• Nenhum resultado encontrado

setembro/outubro 2004 nº 149

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "setembro/outubro 2004 nº 149"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)
(2)

]

[

*Contadora, Mestranda e Pesquisadora da FUCAPE - Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças. e-mail de contato: flavia@fucape.br

Flávia Zóboli Dalmácio*

Indicadores para análise da

Demonstração do Valor

Adicionado

PALAVRAS-CHAVE: Demonstração do Valor Adicionado,

DVA, informação, usuários, indicadores, análise,

interpretação.

Devido a transformações econômicas e sociais, a

contabilidade vem evoluindo. Evolui para poder atender

não só as necessidades econômico-financeiras dos seus

usuários, mas também aquelas de caráter social e

ambiental. Da necessidade de informações

econômico-sociais surgiu a Demonstração do Valor Adicionado –

DVA, que objetiva demonstrar a capacidade de uma

entidade produzir riqueza e a forma de sua distribuição

aos empregados, financiadores de recursos, governos e

acionistas. No Brasil, esta demonstração não é obrigatória

e sua estrutura, ainda, não está regulamentada.

Entretanto, qualquer que seja sua forma, apresentará

limitações e restrições informacionais. Estas limitações e

restrições são naturais nos modelos de demonstrações

contábeis. O presente trabalho busca sugerir indicadores

que possam facilitar a análise e interpretação das

informações contidas na DVA, uma vez que os índices

utilizados pela análise tradicional das demonstrações

contábeis não contemplam esta demonstração.

(3)

> Introdução. > Introdução. > Introdução.

> Introdução. > Introdução. Diante de uma nova realidade eco-nômica no Brasil, da globalização dos mercados e da evo-lução dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, co-meçou a se pensar na reformulação da Lei nº 6.404/76. Esta reformulação buscava, entre outros objetivos, a qua-lidade das informações contábeis e a redução das dificul-dades de interpretação dessas informações.

Uma das alterações propostas era a introdução de uma nova demonstração – a Demonstração do Valor Adiciona-do (DVA) – como parte integrante das Demonstrações Contábeis. Esta alteração, no entanto, não foi contempla-da pela Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001, que altera e acrescenta dispositivos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações.

No Brasil, portanto, atualmente, ainda não há a obrigatoriedade de publicação da DVA e nem existem normas e procedimentos contábeis que regulamentem a sua forma de elaboração e apresentação.

Entretanto, qualquer que seja a estrutura da DVA, apre-sentará limitações, pois sempre se buscará evidenciar nela, informações de finalidades genéricas e que atendam às exigências do maior número possível de usuários. De ma-neira geral, existe uma restrição natural informacional dos modelos de demonstrações contábeis.

Partindo deste pressuposto, o principal objetivo desse trabalho é o de sugerir indicadores que possam auxiliar na evidenciação das informações contidas na DVA, sua inter-pretação e análise.

O artigo de Laureano (2000, p. 38-43) serviu de base para o desenvolvimento deste trabalho. As idéias ali pro-postas foram aqui aprimoradas e complementadas, pois se verificou uma escassez de indicadores relacionados à DVA, uma vez que os indicadores utilizados, atualmente, na análise tradicional das demonstrações contábeis não abrangem essa demonstração.

Ao sugerir indicadores, este trabalho busca permitir aos usuários da DVA uma análise mais específica e direcionada aos seus interesses e objetivos.

Os indicadores aqui sugeridos foram criados a partir de dados extraídos do modelo de DVA elaborado pela Funda-ção Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financei-ras (Fipecafi) e do Balanço Patrimonial estruturado de acor-do com as normas vigentes. A partir daí criou-se uma relação entre contas desses demonstrativos, visando

evi-denciar aspectos importantes da Demonstração do Valor Adicionado e que pudessem responder à indagação quanto à utilidade desse demonstrativo para os vários usuários da contabilidade, pois dado o berço da DVA, ou seja, os mo-vimentos sociais, os usuários são tentados a percebê-la como um instrumento de comunicação meramente social.

Este artigo evidencia, portanto, que se pode extrair da DVA, isoladamente ou em conjunto com o Balanço Patrimonial, tanto informações sociais quanto econômi-cas, o que comprova a utilidade da mesma para todo conjunto de usuários das informações contábeis.

