MCLOUGHLIN, 2013; NELSON e COUTO, 2015; KOGIKA; WAKI; MARTORELLI, 2015;).

Na análise dos exames complementares, foram observados na ecografia abdominal rins assimétricos (ANEXO A) de contornos regulares; relação diferenciação corticomedular preservada, porém com camada cortical hiperecogênica, sugerindo nefropatia. Segundo Nelson e Couto (2015), salienta que os rins se encontram em formatos irregulares ou menores e com aumento da ecogenicidade do tecido renal, porém reitera que formato e tamanho normais dos rins não exclui DRC. A urinálise é um exame laboratorial largamente utilizado para elucidar o diagnóstico de patologias do trato urinário em cães, e foi realizada pelo método de cistocentese, demonstrando 3+++ de proteína, além da densidade urinária baixa (ANEXO F). Thrall (2006), considera que a proteinúria pode ocorrer pela degeneração tubular ou resultante de uma lesão glomerular, além de revelar capacidade diminuída dos rins em concentrar urina e isostenúria. Em relação à proteinúria, é imprescindível confirmar se é de origem renal, eliminando causas pré e pós-renais. Em relação a proteína/creatinina urinárias deve ser realizada em todos os casos que não haja inflamação e/ou hemorragia do trato urinário e o teste precisa ser realizado, pelo menos em três amostras de urina colhidas em um período de pelo menos duas semanas (IRIS, 2013). No que se refere a densidade fisiológica urinária em um animal desidratado deve ser maior que 1.030-1.035.Entretanto, se for inferior isto significa que os rins não estão com sua capacidade de concentrar urina totalmente funcionais ou que estão refratários ao ADH, como ocorre em algumas patologias renais, ou ainda, que o ADH não está sendo produzido eficientemente, como ocorre na diabetes insipidus. Quanto à classificação, a urina pode ser designada de hipostenúrica (menor ou igual a 1.007), isostenúrica (entre 1.008 a 1.012) e de elevada densidade urinária (acima de 1.030

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para cães e 1.035 para gatos). Em algumas doenças renais, observa-se que há perda da capacidade renal de concentrar a urina, reduzindo a densidade, sendo que no caso relatado estava 1,025, sendo classificado como isostenúrica (MCLOUGHLIN, 2008; GONZÁLEZ; SILVA, 2008).

Segundo Silva et al. (2017), o exame de UPC, tem como objetivo ser um indicador seguro, e evidencia ser uma boa ferramenta para o acompanhamento da regressão, do tratamento e do prognóstico do dano renal, que no presente caso, demonstrou resultado de 1,21 mg/dL (ANEXO E), porém UPC> 0,5 em cães, já é considerado proteinúria significativa (IDEXX LABOTARORIES, 2017). A relação UPC mostrou-se com 100% de sensibilidade e especificidade como método de triagem, além de ser um método breve e confiável para o diagnóstico de amplo alcance da excreção protéica diária. Quando substituímos os métodos de clearance, creatinina e proteinúria de 24 horas pela relação UPC na triagem e na abordagem inicial da função glomerular poderá fornecer inúmeras vantagens entre elas a precocidade e a praticidade do diagnóstico (TULLIO, 2009). Conforme Kogika; Waki; Martorelli (2015), os valores de UPC maiores que 0,5 mg/dL exigem tratamento do paciente, porém outras publicações dos mesmos autores indicam que deve- se iniciar a terapia antiproteinúrica quando a UPC for superior a 2 mg/dL. Segundo Polzin et al., (2008) a redução no aporte de proteína na dieta irá reduzir a proteinúria nos pacientes com DRC pela diminuição da hipertensão intraglomerular, no presente caso a paciente passou a receber ração terapêutica visando minimizar estes sinais, pois dietas altamente proteica auxiliam no desenvolvimento de lesões glomerulares.

