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Câmara Municipal de São Carlos Capital do Conhecimento

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Câmara Municipal de São Carlos

Capital do Conhecimento

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SESSÃO ORDINÁRIA 15 DE DEZEMBRO DE 2020

Esta Ata foi lida e conferida pelo vereador Luis Enrique, 1º Secretário

Aos quinze dias do mês de dezembro de 2020, às quinze horas, no plenário “Dr. Antonio Stella

Moruzzi” da Câmara Municipal, realizou-se a presente sessão ordinária. PRESIDENTE LUCÃO

FERNANDES: Boa tarde a todos. Dando início à 40ª Sessão Ordinária do dia 15 de dezembro de

2020. Solicito ao nobre vereador Robertinho Mori Roda a gentileza de proceder com a chamada dos

Srs. Vereadores. VEREADOR ROBERTO MORI RODA: Pois não. Lucão Fernandes. SR.

PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Presente. VEREADOR ROBERTO MORI RODA:

Presente. Sérgio Rocha. Luis Enrique. Robertinho Mori. Presente. Azuaite Martins de França.

VEREADOR AZUAITE FRANÇA: Presente. VEREADOR ROBERTO MORI RODA:

Presente. Cidinha do Oncológico. Ausência justificada. Daniel Lima. Dimitri Sean. VEREADOR

DIMITRI SEAN: Presente. VEREADOR ROBERTO MORI RODA: Presente. Ditinho

Matheus. Ausência justificada. Edson Ferreira. Presente. Elton Carvalho. VEREADOR ELTON

CARVALHO: Presente. VEREADOR ROBERTO MORI RODA: Presente. Gustavo Pozzi. VEREADOR GUSTAVO POZZI: Presente. VEREADOR ROBERTO MORI RODA: Presente.

Julio Cesar. Laide da Uipa. VEREADORA LAIDE SIMÕES: Presente. VEREADOR

ROBERTO MORI RODA: Presente. Leandro Guerreiro. VEREADOR LEANDRO GUERREIRO: Presente. VEREADOR ROBERTO MORI RODA: Presente. Malabim.

Marquinho Amaral. Ausência justificada. Moises Lazarine. VEREADOR MOISES LAZARINE:

Presente. VEREADOR ROBERTO MORI RODA: Presente. Paraná Filho. Rodson Magno.

Roselei Françoso. E Luis Enrique presente. Malabim presente. Doze vereadores presentes, Sr.

Presidente. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Havendo número regimental, declaro

aberta a presente Sessão. Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. E solicito a todos aqueles que puderem se colocar de pé para que, juntos, possamos cantar o Hino Nacional e também

o de São Carlos. [execução do Hino Nacional] [execução do Hino de São Carlos] SR.

PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Solicito ao nobre vereador Luis Enrique, Kiki, a

gentileza de proceder com a leitura da bíblia. VEREADOR LUIS ENRIQUE: Salmo 1º: "Bem

aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda do escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto à ribeira de águas, a qual dá seu frito nas estações próprias e cujas folhas não caem e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios, mas são como a moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não substituirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos

justos, mas o caminho dos ímpios perecerá". SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Muito

obrigado, nobre vereador, Dr. Luis Enrique, Kiki. Solicito agora, também, a gentileza do nobre vereador Luis Enrique, Kiki, a gentileza de proceder com a leitura dos votos de pesar.

VEREADOR LUIS ENRIQUE: Relação de votos de pesar. Irma Maria Dotta Falacci, Fabiana de

Fátima Rodrigues, Lúcia Conti de Souza, Haydee Vulcano Hiene, Edson Galdino Junior, Oscar Laureano da Silva, Robert Henrique Pereira, Afrânio Roberto Zambel, Vicente Negrisolo Filho, Maria de Lourdes Troy, Oswaldo Marucci, Osvaldo Adauto, Maria Stella Geribello do Amaral, José Gobetti, Luiz Pari, Sandra Aparecida Zaniboni Dornfeld, Isabel de Carvalho Macedo, Juliana de Aurélio Traina, João Carlos Boni, Luzia Margarida Nonato Pereira, Branca Pinto Alves, Sônia

Lopez Abdelnur, Rosa Martins, Irineu Francisco Pereira, Wilson Kendy Tachibana. SR.

PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Muito obrigado, nobre vereador. Solicito também a

gentileza de todos aqueles que puderem se colocar de pé, para que, juntos, possamos guardar um

minuto de silêncio em memória dos falecidos. [um minuto de silêncio] SR. PRESIDENTE

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falar? É a Michele? Pode se dirigir aqui à tribuna. Michelle, Adriana e Cássia. Por até dez minutos.

Da ONG MID. SRA. MICHELE: Boa tarde a todos. Agradecemos a cessão desse espaço na

Tribuna Livre. Eu sou a Michele, sou coordenadora da Pastoral da Inclusão da Igreja Católica, e estou aqui com a Cássia, representando as entidades de atenção à pessoa com deficiência, e também a Adriana representando as entidades de proteção animal. O que nos traz aqui hoje é um apelo, um pedido a uma atenção dos senhores a uma problemática existente em nosso município, muito séria, mas ainda bastante negligenciada que é o prejuízo, os danos e o risco de morte às pessoas com deficiência animais domésticos e silvestres pela queima de fogos de artifício. Nós temos a lei municipal de 2016 que proíbe já a queima, uma lei voltada à proteção animal. E temos também muitas ações de educação e conscientização à população, mas ainda que tem sido insuficientes para evitar sanar esses danos. Como vocês poderão ouvir do depoimento da Sra. Adriana e da Sra.

