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2 REVISÃO DE LITERATURA

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Academic year: 2021

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1 INTRODUÇÃO

Vive-se numa sociedade que consome, ou utiliza muito recursos, a chamada “sociedade de consumo,” existente nos países capitalistas. Nesta, o estilo de vida exige o consumo de vários produtos como: televisores, livros, móveis, carros, refrigerantes e cosméticos. É necessário adotar ações sócio-educativas com formas aplicáveis aos indivíduos para saber controlar a produção dos resíduos escolares com propósitos de despertar hábitos atitudes e procedimentos. Assim como outras disciplinas a disciplina de ciências é um dos principais eixos para estimular os processos de preservação do meio ambiente. Adotar a problemática da produção e destinação do lixo tendo como base a educação é um desafio, cuja solução passa pela compreensão do individuo como parte atuante no meio em que vive.

Segundo Felix (2007), ao abordar a questão do lixo, devem-se incluir três aspectos básicos: a discussão sobre suas raízes, as consequências em termos de impactos ambientais e as alternativas quanto ao tratamento de resíduos e à disposição do lixo.

Uma experiência realizada numa escola de nível médio do interior Rio Grande do Sul, com o foco direcionado para o meio ambiente, que agrega a escola com a comunidade, coordenadores por meio dos resultados do experimento realizado a partir 1999 que permitiu resultado da redução do volume de lixo na cidade, bem como a promoção do desenvolvimento crítico da comunidade em relação às questões ambientais (MELO; SAUTTER; JANISSEK, 2009).

Para Travassos (2006), a educação Ambiental precisa ser desenvolvida como uma prática, para a qual, todas as pessoas que lidam em uma escola precisam estar preparadas, Conscientizar os indivíduos sobre hábitos e comportamentos que venham impedir que o meio ambiente sofra ação causada pelo próprio homem, tornem-se inadequado para a vida saudável.

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De acordo com os PCN a educação deve ser trabalhada de forma contínua e permanente e a todo nível de modalidade de ensino, tanto as séres iniciais quantas as séres finais com objetivo de contribuir para prática pedagógica (FELIX, 2007).

Devido ao impacto que o lixo causa no meio ambiente esse projeto foi idealizado com o intuito de minimizar tal problemática, espera-se que o mesmo seja fundamental para o desenvolvimento de prática a fim de conscientizar as pessoas dos danos provocados no meio ambiente quando não há uma destinação adequada dos resíduos sólidos.

Abordar a improvável da produção e destinação do lixo tendo como base a educação é um desafio, cuja solução passa pela compreensão do indivíduo como parte atuante no meio em que vive (LEMOS; LIMA, 1999).

O lixo é um indicador da qualidade de vida da sociedade. Quanto mais uma sociedade produz desperdícios sob a forma de resíduos sólidos, líquidos e gases tóxicos, pior será sua qualidade de vida, uma vez que o homem depende do solo da água e do ar para sobreviver (REIS, 2001).

Os impactos causados pelos seres humanos ao meio ambiente têm sido cada vez mais difíceis de serem resolvidos, tanto no sentido quantitativo, como no qualitativo.

Dentro desse contexto, é papel da escola despertar nos alunos a consciência crítica, desenvolver práticas que sejam ambientalmente corretas e questionar sobre as práticas educativas adotadas pelos professores de Ciências para que essas propostas sejam trabalhadas de maneira que a geração atual satisfaça as suas necessidades, não comprometendo as próximas gerações, mas abranja um grau de satisfação de desenvolvimento social e econômico, fazendo uso adequado dos recursos que a natureza oferece.

É papel de a escola garantir aos alunos situações que contribuam para a formação de indivíduos conscientes das suas responsabilidades com o ambiente onde vivem,

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colocando em prática a sua capacidade de desempenhar ações relacionadas ao meio ambiente.

