BRENO VINICIUS DOS SANTOS MEIRELES
ANÁLISE DE PATOLOGIAS EM ESCOLAS MUNICIPAIS EM BOM JARDIM – MA
SINOP – MT 2019/01
ANÁLISE DE PATOLOGIAS EM ESCOLAS MUNICIPAIS EM BOM JARDIM – MA
Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Prof. Orientador: Dr. Roberto Vasconcelos Pinheiro.
SINOP – MT 2019/01
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Relação de escolas da sede do município ... 15
Quadro 2 - Relação de escolas da zona rural do município ... 16
Quadro 3 - Relação de todos os prédios públicos do município ... 18
Quadro 4 - Causas gerais de defeitos em edifícios ... 24
Quadro 5 - Origens da umidade em edificações ... 27
Quadro 6 - Principais causas que proporcionam fissuras ... 31
Quadro 7 - Principais tipos de agentes de deterioração da madeira ... 33
Quadro 8- Quadro de diagnóstico, Prognóstico e Terapia ... 44
Quadro 9 - Falhas e subfalhas ... 45
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Localização de Bom Jardim no estado do Maranhão ... 13
Figura 2 - Localização de Bom Jardim no Brasil ... 14
Figura 3 - Vista Aérea de Bom Jardim ... 14
Figura 4 - Origem dos problemas patológicos ... 24
Figura 5 - Conceituação de vida útil de concreto tomando por referência o fenômeno de corrosão de armaduras. ... 25
Figura 6 - Causas de aporte e de remoção da água nas alvenarias ... 27
Figura 7 - Fissura ... 29
Figura 8 - Trinca ... 29
Figura 9 - Rachadura ... 30
Figura 10 - Localização das patologias na planta da edificação ... 49
LISTA DE ABREVIATURAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CDC – Código de Defesa do Consumidor EMEB – Escola Municipal de Educação Básica IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística NBR – Norma Brasileira
PPCI – Plano de Prevenção Contra Incêndio
PROCON – Programa de Proteção e Defesa do Consumidor
SEMISP – Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1. Título: Análise de patologias estruturais em edificações públicas em Bom Jardim – MA.
2. Tema: Engenharia Civil. 3. Delimitação do Tema: CNPQ.
4. Proponente(s): Breno Vinicius dos Santos Meireles. 5. Orientador(a): Dr. Roberto Vasconcelos Pinheiro.
6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso.
7. Público Alvo: Comunidade acadêmica das escolas municipais de Bom Jardim – MA.
8. Localização: Bom Jardim – MA 9. Duração: 09 meses.
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 8 2. PROBLEMATIZAÇÃO ... 10 3. JUSTIFICATIVA ... 11 4. OBJETIVOS ... 12 4. 1. OBJETIVO GERAL ... 12 4. 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 12 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 13 5. 1. A CIDADE ... 13
5. 1. 1. ESCOLAS DE BOM JARDIM ... 15
5. 2. PATOLOGIAS: CONCEITOS IMPORTANTES ... 23
5. 2. 1. PATOLOGIAS ... 23
5. 2. 2. VIDA ÚTIL ... 24
5. 3. INSPEÇÃO ... 26
5. 4. AÇÃO HIGROSCÓPICA (UMIDADE) ... 26
5. 5 FISSURAS/ TRINCAS ... 28
5. 5. 1 TIPOS DE FISSURAS EM ALVENARIA ... 31
5. 5. 2 CAUSAS DE FISSURAS EM ALVENARIA ... 31
5. 6 ESTRUTURAS DE MADEIRA ... 32
5. 7 CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES BIÓTICOS ... 34
5. 7. 1 BACTÉRIAS ... 34
5. 7. 2 FUNGOS ... 34
5. 7. 3 INSETOS ... 34
5. 8 DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO DA ALVENARIA ... 35
6. METODOLOGIA ... 37
b. Análise descritiva: ... 37
c. Pesquisa explicativa: ... 37
d. Resultados: ... 38
e. Normas Brasileiras a serem utilizadas para análise: ... 38
7. CRONOGRAMA ... 39 8. REFERÊNCIAS ... 40 9. ANEXOS ... 44 9. 1 ANEXO I ... 44 9. 2 ANEXO II ... 45 9. 3 ANEXO III ... 49 9. 4 ANEXO IV ... 50 9. 5 ANEXO V ... 51 9. 5 ANEXO VI ... 52
1. INTRODUÇÃO
Desde os tempos remotos, o homem vem construindo obras de engenharia a fim de proporcionar conforto, bem-estar da população e melhores condições de vida. O tempo passou, construíram-se casas, prédios, estradas, escolas, pontes etc. e, inevitavelmente, apareciam problemas nas construções, forçando assim, que o homem procurasse soluções para sanar tais problemas. Souza (1998), comenta que devido ao crescimento acelerado da construção civil, houve a necessidade de se inovar e, junto a isso, aceitou-se maiores riscos.
Segundo Rocha (2015), as edificações estão subordinadas a sofrerem com as ações de agentes que colaboram com a redução da vida útil e, concomitantemente, diminuem, significativamente, sua resistência.
O estudo da Patologia das Construções teve grande inspiração na medicina. O engenheiro passou então buscar a origem das manifestações patológicas (diagnosticar os problemas das estruturas), estudar os mecanismos e consequências destas manifestações e, com isso, prever como o problema evoluiria e qual seria o comportamento da estrutura (elaborar prognósticos), passou a tratar a causa desta manifestação de forma a sanar definitivamente o problema (indicar terapias) e até mesmo a desenvolver sistemas de proteção que impedissem a ocorrência da manifestação (profilaxia das edificações). (ROCHA, 2015, p. 3)
Segundo Oliveira (2018), com o advento do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON), o consumidor brasileiro tornou–se muito mais exigente e esclarecido em relação a seus direitos. As empresas do ramo da construção civil começaram a sentir necessidade de padronizar e aumentar a qualidade em suas obras, o que inevitavelmente acarretou em aumento nos custos pós-venda.
De acordo com Dórea et al. (2010), os profissionais do ramo da construção civil visam economia de tempo e baixo custo, porém, algumas vezes, adotam soluções de caráter duvidoso e sem o devido cuidado para atender às normas técnicas já estabelecidas. Os mesmos, ocasionalmente, mascaram possíveis falhas, ainda durante o processo de execução e, futuramente, comprometem a realização de um diagnóstico preciso. Fazem isso, temendo prejuízos financeiros, porém, sem se atentar que suas tomadas de decisões equivocadas podem resultar em patologias, possivelmente, mais graves. Executar corretamente evita gastos financeiros com reparações e intervenções e assim mantém a vida útil das obras, além de evitar acidentes. “É bastante comum não haver distinção entre os termos utilizados para descrever as manifestações patológicas, que são chamadas de lesões, danos, defeitos e falhas [...]”. (DÓREA et al., 2010, p. 2).
Desta forma, este trabalho tem função de apresentar e descrever as principais manifestações patológicas apresentadas em edificações públicas na cidade de Bom Jardim – MA, buscando entender suas principais causas e analisar soluções que poderiam impedir ou ao menos minimizar os problemas ali apresentados.
2.PROBLEMATIZAÇÃO
Bom Jardim é uma cidade que foi fundada na década de 1960 e, atualmente, possui 52 anos de emancipação. Porém, em todo este período de emancipação política, as administrações públicas municipais não deram a devida atenção aos prédios públicos, o que resultou em edificações bem antigas, encontrando-se em estado de calamidade ou com péssimas condições de funcionamento, sendo que, na maioria delas não houve manutenções periódicas preventivas ou reparos adequados.
