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Astrologia e Religião - Olavo de Carvalho

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(1)

.iry1,1.",,

,1"'

":

r'ole

't

,t,,

(2)

ÀSTROLOGIA

f

RBLIGIÃO

OLÀVO DE CÀRVALIIO

coleção

eixo

(3)

Capa:

carlo,,

Roberto

zibel

Costâ

R.v

inoo:

.losé

ÀÍtônio

Arartes

conposição: ToE cenz, José

Luiz

GoldfaÍb

cilberto

rrancisco

de LiDa

Ârte

rinal:

sérgio

líiguez

la

Edição t 986

Copyright by Olavo de Carvalho

coreção

Ei,o

Org. ToD Ccnz

t{ova Stel

la Editorisl

Ltda.

ÂV.

Pâulista

2448

são

Paulo

sP

01310 Telefone:881-5771 256-4316 SUllÁRIO Prefácio do

autor

7

l.

Àstrologiâ

e

religião

ll

2.Astrolo8ia

natuial

e

astrologia

espiritual

23

3.Lágica

e

astrologia

3l

4.

Introdução ao

cooceito

de

ciências

trádicionãis

53

Apenalice ao

capítolo

4

6t

5.

Questôes rte

sinbolisno

geonétrico

lt

(4)

Prefácio

do autor

Esta

oová série

de

ensâios,

prolongaoento

de

Àstros

e

sínbolos (

São Paulo, Nova

Stel1a,

1985),

trata

ainda de

ástrologia,

más introduzindo

un

novo

tópico

do estudo do

triviun

e

do

quâdÍiviuü,

que é

o

simbolismo geométrico.

Das

sete

disciplinâs

das

"Artes Liberais'r,

pr-ofer

idos

entre

l98l e

1985, abordâram somente

a

astrologia,

a

geo-rnetria,

e

aritmética, a

1ógica, a

retórica

e e

gra-mática.

Da música, faltavam-nos conhecimentos

espe-cializados

para poder enfocar

o

assunto corretameote

desde

o

ponto de

vista

de sua ifltegração

no

quadri-viuE

Quanto

à

aritmética,

não foi

preciso

desen-volver

a seu

respeito

nenhuna

pesquisa

originá1,

pois

nossos cuÍsos

utilizaram

para

isso,

de um lado,

o tratado

c1ássico de Nicômaco de Gerasá,

e, de

ou-tro,

â bela

exposição da

âritmología

pitagórica

por

l,Íário

Ferrêirá

dos Sântos,

à qual

pouco

teríamos

a

acrescentar,

exceto algumas corrêções de

termioolo-gia, já que

âquêIa êmpressdâ

pelo

srande

filóÍ,)1,)

brâs i Ie

iro

trad ic ioná

I e certâs correntesrrôcultists!trr(.,.v,,1

már8em

a

confusões

entre

a

persl)c(r ivÍr

Dá geomerriá,

ranbér,

pouco t ivêmos ,r'r,' uma vez que

âs obras

de Rene Guenon sd()

de cexcos sobrÊ

está

dis.ipl

ina.S,

alx,,,;r'

desejâr

complêrar

ô

quadro ,1,,

lriviuo

r.

viuD

--

projeto

que deixsnos a

m,io,anrirrlr,,,

rra0

mente

pela

nossa

falrs

do .onhr., inx,'rr,'r , rt,,

('ixl

dos com retaçáo à

,,i.i,..

trx,c

rx,l!"tr

th,,

,,,,,,,\

cias

pessoais adversas (t(,r' rrri,' v,

u

4,, , ar,,'

(5)

-tara,

para

tánco,

desênvolver no Ínesmo sentido

indicado

a parte Eusical, êstudar á obra

de

terreirâ

no rocantê

à arirmética e reforçar

â

gêôm;l r

i á

.on

á leitura

dos

textos

ae Crránon

cntão,

em

mãos,

ao menos o

material

bruEo

construção de

algo

como um "Tratado das Arres

Mário

rerá,

rais",

que era

oais

ou menos

o

nosso

propósito

ini-A

parte referente

ao

trivium

saira

na

Ananda

K.

Coomaraswamy,

F.irhjof

Schuon,

Tirus

Bur_

ckhardt,

Seyyed Hossein Nasr e

uartin

Lings.

A pârre

mái..iosr

carpdral.

cdbê às

Arr"s

Libe_

rars ê

rnr

rodutoriã

e modêsra.

"

nào

é outra

a

fun-çâo

que nosso trâba1ho pretênde desempenhar.

Estamos

cienres

de que os dados

aqui

fornecidos

ránro

podêrào

,.rvir

dp

"s.ádd

àqueI;s que sincerâ_

mente desejám

alcançar

uma

posição

mais

firme

nos

estudos tradicionais

--

e

estes

são reconneciveis

pêIâ pronta

e

obediente resposrá

que

dão

ao

nosso

chamamento para que se

filien

às

práticas

regutares

de una

re1ígião

ortodoxa

--,

quanro,

por

outro

1ado,

correm_

o

risco

de

ser

,,recuperadas',,

distorcidas,

comercializadas,

erc.,

pelos bandidos

e

saqueadore;

de monumentos, que

hojê

se oferecêm

a

uÍn

atônito

pú-blico

envergando ílegaImenÊe

o

manto

de

porra-vo;es

de

una Trâdição que na verdade os despreza

e

abomi-Fiquê squi

regisrrada

nossa

inrenção de ajudâr aos

honestos,

e seja repetidá

nossa

advertôncia

quanto

aos perigos desre

gênero

de estúdos

fora

de

uma

tradição

rêligiosa regular

e

ortodoxa.

Agradpço vivanênre

a

Eugênia Msria de Carvátho,

Ana

CeIia

Rodrigups. Roxáne Andradê ae

Souza,

Meri

Harakava,

Ângêla

Joâna NicoLerta

e Alberto

Queiroz

pela váIiosá

aiudá presráda párd

d

orgánizá\ão

ê

ê-drçao dest

á

cole!ao

de áposr i tas.

Que aquêles

qu"

sp êsquecpram dp

Ludo

quanro

ouviratrr e

enrreviram

nás

minhâs auias

renham aqui

uma ocasião de

recordar

esra recordação das

recoràa-ções

de Deus. Recordar

é

a

essência da

relisião.

lgo rla signi

ficação

espiri-rerr.'ds

{1fl Idade

Mediaj

á-mrl( rr

idade.

Julgámos quê

re ç ão.

Lógica

e esoterisúo

,

outro

vôIune

Evidentenente, a1ém dos

textos

reproduzidos

nes-ta

coleção, nosso

trabalho

de esrudo

e

exposição das

Artês

Liberais

abraneeu rambén centenas

de

âu1as,

proferídas

sem anorações

prévias.

Muitas dessas

au-las

foram gravadas en

fita

e

transcritâs.

Não se

co-gir

á

dá suá publicaçào

por

ênqJánro, mêsmo porquê ê

quanr idáde dê màLeriat

e

inabarcável nas nossas

prÊ-sentes

condições de

rrabalho;

mas,

se

isto

chegar a

fazer-se

um_dia, as pedras

e

fragnentos

aqui

exibi-dos (mostruário de

jóiâs

do sinbolismo

dá;

Arres

Li-berais)

surgirão

encaixados nos devidos

lusâres

de

un

_painel harmonioso

e inteiro.

Âdemais, Êsre

mos-truário

não

visa

a constiruír um

suceaâÁeo

ae

.rna

atividade

espirirual

regular

no quâdro de uma

rraati-ção

completa

e autênrica,

nas sim

a

atrair

ê

convo-car

pará

esta

atividáde.