> Evolução da contabilidade. > Evolução da contabilidade. > Evolução da contabilidade. > Evolução da contabilidade.

> Evolução da contabilidade. A ciência contábil

vem evoluindo, principalmente, no sentido de gerar infor-mações qualitativas que atendam, de forma eficaz, às ne-cessidades de todos os seus usuários.

Entretanto, segundo Iudícibus, uma percepção geral é que: a função fundamental da Contabilidade (...) tem per-manecido inalterada desde os seus primórdios. Sua finalidade é prover os usuários dos demonstrativos financeiros com informações que os ajudarão a to-mar decisões. Sem dúvida, tem havido mudan-tem havido mudan-tem havido mudan-tem havido mudan-tem havido mudan-ças substanciais nos tipos de usuários e nas ças substanciais nos tipos de usuários e nas ças substanciais nos tipos de usuários e nas ças substanciais nos tipos de usuários e nas ças substanciais nos tipos de usuários e nas formas de informação que têm procurado formas de informação que têm procurado formas de informação que têm procurado formas de informação que têm procurado formas de informação que têm procurado [grifo nosso] (2000, p. 20).

Hendriksen & Breda (1999, p. 38) afirmam que “a con-tabilidade desenvolveu-se em resposta a mudanças no ambiente, novas descobertas e progressos tecnológicos”. De acordo com Iudícibus (2000, p. 44), “[...], verifica-se que normalmente o grau de avanço da contabilidade está diretamente associado ao grau de progresso econô-mico, social e institucional de cada sociedade”.

O surgimento da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) faz parte desta evolução, sendo essa demonstração oriunda do sistema de informações contábeis. Diante da evolução econômica e social dos últimos tempos e das pressões sociais surgidas, principalmente, na Europa e nos Estados Unidos, tornou-se necessário que as empresas evidenciassem para seus empregados, sindicatos e comu-nidade em geral, a sua capacidade de gerar e distribuir riqueza.

> Demonstração do V > Demonstração do V > Demonstração do V > Demonstração do V

> Demonstração do Valor Adicionado. alor Adicionado. alor Adicionado. alor Adicionado. alor Adicionado. Va-lor adicionado representa a riqueza criada por uma entida-de num entida-determinado período entida-de tempo. E a riqueza total

(4)

de um país pode ser obtida pela soma dos valores agrega-dos pelos seus agentes econômicos.

A DVA é uma demonstração que surgiu na Europa e é bastante utilizada em países como Inglaterra, Portugal, França, Alemanha e Itália. Por conter informações de cará-ter econômico e social, tem sido cada vez mais demanda-da em nível internacional, inclusive por recomendemanda-dações da Organização das Nações Unidas (ONU).

Esta demonstração fornece uma visão bem abrangente sobre a real capacidade de uma entidade produzir riqueza (no sentido de agregar ou adicionar valor em seu patrimônio) e sobre a forma de como distribui essa rique-za entre os diversos fatores de produção (trabalho, capital próprio ou de terceiros, governo).

A DVA deve seguir os Princípios Fundamentais de Con-tabilidade e pode ser elaborada a partir dos registros efetuados pela contabilidade e a partir das demonstrações tradicionais, em especial, a Demonstração do Resultado do Exercício, mas possui características próprias que não são encontradas nas outras demonstrações contábeis.

As informações contidas na DVA são importantes para a entidade e para a sociedade, pois a Demonstração do Resultado do Exercício evidencia apenas qual a parcela da riqueza criada que efetivamente permanece na empresa na forma de lucro e as outras demonstrações não são capazes de indicar quanto de valor a entidade está adicio-nando e nem de que forma os valores adicionados foram distribuídos.

A DVA pode ser utilizada como fonte de informação pelos empregados, financiadores de recursos, administra-dores, governo, sócios ou acionistas, sociedade, sindica-listas, fornecedores e clientes.

