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COMBATE À DESIGUALDADE SOCIAL: ATRAVES DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS

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COMBATE À DESIGUALDADE SOCIAL: ATRAVES DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS

Olegna Andrea da Silva1

Resumo: Desigualdade social assunto que está sempre na mídia, e muitos veem como uma

forma banal no noticiário, porém, é uma situação muito grave que afeta milhões de pessoas em todo mudo, seja em países pobres ou ricos, contudo afeta mais os países menos desenvolvidos, principalmente em regiões localizadas distantes dos grandes centros urbanos, de acordo com dados das Nações Unidas e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2015. Na cidade de Figueirão-MS, lócus desta pesquisa, não é diferente. As recomendações do relatório mundial é de que as ações essenciais cheguem diretamente aos pobres para que eles pronunciem sobre políticas e os programas que os afetam. O objetivo deste estudo foi conhecer a eficácia (ou não) do Programa Bolsa Família na população beneficiada na cidade de Figueirão-MS e como esses beneficiados avaliam os Direitos Humanos e a importância deles em seu dia a dia. Trata-se de uma investigação de abordagem do tipo quantitativa e descritiva. Verificou-se que o Programa Bolsa Família tem atingido o propósito social ao qual se propõe, retirar da miséria os mais pobres.

Palavras-chave: Pobreza. Desigualdade social. Programa Bolsa Família.

1 INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo foi conhecer a eficácia (ou não) do Programa Bolsa Família na população beneficiada na cidade de Figueirão-MS e como os beneficiados avaliam os Direitos Humanos e a importância deles em seu dia a dia. Parte-se do princípio que o Bolsa Família se destina ao combate da fome e da miséria, concedendo um pouco de dignidade aos cidadãos que estão abaixo da linha da pobreza.

1Graduada em Pedagogia e Serviço Social. Especialista em Educação do Campo e Gestão em Saúde Pública. Pós-Graduanda em Educação, Pobreza e Desigualdade Social, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

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Para tanto relatar-se-á nesse estudo, o número de famílias que são beneficiadas, se há outras fontes de renda e quantas pessoas na residência estão aptas a trabalhar, pois com a crescente crise que vive o país e consequentemente o aumento do desemprego, o encarecimento de produtos da cesta básica de alimentação como o arroz, feijão, etc. afeta diretamente o mais pobre. Este estudo também tem a intenção de conhecer como o beneficiário do Programa Bolsa Família utiliza o dinheiro recebido, e qual a importância deste para sua renda familiar. Além de indagar qual a contribuição dos Direitos Humanos em suas vidas.

A Constituição Federal em seu Art. 227 afirma que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito: à vida, saúde, alimentação, educação a cultura e a salvo de toda forma de negligencia e exploração. A partir desses pressupostos de direitos fomos ouvir os beneficiários do Programa Bolsa Família. Para que pudéssemos atingir os objetivos propostos, foram realizadas entrevistas com os beneficiários, que expuseram como utilizam esse benefício, pois, em sua essência o programa foi criado para minimizar a desigualdade social.

Camargo (2015) ressalta que junto com o próprio desenvolvimento econômico, cresceu também a miséria, pois a concentração de renda, faz com que milhões passem fome, desnutrição, mortalidade infantil, baixa escolaridade e violência demonstra o grau da desigualdade social no Brasil. A cidade de Figueirão –MS, pequeno município, no interior de Mato Grosso do Sul. Teve sua emancipação política em 29 de setembro de 2003.

A população estimada para 2016, segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), é de três mil e vinte pessoas, dos quais cento e vinte nove famílias são beneficiadas com o Programa Bolsa família. Se as estimativas se cumprir quatro por cento da população recebem auxílio, financeiro através do Programa Social do Governo Federal.