Tal fato, fez com que surgisse vários tipos de patologias, tais como: fissuras, trincas e rachaduras nas alvenarias; descolamento de revestimentos das alvenarias; apodrecimento e deformações das estruturas de cobertura; entre outras. Portanto, quais os diagnósticos e prognósticos para tais situações?
3. JUSTIFICATIVA
Ultimamente tem-se visto problemas causados por erros de engenharia (por omissão ou por falta de conhecimento técnico), como os rompimentos das barragens em Mariana e Brumadinho, por exemplo.
Em Bom Jardim não foi diferente e, por pouco, também não foi alvo de comoção nacional. A estrutura da Escola Municipal Frei Antônio Sinibaldi colapsou, ou seja, o teto e paredes de uma das salas desabaram. Vale ressaltar que, nesta edificação, foi realizada uma reforma recente, mas, infelizmente não evitou os problemas estruturais, principalmente na cobertura. É possível que, os reparos tenham sido executados sem identificar a real causa das patologias ou identificados erroneamente e, portanto, realizadas intervenções de maneira inadequadas.
Vale ressaltar que as técnicas construtivas, assim como os materiais utilizados na construção civil, evoluíram ao passar do tempo. Junto a isso, a preocupação com a segurança e com o conforto do usuário também tornaram–se pontos fundamentais. Exemplo disso, são os PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndio) e SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), que são obrigatórios para o funcionamento das escolas. Contudo, em Bom Jardim, até mesmo em escolas construídas recentemente, não há sinal da elaboração dos citados sistemas de proteção. Sinal de que é uma cidade, localizada em um dos estados mais pobres do país, que não acompanha devidamente o progresso do resto do país.
Haja vista o que já foi mencionado até aqui, faz-se necessário uma análise aprofundada nas escolas desta região, para que se saiba a real situação em que elas se encontram e, assim, seja possível garantir mais segurança aos usuários destes. Em princípio, a resposta a estes problemas não será suficiente para a solução de todos os problemas já instaurados, porém, o projeto de pesquisa proposto poderá contribuir, significativamente, para a melhoria das edificações e, principalmente, da comunidade que utiliza estes espaços.
4. OBJETIVOS
4. 1. OBJETIVO GERAL
Identificar possíveis manifestações patológicas em escolas do município de Bom Jardim.
4. 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
✓ Identificar as possíveis causas de umidade nestas edificações;
✓ Identificar as possíveis causas de fissuras, trincas e rachaduras nestas edificações;
✓ Identificar as possíveis causas de apodrecimento das peças madeira da estrutura de cobertura das edificações;
✓ Identificar as possíveis causas de descolamento de revestimento nestas edificações;
✓ Propor soluções para o reparo das inconformidades encontradas;
✓ Apresentar modos de prevenção para buscar evitar o aparecimento de manifestações patológicas futuras.
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5. 1. A CIDADE
Bom Jardim é um município brasileiro do estado do Maranhão. Sua população é de 41.435 habitantes segundo estimativa do IBGE em 2018. Na Figura 1, pode-se ver a localização do município dentro do estado do Maranhão, e na Figura 2, sua localização dentro do país.
Figura 1- Localização de Bom Jardim no estado do Maranhão
Figura 2 - Localização de Bom Jardim no Brasil
Na Figura 3 apresenta-se uma visão aérea recente da cidade.
1
1 Fotografia tirada através de um drone, pelo jornalista bonjardinense Rafael Gonçalves e publicada em sua rede
social.
Fonte: Gonçalves (2018)¹. Fonte: Nordnordwest (2009).
5. 1. 1. ESCOLAS DE BOM JARDIM
Conforme Madeiro (2015), o município possui atualmente 108 unidades escolares da Rede Pública de Ensino Municipal em funcionamento, sendo que 10 delas encontram-se na zona urbana do município. No Quadro 1, tem-se a relação de escolas localizadas na zona urbana do município.
Quadro 1 - Relação de escolas da sede do município
Nº EMEB Endereço Ano de construção Ano / última Reforma nº de salas nº alunos Modalidade 01 Ney Braga Rua 7 de setembro, centro 12 872 Ensino fund. maior (6º ao 9º ano)
02 Prof. Dinare Feitosa
Rua Travessa das Flores, s/n, Alto dos
Praxedes 11 730
Ensino fund. maior (6º ao 9º ano)
03 Frei Antonio Sinibaldi
Pr. Miguel Meireles,
Vila Meireles 11 588
Ensino fund. menor (1º ao 5º ano)
04
Rosilda Martins de Oliveira
Rua Rio Branco, s/n,
Alto dos Praxedes 05 237
Ensino fund. menor (1º ao 5º ano) e educação infantil
05
Raimundo Meireles Pinto
Rua Dom Campos, s/n,
Vila São Bernardo 04 185
Ensino fund. menor (1º ao 5º ano) e educação infantil
06 Adroaldo Alves Matos Rua R. de Janeiro, s/n, Vila Pedrosa
05 273
Ensino fund. menor (1º ao 5º ano)
07 Dr. Antonio Muniz Alves Rua do Flamengo, s/n, Vila Muniz 04 269
Ensino fund. menor (1º ao 5º ano) e educação infantil
08 A. Feitosa Primo Rua Nova, s/n, Alto dos Praxedes 05 246 Ensino fund. menor (1º ao 5º ano)
09
Inst.de Educ. Infantil Adroaldo A. Matos
Rua Humberto de
Campos, s/n, centro 09 573 Creche e Educação
Infantil
10
Inst.de Educ. Infantil Maria S. F. de Araújo
Rua Rio Branco, s/n,
Alto dos Praxedes 04 157 Creche e Educação
Infantil2
Os restantes das escolas estão localizadas na Zona Rural, sendo que nem todas estão em funcionamento. No Quadro 2 tem-se a relação dos principais povoados que contemplam escolas:
2 SEMISP de Bom Jardim – MA. Dados obtidos pelo pesquisador através de um estágio realizado na Prefeitura
Quadro 2 - Relação de escolas da zona rural do município
Nº EMEB Endereço Ano de
construção
Ano / última Reforma
nº de salas nº alunos Modalidade
01 Men de Sá Rua principal, n/s, pov.
Rosário 03 97
Fundamental menor 02 Santa Clara Rua principal, n/s, pov.
Rosário 03 108
Fundamental e Ed. Infantil
03 Dep. Vieira da Silva Rua principal, n/s, pov.
Rapadura Velha 01 16
Fundamental e Ed. Infantil
04 Dom Pedro II Rua principal, n/s, pov.
Rapadurinha 02 71
Fundamental e Ed. Infantil
05 Raimundo Nonato Pinheiro Rua da Padaria, s/n, Novo
Carú 02 118
Fundamental menor 06 Dr. Mário Henrique Simonsen Praça da Matriz, s/n, Novo
Carú 02 142
Ensino Fundamental 07 Eurico Gaspar Dutra Praça da Matriz, s/n, Novo
Carú 02 75
Fundamental e Ed. Infantil
08 Nossa Senhora de Fátima Pov. Jatobá Ferrado 01 08 Fundamental e Ed.
Infantil
09 Antonio Carlos Beckman Rua Principal, Pov. Tirirical 04 117 Ensino
Fundamental
10 Malrinete Gralhada Rua da Paz, s/n, pov. Tirircal 03 111 Fundamental e Ed.
Infantil 11 Zé Ferino Gomes Pereira Rua do Brejo, s/n, pov. Zé
Boeiro 02 62
Fundamental e Ed. Infantil
12 Nagib Haickel Pov. KM 18 04 100 Fundamental e Ed.
Infantil
13 Frei Damião Pov Galego do Fernando 02 21 Fundamental e Ed.
Infantil
Quadro 2 – CONT.
