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O gênero Microcerberus Karaman, 1933 da fauna intersticial do litoral sul do estado do Rio de Janeiro (Isopoda - Anthuridae)

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(1)

ELAINE FIGUEIREDO ALBUQUERQUE

O GENERO

MICROCERBERUS

KARAVLAN, 1933 DA

FAUNA INTERSTICIAL DO LITORAL SUL DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(ISOPODA-ANTHURIDAE)

Dissertação de Mestrado apresentada

i

Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Zoologia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Ri·o de Janeiro 1971

(2)

ORIENTADOR:

Dr. Alceu Lemos de Castro.

(3)

AGRi\DE C I�lENTOS. . . I

INTRODUÇÃO. . . 1

Primeira Parte: METODOLOGIA I. O MEIO A. Fisiografia.. . . 4 B. Sedin1entologia... ... . . 7 C. Hidrologia 1- Temperatura ... ·•.··· 11 2- Salinidade: ... � ... 12 3- Oxig�nio dissolvido... 14

II. TfCNICAS DE COLETA E ANÁLISE A. Coleta... 16

B . E x t r a ç ão d a f a un a . . . 2

o

C. Anestesia, fixação e preservação. . . 23

D. Triagem e coloração... 24

Ew Preparação dos esp;cimes ... ,, ... , .. .. 25

F. Biometria... 27

Segunda Parce: MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA I. Microcerberus Karaman, 1933 A. Histórico ... ··· 28

B. Sistemática 1- Familia Anthuridae... ... ... .. .... 36

(4)

Subfamília Microcerberinae . . . .. . . 36 3- Gênero Microcerberus .... . . . 37 4- Microcerberus magnus n. s p ... 38 5- Microcerberus ramos ae n. s p ... 48 6- Micr-ocerberus parvulus n. s p ... ... · 58 7- Microcerberus brasiliens is n. s p ... 68

II. POPULAÇÕES DE MICROCERBERUS KARAMAN, 1933 A. Variação anual da população de Micr-ocerberus ramosae n. sp. na praia Ver�elha. . . . . . 78

B. Distribuição das espécies do gênero Microcerbe rus Karaman, 1933 no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro... 82

III. ALGUNS DADOS BIOGEOGRÁFICOS. . . 85

CONCLUSÕES... 88

RESUMO... ... 92

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.. . . .. . . 93 PRANCHAS

(5)

I

AGRADECIMENTOS

� com grande prazer que exprimimos aqui, antes de expor nossas pesquisas, o nosso rtconhecimento a tod�s aqueles que, de um modo ou de outro, nos deram a sua colaboração:

Dr. Alceu Lemos de Castro, Coordenador do Curso de Pós­ Graduação em Zoologia da Universidade Federal do Rio de Janei ro e pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que nos testemunhou sua confiança aceitando a orientação deste traba lho.

Dr! Jeanete Maron Ramos, Titular de Oceanografia e Dire tora de Pesquisa da Universidade Santa Úrsula que, com seu en tusiasmo e experiência no campo científico, foi para nós in centivo e apoio valiosos.

Dr. Hugo de Souza Lopes, pesquisador e Chefe dos Departa mentes de Biologia da Universidade Santa Úrsula, cuja experi ência em Zoologia nos foi preciosa na redação definitiva des ta monografia.

Dr. Herman Lent, pesquisador e professor Titular de Zoo logia da Universidade Santa Orsula, e Dr. Arnaldo C. dos San tos Coelho, pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro , pelas críticas e sugestões apresentad�s.

Dr! Jeanne Renaud-Mornant, pesquisadora do Museu de His tória Natural de Paris e Dr. Gustavo de Oliveira Castro, pe� quisador do Departamento de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelas sugestões em certas questões metodo

(6)

lógicas.

Professora Thereza Christina Figueiredo de Brito pesqui sadora da Universidade Santa Ürsula, e Carlos Alberto Rego Mog teiro Araujo Lima, estagiário de Oceanografia e Biologia Mari nha da Universidade Santa Ürsula, pelo auxílio nas técnicas de sedimentologia e dosagens hidrológicas.

Queremos, enfim, agradecer a todos aqueles pesquisadores ou técnicos que, a título diverso, se interessaram por nosso trabalho. Não podendo enumerá-los todos citaremos apenas:

Irmã Francisca Weishtlupl, Titular de Botânica da Univer sidade Santa Ürsula, e Dr� Nicole Boury-Esnault, pesquisad� ra do Museu Nacional de História Natural de Paris, pelas va liosas traduções e aquisições bibliográficas.

Aos amigos Jorge dos Santos Almeida, Joroslav Kaucky Marcioly Medeiros Bento que devemos a iconografia desta ria.

e memo Aos amigos Jorge Anizio Raymundo da Silva e Tania Nasser, cuja �juda eficaz muito contribuiu para a realização meterial desta dissertação.

A todos os funcionários e técnicos do laboratório de Biologia da Universidade Santa Ürsula, pela permanente e va liosa cooperação durante todo o período de coletas, especial mente José Zacharias Xavier, José Tavares Gomes e Antonio Car los Medeiros Simas.

Este trabalho não teria sido possível sem a colaboração dos nossos amigos e colegas da Universidade Santa Ürsula e do

(7)

Museu Nacional do Rio de Janeiro, os quais serr�re nos encoraj� ram nas horas difíceis.

Finalmente queremos deixar aqui consignado nossc agradeci menta à Universidade S�nta D�sula, onde foi realizada a maior parte desta pesquisa e ao Museu Nacional e Fundação Oswaldo Cruz pelo uso de suas bibliotecas.

(8)

INTRODUÇÃO

No interior do meiobentos, a fauna intersticial ou me

- .

sopsam1ca ocupa lugar importante, apesar de serem poucos os trabalhos existentes em relação ao seu estudo qualitativo.

Poder-se-ia explicar esta lacuna, em parte pelo fato de a fauna intersticial ser· constituida por grupos zoológicos, cu ja coleta e sistemática exigem técnicas delicadas e _ manipul� çoes numerosas . (SOYER, 1970).

Embora mereçam referência especial os trabalhos de REMANE (1951), ANGELIER (1953), DELAMARE-DEBOUTTEVILLE (1960) ,RENAUD­ DEBYSER (1963), RENAUD-DEBYSER & SALVAT (1963), SWEDMARK(l964) e COINEAU (1970, 1971) sobre a fauna intersticial, eles se o rientam para a Biologia e a Ecologia.

No Brasil é ainda fragmentário o conhecimento desta fau na, tanto sob o ponto de vista sistemático, como do fisiológi co e ecológico.

No que concerne aos isópodes intersticiais marinhos, gr� po que nos interessou de modo especial neste trabalho, as p� blicações se tornam ainda mais raras, havendo apenas um traba lho de REMANE & SIEWING (1953) que descreve uma espécie nova para a costa brasileira.

Assim, visa o presente ao estudo morfológico e sistemáti co de um gênero de isópodes interstjciais marinhos- Microcerbe rus Karaman, 1933-, inicialmente assinalado nas águas subterr�

(9)

pulação dos biótopos intersticiais litorais e continentais. Este gênero responde particularmente bem aos critérios de um modo de vida intersticial, apresentando &s adaptações c� racterísticas da microfauna e da meiofauna das ar.eias(DELAMARE -DEBOUTTEVIllE, 1960; SWEDMARK, 1964).

Os espécimes de Microcerberus são as menores formas de l 1

sópodes conhecidos. Apresentam o corpo muito alongado, em dia 12 vêzes mais longo que largo, e seus pereópodes são porcionalmente mais longos que os dos isópodes epÍgeos nhos.

me pr� vizi Outra característica importante desses animais é a total despigmentação e o fenômeno de anoftalmia comum em animais que vivem na ausência de luminosidade.