Cássia, que vão falar logo em seguida. E a quem agora eu dirijo a palavra. SRA. ADRIANA: Boa

tarde a todos. Nós sabemos que é um problema não só para os animais, mas também para os idosos e as crianças. Todas as crianças, tem crianças mais sensíveis, como tem animais mais sensíveis também. Então, não adianta as pessoas se divertirem se os animais vão sofrer. E esse risco é até a morte, em alguns casos. O uso de fogos de artifício com estampido pode causar ataque cardíaco, levar o animal até mesmo ao infarto e levar à morte, o estouro dos tímpanos também. Há casos, relatos na internet que eles causam hemorragia e o animal fica surdo mesmo. A ansiedade ocasiona até a convulsões, muitos casos de cães mais sensíveis, até a morte. E se ele estiver preso, muitas vezes o dono deixa o seu animal de estimação preso em um canto, em uma corrente, e por causa da ansiedade e agitação, ele acaba se estrangulando. Alguns relatos de morte mesmo do animal, que ele morreu enforcado devido a essa ansiedade, né? Ele se debate, no fim todo mundo está lá festejando e vai ver, o animalzinho já está estrangulado. E outras reações também, consequências, vômitos, náuseas. Então, sendo assim, viemos pedir, por ser uma cidade considerada a capital da tecnologia, tem muitos doutores, e tem várias cidades, estados, onde é proibido o uso de fogos de artifício. Então, nós viemos hoje pedir uma solução, tá bom? Pela causa pet, para todos os animais, e também

os idosos e as crianças. Fica com a palavra a Cássia. Tá bom? Obrigada. SRA. CÁSSIA: Boa tarde

a todos. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Boa tarde. SRA. CÁSSIA: Meu nome é

Cássia, sou presidente da ONG Mid. E venho aqui não só como presidente da ONG Mid, mas como avó de quatro crianças especiais. Bom, eu queria a atenção de vocês para esse assunto que é muito importante para nós. Como todos sabem, as festas de final de ano estão chegando, e com elas, os fogos de artifício, que é o nosso maior pesadelo. Que para nós, mães e cuidadores de pessoas com deficiência, é um momento de terror. Uma criança com autismo tem muita sensibilidade auditiva, para essas crianças o som dos fogos de artifício é uma tortura. Eles entram em crises e eles tentam abafar o som com as mãos, e gritam e choram, convulsionam. Só quem tem um na família sabe o terror que é isso. O desespero toma conta dessa criança, dessa pessoas, desse idoso. E esse espero vai para toda a família, não fica só com essa criança, não. Não é só com a pessoa que tem. Porque a gente se sente incapaz de socorrer. Os idosos acamados não entendem o que é o barulho, se assustam, o batimento cardíaco aumenta, a pressão aumenta, eles correm risco de morte. As crianças especiais com paralisia cerebral não entendem o barulho. Tudo isso vira tortura para essas pessoas, tortura que pode ser evitada com muita facilidade, basta não soltar os fogos. Por esse motivo, venho até os senhores como representante da ONG MID, onde nós temos muitas crianças especiais e idosos que sofrem com o barulho dos fogos de artifício, que nos ajudem impedindo essa comemoração, que pode matar uma das nossas crianças - E eu sou avó de quatro delas - com necessidades especiais, sinto na pele o desespero dessas crianças. Me sinto impotente quando elas gritam pedindo para parar. Muitas mães medicam seus filhos com calmante nesses dias para não acontecer o pior. Nós, mães e cuidadores, não podemos comemorar as festas com os nossos filhos, pois não... Prefiro ver eles dormindo, dopados, do que em crise, em surtos. Para não ver eles em

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crises, damos remédios para dormir. Isso é uma prática das mães sem autorização médica. Nenhum médico autoriza a gente a fazer isso. Mas eu já precisei sair com o meu tendo um enfarto dentro de casa devido à comemoração de um jogo. já tive que sair com o meu saindo de casa devido à comemoração de um jogo. Cinco minutos de euforia com fogos de artifício traz para qualquer pessoa que está soltando os fogos, geram oito dias, ou mais, de tortura para nós. São torturas de muitas vezes das crianças serem internadas e irem parar na UTI. Tudo o que a gente pede é para que vocês nos ajudem. Nos ajudem a manter as nossas crianças, os nossos idosos vivos. Assim como ajudar a manter os animais vivos. Agora, como avó, eu só tenho uma coisa par afalar, eu tenho quatro crianças especiais na minha casa, dois autistas, e eu perguntei para eles o que significava aquele barulho. E eles falaram para mim que é como se fosse ferro entrando dentro da cabeça deles. Então é terrível. É terrível comemoração com fogos de artifício para nós. E eu peço como avó, como mãe, como presidente da ONG MID, nos ajude, por favor. É tudo o que gente este pedindo para vocês, olhar pelas nossas crianças e pelos nossos idosos, e pelos animais também, que sofrem

tanto quanto. Muito obrigada. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Pode seguir. SRA.

MICHELE: Obrigada. Nós finalizamos a nossa fala agradecendo mais uma vez, e fazendo

novamente esse apelo aos senhores e senhoras, dentro das funções que lhes competem, para olhar para essa realidade. A lei municipal já proíbe o manuseio e a queima, mas ainda não a venda e a fiscalização e a punição desses atos, considerados, inclusive, pela lei, atos de crueldade aos animais. Em específico essa lei é voltada à proteção animal. Mas, diante de um relato como esse, a gente fica até sem palavras de comorar um novo natal e o ano novo sabendo que vão ter crianças nessas situações. Então esse é o nosso apelo. Agradecemos a atenção. Estamos à disposição para

dialogarmos mais a respeito disso. Obrigada. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES:

Lembrando que existe uma lei, inclusive de autoria da nobre vereadora Laide das Graças Simões, que proíbe. É da Cidade On? Cidade On que está aqui, queria fazer um apelo, vocês que estão representando aqui a parte da imprensa da nossa cidade, a Pop também, que, com certeza, está acompanhando, fazer um apelo a vocês que nos ajudassem nessa caminhada aqui até essa proximidade de festança, de conscientizar a população que existe uma lei que proíbe. Nós vamos conversar com o setor de fiscalização da prefeitura e também, Rodrigo, para a gente fazer um ofício encaminhando para a comunicação, Robertinho, da prefeitura, para que eles também façam um trabalho de comunicação na cidade com uma campanha de divulgação informando que existe uma lei que proíbe. E também fazendo um apelo para a população, que a população possa estar denunciando isso. Porque também não tem onde a gente descobrir onde que eles estão organizando para fazer isso. Acho que tem que fazer a denúncia para a parte da fiscalização se over até o local e fazer ali um ato de infração. Então acho que a gente vai caminhar também nessas questões para ver se a gente consegue minimizar um pouco. Eu sei de um caso, e eu sei que os meus colegas já sabem que caso que é, que ele tem convulsão por uma buzina de carro, buzina de veículo. Um prato que cai, uma batida de dois talheres, convulsiona, que dirá fogos de artifício. Então eu sei o que é isso.