Pode também ser utilizada para diferenciação de carga tributária em setores econômicos diferentes, negociações salariais, análise de projetos de instalação de empresas internacionais, concessão de incentivos fiscais pelos

mu-nicípios ou estados, análise de crescimento econômico, abertura de linhas de crédito, como auxílio na mensuração do Produto Interno Bruto (PIB), como instrumento de apoio à decisão e controle, dentre outras atividades de interesse público.

Diante do exposto, verifica-se que a DVA possui vários tipos de usuários com interesses e objetivos específicos. O ideal seria que fossem gerados relatórios direcionados a cada tipo de usuário, entretanto, segundo Iudícibus (2000, p. 22), “nem sempre é possível ou desejável obter toda a informação relevante para cada tipo de usuário, em virtu-de virtu-de problemas virtu-de mensuração da Contabilidavirtu-de e das próprias restrições do usuário, bem como por problemas de custo”.

Hendriksen & Breda, ainda complementam, citando o FASB (Financial Accounting Standards Board) e o AICPA (American Institute of Certified Public Accountants):

O FASB e o AICPA reconhecem a importância dos argumentos em favor de relatórios de finalidades es-pecíficas, mas argumentam, em contrapartida, que os usuários possuem o bastante em comum para que um conjunto de demonstrações de finalidades gené-ricas seja suficiente (1999, p. 94).

Além disso, a restrição informacional nos modelos de demonstrações contábeis existe porque não se conhecem, suficientemente, os detalhes do modelo decisório de cada usuário e enquanto isso não for conseguido a contabilida-de não pocontabilida-derá atencontabilida-der igualmente a todos os seus usuári-os (Iudícibus, 2000).

O modelo de DVA, utilizado para o desenvolvimento deste trabalho, foi elaborado pela Fipecafi – FEA –USP e demonstrado por Marques e Loss (2000).

Para preenchimento dessa demonstração, as informa-ções deverão ser extraídas da contabilidade e ter como base o princípio contábil do regime de competência dos exercícios.

(5)

DESCRIÇÃO R$ Mil 1 – RECEITAS

1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços

1.2) Provisão p/ devedores duvidosos – Reversão / (Constituição) 1.3) Não operacionais

2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e IPI) 2.1) Matérias-primas consumidas

2.2) Custo das mercadorias e serviços vendidos 2.3) Materiais, energia, serviço de terceiros e outros 2.4) Perda / Recuperação de valores ativos

3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 4 – RETENÇÕES

4.1) Depreciação, amortização e exaustão

5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

6.1) Resultado de equivalência patrimonial 6.2) Receitas financeiras

7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO*

8.1) Pessoal e encargos

8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.3) Juros e aluguéis

8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos 8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício

*O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. Fonte: MARQUES & LOSS, 2000.

(6)

Este modelo apresenta a formação do valor adiciona-do e a sua forma de distribuição. E é a partir dele que serão sugeridos alguns indicadores para análise e inter-pretação da DVA.

> Análise por meio de índices. > Análise por meio de índices. > Análise por meio de índices. > Análise por meio de índices.

> Análise por meio de índices. A

caracterís-tica fundamental da escolha de indicadores, para análise da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), é poder fornecer uma visão mais ampla dessa demonstração. Os índices também permitem uma inter-relação entre várias contas das demonstrações contábeis, permitindo uma análise sob vários ângulos.

Matarazzo (1998, p. 153) afirma que “índice é a rela-ção entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”.

Silva (2001, p. 228) completa o significado, afirman-do que “os índices financeiros [...] têm por objetivotêm por objetivotêm por objetivotêm por objetivotêm por objetivo fornecer

fornecerfornecer

fornecerfornecer-nos informações que não são fáceis de-nos informações que não são fáceis de-nos informações que não são fáceis de-nos informações que não são fáceis de-nos informações que não são fáceis de serem visualizadas de forma direta nas demons-serem visualizadas de forma direta nas demons-serem visualizadas de forma direta nas demons-serem visualizadas de forma direta nas demons-serem visualizadas de forma direta nas demons-trações financeiras

trações financeirastrações financeiras

trações financeirastrações financeiras” [grifo nosso].

Por intermédio dos índices são estabelecidas relações entre duas grandezas que facilitam a interpretação de alguns dados. Segundo Marion (1998, p. 455), “a apre-ciação de certas relações ou percentuais é mais significa-tiva (relevante) que a observação de montantes, por si só”.

