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ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES SOB CUIDADOS INTENSIVOS

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Academic year: 2021

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ISSN: 2595.5039

ANGÉLICA FERREIRA DE CASTRO Pós graduação em Urgência e Emergência

e UTI do adulto pelo instituto Health. Enfermeira pela universidade Unida de Campinas- FacUnicamps. E-mail: angelica_castrotps@hotmail.com.

FERNANDA GOMES DE DEUS LIMA

Enfermeira pela universidade Unida de Campinas- FacUnicamps.

E-mail: fernadagomesdedeuslima@gmail.com.

DRA. MARISLEI ESPÍNDULA BRASILEIRO Professora, orientadora.

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES SOB CUIDADOS INTENSIVOS

NURSING ACTION IN PREVENTING PRESSURE INJURY IN PATIENTS UNDER INTENSIVE CARE

ACCIÓN DE ENFERMERÍA PARA PREVENIR LESIONES POR PRESIÓN EN PACIENTES EN CUIDADOS INTENSIVOS

RESUMO: O objetivo deste trabalho é identificar, na literatura, evidências científicas sobre a atuação da enfermagem na prevenção de lesão por pressão em pacientes, em Unidade de Terapia Intensiva. Tal estudo trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura em fontes da Biblioteca Virtual em Saúde - BIREME, da Literatura Latino-Americana e do Conselho Federal de Enfermagem (COFEn). Os resultados obtidos evidenciaram que deve ser realizada uma implementação de protocolos para a prevenção de lesão por pressão como cuidados após a internação, principalmente na UTI, pois nesta há uma maior predisposição para adquirir LPP. Deve-se também ser realizada uma avaliação de risco utilizada em escalas de predição de riscos. A mais recorrente no Brasil é a de Braden, a qual indica que é necessário o enfermeiro observar alguns aspectos como: verificar a pele, principalmente nas proeminências ósseas; efetuar a troca de decúbito de 2 em 2 horas; e realizar a higiene e a hidratação corporal, diminuindo as taxas de LPP. Concluiu-se, assim, que o enfermeiro é o profissional com perfil para a prevenção das lesões por pressão, desde que o mesmo seja qualificado e adote as medidas preventivas e os protocolos necessários.

Palavra-chave: Enfermagem; Lesão por pressão; Unidade de Terapia Intensiva; Cuidados de enfermagem; Avaliação de risco

ABSTRACT: The aim of this paper is to identify, in the literature, scientific evidence on the role of nursing in

the prevention of pressure injury in the intensive care unit. This study is an Integrative Literature Review from the sources of the Virtual Health Library - BIREME, the Latin American Literature and the Federal Council of Nursing (COFEn). Results: Studies showed that the implementation of protocols for the prevention of pressure injury should be implemented, and some care should be taken after hospitalization, especially in the ICU, since the more predisposition to acquire LPP should be the risk assessment. used in risk prediction scales, the most used in Brazil is Braden, should observe the skin, especially in the bony prominences, should change the position of 2/2 hours and perform hygiene and body hydration, reducing LPP rates. It is concluded that the nurse is the professional with profile for the prevention of pressure injuries, so that he is qualified and adopts preventive measures and protocols

Keyword: Nursing; Pressure injury; Intensive care unit; Nursing care; Risk assessment.

RESUMEN: El objetivo de este trabajo es identificar, en la literatura, evidencia científica sobre el papel de la enfermería en la prevención de lesiones por presión en pacientes en una Unidad de Cuidados Intensivos. Este estudio es una Revista Integrativa de Literatura en fuentes de la Biblioteca Virtual en Salud - BIREME, Literatura Latinoamericana y el Consejo Federal de Enfermería (COFEn). Los resultados obtenidos mostraron que se deben implementar protocolos para la prevención de lesiones por presión como la atención poshospitalaria, especialmente en la UCI, ya que existe una mayor predisposición a adquirir LPP. También se debe realizar una evaluación de riesgos utilizada en escalas de predicción de riesgos. El más recurrente en Brasil es el de Braden, que indica que es necesario que las enfermeras observen algunos aspectos, como: revisión de la piel, especialmente en prominencias óseas; cambie la posición de decúbito cada 2 horas; y realizar higiene e hidratación corporal, disminuyendo las tasas de LPP. Se concluyó, por tanto, que el enfermero es el profesional con un perfil para la prevención de lesiones por presión, siempre que esté calificado y adopte las medidas y protocolos preventivos necesarios.