Eu conheço, sei o que é isso. VEREADOR ROBERTO MORI RODA: Pela ordem, senhor. SR.

PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Pois não. VEREADOR ROBERTO MORI RODA: Eu

gostaria que toda fala pudesse estar constando do nosso trabalho. Parabenizar todas as três. E parabenizar a Vossa Excelência em relação essa a Prefeitura Municipal estar conscientizando a população. Eu acho que é mais do que a fiscalização, isso é superimportante. Muito obrigado.

VEREADORA LAIDE SIMÕES: Queria falar uma coisa. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: O vereador Robertinho inclusive é outro que defende essa questão da barulheira

que tem, não só de rojão, mas de escapamento de moto... geral. VEREADORA LAIDE SIMÕES:

O ano passado já houve um trabalho pela comunicação da prefeitura de conscientização, principalmente em condomínios de chácaras, que é onde também tem muito problema. Foi dado um resultado até que positivo. É lógico que é uma coisa que nós não vamos conseguir de um dia para o

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outro, é uma coisa demorada. Mas eu acho que do ano retrasado para o passado já melhorou um pouco. E esse ano eu acredito que vá melhorar um pouquinho mais. Mas a fiscalização é muito complicada nesse caso, porque você vai denunciar no Réveillon pra quem? Ninguém vai estar trabalhando. Então, é realmente um trabalho de conscientização e falar, falar, falar para as pessoas mudarem esse costume de fazer comemoração com barulho. Então eu acho que o secretário de comunicação, esse ano eu conversei com ele, ele disse que não faria tanta campanha por causa da pandemia, eles estão tudo meio parado, então não conseguiram levantar essa questão e fazer a divulgação que foi feita no passado. Mas eu acho que ainda está em tempo. A imprensa também pode ajudar bastante falando. E eu acho que é por aí. Todo mundo se unindo as coisas sempre tem

um resultado positivo mais rápido. Era isso. SRA. MICHELE: Se o senhor me permite, acho que a

gente tem mais dois minutinhos. De fato, a questão da conscientização e da educação sempre é nossa prioridade. Quando se educa, evita-se punir e etc. Nós tivemos um grande passo ano passado com o disque-denúncia na nossa cidade. Mas exatamente com essa problemática colocada pela senhora, em que a gente presenciava, registrava até com vídeos e fotos, mas nós não éramos atendidos pelo disque-denúncia. Então ele existia, havia um número, mas a gente não tinha um

retorno nesse sentido. Então eu agradeço mais uma vez. SR. PRESIDENTE LUCÃO

FERNANDES: Nós que agradecemos. Muito obrigado. Eu gostaria de comunicar aos Srs.

Vereadores e também à população que está nos acompanhando que o número de proposições apresentas pelos Srs. Vereadores na tarde de hoje foram: 1 projeto legislativo, 11 requerimentos, 3 moções, totalizando 15, que eu coloco em votação. Os vareadores que são favoráveis permaneçam como estão, que se manifestem os contrários. Aprovado por todos os vereadores que estão aqui presentes. Passamos à votação da Ata da Sessão Ordinária do dia 1º de dezembro do ano de 2020. Os vareadores que são favoráveis permaneçam como estão, que se manifestem os contrários. Aprovado por todos os vereadores que estão aqui presentes. Passamos agora, então, ao expediente falado. O primeiro vereador inscrito na tarde de hoje, por até dez minutos, Cidadania 23... Acertei, hein? Pena que o Vasco perdeu mais uma, hein? Ah, empatou no final? Puxa, eu desliguei a televisão antes. Eu desliguei. Por até dez minutos, por gentileza, se o senhor pudesse se encaminhar para pegar o microfone. Solicito aos nobres vereadores, chegaram alguns processos, se Vossas Excelências, puderem, se assim entenderem, de estarem assinando, estará entrando no regime de urgência. Lembrando que Sessão Ordinária é a última. Por até dez minutos, Cidadania 23, Azuaite Martins de França. No finalzinho empatou. Quem tem o que o senhor falou? Lugano?

VEREADOR AZUAITE FRANÇA: Cano. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Ah,

Cano. Não fica na mão. Muito bem. VEREADOR AZUAITE FRANÇA: Sr. Presidente, Srs.

Vereadores, povo da minha cidade, essa é a última Sessão Ordinária dessa legislatura, e a gente fica satisfeito quando a Tribuna Livre da Câmara Municipal de São Carlos é ocupada por pessoas que vêm defender causas muito importantes. E fico lisonjeado também, Sr. Presidente, por um motivo histórico, muito especial, porque tive a oportunidade de, um dia, imaginar que a Câmara Municipal de São Carlos pudesse oferecer à sua população a oportunidade de ocupar essa tribuna de forma livre. Sou o autor do dispositivo que criou a Tribuna Livre na Câmara Municipal de São Carlos, ora ocupada, e bem ocupada. Mas, Sr. Presidente, Sra. Vereadora Laide, Srs. Vereadores, meus companheiros, sendo esta a última Sessão desta legislatura, eu gostaria de fazer algumas considerações. A gente vai vivendo, a gente vai convivendo, a gente vai conhecendo, a gente vai se relacionando, a gente vai fazendo amizade. E amizade não significa a concordância plena e sempre, mas existe a troca de ideias, a divergência. E ela é tanto mais salutar quanto mais ela se dá em um ambiente de civilidade. Então foi a busca da civilidade nesta cidade que trouxe as três senhoras, moças, a essa tribuna há instantes. E o assunto que elas trouxeram nos remeteu a uma pessoa com quem nós convivemos, aqui nesta Câmara, por muito tempo, e que trouxe para cá a sensibilidade com relação aos desprotegidos. Ninguém é insubstituível, mas existem as pessoas necessárias. E