Devemos também referir-nos aos fenômenos de euritermia e euri-halinidade característicos desta fauna.

A primeira espécie assinalada nas areias brasileiras foi Microcerberus delamarei Remane & Siewing, 1953, coletada por / REMANE na praia de Amaralina, em Salvador (Bahia) e na Ilha Be la, São Sebastião (São Paulo). Segundo os autores, o habitat em ambas as praias era semelhante, isto é, lençol da praia de areia grossa, perto do limite da maré alta.

Quatro novas espécies- Microcerberus brasiliensis , M.

magnus, M. parvulus e M. ramosae-, são agora assinaladas para

a costa brasileira, em águas subterrâneas litorais e descritas por nos em trabalho já entregue para a publicação(ALBUQUERQUE, no prelo).

(10)

f

Na primeira parte desta dissertação, esforçar-nos - emos por evidenciar a importância de alguns parâmetros ambientais nn repartição dos isópodes intersticiais nos substratos móveis da região sul da costa do Estado do Rio de Janeiro.

Estudaremos, de modo especial, os Microcerberus, tentan do determinar os principais fatores ecológicos que interferem na sua repartição.

Apresentaremos alguns métodos de coleta e análise e os discutiremos, a fim de efetuar o estudo aprofundado das popul� çoes de Microcerberus, sob o aspecto qualitativo.

Na segunda parte, faremos o estudo morfológico e a des crição detalhada das espécies de Microcerberus encontradas por nos, como também procuraremos analisar, em particular, a varia çao anual de população de ,..--- Microcerberus ramosae n. sp.

Finalmente, tentaremos analisar as populações no seu as pecto biogeográfico.

As lacunas deste trabalho nos sao particularmente veis. No momento em que elaboramos todo o material

sens1

coletado nestes Últimos três anos, observamos sob o plano ecológico por exemplo, que não fizemos senão levantar questões microcli máticas, que ,reconhecemos importantes e nao poderem ser negli genciadas, devendo constituir objeto de pesquisa posterior.

A riqueza da fauna intersticial e a dificuldade do estu do qualitativo nos fez limitar a pesquisa a um Único genero, em relação a uma faixa restrita da costa brasileira.

..

(11)

A. FISIOGRAFIA A area

PRIMEIRA PARTE : METODOLOGIA I. MEIO

prospectada está situada entre L2°S6'3011 e

2 3

°

O 2 ' 3 O" 1 a t . S . e O 4 2 ° 5 8 ' 3 O II e O 4 3 ° 3 O ' 3 O 11 1 o ng . W , 1 i tora 1 sul do Estado do Rio de Janeiro, região intertidal.

Foram escolhidas 10 estações (fig. 1) na zona de çao (SALVAT, 1964, 1966).

reten

SALVAT dividiu o litoral arenoso de uma praia em quatro zonas distintas, determinadas pelo horizonte de ressurgência, que correspondei zona onde a água, infiltrada na maré alta , ressurge durante a emersão, misturada ocasionalmente com

guas li torais subterrâneas. (fig . 2): ·

-a- Zona de areia seca - excepcionalmente atingida pela a

b- Zona de retenção

gua;

- o sedimento é atingido por 95% das marés, perdendo a água de gravidade durante a ernersao, mas conservando a água de retenção; e- Zona de ressurgência - o sedimento é sede de uma in

tensa circulação de água inters ticial, tanto na maré alta, quan to na maré baixa. Esta zona cor responde ao nível de ressurge!!_ eia, onde toda a escavação faz

(12)

J.L/ .m o (OIUd > -nsn PÁGINA 2 3 10 16 16 23 25 25 30 33 33 51 65 78 82 LINHA 18 9 14 9 18 9 12 9. 17 9 · 22 9 99 , 23 9 16 9 13 9 24 9 89 1Ó 9 � 89 12 9 ERRATA · ONDE SE LE REMANE de Pira tinga esta água da alcool renhuras clari ficadas (1 95 6 a) KA RAMAN, 195 5 M. pleas i Labio pleôpodo 10 cm espécies 'lfHNl'lfijd -@) 'lfBWn:l'lfW '110 'lfl'lfijd S31N'lfijl30N'lt8 soa OJ3ij:J3ij LEIA-SE Remane da Piratininga esta água é dá álcool ranhuras ·c1arificado:19as (195 6, a) Ka raman, M. ples ai Lábio -pleôpode 100 cm -. especimes 195 5 _.., : , ,OI r 11 , g � 1101< ' ' f'?/H'i, Ç ç

..

füfü:]-jri , oe

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(13)

4 e ' ao' oo' e' 10' B A RRA DA nJUC A 0 ---LEGENDA----� 0 -ITAIPÚ ® -PIRATININGA @ -PRAIA DE IMBU( 0 -PRAIA DE FORA ® -PRAIA VERMELHA @ -SÃO CONRADO 0 -BARRA DA TI JUCA @ -RECREIO DOS BANDEIRANTES ® -PRAIA DA MACUMBA @ -PRAINHA o e

...

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PAQUETÁ o

...

IP 1. REDONDA4:/ t, 1. RASA Fig. 1 -ESTAÇÕES PROSP ECTADAS NO LITORAL SUL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 43 0 l>,º· c � , tf2 lo. MARICÁS I) USU-( Pt10) OUT /77

(14)

aparecer a napa de água a menos de 20 cm de profundidade;

d- Zona de saturação - o sedimento está continuamente circulação

..

saturado de agua, a

da água é bem menos rápida do que na zona de ressurgência. Em coletas efetuadas a várias distâncias da zona de arre bentação na hora do mínimo �e maré baixa, verificamos ser a zo na de retenção a mais propícia às populações de Miarocerberus.

Além das estações feitas no litoral do Estado do Rio de Janeiro, recebemos material de duas praias do litoral norte de São Paulo- praia do Segredo (São Sebastião) e s�co da

(Ilha Bela)-, coletado por Renaud-Mornant, 1976.

ALTURAS DA ÁGUA NÍVEIS IIAREGRÁFICOS

..

..

.

.

1 •

Fia. 2 - PERFIL TOPOGRÁFICO DAS ZONAS DE: RETENÇÃO, RESSURGÊNCIA E SATURAÇÃO DE UII LITORAL ARENOSO ( SALVAT, 1986; GRAF. 1 J

MÃXIMO M MAffi ALTA 11iiD1A O! IIIARE ALTA

llfNINA DE IIARÊ ALTA

M{NUIO DE IIARÉ BAIXA MÉDIA O! IIARi eAIXA MÁXIMO OE MARt IIAIICA

Capela

(15)

B- SEDIMENTOLOGIA

A maioria dos grupos que compoem a fauna intersticial ma nifesta uma especifici nade mui to _íntima em relação a um tipo granulomêtrico (COINEAU, 1970). Portanto, os espaços habitá veis dependem do tamanho, da forma e natureza dos grãos de a reia.

Em cada estação coletou-se sedimento que foi seco na es tufa a 1109C. Submeteram-se 40 gramas de cada amostra a trata mentos para a retirada de sal, matéria orgânica e calcário, u tilizando 9 peneiras, que variaram d.e 2mm a . Q .. 06 2mm.

Os sedimentos foram tratados segundo o método de SUGUIO (1973). Os intervalos para as classes granulométricas seguiram a escala de Wentworth e os resultados das análises foram lanç� dos em gráficos de curvas cumulativas construidos em papel se milogarítmico, onde, nas ordenadas se colocaram as percent� gens acumuladas e, nas abcissas, os diâmetros das peneiras dis postos numa escala logarítmica.

A classificação das areias foi baseada na média aritmé tica, calculada pela f6rmula Mz=

0

16 +

0

50 +

0

84 (SUGUIO,

1973) 3

As curvas cumulativas das figuras 3 e 4 caracterizam as areias favoráveis à colonização de Microcerberus. Os animais se desenvolvem em areias médias e grossas, comforme podemos veri ficar na tabela I.