2 JUSTIFICATIVA TEÓRICA

2.1 O programa Bolsa família e os Direitos Humanos no combate à desigualdade social

É importante ressaltar, inicialmente, que se por um lado baixa renda não implica necessariamente em uma vida sem confortos, por outro lado, em um Estado que não garante os serviços básicos de saúde e educação, uma renda elevada pode não ser suficiente para proteger as pessoas dos riscos ligados à pobreza. Draibe (1997) apud Senna et al (2007) afirma que a

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decisão de se tornar a família como unidade de intervenção está respaldada no argumento de que as políticas de proteção à família teriam maior potencial de impactar as condições de vida da população pobre.

O Programa Bolsa Família nasceu como parte de uma estratégia integrada de inclusão social e de desenvolvimento econômico, como menciona Draibe (1997) apud Senna et al (2007) trata – se de experiências bastante diversas no que se refere a critérios de seleção, valor do beneficio e formas de operação, entre outros, compartilhando uma grande riqueza em termos de inovações institucionais.

Como direito assegurado a todo homem como se dispõem em Direitos Humanos o comentário geral nº 12 das Nações unidas citado por Zimmermann (2004, p. 81), “o direito à alimentação adequada realiza – se quando cada homem, mulher e criança, sozinho ou em companhia de outros, tem acesso físico e econômico ininterruptamente, à alimentação adequada”. Para tal cada ente federado deve ficar obrigado a assegurar a todos os cidadãos que se encontra sob sua jurisdição, o acesso à quantidade mínima essencial de alimentos.

Ressalta-se Zimmermann (2004), que essa quantidade deve ser suficiente, garantindo que todos esses cidadãos estejam de fato livres da fome. Segundo Valente (2002) apud Zimmermann (2004) o direito de estar livre da fome é o patamar mínimo da dignidade humana, o qual não pode ser dissociado do direito à alimentação adequada em quantidade, mas também em qualidade. Neste contexto fica clara a necessidade de se implantar melhorias nos programas sociais afins de que possam minimizar de maneira sistêmica as desigualdades social e consequentemente a fome.

Por fim, ao promover a introdução dos direitos humanos entre as famílias participantes do Programa Bolsa Família, estar-se-á contribuindo na estratégia de combate a descriminalização e a desigualdade social. Ao analisar os benefícios do Bolsa Família pode-se avaliar em conjunto a importância dos Diretos Humanos no combate à pobreza, observa-se também a perspectiva das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família para o futuro.

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3 METODOLOGIA

O método de pesquisa utilizado para o levantamento dos dados das questões foi o método indutivo, por ser aquele que parte de questões particulares até chegar a conclusões generalizadas. Como cita Vergara (2000) o método indutivo é aplicado quando se investiga um fenômeno verificando sua repercussão sobre os outros fatos e sua força na realidade social e econômica buscando concluir se existem princípios gerais ou causas explicativas daquilo que se estuda terá natureza exploratória com a utilização de pesquisa de campo, que é a observação dos fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, onde será feita a coleta de dados. Portanto, poderá observar os vários lados de um mesmo objeto com profundidade suas relações. Ainda conforme Vergara (2000) pesquisa de campo é a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-la. Esse projeto terá uma abordagem qualitativa e quantitativa, por levantar questões muito particulares, de valores, crenças e atitudes, busca revelar o espaço das relações e dos significados, que não são perceptíveis e capitados mecanicamente. Quantitativa por trabalhar com o visível o concreto.

Neste estudo foi feito, entrevista e aplicado um questionário de caráter descritivo e qualitativo, respondidos pelas famílias beneficiadas com o Programa Bolsa Família na cidade de Figueirão MS. Aos quais apresentaremos a análise e interpretação dos resultados.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para que possamos compreender melhor a dinâmica do Programa Bolsa Família e como esse beneficiado do programa percebe os Direitos Humanos, apresentamos os resultados da pesquisa de campo, realizada entre os 23 a 27 de setembro de 2016, na cidade de Figueirão-MS. Das cento e vinte nove famílias são beneficiadas com o Programa Bolsa família, foram escolhidas aleatoriamente, onze famílias das quais apenas um entrevistado por família, que respondeu as seguintes questões.

Quando perguntado se já tinha ouvido falar ou tinham conhecimento sobre o que é Direitos Humanos? Todos os entrevistados afirmaram que já ouviram falar ou tem

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conhecimento, na mesma questão o segundo questionamento sobre o que significa Direitos para eles. Houve as seguintes afirmações:

 Direitos Humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independente de

raça sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Incluem a liberdade de opinião e expressão, etc.

 É ser respeitado como gente ter educação, saúde e dignidade.

 É departamento de organização, que tem a função principal de estabelecer o sistema,

e as relações entre os colaboradores em uma empresa.

 Ser visto igualmente pela a sociedade.

 São direitos a liberdade básica de todos os seres incluem o direito à vida, a liberdade

de opinião e de expressão.

 O direito a saúde, educação, moradia, etc.

 Os Direitos Humanos incluem o direito à vida e a liberdade de opinião e de expressão,

o direto ao trabalho e a educação, entre muitos outros.

 É que todas as pessoas devem ser respeitadas indiferente da raça ou cor.  Significa os direitos fundamentais das pessoas.

 É um conceito que está ligado com a ideia de liberdade de pensamento, de expressão,

e a igualdade perante a lei.

 Os diretos são iguais mais não são respeitados muitas das vezes, varia de pessoa. Fazem parte dos Direitos Humanos todo um conjunto de direitos fundamentais, os quais todos os seres humanos, de todos os povos e nações, devem usufruir pelo simples fato de existirem, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, nacionalidade ou posicionamento político. Pois são tidos como universais, aplicáveis a todos os homens e mulheres do planeta, sem nenhuma distinção. (BETONI, 2014).

Apesar de um dos entrevistados entender de maneira diferente quando se referiu ao departamento de recursos humanos das empresas, os demais de uma forma ou de outros citou corretamente o conceito do que venha ser Direitos Humanos. Todos os entrevistados quando questionados sobre a importância dos Direitos Humanos, afirmam que consideram importante.

Quando questionados se teriam conhecimento sobre a importância dos Diretos Humanos no combate à pobreza, oitenta e nove por cento (10) dos entrevistados, afirmaram que sabia, e

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onze por cento (01) afirmaram que não sabia. Podemos observar que a maioria dos entrevistados sabem da importância dos Direitos Humanos no combate à pobreza. Contudo os direitos humanos combatem também a discriminação seja de cor raça sexo ou religião, para que todos tenham as mesmas oportunidades e liberdade.

A declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento de suma importância na história da humanidade, pois surgiu para que fosse estabelecida uma ordem de apoio aos mais variados setores, juventude, meio ambiente, os direitos civis, a renda o direito ao trabalho remunerado. Como citado em sua Declaração (1948).

Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de dezembro de 1948, através da Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral, como norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. Ela estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos.

No questionamento a respeito se o beneficiado ou alguém de sua família, sofrem algum tipo de discriminação por fazer parte do Programa Bolsa Família, sessenta e três por cento (07), afirmaram que não. Outros trinta e seis por cento (04), afirmaram que sofrem preconceitos, por serem beneficiados com o programa, como os descritos a seguir.

 Muitas vezes ouço as pessoas dizerem que vivo só desse dinheiro, que tinha que arrumar

um emprego.

 Porque tenho uma filha especial e as pessoas acham que ganho bem.  As pessoas falam que quem recebe os benefícios são vagabundos.  Zuações por receber Bolsa família.

Como pode ser percebido há discriminação e preconceito com algumas dessas pessoas que recebem o benefício, porém ele é muito importante no auxilio e combate à desigualdade social. É o mais ambicioso programa na história do Brasil. O Bolsa Família nasceu para enfrentar o maior desafio da sociedade brasileira, que é o de combater a fome e a miséria, e promover a emancipação das famílias em situação de maior pobreza no país (BRASIL, 2004).

A Declaração dos Direitos Humanos (1948), em seu Artigo de nº 22 afirma: Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada

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Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.