De um modo geral, o que se pretende, com os indica-dores apresentados neste trabalho, é evidenciar alguns aspectos relevantes da DVA e poder extrair dela um nú-mero cada vez maior de informações.

> Sugestão de indicadores para análise > Sugestão de indicadores para análise> Sugestão de indicadores para análise > Sugestão de indicadores para análise > Sugestão de indicadores para análise da DV

da DVda DV

da DVda DVAAAAA... A seguir, são apresentados alguns índices (enumerados de 1 a 8) elaborados para uma análise e interpretação específica da DVA (modelo FIPECAFI).

Os dados para a elaboração dos indicadores são extra-ídos da própria DVA e do Balanço Patrimonial.

Inicialmente foram selecionados alguns aspectos con-siderados relevantes na literatura sobre a DVA, e que relacionados a outros itens se transformaram em impor-tantes evidências de informações.

Para exemplificar a aplicação prática dos indicadores foram utilizados dados, extraídos da DVA e do Balanço

Patrimonial da empresa Petróleo Brasileiro S/A - Petrobrás, referentes aos exercícios de 2000 e 1999. Os dados utili-zados nos exemplos estão disponíveis em: <http:// www.cvm.gov.br>.

> Participações no valor adicionado total. > Participações no valor adicionado total. > Participações no valor adicionado total. > Participações no valor adicionado total. > Participações no valor adicionado total.

Os índices demonstrados a seguir (1.1 a 1.4), indicam, respectivamente, qual o percentual de participação de em-pregados, governos, terceiros e acionistas no valor adicio-nado total a distribuir.

Participação de empregados no valor adicionado = Participação de empregados no valor adicionado = Participação de empregados no valor adicionado = Participação de empregados no valor adicionado = Participação de empregados no valor adicionado = PEVA

PEVA PEVA PEVA PEVA

VADE = valor adicionado distribuído aos empregados VAT = valor adicionado total a distribuir

Exemplo 1.1 (dados da PETROBRÁS, referentes aos exer-cícios de 2000 e 1999, respectivamente):

Participação de governos no valor adicionado = Participação de governos no valor adicionado = Participação de governos no valor adicionado = Participação de governos no valor adicionado = Participação de governos no valor adicionado = PGVA

PGVA PGVA PGVA PGVA

VADG = valor adicionado distribuído aos governos VAT = valor adicionado total a distribuir

Exemplo 1.2 (dados da PETROBRÁS, referentes aos exer-cícios de 2000 e 1999, respectivamente):

(7)

Participação de terceiros no valor adicionado = Participação de terceiros no valor adicionado =Participação de terceiros no valor adicionado = Participação de terceiros no valor adicionado =Participação de terceiros no valor adicionado = PTVA

PTVAPTVA PTVAPTVA

VADT = valor adicionado distribuído a terceiros VAT = valor adicionado total a distribuir

Exemplo 1.3 (dados da PETROBRÁS, referentes aos exer-cícios de 2000 e 1999, respectivamente):

Participação de acionistas no valor adicionado = Participação de acionistas no valor adicionado =Participação de acionistas no valor adicionado = Participação de acionistas no valor adicionado =Participação de acionistas no valor adicionado = PPPPPAAAAAVVVVVAAAAA

VADA = valor adicionado distribuído aos acionistas VAT = valor adicionado total a distribuir

Exemplo 1.4 (dados da PETROBRÁS, referentes aos exer-cícios de 2000 e 1999, respectivamente):

Por meio desses indicadores (1.1 a 1.4), potenciais usu-ários da DVA, como empregados, governos, terceiros (ins-tituições financeiras e fornecedores) e acionistas podem verificar o percentual de suas participações no total do valor adicionado a distribuir pelas empresas.

Analisando os exemplos (1.1 a 1.4), observa-se que quem mais se beneficiou com a distribuição do valor adicionado da Petrobrás foi o governo (53,97% em 2000 e 49,99% em 1999). A participação de terceiros (despesas financei-ras, juros, aluguéis e afretamentos) diminuiu, considera-velmente, de um ano para outro. Acionistas e emprega-dos foram os que menos participaram na distribuição do valor adicionado dessa empresa.