Diante desta problemática percebeu-se a necessidade de investigar a geração de resíduos sólidos urbanos é diretamente proporcional ao consumo. Quanto mais se consome e quanto mais recursos são utilizados, mais resíduos são produzidos. O consumo deve ser considerado um dos grandes causadores da degradação ambiental quando não controlada, ou seja, realizada alem dos limites da necessidade. Segundo Jesus; Correia; Silva (2011), os resíduos sólidos têm causado danos irreparáveis ao meio ambiente em função da alta produção de resíduos sólidos, Portanto é necessário despertar nos alunos a consciência crítica, através de práticas com objetivo de mudanças de hábitos que sejam favoráveis a temática, para conservar e preservar o planeta.

Desta forma, o objetivo geral deste trabalho foi fazer uma descrição do perfil dos alunos do sexto ano do Colégio Municipal Edivaldo Machado Boaventura sobre o conhecimento dos temas resíduos sólidos, coleta seletiva e reciclagem. Objetivou-se ainda despertar a consciência dos indivíduos e estimular o hábito da coleta seletiva dos resíduos escolares, reconhecendo a importância para o meio ambiente e que esta também pode ser uma fonte de sustentabilidade; promover ação contra o desperdício, o uso racional dos recursos naturais estimulando a mudança de hábitos, sem perder a qualidade de vida; proporcionar ao educando, embasamento para conscientizar sobre conceitos relacionados à importância da educação ambiental.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Lixo é uma massa heterogênea de resíduos sólidos, resultante das atividades humanas, o qual pode ser reciclado e parcialmente utilizado, gerando, entre outros benefícios, proteção à saúde pública e economia de energia e de recursos naturais (PEREIRA NETO, 1999).

Cada sociedade possui um padrão de consumo relacionado a seus hábitos e costumes, que geram mais ou menos resíduos. No cotidiano entra-se em contato com os compostos presentes em vários materiais que não são nocivos. Entretanto, ao serem acumulados restos desses materiais em lixões, sem o devido cuidado, o potencial de seu efeito nocivo ao ambiente aumenta. Assim, materiais praticamente inofensivos podem tornar-se extremamente perigosos ao ambiente de imediato ou no futuro, seja por sua toxidade, seja por sua persistência (PESSOA; HAMMES, 2012).

De acordo com a NBR 10004 (ABNT, 2004), os resíduos sólidos são e semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos também, os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água.

O lixo sempre acompanhou a história do homem. Na Idade Média acumulava-se pelas ruas e imediações das cidades, provocando sérias epidemias e causando a morte de milhões de pessoas (BRANCO, 1983).

Em média, o lixo doméstico no Brasil, segundo Jardim; Wells (1995) era composto por: 65% de matéria orgânica; 25% de papel; 4% de metal; 3% de vidro e 3% de plástico. Apesar de atender a legislação específica de cada município, o lixo comercial até 50kg ou litros e o domiciliar são de responsabilidade das prefeituras,

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enquanto os demais são de responsabilidade do próprio gerador, sendo inevitável a geração de lixo nas cidades devido à cultura do consumo.

O Brasil era constituído por 5.507 municípios e na última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada no ano de 2000 pelo IBGE, foi registrado que somente 33% (1.814) dos 5.475 municípios daquele ano coletavam a totalidade dos resíduos domiciliares gerados nas residências urbanas de seus territórios. Os dados dessa pesquisa revelaram que diariamente o Brasil gerava 228.413 toneladas diárias de resíduos sólidos. Isso implica numa produção de 1,2 kg/habitante. (IBGE, 2006).

A geração de resíduos apresenta um papel importante dentro da preocupação ambiental, que passou a ganhar maiores destaques na década de 1970, a partir das transformações no debate “meio ambiente - desenvolvimento” que passaram então a apontar a finitude no interior do modo de produção capitalista e seus impactos globais (JACOBI, 1997).

A natureza possui uma determinada capacidade de absorver os impactos negativos que ocorrem no planeta, essa capacidade tem se mostrado insuficiente para assimilar todos esses impactos negativos provocados pelo desperdício advindo das atividades humanas, considerando o crescente aumento de volume de sua produção (CHADWICK; NILSON, 1992).

