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GUIA DE ESTIMULAÇÃO PARA

BEBÊS COM SÍNDROME DE DOWN

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Rio de Janeiro 2013 1ª edição

Observatório de Favelas do Rio de Janeiro

Movimento de Ação e Inovação Social - MAIS

Cadernos Movimento Down

GUIA DE ESTIMULAÇÃO PARA

BEBÊS COM SÍNDROME DE DOWN

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REALIZAÇÃO

Movimento Down | Observatório de Favelas do Rio de Janeiro Movimento de Ação e Inovação Social - MAIS

COORDENAÇÃO EDITORIAL E REVISÃO

Andrea Stelet

Maria Antônia Goulart

COLABORAÇÃO

Ana Claudia Correa Ana Paula Abreu Bianca Soares Ramos

Debora Feldman Pedrosa Mascarenhas Luciene Muniz

Simone Evangelista

CONSULTORES TÉCNICOS

Maria Angela de Oliveira Champion Barreto Maria Terezinha Baldessar Golineleo

Suzane de Mello Eidintas Teresinha F. Almeida Prado

FOTOS

Acervo Movimento Down

Edmilson Lima | Programa Agência - Escola Imagens do Povo Isaías Emilio da Silva

Márcia Farias | Programa Agência - Escola Imagens do Povo

ILUSTRAÇÃO

Flavio F. Soares

PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E CAPA

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APRESENTAÇÃO

A coleção GUIA DE ESTIMULAÇÃO PARA CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

foi desenvolvida pelo Movimento Down em parceria com especialistas para que mães e pais possam ajudar no desenvolvimento de seus fi lhos com exercícios simples e atividades do dia a dia.

Para que a criança possa atingir uma determinada fase do desenvolvimento, ela precisa ser estimulada. A estimulação procura oferecer condições para que ela possa desenvolver suas capacidades desde o nascimento. Isto se aplica a todas as crianças, com ou sem síndrome de Down.

Cada criança tem seu próprio ritmo, que você aos poucos vai perceber e apren-der a respeitar. Use sua sensibilidade para escolher o melhor momento do dia para realizar os exercícios, ou seja, quando seu bebê estiver calmo, sem sono, seco e alimentado.

Uma boa estimulação realizada nos primeiros anos de vida pode ser determinan-te para o desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down em diversos as-pectos, como desenvolvimento motor e comunicação. A realização de atividades agradáveis para você e seu bebê também ajuda a fortalecer a relação de vocês. Assim, você estará dando carinho e atenção para seu fi lho, além de observar suas difi culdades e habilidades. A cada dia, você perceberá que ele tem um futuro promissor pela frente.

Parabéns pelo bebê!

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ASPECTOS MÉDICOS CARACTERÍSTICOS

Cada criança desenvolve habilidades no seu próprio ritmo e apresenta seus pon-tos fortes e necessidades individuais. As crianças com síndrome de Down apre-sentam características particulares de constituição física, assim como aspectos médicos e cognitivos, que envolvem raciocínio, capacidade de atenção e memó-ria. Algumas características merecem atenção:

Hipotonia

Uma dessas características é a hipotonia – uma tensão menor do que o normal nos músculos, que se apresenta em diferentes graus e tende a diminuir com a idade. O tônus muscular baixo afeta todos os músculos do corpo. Isso atrasa o desenvolvimento da criança, que enfrenta desafi os maiores para aprender a se mover, para erguer a cabeça, apoiar-se nos braços, erguer as mãos e os pés para o ar, sentar e em todo o desenvolvimento motor amplo e fi no.

GUIA DE ESTIMULAÇÃO PARA

BEBÊS COM SÍNDROME DE DOWN

As crianças com síndrome de Down possuem um grande potencial a ser desen-volvido. Elas precisam, contudo, de mais tempo e estímulo da família, de espe-cialistas e de professores para adquirir e aprimorar suas habilidades.

Aspectos físicos e médicos infl uenciam no desenvolvimento da capacidade mo-tora e de comunicação dessas crianças. De forma geral, as pessoas com sín-drome de Down apresentam tendência à hipotonia, que leva a músculos mais macios e reduz a força muscular, além de terem uma fl exibilidade exagerada nas articulações. Nascem, também, com fragilidades relacionadas com o coração, os ouvidos, o sistema digestivo e o sistema respiratório.