O cálculo desses indicadores permite às empresas anali-sar os percentuais de distribuição da sua riqueza, no

en-tanto, os acréscimos ou decréscimos desses indicadores, ao longo dos exercícios, interessarão a cada usuário em particular.

> Grau de retenção do valor adicionado = > Grau de retenção do valor adicionado = > Grau de retenção do valor adicionado = > Grau de retenção do valor adicionado = > Grau de retenção do valor adicionado = GRV

GRV GRV GRV

GRVAAAA. . . A Este índice indica qual o percentual de retenção do valor adicionado sob a forma de lucros retidos. Poderá, também, indicar qual o percentual de riqueza gerada será agregado ao capital próprio.

LR = lucros retidos

VAT = valor adicionado total a distribuir

Exemplo 2 (dados da PETROBRÁS, referentes aos exercí-cios de 2000 e 1999, respectivamente):

Percebe-se, por meio desse índice, que, em 2000, a Petrobrás aumentou a retenção do valor acionado sob a forma de lucros retidos, ou seja, agregou mais riqueza ao seu capital próprio.

> Grau de capacidade de produzir riqueza = > Grau de capacidade de produzir riqueza = > Grau de capacidade de produzir riqueza = > Grau de capacidade de produzir riqueza = > Grau de capacidade de produzir riqueza = GCPR.

GCPR. GCPR. GCPR.

GCPR. Este índice indica a real capacidade da entidade

em produzir riqueza.

VALPE = valor adicionado líquido produzido pela entidade VAT = valor adicionado total a distribuir

Exemplo 3 (dados da Petrobrás, referentes aos exercíci-os de 2000 e 1999, respectivamente):

(8)

Os índices indicam que a empresa, por si só, possui uma grande capacidade de produzir riqueza. Observa-se que essa capacidade aumentou no ano de 2000.

> Grau de riqueza recebida em transfe-> Grau de riqueza recebida em transfe-> Grau de riqueza recebida em > Grau de riqueza recebida em > Grau de riqueza recebida em transfe-rência = GRRT

rência = GRRTrência = GRRT

rência = GRRTrência = GRRT. . . Este índice indica qual o percentual de riqueza recebida em transferência pela entidade.

VART = valor adicionado recebido em transferência VAT = valor adicionado total a distribuir

Exemplo 4 (dados da Petrobrás, referentes aos exercíci-os de 2000 e 1999, respectivamente):

Do total do valor adicionado a distribuir pela empresa, em 2000, 6,47% foram valores recebidos em transferên-cia (provenientes de participações em investimentos rele-vantes e receitas financeiras) e adicionados à riqueza líqui-da produzilíqui-da pela mesma. Em 1999, observa-se que o percentual foi maior.

> Grau de contribuição na formação de > Grau de contribuição na formação de> Grau de contribuição na formação de > Grau de contribuição na formação de > Grau de contribuição na formação de riqueza de outras entidades = GCFROE. riqueza de outras entidades = GCFROE.riqueza de outras entidades = GCFROE. riqueza de outras entidades = GCFROE.riqueza de outras entidades = GCFROE. Este índice indica qual o percentual de contribuição de uma entidade na formação de riqueza de outras entidades, ou seja, indicará quanto da riqueza gerada pela entidade está sendo transferida para outras entidades.

IAT = insumos adquiridos de terceiros Rt = retenções

Rc = receitas

Exemplo 5 (dados da Petrobrás, referentes aos exercícios de 2000 e 1999, respectivamente):

A Petrobrás transferiu, nos anos analisados, em média, 43,52% de sua riqueza a outras entidades, contribuindo de alguma forma na formação de riqueza dessas entida-des. Os índices apresentados, a seguir, demonstram uma inter-relação da DVA com outros demonstrativos contábeis.

> Grau de participação dos empregados > Grau de participação dos empregados> Grau de participação dos empregados > Grau de participação dos empregados> Grau de participação dos empregados na riqueza gerada = GPERG.

na riqueza gerada = GPERG. na riqueza gerada = GPERG. na riqueza gerada = GPERG.

na riqueza gerada = GPERG. Este índice indica

qual a contribuição per capta dos empregados de uma entidade na riqueza por ela gerada.

