B
O
L
E
T
I
M
Corinthians usa jogo para mostrar
costas da camisa a mercado
O F E R E C I M E N T O
S E G U N D A - F E I R A , 4 D E A B R I L D E 2 0 1 6
R$ 644 mil
foi a renda bruta de Palmeiras x
Corinthians; jogo no Pacaembu
fez receita de clássico despencar
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 4 7 4
POR ERICH BETING
Após um mês sem ostentar uma marca no espaço mais nobre da camisa, o Corinthians voltou a ter uma propaganda na parte de trás do uniforme no clássico em que perdeu para o Palmeiras, ontem. O time alvinegro entrou com a campanha institucional “Sangue Corinthiano” na camisa. Além de promover a campanha social de doação de sangue do clube, a diretoria de marketing corintiana usou o espaço para passar um re-cado a potenciais patrocinadores. Para quem se interessar, a parte das costas da camisa do Corin-thians está disponível para anún-cio. O valor desejado é de R$ 15 milhões por ano pelo espaço.
Na última sexta-feira, o Corin-thians praticamente encaminhou um acerto de patrocínio com a Caixa Econômica Federal, que no dia 24 de fevereiro havia deixa-do a camisa deixa-do clube. Por R$ 30 milhões ao ano, a Caixa terá o direito de explorar apenas a parte da frente do uniforme corintiano.
Assim, o time foi a campo
con-tra o Palmeiras para moscon-trar que o espaço das costas da camisa é uma propriedade nova, desvni-culada do patrocínio máster na parte frontal do uniforme.
O acerto com a Caixa e a cria-ção de uma nova propriedade na camisa fazem parte de uma reviravolta nas negociações feitas pelo clube neste último mês.
Em fevereiro, o Corinthians deu por encerradas as negociações de renovação com a Caixa, após a estatal se recusar a pagar mais do que R$ 30 milhões por ano pelo patrocínio máster do clube.
Ao mesmo tempo, o Corin-thians tinha engatilhado acerto de patrocínio que envolveria a camisa e também a propriedade de naming right do estádio, com uma marca que concorre com a Caixa no segmento financeiro.
Mas a Caixa voltou a negociar com o clube. Agora, ficará com a parte frontal do uniforme e dei-xará de ter exclusividade sobre ações que envolvam segmento financeiro do Corinthians. Isso deve permitir que o clube tenha o acordo de naming right e ainda busque mais um patrocinador.
2
POR DUDA LOPES
Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte
Os clubes brasileiros – a agora o
Movimento por um Futebol
Me-lhor – têm percebido a importância
da alimentação nos estádios. Cada
vez mais, o hot dog de quinta
cate-goria dá espaço a comidas melhores.
Mas ainda há um empecilho
laten-te ao redor das arenas: a ilegalidade.
Em São Paulo, o problema é
gri-tante nas duas novas arenas da
cida-de. Tanto na lateral da Radial Leste
quanto na antiga Rua Turiassu,
atu-al Patu-alestra Itália, as ilegais
barra-quinhas de funcionam. E, pior ainda,
com a maior tranquilidade.
Para o torcedor comum, é uma
concorrência quase desleal. Os
food--trucks informais são mais baratos e
ainda oferecem cerveja, artigo que,
por motivo desconhecido, ainda é
proibida dentro das arenas. Como é
cada vez mais um costume nacional,
os torcedores retardam a entrada no
estádio para poder beber nas ruas.
Em nenhum dos estádios, o
siste-ma de alimentação interno é
perfei-to. A reclamação mais comum está
no preço da oferta. Ainda assim, é
difícil exigir maior
desenvolvimen-to dessas áreas se a demanda é
pe-quena, mesmo com a alta média de
público das duas estruturas. Nesses
casos, a concorrência externa não
ajuda, apenas afasta interessados.
Por sinal, o mesmo vale aos
produ-tos falsificados, vendidos aos montes
nas portas das arenas. A existência
dos camelôs é quase uma
provoca-ção às modernas lojas oficiais.
