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Uso de técnicas de recuperação de imagens para o problema de reidentificação de pessoas

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Vladimir Jaime Rocca Layza

“Uso de T´

ecnicas de Recupera¸

ao de Imagens para o

Problema de Reidentifica¸

ao de Pessoas”

CAMPINAS

2015

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Maria Fabiana Bezerra Muller - CRB 8/6162

Rocca Layza, Vladimir Jaime,

R581u RocUso de técnicas de recuperação de imagens para o problema de

reidentificação de pessoas / Vladimir Jaime Rocca Layza. – Campinas, SP : [s.n.], 2015.

RocOrientador: Ricardo da Silva Torres. RocCoorientador: Hélio Pedrini.

RocDissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Computação.

Roc1. Identificação humana. 2. Reconhecimento de padrões. 3. Descritores. 4. Multiescala. 5. Imagens - Recuperação. 6. Recuperação da informação. I. Torres, Ricardo da Silva,1977-. II. Pedrini, Hélio,1963-. III. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Computação. IV. Título.

Informações para Biblioteca Digital

Título em outro idioma: Content-based image retrieval techniques applied to the person

reidentification problem Palavras-chave em inglês: Human identification Pattern recognition Descriptors Multiscale Image retrieval Information retrieval

Área de concentração: Ciência da Computação Titulação: Mestre em Ciência da Computação Banca examinadora:

Ricardo da Silva Torres [Orientador] Erickson Rangel do Nascimento Anderson de Rezende Rocha

Data de defesa: 20-03-2015

Programa de Pós-Graduação: Ciência da Computação

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

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Instituto de Computa¸c˜ao Universidade Estadual de Campinas

Uso de T´

ecnicas de Recupera¸

ao de Imagens para o

Problema de Reidentifica¸

ao de Pessoas

Vladimir Jaime Rocca Layza

20 de mar¸co de 2015

Banca Examinadora:

• Prof. Dr. Ricardo da Silva Torres (Supervisor/Orientador ) • Prof. Dr. Erickson Rangel do Nascimento

Departamento de Ciˆencia da Computa¸c˜ao - UFMG • Prof. Dr. Anderson de Rezende Rocha

Instituto de Computa¸c˜ao - UNICAMP • Prof. Dr. Jo˜ao Paulo Papa

Departamento de Ciˆencia da Computa¸c˜ao - UNESP (Suplente) • Prof. Dr. Zanoni Dias

Instituto de Computa¸c˜ao - UNICAMP (Suplente)

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Abstract

Several surveillance systems based on the use of multiple cameras have been proposed recently. However, the identification of people in video sequences obtained from seve-ral cameras with non-overlapping views, commonly known as the person reidentification task, is still an open problem. Person reidentification is a challenging problem due to the constraints under which the problem should be solved. These constraints come from the characteristics of the scenario and the objects of interest (people): first, biometric features may not be used as discriminant information; second, appearance is dramatically modi-fied by changes in position, lighting conditions, and camera parameters. Therefore, in these conditions a unique person can be “seen” as a distinct person by different cameras. This research is focused on the investigation of alternatives for the creation of surveillance systems aiming at person reidentification. We intend to use content-based image retrieval techniques, such as traditional and recently proposed image descriptors, multiscale analy-sis, and rank aggregation approaches. Conducted experiments considered the use of four different datasets, commonly used in the evaluation of person reidentification systems. Obtained results show that the content-based image retrieval techniques are promising to reidentify people, producing equivalent results to the state-of-the-art methods.

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Resumo

V´arios sistemas de vigilˆancia baseados no uso de m´ultiplas cˆameras tˆem sido propostos recentemente. No entanto, a identifica¸c˜ao de pessoas em sequˆencias de v´ıdeos obtidas por v´arias cˆameras com vistas n˜ao sobrepostas, comumente conhecida como reidentifica¸c˜ao de pessoas, ´e um problema em aberto. As raz˜oes para que este problema seja considerado desafiador referem-se principalmente `as restri¸c˜oes nas quais o problema deve ser resol-vido. Estas restri¸c˜oes s˜ao definidas a partir das caracter´ısticas do cen´ario e dos objetos de interesse (as pessoas): primeiro, as caracter´ısticas biom´etricas de pessoas n˜ao podem ser utilizadas como caracter´ısticas discriminantes; segundo, a aparˆencia das pessoas muda drasticamente em virtude de varia¸c˜oes na posi¸c˜ao, ilumina¸c˜ao e parˆametros de cˆamera. Tais restri¸c˜oes fazem com que uma mesma pessoa possa ser observada por m´ultiplas cˆameras como uma pessoa diferente para cada uma delas. Nesta pesquisa, busca-se in-vestigar alternativas para a cria¸c˜ao de sistemas de vigilˆancia visando `a reidentifica¸c˜ao de pessoas. Foram empregadas t´ecnicas de recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo tais como descritores de imagens tradicionais e propostos recentemente, an´alise multiescala, e t´ecnicas de rank aggregation. Os experimentos realizados consideram a utiliza¸c˜ao de quatro bases de dados comumente utilizadas na avalia¸c˜ao de sistemas de reidentifica¸c˜ao de pessoas. Os resultados obtidos mostraram que as t´ecnicas de recupera¸c˜ao de ima-gens por conte´udo s˜ao promissoras para a reidentifica¸c˜ao de pessoas, obtendo resultados compar´aveis aos m´etodos do estado da arte.

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Agradecimentos

• Agrade¸co ao professor Ricardo e o professor H´elio pela orienta¸c˜ao e pela infinita ajuda; aprendi coisas muito valiosas.

• Agrade¸co a Deus pela vida e a meus pais Pedro e Amancia por me ensinarem a perseverar nas coisas que eu quero.

• Agrade¸co pelo apoio a minhas irm˜as Gloria e Mayra, e a minha tia Eufemia. • Agrade¸co aos membros da banca por terem aceitado fazer parte da avalia¸c˜ao deste

trabalho.

• Agrade¸co `a Cecilia e a meus queridos Tim´on e Pumba. • Agrade¸co a todos meus amigos do IC.

• Agrade¸co a todos os professores e colegas do RECOD.

• Agrade¸co ao CNPq, `a CAPES, `a FAPESP, `a Microsoft e `a AMD pelo apoio finan-ceiro.

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Sum´

ario

Abstract ix

Resumo xi

Agradecimentos xiii

1 Introdu¸c˜ao 1

2 Trabalhos e Conceitos Relacionados 5

2.1 O Problema de Reidentifica¸c˜ao de Pessoas . . . 5

2.2 Trabalhos Relacionados . . . 8

2.2.1 Abordagens Baseadas em Caracter´ısticas . . . 8

2.2.2 Abordagens Baseadas em Aprendizagem . . . 10

2.3 Conceitos Relacionados . . . 13

2.3.1 Recupera¸c˜ao de Imagens por Conte´udo . . . 13

2.3.2 M´etodos de Agrega¸c˜ao de Listas (Rank Aggregation) . . . 14

2.3.3 Descritores de Imagem . . . 17

2.3.4 Aprendizagem de M´etricas de Distˆancia Large Margin Nearest Neighbor (LMNN) . . . . 20 3 Metodologia 23 3.1 Processamento Offline . . . . 25 3.2 Processamento Online . . . 28 4 Experimentos e Resultados 30 4.1 Protocolo Experimental . . . 30 4.1.1 Bases de Dados . . . 31

4.1.2 Sele¸c˜ao Aleat´oria de Dados . . . 33

4.1.3 Medidas de Avalia¸c˜ao . . . 33 4.1.4 An´alise Estat´ıstica do Desempenho dos M´etodos de Rank Aggregation 34

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4.2 Resultados Experimentais . . . 34

4.2.1 Avalia¸c˜ao de Descritores . . . 35

4.2.2 An´alise de Correla¸c˜ao e Sele¸c˜ao de Descritores . . . 38

4.2.3 Avalia¸c˜ao de M´etodos de Rank Aggregation . . . . 40

4.2.4 Avalia¸c˜ao de M´etodos de Rank Aggregation Utilizando a Medida LMNN . . . 47

4.2.5 An´alise do Desempenho da Descri¸c˜ao Multiescala . . . 48

4.2.6 An´alise dos Resultados e Compara¸c˜ao com Outros M´etodos . . . . 50

5 Conclus˜oes e Trabalhos Futuros 59

Referˆencias Bibliogr´aficas 61

(18)
(19)

Lista de Tabelas

2.1 Descritores e abreviaturas utilizadas ao longo do texto . . . 18

3.1 Exemplo da combina¸c˜ao de duas listas ordenadas . . . 29

4.1 Dimensionalidade de cada descritor . . . 33

4.2 Exemplo de teste Wilcoxon signed rank . . . . 35

4.3 Desempenho da combina¸c˜ao de pares de descritores na base CAVIAR4REID 46 4.4 Desempenho da combina¸c˜ao de pares de descritores na base i-LIDS . . . . 46

4.5 Desempenho da combina¸c˜ao de pares de descritores na base ETHZ . . . 47

4.6 Desempenho da combina¸c˜ao de pares de descritores na base VIPER . . . . 47

4.7 Desempenho da combina¸c˜ao de descritores na base VIPER usando LMNN 49 4.8 Desempenho da combina¸c˜ao de descritores na base ETHZ usando LMNN . 49 4.9 Desempenho dos descritores en ´unica escala e multiescala . . . 50