Quando os elementos sao muito finos, os espaços intersti ciais deixam de existir e, conseqUentemente, também desaparece a fauna intersticial., pois o empilhamento da areia, reduzindo

(16)

% 100 90 70 60 50

/

/

I I

I

I

I

I

I

40

I

30 20 1 O

//

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I

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�--599�

-LEGENDA !TAi ---2 PIRATININGA 3 PRAIA OE IMBUÍ 4 PRAIA OE FORA -!5 PRAIA VERMELHA

--><--)(--6 sÃo CONRADO Fig. 3 -CURVAS CUMULATIVAS SEMILOGARi'TIMICAS DE GRANUL0METRIA 0,5 0,250 0,125 0 1 062 mm

(17)

% 'ºº 1 / 90 -,

I

80 -,

I

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40-,

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111

o,o 0,200 0,120 LEGENDA---� , ••••••• ••• • •• • ••• 7 BARRA DA TIJUC A 0 --···--•••-BARR•A DA TIJUCA © 8 RECREIO DOS BANDEIRANTES --· -9 PRAIA DA MACUMBA @ -PRAIA DA MACUMBA 0 10 PRAINHA Fig. 4 -CURVAS CUMULATIVAS SEMILOGAR(TIMICAS DE GRANUL0METRIA 0,062 mm (Pmo) SET /77

(18)

·---os espaç·---os intra-arenJSOs, se opoe a uma boa permeabilidade da areia e, por conseguinte, conduz a uma oxigenação deficiente tornando a areia rapiãamente inabitável (RENAUD-DEBYSER, 1963i Na realidade, em algum�s praias por nós prospectadas, c� ja quantidade de element�s finos era muito grande, não

tramos indivíduos de Microcerberus .

T A B E L A I

Classificação granulométrica das areias prospectadas

PRAIAS MB'DIA (mm) CLASSIFICAÇÃO

Vermelha 0, 875 areia grossa

São Conrado 0, 550 areia grossa

Barra da Tijuca 0, 590 areia grossa

Recreio dos Bandeirantes 0, 690 areia grossa

Macumba 1,000 areia grossa

Prainha 0,490 areia média

Praia de Fora 0, 610 areia grossa

Imbuí 0, 500 areia média

Pira tinga u; ,

wk,,""'°""â

"-- 0, 500 areia média

0, 390 areia média Itaipu

Segredo 0, 8 20 areia grossa

(19)

C- HIDROLOGIA

1- Temperatura

A temperatura da água intersticial depende da temperatura da água do mar e da água freática que vem do continente(DELA� RE-DEBOUTTEVILLE, 1960).

As medidas foram tomadas por nós no local, através de ter mômetros.

Os resultados obtidos durante as coletas na praia Verme lha, em profundidade diferentes (A, B e C), nos mostram que a temperatura não variou muito entre os meses mais quentes e mais frios. (Tab. II).

A temperatura mínima registrada foi em julho de 1976 na estação A e B (209 C) e máxima em janeiro de 1977, na estação C (299C).

Nas diversas praias prospectadas a temperatura da água in

... .

tersticial variou muito pouco, sendo a temperatura m1n1ma de 229C na Barra da Tijuca (novembro de 1976) e a máxima de 279 C

em São Conrado (fevereiro de 1977). A média registrada foi de 25, 59C.

(20)

T A B E L A II

Variação da temperatura da água intersticial na praia Vermelha (O <?C)

Data Estação A Estação B Estação

e

Fevereiro de 1976 26 26 26 Março 25 25 25 Abril 25 25 25 Maio

-

-

-Junho 23 2.3 22 ulho 20 20 22 Agosto 23 22 23 Setembro 24 24 24 Outubro 26 27 26 Novembro

-

-

-Dezembro 26 26 26 Janeiro de 1977 24 28 29 2- Salinidade

A salinidade em um determinado ponto da praia, depende da importância relativa dos fornecimentos de água do mar e de água doce. O fornecimento de água do mar é determinado pelos ventos que formam as tempestades e o arrebentamento mais ou me

nos intenso das ondas, enquanto o fluxo freático continental,

(21)

çao de um destes fatores provoca variação da salinidade imedia

ta e variação estaciona! (DELAMARE- DEBOUTTEVILLE, 1960).

A euri-halinidade e a euritermia das formas litorais in tersticiais foram colocadas em evidência em vários trabalhos (DELAMARE-DEBOUTTEVILLE, 1960 ; SWEDMARK, 1964; COINEAU; l970 e 1971).

Segundo COINEAU (1970), estes dois caracteres permitem aos animais sobreviverem às trocas rápidas de salinidade e tem pcratura, como, por exemplo, em casos de tempestades.

Para a tomada de salinidade, utilizamos densímetros no

próprio local de coleta.

Como podemos verificar na tabela III, a salinidade da gua intersticial, nas estações feitas na praia Vermelha, riou de 19. 0°/oo a 35. 5°/oo com valores muito baixos na

va

esta

-çao C, provavelmente devido a infiltrações de agua do continen

te, que causaram certa poluição nesta estação. Em junho de 1976, entretanto, verificamos que houve uma diminuição dos va leres de salinidade nas 3 estações, provavelmente por

das fortes chuvas que caíram na noite anterior à coleta. Nas diversas praias prospectadas, onde as coletas

causa

foram realizadas também na zona de retenção, de SALVAI (1964), a sa

linidade apresentou valores muito pr6ximos, com um mínimo de

32. 8°/oo na praia de Fora e um máximo de 36.2°/oo em São Conra

do. A salinidade média registrada foi de 34. 6°/oo.

..

(22)

TAB E L A III

Variação anual da salj_nidade da igua intersticial na o

Vermelha. ( /oo)

Data Estação A Estação B Estação Fevereiro de 1976 1 . 34, 5 34, 5 34, 4 Março 34, 3 30, 4 31, 0 Abril 33, 8 34, 1 34, 0 Maio

-

-

-Junho 23, 0 26, 7 22, 6 Julho 34, 1 34, 5 4,5 Agosto 30, 8 23, 1 12, 4 Setembro 34, 0 34, 0 34, 0 Outubro 34, 5 29, 5 19,0 Novembro

-

-

-Dezembro 35, 5 30, 0 19, 2 Janeiro de 1977 33, 8 31, 2 23, 7 3- Oxigênio dissolvido praia

e

Uma boa irrigação da areia provoca em geral uma oxigen� çao suficiente. (DELAMARE-DEBOUTTEVILLE, 1960).

Quando hi pouco oxigênio dissolvido, o meio intersticial torna-se redutor e a areia enegrecida abiÓtica, fato que ocor

reu na praia Vermelha em alguns meses na estação C, onde nao

(23)

As amostras de igua foram coletadas em garrafas BOD e fi xadas no local com su�fato manganoso e iodeto alcalino. No la boratório a titulaçãc fci realizada através do método de Winkler (STRICKLAND � PARSONS, 1972).

Na praia Vermelha os valores de oxigênio dissolvido va riaram de 2,45 ml/1 a 5, 25 ml/1 ambos na estação B. Os valores de 0, 78 ml/1 e 1,66,ml/l encontrados na estação C nos meses de julho e agosto de 1976 correspondem exatamente

i

epoca em que notamos um grande índice de poluição (Tab. IV).

As taxas de oxigênio dissolvido nas diversas praias va riaram de 1, 49 ml/1 na praia de Imbuí a 5, 55 ml/1 na praia de Itaipu, com a média, entretanto, de 4, 37 ml/1.