As atividades e exercícios propostos nestes fascículos darão suporte para que você possa ajudar o bebê na superação desses obstáculos desde os primeiros meses de vida.

Estratégias para exercitar as habilidades incluem brinquedos, tempo de dedica-ção, forma de evolução dos movimentos, alternância entre estímulos e ativida-des entre esquerda e direita.

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Ligamento e frouxidão das articulações

As crianças com síndrome de Down também apresentam “frouxidão ligamen-tar”, o que aumenta a amplitude do movimento nas articulações. Isso é muito evidente nas mãos das crianças. O polegar, em particular, pode ter tanto movi-mento extra que é muito difícil para elas segurar e manipular objetos pequenos. Também é maior o risco de subluxação ou luxação das articulações, por isso de-ve-se ter cuidado para não puxar excessivamente os membros dessas crianças.

Membros mais curtos

Os braços e as pernas das crianças com síndrome de Down parecem mais curtos em relação ao tronco. Isso é perceptível quando ela está aprendendo a se sentar, a se apoiar nas mãos e a colocar-se na posição de joelhos. Mais tarde percebe-se também o menor comprimento do braço e da perna, ao comprar um triciclo, bicicleta ou roupas. As crianças precisam se esticar mais para realizar tarefas como colocar e amarrar sapatos.

Mãos pequenas

As mãos das crianças com síndrome de Down também podem ter algumas ca-racterísticas físicas particulares. Em geral, as mãos são menores do que a média, e os dedos, mais curtos, o que pode tornar mais difícil pegar ou segurar objetos maiores. Também pode ser mais difícil o uso de teclado de computador ou tocar guitarra ou piano, atividades que requerem abertura maior dos dedos.

Problemas no coração

Aproximadamente 50% dos bebês com síndrome de Down nascem com cardio-patias e isto impede o início de várias atividades nos primeiros meses. Caso seu fi lho ainda não possa iniciar o programa de estimulação, fi que tranquilo para dar a ele todo o conforto e ajuda-lo a superar o quanto antes seus problemas de saúde.

Caso seu fi lho já tenha sido liberado para iniciar as atividades de estimulação, mãos à obra!

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DICAS PARA AJUDAR SEU BEBÊ A SE DESENVOLVER MELHOR

1. Faça os exercícios diariamente: crianças com síndrome de Down precisam aprender as habilidades necessárias para as futuras atividades da prática diária. 2. Tenha expectativas realistas: escolha atividades que motivem realmente seu bebê. Você vai perceber se o exercício é desafi ador demais para ele, por sua res-posta. Se ele não consegue, mesmo com sua ajuda, não insista, para não gerar frustração mútua.

3. Construa sobre o sucesso: desenvolva a partir de atividades nas quais ele já teve sucesso e vá adicionando um pouco mais de difi culdade a cada uma delas. O êxito melhora o aprendizado.

4. Divida a atividade em passo a passo: a aprendizagem é dividida em estágios. Recompense o bebê por cada pequeno passo que ele seja capaz de dar.

5. Faça coisas divertidas: sua voz e linguagem corporal podem motivar o bebê, use a criatividade e lembre-se de “trocar de lugar com ele” na brincadeira ou atividade, para reforçar a interação e o interesse.

6. Cuide do ambiente: aprender novas habilidades requer atenção e foco, em ambiente livre de interrupções, ruídos e em condições favoráveis. É preciso sa-ber a melhor hora do dia, se o bebê está alimentado, hidratado e sequinho. 7. Experimente! Se algo não funcionar, você sempre poderá tentar algo mais! Todos nós precisamos de tempo e prática para aprender coisas novas. Deixe o seu bebê saber disso.

Conte com ajuda profi ssional

Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos são profi ssionais que contribuem quando um desafi o físico ou mental interfere na capacidade de se comunicar e realizar as tarefas do dia-a-dia. No caso das crianças, isso inclui tomar banho, se vestir, comer, brincar e atividades escolares. Esses profi ssionais podem fornecer informações importantes sobre o desenvolvimento neurológico e sensorial-motor, além de avaliar o ambiente físico em relação às habilidades da criança. Crianças com síndrome de Down podem receber serviços de especia-listas por meio de programas de desenvolvimento infantil em clínicas, hospitais, creches e escolas. Procure a ajuda deles.