Palabra clave:Enfermería; Lesión por presión; Unidad de terapia intensiva; Cuidado de enfermera; Evaluación de riesgos.

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1 INTRODUÇÃO

Lesão por Pressão (LPP) é definida por um dano na pele ou nos tecidos moles subjacentes à epiderme. Geralmente as lesões ocorrem sobre uma proeminência óssea, um dispositivo médico ou outro dispositivo. Elas são classificadas em quatro categorias: categoria I - caracteriza-se por um eritema não branqueável, por alterações da pele, edemas e calor; categoria II - apresenta uma perda parcial da espessura da pele; categoria III - semelhante à perda total da espessura da pele; categoria IV – há exposição óssea, tendínea e muscular (PETZ et al, 2017).

Nesse contexto, é relevante ressaltar que as lesões por pressão podem ser classificadas também como: a) lesão por pressão não classificável, cuja característica é a perda da pele em espessura total e a perda tissular, porém isso não pode ser mensurado, pois está encoberto por esfacelo ou escara; b) lesão por pressão tissular profunda: nesse tipo de lesão, a pele mantém-se intacta ou não, a área afetada fica com descoloração vermelho escuro, marrom ou púrpura, que não embranquece ou surgem bolhas com exsudato sanguinolento; c) lesão por pressão relacionada a dispositivo médico: geralmente apresenta o padrão e a forma do dispositivo médico; d) lesão por pressão em membranas mucosas: esta ocorre devido ao uso dos dispositivos e a lesão não pode ser classificada (FAVRETO et al, 2017).

A avaliação das lesões é feita através da análise da ferida em relação à sua localização, ao tipo de exsudato, de tecido exposto, à margem da ferida, à pele perilesional e à dor declarada pelo paciente (FAVRETO et al, 2017).

A LPP é uma ferida crônica com reincidência frequente. Como consequências, surgem dor e angústias nos indivíduos e nos familiares (PETZ et al, 2017). Ela é considerada com um evento adverso, pois pode ser evitada. A incidência de LPP, por sua vez, é resultado direto da qualidade dos cuidados de enfermagem e multiprofissional (ZIMMERMANNI et al, 2018).

Diante disso, a segurança do paciente deve ser o foco das ações da assistência de enfermagem, porque a LPP é compreendida como qualquer lesão a partir da sua exposição causada pela pressão tecidual prolongada, o que desencadeia danos de grande magnitude, principalmente nas proeminências ósseas. Desse modo, as lesões por pressão estão relacionadas ao tempo de exposição e à intensidade de pressão na pele (CONSTANTIN et al, 2018).

A prevenção de lesão por pressão é um grande desafio para equipe multiprofissional, que exigi uma equipe qualificada para identificar os fatores de risco e planejar e implementar ações eficazes para a prevenção e o tratamento (MENDONÇA et al, 2018). A equipe de enfermagem deve criar protocolos e implementa-los para a redução dos índices de LPP (MEDEIROS et al, 2017).

Vale ressaltar que o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) regulamentou a equipe de enfermagem nos cuidados das lesões, com o objetivo de efetivar o cuidado e a segurança do paciente

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(COFEN, 2015). Nesse sentido, a resolução do COFEN Nº 0567/2018 destaca as competências do enfermeiro:

Avaliar, prescrever e executar curativos em todo tipo de ferida em pacientes sob seus cuidados, além de coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidados de pessoas com feridas (COFEN Nº 0567/2018).

O surgimento de uma LPP é complexo. Ele envolve fatores intrínsecos como idade, comorbidades, déficit de mobilidade, estado nutricional, entre outros; há também fatores extrínsecos, tais quais a própria pressão e o cisalhamento da lesão (PETZ et al, 2017).

O paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva está propício aos fatores associados à LPP (MEDIEROS et al, 2015). Sabe-se que enfermos acamados e com restrição da motilidade estão mais favoráveis a desenvolverem lesão por pressão. Assim, pacientes tetraplégicos e idosos com fraturas de fêmur atingem as mais altas taxas de complicação. Logo, um dos setores hospitalares mais suscetíveis a desenvolver tal complicação é a UTI (ALENCAR et al, 2018).

Na Unidade de Tratamento Intensivo – UTI - há grandes possibilidades de desenvolvimento das LPP, visto que há instabilidade hemodinâmica, diminuição da mobilidade, do oxigênio e da perfusão e devido ao grande número de dispositivos e tecnologias duras, o que dificulta as estratégias de prevenção (PETZ et al, 2017).