4.10 Compara¸c˜ao da abordagem proposta com o estado da arte . . . 58

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Lista de Figuras

1.1 Subproblemas de um sistema autom´atico de vigilˆancia . . . 3

2.1 Imagens capturadas em ambientes reais . . . 6

2.2 Vis˜ao geral das etapas que comp˜oem os m´etodos para a solu¸c˜ao do problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas . . . 7

2.3 Arquitetura de um sistema de recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo . . . . 14

2.4 Esquema geral da combina¸c˜ao de listas ordendas geradas pelos m´etodos de Rank Aggregation . . . . 15

2.5 Ilustra¸c˜ao gr´afica do processo de aprendizagem do m´etodo LMNN. . . 22

3.1 Arquitetura de um sistema de reidentifica¸c˜ao de pessoas . . . 24

3.2 Vis˜ao geral das etapas da abordagem proposta . . . 26

3.3 Constru¸c˜ao de vetores de caracter´ısticas . . . 27

4.1 Vis˜ao geral das etapas do protocolo experimental utilizado . . . 31

4.2 Curvas CMC e medidas AUC de cada descritor na base de dados CA-VIAR4REID . . . 36

4.3 Curvas CMC e medidas AUC de cada descritor na base de dados i-LIDS . 36 4.4 Curvas CMC e medidas AUC de cada descritor na base de dados ETHZ . . 37

4.5 Curvas CMC e medidas AUC de cada descritor na base de dados VIPER . 37 4.6 CAVIAR4REID [9] . . . 39

4.7 i-LIDS [62] . . . 39

4.8 ETHZ [13, 45] . . . 39

4.9 VIPER [16] . . . 39

4.10 Exemplos de resultados de consultas realizadas sobre as quatro bases de dados . . . 39

4.11 Correla¸c˜ao de descritores para a base de dados CAVIAR4REID . . . 41

4.12 Correla¸c˜ao de descritores para a base de dados i-LIDS . . . 42

4.13 Correla¸c˜ao de descritores para a base de dados ETHZ . . . 43

4.14 Correla¸c˜ao de descritores para a base de dados VIPER . . . 44

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4.15 Curvas CMC da combina¸c˜ao utilizando m´etodos de rank aggregation na base de dados CAVIAR4REID usando distˆancia Euclideana . . . 55 4.16 Curvas CMC da combina¸c˜ao utilizando m´etodos de rank aggregation na

base de dados i-LIDS usando distˆancia Euclideana . . . 55 4.17 Curvas CMC da combina¸c˜ao utilizando m´etodos de rank aggregation na

base de dados VIPER usando distˆancia Euclideana . . . 56 4.18 Curvas CMC da combina¸c˜ao utilizando m´etodos de rank aggregation na

base de dados ETHZ usando distˆancia Euclideana . . . 56 4.19 Curvas CMC da combina¸c˜ao utilizando m´etodos de rank aggregation na

base de dados VIPER usando a medida LMNN . . . 57 4.20 Curvas CMC da combina¸c˜ao utilizando m´etodos de rank aggregation na

base de dados ETHZ usando a medida LMNN . . . 57

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(25)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

Diariamente, milh˜oes de cˆameras de vigilˆancia monitoram um amplo conjunto de locais, desde cˆomodos de uma casa at´e grandes ambientes, tais como aeroportos, supermerca-dos, escolas, hospitais e esta¸c˜oes de trens. Essas cˆameras coletam enorme quantidade de dados, os quais podem ser ´uteis para diversas tarefas, tais como an´alise de comporta-mento das pessoas, reconhecicomporta-mento de a¸c˜oes, entre outras. No entanto, esses dados s˜ao raramente utilizados por causa da enorme quantidade de informa¸c˜ao que um operador humano (encarregado de obter informa¸c˜ao de interesse) ´e capaz de analisar.

Uma pr´atica comum nos locais monitorados ´e gravar os v´ıdeos e posteriormente utiliz´ a-los como ferramenta forense. Por exemplo, ap´os a ocorrˆencia de um crime, um v´ıdeo gravado ´e utilizado para coletar evidˆencias e identificar poss´ıveis suspeitos. No entanto, poderia ser mais vantajoso que o sistema tivesse capacidade de advertˆencia. Neste caso, o sistema poderia alertar antes ou durante a ocorrˆencia do crime [22]. Assim, a an´alise autom´atica de dados para extrair informa¸c˜ao resumida de alto n´ıvel (por exemplo, uma pessoa est´a limpando o carro) ´e altamente desej´avel.

De acordo com Omar et al. [22], um sistema autom´atico de vigilˆancia (automated surveillance system) deve ser capaz de identificar e seguir objetos em movimento dentro de seu campo visual, detectando e classificando as atividades que ocorrerem. De acordo com Bazzani [5], um sistema autom´atico de vigilˆancia tem duas dimens˜oes e v´arios n´ıveis de an´alise em cada uma. A primeira dimens˜ao considera quatro n´ıveis de acordo com o n´umero de pessoas que aparecem na cˆamera do ambiente monitorado, ou seja, quando as cˆameras monitoram apenas uma pessoa, v´arias pessoas, pequenos grupos de pessoas e multid˜oes. A segunda dimens˜ao considera dois n´ıveis de acordo com o n´umero de observa¸c˜oes que o sistema pode reunir em cada momento. O primeiro n´ıvel considera apenas uma cˆamera est´atica ou dinˆamica, a qual fornece s´o uma imagem ou um conjunto sequencial de imagens. O segundo n´ıvel considera v´arias cˆameras (an´alise multicˆamera), em que s˜ao diferenciados dois casos: cˆameras sobrepostas e n˜ao sobrepostas. O primeiro

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caso ´e geralmente mais simples de abordar, porque as propriedades geom´etricas podem ser utilizadas em conjunto para estimar a posi¸c˜ao de pessoas. Entretanto, o segundo caso ´e mais realista e mais dif´ıcil de abordar, porque os indiv´ıduos transitam entre diferentes cˆameras n˜ao sobrepostas por meio de algumas ´areas n˜ao monitoradas.

O problema geral de um sistema autom´atico de vigilˆancia pode ser dividido em uma s´erie de subproblemas [22]: detec¸c˜ao e classifica¸c˜ao, rastreamento, reidentifica¸c˜ao e an´alise de comportamento. O primeiro subproblema ´e a detec¸c˜ao e classifica¸c˜ao dos objetos de interesse no campo visual da cˆamera. A defini¸c˜ao de um objeto de interesse ´e dependente do contexto da aplica¸c˜ao e, geralmente, s˜ao pessoas ou ve´ıculos.

Uma vez que os objetos de interesse foram detectados, ´e ´util ter um registro de seus movimentos ao longo do tempo. Isto pode ser obtido a partir do tratamento do segundo subproblema, rastreamento do objeto, o qual ´e definido como o problema de estimar a trajet´oria de um objeto movendo-se em uma cena.

Em um sistema real com pontos de vista de cˆameras n˜ao sobrepostos, o sistema deve ter a capacidade de seguir os objetos enquanto s˜ao observados por diferentes cˆameras, ou seja, dado um conjunto de rastreamentos (tracks) em cada cˆamera, devem-se encontrar quais deles pertencem ao mesmo objeto. Este problema ´e conhecido como problema de reidentifica¸c˜ao. Finalmente, depois de ter todo o ambiente monitorado, o quarto subproblema, a an´alise de comportamento, relaciona-se `a detec¸c˜ao de comportamentos anormais, reconhecendo diferentes a¸c˜oes e atividades humanas, tais como sua intera¸c˜ao com objetos, intera¸c˜ao social, entre outras.

Bazzani [5] considera outra taxonomia de acordo com o n´ıvel de descri¸c˜ao ou in-forma¸c˜ao que cada subproblema do sistema autom´atico de vigilˆancia fornece para o ope-rador humano. A detec¸c˜ao e classifica¸c˜ao fornecem informa¸c˜ao de baixo n´ıvel, porque os resultados obtidos n˜ao auxiliam o operador humano, dado que os objetos de interesse detectados e classificados em cada cˆamera est˜ao isolados. A reidentifica¸c˜ao conecta os objetos de interesse entre diferentes cˆameras, fornecendo informa¸c˜ao de n´ıvel m´edio. Fi-nalmente, a an´alise de comportamento fornece informa¸c˜ao de alto n´ıvel, pois proporciona uma descri¸c˜ao do ambiente monitorado, que usualmente ´e a informa¸c˜ao que o operador humano necessita. As duas taxonomias para o problema autom´atico de vigilˆancia, deta-lhadas anteriormente, s˜ao mostradas na Figura 1.1. Pode-se observar que as etapas s˜ao fortemente dependentes.

Nos ´ultimos anos, a tendˆencia das pesquisas est´a orientada na dire¸c˜ao da an´alise de m´edio e alto n´ıveis, entretanto, o baixo n´ıvel ainda est´a longe de ser definitivamente resolvido [5].

O foco deste trabalho est´a na solu¸c˜ao do problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas, que ´e de vital importˆancia para a realiza¸c˜ao de an´alise de comportamento. De acordo com o estado da arte [2, 4, 9, 12], o problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas ´e definido como

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3 Detecção de Pessoas Rastreamento de Pessoas Reidentificação e Reaquisição de Pessoas Análise de Comportamento Baixo Nível Nível Médio Alto Nível

Figura 1.1: Subproblemas de um sistema autom´atico de vigilˆancia e os n´ıveis de in-forma¸c˜ao que fornecem ao operador humano. Figura adaptada de [5].

a identifica¸c˜ao de uma pessoa em diferentes localiza¸c˜oes em imagens obtidas de v´arias cˆameras com pontos de vista n˜ao sobrepostos.

De forma geral, as abordagens no estado da arte [18–20, 26] para solu¸c˜ao do problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas podem ser classificadas em dois tipos: (i) baseadas em caracter´ısticas, que constituem abordagens focadas em criar descritores/assinaturas de aparˆencia para cada pessoa suficientemente robusta para ser capaz de distinguir entre aparˆencias de pessoas similares; (ii) abordagens baseadas em aprendizagem, as quais

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usam um conjunto de caracter´ısticas para treinar modelos discriminativos; esses modelos normalmente s˜ao mais complexos do que os baseados em caracter´ısticas.

O objetivo deste trabalho ´e o desenvolvimento de uma solu¸c˜ao para o problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas baseada em uma arquitetura dos sistemas de recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo (Content-Based Image Retrieval – CBIR). Em geral, dada uma imagem de consulta, um sistema CBIR recupera as imagens mais similares de uma cole¸c˜ao considerando o conte´udo visual da imagem (por exemplo, forma, cor e textura) [51]. Em aplica¸c˜oes de CBIR ´e comum utilizar m´etodos de rank aggregation para melhorar a efetividade do sistema por meio de fus˜ao de dados. Os m´etodos de rank aggregation combinam diferentes listas ordenadas geradas a partir de diferentes caracter´ısticas para obter uma lista mais precisa [28]. O principal argumento para a combina¸c˜ao de listas geradas por diferentes caracter´ısticas ´e que “vis˜oes” distintas de um mesmo conjunto de dados podem complementar informa¸c˜ao sobre o mesmo conjunto.

Nossa principal contribui¸c˜ao ´e a avalia¸c˜ao de descritores de caracter´ısticas e m´etodos de rank aggregation no problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas. Especificamente, utilizamos o paradigma de recupera¸c˜ao de informa¸c˜ao multimodal, ou seja, exploramos diferentes descritores associados a diferentes propriedades visuais (por exemplo, textura, cor e forma) e, em um segundo momento, avaliamos suas efic´acias considerando diferentes escalas. Listas ordenadas geradas pelos descritores de caracter´ısticas s˜ao combinadas utilizando v´arios m´etodos de rank aggregation, gerando dessa forma uma lista mais precisa, ou seja, uma lista que possui imagens de interesse em suas primeiras posi¸c˜oes. Avaliamos ainda a medida de distˆancia Euclideana e uma medida de distˆancia aprendida utilizando o m´etodo Large Margin Nearest Neighbor (LMNN) [54].

Este documento est´a organizado da seguinte forma. O Cap´ıtulo 2 apresenta os tra-balhos e conceitos relacionados ao problema de reidentifica¸c˜ao e recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo. O Cap´ıtulo 3 apresenta a metodologia proposta para a reidentifica¸c˜ao de pessoas. O Cap´ıtulo 4 descreve o protocolo utilizado nos experimentos e a forma de ava-lia¸c˜ao e an´alise dos resultados. Finalmente, o Cap´ıtulo 5 apresenta as conclus˜oes deste trabalho e propostas para trabalhos futuros.

(29)

Cap´ıtulo 2

Trabalhos e Conceitos Relacionados

Este cap´ıtulo descreve as abordagens mais relevantes do estado da arte do problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas, bem como os aspectos te´oricos de m´etodos e t´ecnicas que foram empregadas neste trabalho. Esses conceitos incluem recupera¸c˜ao de informa¸c˜ao, descritores de caracter´ısticas e m´etodos de rank aggregation.

2.1

O Problema de Reidentifica¸

ao de Pessoas

De acordo com os trabalhos do estado da arte [18–20, 23, 37], o problema de corres-pondˆencia/rastreamento (matching/tracking) de pessoas por meio de cˆameras, comu-mente conhecido como reidentifica¸c˜ao de pessoas, ´e definido como o reconhecimento de um mesmo indiv´ıduo em diferentes localiza¸c˜oes e tempo em imagens obtidas por v´arias cˆameras com pontos de vista n˜ao sobrepostas.

Recentemente, essa defini¸c˜ao est´a sendo ampliada, por exemplo em [7], em que dois tipos de problemas s˜ao diferenciados: (i) problema fechado, considera fortes restri¸c˜oes que tornam um cen´ario fora da realidade, mas um bom ponto de in´ıcio. Por exemplo, considera que o n´umero total de pessoas na cena ´e conhecido, tamb´em que todas as pessoas passaram pelos pontos de vista de um par de cˆameras, ou seja, assume-se que cada pessoa que aparece na cˆamera A tem uma correspondˆencia na cˆamera B. A principal tarefa no problema fechado ´e associar uma imagem de consulta com a identidade dos indiv´ıduos em cada cˆamera; (ii) problema aberto, considera que na cena existem mais de um par de cˆameras, que o n´umero total de pessoas na cena n˜ao ´e conhecido e que algumas pessoas podem passar pelo ponto de vista de apenas uma cˆamera. Dessa forma, podem existir imagens de consulta a partir de uma cˆamera que n˜ao ter˜ao imagens correspondentes nas outras cˆameras.

Outra defini¸c˜ao, apresentada em [25] que vai al´em das anteriores, estabelece que as cˆameras n˜ao deveriam estar limitadas a um espa¸co f´ısico fixo, pelo contr´ario, poderiam

(30)

ser parte de um dispositivo m´ovel, por exemplo, instalado em um ou v´arios drones. Neste trabalho, abordaremos o problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas considerando os diversos aspectos e as restri¸c˜oes derivadas da defini¸c˜ao inicial (problema fechado), pois assumimos que, para cada imagem de consulta a partir de uma cˆamera, existe pelo menos uma imagem correspondente em outra cˆamera.

As principais caracter´ısticas do problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas s˜ao: primeiro, a aparˆencia de um indiv´ıduo pode variar significativamente em imagens obtidas de m´ultiplas cˆameras, devido `as mudan¸cas nos pontos de vista, ilumina¸c˜ao, poses, entre outros fato-res. Segundo, h´a um alto n´umero de pessoas com aparˆencia similar, ou seja, pessoas s˜ao geometricamente similares e podem vestir roupas com a mesma cor. Terceiro, como as cˆameras que monitoram o ambiente est˜ao dispostas em diferentes distˆancias das pessoas, as imagens geralmente apresentam baixa resolu¸c˜ao. Quarto, a variabilidade intraclasse normalmente ´e mais alta do que a variabilidade interclasse, cuja caracter´ıstica ´e predomi-nante no problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas, uma vez que em outros problemas, como busca de objetos, as caracter´ısticas visuais intracategoria s˜ao semelhantes [31]. Quinto, as caracter´ısticas biom´etricas convencionais como face ou ´ıris, geralmente usadas para re-conhecer pessoas, s˜ao invi´aveis no problema de reidentifica¸c˜ao, pois s˜ao dif´ıceis de serem capturadas em condi¸c˜oes reais.

Por exemplo, as imagens dentro de cada caixa azul na Figura 2.1 s˜ao da mesma pessoa obtidas de diferentes cˆameras em ambientes reais. As imagens da parte superior apresentam mudan¸cas em pose, ilumina¸c˜ao, pessoas obstru´ıdas por objetos e pessoas distintas vestindo a mesma cor de roupa. As imagens da parte inferior, por sua vez, apresentam problemas de baixa resolu¸c˜ao, mudan¸cas de pose e ilumina¸c˜ao.

Figura 2.1: Imagens capturadas em ambientes reais. Figura extra´ıda da base de dados CAVIARa [9].

Outro aspecto importante deste problema s˜ao as potenciais aplica¸c˜oes, as quais va-riam desde problemas na ´area forense e v´ıdeos de vigilˆancia at´e aplica¸c˜oes no com´ercio e

(31)

2.1. O Problema de Reidentifica¸c˜ao de Pessoas 7

cuidados na ´area da sa´ude.

De forma geral, as etapas que seguem a maioria dos m´etodos de reidentifica¸c˜ao de pessoas s˜ao trˆes: a primeira ´e a extra¸c˜ao de caracter´ısticas de cada imagem, as quais po-dem ser globais quando s˜ao extra´ıdas da imagem completa ou locais quando s˜ao extra´ıdas a partir de certas regi˜oes de interesse. A segunda ´e a cria¸c˜ao de um descritor de carac-ter´ısticas, uma representa¸c˜ao compacta ou assinatura. A terceira ´e a correspondˆencia ou casamento das caracter´ısticas das imagens de consulta de uma cˆamera contra as carac-ter´ısticas de imagens de cada uma das outras cˆameras.

Extração de características

Comparação usando uma medida de distância Aprendizagem de um modelo discriminativo Comparação usando o modelo aprendido Construção de assinatura/vetor de características

Figura 2.2: Vis˜ao geral das etapas que comp˜oem os m´etodos para a solu¸c˜ao do problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas: m´etodos baseados nas caracter´ısticas (setas vermelhas) e m´etodos baseados em aprendizagem (setas pretas).

Os trabalhos no estado da arte [18–20, 26] geralmente focam a solu¸c˜ao do problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas em duas abordagens: (i) baseadas nas caracter´ısticas, as quais constroem descritores/assinaturas que sejam suficientemente robustas para distinguir pes-soas parecidas, mas tamb´em devem mitigar os efeitos das mudan¸cas na ilumina¸c˜ao, pose e oclus˜oes, que afetam os exemplos da mesma classe; (ii) as abordagens baseadas em aprendizagem, as quais usam um conjunto de caracter´ısticas para treinar modelos discri-minativos que permitem diferenciar entre indiv´ıduos de uma e de outra classe. De forma geral, as etapas que seguem essas abordagens s˜ao ilustradas graficamente na Figura 2.2.

As se¸c˜oes seguintes apresentam os trabalhos relacionados ao problema de reidenti-fica¸c˜ao de pessoas. Esses trabalhos foram divididos seguindo as duas tendˆencias princi-pais de pesquisas na ´area: trabalhos baseados em caracter´ısticas (Se¸c˜ao 2.2.1) e trabalhos baseados em aprendizagem (Se¸c˜ao 2.2.2).

(32)

2.2

Trabalhos Relacionados

Nesta se¸c˜ao s˜ao descritos os trabalhos mais relevantes do estado da arte sobre reidenti-fica¸c˜ao de pessoas, esses trabalhos foram divididos em duas se¸c˜oes: abordagens baseadas em caracter´ısticas e abordagens baseadas em aprendizagem.

2.2.1

Abordagens Baseadas em Caracter´ısticas

Dada a ausˆencia de informa¸c˜ao biom´etrica, humanos fazem a reidentifica¸c˜ao de pessoas com base na detec¸c˜ao de partes salientes do corpo, buscando alguma correspondˆencia entre essas partes. Cheng et al. [9] prop˜oem um m´etodo utilizando Pictural Structures (PS) para estimar a pose e as partes do corpo, com a finalidade de criar uma assinatura para cada pessoa. A assinatura pode ser criada a partir de uma ou de m´ultiplas imagens de um indiv´ıduo. No primeiro caso, a assinatura ´e formada pela uni˜ao dos histogramas de cor no modelo HSV de cada parte do corpo e o deslocamento de cor por regi˜oes por meio do operador Maximally Stable Color Region (MSCR). No segundo caso, o objetivo ´e aprender um modelo chamado Custom Pictoral Structure (CPS) que captura a aparˆencia local das partes dos indiv´ıduos. Uma vez gerado o modelo, a assinatura ´e criada da mesma forma que no primeiro caso. Dadas duas assinaturas, a etapa de casamento (matching) entre elas ´e feita utilizando-se a fun¸c˜ao de distˆancia baseada em Bhattacharyya [6].

A maior desvantagem do m´etodo [9] ´e que ele n˜ao funciona adequadamente quando as pessoas est˜ao parcialmente obstru´ıdas por outras pessoas ou objetos, pois n˜ao ´e poss´ıvel detectar as principais partes salientes do corpo.

A baixa resolu¸c˜ao das imagens obtidas por meio das cˆameras ´e um problema comum enfrentado na ´area. Com a finalidade de criar uma assinatura humana que seja altamente discriminante, robusta a imagens de baixa resolu¸c˜ao e adequada a ambientes lotados, al´em das varia¸c˜oes de ilumina¸c˜ao e parˆametros de cˆamera, Bak et al. [4] prop˜oem uma assinatura denominada Mean Riemannian Covariance Grid (MRCG). Essa representa¸c˜ao ´e formada por um descritor local (por regi˜oes) chamado Mean Riemannian Covariance (MRC) baseado no descritor de covariˆancia [52], extra´ıdo em cada imagem que pertence ao rastreamento da pessoa. Cada imagem ´e dividida em forma de uma grade, depois ´e aplicado o descritor MRC para cada c´elula da grade e, em seguida, todas as c´elulas corres-pondentes em todas as grades s˜ao unidas para formar uma ´unica grade densa, resultando, desta forma, a assinatura MRCG para uma pessoa. Dadas duas assinaturas, o casamento entre elas ´e definido como a m´axima medida de similaridade que resulta do deslocamento de um descritor MRC de uma assinatura sobre a outra. A principal desvantagem do m´etodo [4] ´e a necessidade de se ter v´arias amostras de uma pessoa por cˆamera para cria¸c˜ao de uma assinatura que seja suficientemente robusta. Entretanto, essa condi¸c˜ao em cen´arios reais nem sempre ´e satisfeita.

(33)

2.2. Trabalhos Relacionados 9

Um m´etodo que trata de problemas de varia¸c˜ao de pose, oclus˜oes e ilumina¸c˜ao foi proposto por Martinel et al. [37]. Este m´etodo explora trˆes tipos de caracter´ısticas: locais, de forma e textura para criar uma assinatura discriminativa para cada indiv´ıduo. No primeiro tipo de caracter´ıstica, utiliza-se uma fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao Gaussiana para calcular o Weighted Gaussian Color Histogram sobre as regi˜oes denominadas S de uma imagem projetada no espa¸co de cor HSV. Tais regi˜oes S foram extra´ıdas a partir dos pontos de interesse (key points) detectados por Scale Invariant Feature Transformation (SIFT) [33]. O segundo tipo de caracter´ıstica ´e extra´ıdo calculando-se a Pyramid of Histograms of Orientation Gradients (PHOG). Os PHOGs s˜ao extra´ıdos a partir de cada canal HSV e acumulados para formar uma matriz PHOG ∈ Rm×I, em que m ´e a dimens˜ao do vetor de caracter´ısticas e I ´e o n´umero de imagens. O terceiro tipo de caracter´ısticas ´e formado por Texture Features [17], extra´ıdas a partir de duas partes do corpo, superior e inferior. Finalmente, a uni˜ao dos trˆes tipos de caracter´ısticas forma a assinatura para cada imagem da pessoa. Dadas duas assinaturas, a fun¸c˜ao de distˆancia utilizada para fazer o casamento entre elas ´e formada pela soma dos resultados parciais de distˆancias entre os descritores Weighted Gaussian Color Histogram, Pyramid of Histograms of Orientation Gradients (PHOG) e Texture Features.

As caracter´ısticas de cor tˆem demostrado bom desempenho na maioria das bases de dados. No trabalho [37], as caracter´ısticas de cor est˜ao limitadas pelo n´umero de pontos de interesse detectados por SIFT [33]. Dessa forma, esse m´etodo n˜ao funciona apropria-damente em imagens com baixa resolu¸c˜ao ou com grandes regi˜oes de cor uniforme, pois poucos pontos de interesse seriam detectados e, consequentemente, as caracter´ısticas de cor n˜ao teriam um aporte significativo, mesmo que elas estejam visualmente presentes.

Um trabalho que calcula a medida de similaridade utilizando um m´etodo de re-ranking bidirecional baseado nas medidas de similaridade de conte´udo e contexto foi proposto por Qingming et al. [27]. A hip´otese dos autores ´e que, se duas imagens pertencem a uma mesma pessoa, elas deveriam ser similares em conte´udo (similaridade visual) e tamb´em similares em contexto (compartilhar os mesmos vizinhos mais pr´oximos em uma cole¸c˜ao de imagens dada). Para isso, eles constroem trˆes cole¸c˜oes de imagens, uma de teste, outra de galeria e outra chamada de “nova galeria” que ´e formada pela imagem original de consulta e por outras imagens da galeria original. Para calcular a similaridade por conte´udo, o trabalho realiza uma consulta a partir da cole¸c˜ao de teste sobre a galeria e uma consulta a partir de cada elemento da galeria sobre a “nova galeria”. Da mesma forma, para obter a similaridade de contexto, os vizinhos mais pr´oximos da imagem de consulta na galeria e de cada elemento da galeria na “nova galeria” s˜ao calculados. Finalmente, um modelo de re-ranking ´e proposto para calcular o resultado final a partir dos resultados parciais das similaridades de contexto e conte´udo. A vantagem do m´etodo [27] ´e que n˜ao utiliza vetores de caracter´ısticas ou assinaturas muito complexos nem m´etodos baseados

(34)

em aprendizagem.

2.2.2

Abordagens Baseadas em Aprendizagem

As abordagens baseadas em aprendizagem modelam os dados por meio de vetores de caracter´ısticas que geralmente descrevem informa¸c˜ao de cor e textura. Em [30, 32, 34, 35], por exemplo, as caracter´ısticas de cor s˜ao extra´ıdas a partir dos canais RGB, YCbCr e HSV. As caracter´ısticas de textura usam filtros de Gabor e Schmid. Ap´os a etapa de extra¸c˜ao, os vetores de caracter´ısticas s˜ao usados para treinar modelos discriminativos que permitem diferenciar entre indiv´ıduos de uma e de outra classe.

Um tipo de abordagem recorrente atualmente s˜ao os m´etodos de aprendizagem de m´etricas de distˆancia que s˜ao aprendidas a partir de simples amostras etiquetadas, for-necidas por diferentes pontos de vista de cˆameras. Uma vez que a m´etrica ´e aprendida, ela descreve a transi¸c˜ao entre duas cˆameras [18] e ´e usada para fazer o casamento entre uma imagem de consulta e as imagens na galeria (conjunto de imagens capturadas pelas cˆameras distribu´ıdas no ambiente).

Por exemplo, os m´etodos [18, 19] aprendem m´etricas de distˆancia a partir das imagens fornecidas por duas cˆameras diferentes. Este problema ´e formulado como um problema bin´ario (duas classes). Martin et al. [18] utilizam uma m´etrica de distˆancia chamada Large Margin Nearest Neighbor (LMNN) proposta em [55], a qual est´a focada principal-mente em melhorar a classifica¸c˜ao com k-Nearest Neighbors (k-NN). A ideia do LMNN ´e treinar a m´etrica de Mahalanobis de tal forma que os k-vizinhos mais pr´oximos sempre perten¸cam `a mesma classe, enquanto que os exemplos de diferentes classes sejam sepa-rados por uma grande margem. No caso do trabalho [19], o conjunto de treinamento ´e dado por um conjunto de pares de vetores da forma (xi, xj), os quais compartilham

a mesma etiqueta y. Tamb´em s˜ao definidos os conjuntos S = {(xi, xj)|y(xi) = y(xj)} e

D = {(xi, xj)|y(xi) 6= y(xj)} de pontos similares e dissimilares, respectivamente. A fun¸c˜ao

objetivo usada neste m´etodo ´e similar `a Large Margin Nearest Neighbor (LMNN) usada por [18]. Neste trabalho, tamb´em avaliamos o uso do LMNN combinados com t´ecnicas de recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo.

Um trabalho similar a [18, 19] foi proposto por Liu et al. [32]. O m´etodo proposto aprende a similaridade entre as imagens de um par de cˆameras. Tais caracter´ısticas s˜ao projetadas em dois subespa¸cos segundo um par de imagens que perten¸cam ou n˜ao `a mesma pessoa. Esse trabalho est´a baseado na ideia de que as varia¸c˜oes de aparˆencia das imagens de uma mesma pessoa deveriam ser similares ap´os uma deforma¸c˜ao, enquanto que as aparˆencias de diferentes pessoas deveriam ser dissimilares ap´os a mesma deforma¸c˜ao.

Nos m´etodos [18, 19], a aprendizagem de m´etricas de distˆancia foi realizada a partir das imagens fornecidas por apenas dois pontos de vista de cˆameras diferentes. No

(35)

en-2.2. Trabalhos Relacionados 11

tanto, Lianyang et al. [35] consideram que aprender uma m´etrica de distˆancia apenas entre duas cˆameras ´e suscet´ıvel a sobreajustar o modelo devido ao uso de dados etique-tados de treinamento insuficientes. Devido a esse fato, Lianyang et al. [35] prop˜oem formular a reidentifica¸c˜ao de pessoas em uma rede de cˆameras como um modelo de apren-dizagem de m´etricas de distˆancia multitarefa, em que v´arias m´etricas s˜ao criadas para cada par de cˆameras. Dado que as m´etricas de distˆancia entre cada par de cˆamera s˜ao diferentes, por´em tamb´em relacionadas, elas s˜ao aprendidas adicionando regulariza¸c˜ao conjunta que alivia o sobreajuste do modelo. Especificamente, os autores prop˜oem um modelo Multi-task Maximally Collapsing Metric Learning (MtMCML) em que a fun¸c˜ao de distˆancia usada ´e a Mahalanobis. A fun¸c˜ao objetivo ´e convexa e tem um gradiente cont´ınuo Lipschitz.

Outro tipo de trabalho que envolve aprendizagem em reidentifica¸c˜ao de pessoas foi pro-posto por Chunxiao et al. [30], que usam aprendizagem n˜ao supervisionada para aprender quais caracter´ısticas s˜ao mais importantes nas imagens de cada indiv´ıduo. O m´etodo pro-posto ´e composto das seguintes etapas: primeiro, um conjunto de prot´otipos ´e selecionado a partir de um conjunto de imagens de treinamento n˜ao etiquetadas usando clustering ran-dom forest. Cada prot´otipo ´e composto por v´arias imagens que compartilham atributos similares de aparˆencia. Segundo, um classificador random forest foi treinado usando o con-junto de treinamento inicial no qual cada prot´otipo representa uma classe. Terceiro, para cada imagem de consulta, a importˆancia de cada caracter´ıstica ´e calculada de acordo com sua habilidade em discriminar diferentes prot´otipos; isso ´e obtido usando-se o classificador treinado na etapa anterior.

Por outro lado, dado que os m´etodos de learning-to-rank e supervised metric learning requerem v´arios exemplos de treinamento, a falta desses exemplos limita a escalabilidade do modelo em cen´arios reais. Chen et al. [34] prop˜oem um manifold ranking chamado MRank gerado pela grande quantidade de dados n˜ao etiquetados na galeria. Intuitiva-mente, uma imagem com rank alto ser´a atribu´ıdo a instˆancias da galeria pr´oximas `a ima-gem de consulta no espa¸co do manifold, enquanto que as instˆancias localmente pr´oximas s˜ao estimuladas a ter ranks similares. Inicialmente, o manifold ´e aproximado por um grafo constru´ıdo por k-nearest neighbour (k-NN). Cada vez que uma nova consulta ´e re-alizada, a matriz de distˆancias do grafo ´e aproximada para construir dois tipos de grafos Laplacianos que s˜ao usados para calcular o score da consulta.

Em [60], o problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas ´e tratado como uma instˆancia de matching de grafo bipartido, em que as imagens capturadas por dois pontos de vista de cˆameras diferentes formam conjuntos independentes sobre os quais os matches s˜ao aprendidos. As mudan¸cas em aparˆencia s˜ao tratadas por fun¸c˜oes bases que codificam a coocorrˆencia de padr˜oes visuais entre imagens das duas cˆameras. As imagens s˜ao descritas de forma local usando SIFT-cor [60] para construir grandes dicion´arios visuais.

(36)

Posterior-mente, a partir do conjunto de treinamento, h´a o aprendizado de correspondˆencias entre as imagens de duas cˆameras utilizando Structured Prediction. O aprendizado de corres-pondˆencias ´e dado pela combina¸c˜ao ponderada de fun¸c˜oes bases Radial Basis Functions (RBF) e Latent Spatial Kernel.

O m´etodo [60] tem a desvantagem de aprender correspondˆencias para apenas duas cˆameras, al´em disso, o m´etodo necessita de um conjunto de imagens de treinamento a priori suficientemente grande.

Outro m´etodo baseado em aprendizagem foi proposto por Zhao et al. [61]. Esse m´etodo aprende filtros de n´ıvel m´edio para capturar padr˜oes visuais correspondentes a partes particulares do corpo de uma pessoa. Os filtros que s˜ao constru´ıdos devem possuir um equil´ıbrio entre poder de discrimina¸c˜ao e capacidade de generaliza¸c˜ao.

Cada imagem de treinamento foi caracterizada de forma densa sobre patches regulares de 10 × 10. Utilizando-se os vetores de caracter´ısticas de cada patch, uma correspondˆencia densa foi calculada entre uma imagem de treinamento obtida de uma cˆamera contra todas as outras imagens de treinamento obtidas de uma outra cˆamera. Ap´os o c´alculo da correspondˆencia, s˜ao selecionados os patches que possuem alto poder de discrimina¸c˜ao e generaliza¸c˜ao, os quais s˜ao aqueles que aparecem em uma percentagem intermedi´aria em toda a cole¸c˜ao, pois esses patches n˜ao s˜ao nem muito comuns para se confundir facilmente nem muito escassos para n˜ao generalizar. Em seguida, um cluster hier´arquico de patches ´e constru´ıdo para agrupar patches em subconjuntos com coerente aparˆencia visual. A partir do cluster, os filtros de n´ıvel m´edio s˜ao aprendidos de forma supervisionada. Foram criados exemplos de treinamento positivos formados pelos patches que pertencem a um mesmo n´o na ´arvore, enquanto que os exemplos negativos s˜ao formados pelos outros n´os restantes. Esses exemplos de treinamento positivos e negativos s˜ao utilizados para treinar um SVM linear [8] (filtro) para cada n´o. Dadas duas imagens obtidas de diferentes cˆameras, um conjunto de filtros ´e calculado para cada imagem. Para determinar se duas imagens pertencem `a mesma pessoa ou n˜ao, um modelo de matching das respostas dos filtros ´e utilizado.

Diferentemente da maioria das abordagens da literatura, Chunxiao et al. [31] focam seu trabalho no tratamento de ranked list de candidatos resultantes de uma consulta. Isso ´e importante em v´ıdeos de vigilˆancia e aplica¸c˜oes forenses, em que o usu´ario final deve analisar essa lista para decidir que candidato corresponde verdadeiramente `a pessoa da consulta. Dada uma ranked list, que ´e gerada com as primeiras imagens da galeria resultantes da consulta, o objetivo ´e aprender uma fun¸c˜ao post-rank para reordenar o rank inicial e melhorar a percentagem de acertos nas primeiras posi¸c˜oes. Inicialmente, o usu´ario seleciona uma imagem strong negative (imagens entre as melhores e com baixa similaridade visual `a imagem de consulta). Depois disso, pseudoexemplos positivos s˜ao criados usando regression forest, os quais s˜ao usados para construir um grafo que captura

(37)

2.3. Conceitos Relacionados 13

a similaridade de aparˆencia entre todas as imagens da galeria. Finalmente, os exemplos negativos selecionados pelo usu´ario s˜ao propagados no grafo. Dessa forma, uma fun¸c˜ao post-rank ´e aprendida e utilizada para gerar uma nova rank-list.