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Laide das Graças Simões é uma pessoa necessária à Câmara Municipal de São Carlos. Foram 20 anos aqui, desses 20, 12 de convivência comigo. Fiquei no intervalo de oito anos sem estar aqui nesta Câmara. E devo dizer, Srs. Vereadores, Sra. Vereadora Laide, que a sua sensibilidade, que o seu caráter, a sua forma de agir, de tratar de conviver com os vereadores desta Câmara, com os fundiários desta Câmara, e com a própria população da cidade de São Carlos, não vai deixar saudade, você vai deixar uma lacuna aqui dentro, Laide. A sua presença, eu espero e tenho certeza que tenha deixado sementes nos caminhos que você trilhou dando exemplo. O exemplo de defesa dos indefesos. Eles são animais, são cães, são gatos, não importa, mas não é só para eles que você deixa o exemplo, mas para os homens, para as crianças, para os indefesos, para aqueles que são portadores de alguma deficiência, dos idosos, dos sem família, dos pobres. Esse é o rastro, esse é o perfume da sua passagem por aqui. Meus parabéns pelos 20 anos de dignidade que você emprestou a esta Câmara Municipal. Meus parabéns, os mais profundos e sinceros, vereadora Laide. Mas, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero também aproveitar o momento para lamentar o falecimento de Wilson Tachibana, engenheiro, falecido no último sábado, em São Paulo, meu vizinho. E um dos últimos contatos que tive com o Wilson Tachibana foi uma reunião no Novolab(F), onde se discutiam as enchentes. Ele que era dono, proprietário de uma loja de chocolates ali próximo do Rio Gregório, teve a sua loja invadida, perdeu tudo, ele que já vinha de alguns processos traumáticos. Mesmo assim foi à luta, reivindicando providências. Providências que não chegaram até hoje, infelizmente. Mas são coisas, todas elas, que agravaram seu estado de saúde e o seu coração. Vai-se um professor, vai-se um engenheiro, mas fica também a marca da presença. Presidente do Nipo, alguém que ajudou a organizar a comunidade nipônica nesta cidade, junto com a sua esposa e com outros tantos amigos. E uma entidade muito importante. Essas entidades de colônias estrangeiras devem ser sempre prestigiadas pela cidade toda. Aliás, nós não somos uma cidade apenas de brasileiros, nós somos uma cidade de japoneses, de italianos, de árabes, de portugueses e de tantos outros. Então, muito bem lembrado, vereador Robertinho. O interesse dele na organização dessa comunidade que vai ficar para a história dela. Para finalizar, tenho pouco tempo, estou vendo ali, tenho só dois minutos. Nesse país tratam-se as coisas sérias com a maior banalidade e com o maior desprezo, muitas vezes. E o difícil é que quando o desprezo se verte sobre a vida e sobre as pessoas, isso é mais grave. A molecagem que as autoridades brasileiras vem fazendo com relação à pandemia, com relação à possibilidade de vacinação no Brasil são revoltantes. Outros países já estão vacinando. Aqui você não tem plano, você não tem data, você não tem nada, absolutamente nada. E não ter isso significa permitir que as pessoas continuem a morrer, a morrer, morrer. Nós já ultrapassamos as 180 mil mortes. E até que se aplique a primeira vacina aqui no Brasil, nós teremos ultrapassado a fronteira das 200 mil mortes. Nada, nenhuma guerra, somando os lados dessa participação, matou tantos brasileiros como essa pandemia. Que é tratada como uma gripezinha, como coisa de maricas, com desprezo total à vida [interrupção no áudio]... à vida, ao homem, ao cidadão. É preciso que a gente se indigne, é preciso que a gente se revolte. É preciso que a gente pressione de todas as maneiras possíveis. E dizer alguma palavra nesse microfone manifestando essa insatisfação, mostrando que isso é desprezo com a vida, é uma forma de pressão. Se todas as vozes no Brasil se levantassem, nós teríamos um outro país. Quem faz a desgraça neste país é, Srs. Vereadores, o silêncio dos justos. Ao se silenciarem, eles perpetram a maior das injustiças contra a

nossa pátria. Muito obrigado. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Muito bem. Próximo

vereador inscrito, por até dez minutos, Dimitri Sean. Por até dez minutos, Dimitri Sean.

VEREADOR DIMITRI SEAN: Boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde aos demais vereadores, a

vereadora Laide, aos demais colegas vereadores, as pessoas que nos acompanham, a imprensa. Muito boa tarde a todas e a todos. Sr. Presidente, como uma última Sessão Ordinária em um período de quatro anos, eu venho aqui dizer das lutas que a gente imagina para a cidade no próximo ano. Dois mil e vinte foi um ano muito difícil, não só para São Carlos, para todo mundo. Para todo