De acordo com estudo realizado por Alencar et al (2018), pode-se afirmar que pacientes com a idade média de 54 a 75 anos têm maior possibilidade de desenvolverem LPP; outro aspecto de relevância do surgimento da lesão é a maior prevalência no gênero masculino. Podem ser realizadas algumas medidas preventivas tais como, limpeza, mudança de decúbito e a utilização de colchões piramidais (ALENCAR et al, 2018).

Logo, para a prevenção da LPP, devem-se utilizar as escalas de predição de riscos, juntamente com o julgamento clínico. Essas ferramentas auxiliam o enfermeiro na avaliação do paciente. As estratégias mais utilizadas na prevenção são: Norton, Gosnell, Waterlow e a de Braden. Destas a de Braden é a mais utilizada e estudada no Brasil (ZIMMERMONN et al, 2017).

A escala de Braden consiste em seis subescalas: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição, fricção e cisalhamento. O escore total varia de 6 a 23 pontos, sendo que os índices menores ou iguais a 9 indicam risco muito alto; os de entre 10 a 12 apontam risco alto; entre os de 13 a 14 risco moderado; os de 15 a 18 risco baixo; e entre 19 a 23 ausência de risco (PETZ et al, 2017).

Um estudo por Benevides et al (2017) por meio da revisão integrativa descobriu que é de suma importância a implementação de medidas preventivas para a redução das LPP. Nesse sentido, deve-se utilizar superfícies de apoio, coberturas biológicas, realizar a mudança de decúbito, analisar os fatores de risco, monitorar a pressão da pele, principalmente nas proeminências ósseas e realizar a criação de programas e/ou protocolos para a prevenção das LPP (BENEVIDES et al 2017).

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Diante disso, a presente pesquisa tem como propósito estimular o profissional de enfermagem para que possa prevenir as lesões por pressão em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Sugere-se que isso seja feito através de métodos e ferramentas como as escalas de predição, mais especificamente a escala de Braden, juntamente com um diagnóstico clínico, obtendo um atendimento completo e com qualidade, prevenindo futuras LPP.

2 OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo identificar, na literatura, evidências científicas sobre a atuação da enfermagem na prevenção de lesão por pressão em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização desta pesquisa, foi uma utilizada a Revisão Integrativa da Literatura que, segundo Soares et al (2014), caracteriza-se como busca e achados de estudos já existentes, desenvolvidos através de diferentes metodologias disponíveis em variadas fontes. Isso possibilita aos pesquisadores sintetizar e extrair os resultados sem ferir a referência dos estudos incluídos e utilizados. Essa busca ocorreu no período de agosto a setembro de 2019 e foi desenvolvida através de seis fases, conforme Mendes, Silveira e Galvão (2008):

Fase 1: identificação do tema ou questionamento da Revisão Integrativa. Essa fase refere-se à temática - “Atuação da enfermagem na prevenção de lesão por pressão em pacientes sob cuidados intensivos” - que surgiu durante a graduação do curso de Enfermagem, logo após os estágios supervisionados.

Fase 2: amostragem ou busca na literatura. A busca das publicações ocorreu em fontes da Biblioteca Virtual em Saúde - BIREME, na Literatura Latino-Americana e no Conselho Federal de Enfermagem (COFEn). Para o levantamento dos artigos, foram usados os seguintes descritores de saúde (Decs): Enfermagem; Lesão por pressão; Unidade de Terapia Intensiva; Cuidados de enfermagem; Avaliação de risco. A escolha dos Decs foi determinada por eles pertencerem ao tema proposto ou fazerem referências e serem reconhecidos como descritores em ciência da saúde. Como critérios de inclusão dos estudos, contemplaram-se artigos publicados entre o período de 2013 a 2018, disponíveis nos idiomas português e inglês, nas fontes de pesquisas já referidas.

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Fase 3: categorização dos estudos. As informações obtidas foram selecionadas de acordo com os seguintes critérios de inclusão: título do artigo, ano, local, periódico/revista, metodologia dos artigos; e resultados das pesquisas com as respectivas conclusões.

Fase 4: avaliação dos estudos incluídos na Revisão Integrativa. Os estudos foram avaliados primeiramente por seus títulos e por seus resumos, de acordo com os resultados obtidos e com o objetivo o qual se buscava alcançar, de maneira que a sua resposta deveria ser satisfatória e conclusiva.