Nº EMEB Endereço construção Ano de Ano / última Reforma nº de salas nº alunos Modalidade
14 Frei Henrique de Coimbra Pov. Escada do Carú 02 30 Fundamental e Ed.
Infantil 15
Castro Alves Rua Principal, s/n, pov.
Cassimiro 06 154
Fundamental e Ed. Infantil
16
Luis Rego Rua Principal, s/n, Pov.
Centro do Nascimento 01 36
Fundamental e Ed. Infantil
17
Nossa Senhora dos Anjos Pov. Centro do João Bastião 02 26 Fundamental e Ed.
Infantil 18
Manoel da Conceição Pov. Boa esperança da Àgua
Preta 01 29
Fundamental e Ed. Infantil
19
Dom Pedro I Rua Principal, Pov. Barraca
lavada 02 16
Fundamental e Ed. Infantil
20 Princesa Isabel Pov. Boa Vista 01 16 Fundamental e Ed.
Infantil
21 São Miguel Pov. Barrote 02 31 Fundamental e Ed.
Infantil
No total, todos os prédios públicos pertencentes ao município, próprios ou não, estão relacionados no Quadro 3:
Quadro 3 - Relação de todos os prédios públicos do município
IMÓVEL LOCAL ÁREA CONST.
(m²) SITUAÇÃO
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS
SECR. DE INFR. E SERVIÇOS SEDE 447.92 ALUGADO
SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CASA DO CONSELHO SEDE 61.96 ALUGADO
CREAS ALTO DOS PRAXEDES SEDE 228,49 ALUGADO
SECRETARIA DE ESPORTE, CULTURA E LAZER SECRETARIA DE ESPORTE E
LAZER SEDE 133.10 ALUGADO
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PREF. MUNICIPAL DE BOM
JARDIM SEDE 809.81 PRÓPRIO
GUARDA MUNICIPAL SEDE 161.50 ALUGADO
SECRETARIA DE GESTÃO DE COMPRAS E SUPRIMENTOS
ALMOXARIFADO CENTRAL SEDE 394.44 ALUGADO
SECRETARIA DE SAÚDE
SECR. MUNICIPAL DE SAÚDE SEDE 173,13 ALUGADO
CENTRO DE SAÚDE RAIMUNDO
NASSAU SEDE 490.41 ALUGADO
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ALTO DOS PRAXEDES SEDE 161.93 ALUGADO
VIGILÂNCIA SALITÁRIA SEDE 150.25 ALUGADO
UN. BÁSICA DE SAÚDE CENTRO SEDE 187.85 ALUGADO
CENTRO DE ABASTECIMENTO
FARMACÊUTICO SEDE 122.55 ALUGADO
CASA DE APOIO SÃO LUÍS SÃO LUIS 323.93 ALUGADO
CASA DE APOIO BOM JARDIM -
VILA MUNIZ SEDE 72.61 ALUGADO
UBS VILA PEDROSA SEDE 108,42 ALUGADO
POSTO DE SAÚDE CRISTALÂNDIA SEDE 80.32 ALUGADO
FUNASA SEDE 116.95 PRÓPRIO
MATADOURO SEDE 194.65 PRÓPRIO
MERCADO MUNICIPAL SEDE 1460.23 PRÓPRIO
SEC. DE AGRICULTURA SEDE 314.76 PRÓPRIO
UBS ANTONIO CONSELHEIRO REGIÃO
VARIG/MIRIL 210.60 PRÓPRIO
UBS CASSIMIRO POV. CASSIMIRO 368.54 PRÓPRIO
UBS NOVO CARU POV. NOVO CARU 249.53 PRÓPRIO
Quadro 3 – CONT.
IMÓVEL LOCAL ÁREA CONST.
(m²) SITUAÇÃO
UBS ROSÁRIO POV.ROSÁRIO 158.57 PRÓPRIO
UBS SANTA LIUZ POV.SANTA LUZ 195.53 PRÓPRIO
UBS TIRIRICAL POV. TIRIRICAL 218.53 PRÓPRIO
UBS VILA BANDEIRANTE POV. VILA
BANDEIRANTE 233.59 PRÓPRIO
UBS IGARAPÉ DOS ÍNDIOS POV. IGARAPÉ DOS
ÍNDIOS 210.22 PRÓPRIO
UBS VARIG REGIÃO
VARIG/MIRIL 269.53 PRÓPRIO
UBS BREJO SOCIAL REGIÃO
VARIG/MIRIL 230.14 PRÓPRIO
UBS VILA NOVO JARDIM REGIÃO
VARIG/MIRIL 230.14 PRÓPRIO POSTO DE SAÚDE S. PEDRO CARU SÃO PEDRO CARU 230.14 PRÓPRIO
CAPS SEDE 220.74 PRÓPRIO
UBS OSCAR POV. OSCAR 196.20 PRÓPRIO
HOSPITAL SEDE 491.07 PRÓPRIO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
EMEB. BOM JESUS POV. VILA NOVO
JARDIM 124.79 ALUGADO
EMEB. ESTER FIGUEIRA FERRAZ POV. SAPUCAIA 108.14 ALUGADO EMEB. SANTA RITA DE CÁSSIA POV. VILA
AEROPORTO 102.00 ALUGADO
EMEB. NOSSA SENHORA APARECIDA
POV.
CRISTALÂNDIA 182.18 ALUGADO EMEB. DR. NUNES FREIRE POV. TURIZINHO 191.96 ALUGADO DEPOSITO DE MATERIAL DE
EXPEDIENTE E GRÁFICO SEDE 85.05 ALUGADO
DEPOSITO DE MATERIAL
DIDÁTICO SEDE 64.15 ALUGADO
ANEXO DA I.E.I ADROALDO
ALVES MATOS SEDE 231.20 ALUGADO
EMEB. DR. MUNIZ ALVES SEDE 90.21 ALUGADO
EMEB. RUI BARBOSA POV. ÁGUA
BRANCA 37.82 ALUGADO
EMEB. DR. ANTÔNIO MUNIZ
ALVES SEDE 90.21 ALUGADO
EMEB. DR. ANTÔNIO DINO POV. OSCAR 115.11 ALUGADO
EMEB. SÃO BENEDITO POV. BARRA DO
GALEGO ALUGADO
EMEB. JOÃO PAULO II POV. VILA BOM
JESUS 30.75 ALUGADO
ANTIGA SEMED SEDE 317.85 PRÓPRIO
EMEB MANOEL DA CONCEIÇÃO POV. BOA
ESPERANÇA 56.37 PRÓPRIO
EMEB FRANCISCA GERMANA DE
BRITO NEVES POV. SANTA LUZ 388.79 PRÓPRIO
CRECHE ADROALDO ALVES
MATOS SEDE 660.35 PRÓPRIO
Quadro 3 – CONT.
IMÓVEL LOCAL ÁREA CONST.
(m²) SITUAÇÃO ESCOLA ADROALDO ALVES
MATOS SEDE 452.40 PRÓPRIO
ESCOLA 03 DE SETEMBRO - ANT.