Para os clubes, resta apenas a
pres-são às autoridades. Além, claro, da
noção de que aquele “clima de
anti-gamente” só é desejável no calor das
arquibancadas. Comercialmente, a
nostalgia deve ficar para trás.
Ilegalidade precisa ser
combatida nos estádios
CBV renova patrocínio com a Gol por
mais uma temporada, até 2017
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) reno-vou com a Gol contrato de patrocínio até 31 de janeiro de 2017. Pelo novo acordo, a empresa irá fornecer passagens aéreas a
serem utilizadas pela entidade em suas competições, como a Superliga, a Superliga B e o Circuito Brasileiro de vôlei de praia, além de deslocamentos das seleções brasileiras.
“Na Superliga, os clubes ficam com mais tranquilidade para trabalhar, pois não
pre-cisam se preocupar com despesas e logística de transporte aéreo”, disse em entrevista exclusiva Ricardo Trade, o Baka, diretor executivo da CBV. “Isso permite que eles foquem mais seus orça-mentos na montagem de elencos e treinamento. Nossas seleções também são beneficiadas por
esse novo acordo”, acrescentou o executivo. Além de se associar à marca Vôlei Brasil, a companhia aérea recebe propriedades da CBV,
como placas na quadra em tor-neios da entidade. Nas entre-vistas coletivas oficiais também estará exposta na mesa dos entrevistados uma miniatura de um avião da empresa. Já a Gol ativa de outras maneiras o pa-trocínio ao vôlei, como sorteio de ingressos em voos, além de dar destaque à modalidade a cada edição de sua revista de bordo.
A Gol, que é parceira da CBV desde 2013, se-gue as normas do Pacto pelo Esporte, conjunto de regras estabelecidas no ano passado por um grupo de empresas para patrocinar entidades esportivas. Além disso, a marca patrocina a CBF.
4
O São Paulo passa a ter mais uma marca no uniforme. De-pois de abandonar o projeto de fortalecimento da marca do clube ao reduzir o número de patroci-nadores no uniforme, o São Paulo fechou o terceiro contrato de patrocínio para esta temporada.
A rede de restaurantes Rock & Ribs firmou um contrato com o clube para ter o logotipo exposto no calção da vestimenta tricolor. O acordo foi fechado para divul-gar uma nova loja da companhia, que será aberta no Morumbi.
Em nota oficial, o diretor de ma-rketing do São Paulo, Vinícius Pi-notti, exaltou a parceria formada: “É uma alegria trazer uma marca nova para o mercado e para o clube. Isso demonstra a força do São Paulo. Seguimos trabalhando
para ampliar cada vez mais nossos acordos comer-ciais”, disse.
Além de fornecer um novo espaço em seu estádio, o São Paulo também acertou com a rede Rock & Ribs alguns benefícios para seus torcedores,
especi-ficamente o sócio-torcedor. Eles terão descontos no restaurante a ser aberto no Morumbi.
A estreia da nova marca acon-tecerá na próxima quarta-feira, na partida contra o Trujillanos, pela Copa Bridgestone Libertadores. O jogo acontecerá no Morumbi e é decisivo para o time paulista.
A Rock & Ribs será mais uma
marca no uniforme tricolor. Ape-sar de não contar com um aporte máster desde a saída da Semp Toshiba, em 2014, o clube man-tém hoje a Fiap e a Joli na barra da camisa. Mais recentemente, a direção tricolor também acertou o retorno da TIM na propriedade do número da camisa, mas o ne-gócio ainda não foi oficializado.
POR REDAÇÃO
Em nova fase, São Paulo fecha
patrocínio até para o calção
O brasileiro Marcelo Melo será embaixador do torneio Rendez-Vous à Roland-Garros, que leva atletas juvenis ao Grand Slam de Paris. Ex-núme-ro 1 do mundo em duplas, ele acompanhará a disputa e será o exemplo para os mais jovens.