Fase 5: interpretação dos resultados. Os resultados de cada artigo foram obtidos após longa leitura, para que os dados fossem avaliados e agrupados em categorias.

Fase 6: síntese do conhecimento evidenciado nos artigos analisados ou apresentação da Revisão Integrativa. As informações obtidas foram dispostas numa tabela. Através desta, a discussão dos dados foi realizada por divisão das informações de modo que permitisse uma melhor compreensão e interpretação. Logo, os elementos obtidos foram dispostos em: referências, objetivo, metodologia, principais resultados e por fim, síntese.

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4 RESULTADOS

Foram selecionados para esse estudo seis artigos, dos quais três são qualitativos e 3 quantitativos. As revistas periódicas utilizadas foram: Revista Espaço para a Saúde, Revista Gestão & Saúde, Revista Foco, Revista Escola Anna Nery, Revista de Enfermagem UFPE e Revista J Health Sci Inst.

Quadro 1 — Resultados dos estudos publicados entre 2013 a 2018

No. REFERÊNCIAS RESULTADOS SÍNTESE 01 DANTAS, A.L.M.; et

al. Prevenção de úlceras por pressão segundo a perspectiva do enfermeiro intensivista. Rev enferm UFPE, v. 7, n. 1, p. 706-712, mar., Recife, 2013.

Para prevenir as LPP, deve haver uma abordagem sistemática, realizando mudança de decúbito de 2/2 horas, realizar a avaliação de risco, juntamente com o cuidado da pele, deve utilizar placas protetoras e colchão de ar. Em pacientes acamados, deve-se utilizar um forro para realizar a troca de decúbito, evitando a fricção e deixar a cabeceira do leito abaixo de 30º para diminuir a pressão na região sacral, favorecendo a prevenção de LPP.

- Realização de mudança de decúbito de 2/2 horas; - Avaliação de risco; - Execução de cuidado com a pele, fazendo a higienização e usando hidratantes;

- Utilização de placas protetoras e colchão de ar.

02 FAVRETO, F.J.L., et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão. Revista

Gestão & Saúde, v.

17, n. 2, p. 37-47, 2017.

As lesões acometem muitas pessoas, independente do gênero, idade e etnia. Isso se torna um agravo na saúde pública. Com o surgimento dessas lesões, os gastos são elevados e a qualidade de vida é prejudicada. É de suma importância que o enfermeiro tenha conhecimento sobre o processo do tratamento do paciente e que o profissional desenvolva protocolos para a prevenção da LPP e que ele também incentive e treine sua equipe para ofertar um tratamento de qualidade ao enfermo. - Atenção às alterações da pele; - Identificação dos pacientes de risco; - Higienização do paciente e do leito; - Mudança de decúbito; - Deambulação precoce; - Massagem de conforto. 03 GOTHARDO, A.C.L.O.; et al. Incidência de úlcera por pressão em pacientes internados

A determinação do risco para o desenvolvimento da úlcera deve ser a primeira medida a ser tomada. Foi utilizada a escala de Braden, juntamente com as escalas de Glasgow e a de - Utilização escala de Braden, para a identificação de paciente de risco; - Capacitação Profissional;

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em unidade de terapia intensiva adulto. J

Health Sci Inst. v. 35,

n. 4, p. 252-256, 2017.

Ramsay para os pacientes sedados, para determinar se a percepção diminuída favorece o desenvolvimento das LPP. Observou-se que os pacientes, que tiveram a percepção diminuída, têm mais possibilidade de desenvolver a lesão, pois os mesmos não conseguem reagir ao desconforto ocasionado pelo excesso de pressão nas proeminências ósseas.

- Criação Protocolos para a prevenção das LPP. 04 HOLANDA, O.Q.; et al. Efetividade do protocolo para prevenção de lesões por pressão implantado em Unidade de Terapia Intensiva. Rev Espaço

para a Saúde, v. 19,

n. 2, p. 64-74, Dez, 2018.

Foram analisados pacientes com prevalência do gênero masculino, com idade média de 45 anos, com escore na escala de Braden de 12,4 e com o tempo de internação de 9,8. Após a internação, houve um surgimento de LPP de 22,3% nos pacientes internados, sendo que 12,4% dos casos ocorreram na região calcânea. Com a implementação do protocolo, ocorreu uma redução das taxas. Foram utilizados aliviadores de pressão na região calcânea e placas de hidrocolóides na região sacral. - Criação de protocolos; - Utilização de aliviadores de pressão; - Utilização de placas de hidrocolóides; 05 SOARES, R.S.A.; et al. Significado do protocolo de úlcera por pressão: qualificando a gerência do cuidado do enfermeiro. Enferm. Foco v. 8, n. 3, p. 19-24, 2017.