CONSELHEIRO REG. VARIG/MIRIL 285.52 PRÓPRIO
ESCOLA DOM PEDRO II POV. RAPADURINHA 112.36 PRÓPRIO
EMEB ALEXANDRE COSTA POV. CANAÂ 122.43 PRÓPRIO
EMEB ANTONIO CARLOS
BEKMAN POV. TIRIRICAL 189.02 PRÓPRIO
EMEB ANTONIO MUNIZ ALVES SEDE 447.23 PRÓPRIO
EMEB ANT. PALHANO POV. IGARAPÉ DO
JARDIM 71.40 PRÓPRIO
EMEB CASTRO ALVES POV. CASSIMIRO 576.32 PRÓPRIO
EMEB DINARE FEITOSA SEDE 1606.89 PRÓPRIO
EMEB DOM PEDRO POV. BARRACA
LAVADA 105.95 PRÓPRIO
EMEB DR. HENRIQUE POV. NOVO CARU 280.15 PRÓPRIO
EMEB DUQUE DE CAXIAS POV. IGARAPÉ DAS
TRAÍRAS 300.05 PRÓPRIO
EMEB EURICO GASPAR POV NOVO CARU 290.28 PRÓPRIO EMEB MARIO GUIDI POV. VILA ABREU 307.16 PRÓPRIO EMEB FREI DAMIÃO - GALEGO POV. GALEGO 174.29 PRÓPRIO EMEB SÕ MIGUEL - BARROTE POV. BARROTE 101.88 PRÓPRIO EMEB ANTONIO MOREIRA GOMES POV. IGARAPÉ
GRANDE 72.23 PRÓPRIO
EMEB GETÚLIO VARGAS POV. 3 OLHOS
DÁGUA 202.81 PRÓPRIO
EMEB GONÇALVES DIAS - RIO
AZUL REG. VARIG/MIRIL 76.50 PRÓPRIO
EMEB JOSÉ DE ANCHIETA POV. VILA
BANDEIRANTE 261.59 PRÓPRIO
EMEB LEONBEL BRIZOLA POV. VILA
BANDEIRANTE 273.28 PRÓPRIO
EMEB MACHADO DE ASSIS POV. VILA
BANDEIRANTE 170.70 PRÓPRIO
EMEB MEN DE SÁ POV. ROSÁRIO 125.83 PRÓPRIO
EMEB NAGIB HAICKEL POV. KM 18 311.80 PRÓPRIO
EMEB NOSSA SR APARECIDA -
CRISTALÂNDIA REG. VARIG/MIRIL 131.95 PRÓPRIO
EMEB PEDRO COSTA SOUSA POV. ÍNDIO DOS
MACHADOS 89.30 PRÓPRIO
EMEB PEDRO NEIVA DE SANTANA
POV. IGARAPÉ DOS
ÍNDIOS 482.53 PRÓPRIO
ANEXO EMEB PEDRO NEIVA DE SANTANA
POV. IGARAPÉ DOS
ÍNDIOS 130.73 PRÓPRIO
EMEB PRINCESA ISABEL POV. BOA VISTA 90.24 PRÓPRIO EMEB RAIMUNDO NONATO
PINHEIRO POV. NOVO CARU 276.83 PRÓPRIO
EMEB ROSA CASTRO I - BREJO
SOCIAL REG. VARIG/MIRIL 131.58 PRÓPRIO
EMEB ROSA CASTRO II - BREJO
SOCIAL REG. VARIG/MIRIL 156.03 PRÓPRIO
Quadro 3 – CONT.
IMÓVEL LOCAL ÁREA CONST.
(m²) SITUAÇÃO EMEB SANTA RITA DE CÁSSIA -
AEROPORTO REG. VARIG/MIRIL 73.80 PRÓPRIO
EMEB SÃO PEDRO - VARIG REG. VARIG/MIRIL 604.60 PRÓPRIO EMEB FREI ANTONIO SINIBALDE SEDE 1039.07 PRÓPRIO
EMEB ANTONIO FEITOSA PRIMO SEDE 371.78 PRÓPRIO
ESCOLA BOA ESPERANÇA POV. TURI DOS
COSTAS 48.43 PRÓPRIO
EMEB FERNANDO NORONHA POV. ZÉ BOEIRO 122.03 PRÓPRIO EMEB MARIA STELLA DE ARAÚJO SEDE 246.36 PRÓPRIO EMEB MALRINETE GRALHADA POV. TIRIRICAL 253.30 PRÓPRIO
EMEB NEY BRAGA SEDE 977.91 PRÓPRIO
EMEB NOSSA SR DE FÁTIMA POV. JATOBÁ
FERRADO 72.29 PRÓPRIO
EMEB RAIMUNDO MEIRELLES SEDE 205.13 PRÓPRIO
EMEB DEP. VIEIRA SILVA POV. RAPADURA
VELHA 48.43 PRÓPRIO
EMEB ROSILDA MARTINS SEDE 623.52 PRÓPRIO
EMEB SANTA CLARA POV. ROSÁRIO 421.68 PRÓPRIO
EMEB DR CLÁUDIO JR MOREIRA POV. IGARAPÉ DOS
ÍNDIOS 544.00 PRÓPRIO
EMEB NOSSA SENHORA DOS ANJOS
POV. JOÃO
SEBASTIÃO 134.71 PRÓPRIO
EMEB RUTH CARDOSO - GURVIA REG. VARIG/MIRIL 301.68 PRÓPRIO
EMEB ZÉ FERINO POV. NOVA OLINDA 72.29 PRÓPRIO
EMEB ADELAIDE MATOS POV. PEDRA DE
AREIA 268.16 PRÓPRIO
EMEB ALMIRANTE BARROSO POV. ALTO DA
SOFIA 72.29 PRÓPRIO
EMEB CAMINHO DO SABER - VI
SÃO FRANCISCO REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB CASTELO BRANCO - POV.
CABEÇEIRA BREJÃO REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB CECÍLIA MEIRELES - POV.
CENTRO DO ARISTIDES REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB CLEUMA SANTOS MATOS POV. CENTRO DO
ALFREDO 53.91 PRÓPRIO
EMEB CORAÇÃO DE JESUS POV. CHAPADA 50.44 PRÓPRIO EMEB MAZOU DE SOUSA - POV.
ALTO SANTO (FOGOIO) REG. VARIG/MIRIL 78.40 PRÓPRIO
EMEB DOM VALMIR POV. PALMEIRA
COMPRADA 82.36 PRÓPRIO
EMEB DANILO FURTADO - POV.
CÓRREGO JENIPAPO REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB DEP. VIEIRA DA SILVA POV. RAPADURA
VELHA 48.43 PRÓPRIO
EMEB DEUS É POR NÓS - ASS. BOA
ESPERANÇA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB É TUDO-POV. RIO DA ONÇA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB DR. BENEDITO A.
CARVALHO - POV. VILA PIMENTA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
Quadro 3 – CONT.
IMÓVEL LOCAL ÁREA CONST.
(m²) SITUAÇÃO EMEB EDSON LOBÃO - POV.
BREJO DA LUMA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB ESTER DE FIGUEIRA
FERRAZ POV. SAPUCAIA 72.60 PRÓPRIO
EMEB FRANCISCA MACHADO -
POV. VI NOVO JARDIM REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB FÉ EM DEUS - POV. LAGOA
DA SOMBRA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB FREI HENEIQUE DE COIMBRA
POV. ESCADA DO
CARU 268.16 PRÓPRIO
EMEB FUTURO DA VIDA - POV.
BREJÃO SUNIL REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB INFÂNCIA DO AMOR - POV.
VARIG SAPUCAIA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB JOÃO ALBERTO - POV.
BREJO DOS ÍNDIOS REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB JOSÉ PROCÓPIO - POV. TRÊS
PODERES REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB JOSÉ BENIFÁCIO POV. SÃO PEDRO
CARU 361.77 PRÓPRIO
EMEB JOSUÉ MONELO - POV.
CENTRO ZAQUEU REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB LAGO VERDE - POV.
