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PERCENTUAL NECESSÁRIO DE ACERTOS PARA OPERAÇÕES COM ÍNDICE

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Academic year: 2021

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PERCENTUAL NECESSÁRIO DE ACERTOS PARA OPERAÇÕES COM ÍNDICE 1. REASSALVAS

O estudo a seguir foi feito para avaliar as condições mínimas necessárias para uma expectativa de sucesso razoável nas operações day-trade com índice, em função dos critérios adotados para preço alvo (target) e perda máxima (loss). Em outras palavras, avaliar o percentual mínimo necessário de operações lucra-tivas para uma expectativa razoável de atingir um objetivo. Esse objetivo, na verdade, são dois:

a. O percentual mínimo necessário para ficar no 0x0 ao final do período consi-derado (ganhos totais e perdas totais se compensando mutuamente); b. O percentual mínimo necessário para atingir a meta almejada (pontos

líqui-dos/contrato) ao final do período considerado.

Para isso ressalva-se que não são levadas em consideração (por razões mais do que óbvias) questões como:

• • •

• administração do risco tal como: transferência do stop-loss para o break-even; desmonte da operação num ganho menor ou numa perda menor etc., etc. •

• •

• probabilidade estatística de sucesso do setup de entrada adotado;

• •

• variabilidade da alavancagem utilizada (número de contratos).

Até por que, essas questões nada têm a ver com os critérios de alvo/perda adota-dos e, apesar de poderem melhorar os resultaadota-dos, podem também camuflar a possível “verdade intrínseca” aos critérios de alvo/perda.

Em suma, portanto, o estudo considera que todas as operações são encerradas apenas no preço alvo ou no preço perda; o número de contratos operados é fixo e constante em todas as operações – aliás, prática altamente recomendável, prin-cipalmente para day-trades com alvo/perda arbitrários e aproximadamente cons-tantes.

2. EXPRESSÃO GERAL

Após todas as etapas algébricas com as variáveis envolvidas, a expressão geral para o cálculo do percentual mínimo de operações vencedoras é:

%

()

= 







. .



+ 





+





+ 





(2)

Onde:

%

(+) = Percentual de posições vencedoras no período considerado.

M

t = Meta, em pontos líquidos/contrato, para o período considerado (em

geral, esse período é de 1 mês);

S

tp = pontos perdidos no Stop-loss/trade/contrato;

C

rr = Corretagem em pontos/trade/contrato (em geral, Crr= 12pts);

O

bj = Objetivo em pontos brutos/trade/contrato (alvo);

N

t = Número de trades no período considerado;

I

= 1-al (al = alíquota do imposto de renda = 20% DT e 15% ST); Destaco que a parcela ()

( ) representa o percentual de acertos necessários

para atingir o 0x0 no período. Como se nota, essa parcela é independente do número de trades (Nt) e da meta final (Mt).

OBS.:

Na expressão geral estão obviamente implícitos os seguintes valores: ganho bru-to/trade/contrato = Obj - Crr; perda/trade/contrato = Stp + Crr

2.1 CÁLCULOS COMPARATIVOS

Vamos analisar os resultados obtidos variando a relação benefício risco (B/R). Adotando-se inicialmente Stp=250pts/trade/contrato; Obj=130pts/trade/contrato e sendo ainda Crr =12pts/trade/contrato e I=0,80 para DT, a expressão geral,

particularizada com esses dados, fica reduzida a:

%

() =





.  + ,  !

"

. 

Reparem que a parcela que garante o 0x0 no final é de 0,6895. Isso quer dizer que nas condições acima estabelecidas o trader precisaria acertar 68,95% de su-as operações para ficar apensu-as no 0x0 ao final do período, independentemente do número total de operações realizadas e da meta final pretendida.

Calculando agora para a seguintes condições:

M

t = 600pts líquidos/contrato para o mês;

Nt = 20 daytrades realizados no mês (mais ou menos 1 trade por dia); Resulta:

%

(+) = 78,82 - ou seja, é preciso acertar 78,82% dos 20 trades para lucrar

(3)

Se o objetivo final do trader for maior, digamos, Mt = 1000pts líquidos/contrato

para o mês, resulta:

%

(+) = 85,39 - ou seja, agora é preciso acertar 85,39% dos 20 trades para

lu-crar 1000pts líquidos/contrato ao final do mês.

Por outro lado, se simplesmente invertermos os valores de Stp e Obj para 130 e

250 pts respectivamente, a parcela do 0x0 já cai para 0,3737 e a expressão fica:

%

() =





.  + , ##

"

.  Para os mesmos objetivos anteriores o resultado é:

%

(+) = 47,24% de acerto para 600pts líquidos/contrato ao final do mês.

%

(+) = 53,82% de acerto para 1000pts líquidos/contrato ao final do mês.

Acredito que está demonstrada a importância do percentual de posições vence-doras para o 0x0. Quanto menor esse percentual, tanto melhor as chances de su-cesso.