A situação ambiental mundial, demonstrado claramente por estudos científicos, indica que os ecossistemas continuam sendo impactados por padrões insustentáveis de produção e de urbanização. Muitos países aumentaram sua vulnerabilidade a uma série mais intensa e frequente de fenômenos que tornam mais frágeis os seus sistemas ecológicos e sociais (JACOBI, 2005).

A relação dos danos ambientais pós-consumo muitas vezes é desconhecida ou ignorada, nesse sentido é importante salientar a importância do aumento da geração de resíduos. O lixo atual é diferente em quantidade e qualidade, em volume e composição (GRIPPI, 2006).

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Aquilo que sobrou de uma atividade qualquer e é descartado sem que seus valores (sociais, econômicos e ambientais) potenciais sejam preservados, incluído não somente resíduos inservíveis, mas também, incorretamente do ponto de vista ambiental, resíduos reutilizáveis e recicláveis (LOGAREZZI, 2006).

As premissas teóricas em torno do diálogo de saberes entre educação e meio ambiente, nas suas múltiplas dimensões e como campos teóricos em construção têm sido apropriadas de formas diferentes pelos educadores ambientais, que buscam uma nova transversalidade de saberes de pensar, pesquisar e elaborar conhecimento, que possibilite integrar teoria e prática (JACOBI, 2005).

Freire (1997), ainda nos diz que, o senso comum é extremamente importante e que sempre deve ser considerado no trabalho que se pretende desenvolver. Uma vez que é dele que partem as tradições e costumes locais. Assim para uma educação crítica sólida, deve-se trabalhar cuidadosamente respeitando o senso comum e a partir dele, gerar dúvidas e questionamento aos educados, de maneira sutil e articulada possibilitando, deste modo, a apresentação de novas visões em diferentes planos da realidade.

A educação ambiental crítica propicia novas atitudes e comportamentos face ao consumo na nossa sociedade e estimula a mudança de valores individuais e coletivos (JACOBI, 1997), educando para a cidadania e atingindo todas as classes sociais em diferentes seguimentos para a cidadania, pode atingir todas as classes sociais em diferentes segmentos (GRIPPI, 2006).

Situando o ambiente conceitual e político onde a educação ambiental pode buscar sua fundamentação enquanto projeto educativo que pretende transformar a sociedade (CARVALHO, 2004).

Para Morin (2002), a transdisciplinaridade estaria mais próxima do exercício do pensamento complexo, pelo fato de ter como pressuposto a transmigração e diálogo de conceitos através de diversas disciplinas. A preocupação em consolidar uma

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dinâmica de ensino e pesquisa a partir de uma perspectiva interdisciplinar enfatiza a importância dos processos sociais que determinam as formas de apropriação da natureza e suas transformações, por meio da participação social na gestão dos recursos ambientais, levando em conta a dimensão evolutiva no sentido mais amplo e incluindo as conexões entre as diversidades biológica e cultural, assim como as práticas dos diversos atores sociais e o impacto da sua relação com o meio ambiente.

Assim, nota-se que a relação entre meio ambiente e educação assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais cada vez mais complexos e riscos ambientais que se intensificam (CARVALHO, 2004).

Os hábitos alimentares adquiridos na infância tendem a se solidificar na vida adulta e, por isso é importante estimular a formação de hábitos saudáveis o mais precocemente possível. Muitas crianças rejeitam alimentos necessários à sua nutrição, recusando-se a degustá-los, mas isso pode ser mudado por interferência dos professores que podem ser decisivos nas escolhas alimentares das crianças (LOPES; BRASIL, 2004).