VALPPE = valor adicionado líquido produzido pela entidade QE = quantidade de empregados de uma entidade Este exemplo não é possível demonstrar, pela falta de informação da quantidade total de empregados da PETROBRÁS, em 1999 e em 2000. Entretanto, quando esse tipo de informação estiver disponível, calculando-se o índice GPERG, é possível verificar a contribuição per capta dos empregados na geração da riqueza de uma en-tidade.

> Grau de contribuição dos ativos na > Grau de contribuição dos ativos na > Grau de contribuição dos ativos na > Grau de contribuição dos ativos na > Grau de contribuição dos ativos na ge-ração de riqueza = GCAGR.

ração de riqueza = GCAGR. ração de riqueza = GCAGR. ração de riqueza = GCAGR.

ração de riqueza = GCAGR. Este índice indica

qual o percentual de contribuição dos ativos na geração de riqueza de uma entidade.

VAT = valor adicionado total a distribuir AT = ativo total

Exemplo 7 (dados da Petrobrás, referentes aos exercícios de 2000 e 1999, respectivamente):

(9)

Percebe-se que as aplicações feitas, em 2000 e 1999, no ativo da empresa, contribuíram em 57,94% e 45,40%, respectivamente, na geração de riqueza da Petrobrás. O aumento do GCAGR, em 2000, demonstra que a empresa melhorou a forma de utilização de seus ativos na produ-ção de riqueza.

Este índice evidencia o quanto a empresa obteve de valor adicionado total em relação ao seu ativo. É uma medida do potencial que a empresa tem em gerar riqueza.

> Grau de contribuição do patrimônio lí-> Grau de contribuição do patrimônio lí-> Grau de contribuição do patrimônio lí-> Grau de contribuição do patrimônio lí-> Grau de contribuição do patrimônio lí-quido na geração de riqueza = GCPLGR. quido na geração de riqueza = GCPLGR. quido na geração de riqueza = GCPLGR. quido na geração de riqueza = GCPLGR.

quido na geração de riqueza = GCPLGR. Este

índice indica qual o potencial do capital próprio para gera-ção de riqueza de uma entidade.

VAT = valor adicionado total a distribuir PL = patrimônio líquido

Exemplo 8 (dados da Petrobrás, referentes aos exercícios de 2000 e 1999, respectivamente):

Para cada R$ 100,00 de capital próprio investido, a empre-sa conseguiu gerar R$ 146,38 de riqueza no ano de 1999. Em 2000, para cada R$ 100,00 de capital próprio investido, a empresa conseguiu gerar R$ 155,58 de riqueza.

Este índice, portanto, mostra o quanto a empresa obte-ve de valor adicionado total em relação ao capital próprio investido.

> Conclusões. > Conclusões. > Conclusões.

> Conclusões. > Conclusões. Sendo obrigatória ou não, a De-monstração do Valor Adicionado (DVA), deveria ser

ela-borada por todas as empresas, pois é, para os usuários da contabilidade, mais uma fonte de informações.

Para auxiliar estes usuários na análise e interpretação da DVA, foram sugeridos, neste trabalho, alguns indicadores. As relações criadas entre as contas da Demonstração do Valor Adicionado e do Balanço Patrimonial buscaram evi-denciar os aspectos mais importantes da DVA, facilitando sua análise e a interpretação das informações nela contidas. Para demonstrar a utilidade dos indicadores sugeridos, foram dados exemplos que utilizaram dados extraídos dos demonstrativos da empresa Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás e que permitiram evidenciar informações rele-vantes contidas na Demonstração do Valor Adicionado dessa empresa.

Verificou-se que, conhecendo esses indicadores, pode-se então, avaliá-los intrinpode-secamente, compará-los com ín-dices-padrão e/ou compará-los ao longo de vários anos, tudo dependerá da necessidade dos usuários.

Quando se estabelece uma relação entre contas ou gru-pos de contas, a interpretação e análise das informações de qualquer demonstração tendem a ficar mais fáceis.