De qualquêr nodo, âs peças

aqu

i

'orn",

rdd.

d.vên

ser

suticienres

pará

que

as

pessoas de

talento

e

vocação

--

auxiliadas

pela

pre-ce

c p.la

rera

intenção

--

possam ao menos conceber

de

Ions( o

(rú.

pode

ter sido

o

atcánce

espirirual

D. lrt(),,rir)

t()

i

,,,,tro

o nosso

Proposrto, ãô

lon8o

(lors.s

fus

(l,

l

rnbàltro,

senão

expor,

na medi-

Sao

Pau1o,

fevereiro

de 1986

da

das

possih;li,l[l,.rt,

â

tuai

-desse s

ist, ur ,lrs

,

bandonado ns (,ol !

n,li

,t,

este

crabalho s,,r

i/'

,'nr

,,nn,,!L;rio

e

proloflgamenro

--ou,

de oucro

ponro,l'.

visra,

una introdução

--

à

ma-jestos:

exposiçio ,t,. ,t(),,r

ri

as

tradicionaís

enpreen-dida

nêste nosso

.,1c,rt,'

sobretudo

por

nené cuénon.

8

(6)

I

Astrotogia e

ÍeIi8iãor

Não

há nada

rnais

perigoso para ê humanidade do

que

a

difusão

de

fÍagmentos

inconexos do

conheci-nento

esotérico.

O

esoterisno é a

ciêocia

universal

por

excelênciâ, é

o

conhecimento

e

a

realização ata

unidáde,

e

por

isto

não admite

recortês

nem seleções

de

espécie algumá, exceto

a

titulo

de amostra

e

corn

a

ressalvâ

de

que ahostras

não

podem

substituir

á

coisâ inteira.

No

entanto, o

que se

viu

no Ocidente

nos

últimos

cen anos

foi

um

festival

de

estilhaços

e

rêta1hos,

irrêsponsavelmentê

stirados

pâra todos os

1ados,

e

avidamente consumidos, sen ordem ncn

criré-rio,

por

uma

clientela

cu.ja voráz

coriosidsde,

cuja

indisciplina e

cuja

recusa de

quatquer

compronisso

com as

forEas

regulares e

ortodoxas do ensinÂmento

trâdicional

atestam

por

si

mesnas uma

desqualifi-cáção

conpleta parâ

a pârticipâção

no rundo do

eso-De

toda

pârte,

os

ingên"os

ê

os âúbiciosos

âri-râm-se

a

esses despojos, buscando neles uma

excita-ção

mental, urn

a1ívio

moÍ'entâneo

e superficial

para

*Publicado originalmente no volume

coletivo

^strolo-gie

hoje:

aátoaos

e

propostas

(

São Paulo, Massao

Ohno, 1985), comeÍnorativo do

I

Congresso

Internacio-nâl

ÀstroloSiá,

realizado

no Rio de Jaoeiro em

novembrô

de

1985, sob os auspícios da SÁRJ

--

Socie-dâde

AstÍoló,.ica

do Rio de Janeiro.

(7)

angústias

vulgâres,

ou un

neio auxiliar para

fortâ-lecer âs

tinanças

donésticas.

No

início, o

buscador

parece

rer

descoberto un mundo encantâdo ou

a

chave

do enignã da

existência.

Mas, poú.o

a

pouco, as

con-tradiçôes

vão

se

acumLrlando

e

ãdensándo Lrm

novo

e

mais sóriao nuro de opacidades, de modo que a

vÍti.a

não somente perde de

vista

a verdáde

almejada,

como

é

1êvada,

pelo

cansaço

e

pêIa profusào hipnótica

dos

símbolos

e

das

forçás

psíquicas que essa

ativi-dade põe em

jogo, a

esquecer ou negar

o fato

mesmo

de

que

possa existir umâ

verdade universá1. Entre

abatida

e

envergonhâda,

e1a

procura

êntão ocultar

sê,1 frâ.âssô

.ôm

fÍãsês

ocás sôbre

a "relatividade"

ou sobrê

a "eterna busca",

como se

o

aumento da fome

constituísse alimento,

Como se

a insaciâbilidade

do

desejo cons t

ituisse

satisfação

versa

tolaj

do gênero

ráposa

ê

as

uvas",

não

fos-se

a

negação

fornal

do

quaêrite et invenietis

o

derrotado volta

ássim

ao

mundinho mentáI quê tinha

sido o

seu ponto de

partida, e

coloca sobre

as

gra-des

da

velha prisão

um

cartaz con o

chavão que se

tornou em nosso têmpo

a lápide

de tôdas

as

ambições

espirituãis

fracassadas:"Cada um tem â sua verdade".

o

essôtamento das

possibilidades êspirituais

de

alguém que s€ aventure

pelo

caminho dos "fragmentos"

ó

cspantosamente

rápido, e as legiões

de

desarvora-dos c atônitos

que se perderân

por entre

êstilhaços

d.

csotcrismo formam

hoje

Eoda uma populâção

margi-nrl

q,,c,nào podendo mais

ser recolhida

en hospícios,

vii

se

abrirar.m

"conunidades" ou mesno êm

preten-srs ".i(lx(l(.s cs(,tiricas",

onde algum vampiro

psíqui-co

,lo

pr,rporçocs

Í,ru xrrtiris,tipo

Rajneesh ou

ldries

Shah,

L.rminar;

de

su8.ll o

9ue

lhe

resce de

vidâ

e

der

intel

igônc

ia.

Ante esse panora.rn

{l.sal.ntâdor, i preciso,

ain-dâ una vez

e

sempre, advert

ir

que:

l9 -- o

conhecimento esocórico não

está

"perdi-do" num passado

remoto,

nem nêcessitâdo

de

nenhuma

lspócie

de "recuperação" ou "reconstrução" por meios

vasa renEe arqueológicos

ou por

qualquêr

espécie

de

"1,r',;qLrisa". EIê

está vivo e

presente, de vez que a

Tradição

univêrsâl e

unânine

é o alenro

mesmo da

vi-da

humana,

e que a interrupção

da

sua

cadela de

transmissão

por

um

instânte

sequer

acarretaria a

su-pressão pura

e

simples da humanidade. E estâs coisas

não devenr

ser

entendidas em sentido

netafórico.

2e

--Não

há um esoterismo sem um exoterismo, de

rodo que,

hoje

coao sêmpre,

as rêlisiõês

reveladas e

orcodoxás sào

a ,jnica porrá

de á.esso

ã

um

"soteris-mo

vivente,

tudo

o

mais

constituindo

imitáções

bara-Las e

comércio indevido

t,agmenros

qu"

só serv"m

pará

alimentar

ambições vãs

e fantasias

doentes.

3e

--

Secundo todas as

doutrinas tradicionais

do

mundo.

esta Iase da nistória

humana nào comporta o

surgimento de nenhunâ r'nova"

religião

ou

tradição

--muito nênos de áIcançe

nundiál --,

exceto

o

simula-cro

sisântesco que

já é

anunciaao às escâncaras pela

vlnda dos

falsos

mestres

e profetas,e

que será

aqui-Io

que

a tradição

is1âmica designa como

o reino

do

Dajjal ("Impostor") e o cristianismo

como

o

advento

do Ánt

icris to.

4e

--

À rêwe1âção da unidade essencial

de

todas

as

religiões,

que

é o fato

mais importante

desta

fâ-se da

históriã

humana, não

teria

sentido

veração devesse

sêr

seguidâ

pela

dissoluçào das

Êor-más

exrerioreç

ritos , dogmas

dJ" r.lrsiõec

existentes, e pela

suá absorçào om algrm

"universa-lismo"

vago

e sincrético. Pois

jústamenre

essa

,,ni-dade

é

que ,tâ

a

razào

e a iustificativa

prolundas cla

diversidade

das

formas,

Iêsitimando cãda religiào

totâlidade invioláve1,

em

si

mesma uo

sím-bolo perfeito e

âcabado daquêIá unidade

q"e, ao

ní-vel do

conhecin€nto

iÍterior,

traoscende

todâs ãs

5e --

No que

diz respeito

às

ciâncias

Eradicio-nais,

como

a astrologia, a

gêomancia,

a

alquimia,

etc., é

evidente que nenhuÍa

dêlas

cem a menor

pos-sibilidade

de

ser

corretamente cômpreendida

fora

do

quadro de un esoterismo completo e

vivente, ao

q,,.1

se

te.

acesso, precisamente, por meio do

compr(,-nisso

com un êxoterismo ortodoxo.