Na questão sobre a importância dos benéficos do Programa Bolsa Família, todos os beneficiados, considera muito importante. Quando foi perguntado o porquê teve as seguintes afirmações.

 Porque eu uso ele para comprar remédios pra mim e minhas filhas, porque todo mês

tenho que comprar remédio porque o posto de saúde sempre falta alguns.

 Ele completa a renda da família, e nos dá um conhecimento com as palestras.

 Porque ajuda no combate à pobreza e dando uma ajuda mensal, para as famílias que

necessite.

 Ajuda as pessoas viver melhor.

 Porque to desempregada e dependo dessa ajuda para alimentar meus filhos.  Porque ele ajuda diretamente no orçamento familiar.

 Com o Programa Bolsa Família podemos ter uma vida melhor, uma boa alimentação,

etc.

 É importante para poder comprar caderno quando acaba, e comprar leite quando é

preciso.

 Ajuda muito nas despesas de casa, pagar agua, luz, mercado.

 Porque ajuda a manter o aluno na sala de aula e também na parte financeira.

 Porque me ajuda muito nas despesas da minha casa como por exemplo: aluguel, agua,

luz, etc.

Como pode ser observado, um dos entrevistados menciona as palestras que são ministradas aos beneficiários do Programa Bolsa Família. Palestras essas de cunho informativo, que varia de cidade para cidade, pois tem cunho sócio-político. Podemos observar também que quase todas as famílias utilizam o dinheiro recebido como complemento para as despesas básicas da família, cinquenta e quatro por cento (06). E dezoito por cento (02) dos entrevistados considera muito importante o benefício porque mantem o aluno na escola e também ajuda nas questões financeiras. Nove por cento (01) considera importante pois ajuda as pessoas a viverem

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melhor. O mesmo nove por cento (01) por combater a pobreza e outro nove por cento (01) considera importante porque ajuda na compra de remédios.

Sobre os valores recebidos e o número de beneficiados, temos uma média de R$59,75 (cinquenta e nove reais e setenta e cinco centavos) por pessoa. Porém, essa média ao analisar separadamente cada família beneficiada entre os valores e pessoas que depende do mesmo há uma variação bem expressiva. Como pode ser visto na tabela a seguir.

Valores recebidos. Em reais

Número de pessoas

dependente desse valor

Média por Pessoa. Em reais

172,00 02 86,00 257,00 03 85,86 120,00 03 40,00 130,00 03 43,33 163,00 04 40,75 322,00 05 64,40 217,00 03 72,33 158,00 03 52,66 241,00 05 48,20 85,00 01 85,00 286,00 04 71,50 Total = 2.151,00 36 beneficiados

Fonte: Dados coletados nas entrevistas

Como pode ser observado os valores variam de família para família, o que se justifica pelos critérios de escolha dos beneficiados, que segundo dados do Programa são ter renda per capta de ate cento e cinquenta e quatro reais mensais (R$ 154,00). Os beneficiados do Programa

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Bolsa Família entrevistados, oitenta e um por cento (09), vê na assistência social a ligação entre eles e o atendimento médico. E nove por cento (01) não percebe essa ligação e outros nove por cento (01) afirma que não há essa ligação entre assistência social, beneficiado e atendimento médico.

Cem por cento dos entrevistados, afirmaram que, em se tratando da educação escolar, a assistência social participa muito da vida deles. Como afirma a Lei Orgânica da Assistência Social (1993) em seu Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.

Na questão sobre o mercado de trabalho quarenta e cinco por cento (05) tem emprego fixo, dos quais quarenta por cento (02) são homens e sessenta por cento (03) são mulheres. Os outros cinquenta e quatro por cento (06) não tem trabalho fixo. Com o pode ser observado menos da metade dos entrevistados tem trabalho fixo, caso como este faz-nos lembrar da importância desse programa, na vida das famílias. Como reza a Declaração dos Direitos Humanos em seu Artigo de nº 23:

1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.

2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.

3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe assegura, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.

4. todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

Como descreve o item três (03), quando menciona outros meios de proteção social, podemos incluir aqui o Programa Bolsa Família, que supre esse requisito, de auxilio e proteção aos mais necessitados, para que tenham um mínimo de dignidade financeira.

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 É de um dia ter minha própria renda e não precisar mais desse benefício e poder passar

para alguém.

 Eu gostaria que tivesse muita mudança, e não haveria desigualdade social. Acho que

teria que ter igualdades para todos.

 Melhorar mais.

 A minha perspectiva de vida é ver os meus filhos formados e bem empregados, e ter

minha própria loja evangélica.

 Ter minha casa própria.

 Prosperidade, emprego fixo, moradia própria. Independência financeira.  Bom emprego, e uma moradia, para dar bons estudos para meus filhos.  Conseguir uma casa própria e sair do aluguel e um trabalho registrado.

 Ter um bom trabalho para ser independente e deixar a vaga do bolsa família a outra

família.

 Ter nossa própria casa.  Entrevistado não opinou.

Como pode ser observado o maior desejo dos entrevistados é com a conquista da casa própria, setenta e dois por cento (08), seguido de conseguir um trabalho fixo, sessenta e três por cento (07). E desse total vinte oitos (02) por cento deseja conseguir um trabalho e passar o valor recebido do Programa Bolsa Família a outra que esteja necessitando. Outros, vinte oitos por cento (02), almeja conseguir trabalho para oferecer um bom estudo aos filhos. Nove por cento (01) tem na perspectiva para o futuro a igualdade social.

Contudo cabe aos órgãos governamentais a destinação de subsídios para que se possa oferecer as tão sonhadas moradias a essas pessoas, que carecem também de um trabalho digno. Pois o Programa Bolsa Família visa apenas um pequeno auxilio, que supre de forma sucinta as necessidades básicas dos seres humanos. Como citado por Silva (2007, p. 1433):

O Programa Bolsa Família, criado através de medida provisória, transformado em Lei e regulamentado por Decreto, é o principal Programa de Transferência de Renda do governo federal. Constitui-se no principal programa no âmbito da Estratégia Fome Zero. Tem por objetivos: combater a fome, a pobreza e as desigualdades por meio da transferência de um benefício financeiro associado à garantia do acesso aos direitos sociais básicos – saúde, educação, assistência social e segurança alimentar; promover a inclusão social, contribuindo para a emancipação das famílias beneficiárias, construindo meios e condições para que elas possam sair da situação de vulnerabilidade em que se encontram (SILVA, 2007, p. 1433).

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Para finalizar a entrevista, foi perguntado aos entrevistados se desejaria fazer alguma observação ou deixar uma sugestão, teve as seguintes considerações.

 Gostaria muito que nossos governantes pudessem administrar melhor o dinheiro

público e investir principalmente nas áreas mais necessitadas.

 É muito bom o Programa Bolsa Família porque tem muita família carente. Obrigada.  Foi muito importante para mim. Descobri coisas que nem sabia sobre os Direitos

Humanos. Muito bom!

 A minha opinião é que foi um passo muito importante para vocês conseguirem entender

as pessoas.

 Eu acho muito interessante e gostaria que continuasse, porque é um trabalho muito

sério, onde se ouve a opinião das pessoas e ajuda bastante.

 Que seja muito abençoada por Deus.

 Espero que minhas respostas ajudem bastante o desenvolve-lo. Que Deus abençoe a

todos os membros deste estudo. Obrigada.

 Foi bom!!

 Ótimo para aprender mais sobre os direitos humanos.  Entrevistado não opinou.

 Entrevistado não opinou.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dos dados analisados constatou-se que há necessidade por parte do poder público, em dedicar maior atenção para as famílias beneficiadas com o Programa Bolsa Família do município de Figueirão-MS. Visando suprir as necessidades de moradia e trabalho, porque a maioria dos entrevistados não os tem. Contudo, o benefício recebido, tem contribuído para auxilia-los em suas necessidades básicas, porém almejam em um futuro próximo não mais depender do Programa Bolsa Família. Fato este muito importante pois demonstra que o beneficiado, que atualmente depende dos valores recebidos, gostariam de ter sua independência financeira.