A DRC pode ser classificada em quatro estágios, na qual a diferenciação é realizada através dos sinais clínicos com auxílio dos exames laboratoriais, como: hemograma, bioquímico, urinálise e ultrassonografia (POLZIN, 2015). O estádio I, não- azotêmico, na maioria das vezes não há sinais clínicos, mas existem outros indicativos de doença renal como perda da capacidade de concentração urinária, proteinúria persistente e alterações perceptíveis em exames de imagem. A creatinina sérica< 1,4 mg/dL. Já Estádio II, a azotemia renal é discreta, os sinais clínicos pode haver ou não, podendo ter proteinúria e/ou hipertensão arterial sistêmica, e creatinina sérica entre 1,4 – 2,0 mg/dL. No estádio III tem-se azotemia renal moderada devido ao declínio da taxa de filtração glomerular e sinais de uremia e valores de creatinina sérica entre 2,1 – 5,0 mg/dL. No último estágio da DRC, o Estádio IV obtêm-se

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azotemia renal severa e sinais clínicos referentes ao quadro de síndrome urêmica e creatinina sérica> 5,0 mg/dL (QUEIROZ, 2015).

O primeiro exame bioquímico realizado na paciente, mostrou resultado de creatinina de 1,4 mg/dL, uréia 47mg/dL e SDMA de 30 µg/dL, pois cães com creatinina entre 1,4-2,0 mg/dL e SDMA >14µg/dL já são considerados DRC estágio II (KOGIKA; WAKI; MARTORELLI, 2015; IDEXX LABOTARORIES, 2016;). Concordando com Queiroz (2015), a paciente do presente caso apresentou sinais clínicos de poliúria e polidipsia, proteinúria e creatinina de 1,4 mg/dL, sendo compatível com o estágio II.O SDMA, é um indicador mais confiável da função renal quando comparado com a creatinina, pois, este exame possibilita uma forma mais acurada de avaliação da taxa de filtração glomerular (TGF) de cães e gatos. Além disso o SDMA mostra indicativos de DRC com apenas 25% da perda da função renal, enquanto a creatinina demonstra quando já há 75% ou mais da perda da função renal, ou seja este método é um indicador mais precoce de diagnóstico. Através deste conjunto de exames foi possível o diagnóstico correto e prévio da doença (IDEXX LABOTARORIES, 2016). Desta forma, os exames laboratoriais possuem grande valia para o diagnóstico e prognóstico, evidenciando o estágio de evolução da enfermidade e dirigindo para as condutas terapêuticas a serem instituídas (GALVÃO et al. 2010).

Diante da anamnese e exames complementares foi instituída a terapêutica para a paciente e utilizado para proteção gástrica a Ranitidina (2mg/kg, SC, 12/12h). Segundo Papich (2012), o mesmo tem a função de tratar úlceras e gastrites e bloquear a secreção do ácido estomacal, devendo ser administrado na dose de 2 mg/kg a cada 8 horas via intravenosa ou via oral, estando a dose utilizada na paciente de acordo com a literatura. Foi utilizado juntamente o sucralfato (30 mg/kg, via oral a cada 24 h) que tem o objetivo de prevenir e tratar úlceras gástricas, porém, segundo a literatura a dose deve ser de 0,5 a 1g, via oral.

Para minimizar as consequências clínicas e fisiopatológicas da redução da função renal, indica-se a fluidoterapia com solução fisiológica no volume de 150 ml/kg quinzenalmente por via subcutânea. A literatura relata que no estágio II da DRC deve se instituir fluidoterapia por via oral ou parenteral afim de evitar situações de desidratação, além de corrigir os déficits hídricos, ácido- básicos e eletrolíticos, bem como a terapia de manutenção, que visa, além da reposição dos elementos, também auxiliar na manutenção hídrica e assegurar o fluxo da taxa de filtração. As soluções indicadas para fluidoterapia em pacientes com DRC são ringer lactato, ringer, solução