Outras relações poderão ser estabelecidas e sugeridas para facilitar a evidenciação das informações contidas na Demonstração do Valor Adicionado.

(10)

Bibliografia BibliografiaBibliografia BibliografiaBibliografia

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Lei n. 10.303, de 31 de outubro de 2001Lei n. 10.303, de 31 de outubro de 2001Lei n. 10.303, de 31 de outubro de 2001Lei n. 10.303, de 31 de outubro de 2001Lei n. 10.303, de 31 de outubro de 2001. Disponível em: <http:// www.cvm.gov.br>. Acesso em 04 dez. 2001.

___. Anteprojeto de reformulação da Lei n. 6.404/76Anteprojeto de reformulação da Lei n. 6.404/76Anteprojeto de reformulação da Lei n. 6.404/76Anteprojeto de reformulação da Lei n. 6.404/76Anteprojeto de reformulação da Lei n. 6.404/76. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br>. Acesso em 04 dez. 2001.

HENDRIKSEN, Eldon S., BREDA, Michael F. Breda. TTTTTeoria da contabilidadeeoria da contabilidadeeoria da contabilidadeeoria da contabilidadeeoria da contabilidade. Tradução Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1999.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. TTTTTeoria da contabilidadeeoria da contabilidadeeoria da contabilidadeeoria da contabilidadeeoria da contabilidade. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

KROETZ, César Eduardo Stevens. A demonstração do valor adicionadoA demonstração do valor adicionadoA demonstração do valor adicionadoA demonstração do valor adicionado – DVA. Disponível em: <http://A demonstração do valor adicionado www.contabiltec.com.br/artigos_cesar5.htm>. Acesso em 03 jan. 2002.

LAUREANO, Wagner Deodato. Analisando a demonstração do valor adicionado. Revista Brasileira de Contabilida-Revista Brasileira de Contabilida-Revista Brasileira de Contabilida-Revista Brasileira de Contabilida-Revista Brasileira de Contabilida-de

dede

dede, Brasília, n. 122, p. 38-43, mar./abr. 2000.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balançosAnálise financeira de balançosAnálise financeira de balançosAnálise financeira de balançosAnálise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MARION, José Carlos. Contabilidade empresarialContabilidade empresarialContabilidade empresarialContabilidade empresarialContabilidade empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MARQUES, Idarlene Araújo de Oliveira, LOSS, Lenita. A demonstração do valor adicionado no Espírito SantoA demonstração do valor adicionado no Espírito SantoA demonstração do valor adicionado no Espírito SantoA demonstração do valor adicionado no Espírito SantoA demonstração do valor adicionado no Espírito Santo: um estudo comparativo. 2000. 86 f. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2000.

NEVES, Silvério das, VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações finan-Contabilidade avançada e análise das demonstrações finan-Contabilidade avançada e análise das demonstrações finan-Contabilidade avançada e análise das demonstrações finan-Contabilidade avançada e análise das demonstrações finan-ceiras

ceirasceiras

ceirasceiras. 9. ed. São Paulo: Frase, 1999.

SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresasAnálise financeira das empresasAnálise financeira das empresasAnálise financeira das empresasAnálise financeira das empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. > > > > > > > > > > > > > >

Referências

Documentos relacionados

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários

Por isso, a proteção de acesso pode ser empregada somente com bloqueio de partida/nova partida ativado ou haverá a necessidade de tomar medidas de segurança adicionais..

Adalberto de Souza Remião, 45.. todos os

Figura 37 - Representação gráfica da concentração de H 2 O 2 em função do tempo para o PROD PEROX 08 Ao analisar o gráfico acima é notória a diminuição da concentração

O roubo se refere a busca incessante em outras coisas (pequenos furtos), ao mesmo tempo é uma amostra para mãe ou geralmente principal responsável, um sinal de

Reconhecendo o sucesso do PNAE e a importância da alimentação saudável, alguns proprietários de escolas da rede privada, optaram por instalações de unidades

amostras com (0≤x≤1) possuem padrão de difração de raios-x similar (simetria cúbica e grupo espacial Fd 3 m ), confirmadas por refinamento Rietveld, indicando assim que a