2.3

Conceitos Relacionados

Nesta se¸c˜ao, os aspectos te´oricos de m´etodos e t´ecnicas empregados neste trabalho s˜ao descritos tais como, recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo, m´etodos de agrega¸c˜ao de listas, descritores de imagems e aprendizagem de m´etricas de distˆancia, com especial enfoque no m´etodo Large Margin Nearest Neighbor (LMNN) [54].

2.3.1

Recupera¸

ao de Imagens por Conte´

udo

Uma sub´area de recupera¸c˜ao de informa¸c˜ao ´e a recupera¸c˜ao de informa¸c˜ao multim´ıdia, que trata da modelagem, indexa¸c˜ao e busca de dados multim´ıdia, como imagens, mode-los tridimensionais, v´ıdeo, entre outros [3]. Especificamente, a recupera¸c˜ao de imagens baseada no conte´udo visual (por exemplo, forma, cor e textura) ´e conhecida como recu-pera¸c˜ao de imagens por conte´udo (Content-Based Image Retrieval) (CBIR). O objetivo de um sistema de CBIR ´e recuperar as imagens mais similares `as especifica¸c˜oes definidas pelo usu´ario (por exemplo, uma forma de esbo¸co ou uma imagem de exemplo) [51]. As imagens recuperadas em uma consulta s˜ao ordenadas em ordem decrescente ao valor de similaridade com rela¸c˜ao `a imagem de consulta.

A Figura 2.3 mostra a arquitetura t´ıpica de um sistema CBIR. Essa arquitetura est´a dividida em dois grandes m´odulos: a interface e o processamento de consultas. A interface permite ao usu´ario interagir com o sistema para inserir dados, especificar consultas e visualizar o resultado retornado pelo sistema, enquanto que o processamento de consultas interage com a interface e a base de dados para processar as consultas fornecidas pelo usu´ario.

Al´em disso, a arquitetura possui duas funcionalidades principais: a inser¸c˜ao de dados (geralmente realizada de forma offline) e o processamento de consultas (realizada de forma online). A inser¸c˜ao de dados envolve as tarefas de extra¸c˜ao de vetores de caracter´ısticas e seu armazenamento na base de dados. Por sua vez, o processamento de consultas ´e respons´avel pelas tarefas de extra¸c˜ao de caracter´ısticas apropriadas das imagens de consultas e o uso de uma m´etrica (por exemplo, distˆancia Euclidiana) para avaliar a similaridade entre a imagem de consulta e as imagens da base de dados. Ap´os essa etapa, um ordenamento das imagens da base ´e aplicado em ordem decrescente de similaridade e as imagens ordenadas s˜ao finalmente mostradas como resultado para o usu´ario na interface. Dado que uma imagem pode ser representada por diferentes descritores que exploram

(38)

Visualização Extração de vetores de características Cálculo de similaridade Ranqueamento Interface Módulo de processamento de consultas Padrão de

consulta Imagens ranqueadas

Vetores de características Câmeras Imagens Especificação de consulta Inserção de dados

Figura 2.3: Arquitetura de um sistema de recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo (Content-Based Image Retrieval) (CBIR) [51].

diferentes tipos de caracter´ısticas, essas distintas representa¸c˜oes da mesma imagem podem fornecer informa¸c˜ao diferente e complementar. Uma abordagem usada para realizar a fus˜ao de informa¸c˜ao em sistemas de recupera¸c˜ao de informa¸c˜ao multim´ıdia ´e o uso de m´etodos de rank aggregation [10].

Neste trabalho, empregamos diferentes m´etodos de rank aggregation para combinar diferentes descritores de caracter´ısticas. Al´em disso, usamos medidas de correla¸c˜ao de tais descritores para garantir a complementariedade e a baixa correla¸c˜ao na combina¸c˜ao.

2.3.2

etodos de Agrega¸

ao de Listas (Rank Aggregation)

Uma defini¸c˜ao formal do problema de rank aggregation foi dada por Frans et al. [44], que considera que o rank aggregation pode ser visto como uma permuta¸c˜ao que minimiza a medida Kendall-tau para uma lista de rankings de entrada. A distˆancia Kendall-tau pode ser definida como a soma de todos os rankings de entrada do n´umero de pares de elementos

(39)

2.3. Conceitos Relacionados 15

que est˜ao em ordem diferente no ranking de entrada em rela¸c˜ao ao ranking de sa´ıda. Se os rankings de entrada forem permuta¸c˜oes, o problema ´e conhecido como Kemeny rank aggregation.

No processo de recupera¸c˜ao, utilizando um m´etodo espec´ıfico de descri¸c˜ao (Di)/medida de similaridade, para cada imagem de consulta ´e gerada como resultado uma lista de n imagens ordenadas em ordem decrescente do valor de similaridade entre a imagem de consulta e as imagem recuperadas. O rank aggregation ´e usado para a fus˜ao de v´arios m´etodos de descri¸c˜ao/medida de similaridade, ou seja, a fus˜ao de v´arias listas de imagens ordenadas. Espera-se que, na lista resultante final, o desempenho da recupera¸c˜ao seja melhor do que nas listas individuais, ou seja, que as imagens melhores ordenadas sejam aquelas mais similares `a imagem de consulta.

Os m´etodos de rank aggregation tˆem sido usados em muitas aplica¸c˜oes de recupera¸c˜ao de informa¸c˜ao, com o objetivo de melhorar a efetividade de seus resultados nas consultas. A Figura 2.4 apresenta um esquema geral da combina¸c˜ao de listas ordenadas realizada pelos m´etodos de rank aggregation. Dada uma imagem de consulta c e um conjunto de m´etodos de descri¸c˜ao, um conjunto de listas ordenadas {Rc,D1, ..., Rc,Dm} ´e gerado.

C , D0

C , D1

C , Dn

D

0

/d

D

1

/d

D

n

/

d

C

rank aggregationMétodo de

C Lista final Imagem de

Consulta

Figura 2.4: Esquema geral da combina¸c˜ao de listas ordendas geradas por m´etodos de Rank Aggregation.

Os m´etodos de rank aggregation seguem diversas abordagens sobre os valores das posi¸c˜oes das imagens nas listas ordenadas ou sobre os valores de similaridade. Por exem-plo, o m´etodo Borda [59] utiliza apenas a posi¸c˜ao (rank) nas listas ordenadas, em que um novo valor de posi¸c˜ao ´e atribu´ıdo a uma imagem na lista ordenada final, somando-se cada valor da posi¸c˜ao da imagem nas diferentes listas ordenadas. O rank aggregation de uma imagem x utilizando o m´etodo de Borda [59] ´e dado da seguinte forma

Borda(c, x) =

m

X

i=1

(40)

em que a imagem x ´e melhor ordenada do que outra y se Borda(c, x) > Borda(c, y). Da mesma forma como o m´etodo Borda, o algoritmo Reciprocal Rank Fusion (RRF) tamb´em utiliza apenas a informa¸c˜ao do rank [11], em que RRF ´e definido pela equa¸c˜ao

RRF(c, x) = m X i=1 1 k + Rc,Di(x) , (2.2)

em que k ´e uma constante que atenua o impacto de altos valores de ranques dados por outliers. Neste trabalho, utilizamos o valor k = 60, da mesma forma que em [28].

Outra abordagem que tamb´em utiliza o valor da posi¸c˜ao ´e o m´etodo Copeland [29], que compara cada par de imagens e determina qual delas est´a melhor ordenada. `A imagem melhor ordenada ´e atribu´ıdo um ponto e, em caso de empate, ´e atribu´ıdo meio ponto a cada imagem. Depois que todas as compara¸c˜oes aos pares s˜ao feitas, define-se a imagem com maior n´umero de pontos (maior n´umero de vit´orias em pares) como a vencedora.

fx(y, z) =        1 se y ´e melhor que z 0, 5 se y e z est˜ao empatados 0 se z ´e melhor que y (2.3) Copeland(x, y) = X y,z∈S z6=y fx(y, z). (2.4)

De forma similar, o m´etodo de Median Rank Aggregation utiliza as posi¸c˜oes das ima-gens nas listas ordenadas [14], atribuindo como posi¸c˜ao final para uma imagem a mediana das posi¸c˜oes em que a imagem est´a alocada em todas as listas ordenadas.

MedianRank(x, y) = mediana{Rc,D1(x), Rc,D2(x), ..., Rc,Dm(x)}, (2.5)

em que a imagem x ´e melhor ordenada do que outra y se MedianRank(c, x) < MedianRank(c, y).