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Em contraponto ao que diz o senso comum, “de que pessoas que vivem de assistencialismo não querem trabalhar”, a maioria dos entrevistados afirmou o contrário, pois tem no desejo de arrumar um trabalho fixo, seu segundo maior desejo. Pois o primeiro é o de terem a casa própria. Como o que está assegurado na Constituição Federal Art. 6º “todo ser humana tem direito à moradia digna, saúde e educação e trabalho”, pois esses são direitos sociais. E ao falar em direitos, notou-se que os beneficiados do Programa Bolsa Família têm conhecimentos a respeito dos Direitos Humanos no combate à desigualdade social. Portanto, só nos resta esperar para que dias melhores virão.

Pois, seus direitos são garantidos pela constituição Federal, e reafirmado pelos Direitos Humanos que em sua convenção em 10 de dezembro 1948, através da Resolução nº 217, assinada pelo Brasil na mesma data, que reconhece que todos os povos, todo indivíduo e cada órgão da sociedade deva ter em mente que através do ensino e da educação promover o respeito e a dignidade a esses cidadãos.

Os resultados obtidos através da pesquisa, que nos possibilitou compreendermos, a realidade em que vivem as famílias beneficiadas com o Programa Bolsa Família, na cidade de Figueirão-MS. Constatou-se a eficácia do programa, que foi criado em 2003, como sendo uma ferramenta de combate à fome e a miséria, e promover a emancipação das famílias em situação de maior pobreza no país. Esses valores recebidos realmente ajudam, contudo, o mais importante na vida das famílias contempladas, é ter um trabalho digno.

6 REFERÊNCIAS

__________ Brasil, Programa Bolsa Família. Disponível em: <

http://bolsafamilia.datasus.gov.br/w3c/bfa.asp>. Acesso em 10 setembro de 2016

__________ Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: <

http://www.dudh.org.br/declaracao/>. Acesso em 02 de outubro de 2016.

Biblioteca virtual de Direitos Humanos na Constituição do Brasil 1988. Disponível em:

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http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.htmll >. Acesso em 09 junho de 2016.

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CAMARGO, Orson. "Desigualdade social"; Brasil Escola. Disponível em

<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/classes-sociais.htm>. Acesso em 10 de junho de 2016.

Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:

Disponível em: < http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.htmll >. A cesso em 09 junho de 2016

DRAIBE, S. A construção institucional da política brasileira de combate à pobreza: perfis, processos e agenda. Caderno de Pesquisa n.34. Campinas: NEPP/ UNICAMP, 1997. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. ONU lança relatório sobre situação da população mundial e IBGE mostra quadro da população brasileira. Disponível

em:<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/03122002relatorio_onu.shtm >. Acesso em 10de junho de 2016.

Instituto de Geografia e estatística. Cidades. Figueirão –MS. Disponível, em:

<http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=500390>. Acesso em: 20 de setembro de 2016.

Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004. Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências. Brasília, 2004a. Disponível em:

<http://www.camara.gov.br/sileg/integras/574778.pdf> . acesso em 10de junho de 2016. SENNA, M. C. M. et al. Programa Bolsa Família: nova institucionalidade no campo da

política social brasileira. Rev. Katál. Florianópolis v. 10 n. 1 p. 86-94 jan./jun. 2007

SILVA, Maria Ozanira da Silva e. O Bolsa Família: problematizando questões centrais na política de transferência de renda no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 6, p.1433, dez. 2007, p, 1433. Disponível. Em:

http://www.redalyc.org/pdf/630/63013517006.pdf. Acesso em: 09 de outubro de 2016. VALENTE, Flávio. (2002). O direito à Alimentação. In:______ . Benvenuto,

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ZIMMERMANN, Clóvis Roberto. Combate à fome e o direito humano à alimentação no

Referências

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