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mundo mesmo. Mas 2020 também foi um ano de esperança, em que a gente pode acreditar que o próximo ano será melhor. Temos que nos apegar a isso, afinal de contas. Nós temos notícia das primeiras vacinas sendo aplicadas, não no Brasil, mas fora daqui. E de que, com isso, com a imunização em massa das pessoas, a vida possa, aos poucos, é claro, muito lentamente, voltar a ser, pelo menos, parecida com o que era antes. E a gente enquanto Câmara, enquanto instituição, nós enquanto membros do Poder Legislativo, teremos grandes batalhas no ano que vem, muitos assuntos que afligem a nossa cidade e também os nossos cidadãos. Um deles, pé claro, é a recuperação econômica, que depende muito, naturalmente, da conjuntura global, do fim ou da diminuição do coronavírus, mas também depende de iniciativa de poder público local, também depende da ação do prefeito municipal no sentido de fomentar a economia local. De tentar, mesmo diante das dificuldades, para tentar, mesmo diante de uma pandemia, recuperar parte do que aconteceu de perda de empregos aqui no município. Essa, com certeza, será um dos pontos centrais a ser discutido em todo mundo, mas também aqui em São Carlos. Outro ponto, e aí mais localizado, que, com certeza, será assunto muito presente nessa tribuna, nas discussões dessa Casa diz respeito às enchentes. Assunto que aflige muitas pessoas, que nos parece ser difícil a solução. Não imagino que haja um simples remédio mágico para resolver esse problema que vem de décadas e décadas, senão de mais de um século aqui na cidade. Todos nós gostaríamos de ser o pai da ideia de algo que simplesmente foi feito e resolveu de uma vez por todas as enchentes. Mas, razoáveis que somos, não imaginamos que seja tão simples assim a solução. Apesar disso, teremos todos que lutar no sentido de dar um passo adiante de tudo isso. Já disse isso em sessões anteriores que quem planta tâmara não colhe tâmaras, e que, muito provavelmente, as soluções para esse problema sejam de longo prazo. E, apesar disso, elas tem que ser tomadas. Decisões tem que ser tomadas para que o primeiro passo seja dado nesse sentido. Mas não só esses. Eu citei dois assuntos que devem tomar conta aqui da Câmara Municipal, mas muitos outros. Agora pouco, aqui na Tribuna Livre, três senhoras vieram representar um assunto muito importante. Vieram tratar de uma lei que já existe na cidade de São Carlos, da proibição da soltura dos fogos de artifício, e que, infelizmente, não é tão bem fiscalizada pelo Poder Executivo. Talvez até pela dificuldade que exista para se saber onde estará a pessoa que vai soltar um rojão em determinado momento. Não é fácil prevenir que isso aconteça. E mesmo depois de acontecido, não é fácil para a fiscalização, número reduzido de pessoas, ir até o local e identificar quem fez isso. Nem sempre é fácil. Mas algo tem que ser feito. Não tenha dúvida que a lei de iniciativa da vereadora Laide, de grande contribuição que deu para o assunto, para a causa animal, um código municipal, podemos dizer assim, de proteção animal, uma grande contribuição, no final de 2016 que foi aprovado, com ajuda do vereador Edson Fermiano, à época também, muito importante, sem isso, sem esse código, sem esse instrumento básico não teríamos os avanços todos que tivemos. Então foi um passo que foi dado, um passo muito feliz à época. E agora, claro, precisa do Poder Público Executivo ir lá e fiscalizar e buscar nos aperfeiçoar os instrumentos que existem para que saia do papel. E eu estava ouvindo, e me pareceu muito razoável mesmo imaginar que é educação, é conscientização, é a longo prazo. A pessoa que considera razoável soltar um rojão, dificilmente você vai mudar a cabeça dela que ela não deve mais fazer aquilo. É um adulto que fez isso pela vida toda, dificilmente você vai convencê-la do contrário. Mas nós temos que começar dos pequenininhos, ir educando aos poucos, pacientemente, para que uma nova geração seja formada, e essa nova geração, si, tenha uma consciência ambiental e social mais firme, maior, para que essa geração, sim, considere que não é adequado mais fazer esse tipo de coisa. É mais ou menos a mesma coisa com os animais. Eu sempre digo que é acostumado a maltratar um animal, que dificilmente ele vai mudar de cabeça. Você não vai dizer para ele: Não faça mais isso que está errado. Ou não é uma multa que você vai aplicar a ela que mudar a consciência. Você precisa que as crianças sejam criadas sabendo que aquilo não deve ser feito, não se deve maltratar o animal, que é uma vida que está ali, uma vida tão importante quanto

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qualquer outra. Então, antes mesmo de penalizar, de punir, infelizmente é a parte da lei, nós temos também que ter mecanismos para, pelo menos, coibir um pouco do que acontece, nós precisamos educar, formar novas pessoas. E, nesse sentido, eu agradeço de verdade todos aqueles que, de alguma forma ou de outra, deram uma contribuição para esse assunto. A causa animal que eu aprendi a gostar, que eu estou aprendendo a trabalhar com e ter algumas contribuições, talvez não tantas contribuições, mas que eu gostaria, sim, de poder ajudar mais. E de me colocar à disposição de todos aqueles que tem mais tempo do que eu no assunto, e, por isso, tem mais vivência práticas, conhecem mais do que eu, e lutar para que realmente se mudanças forem acontecer nesse assunto, que sejam mudanças positivas, para o bem, para o avanço, e não retrocesso. É isso que a gente não pode deixar que aconteça. A gente não pode deixar que coisas boas que já são feitas sejam desmontadas. Isso a gente não pode, jamais, deixar acontecer. Então, Sr. Presidente, é esse um pouco do que eu imagino que serão assuntos que serão muito discutidos aqui nesta Câmara Municipal ano que vem. No mais, quero agradecer novamente a todas as pessoas que, durante esses quatro anos, acompanharam as sessões, estiveram, de uma forma ou de outra, juntas comigo e com

os demais vereadores, claro, e com a cidade. Mais importante do que isso. Obrigado. SR.

PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Muito bem. Próximo vereador inscrito, por até dez

minutos, Edson Ferreira. VEREADOR EDSON FERREIRA: Sr. Presidente, vereadores,

vereadora Laide, senhores e senhoras que nos acompanham em casa. Hoje subindo aqui nessa tribuna, última vez esse ano. Infelizmente a gente não conseguiu voltar em janeiro, mas eu não posso aqui deixar de falar, presidente, da experiencia que nós tivemos aqui como vereador, primeiro mandato, trabalhamos muito. Todos os dias fiz questão de estar na Câmara Municipal. Fiz questão de estar em todas as sessões ordinárias, todas elas presente. Então vai terminar quatro anos sem nenhuma falta. Fizemos o máximo que esteve no nosso alcance para a gente poder fazer um bom trabalho. Dar uma resposta àquelas pessoas que confiaram o voto em mim, na minha pessoa, na minha equipe. Então trabalhamos muito. Conseguimos trazer muitos recursos para São Carlos. Conseguimos trazer os Jogos Regionais, ambulância, mais de R$ 4 milhões... quase R$ 4,5 milhões em valores para São Carlos, com os deputados. Então foram quatro anos de trabalho. E as pessoas perguntam: Mas e aí? Daqui para frente o que você vai fazer? Nós vamos continuar na luta pela nossa cidade. Nós vimos, e as pessoas que votaram em nós, pelo menos no meu nome, viu que nós trabalhamos, e a resposta veio na eleição, porque nós tivemos quase 25% de aumento de voto. Então as pessoas reconheceram isso, que nós trabalhamos, que dá realmente para fazer mais pela nossa cidade. Vou continuar lutando, não com as mesmas ferramentas, não com a mesma força, porque você sendo um vereador, você tem mais recursos, mais condições. Mas é como eu sempre disse, tudo o que estiver no meu alcance, e que for legal, conta comigo. Porque eu sou são-carlense, nasci e cresci em São Carlos, amo minha cidade e vou continuar lutando pela nossa cidade. Então agradeço aos vereadores que estiveram com a gente aí, que nos apoiaram em alguns projetos que a gente fez, que votaram a favor de algumas decisões, alguns projetos de leis nossos, requerimentos. E agradeço a todos que nos apoiaram, aquelas pessoas que confiaram no nosso trabalho, nos procuraram. Não posso deixar aqui de agradecer a todos os meus assessores, estagiários, que passaram nesses quatro anos aí, não posso deixar de agradecê-los. Então, 2021 começa um novo ano, mas nós continuaremos com a mesma garra, com a mesma luta, buscando o melhor pela nossa

cidade. Muito obrigado, presidente. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Próximo

vereador inscrito, por até dez minutos, Elton Carvalho. VEREADOR ELTON CARVALHO: Sr.