Os profissionais afirmam que os protocolos facilitam o gerenciamento dos cuidados, pois estes oferecem condutas a serem seguidas. São utilizados os diagnósticos de enfermagem relacionados à integridade da pele para instituir as medidas do protocolo, porém alguns desses passos não são realizados por causa da redução da equipe.

- Criação de protocolos; - Realização da troca de decúbito de 2/2 horas; - Realização da higienização da pele; 06 VASCONCELOS, J.M.B.; CALIRI, M.H.L.; Ações de enfermagem antes e após um protocolo de prevenção de lesões por pressão em terapia intensiva. Esc Anna

Nery, v. 21, n. 1,

2017.

Após a utilização do protocolo, foi observado um aumento das ações de prevenção pela equipe de enfermagem; foi realizada a avaliação de risco de lesão por pressão; utilizou-se a escala de Braden para avaliar o risco de LPP; houve aumento da inspeção da pele nas proeminências ósseas, bem como um maior cuidado na

- Avaliação de risco de lesão por pressão;

- Utilização da escala de Braden;

- Inspeção da pele nas proeminências ósseas; - Higienização e a utilização de hidratante; - Realização de mudança de decúbito de 2/2 horas.

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conduta de higienização e de hidratação e da realização de mudança de decúbito.

Fonte: DANTAS et al, 2013; FAVRETO et al, 2017, GOTHARDO et al, 2017; HOLANDA et al, 2018; SOARES et al ,2017; VASCONCELOS et al, 2017.

Os estudos acima evidenciaram a necessidade de realizar-se a implementação de protocolos de prevenção de lesão por pressão. Logo, determinadas providências devem ser tomadas como: Capacitação Profissional (GOTHARDO et al, 2017); criação de protocolos para a prevenção das LPP (GOTHARDO et al, 2017; HOLANDA et al, 2018; SOARES et al ,2017); utilização de aliviadores de pressão, tais quais placas hidrocolóides e colchões de ar (DANTAS et al, 2013; HOLANDA et al, 2018); avaliação de risco e inspeção da pele (DANTAS et al, 2013; FAVRETO et al, 2017; SOARES et al, 2017; VASCONCELOS et al, 2017), principalmente nas proeminências ósseas (VASCONCELOS et al, 2017); troca de decúbito de 2/2 horas (DANTAS et al, 2013; FAVRETO et al, 2017; SOARES et al, 2017; VASCONCELOS et al, 2017); realização de higiene e de hidratação corporal (DANTAS et al, 2013; FAVRETO et al, 2017; SOARES et al, 2017; VASCONCELOS et al, 2017); identificação dos pacientes em risco de LPP (DANTAS et al, 2013; FAVRETO et al, 2017; GOTHARDO et al, 2017); deambulação precoce (FAVRETO et al, 2017); e massagem de conforto (FAVRETO et al, 2017).

5 DISCUSSÃO

Segundo Holanda et al (2018), a maior prevalência de lesão por pressão (LPP) ocorre em pessoas do gênero masculino e em idosos. Nesse contexto, a escala de Braden é uma ferramenta essencial na assistência ao paciente, o que auxilia nos cuidados intensivos em pacientes internados. A unidade de terapia intensiva (UTI) é o único setor que possui um protocolo voltado para a prevenção de LPP, que inclui medidas de prevenção e de aplicações de protetores, principalmente nas áreas do calcâneo, onde há uma maior prevalência para desenvolver LPP. E após a implementação desses protocolos de prevenção e da capacitação dos profissionais, houve uma redução significativa nas taxas de LPP, segundo a literatura pesquisada.

Para Vasconcelos et al (2017), a adoção de métodos preventivos com um conjunto de recomendações para evitar o surgimento de LPP gerou uma mudança positiva nas ações dos profissionais de enfermagem. Estas estão relacionadas à pratica de avaliação do risco e de condição da integridade da pele, durante o banho no leito, porém ainda existe uma necessidade de incrementar a adoção dessas ações, tanto no dia da admissão do paciente, quanto nos dias subsequentes. As escalas

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de avaliação de risco juntamente com o raciocínio clínico dos profissionais podem auxiliá-los no desenvolvimento de medidas intervencionais protetivas para os pacientes.