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fisiológica e glicose a 5%, que são substâncias cristaloides de baixo peso molecular. Neste presente caso optou-se por solução fisiológica, que é utilizado para reposição de fluídos por via intravenosa, porém o autor relata que pode causar acidemia por aumentar a excreção renal de bicarbonato, além da dose máxima ser de 80 mL/kg/hora na paciente era utilizado 150 ml/kg/ quinzenalmente (POLZIN et al., 2008; BENESI e KOGIKA, 2011; PAPICH, 2012; KOGIKA; WAKI; MARTORELLI, 2015). Segundo Polzin et al. (2008), animais de pequeno porte podem receber de 70-150 mL de fluido, que pode ser administrados diariamente ou quando for necessário.

Aproximadamente um mês após o início da terapia foram realizados novos exames de SDMA, e bioquímico e, os mesmos demostraram resultados de SDMA de 28µg/dL, creatinina reduziu para 1,1mg/dL, demonstrando resultados satisfatórios.

Como tratamento coadjuvante é fornecido Ômega 3 (2 ml, 24h de uso contínuo), um estudo recente, demonstra a melhora do estado geral dos animais com DRC, melhorando a excreção renal e não ocasionando o aumento da pressão glomerular. Com isto, auxiliando a melhorar da taxa de filtração glomerular, reduzindo a principal causa da progressão da DRC, a proteinúria, corroborando com os sinais demonstrados pelo animal (VALLE, 2014).

De acordo Mcloughlin (2008), o controle alimentar de paciente com DRC associa o suprimento de uma dieta com moderada redução de proteína, sódio e fósforo, com fornecimento de calorias não proteicas, vitaminas e minerais em quantidade adequada. A terapia tem evidenciado resultados convincentes para reduzir as crises urêmicas, além de aliviar os sinais clínicos e manter a condição corporal do animal. A dieta terapêutica também tem como objetivo estimular o apetite e a alimentação do animal, visto que a maioria dos animais acometidos pela DRC apresentam redução do apetite ou anorexia. As dietas renais são ferramentas importantes no tratamento da DRC, quando comparadas a dietas normais, mostrando resultados satisfatórios em prolongar a sobrevida dos animais acometidos por essa patologia.

Segundo Nelson e Couto (2015) as dietas para doenças renais diferem de dietas convencionais devido a diminuição dos níveis de sódio, proteína e fósforo, sendo parte importante na terapêutica da DRC a redução desses constituintes na dieta dos pacientes. No caso relatado recomendou-se o uso de ração renal para a paciente e a mesma ganhou peso e ficou mais ativa. De acordo com Polzin et al.(2008), é muito formidável o equilíbrio hídrico, pois se for insuficiente para equilibrar a perda excessiva

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de água associada a poliúria, a desidratação e a hipoperfusão renal podem ocasionar uma crise urêmica, levando a piora do quadro clínico. Por essas razões McLoughlin (2008), salienta a necessidade do consumo maior de água, que neste caso foi indicado a proprietária colocar várias vasilhas de água fresca pela casa, assim estimulando o fornecimento para o animal. Segundo Polzin (2015), em pacientes com DRC se faz necessário o acompanhamento a cada 3 ou 4 meses, realizando exames laboratoriais do perfil bioquímico, relação proteína creatinina urinária para monitorar a evolução da doença.

Existem alguns mecanismos compensatórios que colaboram para a perpetuação e progressão do dano renal. Dentre eles, a hipertensão, infecção urinária, nefrite, diabetes, hiperfiltração capilar glomerular, hipertrofia renal, aumento do consumo renal de oxigênio, aumento da amoniagênese renal e a alteração no metabolismo do fosfato. Estes mecanismos ocorrem com a tentativa de manter a homeostase pela atividade renal remanescente. Muitas vezes a destruição renal progride pelo desconhecimento e tratamento inadequado das doenças renais. Não foi diagnosticado nenhum desses fatores ou patologias durante o exame clínico e nos exames laboratoriais da fêmea canina, devido ao rápido diagnóstico (TOZZETTI et al., 2009).