Diferentemente dos m´etodos anteriores, que trabalham com as posi¸c˜oes das listas or-denadas, um grupo de m´etodos propostos por Fox e Shaw [15] utiliza as medidas de similaridade obtidas na recupera¸c˜ao. Esses m´etodos calculam a similaridade final base-ada em c´alculos simples das similaridades de todas as listas ordenadas. Por exemplo, o CombMAX atribui o valor m´aximo, CombMIN o valor m´ınimo, CombSUM a soma, CombMED a m´edia, CombANZ a m´edia considerando apenas os valores diferentes de zero e o CombMNZ que multiplica a soma das similaridades de cada imagem pelo n´umero de similaridades diferentes de zero. As f´ormulas para cada m´etodo s˜ao apresentadas a

(41)

2.3. Conceitos Relacionados 17 seguir: CombMAX(c, x) = max 1<i≤m,i∈ZRc,Di(x) (2.6) CombMIN(c, x) = min 1<i≤m,i∈ZRc,Di(x) (2.7) CombSUM(c, x) = m X i=1 Rc,Di(x) (2.8) CombMED(c, x) = 1 m m X i=1 Rc,Di(x) (2.9) CombANZ(c, x) = 1 nz(x) m X i=1 Rc,Di(x) (2.10) CombMNZ(c, x) = nz(x) m X i=1 Rc,Di(x) (2.11)

Outro m´etodo que tamb´em usa os valores de similaridade ´e Multiplication Scores (MS-cores) [40] para gerar uma nova lista ordenada. A fun¸c˜ao que retorna a nova medida de similaridade para uma imagem ´e expressa como

MScores(c, x) = m q Qm i=1(Rc,Di(x) + 1) m . (2.12)

ou seja, dada pela raiz m-´esima da m´edia da multiplica¸c˜ao das similaridades da imagem para cada lista ordenada, em que m ´e o n´umero de listas ordenadas. Dessa forma, esse m´etodo procura propagar os maiores valores de similaridade por meio da multiplica¸c˜ao.

2.3.3

Descritores de Imagem

Os principais descritores de imagems empregados neste trabalho s˜ao apresentados nesta se¸c˜ao, os quais geralmente s˜ao usados em CBIR e reidentifica¸c˜ao de pessoas.

Descritores globais (cor e textura) e descritores locais foram utilizados no trabalho. Os descritores globais descrevem a imagem como um todo, por exemplo, a distribui¸c˜ao de cor de uma imagem. Por outro lado, os descritores locais inicialmente aplicam uma etapa de detec¸c˜ao de pontos de interesse e, em seguida, as regi˜oes da imagem em torno dos pontos de interesse s˜ao descritas. A Tabela 2.1 mostra todos os nomes e abreviaturas dos descritores que foram utilizados nesta pesquisa (as abreviaturas utilizadas n˜ao s˜ao um padr˜ao na literatura).

Descritores de Cor

Histograma de Cor ´e um dos descritores mais amplamente utilizados em reidentifica¸c˜ao de pessoas [18–20,26,30,32,34,35] e recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo [41]. O histograma

(42)

Descritor

Abreviatura

Auto Color Correlogram

ACC

Border/Interior Pixel Classification

BIC

Color Coherence Vectors

CCV

Cumulative Global Color HSV Histogram

CHSV

Color Structure Descriptor

CSD

Haralick Descriptor

HAR

Global Color HSV Histogram

HSV

Hue Histogram

HUE

Local Binary Patterns

LBP

Opponent Histogram

OPH

Global Color RGB Histogram

RGB

Tabela 2.1: Descritores e abreviaturas utilizadas ao longo do texto.

de cor ´e constru´ıdo concatenando-se os histogramas extra´ıdos de cada canal de cor de uma imagem colorida. Espa¸cos de cores comumente utilizados s˜ao RGB, HSV e YCbCr.

Uma varia¸c˜ao do histograma de cor ´e construir um Histograma de Cor Cumulativo [50], em que a principal diferen¸ca ´e que o valor de cada bin acumula o valor do bin anterior mais o valor do pr´oprio bin do histograma convencional. Tanto o histograma de cor convencional quanto o cumulativo utilizam a fun¸c˜ao de distˆancia L1 para comparar os descritores.

Outro histograma de cor utilizado neste trabalho ´e o Opponent Histogram [53] que ´e uma combina¸c˜ao de histogramas unidimensionais baseados nos canais do espa¸co Opponent Color. O1 = (R − G)/2, O2 = (R + G − 2B)/6, O3 = (R + G + B)/ √ 3 (2.13)

em que a intensidade ´e representada pelo canal O1 e a informa¸c˜ao de cor pelos canais O2 e O3. Esse modelo ´e invariante ao deslocamento da intensidade de luz.

Dado que o canal Hue (matiz) do espa¸co HSV ´e inversamente proporcional ao canal Saturation (satura¸c˜ao) [53], o histograma Hue torna-se mais robusto se cada amostra for ponderada pela sua Saturation. Este histograma de cor ´e chamado Hue Histogram [53]

H´a uma conhecida limita¸c˜ao dos histogramas globais de cor associada ao fato de que imagens com aparˆencias diferentes podem ter histogramas de cores similares. Com o intuito de tratar essa limita¸c˜ao, foi proposto o Color Coherence Vectors (CCV) [39]. Dada uma imagem colorida, inicialmente o CCV suaviza a imagem para eliminar pequenas varia¸c˜oes entre pixels vizinhos; em seguida, os pixels s˜ao classificados como coerentes ou incoerentes. Pixels coerentes s˜ao aqueles que tˆem a mesma cor e que fazem parte de uma

(43)

2.3. Conceitos Relacionados 19

componente conexa em que o n´umero de pixels supera o valor de um limiar, enquanto que os incoerentes s˜ao aqueles pixels que n˜ao superam o valor do limiar. O descritor final ´e formado por um vetor que cont´em o n´umero de pixels coerentes e incoerentes.

Outro descritor que tamb´em foi proposto para tratar a limita¸c˜ao dos histogramas globais de cor ´e o Auto Color Correlograms (ACC) [21]. Esse descritor leva em conta a correla¸c˜ao espacial da cor local e a distribui¸c˜ao global de tal correla¸c˜ao espacial. Para isso, calcula a probabilidade de encontrar um pixel de cor j em uma distˆancia k a partir de um pixel de cor i. A fun¸c˜ao de distˆancia utilizada para comparar os vetores de caracter´ısticas foi a L1.

Outros descritores de cor amplamente utilizados s˜ao aqueles que pertencem ao padr˜ao do MPEG-7. Por exemplo, o Color Structure Descriptor (CSD) que ´e usado em [36, 41]. Dada uma imagem colorida, o CSD utiliza o espa¸co hue-min-max-difference (HMMD) n˜ao uniformemente quantizado a 184, 120, 64 ou 32 cores. Geralmente, o CSD utiliza um elemento estrutural de 8×8 pixels, embora muitas vezes o tamanho, a amostragem e o passo de deslocamento do elemento estrutural dependam do tamanho da imagem.

`

A medida que o elemento estrutural percorre a imagem, um histograma ´e atualizado incrementando-se o n´umero de vezes que uma determinada cor se enquadra dentro do elemento.

Finalmente, um decritor muito utilizado e com bom desempenho em CBIR [41] ´e o Border/Interior Pixel Classification (BIC) [49]. A descri¸c˜ao ´e realizada da seguinte forma: primeiro, dada uma imagem no espa¸co RGB, ela ´e quantizada a 4 × 4 × 4 = 64 cores. Em seguida, os pixels da imagem s˜ao classificados como borda ou interior: se um pixel possui a mesma cor dos seus vizinhos-4 (acima, `a direita, abaixo e `a esquerda), ele ´e classificado como interior; caso contr´ario, ele ´e classificado como borda. O descritor final ´e formado pela concatena¸c˜ao de dois histogramas, um dos pixels de borda e outro dos pixels de interior, resultando um descritor de dimens˜ao 128.

Descritores de Textura

Um dos decritores de textura amplamente utilizados na literatura de reidentifica¸c˜ao de pessoas e CBIR ´e o Haralick Descriptor [17]. O procedimento que segue esse descritor para extrair as caracter´ısticas de textura ´e baseado na hip´otese de que a informa¸c˜ao de textura de uma imagem est´a contida na rela¸c˜ao espacial entre seus n´ıveis de cinza. Especificamente, as caracter´ısticas de textura s˜ao derivadas a partir das rela¸c˜oes angulares dos pixels vizinhos mais pr´oximos, n´ıveis de cinza e a dependˆencia espacial entre eles.

Uma matriz de frequˆencias Pij, chamada de matriz de coocorrˆencia, ´e constru´ıda com

o n´umero de vezes que dois vizinhos i e j aparecem separados por uma distˆancia d, em uma rela¸c˜ao angular θ. Uma matriz de frequˆencia ´e constru´ıda para cada ˆangulo θ = 0, 45, ..., 360 e para cada distˆancia d = 1, 2, ..., n.

(44)

As caracter´ısticas de textura s˜ao ent˜ao extra´ıdas usando quatorze medidas estat´ısticas, tais como entropia, segundo momento angular, contraste e correla¸c˜ao. Maiores detalhes podem ser encontrados em [17].

Outro descritor de textura conhecido na literatura de reidentifica¸c˜ao de pessoas [19,58] ´e o Local Binary Patterns (LBP) [38]. Esse m´etodo detecta padr˜oes locais de textura bin´arios de aparˆencia uniforme chamados “uniform”. Os padr˜oes mais frequentes s˜ao micro-caracter´ısticas de arestas, cantos e pontos.