(8)

Essas

ádvertências vên sendo

repetidasr

desde o

comeLo

do século,

Por todos

aqueles quP

L iveram

."..;.

,

álsun esoterismo vivenEe'

e

quê escreveram

sobre

o

a.s""to

À profusão de

livros

autorizâdos

e

.ã"?i;'"i. é ..1, q".

hoje

em

diâ

ninsuém pode

ale--r.'l-"..;".1r,

a

náo ser-que sua

intêlicáncja

tenha

iiào

-".eoria"

pera

maré

igualmenre avassaládorá de

rivros

dã "oc,r1iismo"

e

de pseudo-esoterismo

em

ge-rál

Entre os

autores

que formü1ãram

tais

adverten-"i,",'--pãaã-"" "ita',

para

'râr

uma

idéia

da

vas-tiaãá

aà pano'ama, nená cuénon, Ananda

K

coomaras-",.'-

rt;,ni.,

Schuon,

Ti(us

Burckhârot, l'1i'

hel

val-"ã"1

's"rr"a

Hossein

Násr.

art

in

Linss'

P'erre

Cri-.ã., lii",i..

zolla. /ictor

Danner' Housron smith'

cai

Eaton, Henry

Corbin,

Jeafl Borel1â,

Leo

Schavaj

wirliam Sioddari,

Thomas Merton, Bernard

Ke1ly'

Rama

P.

Coomarasrramy, Joseph Epes Brown, Jean

C

CooPer'

oorottea

u. l"áa, wttitarr

N.

Perrv,

Jean-Louis

Mi-.i.., i.ra

lorthbáurne,

Tagê Lindblom, Marco

PaIlis'

l,r,.i"u s".i"1i"",

Jea.

Tourniac,

I-uc Benoist

'

Gi1-bert

Durând,

Keith Critchlo\,,

Pâra mencionar somente

os

nais

conhecidos

e

soÍÍente

os que têm

escrito

e$

ii.*;;;

".

idpnrais

(

l)

É todá uma

torrente

de

ensi-;;;:;4" .,".

.omo umâ chuvá da

nisericórdia,

orerece

n"

n,,sso aLormêntado

sétulo

uma

ampla

oportunidade

;,, ,,:;;;"

à veraaae eterna

e

inutáver

da

rradição

--talvcz prrâ

(lúe, mâis

o

'rhomem

do

nosso

t,,fl,,," vr,l(, jrs

cuctas

á

umá

vêrdade

que nem Por

;,-,,,,,,,, ,,

rrr;r,,s"iv,

l .

r,Pn por

dirí(iL

é

Proibiti-vi,

r'

t)r,

li'r ,(,rt.iar

as

vulS'rjdâdes

de um

Casta-,,,.,1,, ,,,,

.,,

tu,rl)i(l( zrrs

d(

1rm

curdjieff, tal

como a

,,,,,iii,,;,, ,,,t. l'ilxr{is l)t.lcriú

llarrabás

a

Cristo'

e

ver)ha

,

(orri

irmat

l liirurla d' IfrithioÍ

Schuon:

"To-tla

religiào i

a

hist.iria dt

r n dom

divino

e

da

recu-.. aerecu-..eitá lo". Et tuÍ

lucet

in

tenebris,

et

tene-brâe non coDprehênderunt euú'

aD;s

estas

advPrrên"ia"

ini'iais

que ForÍram á

,"ra,iã-;"ãi'p."";ve1

dú quê pretendo

dizêr,

é

aindá

or

eciso

I azer consr

ar

que âs observaçoes que se

se-1,,,.*

';" ". si

mesmas óbviás

e

pat"rrres,

como podera

constatâr. qualquer um que

façâ

a mais 1êve

averigua-cào

do assunro em fon(es historicamenLe fidedignas'

i

aIiás

de

r acít imo

acesso. se,

âpesar

disso.

eIás

sào

rào

facilmenre esquecidás ou menosprezadâs' isLo

se dleve tão-sonent"

à

ctueéaiu

espirirual

de que

fs-lei

nos parágrafos

anteriores.

Pare aqueles que ho.ie

são estudiosos da nobre

aÍte

da

âstrologia,

a

ponde-ração sensata

alo

que vou

dizer

pode'ser

o

caminho

pri.

""".p..

aa

participação

nessá^tragédia,

e

para

o

início

de uma

vida esPirituá1

autentica'

üm

dos

mais

talentoso§

as'trólogos

que conheci

viveu

de

perto

â

contradição

entre

o

estudo. dos

frâsmentos

de esoLerismo

--

que const

rluen

a

unrca

mat;r

ia

oe que

hoje

são

comPostos

os Iivros

de

as-Lrolop,iá

--

e

o

imPulso d€

vida

êsPiritual

Ele

des-""1'i"

tivamenÉe, através oue

o

único acesso

aa religião

à

espiritual

revelada, e

idade

e,

em boa

Êfe-hora se

aiasto.

alos

"ocultismos"

e

pseudo-esoteris-ià" .. e.r,r

tornando-sê

cristão devoto

.]á

era

um

bom começo. Mas, não

tendo

ciao

acesso

a

un

esole-'i','

.,]tá".i.á, ele

nào

reve

outro

reméaio senão

abandonar completamente

e

renegar

o

estudo dâ

astro-1ogia.

Na

peispectiva de-

um esoterisÍro verdadeiro,

esie

estudo não somente não

entra

em contradição com

n"nt"'n..erigião revelãda,,as,

ao

co"trário, --

co-no pretendo

ter

demonstrado

em

neu

livro Àstro§

e

síio1os -- constitui

um Poderoso instrumento

auxi-liar

parâ

a

penetração

e

aProfundamento

do

sentido

das revelações.

Ern todãs

a" civirizações

q"e

possuíram unâ forna

quâlquer

de

astrologia,

esta

nunca

foi

uma ciência

i"or.a.

"

a.to-s,rficiente,

mas

â

simPles

aplicação

de determinados

principios

universais a

uma dada

or-dem de rÊatidades. Assim,

eta

sempre

surgiu

associa-ala

a

um corpo ale conheci.mentos

científicos

trâdicio-nais,

como

po.

"*erplo,

no caso da

tradição cristã,

o

sisteora

drs

chamadas

[Àrtes Liberais",

ou

triviuD

e

qüadriviuú,

sobre os quais não me estenderei aqui

poi

jJ r.'

(r.dicado

dois

livros

ao ássunto.(2)

l'oÍ

s,rn

vr'2,

.sse

corpo de conhecimentos

ten

um

fund.ntr,rr,,

r'sotririco, o

que significa

que

sua

ade-l5

(9)

quada

coÍnpr€ensão depênde dê una realizaçào

espiri-tual

pessoal no quadro de um ensinamento

espiritual

"âs ciências

do

tÍiwiuu e

do quadriwiuo,

lacilmente comprêêndidos

coro

pessoas que adq,ririrrrn

o

donlnio

loBica

ícorrespondenre simbot i, ám"nre à

p.Íêra

Mercurío) s.m

dispor

dos .onl-ecimênros

es-pirituais que

conecram

o

pensâmenro

discursivo

ao

ser,

e

que assim garanrem

á

honÊsr.idadê

ê

vera. iddde

do

raciocínio

Iógico

nedianre

a

. orrespondencià

"im-bólica entre

a

noção 1ógica da idenridade

e a

únici-dade do

ser,

(5)

Na extraordinária

narrativa

de

viâgem cetesre

apresentada

rArábi

pelo

supremo shêikh

sufi

Mohvieddin

ibD

(1165-1240).

á

(ravessiá;

êmpr,p r,tida sinul

tâneamente

por

dois

posrulantes:

un

f;r:l

nnrç!tnrnoo, devoto

à Iei

corânica

e

aos e""ina.enro",i".ant,,

Profeta,

e

um "investigador,,mundano

c.(irico,

nx,vi-do

pelá

avidez

e

peta .

urio5iddd,.,

qu.

r,j" .-

submH-te.a lei

corrnica,

p

por ránr.o,

e"rà

inap,,,

pa,r

",

Lnrcraçoês

suÍis.

tm cá,la

órbirâ

pLanetár

iá,

.ttss

recebem os conhecimentos

a

que fazem

jus. o

crente

encontra-se entao con

os protêLasj

que. no

esorêrir_

mo ís1âmico, correspondem sinbolicanente

a

ôada

es-fera planetária

--

Jesus en

Mercírio,

.rosé en vênus,

Aarão em

Márte,

etc. --,

e

recebe dete os

ênsinamen-Eos

espirituâis

correspondenres, prosseguiâdo sua

v1âgem

âte

o

trono

de

Deus,

onde

aringe

a

esração

espirirual derradeirá,

a,,tdenridáde

SJprema,, que

constitui

â rnêrá de rodás

as

inicia\õês.

o

reb;t-de,

em câda

planeta,

não se enconrra com um

profetâ,

ma,s con

o "espÍrlto,,

desse

planera,

que representâ a

forçs sutil

(mas ainda

corporal)

posta en movimenro

pela

autoridade

espiritual

do

profetá;

este

,,espíri-toI

não dá ao

viajanre

os

conhecimentos de ordem

es-piritual

recebidos

pelo

crenre,

mas

técnicas

pura-mente.

matêriais

ou

psÍquicas refêrences

à arie

o"

crencra

que

corresponde ào

áspecco

,'inferior,,

ou

"terrestre'r

daqueles conhecimênLos. Evidenrempnre, o

rebelde

nào

percebe

á

menor

diÍerença

enrre

rais

tecnrcas e

os conhecinentos

espiriLuais

vêrdad.iros

que

sáo rêcebidos peto comDanheiÍo de vjagem,

,.n.,-sim os

dois

prosseguem en

sua

jornada atÉ

qur,,

a,r

chegarem ao cÉu

de

Saturno

-- que

simbol

izn ,,

,,x

tremo

limite

a

sepârar os "pequenos

Mistr:ri,!;,'

,,,,,

'tl

creve

nené cuénon

--,

tempo que

represen-távan,

em seu

sentido exotérico,

divisõÊs de um

pro-grama de ensino

universitáriô,

erám também,

por

uma

transposição

apropriada,

colocadâs

em

correspondên-cia

con sráus de

iniciação."

(3)

Comô se sabe,

cada disciplina

das

"Artes

Libe-rais"

corresponde

a

um dos

sete planetas, e

desempe-nha no conjunto

dô triviuD e

do

quadriviun

uma

fun-ção

que

é estruturatmentê

homólosa

à

função desse

pláneta no conjunto do sistemâ so1âr.

Do mesno modo, esotericámente

falandoi

cada

p1a-netâ.corresponde

a

um ptano

ou

níve1

da.

realidade

costrrlcá, cula trâvessla represcntá,

nás rn1c1áçô€s,

dêterminado

nivel

de conhecimentos

espi-rituais.

Dai

o sinborisno

dâs "viasens

celestes",

que, em

várias tradições,

como

por

exemplo a flaçonária

e

o

sufismo

(4),

representam

a

escalada

espiritual

do

postulante.

Na

terminologia sufi,

cada

esfera

planê-tária equivâlê

a um "estado

espirituâ]"

(har).

Aqui

é preciso

lembrar que, no

conceitô

tradici-ona1, uma

ciência

ou

arte

qualquer representa apenas

a

expressão

€xteriorizada e sensivel

de un estâdo

espiriLuál correspoodente, de

nodô

quê a nestria

nessa arte

não

significa

em

si

mesna conhecimento,

más

n

simplcs arcstação

po.

âssim

dizer.siúb;Iicâ

úm

I

sll.lr) irrr{,rior. Assitri,

aqLrele que aprendesse a

,1.':,, .,,', r",,

tr,

i,,: ,.rt,.rinre. ê mris

ou

;r

r I r(

rrç.o

.ôrrespondente,

demonstra-ria isunln rl,.

rrnr

,l,nírri,' pir.i.l

. (lcficiente

dessa

arte, e pol. [ai,,r r1rr,

l,)ss,.

(,ss,, iloflinio

haveria senpre na

obrr

t,r ,,,loz

i,lr

tro ,1,',1

d,

inarmônico

e

mu-ti1âdo,

que

nrcstr[;,r ir(,

r(

r' sido e]a realizada

con mão de

mestrc. l'()r

,.ri

irt,l,),

os

sôfistas

gregos

--

e,

hoje,

seus conr i,,,,,LIt),,,,|,

,tot

são

os lógicos

forma-listâs

e

todos r(to'

l, ,i

(tLre se dedicam

a cortar

os

ultimos

1âços .!rr

r,,

l,)r1ica

e ontologia --

podem ser

(10)

nicosdoS,,GrarrrlesMistórios,,espiriruais

;;i;;

.".

srra

viar,e

int'rrromPidâ

e r: precipitado

no

iníerno,

apás

tcr d!:sistido

mesmo dos

'o

hccrm"olos

rl"urriqo'

nd\ /r1pds

arrr'

riol.s'

{b)

--'-;;

" =."

múd-,

nr t,âdi\.o

naçoni'

J " lausro

de

tjoeEhe, que

ó

"',,.:,g",

possuidor de

variâdas

tecnl-.,,. d; ,:'"..,:o

, rarejo

JP

rô \as

srr

I

eLerir-re

n.

_.,.

..,t.

"-

...'

"i'r,PlÔ-

^rrl'-'

ir[r'r''"

talta

:"rJ";, ,,.

p

prP':-dm-nr,

"

i'1,."."'l;i-. ,

ruar !J'. lj --, L lo a

ru

l^ o rdr\'

l-' I

.l,Jo

su,lPnIe

pêld '',bn,_s;o '

N^rr'á ' u_r

"

á l'eisoar'

il..a.

." rr.i.r,,

qu. ,i porrruor d'

'i.f

r

r"

i

r'vêlJ-rra, ou

seja,

de uln exoterismo'

rortanru,

para conhecer

e

'oúPreedder

o que

re_

presentâ

.àda Pi,Dera

no

csqÚcnra do

iriviun e

do

ouadriviuú, ,,..'r I r."r

iJ' I's

dtdd'-

rc-i,.r-;-'

, . .ru- ,rr'" :r"rli'

'

oJs

tr'rqJor

árilLr

;i.;;-.,.,

...,."r",,4,,*

à "tterivaçào" terrestre

dos

.ont,."i,,""1o. asr:rológit't's,

'tào basta

o

estudo

Êxte-.i"r,;

p.".r,. ter

pàssadc' PcLos

ritos

iniciáticos

.ur..rpo.a".a.",

ou Pelo meoos,

'aso

se

trate

de

co-;i;.i#"."

c"ó.i.o, q"" est'

conhecin*nto

seja

aa-.,t,ir.

""

quâdÍo

"' 'r' ''or"ri"mo

tgular t

orrodo-.,". : o

,"'ri

, ' r'

rr

itr' rcia

do Po"tulanre

ro

de-vido

exoter i smo.

lào

há cono tergi!€rr

sar

sobre

este ponto

TanLo

sob

a ótica

das

iri.iaç;es

hetêdicas quanto^no nundo

..i.i;. .

i.iã",;.,,,

.

á.,i.r..