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3-6

meses

Seu bebê agora está mais alerta, percebe o que acontece à sua volta e quer se mover para participar. Ele está acordado mais tempo e motivado a interagir com pessoas e brinquedos e consegue iniciar as interações. Ganhou força nos membros e é capaz de usar o corpo de forma mais ativa. Ele está aprendendo como se mover e repete os movimentos.

As habilidades motoras a serem focadas nesse segundo estágio de desenvolvimento são:

• Tentar alcançar e brincar de tocar os pés deitado de costas.

• Se apoiar nos ombros e mãos e tentar alcançar algo deitado de bruços. • Sentar com apoio.

• Puxar para sentar. • Rolar.

Lembretes

• Seu bebê será capaz de usar todas as posições se você der a ele o suporte que ele precisa.

• Descubra que posições ele prefere e quais são difíceis para ele.

• Troque de brinquedos com frequência para manter seu interesse e atenção. • Ele estará alerta e ativo por 30 a 40 minutos.

• O travesseiro enrolado ou o rolinho usado embaixo do peito do bebê irá inicialmente ajudá-lo a aprender o que deve ser feito, mas deve ser descontinuado assim que ele for capaz de se apoiar por um breve período. Do contrário, ele pode passar a depender do rolinho, em vez de desenvolver seus braços.

(10)

Deitar de barriga para baixo

para levantar a cabeça

(11)

3-6

meses

POSIÇÃO:

• Deite o bebê com a barriga para baixo.

• Coloque um rolo ou um travesseiro dobrado abaixo do peito dele.

• Ponha os braços do bebê para frente, na direção da cabeça.

• As pernas do bebê precisam fi car esticadas e juntas, não deixe que

fi quem abertas.

• Sente-se atrás do bebê.

ATIVIDADES:

1. Coloque um brinquedo na direção dos olhos do bebê, mas não

levante demais o brinquedo. Você também pode pedir que alguém

brinque à frente do bebê, para chamar a atenção.

2. Apoie sua mão com cuidado na parte de baixo das costas do bebê,

para que não levante o bumbum ao tentar levantar a cabeça.

3. Deixe que fi que com a cabeça levantada, olhando a brincadeira, o

quanto ele conseguir.

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EVOLUÇÃO 01:

Alcançar o brinquedo à frente

POSIÇÃO:

• Mantenha o bebê na mesma posição, com a barriga para baixo,

sobre um rolinho.

• Apoie o brinquedo na sua frente, desta vez em cima de um

travesseiro.

• Encoste uma das mãos do bebê à frente no chão e dê suporte na

lateral do corpo e nesse braço do bebê que fi cará apoiado no chão.

ATIVIDADES:

1. Com sua outra mão, ajude a levar o outro braço do bebê até o

brinquedo.

2. Continue, até o dia em que o bebê consiga sozinho alcançar o

brinquedo à sua frente.

POSIÇÃO:

• Comece na mesma posição, de barriga para baixo, mas sem o rolo.

• Coloque o brinquedo ao lado do bebê.

ATIVIDADES:

1. Apoie as costas do bebê com uma de suas mãos e vire o corpo

dele, para que possa olhar o brinquedo ao lado.

2. Com a outra mão, ajude o bebê a levar o braço até o brinquedo.

3. Troque de lado e comece de novo.

4. Continue ajudando-o, até o dia em que ele consiga sozinho

alcançar o brinquedo ao lado.

EVOLUÇÃO 02:

(13)

3-6

meses

POSIÇÃO:

• Quando o bebê já tiver uma boa sustentação da cabeça, mantenha

a mesma posição de bruços, mas sem o rolo.

• Importante que as pernas do bebê sejam mantidas unidas, segure

com as mãos ou use a calça costurada.

ATIVIDADE:

1. Coloque o brinquedo à frente e incentive o bebê a pegá-lo.

EVOLUÇÃO 03:

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Deitar de barriga para baixo,

sobre as pernas de um

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3-6

meses

POSIÇÃO:

• Sente-se no chão ou na cama, com as costas apoiadas e as

pernas esticadas para frente.

• Coloque o bebê de barriga para baixo, deitado no seu colo.

• Estenda os braços do bebê para frente e as pernas para trás,

deixando o corpo todo alinhado de forma reta.

• As mãos da criança devem fi car livres, para poder encostar nos

brinquedos.