Dado o operador de textura T = t(gc, g0, ..., gP −1), o descritor ´e definido baseado em

uma vizinhan¸ca circular de P > 1 membros em um raio R > 0, em que de P controla a quantiza¸c˜ao angular e R determina a resolu¸c˜ao espacial do operador. O valor de gc ´e o

valor de cinza do pixel central da vizinhan¸ca e gp(p = 0, ..., P − 1) corresponde aos valores

de cinza de P uniformemente espa¸cados em um raio R que forma uma vizinhan¸ca circular e sim´etrica.

Primeiro, a subtra¸c˜ao ´e realizada a partir dos pixels vizinhos com o pixel central T = t(s(g0− gc), s(g1 − gc), ..., s(gP −1− gc)) (2.14)

em que s = 0 se x < 0 ou s = 1 se x ≥ 0. Ent˜ao, um fator binomial ´e fornecido para cada s(gp− g0), resultando o descritor LBP como

LBPP,R = P −1

X

p=0

s(gp− g0)2p (2.15)

2.3.4

Aprendizagem de M´

etricas de Distˆ

ancia Large Margin

Nearest Neighbor (LMNN)

Os m´etodos de aprendizagem de m´etricas de distˆancia objetivam aprender uma distˆancia para o espa¸co de dados de entrada a partir de uma cole¸c˜ao de pares de pontos similares e dissimilares que preservam a rela¸c˜ao de distˆancia entre os dados de treinamento [57].

De acordo com a disponibilidade dos dados, os m´etodos de aprendizagem de m´etricas de distˆancia podem ser divididos em duas categorias: supervisionados e n˜ao supervisiona-dos. Diferentemente da maioria dos algoritmos de aprendizagem supervisionados, em que os exemplos de treinamento s˜ao dados pelas etiquetas das classes, nos m´etodos de apren-dizagem de m´etricas de distˆancia, os exemplos de treinamento s˜ao dados como restri¸c˜oes em dois tipos: restri¸c˜oes equivalentes, em que os pares de pontos de dados pertencem `a mesma classe e em restri¸c˜oes n˜ao equivalentes, em que os pares de pontos de dados per-tencem a differentes classes [57]. Al´em disso, os m´etodos de aprendizagem de m´etricas de distˆancia supervisionados est˜ao divididos em globais e locais. Os m´etodos globais apren-dem a m´etricas de distˆancia para satisfazer todos os pares de restri¸c˜oes simultaneamente,

(45)

2.3. Conceitos Relacionados 21

enquanto os m´etodos locais aprendem as m´etricas de distˆancia para satisfazer somente alguns pares de restri¸c˜oes [57].

Um dos m´etodos de aprendizagem de m´etricas de distˆancia supervisionados globais uti-lizados para o problema de reidentifica¸c˜ao ´e Large Margin Nearest Neighbor (LMNN) [54], a qual est´a focada principalmente em melhorar a classifica¸c˜ao com k-Nearest Neighbors (kNN). A ideia do LMNN [54] ´e aprender a m´etrica de Mahalanobis de tal forma que os k-vizinhos mais pr´oximos sempre perten¸cam `a mesma classe, enquanto que os exemplos de diferentes classes sejam separados por uma grande margem.

Sejam os pontos xi ∈ Rexj ∈ R. A distˆancia de Mahalanobis ´e estimada por

d2M(xi, xj) = (xi− xj)TM (xi− xj) (2.16)

em que M 3 0 ´e uma matriz positiva semidefinida (n˜ao possue eigenvalores negativos). A fun¸c˜ao objetivo original de LMNN [54] ´e dada por:

(M ) = (1 − µ)X j i d2M(xi, xj) + µ X i,j i X l (1 − yil)[1 + d2M(xi, xj) − d2M(xi, xl)]+ (2.17)

em que o primeiro termo minimiza a distˆancia entre cada entrada xie seu target neighbors

xj, indicado pela rela¸c˜ao n˜ao sim´etrica j i, em que ambos compartilham a mesma

etiqueta. O segundo termo denota a quantidade pela qual o per´ımetro da vizinhan¸ca de (xi, xj) ´e invadido pelos pontos impostores xl, os quais est˜ao pr´oximos ao ponto de entrada

xi, mas n˜ao tˆem a mesma etiqueta que os pontos xi e xj; o termo [z]+ = max(z, 0) e

o valor µ = 0, 5 de acordo a [54]. Os pontos xl s˜ao considerados impostores se 1 +

d2M(xi, xj) − d2M(xi, xl) > 0.

Para estimar a matriz M a fun¸c˜ao objetivo Equa¸c˜ao 2.17 pode ser minimizada por meio de gradiente descendente (gradient descent) [54]. A Figura 2.5 mostra o procedi-mento de aprendizagem da medida LMNN [54] em um cen´ario ideal com um exemplo de treinamento xi que tem a mesma etiqueta que seus vizinhos target neighbors e os

imposto-res de diferentes etiquetas que invadem um per´ımetro local definido pelos target neighbors. Durante a aprendizagem, os pontos impostores s˜ao expulsos para fora do per´ımetro e, de-pois da aprendizagem uma margem, ´e estabelecida uma fronteira entre o per´ımetro e os impostores.

(46)

ANTES

vizinhos mais próximos

margem margem target neighbor Etiqueta Similar Etiqueta Diferente Etiqueta Diferente DEPOIS

Figura 2.5: Ilustra¸c˜ao gr´afica do processo de aprendizagem do m´etodo LMNN [54]. Pontos no espa¸co antes do treinamento (esquerda) e pontos no espa¸co ap´os o treinamento (di-reita). Figura adaptada de [54].

(47)

Cap´ıtulo 3

Metodologia

Neste cap´ıtulo, um m´etodo para abordar o problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas ´e apre-sentado, baseado na arquitetura dos sistemas de recupera¸c˜ao de imagens por conte´udo (Content-Based Information Retrieval – CBIR). Conjecturamos que o problema de rei-dentifica¸c˜ao de pessoas pode ser resolvido como um problema de busca de imagens por conte´udo, em que as imagens recuperadas deveriam pertencer a instˆancias da mesma pessoa de consulta, vistas a partir de diferentes cˆameras.

A motiva¸c˜ao para o uso dessa abordagem reside no fato de que os m´etodos para solucionar os problemas de reidentifica¸c˜ao de pessoas e CBIR s˜ao muito semelhantes, pois em geral, em ambos problemas, existem as etapas de extra¸c˜ao de caracter´ısticas, c´alculo de medida de similaridade e ranqueamento. Dessa forma, a solu¸c˜ao do problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas pode ser implementada a partir da adapta¸c˜ao da arquitetura b´asica de um sistema CBIR.

A Figura 3.1 ilustra a arquitetura para um sistema de reidentifica¸c˜ao de pessoas deri-vada a partir da arquitetura CBIR (ver Figura 2.3).

A arquitetura proposta est´a dividida em dois m´odulos: Interface e Processamento de Consultas. O primeiro cont´em as etapas de inser¸c˜ao de dados, especifica¸c˜ao da consulta e visualiza¸c˜ao, enquanto o segundo cont´em as etapas de extra¸c˜ao de fundo, extra¸c˜ao de caracter´ısticas, compara¸c˜ao por medida de distˆancia e ranqueamento. H´a tamb´em dois tipos de processamento ou funcionalidades: processamento offline e processamento online. As etapas que envolvem o processamento offline est˜ao denotadas por uma cor cinza unidas por setas tracejadas, enquanto que as etapas online tˆem uma cor azul unidas por setas cont´ınuas. As etapas que s˜ao compartilhadas pelos dois processos est˜ao denotadas por uma borda azul.

Um dos benef´ıcios de tratar o problema de reidentifica¸c˜ao de pessoas como um pro-blema de CBIR ´e a utiliza¸c˜ao de estruturas de indexa¸c˜ao para melhorar a eficiˆencia e a escalabilidade na busca em grandes bancos de dados.

(48)

Inserção de dados Especificação de consulta Visualização Extração de fundo Extração de vetores de características Comparação por medida de distância Ranqueamento Interface

Módulo de processamento de consultas Padrão de consulta Imagens ranqueadas Vetores de características Câmeras Imagens

Figura 3.1: Arquitetura de um sistema de reidentifica¸c˜ao de pessoas derivada a partir da arquitetura t´ıpica de um sistema CBIR [51].

Dificilmente apenas um m´etodo de extra¸c˜ao de caracter´ısticas ´e robusto `as varia¸c˜oes de aparˆencia causadas por mudan¸cas em pontos de vista, pose e ilumina¸c˜ao. Para isso, propomos empregar v´arios m´etodos de extra¸c˜ao de caracter´ısticas de cor e textura que tiveram bom desempenho no cen´ario de CBIR e reidentifica¸c˜ao. Al´em disso, propomos fazer a descrica¸c˜ao de imagens decompostas em v´arias escalas, dado que um problema recorrente em reidentifica¸c˜ao ´e a baixa resolu¸c˜ao das imagen. Usualmente, no momento da captura das imagens, os indiv´ıduos ficam a diferentes distˆancias das cˆameras.

Para realizar a compara¸c˜ao, utilizamos a medida de distˆancia Euclideana e o m´etodo de aprendizagem de m´etricas de distˆancia Large Margin Nearest Neighbor (LMNN) [54]. Especificamente em reidentifica¸c˜ao de pessoas, os m´etodos de aprendizagem de m´etricas

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