Algumas complicações são vistas no decorrer do avanço da DRC, por exemplo, determinados animais, apresentam anemia normocítica normocrômica arregenerativa, devido a produção diminuída de eritropoietina pelos rins, além das hemácias com menor sobrevida, perdas sanguíneas pelo trato gastrointestinal e efeitos toxêmicos da uremia sobre a eritropoiese (CASTRO, 2016) A prevalência e a intensidade da anemia estão relacionadas ao estágio da doença renal e a deficiência na produção de eritropoietina, sendo sua principal causa, pois os rins elaboram esse hormônio, que estimula a produção de eritrócitos e quando há DRC a produção do mesmo não ocorre em níveis satisfatórios. A anemia induz o paciente a apresentar fadiga, redução na capacidade de realizar exercícios, diminuição do libido e função cognitiva, que resultam negativamente na sua qualidade de vida, além de estar relacionada à insuficiência cardíaca, sendo que as doenças cardíacas são as principais causas de mortalidade na DRC (BUENO; FRIZZO, 2014).

De acordo com Queiroz (2015), outra complicação é a síndrome urêmica, definida como multisistêmica que surge como resultado da função renal anormal e para qual convergem todas as doenças renais generalizadas e progressivas. Todavia,

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a síndrome urêmica também ocorre por falhas das funções metabólicas e endócrinas que normalmente são realizadas pelos rins. Os sinais clínicos apresentados são inespecíficos e incluem, vômito, diarreia, inapetência, depressão, letargia, fraqueza, falta de interação social e perda de peso. Além disso a uremia é considerada um mecanismo que diminui a reabsorção de bicarbonato, em decorrência do aumento de reabsorção de sódio e pode acarretar na diminuição da excreção de amônia (KOGIKA; WAKI; MARTORELLI, 2015) As consequências gastrintestinais, incluem erosões e úlceras na mucosa oral e língua que pode ser vistas em cães urêmicos. As úlceras pode ser causadas pela excreção da ureia na saliva e quebra em amônia por bactérias orais. A gastroenterite com hemorragia no trato gastrointestinal é comum em cães com DRC, pois ela aparece em decorrência do sangramento motivado pela disfunção plaquetária, além da produção de amônia a partir da ureia por bactérias no trato gastrintestinal, e isquemia por lesões vasculares, além do aumento das concentrações de gastrina pela diminuição da excreção renal (NELSON e COUTO, 2015).

Segundo Queiroz (2015), na DRC com a redução da TFG, a excreção do fósforo fica comprometida, levando ao excesso de fósforo na corrente sanguínea, que estimula a síntese e secreção do paratormônio e, além disso, estimula a hiperplasia da glândula paratireoide, gerando hiperparatireoidismo secundário renal e hiperfosfatemia. O hiperparatireoidismo secundário renal e a osteodistrofia fibrosa, sendo a primeira patologia mais frequente que a segunda, é comum em cães jovens, pois, ocorre quando o osso em crescimento metabolicamente ativo é mais susceptível aos efeitos adversos do hiperparatireoidismo. Por razões não conhecidas, os ossos do crânio e da mandíbula são os mais gravemente acometidos, podendo se tornar tão desmineralizados que os dentes, se tornando móveis e a mandíbula pode ser arqueada ou torcida sem fraturas, chamada de “mandíbula de borracha” (POLZIN et al., 2008). O hiperparatireoidismo secundário renal pode ser prevenido ou revertido em cães que demonstram DRC por meio da redução da ingestão dietética de fósforo em proporção ao decréscimo da TFG (NELSON e COUTO, 2015).