ATIVIDADES:

1. Balance as pernas do bebê para frente e para trás, para estimulá-lo

a levantar a cabeça.

2. Segure no fi nal das costas dele, para que não caia do seu colo.

3. Leve um brinquedo à frente, ao alcance das mãos da criança, para

que tente segurar.

4. Para chamar atenção do bebê e fazer com que ele olhe para

frente, você pode colocar um livro colorido no chão, falar sobre os

desenhos e ler as histórias.

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Deitar de barriga para baixo

apoiado no adulto

1

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3-6

meses

POSIÇÃO:

• Sente-se com as pernas abertas

• Coloque o bebê de barriga para baixo sobre uma das pernas

• Estenda os braços do bebê para frente e deixe as pernas para trás,

que podem fi car dobradas com os joelhos encostando no chão.

ATIVIDADES:

1. Coloque o brinquedo na frente, sobre um apoio, de modo que fi que

na altura dos olhos do bebê. Este apoio pode ser uma mesinha ou

um colchão, por exemplo.

2. Segure o bebê pelas costas, e estimule que o bebê levante a

cabeça e o peito para ver o brinquedo à frente.

3. Pode ainda mexer as mãos do bebê dentro de uma caixa cheia de

brinquedos.

4. Outra possibilidade é usar um carrinho de brinquedo para

empurrar e puxar.

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Deitar de barriga para baixo

e se sustentar com as mãos

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3-6

meses

ATIVIDADES:

1. Coloque as palmas do bebê contra o chão ou o apoio, e

suavemente ajude o bebê a esticar os braços.

2. Solte seus braços e veja se ele consegue manter seus cotovelos

retos por alguns segundos.

3. Quando o bebê conseguir manter os cotovelos longe do chão,

mesmo que estejam levemente dobrados, ele está começando a

aprender a empurrar para cima.

4. Enquanto ele não conseguir sustentar sozinho, use as pontas de

seus dedos para apoiar os cotovelos do bebê, até que ele tenha

força para colocar os cotovelos retos de novo.

ATENÇÃO:

Incentive-o a se apoiar sobre as mãos o quanto conseguir, tendo

como objetivo fi car 10 segundos com os cotovelos esticados.

• Coloque o bebê de barriga para baixo sobre um rolo ou

travesseiro dobrado.

• Estenda os seus braços para frente e as pernas para trás,

deixando o corpo todo alinhado de forma reta.

• As mãos do bebê devem encostar no chão, assim ele terá apoio

para empurrar o corpo para cima.

• Se o bebê for pequeno, coloque um apoio em baixo de suas

mãos, como uma almofada fi rme, um catálogo telefônico ou um

livro grande.

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Rolar e voltar à posição,

começando de costas e

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3-6

meses

ATIVIDADES:

1. Espere o bebê rolar o corpo até fi car de bruços.

2. Repita para o outro lado.

• Coloque o bebê com as costas no chão ou na cama.

• Role o bebê até que ele fi que de lado.

• Coloque o braço por baixo dele com o cotovelo acima do ombro e

segure-o nessa posição.

• Segure também o bumbum e as pernas do bebê no meio do

cami-nho entre deitado de lado e de bruços.

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EVOLUÇÃO 01:

Rolar e voltar à posição, começando de bruços e terminando

de costas

POSIÇÃO:

• Coloque o bebê deitado de bruços, apoiado em seus cotovelos,

com estes na altura de seus ombros.

• Coloque um brinquedo ao lado e acima do ombro do bebê.

• Incentive-o a virar a cabeça e olhar para o brinquedo.

• Quando ele fi zer isso, ele vai rolar.

• Repita do outro lado.

ATENÇÃO:

Cuidado para que o bebê não caia da cama!

ORIENTAÇÕES:

• Por ser macia, é melhor usar primeiro a cama para rolar, depois,

o chão.

• O segredo é escolher um brinquedo que ele realmente queira e

colocá-lo na posição certa.

• O brinquedo deve fi car na lateral, levantado um pouco mais alto,

na altura da cabeça ou do ombro, para que ele o veja e role em

sua direção.

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www.movimentodown.org.br

www.facebook.com.br/movimentodown

PATROCÍNIO

REALIZAÇÃO INSTITUCIONALPARCERIA

PATROCÍNIO INSTITUCIONAL

Referências

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