Presidente, Srs. Vereadores, vereadora Laide aqui presente, último dia de Sessão, a população que nos acompanha, a mídia, é um assunto bem importante. E queria que a população prestasse atenção nesse assunto, que nos assiste hoje, que é o convênio, o convênio com a Santa Casa. Ao Facebook, estou fazendo uma transmissão ao vivo. Porque é um assunto de extrema importância. Um convênio onde a prefeitura vai pagar à Santa Casa mais de R$ 25 milhões por ano. E esse processo chegou

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ontem nessa Casa, um processo tão importante, que vai decidir a vida, a saúde da população por 60 meses, cinco anos. Cinco anos nós vamos ficar com esse convênio validado para a Santa Casa. É o maior repasse feito pela Prefeitura Municipal de São Carlos é a Santa Casa. E esse convênio, essa celebração, este convênio chega ontem nessa Casa. Não passou pela Comissão de Saúde, vai subir hoje de urgência, está aqui para a assinatura dos vereadores de urgência. Onde este vereador é totalmente contra a forma que se coloca. É colocado às pressas, parece que é de propósito isso chegar no momento onde o vereador, que é presidente da Comissão de Saúde, não pode debruçar sobre o processo e ler. Olha o tamanho do processo. E, por incrível que pareça, população que nos assiste, prevê 105 cirurgias eletivas mensais. Hoje temos uma fila de espera de 4,3 mil, 4,5 mil pessoas esperando por uma cirurgia eletiva. E esse convênio, que vai ser validado por cinco anos, com a Santa Casa, prevê apenas 105 cirurgias/mês. Então você que está esperando uma cirurgia eletiva, você pode ficar esperando por quatro anos. Porque se faz 100 por mês, vai dar 1,2 mil por ano. Então tem 4 mil e poucas pessoas. E esse processo está aqui. Marcaram uma reunião para nós, pra discutir o assunto na sexta-feira. Que foi muito bem. Parabéns a vereadora Cidinha do Oncológico, junto com a Comissão de Saúde que marcou, junto com a Câmara, junto com a prefeitura, a secretaria, e junto com a Santa Casa. Mas o processos em si estava aqui para a gente deliberar sobre o assunto, para eu tirar as minhas dúvidas, para os vereadores tirarem as dúvidas que está no processo, que cabe nós, vereadores, fiscalizar? Não estava. Então, hoje, se eu votar aqui, eu vou estar votando às cegas. Eu vou estar votando às cegas. Porque eu não tive tempo de ver tudo isso aqui. Eu não tive, como presidente da Comissão de Saúde. E sabe o que que eles fizeram? No meu ponto de vista, ainda fizeram uma armação. Chamaram o conselho, que o próprio conselho, o Denílson, presidente do conselho, falou nessa tribuna, que todos os vereadores estavam aqui presentes, são testemunhas, é um processo... um convênio ruim. É ruim. Foi fala dele. Mas tem que ter. porque a secretaria colocou a faca no pescoço como está fazendo com nós aqui, colocou no conselho. Falou: É a última reunião do conselho, precisa passar porque senão nós vamos perder verba, vamos perder verba do Governo Federal e não vamos ter. Mas o conselho, nós vereadores podemos ser chamados a qualquer momento em uma Sessão Extraordinária. Tão importante esse assunto, nós não viríamos? Eu viria. Eu viria. Eu viria. Poderia estar férias, véspera de Natal, véspera de ano novo, eu viria. Mas o processo onde é tão importante que nós... Hoje nós dependemos de quem? A saúde pública do município de São Carlos. Da Santa Casa. Como eu fico triste nesse final de ano, nesse final de mandato desse primeiro mandato meu. Que a população confiou, vou estar aqui mais quatro anos. Mas este convênio é vergonhoso chegar aqui. É um tapa na cara dos vereadores, é um tapa na cara do conselho que foi chamado, e o próprio Denílson falar;. E é um tapa na cara da população. Que eles querem garantir para você que me procura, como presidente da Comissão de saúde, e aos vereadores também, coitados, que estão aqui nessa Casa, e todos os dias são procurados por uma cirurgia eletiva, esse convênio só prevê 105 cirurgias/mês. Isso incluindo tudo, ortopédica, oncológica, ginecológica, cirurgia de hérnia, vesícula. Acho que a gente tem praticamente 2 mil cirurgias esperando. E a reunião veio... fez a reunião com nós aqui, e sequer não falou nada, não teve mudança. E foi proposto por esse vereador que 105 cirurgias era pouca. Então eu fico triste e quero trazer a você, população, essa informação, que esse processo, esse convênio está aqui hoje. Eu voto contra. Eu, por mim, pediria retirada já, agora, por ser de urgência, e voltaria para a prefeitura para uma nova conversa com a Santa Casa. Porque isso é um tapa na cara da população, 105 cirurgias eletivas. Saúde não é prioridade. Não é prioridade para esse governo. Eu, como presidente da Comissão de Saúde, não deixo isso acontecer. Se isso passar, não será com a minha bênção, não será com o meu voto, porque isso é uma vergonha. Já peço ao presidente da Câmara, se pode, já, pôr em votação a retirada ou esse não é o momento. Não? Então são essas as minhas falas. Então, você, população que me assiste, esse processo aqui requer... ele está colocando 105 cirurgias eletivas/mês e 25, aproximadamente, se eu estiver errado, R$ 25