T A B E L A IV

Taxa de oxigênio dissolvido na água intersticial das estações feitas na praia Vermelha. (ml/1)

Data Estação A Estação B Estação

e

Fevereiro de 1976 3, 75 3, 13 4, 20 Março 3, 89 3, 14 4, 15 Abril 3, 74 3, 40 3,97 Maio

-

-

-Junho 4, 33 4, 56 4, 19 Julho 4, 17 5, 25 0, 78 Agosto 4, 54 2, 25 1, 66 Setembro 4, 09 4,66 4, 44 Outubro 4,5 2 4, 63 4, 45 Novembro

-

-

-Dezembro 3, 57 3, 6 2 3, 4 2 Janeiro de 1977 4,46 3, 78 4, 34

(24)

II- TSCNICAS DE COLETA E ANÁLISE A- Coleta

De acordo com o objetivo do trabalho, podemos métodos de coleta qualitativos ou quantitativos.

utilizar Entre os métodos qualitativos, o mais empregado é o de "sondagens" de Karaman-Chà.ppuis (ANGELIER, 1953, DELAMARE -DEBOUTTEVILLE, 1960; MOTAS, 1962; FIZE, 1963; MASRY, 1970 COINEAU, 1971; BACCARI & RENAUD-MORNANT, 1974). Esse método atribuído a Karaman (MOTAS, 1962), mas graças a Chappuis,

se propagou rapidamen �e da Rumânia para outros países. Consiste

em fazer, com uma pá, uma cavidade no bordo de um curso de a

gua, até o contacto com a napa de água subjacente; �s� água ..e, -;<.

então filtrada através de uma rede d� plâncton de maneira a concentrar a fauna. O método, muito simples, é bastante eficaz para um estudo sistemático da microfauna e meiofauna,

·-

porem nao tem nenhum valor quan ti ta ti vo.

ti

O procedimento da melhores resultados quando se coleta a

agua num recipiente e se filtra fora da cavidade, de maneira a provocar um ressurgimento de água intersticial, colocando-se regularmente em suspensão os animais caídos no fundo. (MASRY,

1970; COINEAU, 1971).

Alguns autores coletaram o sedimento, ao invés da agua. (COINEAU & CHANDRASEKHARA RA0, 1972; NUNOMURA, 1973; ITÔ, 1974).

Poucos autores estudaram, com precisão, a repartição qua� titativa e qualitativa da microfauna e meiofauna intersticiais;

(25)

para isso utilizaram métodos que, ao contrário das "sondagens" de Karaman-Chappuis, fornecem um volume constante de areia ou de água coletados. (BOUGIS, 1950; GNANAMUTHU, 1954; DELAMARE -DEBOUTTEVILLE, 1960; RENAUD-DEBYSER, 1963; BOU & ROUCH, 1967;

TIETJEN, 1969 e 1971; COINEAU, 1971; BOU, 1974).

Conforme RANAUD-DEBYSER (1963), para se fazer um estudo das populações intersticiais, é preciso aplicar técnicas de co leta rápidas e precisas, que permitam construir diagramas ela

ros e facilmente comparáveis. � necessário, portanto, coletar

o mesmo volume de areia nos diferentes tipos de sedimento e nas diferentes regiões.

Para o estudo quantitativo da rnicrofauna e rneiofauna de regiões submersas, os instrumentos geralmente usados para a co leta de sedimento são os busca-fundos. (BOUGIS, 1950; PICARD, 1965; CABIOCH, 1968; TIETJEN, 1969 e 1971).

Para areias emersas, RENAUD-DEBYSER (1963), utilizou um tipo de "carrotier" formado por 4 lâminas que se encaixam urnas nas outras e penetram facilmente no sedimento, coletando um VQ lume preciso e separando o sedimento em camadas estratifica

das. Outra vantagem citada pela autora é que o "carrotier" PQ de ser facilmente desmontado. Segundo DELAMARE-DEBOUTTEVILLE ,

(1960) este aparelho é particularmente bom para a coleta de formas que se fixam aos grãos de areia.

GALHANO (1970), fazendo um estudo quantitativo em três

tipos de praias de Portugal, escavou e retirou o sedimento por

meio de um cilindro de 6 cm de diâmetro e 8, 85 cm de altura,

(26)

de desejada, coletando assim um volume preciso de sedimento. O cilindro usado tinha a capacidade de 250 cc.

Também pode ser realizado um estudo quantitativo através da coleta de um volume preciso de água intersticial, por meio de diferentes tipos de bombas.

GNANAMUTHU (1954), ao estudar os Crustáceos do litoral de Madras, na Índia:citou o método de coleta de Krishnaswàmy , que consiste em enfiar verticalmente um tubo de 1/4 de poleg� da de diimetro na areia, tanto quanto necessário, e sugar a gua do solo para um recipiente. O autor nao se preocupou com o volume de água; seu estudo tinha apenas o aspecto siste�itico.

DELAMARE-DEBOUTTEVILLE (1960)descr:ev.eu um aparelho que construiu para a coleta de água intersticial e que tem como c� racterísticas, penetrar na areia sem causar pertubações no sen tido vertical e aspirar lentamente a água intersticial sem as pirar o sedimento. A eficácia desse aparelho é limitada, entr� tanto, a alguns metros da superfície, isto é, à zona estrita mente litoral. Segundo o próprio autor, suas desvantagens são: a necessidade de um esforço muscular intenso; a dificuldade do seu emprego em barco, por causa do deslocamento da embarca çao em relação ao aparelho que permanece fixo; e a nao captura das espécies que se prendem aos grãos de areia, pois a entrada

-de agua e muito lenta.

BOU (1974)citou, entre os métodos mais práticos e rentá veis, o método das "sondagens" tubuladas (BOU & ROUCH, 1967) destinado à prospecção das napas freáticas pouco profundas e ,

(27)

aparelho utilizado por esses autores é constituído por um tubo metilico de 1, 5 m de comprimento cujo diâmetro é variado. A ex tremidade inferior do t��o é fechada por um cone de aço solda

do, que é suficientemente resistente para permitir o seu enter

ramento no sedimento. A 10 cm da extremidade existem orifícios de 5 mm de diâmetro, espaçados de 1 S mm sobre uma extensão de

15 cm . O diâmetro destes orifícios é suficiente para deixar

passar os animais, sem os danificar.A extremidade superior do

tubo possui uma rosca, que permite o encaixe de um cilindro de

aço. O tubo é enterrado com o auxílio de um peso de 2 Kg, e em segui_

da, uma bomba aspirante com pistão vertical é adaptada sobre

o tubo. A igua contendo areia e detritos orgânicos ou argilo

sos cm suspensão, é recolhida em um balde, onde se faz uma

primeira decantação, antes da filtragem sôbre uma rede que re

tem os animais de tamanho superior a 1 mm . Esta é colocada so bre uma rede de plâncton, que prende o material de tamanho 1n ferior. Segundo os autores, esse método permite obter resulta dos quantitativos válidos, desde que o volume de água filtra

da seja previamente conhecido.

COINEAU (1971) também utilizou a bomba de Boü & Ro'uc'h: p� ra trabalhos ecológicos e biológicos com isópodes interstici ais. Esse método também pode ser empregado para coletas quali tativas, bombeando-se então a água di- etamente na rede de plâncton, que deverá estar mergulhada num balde com água do próprio meio, evitando, desse modo, um violento impacto capaz de danificar os animais maiores, tais como isópodes (BOU, 1974).

(28)

Karaman-Chappuis (MOTAS, 196 2) por ser um dos mais práticos e eficientes para um estudo qualitativo.

Entretanto, para o estudo da variação anual da população

de Microcerberus ramosae n. sp . na praia Vermelha, utilizamos o

método de bombeamento de BOU & ROUCH (1967), pelo qual 10 li tros de água intersticial foram coletados. Este volume foi in dicado por ser suficiente para uma análise guantitativa do g� nero por n6s estudado .

A água, foi filtrada através de uma rede de malhas de 37 µ concentrando, desse modo, a fauna . Os animais, presos na

rede, foram colocados em um recipiente contendo água do mar

filtrada.

B- Extração da fauna

A separação da fauna do sedimento pode ser realizada por diferentes processos dinâmicos ou mecânicos .

Os métodos dinâmicos utilizam os tactismos dos

os, que são levados a deixar a amostra através de seus

indivídu

prios meios, sob a influência de estímulos químicos ou termodi

nâmicos. Os métodos mecânicos se baseiam nas diferenças de den sidade ou de granulometria que existem entre os elementos do sedimento e os animais que êles abrigam . (Y. COINEAU, 1974).

GALHANO (1970)citou, entre os processos dinâmicos, o de Berlese, baseado em altas temperaturas, e o de Uhlig, que, ao

contrário, se baseia em baixas temperaturas. De acordo com a

autora, "esses métodos permitem separar os animais em melhor

(29)

estado , principalmente as espécies frigeis. Entretanto, esses processos seletivos apresentam inconvenientes quando se tem em vista a extração total d2. fauna, pois a velocidade de deslocarne!!_ to de diversas formas é muito variivel e algumas naturalmente morrem antes de terem alcançado o fixador" .

A técnica de Uhlig, segundo HULINGS & GRAY (1971) , consi�

te em congelar a igua do mar das vizinhanças da amostra do se

dimento . Coloca-se então o sedimento no fundo de um tubo sobre

uma rede de niilon cujo diâmetro é de 140 µ , coberto �or urna fina camada de algodão, e, sobre esta, o gelo de igua do mar. Os pequenos organismos, sensíveis ao gelo, movem-se, passam a través da rede e são coletados numa placa de Petri, contendo i gua do mar filtrada. Essa técnica também tem sido utilizada

com sucesso, usando-se igua a 409C em vez de gelo. Esse prece�

so é preferível em regiões tropicais (HULINGS & GRAY, 1971).

Entre os processos mecânicos, um dos primeiros a ser uti lizado, foi o de asfixia, de Remane, descri to em 1927, segundo DELAMARE-DEBOUTEVILLE (1960). Consiste em colocar a areia cole tada em um cristalizador e, ap6s alguns dias, aspirarern-se, corn uma pipeta, os animais que subiram à superfície. Swedmark, em 1955, segundo DELAMARE-DEBOUTEVILLE (1960), utilizou o mesmo método, operando em bocais de 30 cm de altura por 15 cm de diâ metro. Outros autores utilizaram este método (FIZE, 1963

KIRSTEUER, 1967) que, segundo RENAUD DEBYSER (1963), é excelen te para coletar formas raras, mas nao permite a captura da to talidade da fauna contida na amostra.

(30)

cânicos mais utilizados e práticos. Muitos autores o seguiram ,

com algumas variáveis (BOUGIS , 1950; MONNIOT , 1 96 2; KIRSTEUER , 1967 e 1970; GALHANO , 1970; NUNOMURA , 1973; ITÔ , 1974). Poden do ser realizado no próprio local de coleta ou no laboratório ,

ele consiste em colocar-se o sedimento em um recipiente , com á

gua do mar filtrada , revolver-se a areia durante alguns minu

tos, pondo-se deste modo os animais em suspensão , e filtrar-se

a igua atrav6s de uma rede de plâncton. Esta operaçao e repeti

da várias vêzes e , em seguida , o filtro deve ser lavado em

gua do próprio meio , ou água do mar filtrada , ou ainda, no xador . Pode-se adicionar à agua do mar filtrada 6% de Mg Cl

para desprender os animais que se fixam aos grãos de

(KIRSTEUER , 1967).

areia

a

fi

BOUGIS ( 1950)descr.eveu um método de análise para fundos arenosos , que consiste basicamente no método de baldeação.

O aparelho mais sofisticado para a extração mecânica da fauna, e que apresenta Ótimos resultados , é o de Boisseau , des

cri to em 1957 segundo DELAMAREDEBOUTTEVILLE ( 1960) , RENAUD -DEBYSER (1963) e GALHANO (1970). Consiste em uma ampola de so

ro onde se coloca a amostra da areia e pela qual se faz passar

uma corrente de água bastante forte , que agita violentamente

os grãos de areia. As matérias orgânicas e a fauna , mais leves

que o sedimento , entram em vários tubos permitindo a decanta

çao das partículas mais pesadas que a fauna intersticial; esta é então recolhida sobre pequenos filtros de seda. A quase tota lidade da população é assim separada do sedimento , pois previ� mente a amostra deve ter sido deixada em uma s�lução de clore

(31)

o d e Magn�sio isot6nica

i

água do mar (RENAUD-DEBYSER, 1963)

se desprendam os animais que tendem a fixar-se aos de areia .

Em nosso trabalho utilizamos, no laborat6rio, o método baldeação , colocando o material coletado em um bécker de 1000 ml, usando água do mar filtrada para revolver-se o sedi malha de 37 µ para concentrar os animais

em suspensão no líquido.

e- Anestesia, Fixação e Preservação

Para a obtenção de melhores resultados, vários autores

tim utilizado técnicas de anestesia da fauna intersticial, pois

muitas espécies são fortemente tigmotácticas e prendem-se aos grãos de areia.

normalmente

Além do MgCl citado anteriormente, GNANAMUTHU (1953) u

sou o mentol para a narcotização dos Crustáceos, KIRSTEUER

(1967) utilizou o uretano e hidratos de cloral, também utiliza

dos por COI NEAU & CHAND RASE KHARA RAO ( 1 9 7 2) .

BACCARI & RENAUD-MORNANT (1974) empregou o método de con gelação rápida em água do mar para evitar a curvatura dos Mis tacocarídeos no momento da fixação.

Vários sao os fixadores usados para a fauna interstici

'

al , sendo o mais comum o�alcool a 70% (PICARD, 1965; CABIOCH,

1968 ; GALH!.NO, 1 970; COINEAU, 1971; NUNOMURA, 1973; ITÕ, 1974 ) .

O formo! neutro a 4 ou 5% foi utilizado por (1954), MASRY (1970), TIETJEN (1971) e ITÕ (1�74 ) .

(32)

Alguns adicionrun ainda glicerina ao fixador (COINEAU &

Outros autores sugeriram e empregaram o liquido de Bouin e a preservaçao no álcool a 7 0% , que deverá ser renovado em in tervalos de poucos dias, tão logo se torne amarelo. (KIRSTEUER, 1967 ; . BACCARI & RENAUD-MORNANT, 1974; GALHANO1 1974).

HULLINGS & GRAY (197 1) usaram, para fixar os Mistacocari

deos, icido lático corado levemente com azul de Metil (não a

zul de Metileno), deixando os animais no ácido lático por alg� mas semanas e depois conservando-os em formal .

Para a preservação, a ma ioria dos autores se servem do

álcool a 7 0%.

- .

Para o estudo das especi es do genero Microcerberus, anes tesiamos os esp�cimes com Mg Cl a 7 0% e, para a fixação e pr� servação , empregamos o álcool a 7 0% por ser o mais indicado P! ra Crustáceos de pequeno porte.

d- Triagem e Coloração

Para facilitar a triagem da fauna intersticial, autores adicionam corantes ao fixador.

muitos

TIETJEN (1969, 197 1) empregou o Rosa Bengala, um corante

vital. O Rosa Bengala cora soment e os organismos vivos na hora da coleta.

BOUGIS (19S0)adiciono.u eosina ao sedimento, antes da ex tração da fauna.

(33)

mim para corar os Crustáceos, enquanto PANTIN (1969) citou p�

ra a

coloração da quitina, o clorazol negro E.