As ações humanas o meio ambiente, vem sofrendo danos irreparáveis tornando-se necessário que intervenções sejam feitas, iniciando pelo processo de conscientização, e a partir daí sejam tomadas atitudes que possam evitar os problemas de desrespeito ao meio ambiente, e consequentemente um possível desequilíbrio entre o homem e a natureza. Sendo assim, faz-se necessário criar possibilidades para desenvolver ações que permitam a formação de valores, e mudanças de atitudes dos indivíduos em relação à natureza para que a as futuras gerações não venha sofrer danos maiores. (EVARISTO, 2010).

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3 METODOLOGIA

3.1 LOCALIZAÇÃO E PÚBLICO ALVO

Este trabalho foi realizado com duas turmas de 30 alunos cada, do 6º ano do ensino fundamental do Colégio Edivaldo Machado Boaventura (CMEMB), localizado no município de Cabaceiras do Paraguaçu, no Estado da Bahia.

3.2 DURAÇÃO

A pesquisa foi realizada durante os meses de setembro a novembro de 2012, sendo que os dados foram coletados semanalmente.

3.3 FERRAMENTAS

Durante a realização deste trabalho foi aplicado um questionários qualiquantitativo sobre resíduos sólidos e como eles são manejados. Após esse levantamento, realizaram-se medidas educativas na forma de palestras, mostras de vídeos e produção de cartazes.

3.4 PARÂMETROS AVALIADOS

Descreveu-se o nível de informação do grupo avaliado, investigando o grau de conhecimento dos seguintes parâmetros:

• Quais eram os tipos de resíduos sólidos que a escola produzia? • Se a escola trabalhava projetos sobre essa temática?

• Como funcionava a coleta de lixo?

• De que forma esses resíduos sólidos eram tratados desde o consumo até o descarte?

• Os alunos consideravam a escola um local onde se produz muito lixo?

• Funcionava o serviço de coleta seletiva e o entendimento sobre sustentabilidade?

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a análise dos dados pode-se fazer um levantamento dos resultados obtidos. Tais informações estão descritas a seguir.

Em cada turno, 30 alunos responderam ao questionário. A turma do matutino tinha 16 alunos do sexo feminino e 14 do masculino enquanto a do vespertino tinha 15 do sexo feminino e 15 do sexo masculino, sendo ambas com idades variando de 13 a15 anos. O que tornava a amostra homogênea.

Após analisar o gráfico1, nota-se que houve uma divergência entre as respostas dos alunos entrevistados no turno da manhã e no da tarde, porém observa-se que a resposta mais frequente (57%) é que o lixo é algo que polui o meio ambiente e caso não seja reciclado, o prejudicará. Enquanto apenas 10% conceitua o lixo como aquilo que usamos e não serve mais. Segundo Teixeira; Bidone (1999), o lixo é definido de acordo com a conveniência e preferência de cada um, este conceito corrobora com os resultados dos autores, ou seja, a definição de lixo varia conforme a opinião de cada um.

Gráfico 1 - Descrição do entendimento do conceito de “lixo” pelos alunos dos turnos matutino e vespertino do CMEMB, Cabaceiras do Paraguaçu – BA, 2012.

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Analisando o Gráfico 2, pode-se afirmar que há uma diferença nas respostas apresentadas por todos os alunos entrevistados, considerando os materiais recicláveis, como os maiores resíduos produzidos na escola. Para os alunos, o lixo escolar é só papel, móveis, lápis e outros lixos secos, eles se esquecem dos lixos orgânicos produzidos na cozinha como: resto de alimentos, casca de frutas e verduras.

Como argumenta Jardim; Wells (1995), o lixo doméstico no Brasil é composto por: 65% de matéria orgânica; 25% de papel; 4% de metal; 3% de vidro e 3% de plástico. Apesar de atender a legislação específica de cada município, o lixo comercial até 50k g ou litros e o domiciliar são de responsabilidade das prefeituras, enquanto os demais são de responsabilidade do próprio gerador. É inevitável a geração de lixo nas cidades devido à cultura do consumo.

Gráfico 2 – Distribuição dos tipos de resíduos sólidos produzidos ou utilizados na escola na opinião dos alunos dos turnos matutino e vespertino do CMEMB, Cabaceiras do Paraguaçu – BA, 2012.

