Revista Portuguesa
de
i r u r g i a
Suplemento
•
Março 2016
xxxVI congresso nacIonal de cIrurgIa
PROGRAMA
E
RESUMOS
em 22 se realizaram outros procedimentos associados. Os doentes apresentavam sintomas há, em média, 1,6 dias. No pré-operatório, a maioria dos doentes realizou uma ecografia abdominal, sendo que, em 44% dos doentes, esta foi descrita como normal. O tempo da intervenção cirúrgica foi, em média, de 63 minutos. O internamento teve uma duração média de 3,87 dias. A taxa de complicações precoces e tardias foi de 4,9% e 7%, respectivamente. A taxa de conversão foi de 2,1%. No exame anatomo-patológico 4,6% dos casos tinham um apêndice ileo-cecal normal. Discussão: O uso da
laparoscopia nas apendicectomias tem vindo a aumen-tar no nosso serviço, passando de 35% dos casos em 2012 para cerca de 60% em 2015. Pelos dados apre-sentados, demonstra-se que esta abordagem permite tempos de internamento curtos, e reduzidas taxas de complicações.
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
SERVIÇO: Serviço de Cirurgia A ? Hospitais da Universidade de Coimbra ? Centro Hospitalar e Universitário de Coim-bra, EPE; Clínica Universitária de Cirurgia 3 ? Faculda-de Faculda-de Medicina da UniversidaFaculda-de Faculda-de Coimbra
CAPÍTULO: Laparoscopia
AUTORES: Miguel Fernandes, Luís Ferreira, F. Castro e Sousa
CONTACTO: Miguel Parra Fernandes
EMAIL: micparra@gmail.com
SALA
4 03-03-2016 14H30
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V25)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Proctectomia reconstrutiva laparoscópica após prévia colectomia por colite aguda
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: As vantagens da cirúrgia
lapa-roscópica na colite ulcerosa ainda não estão suficien-temente demonstradas, sendo previsíveis dificuldades técnicas na proctectomia após a colectomia, bem como o adequado alongamento da bolsa ileal.
Resultados: Um doente de 66 anos apresentava
pan-colite ulcerosa corticorefractária, resistente à terapêu-tica com infliximab. Optou-se por realizar colectomia laparoscópica com ileostomia no 1º tempo e após 6 meses proctectomia reconstrutiva laparoscópica com anastomose ileoanal e ileostomia lateral. No vídeo mostram-se os aspetos técnicos da colectomia e da ex-tração da peça pelo orifício da ileostomia e no 2º tempo a desconexão e extracção do íleon pelo orifício da ile-ostomia, confecção e adequado alongamento da bolsa em J, reintrodução da bolsa, colocação de SILS nes-se orifício, proctectomia e nes-secção do coto ao nível dos elevadores e anastomose ileoanal com CEEA 28. No final deixou-se ileostomia lateral no orifício da anterior ileostomia. Discussão: O presente vídeo sugere que
os diversos tempos operatórios efectuados na colite aguda podem ser realizados por laparoscopia com se-gurança, baixa morbilidade e mais rápida recuperação pós-operatória.
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
SERVIÇO: Cirurgia A. CHUC
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Júlio S Leite, Alexandre Monteiro, Luís Ferreira, Maria João Koch, F Castro Sousa
CONTACTO: Julio S Leite
EMAIL: julio.s.leite@gmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V26)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Tratamento endoscópico de fístula pilonidal sacro-coccígea - EPSiT
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os cistos pilonidais
sacrococcí-geos são frequentes na juventude e o seu tratamento é muitas vezes prolongado e bastante incapacitante. No-vas abordagens para esta doença complicada de fístula têm aparecido. As técnicas endoscópicas descritas por Meinero para as fístulas sacrococcígeas e fístulas pe-rianais têm apresentado resultados encorajadores na literatura. O objectivo deste trabalho é ilustrar a aborda-gem por EPSiT (Endoscopic Pilonidal Sinus Treatment)
Material e Métodos: Doente do sexo feminino com 19
anos apresenta-se com episódios repetidos de supu-ração da região sacrococcígea. Ao exame objectivo constata-se uma fístula em relação com cisto pilonidal. A cirurgia é feita com uso de fistuloscópio especialmen-te concebido para a técnica. Inicia-se com remoção do orifício de fístula, canulação do trajecto e exploração endoscópica. Remoção de pelos, cauterização de toda a fístula. O pós operatório é praticamente indolor e controlável com paracetamol em sos. Faz pensos ini-cialmente diários e posteriormente 2 em 2 dias. Resul-tados: Encerramento da fístula às 6 semanas de pós
operatório. Discussão: Trata-se de uma proposta
revo-lucionária para abordar esta patologia tão morbilizante para os jovens. O conforto no pós operatório tornam esta abordagem bastante atrativa. Necessita de uma utilização mais difundida e com avaliação de resultados a largo prazo para a sua completa validação.
HOSPITAL: Hospital da Arrábida, Lus Saúde
SERVIÇO: Cirurgia Geral
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Jaime Vilaça, Luís Lencastre, João Moreira-Pinto
CONTACTO: Jaime Vilaça
EMAIL: jaimevilaca@gmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V27)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Cirurgia laparoscópica em doença de Crohn com-plicada de abcesso do psoas-ilíaco.
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Tem-se verificado que a
res-secção ileocecal laparoscópica na doença de Crohn é segura, associando-se a menor morbilidade e mais curto internamento que na abordagem convencional. Não estão demonstradas estas vantagens nas situa-ções de Crohn complicado de abcesso, fístula ou na recidiva da doença. Resultados: Um jovem com 2
meses de evolução de doença de Crohn surgiu com febre, hidronefrose à direita e plastron na FID. Fez drenagem percutânea do abcesso mas após 20 dias reapareceu esse abcesso associado a quadro séptico.
No vídeo mostram-se as dificuldades técnicas para se ultrapassar o intenso processo inflamatório e aderen-cial inter-ansas a nível do íleon terminal, a mobilização do cólon direito e a identificação do trajecto fistuloso com drenagem do abcesso do psoas-ilíaco. Confirmou--se a ausência de lesões de Crohn no restante delgado. Depois procedeu-se à extracção da peça por incisão mediana de 6 cm e à ressecção ileocecal com anasto-mose mecânica latero-lateral funcional. Alta ao 5º dia sem complicações. Discussão: Conclusão: É possível
realizar com segurança cirurgia laparoscópica nas situ-ações complexas de doença de Crohn, destacando-se a necessidade de experiência em cirurgia na DII e em laparoscopia.
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
SERVIÇO: Cirurgia A, CHUC
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Julio S Leite, Manuel Rosete, Maria João Koch, F. Cas-tro Sousa.
CONTACTO: Julio S Leite
EMAIL: julio.s.leite@gmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V28)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Sigmoidectomia laparoscópica electiva em diverti-culite recurrente
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A sigmoidectomia
laparoscó-pica tem sido a opção preferencial na diverticulite re-currente. Em presença de processo inflamatório peri-cólico são previsíveis dificuldade na visualização do ureter e dos vasos gonadais, sendo discutível qual a melhor abordagem, lateral-medial ou medial-lateral.
Material e Métodos: O nível da secção proximal do
cólon proximal, a mobilização do ângulo esplénico e o nível da laqueação da artéria mesentérica inferior (AMI) são outras questões controversas. Resultados: Numa
doente de 59 anos com 3 internamentos prévios por diverticulite optou-se por sigmoidectomia laparoscópica electiva. No vídeo mostra-se a transição entre o des-cendente e o sigmóide com sequelas inflamatórias, a adequada visualização das estruturas retroperitoneais com a abordagem medial-lateral, a necessidade da mobilização do ângulo esplénico e a laqueação baixa da AMI com conservação da cólica esquerda. A doente teve alta ao 5º dia, sem complicações, e encontra-se sem queixas dolorosas abdominais após 6 meses. Dis-cussão: O presente caso sugere ser recomendável a
dissecção medial-lateral com laqueação baixa da AMI, conservação da cólica esquerda e mobilização adequa-da do ângulo esplénico.
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
SERVIÇO: Cirurgia A. CHUC
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Júlio S Leite, Miguel Fernandes, Fernando Azevedo, F Castro Sousa
CONTACTO: Julio S Leite
EMAIL: julio.s.leite@gmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V29)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Resseção anterior do reto ? NOTES puro: step by step
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: O conceito NOTES (Natural
orifice transluminal endoscopic surgery ) emergiu no início deste século com a ambição de realizar cirurgia abdominal por orifícios naturais sem cicatrizes. Desde a primeira descrição por Kallo et al. em 2014 de uma ex-ploração abdominal com biópsia hepática por via trans-gástrica e de uma apendicectomia por via transtrans-gástrica em 2005, que muito se tem investido no desenvolvi-mento de novas formas, mais seguras e reprodutíveis, de acesso endoscópico transluminal para procedimen-tos intra-abdominais. Material e Métodos: Foram
rea-lizadas 5 resseções do reto com excisão total do me-sorreto exclusivamente por via transanal (3 mulheres e 2 homens). Resultados: Neste vídeo apresentamos
os vários passos da técnica. A plataforma utilizada foi o GelPath Point®. Todos os procedimentos foram com-pletados sem assistência laparoscópica abdominal. Em dois casos foi realizada mobilização do ângulo espléni-co. O mesorreto foi totalmente excisado sem qualquer disrupção, com margens distal e circunferencial livres.