€retivo

da

ciência

da

;i.i;i;,,,,

u.Lá ..uer"aao

àqLreles <1ue Eenham.rêito a

"rrav.ss ia

rlo r

tlrr

rlt'

Mercúrio", o

da

retorrca

áos

n". ,,,,r,",. .t,,zrrrlo a eslera^d'

VêLrus,

e assi$

Por

,ii,.,",,,,',,,,,,,,,, r''

.,rrrespon<lô'rcias

clássicas e

uni-v.rsais

,',rr

r,'

I

slurs l'lirrt

L:)

jJs e

graus de

inicia-Da

nresmr

rrareira, o

'otrlr(

'in(

nro

qÚe se possa

ter

do simbol isnto de urt PlrIr( l a

!uil(lu'r

c

l,asorento irrsignilicant'

rlrrírrdo

s'

iguora

a

crencra

o,,

nr

t.

correspondenLe

à

'sse

PlãneEâ'

e Pior

ãiIrda ,t,Lrn(lo ess{r desconhec

i§r.nto

se estende

t.,

I

o

púrarnaore

exterior e

operacionâ1 dessa ciência

l8

O\

dddoE sobrê

p.lê n.iIrô 'r'

b 'r'.i.r.rre

das

as lradições, o qurlqLr.r t'nltr

iv.r

(l' 'r''r1Lr'r

o"

dcspisrar o rigor

clessas

oxig'irciJs

c'rnrrihLri

p:r

rr fortaLecer o aruai .ourtlrrio (l' lrrgs'útos u iill_

si

ii.rções

d.: esotcr isn().

l'or

outro

Lado,

.nr

t{)'tls ls

e iv i L i:u

açirr

qrL.

,-.r.í, rm

"*a --r

r.,'J.

I

lisâdr

às

iniciações,

.ont) r'nl)('nr

sur P'lr '':r :i"

'n-.uir.auo et.,li*n.la lo

.or'Po

toL'rl

Llor I

iLoj 'l') t{r

terisao vigertr, .lt n()(lo tl(t.

,r rlirrtrrrLl:r

"iui lrinçirr

pranerária" era

regrr(ltr

. ,lirisidl

p'lrr l)ror]'ra-rf'

ligiào

e'Lao. le. i.i

r. " i r-

''

r"

co LaLJr .lJ\'

p.rn,rr i

r .,

r'"''''

i

<1o

u:l

padrão cle

siiloiiielções trai'r

orr nr"nos

tLrLl"r:r'

pâra qoda

u 3

sociedrJe lru rrttr'

ÜLe,tr , "1,..1u

:rllo

Ll..

lr'ri'r"J

'r""""

r.'

"'

t,lo,

vera

q,,. -= ,i,-

r;."i' ' ' rr r'-l''

rl

n.",,',. ,n'y.,-.tn.

r"' ' ''" c' ''r'

.r.- r.

i,ru t

5t.ç., d;r/L

r',."r

l

ld_'r

raçio astro!ógica

do t:spa',"

r'rr'sr'(l

iração ocupa<ia

felo lnpcri'r

'

b'm corrD a Lrira orn"

"uçio

ao" ri,ro" a" vi,ta-social

scflLrl(lo rrrr'r

'i'li(

i

dr:lc ,rstrol;Licr.

lss.

niio vi:;'rva ';oLa''LLt'

r 'r"rr"

r

ir,,.r,

', Irr.h'

ir '"'I '' "'

..-r . ..rir,. i-..,r

,',.','',', '''rr"

'

nodo

i

â!rx)r l{

.fr, !o,

rtlrs rLr 'l

i:'

r

, 'i

( lro(l(r' (l

r'

r 'il

,,," .ósui."s .orrlrr

LrtrLir

rr(l('i':r't

'('Nrrrr(l

r(lr

lrLtrLiL'L

u l,ur.hn,,

JI rt 'r'\rr 'rr"' "'

ue al:á..Jrn rJLrci

t-Ji\"'':r'

'' ' '"rr

'r

,lor

do Céu

e Ja lerru s'

tomirmu"

'r :rrilr'' '' Il'l'

."i;.i"

.*,

símbolo ou

exp'es'ã"

dá vootade

rlivi'ra

que preside ao curso

dos

evenios

(e não.cono

tor';a

"""."1 ".,

sr

me§má,

o .'ue ''r id

ido ar

ri'),

v'

rrr

t

e"a inrt.rin. ia

náo

'igniri'a

naJâ

"m

'

i,,t"'mediaçáü do homem

quc.

Pelo I

ito,

a

ordenc'

r'-!.uLa

e dir ige.

í7)

{r

t

s sindê:

\ue

reá I

iza

e'so

interur,liária

não

é. indivíduo

hunano Prrr-o

r,l,,.,nr'.,r,.rado

.r.,pír:(o e degrád"do.

rr "..n'

tá,

v, r,l r,r,

ir"" or

"rl"r'"n,

Univ'r"álrr'

âqrI

l'

1,,,r 4,,',irrr

(lize.,reabsorvido

na Pessorr Llr) I ,'lt i rl

(11)

rador Cósmico que

ó a

cristalização

hunana da Norma

divina,

e

que corresponde, no nundo

cristão,

a

Jesus

cristo

(ou,

nufl

outro

p1ano, a

Maria),

e

no mundo

isrâmico.

ao

Profeta.

A

particiPação

da coletividade

h,,rânâ

no

rico

te.

validade e

eficácia

pela

in-termediação desse Homem

Perfeito,

que

é o Profeta

ou

ao"ele ãu" "r.otere" (do

greSo ProPhero'

isto

ê,

"rjr.a,,i'",

"d"sen.ad"ar". "rázer

vir

à toná")

a

ot-aàm recebiáa de Deus para

a

produção dos eventos (8)

Do mesno modo,

no

hundo is1âmico,

a

astrologia

--

que só

é

âdnitida â

titulo

de sinbolismo

espiri-.

tuaI.

sendo

vistas

(om mâus

olhos

"uas

aplicaçàes

;,á;;."""

e

divinarórias.

como

aLiás

Lambém ocorre

no mundo

cristão

--

está

intimaÍnente

li8âda

ao rito

das

cinco

preces

diárias,

que êstruturam

o

tempo

se-gunao

u.

paarão

ordenâdo

por Deus

ao honêÍn

(e

que

ãU"".""

"

transcende

á

teinporalidade puramente

"cor-poraI"

dos.iclos

planerários.

reinregrando-a no seu

arquétipo),

e

rambén

ao

dirêcionámenLo dos crentes

para a }Íeca, que

estrutura

o

espaço segundo

o

eixo

da

Tradição.

(9)

ede.áis,

as 28 casas lunares

(uanazil)

estão

as-sociadas

aos 28 sons

primordjais

qu" compõem

as

Ie-tras

do

aIIâbeto

árabe

Sendo

o

árabe uma I ingua

sa-o hebrâicsa-o ou

o sânsc.iro, e

possuindo as

mesmas

potencialidades

teúrgicas

desras

úIrimas,

a

estrutu;ação mesma do espaço em

torno e a

disposição

dos lugarãs sucessivamente ocupados

pelo

Sol

e

Pela

Lua em seus

trajetos

são

tialos

como neras

rrcÍistaLi-zações

visíveisi

da eounciação dos

sons

Primordiais

'"i

n"".

no

insránte

criaçào

do mundo, enunciaçao

àsta

da quat

a

recitaçào

corânica na

Prece

resular

islámica

é

a

rememoraqào

tirúrBica

que interrompe o

fluxo

da têmpoÍa1idáde atúaL Pará devolver

todos

os

seres

e

coiias

âo

"instânte"

supratemPoral da

Ori-gem. (

l0)

compreende-se

ássim

qúe,

tambem Peíante .o

esoterismo

isIâmico,

qualquer

"inl

luencis

p]ânetá-ria"

consicterarla isoladamente

da

ação

ritual

huma-na que

a

oralena segundo una Normâ

divina

não

signi-fics

nadá,

e

q're

a

ação dos

plsnetas,

qualquer que

se.ia,

ó inslgniricante

em

face

da potência

do rito,

que

é

a repetição

dos

sons

arquetipais

que criaram

os corpos

celestes e

desencadearam

a

sua

açào

(ll)

Mêsmo no mundo

cristào,

onde

a

astrologia é

ge-ralmente mais conhecidâ no seu

asPecto

divinatório,

mágico

e,

po!tanto, herético,

a

estruturação do

tem-po segundo

o

ciclo do

ano

1itúrgico,

que

reflete

a

vidê,

paixão, morte

e ressurreição

de Jesus

cristo,

representá uma poderosá canalização dos

fluxos

pla-netários,

e

os

ciclos

astrológicos jásáis

poderiam

ser

coÍnpreendidos

fora

desse

ciclo

1itúrgico

e

fora

da

história

da

própria

reliSião

cató1ica

que durante

dojs milênios

presidiu

a

esrÍuturaÇào dô tempo

--

e.

portánto,

da

história

humana

--

parâ

esta parte

Paralelamente,

do

ponto

de vista

esPacial,

o

mais breve estudo dâ

estrutura

da§

câtedrais

no§tra

que

eLas são

uma

cópia do

"corpo

do Homen

Univer-sa1", e

que

este

corpo,

cono não poderia

deixar

de

ser,

contém

denEro

de

si -- e,

portanto,

forçosa-mente abarca, transcende

e

donina

--

o

zodÍaco

e

as

estrelas,

sendo

portanto

a ciclicidade

astrológica

trânscendida

e

dominadâ

pelo

ciclo

da

liturgiâ,

que

reflete

o nascimento,

paixão,

norte

e

ressurreição de Cr

isto.

( l2)

o

estudo, mesmo

superficial,

dessas 1i8áções

en-tre

â

astrologia

e

o

rito

sugere

s

conscâtâção de

que, nuúa socieaaae

"1eiga"

e

sem

rito,

"o*o

é.

"o-cleaaae

atuar, a influência ptanetária pode

assumir

uma

feição indefinida, múttipra e

anárquica, que se

reflete

ariás

na profusão quas.e apoteótica

de

"teo-rias"

explicativas

diferentes

que

todo

diá

§urgem

tenranao

àar

conts do "fen6meno

astrológico"

Essas

teorias

jamais chegarão

a

qualquer gráu de

coe'ência

e unificação por

meio de debetes

e

es'tudos

científicos,

pelo

sinptês fato

de

que

o

estudo

da-quilo

que

"os

astros

fazem conosco" tem de

ser

com_

pletado

pelo

estudo 'rdaquilo q,re nós fazemos co',r os

astros",

e

este

estudo

não

pode

ser

realizado

fora

do lruodo

dos ritos,

nen

nediante o

simPles

estudo

rcóri(o

dos

ritos,

requerendo, ao

contrário'

a

efe-t

ivdçio

de umá

vida

ritual

no

sentido.plêno, o

que e

(12)

rmpossivel fora

dos quadros de uma soci€dade

tradi-cional

€,

portântô de uma

o!todoxia

tradicional,

quê

ó

aquilo

que o Ínundo mod€rno odeia âcima de tudo,

como

o

diabo odeia os

profetas e os

sãntos.

E

inpossíve1 a

existência de

umâ

âstrolosia

v€rdâdeiraÍrc

te "científicâ" ê integradâ, fora

ciôncia tra.ricional

dos

ritos

e

símbo1os,

a

é

impos-sivel

a cxi

stência

de

uma

ciôncia

tradicional

dos

rjtos

e

símbolos

fora

das

religiôes

rev€1adas, que

ver:cu1am essês

ritos e

simboros desde a

oriSem

su-f,áLênloráL dê rooo"

o" ""r.c

e

cojsáç.

Que

estás

considerações

sirvan

ao

menos para

despertar,

entre

â1guns dos

prâticantes

astrolo-gia, a

consciênciâ

dâs

Ínasnas

inplicações

espiri-túais

dessa

arte,

implicaçóes

que

demandam de uma

consciância

reta

e

digna uma tomsda de

posição

con-tra

todo mundanismo,

contra

todo

improviso,

contra

todo psicologismo na

prática

dessa

arte,

e

em

prol

de

um compromisso

intelect,rá1

e moral com a

univer-sálidade da Verdade

e

com

a

ortodoxia

tradicional

que

a

veicula.

o autor

dêste

trabalho

coloca-se

à

disposição de

todos

os

inter€ssãdos, Pará

dirinir,

Por carta,

qualquer dúvida

á rêspeito

de

un ou

outro

ponto

em

2

Astrolosia natural

e

astrologia esPiritual*

l

Antes

de

túdo. é preciso

entendermo-nos

a

res-peito

do que se.ia

ciência e

do que

seja

sabedoria'

'

ciência é á "tser"ação

dos fenômenos

à lu'

de

p'i";í;i.".

sabedoria

é o

conheci.ento dos

^princi-pio'.

Às v"ze" a ciéncia

nào estuda

i", ai."i"

dos princ

ípios iou

pêlo nêno"

36' pr;n'

í-nioc

mai"

"niver"aisr

e sin à tuz d" prir' íoio"

r'-iativ"s

deles deduzidos,

ê

dos

quais

se deduzem por

sJa

vêz

resras

Pàra

a árjvidrdê ci"nríti'á'

As

rê-or ,"so qre sc

diz

gras const itrrem o

oêtodo, e e

p

correntement.' que

a crencla ""o é p"ra

observação,

sao somente

a-sir .p.nas

con-"anl i

r"

(l(' trr(lo

(

,)l(,nili(lr

n( c( s

mas sim observaçào "metóaica".

"Princípios"

cm s.nL ido

.strito

qLel"s

quP

nrú t,"to 1,rr,,",1,rrr' '.

seoJenrês. isr

o ,,"1

r,

l, il" ' Ir"

o mais rnào

çê.d. ,

t,

rl

,v,'.r

" rrrr'""

sária ê exclusivâft:ntr ,n

s('trr i(lt' êm

sentido

1ógico

e ontológi,o).

^r;rrrrL'

rr r

m"nr" sào

"orir. ípi.'"

áq,,,

l, - 'l'' "t'l'

tr

'

I

Jniversal,

sem

tjmira\áo

3e

"'p'i''r''

'r'r'"r''r. os

orincíoios *.rarísi.os,

dos

'lrrJis r"'l''s

-- à. prln"ipio'

ló8i.

os.

por

"x"nrlô

nái

"

do quê oea,çóe.

o,

apl i. açàes a Jonrí

lrmiLddos. Estê"

últiros

Podem derominár

:'

pios

segundos",

e

as regrâs da maioria das -.

orisinal inédito dê

1985.

(13)

p

ios

1ósicos ) .

Podemos c lass i

ficar

os

universal

idáde,

em:

são

deduzidas ,le

princípios

seguodos,

e

não

direta-nente dos

universáis.

( I )

os

princípios

caracterizâÍn-se por

três.arcas:

"., "...""iaua.

(ou

primordialidáde)

(ou

absolutidade),

e

sua universaridade

sua

antecedôncia

(seja

uni-versalidade

em

sentido

extenso,

como

no

caso

dos

principios

metafísicos,

seja

unívêrsá1idãde

deÍtro

de úm cânpo

{letêrininado,

corno

é

o

caso

dos

princí-Do

mesmo

modo,

o

conhecimento dos primeiros

princÍpios

é

uma

unificação,

acima

deles

não há

outras

ilstâncías

â

quê possanos remeter-nos,

a

sabê.loria

á

então

definida

como redução

à

uniaaae

primeira

(ou,

sob

outro

aspecto,

derrsdeira),

acima

e

para

trás

da

qual

nada

existe.

oia,

nisto

os

primeiros

princípios

diferem de

todos os

princípios

segundos, porque estes poden ser

princípios

tão

sonente gnoseológicos,

isto é,

prin-cípios

do conhecêt

enquanto

tal,'mâs os

prirneiros

princípios

não podem

admitir

nenhuma dualidade, e

devem

ser, portânto,

simultaneamente

princípios

do

conhecer

e

princípios

do

ser.