A edição deste ano será a segunda da Rendez--Vous à Roland-Garros no Brasil. Os campeões masculino e feminino do torneio vão a Paris para disputar outro torneio, dessa vez com os ven-cedores das edições realizadas pelo mundo. E os campeões das finais podem então entrar na chave do torneio juvenil de Roland Garros.
O Rendez-Vous à Roland-Garros é uma ativação
da Longines, marca de relógios que patrocina Roland Garros. A empresa estará presente nas quadras do torneio a ser realizado no Brasil.
A disputa será travada no Cube de Campo de São Paulo, entre os dias 7 e 10 de abril. Ela será realizado em conjunto com a Federação Francesa de Tênis e a Confederação Brasileira de Tênis.
A escolha de Marcelo Melo se deve ao título alcançado pelo brasileiro em 2015, quando se tornou campeão de Roland Garros nas duplas. Desde Gustavo Kuerten que o país não tinha um vencedor no saibro francês. Com o título, Melo se tornou mais visado por eventos e patrocinadores.
A moda dos food trucks chegou ao Movimento por um Futebol Melhor, que congrega o pro-grama de sócio-torcedor de 69 clubes brasileiros. O MFM lançou o Fut Truck, com o intuito de levar os benefícios do programa dentro ou fora dos estádios ou em pontos de encontro dos fãs em pontos de concentração de torcedores em dias de jogos.
O primeiro teste do programa foi na quarta-feira, na sede do Flamengo, na Gávea, com o Fut Truck postado no local durante o clássico contra o Vasco, em Brasília. No ponto de venda são comercializadas cerveja Brahma e salgadinhos Elma Chips, marca da Pepsico, e parceiros do MFM.
“O Fut Truck vem para ser um novo ponto de acesso aos bene-fícios oferecidos aos sócios-tor-cedores do Movimento por um Futebol Melhor. Vamos levar os descontos em Brahma e outros produtos aos estádios”,
comen-tou Sandro Leite, gerente de marketing esportivo da Ambev, que comanda o movimento. No espa-ço também há duas TVs exibindo a partida pela Sky, outra das
empresas parceiras do MFM. A próxima aparição do Fut Tru-ck será na final da Primeira Liga, entre Fluminense x Atlético-PR. O jogo está marcado para o dia 20, e deve ser em Juiz de Fora (MG).
A ideia da Ambev é expandir o programa aproveitando o início do Campeonato Brasileiro, em maio. Inicialmente, o Fut Truck deve ficar em jogos mais impor-tantes e nos maiores estádios.
A moda do food truck já che-gou aos estádios em iniciativas
individuais dos clubes.
Desde o início do ano, o Corin-thians tem oferecido alguns no estacionamento de sua arena. No ano passado, o Coritiba lançou o Food Park Coxa-Branca, que oferece alimentação em dias de jogos. Já o Mineirão iniciou programa semelhante, em área nobre da arena, no início do ano.
Em janeiro, foi a vez de a Ponte Preta realizar o 1º Food Truck Festival. O evento reuniu 20 cami-nhões de comida e contou com diversas atrações para a torcida.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Fut Truck vira meio de ativar
marcas parceiras do MFM
As vendas do meldonium, substância utilizada por Maria Sharapova, subiram 50% na Rússia des-de que o caso des-de doping da tenista foi revelado, no mês passado. A informação é do site Rússia Hoje, que cita a agência de notícias Interfax.
Os primeiros a se darem conta do súbito au-mento nas vendas foram os empregados da
far-mácia próxima ao parlamento da Rússia. Segundo um deles, agora “existe verdadeiro entusiasmo” pelo meldonium. Outras drogarias confirmaram a tendência, como Alexander Filippov, presidente da rede Rigla, uma das maiores do país.
O remédio mais pedido é o Mindronate, cujo preço é mais acessível: 300 rublos (cerca de R$20).