Discussão: A resseção do recto por via transanal
(NO-TES puro) utilizando dispositivos de acesso transanal sem apoio da laparoscopia abdominal é uma técnica cirúrgica exequível e segura. A mobilização do ângulo esplénico é um dos passos mais complexos deste pro-cedimento. A seleção criteriosa dos doentes e uma me-lhoria dos instrumentos são fatores determinantes para optimizar esta técnica antes de ser utilizada num maior número de casos.
HOSPITAL: Hospital de Braga
SERVIÇO: Cirurgia Geral - Hospital de Braga
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Pedro Leão, Hugo Palma Rios, Carlos Veiga, André Goulart
CONTACTO: Hugo Palma Rios
EMAIL: hugojoaorios@gmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V30)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Sigmoidectomia Totalmente Laparoscópica: Uma Técnica De Anastomose Intracorporal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Nos últimos anos, tem-se
as-sistido a um crescente interesse nas técnicas de anas-tomose intracorporal em cirurgia coloretal, minimizando a invasão parietal e evitando a extração transanal do espécime. Simultaneamente, apresentam ainda a van-tagem de ter um resultado cosmético superior ao obtido com a técnica laparoscópica mais frequentemente utili-zada. Apresentamos uma técnica que procura atingir de uma forma simples e segura a sigmoidectomia laparos-cópica com confeção de anastomose totalmente intra-corporal. Material e Métodos: Os autores apresentam
um vídeo destacando os principais passos da técnica, descritos de forma padronizada, procurando demons-trar a experiência de uma equipa cirúrgica dedicada à patologia coloretal. Resultados: A técnica apresentada
integra vários passos dos quais se destacam: introdu-ção intracorporal do anvil, preparaintrodu-ção dos topos proxi-mal e distal cólicos para anastomose, técnica de anas-tomose coloretal e extração do espécime. Discussão:
O vídeo pretende demonstrar a simplicidade e seguran-ça da técnica, quando realizada de forma padronizada, por uma equipa cirúrgica dedicada e com experiência. Sublinha-se ainda a importância da avaliação dos re-sultados, no sentido de uma contínua melhoria da qua-lidade assistencial.
HOSPITAL: Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE
SERVIÇO: Cirurgia 1
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Inês Campos Gil, Nuno Rama, Rita Brásio, Inês Sales, Paulo Alves, Rui Garcia, Vitor Faria
CONTACTO: Inês Campos Gil
EMAIL: inesmcgil@gmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V31)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Hemicolectomia direita totalmente laparoscopica e totalmente de mediana para lateral
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Por ter resultados oncológicos
sobreponíveis e múltiplas vantagens a curto prazo, a abordagem laparoscópica da patologia oncológica do cólon é hoje por muitos autores considerada como Gold standard. A abordagem laparoscopica do cólon direito permite identificar o plano de dissecção, e efetuar uma abordagem de mediana para lateral e de caudal para cranial o que vá permitir uma libertação posterior do ângulo hepático. A anastomose intracorporal embora aumentar o tempo cirúrgico permite evitar a morbilida-de do morbilida-descolamento do cólon transverso e a inevitável tracção sobre os mesos para permitir uma anastomose extracorporal com segurança. Este vídeo documenta a intervenção cirúrgica em um caso de neoplasia do cego numa mulher de 82 anos ASA III e IMC 30.