Em relação ao questionamento sobre o destino do lixo pode-se verificar que há uma predominância na resposta “Aterro Sanitário em Muritiba”, mostrando que há conhecimento dos alunos da manhã e da tarde sobre o destino do lixo produzido no Colégio (Gráfico 3).

A segunda resposta mais frequente observada pelos alunos do matutino foi que o lixo “é reciclado”, apesar de não haver essa prática na escola. Isso mostra uma falta de conhecimento e pode indicar a intenção do gerenciamento correto do lixo,

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baseado na coleta seletiva e reaproveitamento, o que se torna mais fácil o controle dos resíduos, além de exercer um efeito benéfico no meio ambiente. Porém, por razões culturais, o ser humano ainda resiste em fazer da reciclagem uma prática habitual.

Com isso, nota-se que para cada indivíduo aprendizagem é processada de maneira diferente, no qual o aprender se dá por meio dos novos conceitos que vão sendo construídos no seu cotidiano.

Gráfico 3 – Porcentagem das respostas dadas pelos alunos dos turnos matutino e vespertino sobre o destino do lixo do CMEMB, Cabaceiras do Paraguaçu – BA, 2012.

Conforme se verifica no gráfico 04, 69% e 46% (na turma 1 e na 2, respectivamente) afirmaram que a escola realiza projetos porém não fica claro, quais são os motivos que levaram a 28% dos alunos afirmarem que a sede não realiza, Já que a maioria afirmou o contrário. Será que os alunos entenderam a pergunta? Ou falta integração desses alunos com a participação desses projetos realizados na escola?

Diante do ato contraditório percebe-se que é necessário trabalhar mais ações com essa temática, melhorando o acesso à informação a esses educando sobre o que é coleta seletiva, sem esquecer-se da participação da escola nesse processo. Os educandos precisam saber dos benefícios que a coleta seletiva pode trazer para as pessoas e para o meio ambiente.

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Segundo Melo; Sautter; Janissek (2009), Uma experiência realizada numa escola de nível médio do interior Rio Grande do Sul, com o foco direcionado a um projeto voltado para o meio ambiente, qual grega escola com a comunidade, coordenando professores O projeto visou à redução do volume de lixo na cidade, bem como a promoção do desenvolvimento crítico da comunidade em relação às questões ambientais.

Gráfico 4 – Porcentagem das respostas dadas pelos alunos dos turnos matutino e vespertino se o CMEMB apresenta algum tipo de projeto de coleta seletiva, Cabaceiras do Paraguaçu – BA, 2012.

Nota-se que as 32% dos alunos do turno matutino e 39% do vespertino afirmaram que a escola não realiza coleta seletiva, enquanto 22% e 18%, respectivamente afirmaram que a escola realiza (Gráfico 5). Esses resultados não refletem a realidade, pois a escola não realiza a coleta seletiva. Dessa forma é possível inferir algumas questões: O aluno sabe realmente o significado da coleta seletiva? Os projetos sobre reciclagem da escola estão sendo eficientes na promoção de um aprendizado significativo.

Diante do ato contraditório percebe-se que é necessário trabalhar mais ações com essa temática com mais cuidado e atenção para informar de fato para esses educando sobre o que é coleta seletiva, sem esquecer-se da participação da escola nesse processo. Os educandos precisam saber dos benefícios que a coleta seletiva

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pode trazer para as pessoas e para o meio ambiente. Segundo Reis (2001), o lixo é um indicador da qualidade de vida da sociedade. Quanto mais uma sociedade produz desperdícios, sob a forma de resíduos sólidos, líquidos, gases e tóxicos, pior será sua qualidade de vida, uma vez que o solo, a água e o ar dos quais depende para sobreviver estarão contaminados.

O autor destaca que educar é preciso, mas é necessário respeitar o senso comum de cada região ou costumes locais, é por isso que dentro da sala existem meninos que joga lixo no canto da sala, embaixo da cadeira, outro coloca na mochila em casa coloca na lixeira e ainda tem aquele que joga na lixeira. É essa resalva que o autor transmite em relação do cuidado na hora de educar.

Gráfico 5 – Porcentagem das respostas dadas pelos alunos dos turnos matutino e vespertino de como funciona a coleta de lixo no CMEMB, Cabaceiras do Paraguaçu – BA, 2012.

Percebeu-se que tanto os alunos do matutino como do vespertino comungaram da mesma resposta. Ou seja, ambas as turmas decidiram como resposta a mesma pergunta. Dessa forma é possível inferir algumas questões: Será que os entendeu a questão? Ou não tem conhecimento em relação à definição de coleta seletiva? Os projetos sobre reciclagem da escola estão sendo eficientes na promoção de um aprendizado significativo.

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Para Morin (2002), a preocupação em consolidar uma dinâmica de ensino e pesquisa a partir de uma perspectiva interdisciplinar enfatiza a importância dos processos sociais que determinam as formas de apropriação da natureza e suas transformações, por meio da participação social na gestão dos recursos ambientais, levando em conta a dimensão evolutiva no sentido mais amplo e incluindo as conexões entre as diversidades biológicas e cultural do individuo. Porém, por razões culturais, o ser humano ainda resiste em fazer da reciclagem uma prática habitual para controlar a produção dos resíduos sólidos que são lançados no meio ambiente.

Gráfico 6 – Porcentagem das respostas dadas pelos alunos dos turnos matutino e vespertino se há realização da coleta seletiva no CMEMB, Cabaceiras do Paraguaçu – BA, 2012.

No Gráfico 6 notou-se que 30% dos alunos entrevistado tanto do matutino como no vespertino optaram pela mesma resposta afirmando que na escola realiza coleta seletiva enquanto 70% totalmente afirmaram que na escola não há coleta seletiva, esses dados obtidos tornou homogêneas as resposta.

Para Evaristo (2010), as ações humanas o meio ambiente, vem sofrendo danos irreparáveis tornando-se necessário que intervenções sejam feitas, iniciando pelo processo de conscientização, e a partir daí sejam tomadas atitudes que possam evitar os problemas de desrespeito ao meio ambiente, e consequentemente um possível desequilíbrio entre o homem e a natureza. Sendo assim, faz-se necessário criar possibilidades para desenvolver ações que permitam a formação de valores, e

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mudanças de atitudes dos indivíduos em relação à natureza para que a as futuras gerações não venha sofrer danos maiores.

Como pode ser observado no Gráfico 7; 51% os alunos consideraram a escola como um local que produzia muito lixo pelo fato de vender lanche. Enquanto 6% dos alunos não acreditaram que a escola um local que produzia muito lixo, ainda 37% confirmaram que é o homem quem produz muito lixo e 6% não responderam. Portanto o resultado foi igual, para as duas turmas, corroborando com Teixeira; Bedone (1999), o lixo é definido de acordo com a conveniência e preferência, pois, cada indivíduo tem seu ponto de vista.

Gráfico 7 – Porcentagem das respostas dadas pelos alunos dos turnos matutino e vespertino sobre a produção do lixo no CMEMB, Cabaceiras do Paraguaçu – BA, 2012.

Em virtude da política, o ano letivo finalizou prematuramente e por conta deste ocorrido muitas mudanças ocorreram como, por exemplo, a direção da escola, alteração nas turmas, transferências e outros, o trabalho de certa forma ficou prejudicado, foi pensado um segundo questionário para aplicar após as intervenções para verificar se ouve mudança em relação à construção do conhecimento sobre as temáticas abordada do público investigando. Sendo assim os alunos foram avaliados subjetivamente através das produções, conforme as figuras a seguir:

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Figura 1 – Turma assistindo Mostra de vídeo: “Atitudes Positivas - O processo da coleta seletiva”, produzido pela Empresa Porto Seguro 2011.