Se o aporte de fósforo permanecer constante, o declínio da TFG para menos de 20% do normal acarreta na retenção de fósforo, e finalmente ocorre a hiperforfatemia. Entretanto nos estágios precoces da DRC as concentrações séricas de fósforo permanecem dentro da variação normal, por causa da diminuição compensatória da reabsorção de fósforo nos néfrons sobreviventes. A hiperfosfatemia persistente é um mecanismo que provoca déficit de vitamina D ativa e estímulo para

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a síntese do paratormônio, e tem sido diretamente relacionada com o aumento da mortalidade em cães com DRC (POLZIN et al., 2008; KOGIKA; WAKI; MARTORELLI, 2015).

A acidose metabólica é uma complicação da DRC que aparece principalmente em animais no estádio 4 e está adjunta à progressão da doença Quando há um comprometimento da função renal, os rins perdem a capacidade de excreção dos íons de hidrogênio, juntamente com a dificuldade de reabsorção tubular do bicarbonato filtrado, surgindo a acidose metabólica. Alguns sinais clínicos que ocorre na acidose metabólica, incluem a anorexia, náuseas, vômito, letargia, debilidade, atrofia muscular, perda de peso e desnutrição O tratamento alcalinizante é de grande valia para reverter tais sintomas apresentados pelos animais (POLZIN et al., 2008; QUEIROZ, 2015).

Outra consequência é a síndrome nefrótica, que se diferencia pela presença simultânea de hipoalbuminemia, proteinúria, hiperlipidemia e acúmulo de líquidos intersticiais ou em cavidades corpóreas A causa principal em cães são as doenças glomerulares, principalmente a glomerulonefrite imunomediada, que ocorre a deposição de imunocomplexos nas paredes dos capilares glomerulares. Pacientes que apresentam esta síndrome exibem concentrações plasmáticas de albumina inversamente proporcionais às concentrações de colesterol. Uma complicação importante desta síndrome é a trombose, secundária a alterações no sistema de coagulação como: elevação do fibrinogênio e dos fatores V e VIII, além da redução da antitrombina III, devido à perda urinária e hipersensibilidade plaquetária, alterando a fibrinólise. Sendo indicado nestes casos o uso de medicamentos anticoagulantes como a aspirina ou anti-agregador plaquetário como a heparina (QUEIROZ, 2015).

Segundo Polzin et al. (2008), as complicações oculares devido as consequências da hipertensão arterial de cães e gatos com DRC, são facilmente observadas na rotina clínica. Ocorre uma lenta resposta da pupila ao estímulo luminoso, que pode ser visto na ausência de hifema ou descolamento de retina. O mecanismo da retinopatia hipertensiva é relacionado aos efeitos prolongados da elevação da pressão sanguínea sobre a vasculatura retinal. Em decorrência deste fator a hipertensão crônica leva a vasoconstrição arteriolar prolongada na retina, na tentativa de auto- regular o fluxo sanguíneo local. Assim sendo, quando há oclusão das arteríolas pré- capilares pode levar à isquemia e a degeneração da retina.

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De acordo com Polzin et al. (2008), a azotemia é ocasionada pelo excesso de ureia ou de compostos nitrogenados no sangue, pois quando há a perda da função renal, leva ao acúmulo de uma grande variedade de compostos, como o nitrogênio, abrangendo a ureia e a creatinina. Pacientes que apresentam insuficiência renal primária tem a diminuição da capacidade de excretar os catabólitos proteináceos devido à redução na TFG. Em alguns casos acredita-se que os catabólitos proteicos retidos contribuem para a produção dos sinais urêmicos e de várias anormalidades que são encontradas em pacientes com DRC. A ureia pode ser excretada pelos rins, retida na água corpórea ou metabolizada em amônia mais dióxido de carbono pelas bactérias no trato gastrintestinal, entretanto a amônia produzida do trato gastrintestinal é reciclada em uréia no fígado, ocasionando a ausência de nitrogênio ou ureia. As concentrações de BUN são inteiramente relacionadas ao conteúdo proteico da dieta, portanto o BUN pode ser visto como uma medida de toxinas urêmicas armazenadas. Assim as concentrações de BUN podem aumentar por hemorragias gastrintestinais, diminuição do volume urinário, certos fármacos, entre outros. A redução das concentrações do BUN ocorre devido a insuficiência hepática, dietas com baixo teor de proteínas, além de desvio portos-sistêmicos. Sendo assim, as concentrações de BUN devem ser interpretadas com o conhecimento dos valores de creatinina sérica, em particular em pacientes que consomem dietas restritas em proteínas. Neste caso o índice de BUN perante as concentrações séricas normais de creatinina podem indicar dieta pobre em proteína, pelo aumento do catabolismo proteico, hemorragia gastrintestinal, desidratação ou até mesmo redução da massa muscular (POLZIN et al., 2008).