A

rigor,

conhecer e

poden

estar

completâmente separâdo§, mas,

quando se

crâta

de

princípios

segundos e derivados,

podemos conceber

taI

sepâração,

por

abstração

e ad

hoc,

por economia de pensamento,

e,

no caso dos

pri-meiros

principios,

e1a

sêria totalmente

contraditó-ria,

pois

deiÍaria subsistir

uma

úttima

Iranja

de

dualidade,

cuja

exclusão

é

precisâmente

o

que

faz

com

que eLes seiam

princÍpio.

primeiros.

e

nÀo

se-gundos.

A

diferença, portanto,

entre

ciência

e

sêbedo-ria,

é

que

a

ciência

requer âpenas

.,*

.étodo d.

.o-nhecer, enquanto que

a

sabedoria requer um oótodo de

ser-

Cono

todos

os conhecimêntos

têÍ sua

validade

derivada.

êm

última

insránciâ,

da conexào

entre

o

conhecer

ê

o

ser,

(odas

as.iéncías,

em

úLtima

ins-tância,

der ivam da sábedoriâ.

Por

isso,

êscreve P1ãrão,

"o

conhecimento de

to-das

as

ciências,

sem

o

conhecimento da melho! de1âs

(oue

é

a

sabedoria).

náo somenre

é inútit

como é

pie jud ic ia

l"

(ÀIcibíades

lI,

l44b).

Por

outro

1ado,

a

não-dualidade do conhecer

e

do

ser

requer que sê entenda

o proprio

coíhecer como uÍn

modo de

ser- ,ser

homen,

é

conhecer", escreve

frith-jof

Schuon (2)

. E

Àristáte1es,

tomando

a

paLsvra

"intetisência"

como

o

instrumento da

sabedoria,

o8-creve:

"A inteligência

é

mais

verdadeirâ

do

(lu.

/.r

princípios,

sesundo sua

Princ íp

ios metâfisicos e

ontológicos;

Princ íp

ios

1ósicos;

Princípios

cosmológicos;

PrincÍpios (e regras)

das

ciências particulâres.

Evidentementê, não pode haver

contradição,

entre

nenhum

'

desses

principios.

É

fáci1

também

comPreen-der

quê os

p.inàÍpio"

cosnotógicos só

são

"princi-pios"

em relação

a

seus consequêntes (o§

conheclmen-to.

,

o'nológiios

delês

dedu,idos), e

nào

em

rela,,ào

d

çpLs ánrê\eoentps

(os princípios Ió8icos,

ooroló-Bicos e

netafísicos

de que derivam).

A

descoberta

dos princípios

segundos Pode ser

teita

através dâ dedução

lógica,

mas

os principios

mraÍí.icos

e ontológicos

não

tên

antecedentes, e

slo, ,r

r

ig.r ,

.h.rÍnados

por isso

de

"primeiros

prin-Ni('

t,(xleu(l,l

:;r'r

(les.oberEos Por dedüção

--

nen,

a lorr iori

1,.r

ohsctvação,

que

a

observação

ci-elt ílicr

r,

qrrlr

dos

prjncípios --,

os

pl,trLrr.,s ri,,", it,i.'' .r.,

.,)rtl,,

ridos por

um márodo

pr,,pri., ,1u.,:

,) n,:tL'i1.,

JJ sah.Joria

ou gnose.

Para

compreender cm

qLrt' consista

es-te método é

r,.. iso ter "À *.nt. qu.

a^tlelrniçào ne.ma

de

ciên-,

ií --

ob.êrvaçao dos íênoÍenos

a luz

de um

prLncr-pio --

estâbelece

constituir a ciência

umá

unifica-ç,,,,

da

nulEiplicidade. A

aplicação dos

princípios

t,,,r,rr' rêduzir à

unidade dê uma

Iej,

ou

invarianre.

r.,,t,'

.'

,

rr"n"ào

dê múlEipIos renô,enos estudados

(14)

para

o

sábio

o"

gnóstico,

conhecer

é ser,

e

v1-Isto

Eem duas consequências:

"ma

prática,

outra

teórica.

Â

primeirâ,

que

ele

não pode, nâ sua

p,ópri"

pessoa

cognoscente,

admitir

hiato

e

muito

menos contradição

entre âquilo

que e1e conhêce

e

a-quilo

que e1e

é. rste

é

o

fundamento de Eodá moÍ41,

qup

pode então

ser

definida

como .oesào nnt

r"

o

que

se conhece

e o

que se

e (ê,

Por êxtensao.

o

que

se

faz,

o

qüe sê pensal

o

que se

sente,

etc.)

ou,

cono

diz

PlaEão: "verdade conhecida

é

verdade obedecida".

A

segúnda conseq,ência, de ordem

teórica,

é

que

to-das ãs modalidades de

ser

Passãn

a

se,

entendidas

cômo modalidâdes do conhecer;

por

exenplo, as- formas

existenciais

dos entes

_-

a

forma dos

planéEas,

dos

anjos,

das

flores

e

bichos,

entendendo-se forma,

e-,iãentemente,

en sentidô

amplo

e estrutural,

não

restrito

e

visual

--

são também súas modá1idádes de

conhecer. De conhecer

o

quê?

I

uniaaae mesnã da quâI

derivam. Há,

por

êxeflPlo, nodalidades exrernas

e

in-ternas de conhecer

--

a

fror

não

cen

interioridade

autoconsciente,

e

por

isso

seu conhecimento da

Uni-dade, ou

de

Deus,

consiste

e

reside

na

suâ

forna

corporal

(e

na

função

correspondente). o homem teo

interioridade

âutoconsciente,e

por

isso

seu

conheci-mento

ale Deus não

está

tanto

na sua forma sensivel,

más nâ sua consciência .le Deus,

e

nas

conseq"ências

existenciais

que e1e

tirâ

dessa consciência.

Tais asserçôes

constituem

por

sua

vez

os

princípios

de todâ

cosÍologia t-rá.li'i^Fá1.

Uma

terc"ira

consequenciâ

é qu".

inversamenre,

os modos de contrecei também são modos de

ser,

e

que,

portanto! entre

vários

seres

--

humanos,

por

exeÍp1o

--

que "conheçam"

á

Unidade segundo

várias

gradações

de

intesrâçào,

absotutidade

ê rela.ividâde

--

pode-mos

tlisrrrnir

várins

morlal idâdes oú PIanos de

exis-tênci.

nôs qrraís

llts s,

sitrrarr;

c

cono, segundo o

adágio i scolrilr

i,,t.

"t)Irrr

atrir,

,1

preciso

serrr, com'

preendemos

{lu,

r

,,,1,rrs vrir

ias

modalidades

ou

planos

àxistenciais,

(t,,,

r,,r,,sP,).dem às

hiêrarquias

espi-rituais

ou

iniririr i,rrs,

1âzem eco

outrãs

tantâs

mo-dâlidades de aç:'r,,

, (l(

Presenç4, que podem

estreitar

ou

alargâr

as

possibilidades

de atuação humana desde o

estriiamente

corporal,

áparentando-o às

pedras

e

aos vegetais,

ãté

o

universal

que

transcende áo§

próprios

anjos.

"Senhor, que

é

o tomem, Pâra

que

te

lêmbr"s delê,

ou

o tilho

do homem, para qu" o

visi-r.s:

No enLânro,

fizest"-o

pouco menor qua

o'

anios,

e o

cobriste

de nobreza

e g1ória"

(sa1mo

ll4).

2

Se aplicamos esses

conceitos

ão caso

da

astro-1ogia, e,

à

1uz de1es, examinamos a180 do

vasto

Pâ-trimônio

ae cônhecimentos

astrotógicos

que

as

civi-lizâções

passadas nos

legâran,

Poderemos

tirar

algu-nas conclusões.

Á

astrologia

pertencê

ao

grupo de

ciências

que

estão

regidas

por

princípios

cosmológlcos

Dentro

deste. quadro, ê1á

reside,

como

diz

Titus

Burckhardt,

"nos pontos

de

junção das

condiçôes

que

definem

o

mrndo

sensívet.

is;o;,

o

têmpo.

o

espáço

e o

núme-roÍ. (3)

sendo

âssim,

e1ã

êstá

prêcisamente

no

1i-Bite

entre

o

sensíve1

e

o

supra-sensíve1. Este

limi-tê,

na cosmologia de Mohyieddin

Ibn'Arabi (4),

está

reprêsêntado peLa

esfera

dê Sâturno, planetâ que, no

esquenâ das

"Artes Liberais"

ocidentais,

rêpresenta

obvianente

a

ciência

astÍo1osiâ (5).

Por

is"o

á que,

conrJtnê

o

impnso.on

junto

de

símboros

e

r.arís dá

.stroloBiã

d. sde um

;onto

de

vistâ

"descendenlo"

((nlo(rrr(lo

a

inrluôncia

das configurações

celestcs

nos

.vIrrros

(lo Nrn(lo

sLrb-lunar

ou sensíve1) ou

de

om Ponr()

rlr visrx

,isc.n-dente"

(enfocan,lo

o

sistema

plan|ririo I

z,rrlircal

como símbolo das

realidadês

s"pra-..u'í,, i,'), t' ''

-mos

não uma, porém duas

ciências -

co

l)lr!r'rrr:rr{'s,

é

verdade. porém

distintas e

in.onÍun,lív'

rs.

'lr'r'lr

.iônálmenLe

esses

dois

domínío' rhamam-', "rr"t r,,1"

gia natural" (ou,

podemos

admitir, "cieotític,")'

c

"astroloaia

espiritual"

(ou sapiencial).

(6)

a"a

parr.

clas confusões dos astró1ogos cont,'rrpo

râneos

aavrirn

de

oão

saberen

distinsuir

esses dois

(15)

pontos de

vista,

e

os métodos que

lhes

corresponden.

Eles enxertam indevidame[te, no campo

da

aEtrologia

natural,considerâções que pertencem âo da a§trologia

espiritual,

e

vice-versa.

Não que esses

dois

planos

não comporten ou mesmo exijam correlações, mas estas

só sào vál idâs quando

feitas

entre

elêmentos

clârâ-menLe

disrintos,

caso

contrário

nào

traLa de

cor-relação,

rnas de confusão pura

e

simples.

(6b)

somenEe pára

dar

un exemplo,

á astrologiá

espi-rituat

é

um

corpo

de símbolos

(ou,

para

djzer

com

náis

propriedáde,

o conjunto

da

ás(rologia

narural

consLirui

um corpo de sínbolos que, encarado eú modo

"ascend€nte",

vem

a

ser

a

astroLogia

esPiritual).

Como

ta1,

é

urn

instrumento

da

mística

(7), a

qua1,

por

sua

vez,

dema[da

a

inserção

do

postulante no

quadro de um exoterismo

tradicional

e

ortodoxo (8);

fora

deste qusdro,

o

estudo da

astrologia

tem um-vã_

1or merarnente acadêmico,

ou,

na melhor

das

hiPóte-ses.,

um

valor

potencial,

que

".

efetivará

pela

referida inserçãà.

Esta

permite,

pela

prática

dos

ritos --

e

sobretudo dos

ritos

de

purificação

--

que

o homem "escâpe"

de

certas inftuências

astrais,

ao

menos parciâlmente, na medida em que

a

particiPação

na Craca amenjza

os

contornos

do

destino,

lâ que

a

cÍaça

3

Ijberdade.

No mínimo,

é

sempre possível

--pela

"transposição" do

natural

ao

espiritual,

viabi-I izada

pelo

rito --

elevar

qualitativanentê

o

signi-ficado

ds

vida

individual,

aindâ que sem escapar dos

"latos",

materialmente

considerados

(9)

Como,

por

estudo do simbolisno

astro-Ir-rnico

--

desilt' qui' conctuzido segundo

critérios

es-tr

itos

dtr doutrio.'r

tr.rdicioual e

sem corPrometimento

írlguN

cotr' os

faurasias

ocultistas

--

pode ajudar

bâstênte na compr"enaão

do§ ritos, e, portanto,

na

suá

meLhor

e

mais

1ímpida coosecução,

está claro

que.

dentro

de

uma trâdiçáo

esPirituaL

áurenLicá.

Lal

estudo,

nais a

práti.a

regular

dos I

itos (e,

e-vLdentenenEe,

o

cumprimento

ds

lei)

Pode

efetivamen-te

concorrer pars melhorâÍ

o

nível

do

des(ino'

com a

graça de

Deus,

mesmo no

caso

das Pessoâs nascidás

sob

ás conÍisuraçôes astroLógicas mais duras

e

hos-tis.

o

rito é

unificação

ascênsional

,

é

transpo-sição do

natural

ao

esPiritual,

e teoricanente

oada

irnpede que,

por

vezes, esta

transposição abarque a

totalídâdê

de um

destino

âstrologicamente deternina-É

óbvio,

porám,

que

ta1

rêsultado

não

poderia

advir

alo

simPles

estudo

da

astrologia, nâtural

ou

esDirirual. e

nem rnuito meno6 da decoÍrente

"consci-"niir"cào

do seu

arquétipo indjv;duaI",

como dizem

hoie cãrtos

astrólogos, e

nào

o

pode por

duas

boas

'a.ôes.

e

primeira

é

que

a

consciência

individual

enquânto

ta1 --

considerada

indePendentemente da

paiticipalào

na

(radi\ào

e

dos

ritos

que a elevariam ao

nível

da universalidáde

--

e

dependente

das

mes-nas condições que deteminam

e

limitam

a

individuali-dâde cono um

todo, condi!àes

enrre

as quais

se

in-clui a

configuraçào

asirar,

ou

melhor.

que estào

sjmbolicamente resumidas na configuração

astral(

T0) '

A

segunda

ra,ão

é

q"e urn

conhecimento

teórico

qualquer (para

não falar

das

simples

Seneralidades

ocas de que se

constitui

a

naior

Parte dâs

interPre-cações ast rológicas

)

nào tem

o

êfeito --

e

aljas

nem

.ei.o

o

propósito

--

,le fazet ParticiPár

do mundo da

craça,

que

é

o meio de atenlrar ou melhorar

o

desti-no.

(ll)

No

entanto,

quantos

astrólogos

hoje

em

dia

não

orometem

essas

nelhorâs

ou

atenuações mediante a

simptes

Ieicura

da

car(á natal

(quando

náo

mediánte

"rratamenros" neramente psíquicos

e

sêm nenhuma

efi-cácia

ritual,

quando

não

propriamente

perversos

e

aberrantes,

que

em

muitos

casos

eles

mesmos

apli-cam)?

À

astrologia natural

é

uma

ciência teórica

(meio

dedutiva,

meio de.observação),

cujo

papel

se

esgota

na consrâtaçào

e

Prova dás

correlações'

bPm como nâs

.venLuáis

pievisões e

aiagnósticos que

delss

se

Pos-sam deduzir dentro de um quadro deterninado, ao

pas-"o

ou"

u

".t'otogia

espirirual

é

uma

ciáncia

práti-ca, ní

mêdida em que ÉsEá vj ncutadá ào Pro'êsst' 'lt

reatização

espiritual

de

cadâ

qua1. Por

outro

lâ(lo

ela

admiie, por

essa mesma

razão,

uma vêriodâdr (!('

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