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Figura 3 – Construção de cartazes dos alunos do matutino conscientizando as pessoas a preservar o meio ambiente.

Figuras 4 – Socialização da equipe do matutino citando boas maneiras de preservar o meio ambiente.

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Figura 5 – Construção de cartazes dos alunos do vespertino conscientizando os indivíduos sobre suas atitudes e praticas para preservar o meio ambiente.

Figura 6 – Apresentação turno do vespertino orientando como preservar o meio ambiente.

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Figura 7 – Apresentação de outro grupo do turno do vespertino com frases orientando como preservar o meio ambiente.

Figura 8 – Concepção dos alunos sobre a implantação da coleta seletiva no município e na escola.

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5 CONCLUSÃO

Após a descrição do perfil dos 30 alunos investigados do turno matutino e do vespertino, do 6º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Edivaldo Machado Boaventura, percebeu-se que o conhecimento deles sobre os temas resíduos sólidos, coleta seletiva e reciclagem variaram muito.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a definição do perfil dos alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Edivaldo Machado Boaventura sobre o conhecimento dos temas resíduos sólidos, coleta seletiva e reciclagem, pode-se observar a notória necessidade de se trabalhar a classificação do lixo orgânico produzido na casa como casca de verdura, frutas e resto de alimento, além de ações para a promoção para evitar o desperdício, por meio do uso racional dos recursos que a natureza nos oferece no nosso cotidiano.

Dessa forma a Educação Ambiental como tema transversal, dever garantir a todos uma educação que reflita sobre as suas práticas e atitudes a respeito dos recursos naturais quando usados de forma incorreta. Vale ressaltar que é necessário trabalhar sempre projetos voltados com essa temática não de forma isolada mais de forma que integre todos os alunos e profissionais da educação usando metodologias como: construção de cartazes textos, vídeos com atitudes positivas e palestras para conscientizar os indivíduos sobre valores e atitudes que visem à conscientização em busca do respeito pelo outro e pelo meio ambiente levem a uma convivência harmoniosa tanto para a geração presente como a geração futura.

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REFERÊNCIAS

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BRANCO, S. M. Poluição: A morte de nossos rios. São Paulo: ASCETESB, 1983, 166p.

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CHADWICK, M. J.; NILSON, J. Educação, meio ambiente e ação política. Projeto Roda Viva. Rio de Janeiro: Associação Roda Viva, 1992, 158p.

EVARISTO, J. A. Um estudo sobre a educação ambiental proposta no pcn. Londrina, 2010. Acessado em 01/06/2012.

FELIX, R. A. Z. Coleta seletiva em ambiente escolar. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 18, jan.-jun. 2007.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança. São Paulo: Paz e Terra, 1997, 245p.

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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo 2006. Indicadores de desenvolvimento sustentável: disposição de resíduos sólidos urbanos. Disponível em: <http://www.Ibge.gov.br>. Acesso em: 10 Nov.

JACOBI, P. R. Educação Ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo. Universidade de São Paulo. Educação e Pesquisa, v. 31, n. 2, p. 233-250, maio/ago, 2005.

_____________. Meio ambiente urbano e sustentabilidade: alguns elementos para a reflexão. In: CAVALCANTI, C. Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez, p. 233-250, 1997

JARDIM, N. S.; WELLS, C. Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. São Paulo: Instituto de Pesquisa Tecnológicas: CEMPRE, 1995, 278p.

LEMOS, J. C.; LIMA, S. C. Segregação de resíduos de serviços de saúde para reduzir os riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Bioscience Journal. vol. 15, n. 2, p. 64-72. 1999.

LOGAREZZI, A. Educação ambiental em resíduo: o foco da abordagem. In: CINQUETTI, H.C.S.; LOGAREZZI, A. Consumo e resíduo: fundamentos para o trabalho educativo. São Carlos: Edufscar, 2006. 216p.