HOSPITAL: Hospital CUF Infante Santo
SERVIÇO:
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Stelio Rua, João Gíria
CONTACTO: Stelio Rua
EMAIL: ssrua@portugalmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V32)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Operação de Hartmann laparoscópica em peritonite fecal e reconstrução de trânsito por porta única em local de colostomia
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Introdução A perfuração
iatro-génica do recto por colonoscopia é uma complicação grave que pode ter elevada mortalidade quando o diag-nóstico é tardio. Nessas situações críticas a abordagem recomendada é a cirurgia de ressecção rectosigmoi-deia com colostomia terminal (operação de Harmann). A via de abordagem laparoscópica revela-se benéfica porque auxilia a toilette da cavidade como um todo, poupa a parede abdominal, não compromete tanto a função respiratória no pós operatório e tem menor
efei-to pro-inflamatório pelo uso de CO2. A reconstrução da continuidade cólica pode ser feita após 2-3 meses. A sua realização por porta única através do orifício de co-lostomia é uma opção ainda menos invasiva. Objectivo Vídeo ilustrativo de uma operação de Hartmann por via laparoscópica e sua reversão com uso de porta única por orifício de colostomia. Material e Métodos:
Mate-rial e Método Doente do sexo feminino com 62 anos com perfuração iatrogénica do recto alto com peritonite fecaloide com 2 dias de evolução. Operação de Hart-mann por via laparoscópica com boa evolução no pós operatório e alta ao 15º dia. Reconstrução de trânsito aos 3 meses com técnica por porta única (SILS) atra-vés do orifício de colostomia. Resultados: Resultado
Cirurgia de reconstrução sem dor e com ótima evolução no PO. Alta ao 5º dia. Discussão: Conclusão O uso
de técnicas minimamente invasivas pode ser muito útil em situações complexas de sepsis abdominal como a perfuração e a reintervenção em cirurgia colorrectal.
HOSPITAL: Hospital da Arrábida, Luz Saúde
SERVIÇO: Cirurgia Geral
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Jaime Vilaça, Luís Lencastre, Ana Fonte Boa
CONTACTO: Jaime Vilaça
EMAIL: jaimevilaca@gmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V33)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Esfincteroplastia em lesão iatrogénica do esfíncter anal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A dissecção da região perianal
em ambiente de fibrose residual secundária à infecção e ao trauma cirúrgico é difícil e hemorrágica. O bisturi eléctrico pode reduzir a hemorragia mas a visualização das estruturas anatómicas é menor podendo serem le-sadas fibras musculares. Material e Métodos: No
pre-sente vídeo mostra-se que o bisturi “frio” constitui uma boa alternativa. Resultados: Uma doente de 38 anos
referia incontinência após múltiplas cirurgias por recidi-va de fístula perianal anterior. Fez biofeedback duran-te 3 anos sem sucesso. Ecoendoanal revelando lesão do esfíncter entre as 11 e as 4 h. A pressão basal era 87mmHg e a contracção voluntária apresentava incre-mento de 13 mmHG. No vídeo mostra-se a dissecção das diversas estruturas anatómicas, a execução dos pontos de tipo Mayo de PDS 2/0 e o encerramento dos planos superficiais sem drenagem. Ocorreu apenas li-geira infecção da sutura. Após 6 meses persiste apenas incontinência para gases. Discussão: Nesta patologia
a dissecção “a frio” com bisturi e tesoura permite me-lhor identificação das diversas estruturas anatómicas e menor probabilidade de as lesar.
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
SERVIÇO: Serviço Cirurgia A. CHUC
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Júlio S Leite, António Manso, Rodrigo Nemésio, F. Cas-tro Sousa.
CONTACTO: Júlio S Leite
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V34)
SESSÃO V-CR
TÍTULO: Ressecção anterior laparoscópica associada a exé-rese completa do mesorrecto por via transanal
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: A exérese completa do
mesor-recto com abordagem transanal pode permitir ultrapas-sar as dificuldades na dissecção da neoplasia rectal baixa e na secção do coto rectal por laparoscopia. Resultados: Numa doente de 22 anos com
neopla-sia da face anterior do recto, estadiada em T3N+ e a 6 cm da margem, optou-se por radioquimioterapia longa e cirurgia às 8 semanas. No vídeo mostra-se a laqueação na origem da artéria mesentérica inferior, a dissecção medial-lateral do ângulo esplénico, a laque-ação alta da veia mesentérica inferior e a dissecção do recto até ao seu terço médio. Na abordagem transanal utilizou-se o Gelpoint. Após ser efectuada uma bolsa de tabaco 2 cm abaixo do tumor seccionou-se a parede rectal e dissecou-se de baixo para cima, no plano da fascia mesorrectal, até se encontrar a dissecção por via abdominal de forma combinada. A peça foi extraída por via anal. Seccionou-se o sigmóide, introduziu-se a cabeça da máquina EEA 33 com haste longa e rein-troduziu-se na escavação pélvica. Depois construiu-se bolsa de tabaco no bordo do coto rectal e procedeu--se à anastomose coloanal látero-terminal. Deixouprocedeu--se uma ileostomia lateral. A doente teve alta ao 4º dia sem complicações. A anatomia patológica revelou ypT2N0 sem invasão das margens. Discussão: Este caso
reforça a hipótese de que esta abordagem facilita a dissecção dos tumores rectais baixos por via laparos-cópica embora se reconheçam ainda algumas dificul-dades técnicas na visualização através da porta única transanal.