A triagem geralmente ê feita na lupa binocular sobre p� frações da coleta, para que não deixe escapar os jovens

pequenos e muitos transparentes, normalmente difíceis de se

distinguir em por causa da presença de partículas orgânicas em suspensao no líquido, que o tornam opaco. (COINEAU, 1971).

RENAUD-DEBYSER (1963) triou os animais ainda vivos sob lupa bj nocular, sobre uma lâmina de vidro, com ranhuras estrei tas, de modo a prender os animais nestes pequenos espaços.

GALHANO (1970) utilizou uma câmara de contagem de · chapa

acrílica, dividida em 9 pequenas câmaras para facilitar a con tagem.

Em nosso trabalho, realizamos a triagem sob lupa binocu

lar . Pequenas frações de coleta foram colocadas em placa bact�

riolÓgica e os isópodes foram contados e separados em pequenos

frascos.

Não sentimos necessidade de usar corantes antes da tria

gem, pois os espécimes de Microcerberus se destacavam bastante

pelo seu tamanho.

e- Preparação dos espécimes

Para o estudo específico dos isópodes intersticiais, os diversos autores utilizaram substâncias clarificadôra�tais co

mo o ácido lático (COINEAU, 1971) ou glicerina (MASRY, 1970 NUNOMURA, 1973).

(34)

26

Todos os apêndices devem ser dissecados antes de desenha

as montagens de lâminas são temporárias, pois preparaçoes não permitem a observação do animal em diferentes O método mais utilizado para preparaçoes de lâminas tem

..

..

de Gràndj"ean, grande renovado r da Acarologia

porarias e o o mo

derna, segundo Y . COINEAU (1974). Este método consiste em se

colocar sobre uma lâmina escavada uma gota de ácido lático p�

ro, sem encher a cavidade . Nesta são postos o animal, previame� te, clarificado e uma lamínula de maneira que cubra parcialme� te a abertura da cavidade. Inclinando-se a lâmina para o lado da lamínula, o ácido lático enche o microaquário assim formado

e que aí se mantém por capilaridade. Com ajuda d� uma aeulha

curva, o animal é colocado sob a lamínula, de maneira que o menisco constitua uma parede transversa, na qual podem operar­

se intervenções para colocar e orientar o objeto. A observação seri realizada juntando a açao combinada da agulha curva e os

movimentos da lamínula .

Antes de os observarmos, clareamos os espécimes de Micro

cerb e r us com ácido lático e usamos o corante clorazol negro E

(PANTIN, 1969). As lâminas foram preparadas segundo Y. COINEAU

(1974).

Foram feitas observações em vários exemplares e todos os esquemas realizados com auxílio de câmara clara.

As peças bucais dissecaram-se com estiletes bem finos de tungst�nio para posterior esquematização.

(35)

F- Biometria

Todas as medidas se efetuaram ao microscópio , graças a u ma lâmina micrométrica. Definiu-se o comprimento total do cor po entre o bordo rostral da cabeça e o bordo caudal do télson de um animal em exteniio (COINEAU, 1971).

(36)

SEGUNDA PARTE: MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA

I- Microcerberus Kararnan, 1933

..

Histórico

A primeira espécie do gênero- M . s tygius - , foi ta , em 1933, num lençol de água doce, em Skoplje, na

ia, por Kararnan que estabeleceu para ela urna família

descober Iugusli nova-Microcerberidae-, próxima aos Anthuridae marinhos, indicando

assim a origem marinha do gênero (KARAMAN, 1933). Supôs o au

tor, que os antepassados de Microcerberus teriam vivido na a

reia do mar e invadido o lençol de água doce, através dos rios.

Em 195 1, Remane encontrou dois representantes marinhos do gênero- M. arenicola e M. remanei- , na costa do Mediterrãne

o ; o primeiro, em areia fina, em Sête ( França), e o segundo,

em areia de saibro, em Maj ori (Itália). (REMANE & SIEWING

1953) . Estas duas espécies foram descritas superficialmente por CHAPPUIS & DELAMARE (195 2).

Remane, numa viagem à América do Sul, acompanhado pelo

Dr. Ernesto Marcus, coletou em duas praias da costa do Brasil­

Arnaralina, em Salvador (Bahia) e Ilha Bela, em São Sebastião (São Paulo)-, exemplares de urna nova � spécie- M. delamarei . O habitat nas duas estações era semelhante e os animais foram en centrados no lençol de água de praia de areia grossa, perto do limite da maré alta (REMANE & SIEWING, 1953). As característi

cas usadas para diferenciação específica foram: estrutura da antena, antênula, mand{bula , rnaxílula, maxila e 29 pleÓpode

(37)

CHAPPUIS (1953, b) , descrevendo uma nova espécie do gen�

M. remyi- , chamou a atenção para a estrutura do 29 pleÓpo

de masculino. Segundo o autor, algumas espécies apresentam- no

composto por um pequeno exopodito e um endopodito maior do que a base, e com uma apófise foliforme no seu lado interno, que ,

em alguns casos, é mais longa do que o endopodito. Em outras e�

picies, o endopodito é um artículo cilíndrico , que se afina gradativamente para a extremidade distal e não possui apófise no bordo interno. Segundo CHAPPUIS , poder-se-ia crer que as e� picies d a primeira categoria provêm da região psimica vizinha

do mar , enquanto que as outras viveriam em águas continentais e seriam, pois, relíquias márinhas muito mais antigas.

Na descrição de uma nova espécie, M. ruffoi , CHAPPUIS

(1953 , a) citou e descreveu um 59 pleópode, unirramado, que não havia sido mencionado antes.

CHAPPUIS & DELAMARE (1954) redescreveram as espécies M.

Pemanei e M. arenicola , considerando o grupo em nível de subfa

mília dentro de Anthuridae. A justificativa para isso é o fa

to de a pata copuladora dos machos ser muito semelhante à dos Anthuridae , apesar de algumas diferenças : número mais reduzido

de segmentos livres do pléon, forma diferente dos urópodes e

ausência de quase todos os pleÓpodes, caracteres que os auto r e s consideram como uma evolução regressiva nestes animais. Ou tros caracteres considerados também como semelhantes aos dos Anthuridac sao : forma do corpo, maxilÍpede com a parte basal fracamente desenvoldida , primeiro par de pereópode preênsil e

(38)

dos pleópodes repiratórios ficarem uma prega da carapaça .

escondidos

GNANAMUTHU (1954) coletou um exemplar no litoral marinho

de Madras, no sul da Índia, que classificou como Robus tura pr�

da toris n . g, n. sp. Mais tarde este gênero foi colocado em si

, .

non1m1a por CHAPPUIS &· DELAMARE (1956, b) por não diferir em

nenhum caráter de Microcerberus Karaman, 1933.

KARAMAN (1955)descr.eveu uma nova espécie das águas subter

rineas litorais da costa inferior do Mar Adriático na Iugosli

via- M. adriaticus - , mais tarde colocada na sinonímia de M. remanei (DELAMARE-DEBOUTTEVILLE, 1960).

DELAMARE & CHAPPUIS (1956) constataram a importância dos

lobos tergais do 29 , 39 e 49 segmentos do pereon, nas diagn�

ses específicas, caráter que até então não era considerado im

portante.

CHAPPUIS & DELAMARE (192!>� descobriram uma nova esp� cie M. pauZiani nas águas subterrâneas continentais e marinhas de Madagáscar. Os autores elaboraram urna chave para determina ção das 7 espécies até então conhecidas. Esta chave é baseada

na estrutura do 29 pleópode masculino.