Por exemplo: Se o trader utilizar Stp =120 e Obj = 250 pts respectivamente, a

parcela do 0x0 cai para 0,3568 e a expressão fica assim:

%

() =





. $  + , !

"

. 

Nesse caso, com os mesmos objetivos anteriores, os percentuais são reduzidos para: 45,81% (p/600 pts) e 52,57% (p/1000 pts).

2.2 EXPRESSÃO GERAL COM RELAÇÃO B/R

Um ponto crucial que se deduz das avaliações acima é a necessidade imperativa de se estabelecer um critério de setup que permita adotar um stop-loss (Stp)

ob-jetivo e relativamente curto e um preço-alvo (Obj) baseado numa relação B/R.

Pessoalmente, considero que essa relação deveria ser de, no mínimo, 2:1 para day trade, para se ter expectativa de sucesso consistente no LP.

Nessa linha de raciocínio, utilizando a relação B/R, a expressão geral fica assim:

%

()

= %







. . & + '().



+





+ 





& + '().



(4)

A meu ver, trabalhando sempre com relações B/R em função de setups confiá-veis e projeções de alvo realistas - e não com valores fixos estabelecidos arbitra-riamente - o trader tem mais condições de controlar o risco por ter conhecimento pleno das variáveis envolvidas e da influência que elas têm nos resultados alme-jados.

Afinal, a exigência de uma relação B/R mínima >1 para se iniciar uma operação é plenamente justificada, uma vez que essa relação estabelece uma comparação entre um valor incerto, que nada mais é que um potencial de ganho (Benefício) e um valor certo que, no “frigir dos ovos”, é uma perda garantida (Risco). Talvez não seja à toa que a maioria dos traders profissionais que eu acompanho recomenda aquela relação B/R mínima, cabalística, de 3:1.

Para essa B/R= 3 e um stop-loss de 120pts, o percentual de acerto para o 0x0 passa a ser de 27,5% dos trades, e o percentual de acertos necessários para os 600pts e 1000pts, em 20 trades, passam a ser de 35,31% e 40,52% respectiva-mente.

3. PERDA E PREJUÍZO

Agora uma observação de suma importância sobre um aspecto que, aparente-mente, poucos traders têm conhecimento ou levam em consideração:

o prejuízo que uma única operação perdedora causa, em relação ao objetivo

fi-nal almejado, não é apenas a perda propriamente dita, qual seja, a soma dos

pontos do stop-loss e da corretagem (

S

tp +

C

rr); é preciso acrescentar ainda os

pontos que não foram conquistados (

O

bj -

C

rr) devido à perda na operação.

Então, o prejuízo que o trader acumula a cada perda ocorrida é:

S

tp +

O

bj

A título de exemplo, adotando os valores de

S

tp=130,

O

bj=250 e sendo a

C

rr=12, então uma única perda de

S

tp+

C

rr=142 pontos provoca, na verdade,

um prejuízo de 380 pontos.

È chiaro?

Esse prejuízo está presente na expressão geral. Observem o denominador das duas parcelas e vejam quem está lá.

(5)

4. CONCLUSÕES

Como procurei demonstrar acima, as operações conduzidas com base em crité-rios de alvo/perda arbitrariamente estabelecidos e que mantém entre si uma rela-ção B/R< =1, podem conduzir a situações que dificultam a consecurela-ção de obje-tivos de lucro por período.

Evidentemente, como comentei nas ressalvas, as habilidades técnicas do opera-dor na administração do risco, a confiabilidade do setup, entre tantas outras coi-sas, podem diminuir os revezes operacionais, mas, ao mesmo tempo em que possam melhorar as condições, eventualmente podem camuflar a realidade in-trínseca ao método, iludindo o trader.

Falando em confiabilidade do setup, vale a pena destacar três pontos:

a. os percentuais mínimos obtidos nos cálculos podem (e devem) ser interpreta-dos como equivalentes à probabilidade mínima de acerto que o setup utiliza-do precisa apresentar estatisticamente.

Essa equivalência é imprescindível, pois caso a probabilidade de sucesso ine-rente ao setup utilizado seja inferior aos percentuais mínimos necessários, o trader não apenas não vai atingir os objetivos almejados, mas, pior ainda, po-de gradativamente “po-detonar” seu capital no LP... a não ser que a habilidapo-de do trader e sua boa sorte sejam fatores preponderantes e sempre presentes nas suas operações. Mas esse é um operador de cassinos.

b. Como fica evidente na expressão geral, o número de operações afeta direta-mente o valor do percentual mínimo calculado. Assim, o setup ideal seria um que, além de ter uma confiabilidade compatível com o percentual mínimo ne-cessário, também permitisse muitas operações no período. Ou seja, um setup confiável e de alta frequência de ocorrência.

c. É com base nessa probabilidade de sucesso e na relação B/R que se pode cal-cular a “Expectativa Matemática” do sistema, também conhecida como

Expectância” do sistema... mas isso fica para outra oportunidade. Abraço.

Referências

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