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milhões/ano para a Santa Casa. O único hospital, hoje, que a gente tem internação, cirurgias eletivas, porque o HU... o Hospital Escola ainda não está funcionando. Então essa é a minha fala; essa é a minha fala aos vereadores; é essa a minha fala à população. Muito obrigado a todos e a

todos que me acompanham. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Muito bem. Próximo

vereador inscrito por até dez minutos, Gustavo Pozzi. VEREADOR GUSTAVO POZZI: Boa

tarde, Lucão, vereadores, vereadoras, público que nos assiste em suas casas. Como última Sessão dessa legislatura, eu gostaria de agradecer, primeiramente, aos dois ex... ao Julio, que foi meu presidente aqui na Câmara no primeiro biênio, e também a você, Lucão, que foi o presidente nesses últimos dois biênios. E aqui, é com muita alegria que eu digo que foi uma honra trabalhar com vocês dois aqui na presidência. Juntos, a gente realizou o Parlamento Jovem aqui nessa Casa, um projeto que vinha, aí, de longa data e dificilmente estava se colocando em prática, e foi na sua... no primeiro de seu... de presidente aqui na Câmara. Colocamos em prática. Fizemos um ano, também, no do Lucão, mas, infelizmente, a pandemia não nos permitiu fazer esse ano. E aqui já faço um apelo ao próximo presidente, que nos permita fazer o ano que vem o Parlamento Jovem. Muitas batalhas foram enfrentadas aqui nessa tribuna e quando eu coloco batalhas, eu falo de forma metafórica, é lógico que aqui a gente sempre se respeita, mas quero fazer destaque, aqui, à legislação que muito teve a participação desse Parlamento, que foi a legislação do transporte por aplicativo. Foi mais de um ano trabalhado tentando fazer com que as forças se acomodassem, tentando buscar uma legislação possível para o momento, muitas reuniões, muitos debates, audiências públicas, conversas com a prefeitura, conversas com motoristas de aplicativo para que nós pudéssemos ter uma legislação no nosso município sobre a questão do transporte por aplicativo. Tivemos algumas legislações, onde que quero fazer destaque, também, ao trabalho do vereador Malabim, que foi a questão de colocar no hidrômetro o bloqueador de ar para que as pessoas possam pagar apenas pela água e não pelo ar. Isso ainda agora para essa próxima legislatura, Malabim, precisamos fazer com que isso aconteça, porque, por enquanto, existe uma legislação que ainda não saiu do papel. Então, uma das metas, eu acredito que posso contar com o seu empenho, porque também foi reeleito, para que nós possamos fazer com que isso possa vir em benefício da população. Agradeço, aqui, imensamente todos os vereadores. Todos eles, de alguma maneira, contribuíram para o bom andamento do meu trabalho, principalmente os que já estavam na Câmara, vereadores de segundo e terceiro mandato, onde pude me aconselhar com alguns por várias vezes. Quero aqui, também, fazer um agradecimento à imprensa de São Carlos que, por várias oportunidades, cobriram, aí, as nossas ações como vereadores, dando, aí, transparência e informando a população dos feitos nessa legislatura. Quero aqui, também, cumprimentar todos os funcionários da Câmara, Rodrigo, Ana, e aí, na pessoa dos dois, eu agradeço a todos os funcionários da Câmara. Quero fazer aqui, publicamente também, um agradecimento especial ao pessoal do meu gabinete, ao João, que grande parte da minha legislatura esteve comigo, que deixou o gabinete para ser... buscar a vida no seminário e uma futura ordenação para padre, o que me engrandece muito, porque ele é uma pessoa muito especial. Agradecer aos estagiários que passaram pelo meu gabinete. Agradecer também à Alessandra(F) que recentemente entrou como minha assessora. E, aqui, de uma maneira especial, agradecer ao Evandro que, infelizmente, ele se encontra na UTI em

decorrência... SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Uma aguinha para o nobre vereador,

por gentileza. VEREADOR GUSTAVO POZZI: Em decorrência dessa doença que assola o

mundo. Graças a Deus, apesar dele ainda estar na UTI entubado, ele vem gradativamente tendo uma melhora. E, se Deus quiser, ele vai poder passar o Natal com a família dele e já recuperado. Nesse momento aproveito para fazer um apelo à população. A pandemia, ela ainda não acabou. Nós estamos cansados dela, nós queremos sair de casa, nós queremos abraçar os nossos familiares, nós queremos abraçar os nossos amigos, nós queremos passear no shopping com tranquilidade, mas, infelizmente, nós temos ainda casos crescentes na nossa cidade, no nosso país e no mundo. Não

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podemos e não é a hora de relaxar. Nós temos aí, duas grandes festas de final de ano, onde nós costumamos nos reunir com nossos parentes. É um momento delicado. Tenhamos cuidado para que não seja o último Natal ou o último ano novo de alguém que a gente gosta. Essa doença mostrou que não tem classe social, não tem cor e não tem religião, ela pega todo mundo. Só quem está vivendo uma pessoa querida nessa situação de internação, e aqui eu falo em especial porque tem duas pessoas que eu gosto muito e que, nesse momento, estão internadas, uma delas é o deputado federal Miguel Lombardi, que muito ajuda essa cidade, ele está internado em Brasília; e, também, o meu assessor que está, nesse momento, na UTI. Então, eu peço encarecidamente que a população tenha essa consciência, que não é hora de abandonar a prudência, não é hora de trocar a diversão por vidas. Infelizmente, nós queríamos... todos os vereadores, aqui, queriam que os bares pudessem ficar abertos até qualquer hora, mas não é o momento para que nós possamos, aí, infelizmente, buscar uma flexibilização. Temos que ter prudência e pé no chão. Vamos fazer o que é estritamente necessário. Esse é um apelo de um vereador que está sofrendo na pele, porque tem duas pessoas queridas que estão internadas por conta desse vírus. Será que não dá para a gente aguentar um pouco mais? Quem tem que trabalhar, tem que trabalhar. O que a gente pode fazer? Mas a diversão ainda é opcional. Cuidado, gente. Vamos cuidar de nós, vamos cuidar do outro. Temos aí, ainda, um longo caminho a ser percorrido até que uma vacina se torne viável e eficiente. Muito obrigado,

presidente. SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Muito bem. Agradeço as falas que foram

ditas em meu favor, e continuamos juntos aqui. Próximo vereador inscrito, por até dez minutos,

vice-presidente dessa Casa, nobre vereador Julio Cesar. VEREADOR JULIO CESAR: Sr.