HOSPITAL: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
SERVIÇO: Cirurgia A. CHUC
CAPÍTULO: Colo-Proctologia
AUTORES: Júlio S Leite, António Manso, Luís Ferreira, Ana Olivei-ra, F. Castro Sousa
CONTACTO: Julio S Leite
EMAIL: julio.s.leite@gmail.com
SALA
5 03-03-2016 14H30
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V41)
SESSÃO V-Varios
TÍTULO: Adrenalectomia laparoscópica por pseudoquisto
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Os incidentalomas da
supra--renal definem-se como lesões da suprasupra--renal >1cm diagnosticadas acidentalmente num exame imagioló-gico realizado no estudo de outra patologia. Os quis-tos da supra-renal podem ser classificados de acordo com o seu subtipo histológico: parasitário, epitelial, endotelial e pseudoquisto. Os pseudoquistos são os mais comuns, e a sua etiologia não está totalmente esclarecida, mas parecem surgir após um episódio de hemorragia ou infecção da supra-renal. Apenas
7% destes são malignos ou têm potencial maligno, e este pode estar directamente relacionado com o tama-nho das lesões. Resultados: Os autores apresentam
o caso de homem com 56 anos, seguido na consulta de Urologia por quistos renais. No estudo imagiológico efectuado (TC e RMN), foi detectado nódulo calcificado da supra-renal direita com 5cm, sugestivo de adenoma. Os estudos funcionais foram negativos. Neste contexto e dado o tamanho da lesão, o doente foi submetido a adrenalectomia direita laparoscópica. O exame histoló-gico demonstrou pseudoquisto necrosado da supra-re-nal. Discussão: Os peudoquistos são lesões raras da
supra-renal. É fundamental o estudo criterioso destas lesões, a sua funcionalidade e potencial maligno, que irão determinar a decisão terapêutica. Nos casos com indicação cirúrgica, a adrenalectomia laparoscópica é a abordagem de eleição, tendo em conta os benefícios das técnicas minimamente invasivas
HOSPITAL: Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
SERVIÇO: Cirurgia Geral
CAPÍTULO: Cirurgia Endócrina e da Cabeça e Pescoço
AUTORES: Joana Magalhães, Vera Oliveira, Ana Marta Pereira, Tiago Ferreira, António José Reis, Rui Ferreira Almeida, Artur Trovão, Gil Gonçalves, Mário Nora
CONTACTO: Joana da Silva Magalhães
EMAIL: juana_magalhaes@hotmail.com
RESUMO DE COMUNICAÇÃO – (V42)
SESSÃO V-Varios
TÍTULO: Técnicas De Abordagem À Úlcera No Pé Diabético
RESUMO: Objectivo/Introduçâo: Objectivo: Demonstração
vi-deográfica de diferentes técnicas de optimização local da úlcera no pé diabético Introdução: O sucesso diag-nóstico e terapêutico da úlcera do pé diabético (UPD) depende de uma abordagem multidisciplinar/multi--profissional, compreendendo um modelo holístico que inclui: um óptimo controlo glicémico, um cuidado local eficaz da UPD, controlo do foco infeccioso, estratégias de alívio de pressão e restauro do fluxo sanguíneo. A optimização local da UDP constitui a etapa de maior im-portância e compreende:a inspecção frequente, o des-bridamento tecidular, o controlo da inflamação/infecção e promoção da granulação. No desbridamento da UDP, os autores apresentam técnicas utilizadas no quotidia-no da enfermaria quotidia-no ambito de desbridamemto cirúgico e de hidrodisseção. A grande morbilidade e mortalidade associada à infecção da UDP implica instituir antibio-terapia sistémica de largo espectro, após colheita mi-crobiológica e são apresentadas técnicas de realização do penso diário associado ou não a pensos de pressão negativa para optimização terapêutica. O objectivo pri-mordial do tratamento da UDP é o seu encerramento. Após o controlo da inflamação/infecção é vital a promo-ção da granulapromo-ção. Os autores apresentam neste vide-oss as técnica mais utilizadas neste grupo. Discussão:
Um diagnóstico atempado e tratamento célere e ade-quado evita a perda do membro, no entanto é necessá-rio manter uma vigilância e tratamento agressivo destes doentes.
HOSPITAL: Centro Hospitalar Lisboa Central
SERVIÇO: Grupo de Tratamento do Pé Diabético e Ferida Crónica ? Hospital Santo António dos Capuchos