CHAPPUIS & DELAMARE (1956, .b) chamaram a atenção para as

diferenças das peças bucais dos Anthuridae com os Microcerberus ,

pois, nos primeiros, sao transformadas em- aparelhos para sucção, enquanto

que, nos Últimos, sao mais ou menos reduzidas. Outro caráter mencionado nesse trabalho ê a inserção dorsal dos pereópodes,

(39)

res fizeram outra tentativa de chaves de determinação, baseada

nos caracteres do 29 ple6pode masculino . Nesse trabalho ,

CHAPPUIS & DELAMARE ressaltaram a importância que se deve dar, também, aos lobos tergais do pereon.

CHAPPUIS & DELAMARE (1956, c) descreveram três novas es

pécies- M. renaudi, M. mi rabi lis e M . li t tora lis -, da ilha Bi

mini, no Arquipélago das Bahamas, a primeira referida inexpl!

cavelmente mais tarde pelos mesmos autores com o nome de M .

debyseri (LANG , 196 1).

DELAMARE & CHAPPUIS (195 7) descreveram duas novas

cies para a costa da África : M . monodi e M . mac.hadoi .

esp�

CHAPPUIS, DELAMARE & PAULIAN (1956) descreveram M. in

ters titia lis das águas subterrâneas litorais de uma ressurge!!_

eia de água doce na ilha de Reunião. Os autores citaram 14 es pécies do gênero, distinguindo-as pelos caracteres sexuais dos

machos e pelos lobos tergais dos 2 sexos. Consideraram o gen�

ro Microcerberus de origem marinha, manifestando uma tendência a enterrar-se, uma euri-halinidade e euritermia nítidas, assim

como possuindo dispositivos especiais nos processos de reprod�

çao .

CHAPPUIS & DELAMARE (195 8) d�screveram uma nova

de água doce- M . p les ai- , da Rumânia .

espécie PENNAK (195 8) descreveu uma nova espécie- M. mex� canus -das areias marinhas da costa Pací fica do México, e afirmou que,

apesar do 29 ple6pode masculino assumir um significado caâa

vez maior como caráter primordial, somente machos sexualmente

(40)

para o fato de nao haver diferenças marcantes entre espécies do gênero, quanto à estrutura dos gnatópo des, apesar destes, serem caráter taxonôrnico importante em mui grupos de isópodes, especialmente em formas de águas doces.

PENNAK discordou da irnportincia filogenética da configur� e distribuição das cerdas das margens do tergo em certos

segmentos do corpo de Miaroaerberus , apesar de continuarem a

importantes na distinção de certas espécies.

LANG (1961), por ocasião do trabalho de descrição de urna espécie- M. abbott i -, das águas subterrineas litorais da Pacífica da Califórnia, fez importantes considerações so

bre a posição sistemática do gênero Mi arocerberus . Tornando co

mo base o fato das peças bucais dos Anthuridae serem modifica

das para a perfuração e sucçao, de os pereópodes I e II serem

subquelados, de o carpo dos pereópodes ser atrofiado e o pequ� no dátilo ter urna garra, o que nao ocorre em Microcerberus ,

pois não apresentam as peças bucais modificadas, somente o p�

reópode I é subquelado, o carpo e o dátilo dos pereópodes sao

bem desenvolvidos e o dátilo tem duas garras, o autor achou que

o gênero deve ser considerado corno mais primitivo que os Anthu ridae. Levando em consideração também a forte modificação do

29 pleÓpode masculino, LANG foi de opinião que Miarocerberus

devia ser colocado numa nova subordem Microcerberidea, que evi

dentemente é muito relacionada com os Anthuridea.

CVETKOV (1963) descreveu urna nova espécie e uma subesp� cie do gênero- M. phrea ticus e M. s tygius harman liens is -, am

(41)

ria. M. phreaticus distingue-se das demais do gênero pela pr�

sença do 19 par de pleópodes no macho, concluindo o autor que

a presença destes apêndices em M. phreaticus permite demons

trar que o primeiro somito do pléon não desapareceu entre os

Microcerberidae.

COINEAU (1966) continuou dando importância à estrutura

dos lobos tergais d6 29 , 39 e 49 pereonitos e à morfologia do

29 pleÓpode masculino nas diagnoses · específicas, por ocasião da redescrição de M. remanei encontrada pela autora nas ilhas de Sardenha, na Itália. COINEAU usou a classificação de CHAPPUIS & DELA��RE (1954), isto ê, considerou o gênero dentro da famí lia Anthuridae, subfamília Microcerberinae. Confirmou a autora

l\ ,..rvcvw,. (lAII,

a sinonímia de M . adriaticus IÇA__RAMAN , 19 5 5, com M. remanei

Chappuis & Delamare, 1952.

COINEAU & DELAMARE (1968) descreveram uma nova subespécie M. abbotti juani , da costa Pacífica dos Estados Unidos .

ENCKELL (197 0), descrevendo uma nova espécie para o Cei

lão- , M. singha Zensis-, falou da dificuldade de se distingui rem as fêmeas das diferentes espécies pela falta de caracte

res específicos, pois somente o 29 pleópode masculino é consi

aerado importante por todos os autores. Referiu-se também ao

fato de que algumas descrições foram baseadas em espécimes ima

turos (LANG, 1961), entre elas, as espécies- M . stygius , M.

Zittora Zis, M. pZ�a.i, M. renaudi e M. predatoris-, que par�

cem ser jovens. Considerou portanto, um pouco prematuro cons truir chaves para o genero.

(42)

areias mediterrâneas de Israel.

GALHANO (1970) de.5creveu outra nova subespécie-M. remanei

usitanicus -, das arei� s litorais - marinhas de Francelos, em

COINEAU & CHANDRASEKHARA RAO (1972) descreveram uma nova

espécie das ilhas Andaman (Golfo de Bengala)-M. andamanensis

Os autores referiram-se a M. singha Zensis, pois acreditaram

tratar-se de um espécime imaturo, assim também como M. predat�

COINEAU & BOTOSANEANU (1973) descreveram 3 novas espécies

de Cuba: M. nunezi, M. simplex e M. minutus. Os autores consi

deraram o gênero dentro da subordem Anthuridea e realçaram no

vamente a importância primordial da estrutura do 29 ple6pode

masculino na sistemitica de Microcerberidae, cuja estrutura

permite colocar em evidência graus de relações filogenéticas . Outros caracteres também devem ser levados em consideração pois podem apresentar variações : lobos tergais, antenas, antênu

las. Nesse trabalho foi descrito um novo genero Yvesia . Os auto

res discutiram a posição sistemitica do gênero, dizendo : "Une étude comparative des genres de la famille des Anthuridae et

des deux genres Microcerberus et Jvesia permettra d'etablir si

ces deux derniers entrent ou non dans le sous-ordre des Anthu

ridea" (COINEAU & BOTOSANEANU, 1973).

- .

NUNOMURA (1973), tendo descrito uma nova espec1 e- M.

kiiensis - , para o Japão, seguiu · a classificação de LANG

(43)

!TO (1974) descreveu outra nova espécie para o Japão- M.

importantes reflexões sôbre a morfolo

gia das peças bucais de várias espécies j á descritas, chamando

algumas discrepâncias que poderiam ser verdadei

ras diferenças interespecíficas ou, ao contrário, ser superfi

ciais, devido à falta de observação . Acreditou o autor que

de espinhos do endito interno da maxílula sej a um específico .

o

cara

ITÕ (1975) descreveu outra nova espécie para o Japão- M.

boninensis . O autor referiu-se ao 39 pleópode de ambos os se

os , corno taxonômicamente importantes, exceto em alguns casos

(COINEAU & DELAMARE, 196 8) . Lembrou ainda , que a maioria das

espécies do gênero Microcerberus não foi descrita em relação a

este caráter e afirmou que o dimorfismo sexual do 39 pleÓpode

pode ser encontrado em outras espécies, tornando-se necessário

um reexame crítico a esse respeito . Acreditou êle que o genero

parece ser constituido por grupos de espécies em várias linhas

evolutivas distintas, e que, num futuro próximo, i despeito da presença de várias espécies duvidosas (Ver LANG, 196 1), o gen�

ro Microcerberus Karaman, 1933 separar-se-á em alguns generos distintos.