MUTUM II REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB LEAL CRUZ - COMUNIDADE
RIO VERDE REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB LUIS REGO POV. CENTRO DO
NASCIMENTO 82.35 PRÓPRIO
EMEB MARIA SOCORRO O. DE
OLIVEIRA - POV RIO DOS BOIS REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB MARLY ANDRÉ - POV.
BARRAGEM DO MUTUM REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB NOVO HORIZINTE - POV
COCAL REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB OSVALDO CRUZ - SANTO
ANT. DO ALVOREDO/ MACACA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB PADRE NEWTON I. PEREIRA
- POV. FAZ. AMAZÊNICA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB PEDEIRA VITAL - POV. VILA
UNIÃO REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB REINI DA ALEGRIA - POV.
BREJINHO DA ÁGOA LIMPA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB RENASCER - VI SÃO
RAIMUNDO REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB ROSEANA SARNEY - VI
JACUTINGA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB RUI BARBOSA - POV. ÁGUA
BRANCA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB SANTA MARIA - POV. RIO
DA ONÇA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB SANTA MARIA - POV. BELA
VISTA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB SANTA TEREZA -
ASSENTAMEBTO RIO UBIM REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO CONT.
Quadro 3 – CONT.
IMÓVEL LOCAL ÁREA CONST.
(m²) SITUAÇÃO EMEB SÃO FRANCISCO DE ASSIS -
VI PAUSADA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB SÃO JOSÉ - POV. TRÊS
PODERES REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB SÃO JOSÉ REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB SANTO ANTONIO - POV. 60 REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB SANTO ANTONIO - POV.
ALTO DA FLEXA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB TERRA LIVRE - POV.
ASSENTAMENTO TERRA LIVRE REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO
EMEB VILA NOVA -
ASSENTAMENTO VILA NOVA REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO EMEB JUSCELINO KUBSCHEK -
POV. CÓRREGO DO AÇAÍ REG. VARIG/MIRIL 268.16 PRÓPRIO Total (m²) 8.472,39
5. 2. PATOLOGIAS: CONCEITOS IMPORTANTES 5. 2. 1. PATOLOGIAS
Para Gonçalves (2015), o termo “patologia”, dentro da esfera da Construção Civil, possui um significado relacionado à definição encontrada no ramo da Medicina, na qual estudam-se as origens e sintomas das doenças. Logo, Patologias são manifestações que influenciam diretamente no ciclo de vida das edificações, prejudicando o desempenho esperado dos mesmos. Geralmente causam incômodo e as soluções para corrigi-las podem ser dispendiosas.
Eduardo, Santos e Nóbrega (2017), afirmam que edificações antigas estão mais suscetíveis a falhas e manifestações patológicas, devido as técnicas construtivas mais rudimentares. Entre os principais motivos, temos principalmente deficiências em projetos e suas execuções e má qualidade dos materiais ou seu emprego inadequado. Thomaz et al. (2014) atestam que as principais causas de defeitos estão associadas a causas humanas e naturais, conforme o Quadro 4:
Fonte: Adaptada de Pintan et al. (2015). Quadro 4 - Causas gerais de defeitos em edifícios
Causas Fase Tipo
Ações humanas
Projeto
Métodos inadequados e erros de cálculo, informações técnicas insuficientes, avaliação incorreta do projeto (cargas, condições locais, incompatibilidade entre diferentes aspectos funcionais) Execução
Uso de materiais de má qualidade, mão-de-obra desqualificada/inexperiente, controle inadequado de execução de obras, má interpretação do projeto
Utilização Ausência ou procedimentos inadequados de manutenção, mudanças na utilização, carregamento excessivo
Desastres Fogo, explosão, impacto
Ações naturais
Físicos Efeitos de vento, chuva, neve, fluência, movimentos térmicos/umidade, etc
Químicos Oxidação, carbonatação, chuva ácida, sais, etc
Biológicos Vegetação (raízes, fungos, etc), animais (vermes, insetos, etc) Desastres Terremotos, ciclones, avalanches, inundações, erupção
vulcânica, etc
De acordo com a Figura 4, as falhas em Projetos lideram a origem dos problemas patológicos, correspondendo a 40% dos casos. Em seguida, vem falhas na execução, com 28%; materiais inadequados, com 18%; o uso com 10%; e o planejamento, com apenas 4%.
Figura 4 - Origem dos problemas patológicos
5. 2. 2. VIDA ÚTIL
Também é importante considerar a vida útil das estruturas. A NBR 6118 (ABNT, 2014), em seu item 6.2, define vida útil como:
(...)entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as características das estruturas de concreto, sem intervenções significativas, desde que atendidos os
Fonte: Adaptada de Thomaz et al. (2014).
requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor, conforme 7.8 e 25.3, bem como de execução dos reparos necessários decorrentes de danos acidentais. (NBR 6118/2014, p. 15).
Então, quando um material chegou a um ponto em que sua deterioração já está em estado avançado e compromete a segurança de seus usuários, julga-se que este determinado material chegou ao fim de sua vida útil.
Conforme apresentado na figura 5, a vida útil é dividida em vários períodos, e tem-se as seguintes especificações:
Figura 5 - Conceituação de vida útil de concreto tomando por referência o fenômeno de corrosão de armaduras.
a. Vida útil de projeto: Segundo Freitas (2017), VUP pode ser definido como um período de tempo na qual uma edificação é projetada visando atender os requisitos de desempenho mínimos exigidos pela norma ABNT NBR 15575-1 (2013).
Tabela 1- Vida Útil de Projeto (VUP) conforme a NBR 15575-1 (2013).
Sistema VUP mínima/ anos
Estrutura ≥50 de acordo com a ABNT NBR 8681-2003
Pisos internos ≥13
Vedação vertical externa ≥40
Vedação vertical interna ≥20
Fonte: Adaptada de Gonçalves (2015).
Tabela 1 – CONT. Sistema Cobertura
VUP mínima/ anos ≥20
Hidrossanitário ≥20
b. Vida útil de serviço: ainda segundo Gonçalves (2015), é o período de tempo em que vai desde a concepção da estrutura até o momento em que surgem manchas na superfície de concreto, ou fissuras ou destacamento do concreto de cobrimento. c. Vida última ou total: período de tempo em que vai desde a sua concepção até a
ruptura ou colapso parcial ou total da estrutura.
d. Vida útil residual: período de tempo em que a estrutura ainda é capaz de realizar suas funções, contados a partir de uma data correspondente a uma vistoria, que pode ser realizada em qualquer instante da vida em uso da edificação.
5. 3. INSPEÇÃO
Segundo Pintan et al (2016), as técnicas de inspeção são importantes para a realização do “diagnóstico precoce”, ou seja, que permita a observação de falhas nas estruturas antes de chegar a um nível irreversível, garantindo assim as operações de recuperação e prognóstico satisfatórios nos níveis de durabilidade. As preliminares e as detalhadas são as principais etapas envolvidas na inspeção.
5. 4. AÇÃO HIGROSCÓPICA (UMIDADE)
Os problemas patológicos mais comuns encontrados em estruturas de concreto tem por sua principal causa a umidade, geralmente visíveis através de manchas na alvenaria. Causam danos financeiros e até mesmo a saúde dos usuários.
A umidade pode induzir diversos fenômenos de degradação na alvenaria, entre os quais ataque de gelo-degelo, a formação de eflorescências e subflorescências, o ataque por sulfatos. A permanência de umidade nas paredes pode também comprometer a funcionalidade do edifício – com relação à habitabilidade, por exemplo – por causa de inconvenientes de natureza higiênica e econômica (mofo, consumo energético etc.) ou da redução da propriedade de isolamento térmico. (BERTOLINI, 2010, p. 198).