Alguns sinais de encefalopatias metabólicas e mais raramente neuropatias periféricas são descritas em cães e gatos com uremia. Destaca-se que 65% de cães e gatos com DRC apresentam manifestações neurológicas. A patogenia destes sinais neurológicos é do ambiente urêmico, pois a bomba de trifosfato adenosina de sódio-potássio e de diversas bombas de cálcio são alteradas na uremia. Entretanto as bombas de cálcio desempenham uma ação no desenvolvimento da encefalopatia urêmica, pois ela são responsáveis pela liberação de neurotransmissores que levam informações para os terminais nervosos (POLZIN et al., 2008). Diante destas diversas consequências decorrentes da DRC, ressalta-se que a paciente do presente caso não apresentou nenhuma delas, devido ao rápido diagnóstico e instituição de terapia e controle.

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De acordo com Nelson e Couto (2015), o prognóstico da doença geralmente varia entre cada paciente, podendo ter uma sobrevida de meses a anos. Porém cães com manifestações clínicas evidentes a doença pode levar a falência renal devido a progressão rápida. Neste caso relatado o animal foi diagnosticado precocemente com a doença renal através do exame de SDMA aliado a outros exames. Após o estadiamento dos sinais clínicos o animal apresenta-se em bom estado de saúde, sem sinais clínicos, pois o diagnóstico foi rápido e preciso, levando a uma sobrevida prolongada ao animal (KOGIKA; WAKI; MARTORELLI, 2015).

3.1.4 Conclusão

A DRC acomete cães e gatos de qualquer idade e raça. A doença foi diagnosticada por meio da anamnese e exames complementares, como a ecografia abdominal, aliado aos exames bioquímicos, urinálise e relação proteína creatinina urinária, além do SDMA, que foi de grande valia para o diagnóstico precoce da doença. O tratamento instituído não irá promover a cura da doença, porém, minimiza os sinais clínicos apresentados pelo animal. É de suma relevância a necessidade do acompanhamento trimestral do animal, sendo assim a principal forma de estadiamento da doença.

3.1.5 Referências

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4 CONCLUSÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é fundamental para complementar a formação acadêmica, pois nele é possível colocar em prática todo conhecimento adquirido na graduação, bem como, adquirir novos conhecimentos. A proximidade com profissionais capacitados nos permite uma prévia da rotina e da realidade da profissão, contribuindo para crescimento ético, pessoal e profissional.

A clínica Benevet- Centro de Saúde Animal, é referência na região pois conta com profissionais extremante qualificados e competentes. Há uma grande procura por atendimento na Clínica, e isto permite que o estagiário acompanhe diferentes casos clínicos e cirúrgicos, o que favorece o aprendizado.

A realização do estágio foi de extrema importância para o desfecho da vida acadêmica, pois possibilitou aliar a teoria à pratica e, certamente, essa experiência e conhecimento serão levados para minha vida profissional como Médica Veterinária.

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ANEXOS

ANEXO A: Ecografia abdominal (laudo com as alterações renais e imagens da paciente canina)

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ANEXO B: Primeiro exame bioquímico da paciente canina.

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ANEXO D: Segundo exame bioquímico e SDMA, após o início da terapia.

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Referências

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