Nos estudos realizados por Dantas et al (2013), as medidas de prevenção aplicadas na prática assistencial aos pacientes devem ser feitas rigorosamente, realizando a troca de decúbito de 2/2 horas, a avaliação de risco, a higienização e a hidratação da pele. Além disso, deve-se utilizar placas de hidrocolóides nas proeminências ósseas e colchão de ar, aliviando a pressão exercida nessas áreas. É observado que os profissionais instituem um cuidado importante para a prevenção, contudo, foi analisado que o nível de conhecimento por parte desses profissionais é insuficiente para a prevenção de LPP. Logo, eles devem ser capacitados para garantir uma assistência de qualidade aos pacientes.

Por sua vez, Soares et al (2017) afirma que os enfermeiros concebem os protocolos como um instrumento qualificador do cuidado. Nesse contexto, os enfermeiros têm desenvolvido pesquisas com o objetivo de agregar o conhecimento aos cuidados, a fim de impactar positivamente na qualidade da assistência. Os protocolos são um facilitador do cuidado, pois são baseados em evidências que permitem a melhora da qualidade e a segurança do paciente. Assim, é de suma importância que o enfermeiro tenha um conhecimento qualificado para a prevenção, promoção e recuperação do paciente.

Gothardo et al (2017) conclui que as LPP, em pacientes internados na UTI, precisam de estratégias eficazes, no intuito de melhorar as condições de assistência aos enfermos. Destes, foi observado que, em pacientes idosos, a predominância de lesão é na região sacral. Além disso, analisou-se o nível de consciência e de avaliação de risco na UTI, o que apontou uma maior dependência da equipe de enfermagem por parte desses pacientes. Por conseguinte, conclui-se que é fundamental a adoção de protocolos assistenciais e de prevenção, com foco de melhorar a qualidade da assistência, tornando-a mais humanizada e reduzindo as taxas de lesão por pressão.

Nesse cenário, os estudos realizados por Benevides et al (2017) ratificam que as intervenções de enfermagem na prevenção de lesão por pressão na UTI devem ser analisadas criteriosamente com base nas avaliações da integridade da pele do paciente, levando em consideração as peculiaridades próprias da internação. Foi averiguada a importância da implementação de medidas preventivas, como por exemplo, o uso de superfícies de apoio variadas, utilização de colchões com alternância de pressão, adesão de protocolos de prevenção à LPP, além da mudança de decúbito para a redução das taxas de LPP nas unidades de terapia intensivas.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as pesquisas realizadas, foi possível constatar que há evidências científicas sobre a necessidade de assistência e de cuidado com pacientes com lesão por pressão na UTI, juntamente com a implementação de protocolos de prevenção.

Um enfermo com LPP, considerado como problema de saúde pública, necessita de atendimento de qualidade. Para isso, o enfermeiro deve ser capacitado para ofertar um melhor atendimento, visando à prevenção de lesões. Logo, é importante adotar medidas de precaução para a redução das taxas dessas lesões nos pacientes internados na UTI.

Assim, com os resultados das discussões desta pesquisa, espera-se que o assunto seja mais contemplado, futuramente, tanto na área intra ou extra-hospitalar, buscando a educação continuada dos profissionais, melhorando assistência aos enfermos e facilitando a detecção de novos casos de LPP. Com a preparação voltada para a identificação e à prevenção das lesões por pressão, o profissional deve assistir de maneira mais qualificada o enfermo, devolvendo e proporcionando a ele, desse modo, mais qualidade de vida.

Nesse sentido, é importante prevenir a LPP no paciente por meio de medidas simples como: realizar a mudança de decúbito de 2/2 horas; efetuar a avaliação de risco (Escala de Braden); promover o cuidado com a pele, fazendo higienização e hidratação com produtos hidratantes; buscar capacitação profissional; criar protocolos para a prevenção das LPP; utilizar aliviadores de pressão e de placas de hidrocolóides; e inspecionar a pele nas proeminências ósseas.

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7 REFERÊNCIAS

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acessado 14/10/2019 às 15:25

COREN. Conselho Regional de Enfermagem. Parecer técnico COREN/PR Nº 06/2017. Disponível

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https://www.corenpr.gov.br/portal/images/pareceres/PARTEC_17_006-Realizacao_curativos_grau_II_tecnicos_auxiliares_enfermagem.pdf acessado 14/10/2019 às 16:55

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Referências

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