Medeiros (2018), diz que patologias provocadas por umidade podem ser encontradas em vários componentes construtivos, porém, mais presentes em coberturas, telhados, paredes e lajes. Também é um fator de entrada para que outras patologias aconteçam, como perda de pintura ou reboco, por exemplo. Santos (2014) afirma que a umidade originada durante o
processo construtivo da obra se mantém durante um período de tempo após o término da mesma.
Segundo Bertolini (2010), as origens da umidade nas alvenarias não são fáceis de identificar. Quando há essa possibilidade, distingue-se entre:
a. Umidade de construção: gerada pela água utilizada para a colocação ou cura dos materiais durante a obra, que podem permanecer na alvenaria por longo tempo; b. Umidade descendente: decorrente do contato direto com águas pluviais, muitas
vezes por erros de projetos ou infiltrações do telhado;
c. Umidade por vapor: decorrente da condensação da água da superfície da alvenaria; d. Umidade por elevação: ligada ao fenômeno de absorção capilar e produzida devido
ao contato direto da parte mais baixa da alvenaria com solos úmidos.
Figura 6 - Causas de aporte e de remoção da água nas alvenarias
Quadro 5 - Origens da umidade em edificações
Origem Encontrada na
Execução da construção
Confecção do concreto Confecção de argamassas Execução de pinturas
Fonte: Adaptada de Bertolini (2010).
Quadro 5 – CONT. Origem Encontrada na Precipitação Cobertura (telhados) Paredes Lajes de terraços
Capilaridade Terra, através de lençol freático Resultante de vazamentos hidráulicos
Paredes Telhados Pisos Terraços Condensação
Paredes, forros e pisos Peças com pouca ventilação Banheiros, cozinha e garagens
Segundo Fachin e Rivelini (2016), são muito comuns em edificações atuais o aparecimento de infiltrações e danos decorrentes da umidade. Não é fácil encontrar a causa de infiltração nas edificações, pois a umidade pode ser decorrente da fase de construção, ou resultantes de capilaridade, águas pluviais, vazamentos em redes de distribuição de água e por condensação. Estas formas de umidade localizam-se, principalmente, em telhados, lajes de cobertura, nas paredes de alvenaria e em pisos.
5. 5 FISSURAS/ TRINCAS
Segundo Santos (2014), as fissuras ocupam a liderança em problemas patológicos relacionados a edificação, sendo de fundamental importância identificar suas causas, para que seja feito o tratamento necessário para a sua recuperação. O principal motivo de aparecimento de fissuras está relacionado ao movimento diferencial dos materiais e componentes de construção.
De acordo com Berenguer et al. (2016), as fissuras ocorrem com uma alta frequência em edifícios de concreto armado e são as principais responsáveis pela perda de durabilidade e até de suporte das estruturas.
Embora confundidos entre si, Berenguer et al. (2016) define fissuras, trincas e rachaduras como:
1. Fissuras: aberturas finas de 0,5 mm ou menos e se estendem na camada superficial da estrutura. Ou seja, não apresentam riscos à estrutura em si, sendo o problema apenas estético;
Figura 7 - Fissura
2. Trincas: geralmente dividem o componente em partes e, de forma contrária às fissuras, as trincas podem provocar falhas no elemento, colocando em risco a integridade física do usuário. Portanto, é importante que seja feita uma inspeção por um profissional habilitado, em geral, um engenheiro, para identificar as causas da origem e propor a recuperação mais adequada a cada caso;
Figura 8 - Trinca
3. Rachaduras: são aberturas de mais de 5 mm nas edificações, ocasionando o contato do elemento com agentes externos, como vento e chuva, tornando a região um ponto de prováveis
Fonte: Flausino (2017).
ocorrências patológicas mais graves. Embora comuns, não são normais e devem ser tratadas e recuperadas, pois podem ocasionar danos estruturais relevantes.
Figura 9 - Rachadura
Os principais motivos para o aparecimento de fissuras, trincas e rachaduras são:
• Falha no lançamento do concreto, dentro da fôrma;
• Ausência do uso de vibradores ou utilização inadequada do mesmo, provocando falha no adensamento do concreto;
• Retração da argamassa ou do concreto devido a cura inadequada durante o processo de execução;
• Uso de areia inadequada ou de má qualidade;
• Falha na execução de fôrmas e escoramento;
• Desforma e/ou retirada do escoramento de maneira antecipada;
• Deformações excessivas, provindas pelo carregamento antecipado ou por acréscimo de carregamento não previsto em projeto;
• Redistribuição de ambientes adotados aleatoriamente durante o estágio de uso. Mafra et al (2017) afirma que as fissuras apresentam um grave risco de serem portas abertas para o processo de corrosão das armaduras de concreto armado.
5. 5. 1 TIPOS DE FISSURAS EM ALVENARIA
Para Pereira, Brito e Silvestre (2018), as tipologias das fissuras são definidas de acordo com a forma em que se manifestam, podendo ser geométrica ou mapeada. A primeira pode ocorrer tanto na alvenaria quanto nas juntas de assentamento, a última pode ser formada por retração das argamassas, devido ao excesso de finos no traço.
5. 5. 2 CAUSAS DE FISSURAS EM ALVENARIA
Entre as principais causas, segundo Souza e Ripper (1998), temos:
Quadro 6 - Principais causas que proporcionam fissuras
Principais causas Associação entre a causa e a patologia Deficiências de
projeto
Falhas em projetos estruturais podem levar a formação de fissuras com configuração própria
Concentração plástica do concreto
A fissuração ocorre antes da pega do concreto, induzido pela rápida evaporação da água utilizada em excesso para a produção da massa. Deste modo, a massa retrai de forma irreversível. Esse movimento pode acontecer logo após o lançamento do concreto.
Assentamento do concreto e perda de
aderência entre concreto e as barras
de armadura
O movimento natural da massa é impedido pela presença de formas ou barras de armadura. Essas fissuras acompanham o desenvolvimento de armaduras, formando um vazio por baixo da barra, reduzindo a aderência ao concreto. Quando as fissuras interagem entre si, pode ocorrer uma situação mais grave, devido ao grande agrupamento de barras, provocando a perda total de aderência. Esse tipo de patologia facilita ao aparecimento de corrosão nas armaduras.
Movimentação de
formas e
assentamentos
A deformação da peça pode alterar sua geometria, com perda de resistência e fissuração por deficiência da capacidade resistente. A deformação das fôrmas permite a criação de formas de concretagem não previstas e, consequentemente, possíveis fissurações. Mal posicionamento, falta de fixação adequada, existência de juntas mal vedadas e absorção de água do concreto são exemplos de possíveis causas de deformação das formas.
Retração do concreto
É um movimento natural da massa que conflita com as restrições impostas pelas barras de armadura e vinculações a outras peças estruturais. Caso esse processo não seja considerado, o material fissurará.
Deficiências de execução
As fissuras são semelhantes às de deficiência de projeto, visto que uma mesma deficiência pode ter sido gerada tanto a nível de projeto, como a nível executivo.
Reações expansivas
São favorecidas por fatores como alto grau de umidade, relação água/cimento em excesso e altas temperaturas. Como é um processo lento, as fissuras costumam aparecer, no mínimo, após um ano. Corrosão da
armadura
Gerada devido a destruição cobrimento das barras. A corrosão avança da superfície até seu interior, havendo o aparecimento de ferrugem, devido a oxidação, no aço resistente. Com isso, a diminuição da área de aço diminui a capacidade resistente da armadura. Como consequência temos a inevitável perda de aderência entre o aço e o
Quadro 6 – CONT.
Principais causas Associação entre a causa e a patologia Corrosão da
armadura
concreto, desagregação da camada de concreto envolvendo a armadura e fissuração (que acompanham o comprimento das armaduras).
Recalques diferenciais
Podem ser gerados por incorreções na interação solo-estrutura. A magnitude do recalque e a capacidade da estrutura de conseguir assimilar tal recalque são os principais fatores geradores de falhas nos apoios das estruturas e, consequentemente, o aparecimento de fissuração.
Variação de temperatura
Dilatação ou contração térmica pode levar a peça estrutural a sofrer um estado de sobretensão, ocasionando o aparecimento de fissuras na estrutura, devido a tensões superiores à capacidade resistente ou deformação das peças. A prevenção consiste na análise da influência do ambiente, atenção ao detalhamento das armaduras das peças isoladas com inércia distinta, correta disposição de juntas de dilatação e análise das cores da pintura.
5. 6 ESTRUTURAS DE MADEIRA
A madeira é um dos elementos estruturais mais antigos utilizados na construção civil, juntamente com a terra crua, a pedra natural e as fibras vegetais. É um material natural com enorme virtualidade na indústria da construção e que responde satisfatoriamente quando aplicado em construções, quando projetados e construídos de forma adequada (MARTINS e FIORITI, 2016). A maioria das manifestações patológicas em estruturas de madeira poderia ser evitada com um melhor detalhamento de projeto, escolha dos materiais adequados, correta execução, bem como a aplicação da manutenção periódica (MARTINS e FIORITI, 2016).
A madeira é uma combinação de polímeros naturais que apresenta resistência e durabilidade como material estrutural. No entanto, a partir do instante em que a árvore é formada, a madeira está susceptível a degradação por uma variedade de agentes. O dano varia desde pequenas descolorações causadas por fungos manchadores ou substâncias químicas até deteriorações mais graves por ataques de insetos e/ou fungos apodrecedores. (BRITO, 2014, p. 32)
Ainda de acordo com Brito (2014), as manifestações patológicas em estruturas de madeira no Brasil podem ter origem em três causas:
• Anomalias na concepção estrutural;
• Falhas durante a execução;
• Uso inadequado da estrutura;
• Ausência e/ou falhas em manutenções.
A seguir, são apresentados, de forma sucinta, os principais agentes que provocam a deterioração das peças estruturais de madeira.
Quadro 7 - Principais tipos de agentes de deterioração da madeira
Agentes de deterioração de madeira
Agentes bióticos Bactérias Fungos Fungos manchadores Fungos emboloradores Fungos apodrecedores
• Fungos de podridão parda ou cúbica
• Fungos de podridão branca ou fibrosa
• Fungos de podridão mole
Insetos
Térmitas isópteras (Cupins-de-madeira)
• Térmitas de madeira-seca • Térmitas de madeira-úmida • Térmitas-subterrâneos • Térmitas-epígeos • Térmitas-arborícolas Brocas-de-madeira
• Brocas que atacam árvores vivas
• Brocas que atacam árvores recém-abatidas
• Brocas que infestam a madeira durante a secagem
• Brocas de madeira seca Formigas-carpinteiras Abelhas-carpinteiras Perfuradores marinhos Moluscos • Teredinidae Crustáceos • Pholadidae • Limnoria • Sphaeroma terebrans Agentes abióticos Agentes físicos
Patologias de origem estrutural
• Instabilidade
• Remoção de elementos estruturais
• Fraturas incipientes
• Movimentos de nós e distorções
• Deformações e deslocamentos
• Presença de defeitos naturais Danos mecânicos
Danos por animais silvestres Danos por vandalismo Agentes
químicos
Corrosão em ligações
Efeito da corrosão na madeira Agentes
atmosféricos
Ação de luz ultravioleta Intemperismo
ou Meteorológicos
Ação de vento nas estruturas Raios atmosféricos
Danos devido ao fogo
Segundo Oliveira (2018), a degradação da madeira se dá por diferentes fatores, por meio de ações físicas, biológicas e mecânicas em que a mesma está sujeita, sendo importante conhecer a causa da deterioração para que o problema seja solucionado de maneira específica e eficaz.
5. 7 CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES BIÓTICOS
Os principais agentes de deterioração originários de patologias de madeira são as bactérias, fungos e insetos.
5. 7. 1 BACTÉRIAS
As bactérias são seres unicelulares e estão entre os microrganismos mais presentes no Planeta Terra. São colonizadores de madeira não tratada, especialmente em ambientes com uma umidade bastante elevada, provocando o aumento de permeabilidade e amolecimento da superfície de madeira. Embora o processo de apodrecimento seja lento, pode tornar-se uma situação grave em situações em que a mesma fica submersa durante longos períodos de tempo (BRITO, 2014).
5. 7. 2 FUNGOS
Segundo Oliveira (2018), ataques por fungos é o problema mais comum em casos de deterioração, pois estes são responsáveis pelo apodrecimento da madeira por serem seres higroscópicos (ou seja, que absorvem água) e proporcionam um ambiente bastante favorável com alto teor de umidade para o desenvolvimento do mesmo. Os lugares mais comuns em que eles atacam são em vazamentos do telhado, pontes e por falhas de projeto estrutural.
5. 7. 3 INSETOS
Os insetos estão entre os organismos mais comuns do planeta, e inúmeras espécies desenvolveram a habilidade de alimentar – se da madeira, ou usá-las como habitat natural. Das 26 ordens de insetos, 6 causam patologias à madeira, destacando-se os cupins, brocas, abelhas, vespas e formigas (BRITO, 2014).
5. 7. 3. 1 CUPINS
Ainda segundo Brito (2014), os cupins são insetos sociais que formam colônias e estão presentes principalmente em regiões de clima tropical do mundo. As suas colônias variam em
Fonte: Adaptada de Brito (2014). Fonte: Adaptada de Brito (2014).
tamanho desde centenas a milhões de indivíduos, ou mais. Alimentam-se basicamente de celulose.
De acordo com Oliveira (2018), existem aproximadamente 2.200 espécies de cupins identificadas, mas somente 10% deste rol causam problemas nas áreas urbanas e rurais. Conhecidos como cupins – pragas, precisam ser controlados. Atacam madeiras de cobertura, forro, jardins e móveis.
5. 7. 3. 2 FORMIGAS – CARPINTEIRAS
Diferentemente dos demais agentes bióticos citados anteriormente, este inseto usa a madeira como abrigo ao invés de alimento. Entretanto, a madeira é danificada gravemente internamente quando os operários aumentam gradualmente o ninho. Atacam normalmente madeiras não tratadas (BRITO, 2014).
5. 8 DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO DA ALVENARIA
Segundo Narciso, Moura e Oliveira (2017), o revestimento externo descola-se, principalmente, pela falta de aderência entre os substratos. Isso pode se manifestar por diferentes causas e, assim sendo, apresentar características distintas, sendo, portanto, classificados em:
• Descolamento com empolamento: é o descolamento da superfície do reboco ao emboço, devido ao acúmulo de bolhas ali acumulados ao decorrer do tempo;
• Descolamento com pulverulência: a película de tinta se desaprega do reboco podendo ser causado pela existência de finos nos agregados, argamassa magra ou muito grossa e exagero no uso de cal;
• Descolamento das peças: desprendimento das peças cerâmicas no substrato. Explica-se pelo uso de argamassas inadequadas ou aplicação errada na hora da execução
O descolamento de tinta é causado pela expansão ou desagregação do substrato por meio do teor de umidade e temperaturas elevadas, já que as paredes estão sujeitas a ações do ambiente exterior. A principal causa de descolamento com empolamento na parede é por conta da infiltração da umidade nas mesmas. (AMARAL; FILHO e TETI, 2017).
Para Silva, Barros e Ferreira (2017), o descolamento também tem como principais causas a má preparação da superfície, com presença de partículas solta ou gordura; pintura sobre superfície quente; má aderência da tinta devido à diluição incorreta e aplicação da tinta sobre o
reboco sem que se esperasse a cura adequada. Na correção da patologia, deve-se eliminar as partículas de estado sólido e soltas, lixar e corrigir imperfeições, nivelar a superfície e repintar, seguindo as orientações do fabricante.
6. METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, propõe-se a metodologia dividida em quatro etapas: Revisão bibliográfica; Análise descritiva; Pesquisa explicativa e Resultados.
Sendo assim, têm-se, de forma pormenorizada, as descrições das etapas de trabalho: a. Revisão bibliográfica:
Através de pesquisas em artigos nacionais ou internacionais, teses, dissertações, monografias, revistas, normas técnicas sobre os assuntos relacionados as patologias. Ou seja, uma análise documental;
b. Análise descritiva:
Serão realizadas análises descritivas, ou seja, “estudos de casos” em escolas localizadas no município de Bom Jardim, no Estado do Maranhão, analisando e discutindo as patologias, objeto deste estudo. Para tanto, serão escolhidas escolas construídas num período de até 10 anos e, nestas, a partir de inspeções “in loco”, acompanhada de registros fotográficos, na qual será utilizado o software para celular Teodolito, e anotações, será elaborada uma relação das patologias encontradas nos locais. Após tais vistorias, dará-se ênfase nas seguintes patologias:
• Variação higroscópica;
• Fissuras/ trincas/ rachaduras;
• Apodrecimento e deformação excessiva das peças de madeira das estruturas de cobertura;
• Descolamento de revestimento e pintura da alvenaria.
Sendo que isso possibilitará uma análise das técnicas construtivas destas edificações, e os focos de análise das patologias será na alvenaria, madeira e concreto.
c. Pesquisa explicativa:
Verificar as possíveis origens/causas (diagnóstico) que geraram as manifestações patológicas nestas edificações, bem como identificar os efeitos provocados (prognósticos) pelas mesmas, conforme modelo do anexo I. Porém, essa análise está condicionada a ocorrência de patologias que constam num protocolo prévio, apresentado no Anexo II. Além disso, se possível, propor soluções de melhoria.
d. Resultados:
Primeiramente, seguir-se-á o modelo do fluxograma de atuação para a resolução dos problemas patológicos, conforme apresentado no Anexo IV. Posteriormente, para apresentação dos resultados, será feito um quadro, conforme consta no Quadro do Anexo V, relatando as patologias estudadas com alguns parâmetros relevantes de análise, tais como: Falhas detectadas, Prováveis CAUSAS; Possíveis EFEITOS e; Ação Corretiva. Por fim, será elaborado um gráfico que correlaciona a incidência do problema (patologias) com a porcentagem da ocorrência (parâmetros relevantes), conforme modelo do anexo VI.
e. Normas Brasileiras a serem utilizadas para análise: NBR 5674/1999 – Manutenção de Edificações NBR 9574: Execução de Impermeabilização NBR 9575: Impermeabilização: Seleção e Projeto NBR 15575: Edificações Habitacionais – Desempenho
NBR 6118/2014: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento
NBR 8800/2008: Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de Edifícios
7. CRONOGRAMA
Atividades
MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Rev. bibliográfica complementar
Coleta de dados complementares
Revisão e entrega oficial do
trabalho
8. REFERÊNCIAS
ABREU, Raphael Lorenzeto de. Image:Maranhao MesoMicroMunicip.svg, own work, CC BY 2.5. 2006. Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=1150338>. Acesso em: 02 de julho de 2019.
AMARAL, Rafael Filgueira. FILHO, Amâncio da Cruz Filgueira; TETI, Bruno de Sousa. Survey Of Pathological Manifestations, Case Study: Edification In Salgueiro-PE. In: XIII Congresso Internacional sobre Patologia e Reabilitação de Estruturas. Crato – CE, 2017. Disponível em: < http://www.urca.br/novo/portal/docs/pdf/2017/Eventos/CINPAR/CINPAR-Vol%20I-B.pdf>. Acesso em: 13 de maio de 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações Habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: Manutenção de Edificações. Rio de Janeiro, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: Projeto de Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de
Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de Edifícios. Rio de Janeiro, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9574: Execução de Impermeabilização. Rio de Janeiro, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: Impermeabilização: Seleção e Projeto. Rio de Janeiro, 2010.
BERENGUER, Romildo Alves et al. Discussion on Pathological Manifestations in Reinforced Concrete Buildings and Their Relations With the Construction Process. Recife: 2016. Disponível em: < http://www.ejge.com/2016/Ppr2016.0355ma.pdf>. Acesso em: 07 de maio de 2019.
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9. ANEXOS 9. 1 ANEXO I
Quadro 8- Quadro de diagnóstico, Prognóstico e Terapia
DIAGNÓSTICO PROGNÓSTICO TERAPIA
– – –
– – –
9. 2 ANEXO II
Legenda:
Falha 1 - Assoalho de Madeira Falha 2 - Azulejo
Falha 3 - EQUIP. DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO Falha 4- Esquadrias de Madeira
Falha 5 - Estrutura
Falha 6 - Forro de Madeira Falha 7 - Impermeabilização Falha 8 - Pinturas
Falha 9 - Piso cimentado Falha 10 - Piso cerâmico
Falha 11 - Revestimentos argamassados Falha 12 - Outros
Quadro 9 - Falhas e subfalhas
FALHA Descrição
OCORRÊNCIA
SIM NÃO NÃO SE
APLICA
01
Vazamento nas tubulações Acabamento entre as tábuas/tacos
com rejunte deficiente Cavilha solta ou faltante
Diferença de tonalidade Falha na raspagem Falhas no acabamento final Geral (assoalho de madeira)
Tábua empenada/encanoada/desnivelada Tábua/tacos soltos 02 Azulejo lascado/manchado/com defeitos de fabricação Azulejo solto/oco devido ao
assentamento Azulejo trincado
Quadro 9 – CONT. Descrição
OCORRÊNCIA
SIM NÃO NÃO SE
APLICA Colocado sobre junta de dilatação
Desnível entre as peças Diferença de tonalidade
Eflorescência Geral (azulejo)
Junta insuficiente para rejunte Recorte mal executado
03
Comunicação visual Equipamentos inadequados Extintores vencidos/falta de carga
Falta de equipamentos Portas corta fogo
04
Batente fora de prumo/nível empenado solto Batentes trincados devido a deformação lenta do concreto
Cupim/broca
Estufamento devido a absorção de água
Folheamento porta/batente Geral (esquadria de madeira) Guarnição empenada/lascada/solta
Porta com espaço com piso ou batente fora do padrão Porta com folha no encabeçamento
Porta empenada Porta raspando no piso
05
Bicheiras
Execução inadequada/acabamento de junta de dilatação Falhas de emenda de concretagem
Ferragens expostas Fissuras/trincas/rachaduras
Geral (Estrutura) Infiltração na parede de divisa Movimentação lenta do concreto 06 Geral (Forro de Madeira)
07
Desagregamento de proteção mecânica
Descolamento de manta Falhas/destacamento nas impermeabilidades rígidas/ semi
rígidas
Inexistência de impermeabilização Falha