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SAÚDE BUCAL
EM
OCO
Edição Especial das Mães – Odontologia IFG/ Câmpus Itumbiara
No mês de maio comemoramos o Dia das Mães, por isso elaboramos essa edição especial do informativo em homenagem às mães de nossa comunidade acadêmica.
Parabéns a todas as mães!
”Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento
e a chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro,
puro pensamento.”
Carlos Drummond de Andrade
Odontologia para Gestantes
A gestante pode fazer tratamento odontológico?
Sem dúvida. O ideal é que toda mulher que queira engravidar, procure um dentista para receber orientações importantes e quando necessário todo o tratamento odontológico antes da gestação. No entanto, as gestantes podem ser atendidas em qualquer idade gestacional, embora o segundo trimestre seja o momento mais
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oportuno, porque, nessa fase ela se encontra num período de maior estabilidade.
Nos casos de gestação de risco, o profissional dentista deve ser avisado, pois muitas vezes pode ser necessário o diálogo com o médico que acompanha a gestação.
A gestante pode ser submetida a radiografias odontológicas?
Pode. No primeiro trimestre (período da embriogênese – formação do bebê), as radiografias devem ser evitadas. No caso de tomadas radiográficas serem imprescindíveis, o avental de chumbo, que garante a proteção contra a radiação, deverá ser utilizado em qualquer fase gestacional.
Dizem que, na gravidez, os dentes "estragam" com mais facilidade. Isso é verdade?
Não. A gravidez não é responsável pelo aparecimento de cárie e nem pela perda de minerais dos dentes da mãe para formar as estruturas calcificadas do bebê. O aumento da atividade cariogênica está relacionado com alterações da dieta e presença de placa bacteriana pela higienização inadequada dos dentes.
E quanto à gengiva? Ela se inflama com mais facilidade?
A gravidez também não causa inflamação na gengiva. Apesar de haver uma maior vascularização do periodonto (estruturas que sustentam os dentes), somente áreas que já estão inflamadas devido à presença da placa bacteriana, é que apresentam a gengivite (inflamação da gengiva).
Existem cuidados especiais para a higiene bucal?
Os cuidados são os mesmos de uma mulher não grávida: higienização diária dos dentes com uso adequado da escova, fio e pasta dental.
A qualidade dessa higienização é mais importante do que a frequência. Se houver algum ponto da gengiva com sangramento, essa região deverá receber uma limpeza mais efetiva. Se após três dias a
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gengiva continuar sangrando, a gestante deve procurar a ajuda de um profissional dentista.
Quando os dentes do bebê começam a se formar?
Os dentes decíduos (dentes de leite) começam a se formar a partir da 6ª semana gestacional e os dentes permanentes, a partir da 20ª
semana de vida intrauterina.
Dessa forma, condições desfavoráveis durante a gestação (ex.: uso de medicamentos, infecções, carências nutricionais, etc.) podem trazer problemas nos dentes em fase de formação e mineralização.
Existe algum fortificante para ser tomado a fim de assegurar uma boa dentição para o futuro bebê?
Os "fortificantes" estão numa alimentação balanceada, constituída por diferentes grupos de alimentos (carnes, frutas, legumes e verduras, cereais, leite e derivados). As avitaminoses podem comprometer o desenvolvimento normal dos dentes. Se houver necessidade de vitaminas, o ginecologista determinará a prescrição necessária.
A gestante deve tomar flúor visando à dentição do bebê?
O fato de a gestante tomar flúor durante a gestação não significa que o bebê terá menos cárie. Ele é importante depois da erupção (nascimento) dos dentes, que se inicia mais ou menos aos 06 meses de idade.
E então, o que a gestante deve fazer para que bebê tenha dentes saudáveis?
Antes de tudo, ela própria precisa ter saúde. O nível de saúde bucal da mãe tem relação com a saúde bucal da criança. Os hábitos dos pais, determinam muito o comportamento que os filhos adotarão. Hábitos saudáveis são fundamentais como, por exemplo, hábitos de limpeza bucal e de alimentação equilibrada. Deve-se evitar a ingestão excessiva de carboidratos. O açúcar natural dos alimentos é suficiente para a saúde da gestante e o desenvolvimento do bebê.
Após o nascimento, quando levar a criança pela primeira vez ao dentista?
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A primeira visita ao odontopediatra deve acontecer por volta da erupção dos primeiros dentinhos de leite, ocasião em que os pais receberão orientações a respeito das causas da cárie, da alimentação, da limpeza dos dentes do bebê e do uso adequado do flúor. A educação em saúde assegura a chance de a criança crescer sem problemas bucais.
Amamentação
A amamentação natural tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizante, protegendo-as de diversas doenças. Crianças aleitadas ao peito têm melhor desenvolvimento mental e maior equilíbrio emocional.
A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto.
Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo, como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato.
Um exercício muito importante.
A amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição
da criança.
Quando a criança é amamentada naturalmente, está não só sendo
alimentada, como também fazendo um exercício físico importante para desenvolvimento ósseo e muscular da face. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior (mandíbula) muito pequeno, que irá alcançar
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equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito.
Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado.
Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e da dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do bebê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ele suga o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico.
Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar a mais verticalizada possível, o que também facilita a deglutição do leite.
Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes “tortos”).
Maxilares com bom desenvolvimento propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura do uso de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalites, pneumonias, entre outras doenças.
Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, podem ficar apinhados (tortos), propiciando condições ao desenvolvimento da cárie e doença periodontal .
A amamentação prepara o bebê para a mastigação
A amamentação prepara a criança para a mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos.
Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e
iogurtes. Isso geralmente acontece em consequência ao uso prolongado da mamadeira.
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A mamadeira costuma tomar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada que aumenta o risco de cáries; a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação.
A mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.
Evitando hábitos prejudiciais
Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, que pode afetar o posicionamento dos dentes e algumas vezes inclusive causar alterações ósseas, trazendo consequências danosas à fala, à respiração e à aparência física.
Abandonando a mamadeira
A partir dos quatro meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando o uso de mamadeira ou "chuquinha".
Prevenindo a cárie
A primeira consulta odontológica de uma criança deve ser feita antes do nascimento de seu primeiro dentinho; nesse primeiro encontro, o odontopediatra fará orientação a respeito da higienização, dieta e como proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê.
Os pais devem levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, a fim de acompanhar de perto o desenvolvimento de sua dentição e prevenir a cárie dentária, assim como as más-oclusões.
Traumatismos dentários
Situações de emergência envolvendo a boca e os dentes quase sempre se transformam em experiências dramáticas para pais e crianças. As estatísticas mostram que 14% das crianças e adolescentes passam, de alguma forma, por essas situações de emergência.
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Por isso, é importante estar preparado para se ter a atitude correta num momento desses.
Abaixo estão os traumatismos mais comuns e qual a melhor atitude que deve ser tomada em tais circunstâncias.
Cortes e sangramentos
Quando uma criança sofre um traumatismo que provoca corte ou sangramento oral, deve-se colocar sobre o ferimento, uma compressa de gaze ou pano limpo e pressionar bem, para que o sangramento seja controlado. É recomendável procurar um profissional dentista, pois muitas vezes, é necessário suturar o ferimento, para que a cicatrização se processe de maneira adequada.
Os primeiros passos de uma criança
Os acidentes mais comuns que ocorrem na dentição decídua (de leite) são os que envolvem bebês e crianças que estão aprendendo a andar.
O dente amolece em seu alvéolo ou é deslocado de sua posição original, podendo se deslocar para dentro do alvéolo (intruir) ou descer, dificultando o fechamento da boca.
O dentista deve ser consultado, para que a extensão do dano seja avaliada.
Mudança de cor do dente que sofre traumatismo
É comum ocorrer, após o traumatismo, uma mudança de cor, um escurecimento da coroa do dente. Essa mudança pode se perpetuar; nesses casos, quase sempre há perda de vitalidade do dente, e um tratamento de canal se faz necessário.
Nos dentes de leite, nem sempre uma mudança de cor da coroa significa perda da vitalidade e, em muitos casos, a cor poderá retornar, ao seu normal. O dentista deve ser consultado, para ser feito o acompanhamento.
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É comum a fratura de um ou mais dentes em consequência de um traumatismo. Além disso, muitas vezes, pode ocorrer que o nervo do dente se danifique.
Deve-se sempre consultar o dentista, para que ele possa avaliar a extensão do dano, tratar a fratura e prevenir eventualmente problemas da vitalidade futura do dente.
A melhor maneira de evitar fraturas nos dentes é preveni-las; assim, por exemplo, na prática de esportes é importante o uso de protetores bucais. Converse com o seu dentista a respeito.
Perda total de um dente
Em certas circunstâncias, como impactos horizontais, é comum acontecer um deslocamento total do dente (avulsão). É essencial que determinadas condutas sejam adotadas imediatamente, para que se aumentem as chances de salvar esse dente.
Se o dente for de leite, a colocação deste de volta em seu lugar não é indicada; a probabilidade de sucesso é mínima. No caso do dente permanente, o reimplante é indicado.
Para que se obtenha sucesso no reimplante, é necessário:
Manter a calma e fazer a criança morder uma gaze ou um pano
limpo, com pressão para que se possa controlar o sangramento.
Ache o dente.
Pegue o dente somente pela coroa. Não toque na raiz.
Resíduos devem ser cuidadosamente retirados do dente com
soro fisiológico ou leite. Não esfregue o dente.
Coloque o dente de volta no seu lugar (no alvéolo) na boca da
criança. Não se esqueça: a parte côncava do dente é voltada para o lado de dentro da boca. Faça a criança morder uma gaze ou um pano limpo, para que o dente se mantenha na posição. Procure imediatamente um dentista.
Se você não conseguir colocar o dente em sua posição,
mantenha-o em uma solução de soro fisiológico ou em leite ou mesmo na boca da criança (debaixo da língua) e procure imediatamente um dentista. O resultado final de um reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do alvéolo e da conservação do mesmo nesse período. O dente deverá ficar fora de seu alvéolo o menor tempo possível.
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Dentes traumatizados exigem acompanhamento periódico, especialmente os dentes reimplantados, para a avaliação do sucesso do tratamento.
Fonte: