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PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO NA POPULAÇÃO ADULTA DA ZONA URBANA EM FLORIANO, PIAUÍ

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REVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO NA POPULAÇÃO ADULTA DA ZONA URBANA EM FLORIANO, PIAUÍ Aline Borges DuArte,1 DAlinA JArA soAres DA silvA,2 Denise BArBosA sAntos,3

MAnoel DiAs De souzA Filho4 e MAriA Do CArMo De CArvAlho e MArtins5

A

rtigo

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Trabalho realizado na Faculdade de Ensino Superior de Floriano – FAESF, Floriano, PI

1 Enfermeira, Faculdade de Ensino Superior de Floriano, Floriano, Piauí, Brasil 2 Enfermeira, Faculdade de Ensino Superior de Floriano, Floriano, Piauí, Brasil

3 Farmacêutica, mestre, professora, curso de Farmácia da Faculdade de Ensino Superior de Floriano, Piauí, Brasil 4 Cirurgião-Dentista, mestre, professor de Ciências Fisiológicas, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, Piauí, Brasil

5 Nutricionista, doutora, professora do Departamento de Biofísica e Fisiologia e do Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição

da Universidade Federal do Piauí e da Faculdade de Ensino Superior de Floriano, Floriano, PI.

Correspondência: Denise Barbosa Santos. Rua Nogueira Paranaguá, n.º 508, Manguinha, CEP 64.800-000, Floriano-PI. Telefone: 86 9924-7353. Internet: denisebarbosas@gmail.com

Recebido em 16-5-2011. Aceito em 5-9-2011. RESUMO

PREVALENCE OF SELF-MEDICATION IN THE URBAN ADULT POPULATION IN FLORIANO, PIAUÍ Objectives. To assess the prevalence of self-medication in the urban adult population. Also to investigate the

categories of medicines most used and its motivations.

Method. The survey consisted of populational cross-sectional study, conducted between April and May 2010 at

the Floriano city. The sample consisted of 552 individuals aged from 20 to 59 years.

Results. The prevalence of self-medication considering the intire life of participants was 96.9%. In the last three

months before the study, 37% have been self-medicated. The classes of drugs most commonly used were analge-sics (34.2%), anti-inflammatory drugs (11%), sexual hormones (7.6%), antibiotics (6.5%) and vitamins (6.5%). The main reason for self-medication was pain (78.6%). Previous experience with the medication was the justification by 84% of the participants. Last year, 80.5% of participants who had any expenses with drugs admitted consuming drugs without prescription.

Conclusions. This study showed high prevalence of self-medication in the adult population studied. Pain was

the main reason for self-medication, which explains the consumption of analgesics by a majority of respondents. Previous experience with the medication was the main justification for self-medication. This demonstrates the need for preventive strategies in health in order to inform this population about the risks of self-medication and contributes to the rational use of drugs.

Key words. Self-medication; prevalence; adult; analgesics

Objetivos. Identificar a prevalência de automedicação em adultos, as classes de medicamentos mais utilizadas

e as motivações de uso.

Método. Estudo transversal de base populacional realizada de abril a maio de 2010, na cidade de Floriano, Piauí.

A amostra foi constituída de 552 indivíduos com idade de 20 a 59 anos.

Resultados. A prevalência de automedicação, baseada no uso na vida de medicamentos sem prescrição, foi

96,9%. Nos três meses que antecederam o estudo, 37% usaram medicamentos sem prescrição médica. As classes de medicamentos mais consumidas foram analgésicos (34,2%), anti-inflamatórios (11%), hormônios sexuais (7,6%), antibióticos (6,5%) e vitaminas (6,5%). A principal queixa motivadora foi a dor (78,6%). Experiência anterior com o medicamento foi a justificativa para a automedicação apontada por 84% dos sujeitos do estudo. No último ano, 80,5% dos participantes que tiveram gastos com medicamentos admitiram ter consumido medicamentos não prescritos por profissionais de saúde.

Conclusões. Foi evidenciada elevada prevalência de automedicação na população adulta estudada. A dor foi o

principal motivo da automedicação, e a experiência anterior com o medicamento foi a principal justificativa. Isso sugere a necessidade de estratégias preventivas em saúde que esclareçam essa população sobre os riscos da automedica-ção e contribua para o uso racional dos medicamentos.

Palavras-chave. Automedicação; prevalência; adulto; analgésicos.

(2)

INTRODUÇÃO

A

automedicação é definida como uso de medica-mentos sem prescrição médica, quando o próprio paciente decide qual fármaco vai usar.1 Nessa

prá-tica, podem ser usados remédios caseiros ou medi-camentos industrializados obtidos sem necessidade de receita médica, compartilhados com outros mem-bros da família ou do círculo social, uso de sobras de prescrições e reutilização de antigas receitas.2

Do mesmo modo que a prescrição errônea, a automedicação pode ter como consequência efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas e mascara-mento de doenças evolutivas, representando, por-tanto, um problema a ser prevenido.3 Além disso,

pode provocar alergia a determinados ingredientes da fórmula medicamentosa e, em consequência, desenvolver uma intoxicação.4 Quando os

medica-mentos são utilizados como drogas de abuso, pro-duzem males semelhantes àqueles causados por substâncias psicoativas, tais como dependência, sín-drome de abstinência e distúrbios comportamentais.5

Fatores econômicos, políticos e culturais têm contribuído para o crescimento e a difusão da auto-medicação no mundo, tornando-a um problema de saúde pública.2

Este trabalho teve como objetivo identificar a pre-valência de automedicação na população adulta em Floriano, Piauí, bem como as principais classes de medicamentos utilizadas e os motivos apresentados pelos indivíduos para a prática de automedicação. MÉTODO

O presente trabalho consistiu em estudo descri-tivo, transversal, com amostra constituída de 552 indivíduos, de ambos os sexos, na faixa etária de 20 a 59 anos, residentes na zona urbana de Floriano-PI. A coleta de dados foi realizada em abril e maio de 2010.

A cidade de Floriano tem população de 56.090 habitantes e está localizada a 253 km de Teresina, Piauí. O tamanho da amostra foi estabelecido em função do nível de confiança de 95% e margem de erro de 5% para mais ou para menos, com acrés-cimo de 10% para possíveis perdas. Os participantes foram selecionados por meio de amostragem alea-tória em etapas. Inicialmente foram sorteados os bairros e, posteriormente, as quadras desses bairros, sendo entrevistadas todas as pessoas adultas residen-tes nos domicílios visitados.

O instrumento usado para a coleta de dados foi um questionário distribuído em três blocos de

questões. No primeiro bloco, estavam as perguntas de natureza sociodemográfica. No segundo, estavam variáveis relacionadas ao uso de medicamentos sem prescrição nos três meses anteriores ao estudo. No terceiro, estavam questões relacionadas aos indica-dores de saúde e utilização de serviços de saúde.

O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ensino Superior de Floriano (FAESF), e seguiu as diretrizes da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa em seres humanos6 e as

determina-ções da Convenção de Helsinki.7 Os participantes

assinaram termo de consentimento livre e esclare-cido, após informação sobre objetivo do estudo, possíveis benefícios e riscos atrelados à execução do estudo.

Os dados foram processados nos programas BioEstat 5.08 e EpiInfo 6.04b.9 O nível de

signifi-cância foi estabelecido em p < 0,05 e a análise esta-tística foi realizada por meio do teste do qui ao qua-drado para as proporções.

RESULTADOS

As prevalências de automedicação durante a vida na população adulta da cidade segundo as caracterís-ticas socioeconômicas estão apresentadas na tabela 1. Observa-se que 96,9% utilizaram algum medica-mento na vida sem prescrição médica. A maioria da amostra foi composta de mulheres (64,1%), mas não houve diferença estatística na prevalência entre os sexos (p = 0,43). A maior parte dos entrevistados foi jovens de 20 a 39 anos de idade (68,5%), e a prevalência foi semelhante entre as faixas etárias (p = 0,29). A situação conjugal também não teve inter-ferência significativa na frequência de automedica-ção (p = 0,94). Observou-se que cerca da metade da amostra (50,4%) tinha três ou quatro pessoas em domicílio, mas o número de residentes por domicílio não interferiu no uso de automedicação (p = 0,41). A maior parte dos entrevistados não tinha curso supe-rior (92,4%) e não houve diferença estatística entre os dois grupos (p = 51). A renda familiar inferior a dois salários mínimos foi a mais frequente, mas não foi encontrada diferença estatística com os grupos de maior renda (p = 0,34). Resultado semelhante foi observado com a renda individual mensal (p = 0,11).

As características da conduta no uso de medica-mentos pelos entrevistados que referiram prática de automedicação nos últimos três meses são apresen-tadas na tabela 2. Admitiu-se mais de uma resposta pelo participante.

(3)

Tabela 1. Características socioeconômicas da amostra da popu-lação adulta estudada em Floriano, Piauí

Características socioeconômicas Amostra total Automedicação n (%) n (%) Sexo Feminino 354 (64,1) 345 (97,5)* Masculino 198 (35,9) 190 (96) Total 552 (100) 535 (96,9)

Faixa etária (anos)

20 a 29 207 (37,5) 204 (98,6)† 30 a 39 171 (31) 164 (95,9) 40 a 49 112 (20,3) 108 (96,4) 50 a 59 62 (11,2) 59 (95,2) Situação conjugal Sem cônjuge 303 (54,9) 293 (96,7)‡ Com cônjuge 249 (45,1) 242 (97,2) Número de residentes no domicílio Igual ou inferior a 2 70 (12,7) 66 (94,3)§ 3 ou 4 278 (50,4) 269 (96,8) Igual ou superior a 5 204 (37) 200 (98) Escolaridade

Sem o ensino superior 510 (92,4) 495 (97,1)¶

Com o ensino superior 42 (7,6) 40 (95,2) Renda familiar mensal

(salário mínimo)

Inferior a 2 319 (57,8) 308 (96,6)

2 ou 3 107 (19,4) 106 (99,1)

Igual ou superior a 4 126 (22,8) 121 (96) Renda individual mensal

(salário mínimo) Inferior a 1 368 (66,7) 360 (97,8)** 1 ou 2 75 (13,6) 73 (97,3) Igual ou superior a 3 66 (12) 61 (92,4) Não declarou 43 (7,8) 41 (95,3) *p = 0,43. p = 0,29. p = 0,94. §p = 0,41. p = 0,51. p = 0,34. **p = 0,11.

Constatou-se que, nos últimos três meses, a maior parte consumiu medicamentos por conta própria (27,8%) e isso foi significativamente mais frequente Tabela 2. Características da amostra que se automedicava (n = 535) em Floriano, PI, quanto ao uso de medicamentos nos três meses anteriores ao estudo

Variáveis Automedicação

n (%) Responsável pela indicação do uso

de medicamentos*

Tomou por conta própria 149 (27,8)†

Parente ou conhecido 22 (4,1) Outro profissional da saúde 18 (3,6) Balconista de farmácia 8 (1,5) Classe de medicamentos utilizada*

Analgésicos 183 (34,2)†

Anti-inflamatórios 59 (11) Hormônios sexuais 41 (7,6)

Antibiótico 35 (6,5)

Vitaminas 35 (6,5)

Preparos para tosse e resfriado 14 (2,6) Descongestionante nasal 10 (1,8) Justificativa para a prática de

automedicação

Experiência anterior com o

medicamento 449 (84)†

Sobras de prescrição 39 (7,3) Influência da mídia 34 (6,3) Dificuldade de acesso ao médico 13 (2,4) Motivo referido para a prática de

automedicação

Dor (cabeça, musculoesquelética

ou outra) 420 (78,5)†

Cólica menstrual 37 (7)

Dispepsia, má digestão 29 (5,4) Infecção respiratória 26 (5) Suplementação vitamínica 22 (4,1) *Cada participante poderia declarar mais de uma resposta. †p = 0,0001.

(4)

em relação às outras possibilidades (p = 0,0001). Observou-se que a classe de medicamentos mais consumida significativamente pela população foi a dos analgésicos (p = 0,0001) comparado ao uso de anti-inflamatórios, hormônios sexuais, antibióticos, vitaminas, preparos para tosse e resfriado, e descon-gestionante nasal. A principal justificativa para a prá-tica de automedicação foi a experiência anterior com o medicamento (84%) e essa foi estatisticamente mais significativa (p = 0,0001) do que as outras opções. O motivo mais referido para a prática da automedicação foi para tratar algum tipo de dor (78,5%) e isso foi significativamente (p = 0,0001) mais frequente do que a cólica menstrual, dispepsia e má digestão, infecção respiratória e suplementação vitamínica.

Os indicadores de utilização dos serviços de saúde e de gastos com medicamentos pela população que pratica automedicação estão apresentados na tabela 3. A percepção da própria saúde foi considerada ótima por metade dos entrevistados (50,3%) e consideram a saúde regular ou ruim (49,7%). Observou-se que 21,3% dos entrevistados que faziam uso da autome-dicação também procuraram por serviços de atenção à saúde nas duas semanas anteriores a entrevista. Nos últimos doze meses, 13,8% referiram que tiveram internação hospitalar, 67,5% tiveram consulta médica

e 17,4% com farmacêutico. O uso de plano de saúde privado foi relatado por 14,5% dos entrevistados. Declararam incapacidade de realizar atividades roti-neiras por problemas de doença 14,7%. Além disso, 80,5% dos participantes que tiveram gastos com medicamentos nos doze meses que antecederam o estudo admitiram ter consumido medicamentos não prescritos por profissionais de saúde.

DISCUSSÃO

Nos países desenvolvidos, embora as vendas de medicamentos tenham se expandido favorecendo a automedicação, um controle rígido tem sido esta-belecido pelas agências reguladoras para reduzir essa prática. Nos Estados Unidos, são vendidas, até mesmo em supermercados, toneladas de vitaminas e medicamentos fitoterápicos como “suplemento ali-mentar” sem nenhum controle. Quanto a essa ques-tão o Brasil está bem mais avançado, na medida em que para algumas classes de medicamentos atual-mente a venda soatual-mente seja efetuada com a prescri-ção médica em receituário específico.

No presente estudo, mais de 96,9% dos entrevis-tados declararam ter usado medicamento sem pres-crição em algum momento de sua vida. Prevalência mais elevada que a encontrada para a população de Guairaçá-PR (74,7%).10

A prática da automedicação foi realizada por homens e mulheres de Floriano, sem diferença entre os sexos. Por outro lado, em outros estudos, a auto-medicação foi mais prevalente no sexo feminino.3,11

Não se observou diferença significativa na prevalên-cia de automedicação dos participantes em relação a idade, situação conjugal, número de residentes no domicílio, escolaridade, renda familiar ou indi-vidual, e isso sugere que outras explicações estão envolvidas nessa prática.

A análise do uso de medicamentos nos três meses que antecederam a realização da pesquisa evidenciou que 37% dos participantes usaram medi-camentos por conta própria no período. Em estudo sobre a prevalência de automedicação em acadêmi-cos de fisioterapia em Teresina, Piauí, observou-se que o médico foi responsável por apenas 33,1% das prescrições, e 46,8% dos alunos fizeram uso da auto-medicação nos três meses anteriores ao estudo.12

As classes de medicamentos mais consumidas pelos entrevistados nos três meses que antecederam a pesquisa foram representadas por analgésicos e anti-inflamatórios, representando 64,1% dos medica-mentos consumidos. Resultados semelhantes foram Tabela 3. Indicadores de utilização de serviços de saúde e gastos

com medicamentos na prática de automedicação na população adulta em Teresina-PI

Variáveis Automedicação

n (%) Percepção da própria saúde

Ótima 269 (50,3)

Regular e ruim 266 (49,7)

Procura por serviços de atenção a saúde

nas duas semanas anteriores 114 (21,3) Nos doze meses que antecederam o

estudo

Consulta médica 361 (67,5)

Internação hospitalar 74 (13,8)

Consulta a farmacêutico 93 (17,4) Uso de plano de saúde privado 78 (14,5) Incapacidade de realizar atividades

rotineiras por problemas de saúde 79 (14,7) Gasto com medicamentos nos doze meses

(5)

encontrados em estudo com população urbana de Juiz de Fora-MG, em que esses grupos de medicamentos usados na automedicação constituíram proporção de uso correspondente a 40,3% dos medicamentos con-sumidos.13 O maior consumo dos analgésicos pode

estar relacionado não apenas ao controle da dor, como também à disponibilidade desses medicamen-tos no domicílio, o fácil acesso e a diversidade desses produtos nas prateleiras das farmácias.14 Nesse

sen-tido, entre os adultos de Floriano, a dor foi o prin-cipal motivo de automedicação, sendo mais citadas as dores de cabeça e as dores musculoesqueléticas. Resultados semelhantes foram observados na cidade de Porto Alegre-RS, onde a dor de cabeça foi referida como principal motivador para automedicação por 66% dos pesquisados.15

A experiência anterior bem sucedida com o medicamento foi a principal justificativa para o uso dos remédios sem prescrição. Esses resultados suge-rem que a automedicação representou para os entre-vistados um substituto da atenção médica. Também em estudo sobre a prevalência da dor e do uso de analgésicos e anti-inflamatórios na automedicação de pacientes atendidos no Pronto-Socorro Municipal de Taubaté-SP a justificação mais citada foi a experi-ência prévia com o medicamento (70,8%).16

A influência do padrão de utilização dos servi-ços de saúde na automedicação é controversa. Os resultados sobre os indicadores de uso de serviços de saúde aqui avaliados sugerem que a população consumia medicamentos sem prescrição indepen-dentemente dos serviços assistenciais utilizados.

A prática de automedicação aqui observada apre-sentou associação com os gastos com medicamentos nos doze meses que antecederam a pesquisa. Esse resultados diferem daqueles encontrados por outros autores, em que os gastos com medicamentos foram menos frequentes entre aqueles que relataram o con-sumo exclusivo de automedicação.2

Considerando-se a elevada prevalência de auto-medicação encontrada na população de Floriano, principalmente relacionada com o uso de analgésicos para o controle de cefaleias e dores musculoesqueléti-cas, e os riscos à saúde associados ao uso incorreto de medicamentos, os resultados aqui obtidos mostram a necessidade de estratégias preventivas em saúde que esclareçam a população sobre esses riscos e contribua para o uso racional dos medicamentos.

CONFLITOS DE INTERESSES Nada a declarar pelos autores.

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