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Unidades de Paisagem na Região Metropolitana de Campinas

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Academic year: 2021

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Unidades de Paisagem na Região Metropolitana de Campinas

Michelle Christine Wakatsuki

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

CEATEC

michellewakatsuki@gmail.com

Prof. Dr. Jonathas Pereira Magalhães da

Silva

Grupo de Pesquisa Água no Meio Urbano Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/ PosUrb

jonathas.silva@puc-campinas.edu.br

Resumo: O desenvolvimento da pesquisa de

inicia-ção científica efetuou-se através de um estudo de caso definido pela pesquisa principal, identificou-se as Unidades de Paisagem na RMC – Região Metro-politana de Campinas com enfoque para o Valor do Solo. Contribuição para pesquisa principal: o mape-amento dos dados levantados possibilita avaliar e aprimorar o método proposto por meio de sua apli-cação em municípios localizados na Região Metro-politana de Campinas. A pesquisa principal trabalha com o conceito de forma urbana e o mapeamento das unidades de paisagem, considerando paisagem como produto e processos de urbanização ocorridos na RMC. Contribui para a aplicação do método pro-posto que objetiva investigar a relação do sistema de espaços livres, públicos e privados, com a forma urbana e o impacto do valor do solo nas unidades de paisagem.

Palavras-chave: Unidade de Paisagem, Valor do

Solo, Forma Urbana.

Área do Conhecimento: Grande Área do

Conheci-mento: Arquitetura e Urbanismo – Sub-Área do Conhe-cimento: Paisagismo – FAPIC/Reitoria.

1. INTRODUÇÃO

Os procedimentos de análise, adotados pela pes-quisa, baseiam-se na leitura da paisagem, por meio do método de delimitação de áreas homogêneas, chamadas de Unidades de Paisagem. A identifica-ção das características, entraves e oportunidades de uma determinada unidade de paisagem orienta as ações de planejamento de forma a considerar as particularidades espaciais existentes.

Visando potencializar a leitura do território a análise do valor do solo fez-se necessário para dar mais subsidios a pesquisa principal, como procedimento de diagnóstico. Trabalhou-se com os munícipios que

compõem a RMC - Região Metropolitana de Campi-nas.

O método baseou-se em procedimentos já aplicados pela aluna Natália Magalhães (MAGALHÃES, 2010), que foram aprimorados(MAGALHÃES, 2014). A pesquisa tomou como estudo de caso municípios da RMC., sendo que as das informações foram coleta-das em: sites de classificados de imóveis, google maps e wikimapia.

2. METODOLOGIA

O processo foi sistematizado da seguinte forma: a) Identificação do perímetro urbano nas cidades da RMC.

b) Setorização: Divisão de áreas dentro do perímetro, considerando barreiras físicas e naturais, tais como: hidrografia, rodovias e avenidas.

c) Levantamento de todos os bairros existentes e pesquisa de mercado sobre o valor dos imóveis atra-vés dos sites de classificados. Para a pesquisa foram estabelecidas algumas premissas: a) a edificação de uso residencial deveriam ter como área construída em torno de 200 m², para o valor/m² gerar um compa-rativo semelhante; b) considerar a metragem do ter-reno.

Dessa forma em cada setor pré-estabelecido anteri-ormente (figura 2,3) é calculada a média do valor/m², gerando assim uma média que será utilizada na últi-ma etapa.

d) De acordo com as médias encontradas no estudo de cada setor, são definidos os seguintes critérios: valores baixo (amarelo), médio (laranja) e alto

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(verme-lho) de acordo com cada cidade analisada, gerando uma tabela.

e) Aplicação dos dados obtidos no mapa síntese. Investigando as cidades podemos visualizar como o mercado imobiliário comporta-se diante do tecido ur-bano, e como as unidades de paisagem podem sofrer ou não influência diante dessa variável.

A metodologia que norteou o desenvolvimento da pesquisa teve a seguinte sequência:

ETAPA 01: Estudo dos resultados obtidos pela pes-quisa principal SEL-QUAPA desenvolvida pelo orien-tador. Apreensão da realidade do suporte físico da RMC por meio da leitura dos resultados da pesquisa realizada, pesquisa de IC de Fernanda Lima (LIMA, 2014) que delimitou compartimentos de paisagem e realizou ensaios sobre a delimitação de unidades de paisagem na RMC – Região Metropolitana de Cam-pinas. Entendimento das dinâmicas de investimento público por meio dos resultados da pesquisa reali-zada entre 2010 e 2011 que possibilitou localizar investimentos públicos em habitação social e espa-ços livres na RMC. Apreensão dos procedimentos de leitura territorial desenvolvidos pela pesquisa de 2013-2014 (SILVA, 2014).

ETAPA 02: Aplicação dos procedimentos, estabele-cidos pela pesquisa principal:

Levantamento das unidades de paisagem; Levantamento de tipos existentes.

ETAPA 03: Construção de quadro síntese das uni-dades de paisagem contendo características.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Por meio da leitura territorial da RMC e entendimen-to dos conceientendimen-tos de unidades de paisagem e siste-mas de espaços livres a forma urbana passa a ser melhor percebida quanto ao método de leitura terri-torial por meio de unidades de paisagem, que de-signam a delimitação de áreas pela homogeneidade de configuração tendo como uma de suas caracte-rísticas o caráter transitório.

A pesquisa incorpora as dinâmicas socioeconômicas como elementos que compõem a lógica do território, (SANTOS, 1988) dessa forma a análise do valor do solo na RMC foi aprofundada, e utilizou-se como base de pesquisa sites de classificados de imóveis

on-line, dentre eles: o Viva Real, Mocambo Imóveis, Reinaldo Imóveis, Remo Imóveis, Zap Imóveis e Imo-box.

Partimos de uma referência de método de análise iniciada pela aluna Natália Magalhães durante sua IC de 2012 para compor nas unidades de paisagem o estudo de valor do solo (MAGALHÃES, 2012). Com o aprimoramento dos métodos utilizados para viabilizar a construção deste cenário optou-se por estudos de caso que abrangessem municípios da RMC.

O método de análise foi aplicado nos municípios de: Vinhedo, Itatiba, Paulínia, Arthur Nogueira, Enge-nheiro Coelho, Santo Antônio de Posse e Morunga-ba.

4.1 Setorização:

Para exemplificar de análise dos setores utilizare-mos a cidade de Itatiba e de Vinhedo, podeutilizare-mos afe-rir que limites físicos foram considerados na setori-zação, sendo a Rod. Dom Pedro e Rod. Anhanguera barreiras que distinguem áreas, bem como a topo-grafia, e as tipologias.

Figura 01. Delimitação dos Setores de Itatiba.

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4.2 Planilha de dados

Abaixo temos um modelo de planilha desenvolvida bairro a bairro da cidade de Itatiba, consta nas vari-áveis: valor do imóvel, metragem da edificação, va-lor do m², média por bairro e metragem do terreno. Analisamos as amostras e a partir dos dados obti-dos subdividindo-se os setores por meio das médias do valor do solo encontradas.

Itatiba possui muitas chácaras e o investimento crescente em condomínios fechados o que justifica as altas variações.

Figura 03. Planilha de Setorização de Itatiba.

Podemos observar em Paulínia alguns indícios se-melhantes durante o processo de análise das amos-tragens.

A grande quantidade de condomínios fechados es-tão se espalhando pelo interior de SP, e o valor do solo da área valoriza-se.

Nesse caso, identificou-se um setor predominante-mente de área industrial que compõe o complexo da Replan.

Figura 04. Planilha de Setorização de Paulínia.

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4.3 Mapas Síntese

Os dados das planilhas foram transpostos para o mapa, tornaram-se manchas e delimitações de áreas onde é possível compreender como os índices se manifestam no território.

Algumas indagações são levantadas, como por exemplo: quais são as influências em cada muníci-pio que induzem a valorização do solo, como isso se repercute na paisagem?

Foram selecionados alguns mapas que possuem as delimitações do valor do solo, e para cada município são aferidas questões de análise particulares, e no caso de Paulínia, podemos concluir que dentro des-ses cinco setores existem algumas questões que influenciam no valor do solo, pode-se verificar que á sudeste são os valores de solo alto, nesse caso acima de 3.000/m², correlacionando no território Campinas faz divisa com estes setores, e concen-tram-se investimentos de obras públicas.

Já a região de baixo valor do solo, até 2.500/m² é limítrofe com a Replan, e com o Rio Atibaia, lá estão localizados pequenas chácaras, pouco adensado. O crescente investimento em condomínios fechados modifica, além do valor do solo, a relação com a cidade, e inclusive a paisagem.

O estudo permitiu analisar os municípios individual-mente para entender melhor a dinâmica de cada caso e pode-se averiguar qual o papel do município relacionado o a RMC, e qual a influência de cada um sobre a região.

Figura 06. Delimitação do Valor do Solo, Paulínia.

Segue os mapas que foram desenvolvidos para identificar a localização da variação do valor do solo na RMC.

Figura 07. Delimitação do Valor do Solo, Itatiba.

Figura 08. Delimitação do Valor do Solo, Vinhedo.

Figura 09. Delimitação do Valor do Solo, Artur Noguei-ra.

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Figura 10. Delimitação do Valor do Solo, Engenheiro Coelho.

5. CONSIDERAÇÔES FINAIS:

O embasamento teórico foi uma etapa importante para a compreensão da pesquisa em desenvolvi-mento, realizamos aprimoramentos sobre os proce-dimentos realizados pela aluna Natália Magalhães e deu-se seguimento ao levantamento de dados para compor a delimitação do valor do solo nas cidades que integram a Região Metropolitana de Campinas, os dados irão integrar os compartimentos de paisa-gem e contribuirão para a análise final das unidades de paisagem.

O texto buscou explicitar o método de trabalho que foi desenvolvido ao longo da pesquisa, além de apresentarmos a síntese das informações coletadas que foram necessárias para investigarmos o valor do solo. O texto ainda destaca o processo de siste-matização dos dados na forma de tabelas e espaci-alização por meio de mapas.

Sobretudo podemos apreender como vários fatores estão interligados entre si: a delimitação da paisa-gem, a análise morfológica, envolvendo além das dimensões físico-espaciais, as dinâmicas socioeco-nômicas.

Os resultados obtidos apontam para uma compre-ensão multiescalar que auxiliará a compartimenta-ção da unidades de paisagem e a sistematizar a análise que busca compreender as lógicas de ocu-pação.

6. REFERÊNCIAS

LIMA, Fernanda C.. (2014). As normas edilícias e o espaço resultante. Relatório de Iniciação Científica. (Graduando em Arquitetura e Urbanismo) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tec-nológico. PUC-Campinas.

MAGALHÃES, N. C. T. & SILVA, J.M.P. da.. (2012) Análise das informações re-ferentes à habitação de interesse social e sistemas de espaços livres nos municípios de campinas, hor-tolândia, sumaré, americana e santa bárbara d’oeste. Anais do XVII Encontro de Iniciação Cientí-fica e II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. Campinas, SP. PUC Campinas.

MAGALHÃES, Cristina T.. (2010). Aplicação de método de levantamento e siste-matização de informações referen-tes à habitação de interesse social e sistema de espaços livres. Rela-tório de Iniciação Científica. (Gra-duando em arquitetura e urbanis-mo) - Pontifícia Universidade Cató-lica de Campinas. PUC-Campinas. SANTOS, C. N. F. dos. A cidade como um jogo

de cartas. São Paulo: Projeto, 1988.

SILVA, Jonathas M. P. ; LIMA, Fernanda C. ; MAGALHÃES, Natália C. T. . (2014) Abordagem Inter-escalar: Unidade de Paisagem como méto-do. In: IX Colóquio QUAPÀ-SEL, 2014, Vitória. Anais do IX Colóquio QUAPÀ-SEL. São Paulo: FAUUSP,. v. 1. p. 1-20.

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