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MELO, L. A.; SAUTTER, K. D; JANISSEK, P. R. Estudo de cenários para o

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TEIXEIRA, E. N.; BIDONE, F. R. A. Conceitos básicos. Metodologias e técnicas de minimização, reciclagem e reutilização de resíduos sólidos urbanos. Rio de Janeiro: PROSAB, 1999. 65p.

TRAVASSOS, E. G. A prática da educação ambiental nas escolas. Porto Alegre: Mediação, 2006, 80p.

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APÊNDICE

Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Curso de Licenciatura em Ciências Naturais

Professora orientadora: Ana Karina da Silva Cavalcante Cursista: Delza de Santana Passos

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

Este questionário faz parte de uma pesquisa de projeto que tem como tema: A Disciplina de Ciências do Ensino Fundamental II como Ferramenta na Redução de Resíduos Escolares. No qual tem como objetivo investigar metodologias/ estratégias que permita a disciplina de ciências como instrumento de utilidade no dia-a-dia, se valendo de proposta de formação cidadã, capaz de conscientize os indivíduos sobre os impactos que ambiente sofre quando os resíduos escolares são destinados de forma incorreta. É necessário que busquem a interação professor/aluno e toda comunidade escolar por meio de um questionamento, argumentação e busca pelo conhecimento dos alunos.

QUESTIONÁRIO DADOS DA ESCOLA:

Local de Aplicação Colégio Municipal Edivaldo Machado Boaventura Nome da Escolar: Colégio Municipal Edivaldo Machado Boaventura

Endereço: Rua O Livro e a América, Centro, Cabaceiras do Paraguaçu-BA

1. Dados do aluno:

a) Sexo: ( ) Feminino ( )Masculino b) Idade:_____

c) Número de turma:______ e) Serie: ( ) 6ª ano

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2. O que você entende por lixo?

___________________________________________________________________

3. Quais os tipos de resíduos produzidos na escola?

___________________________________________________________________

4. Qual o destino do lixo?

___________________________________________________________________

5. A escola apresenta algum tipo de projeto?

___________________________________________________________________

6. Como funciona a coleta de lixo na sua escola?

___________________________________________________________________

7. Na escola há a realização da coleta seletiva? ( ) sim

( ) não

8. Considera a escola um local onde se produz muito lixo? Por quê? ( ) sim

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GLOSSÁRIO

ATERRO SANITÁRIO: Técnica de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, por meio de confinamento. Em camadas cobertas com material inerte, segundo normas específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os impactos ambientais.

ATERRO: acúmulo de terras removidas para nivelar ou altear um terreno.

ATITUDE: é a forma de agir/o procedimento ou ainda a maneira de significar um propósito.

COLETA: Ação ou resultado de coletar, colher; colheita.

COLETA SELETIVA: é a ação de separar o lixo para que seja enviado para reciclagem.

COMUNIDADE: é um conjunto de pessoas que se organizam sob o mesmo conjunto de normas, geralmente vivem no mesmo local, sob o mesmo governo ou compartilham do mesmo legado cultural e histórico.

CONSUMO: ato ou efeito de consumir, gasto.

DESTINAÇÃO FINAL: processo decisório no manejo de resíduos que inclui as etapas de tratamento e disposição final.

ENTULHO: conjunto de materiais inúteis, restos de construções demolidas etc. HÁBITO: comportamento que determinada pessoa aprende e repete frequentemente, sem pensar como deve executá-lo.

MANEJO: controlar com as mãos.

MATÉRIA-PRIMA: é um subproduto ou insumo que se usa para fazer produtos. MEIO AMBIENTE: é o conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

PRODUÇÃO: ação ou efeito de produzir, ou seja, volume da produção.

RECICLAGEM: processo de transformação dos resíduos que utiliza técnicas de beneficiamento para o reprocessamento, ou obtenção de matéria prima para fabricação de novos produtos.

RESÍDUOS PRODUZIDOS PELO HOMEM: Qualquer substância ou objeto de que o ser humano pretende desfazer-se por não lhe reconhecer utilidade, mas existem resíduos animais.

Referências

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