Até o presente momento j á foram, portanto, descritas 30 espécies e 4 subespécie� do gênero, distribuídas em várias lo calidades do mundo, em águas subterrâneas litorais e continen

tais, sendo que as espécies marinhas são em maior número .

Em nosso trabalho seguiremos a classificação de CHAPPUIS & DELAMARE (1954) na qual o gênero Microcerberus é colocado na subfamília Microcerberinae, na família Anthuridae .

(44)

Sistemática

BARNARD (1925), num trabalho de revisão dos Anthuridae, di_ idiu-os em 2 seções básicas: seção A, com peç�:� bucais perf� radoras e sugaradoras e seçao B, com . peças bucais normais, mas tigadoras.

MENZIES & GLYNN (196 8) , estudando os isópodes marinhos de

Rico, denominou a seção A de família Paranthuridae, n.

e a seção B, família Anthuridae s. str.

Família Anthuridae

Corpo longo, geralmente mais de S vezes longo que largo Primeiro pereópode fortemente dilatado, subquelado. Unha da gaI_ ra do primeiro pereópode longa. Segundo e terceiro pereópodes raramente subquelados. Estatocistos pares freqUentemente prese� tes no télson. Peças bucais mastigadoras ou normais. Télson fre

qUentemente alargado e endurecido .. (MENZIES & GLYNN , 196 8)

Subfamília Microcerberinae

Definição (de KARAMAN, 1933 modificada)

Isópodes pequenos, cegos e despigmentados, corpo estreito

e alongado com cabeça, sete pereonitos, sendo o 29,39 e 49 bas

tante diferenciados com lobos tergais medianos e laterais ca

racterísticos para cada espécie, dois pleonitos livres e pleQ

tilson. MandÍbulas com palpo uniarticulado e cerda na extremida de; processo molar longo e afilado com extremidade distal cilia da; processo incisivo com dentes fortemente quitinizados ; mandí bula esquerda com três espinhos denteados abaixo da "lacínia mobi

(45)

s " ; mandíbula direita com dois espinhos denteados abaixo da mobilis". Ma):ila I com dois endi tos. Maxila II com pr� bissegmentado . Maxilípede com seis artículos . Sete p� bem desenvolvidos, sendo· o primeiro preênsil (gnat6p� de) ; segundo, terceiro e quarto pere6podes dirigidos para fren

te ; quinto, sexto e sétimo dirigidos para trás. Todos os pere6p� exceção do primeiro se inserem dorsalmente. Ple6pode I na maioria das espécies. Ple6pode II, 6rgão copulador no ausente na fêmea, com exo e endopodito. Ple6pode III

no macho e na fêmea, unirramado. Ple6pode IV presente os sexos, birramado ; ur6podes terminais, não em forma

com exo e endopodito. Presença ou não de estrias

ventrilaterais longitudinais na face ventral da parte posterior

Microcerberus Karaman, 1933

Isópodes pequenos, cerca de 12 vezes mais longo do que la! go . Artículos 3 e 4 dos maxilÍpedes alargados. Expansão espinh�

sa nos artículos 2 e 3 das antenas. Base dos pere6podes armada

de uma expansão espinhosa . Prôpodo do primeiro pere6pode provido de 2 espinhos denteados. Exopodito dos ur6podes minúsculo. Ausên

eia de estrias ventrilaterais longitudinais. ( COINEAU &

BOTOSANEANU, 1973)

(46)

Microcerberus magnus n. sp. (figs S a 8)

Des crição

Comprimento do macho: maximo: � . 1, 200 mm ; mínimo: 0,940 mm

média (20 exemplares) 1, 056 mm Comprimento d� fêmea : miximo : 1, 290 mm ; mínimo: 0,920 mm ;

média (20 exemplares) 1,082 mm.

Cabeça (fig. 5 -b) com quatro cerdas laterais, sendo uma

ais longa no terço posterior ; duas cerdas sublaterais no terço anterior e duas cerdas sublaterais no início do terço posterior.

Lobos tergais (figs S: c, 5 -d e 5 -e)cornpostos de lobos media nos arredondados e curtos, com fina e curta cerda no bordo inter

no e longa cerda no bordo externo ; lobos la ter ais mais longos

que os medianos, com cerda muito fina no bordo interno, difícil de observar.

Antênula (fig.5 - f) composta de seis artículos, sendo que a separação dos dois Últimos artículos não é nítida. Primeiro ar

tfculo com cerda simples e cerda penada na extremidade distal do bordo externo. Segundo artículo com cinco cerdas penadas no bor do externo ; extremidade distal do bordo interno com pequena cer

da simples e cerdas penadas. Terceiro artículo com duas cerdas

s impl es. Quarto artículo, bem menor, com longa cerda penada. Qui�

to art ículo glabro. Sexto artículo com cerda simples na base , e quatro cerdas simples, sendo uma mais longa e bastonete hiali

'

no na extremidade. Comprimento do bastonete hialino igual a so

(47)

b . c . d . e . f . g . 0 , 0 5 m m

a . 0,1 0 mm

FIQ. !! - MICROCERBERIIS MA/9NIIS. a - VISTA DORSAL DO ANIMAL ; b - CABECA; e , d°, e - LOBOS TERGAIS DO 21 , 31 E 4 1 PEREONITOS ; f - ANTtNULA : Q - ANTENA.

(48)

Antena (fj g. 5-g) com seis artículos no pedúnculo . Primei artículo pequeno e curto com cerda simples . Segundo artícu

o , igualmente curto , com expansao espinhosa r o bordo interno.

Torceiro artículo, robusto e longo, marcado por forta espinho

oposto a duas longas cerda� simples ; duas

cerdas simples aparecem no bordo tergal. Quarto artículo com

três cerdas simples pequenas . Quinto artículo, longo , com três

simples no bordo externo, duas cerd a s no bordo interno cerdas na extremidade distal do bordo tergal . Sexto artí longa cerda penada na região distal, duas outras meno abaixo e sete cerdas simples. Flagelo com seis artícu

mais longo que os seguintes, com quatro

cerdas simples . Segundo artículo curto , com cerda simples na ex trerni dade distal do bordo externo . Terceiro artículo igualmente

longa cerda simples na extremidade distal do bordo Quarto artículo curto, com três cerdas simples na extre Quinto artículo com duas longas cerdas simples na extre Sexto artículo com cinco longas cerdas na extremidade .

Mandíbulas (figs. 6-� , 67�)com protuberincia quitinosa em cu ja base se insere o palpo uniarticulado com cerda longa e forte na extremidade . Processo incisivo com quatro dentes . "Lacinia m�

bilis" da mandíbula esquerda com quatro dentes , aplicada sobre o

processo incisivo . "Lacinia mob i 1 is" da mandíbula direi ta forma da por placa achatada e festonada. Abaixo da "lacinia mobilis" destacam-se três espinhos denteados na mandíbula esquerda e dois espinhos na mandíbula direita . Processo molar longo e afilado margem ciliada, com cerda muito fina na parte mais afilada .

(49)

o d ª ·ª1 · ª 2 · b . b 1 . c . d.d 1' e.f. 0 ,0 1 m m o 1 e g g 0 , 0 5 m m

F i g . 6 - M/CROCERBERUS MAGNUS: a - MANDÍBULA DIRE ITA ; b - M AN DIBU L A E SQ U E R DA ; e - M A X ÍL U L A ; d - MA X I L A ; e - L A BRO ; f - L A B I U M ; g ­ M A X I L ÍPEDE.

Referências

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