Presidente, não presidente, mas meu amigo vereador Lucão Fernandes, demais vereadores, aqui, eu faço questão de citar aqueles que estão aqui presentes: vereador Kiki, vereador Sério Rocha, vereador Robertinho, vereador Gustavo Pozzi, Dimitri Sean também, Moises, a minha amiga vereadora Laide, vereador Azuaite aqui também presente, vereador Malabim. Quero, também, aproveitar nessa Sessão, presidente no momento Sérgio Rocha, fazer um balanço, porque hoje se fecha um ciclo da minha vida pública. Será a última vez que eu uso a tribuna dessa Casa como vereador, a última vez que eu uso essa tribuna como vereador. Vereador que aqui cheguei em 2008 na eleição e, logo em 2009, participando de comissões importantes, com aquele entusiasmo de sempre, cheio de expectativa, de esperanças, de fazer com que as nossas ações virassem referência e pudessem ajudar o município. E assim foi o início da minha trajetória, Malabim, como vereador. E confesso que se passaram 12 anos e a mesma motivação continua presente, mas acredito que em forma diferente. Eu tive a oportunidade, nessa Casa, de, enquanto vereador, trazer inúmeras conquistas. A gente sabe disso. Se é com recursos de emendas, se é por ações, como fiscalização, ou projetos de lei. E queria deixar à lembrança de todos alguns projetos que me deixaram extremamente felizes, não só os grandes projetos de lei que nós conseguimos aprovar nessa Casa, mas também os pequenos, ou as pequenas ações. Mas eu tive a honra de estabelecer aqui nessa Casa, logo no início do meu mandato, o ficha-limpa administrativo. Virou referência no Brasil. A primeira lei que se tornou uma referência e todos os municípios se utilizaram dessa lei, que surgiu aqui em São Carlos, através do nosso mandato. Tivemos também, Malabim, a importância de uma lei que, infelizmente algumas delas não são colocadas em prática, mas a gente deixa, aqui, um legado. A lei de entrega de medicamento em domicílio para idosos e pessoas com deficiência. Peço que essa nova legislatura, o novo governo, o atual que será o novo governo, tome a atitude correta. Não é porque JULIO CESAR fez. Agora, o JULIO CESAR não estará mais aqui. Coloquem em prática essa lei. Eu quero falar também sobre uma lei importante que todas as escolas municipais, seja creche ou escola, Kiki, são obrigadas a ter alguém preparado em primeiros socorros. Uma lei de nossa autoria. Que a gente deixa esse legado para a cidade de São Carlos, porque salva vidas e acredito que seja uma contribuição que o próprio estado, também, se utilizou dessa lei lá atrás para implantar, também, no estado. Nós também colocamos à disposição da população, espero que isso...

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nós não estamos tendo as aulas presenciais, mas eu chamo atenção para uma lei aprovada nessa Casa. Gustavo, você estará aqui também. Uma lei que faz com que todas as crianças matriculadas na escola, no primeiro ano, sejam todas elas colocadas... sejam submetidas ao exame oftalmológico. Eu já contei a minha história. Meu filho estava com... quando descobriram um problema de visão, estava com 95% da visão perdida, já não enxergava mais. E ele era muito novinho, eu e a esposa não percebemos. E uma professora na escola detectou o problema. Então, é uma ação simples, simples de se fazer, basta ter boa vontade. Então, a criança é submetida a um exame simples e a gente pode diagnosticar e ajudar essa criança. Ainda amis que a gente tem números específicos que 80% das crianças que vão mal na escola tem a ver com a visão. Então, essa lei tem que ser colocada em prática, tem que fazer com a audição, tem que fazer com que isso aconteça, o Azuaite falou muito bem. É isso. A gente quer uma cidade diferente, uma cidade melhor. Tem também, em relação a outras leis. Mas eu quis citar essas. Nós temos a lei de incentivo à doação de sangue, desconto para quem se utilizar de... doar sangue em espetáculos esportivos, culturais, uma lei de nossa autoria também. E essa Casa me possibilitou algumas coisas, a cidade me possibilitou, por isso que eu sou muito agradecido a Deus, é óbvio, em primeiro lugar, mas também a essa função de ser vereador. Eu tive a oportunidade de ser secretário, também, de Planejamento. Estava terminando... cursando doutorado no período, na época, e também pude colocar em prática aquilo que eu aprendi nos bancos das universidades, né? A primeira Secretaria de Planejamento do Brasil a ser certificada ISO 9001. E outras, descentralizamos o orçamento, que até hoje, o orçamento continua descentralizado. Cada secretaria tem o seu orçamento para trabalhar. Assim, você pode cobrar. Porque antigamente o orçamento só ia para uma secretaria e eu não via como correto isso. E tive, também, algumas participações importantes. O orgulho de ter um certificado na minha casa, que eu fui o coordenador da implantação da Fatec em São Carlos. É muito importante isso, muito importante. E muita gente ajudou, muitos homens públicos participaram da Fatec em São Carlos.

Mas como estava secretário... VEREADOR AZUAITE FRANÇA: [pronunciamento fora do

microfone]. VEREADOR JULIO CESAR: É verdade. O Azuaite muito bem me lembrou. Eu faço

um parênteses, Azuaite, para lembrar disso. Sérgio Rocha, uma lei aprovada nessa Casa, que nós apresentamos, vinculando toda a matrícula da criança... matriculada na escola, os pais têm que apresentar a vacina, a carteira de vacinação das crianças, né? Conquista importante, Azuaite, lembrou muito bem. Não é que ele vai deixar de ter a vaga na escola, mas isso vai fazer com que os pais se preocupem, porque às vezes passa despercebido. Então, hoje a criança vai fazer a matrícula na escola e tem que ter a carteirinha de vacinação e apresentar na matrícula. É um ganho que saiu dessa Casa com a ajuda de todos vocês. Muito bem, obrigado, Azuaite. Então, quando estava secretário, ser coordenador de implantação da Fatec, Malabim, me enche de orgulho. Eu levo comigo isso. O Bom Prato. Quem não se lembra do trabalho que a gente fez em relação ao Bom Prato, Sérgio Rocha? Você lembra disso, né? E outras, os convênios com as cirurgias eletivas que o Elton falou agora. Elton, quando eu tive a possibilidade de estar à frente do orçamento municipal, nós zeramos a fila de cirurgias eletivas, você sabe disso. Então, é um legado que a gente leva também com a gente de conhecimento, de oportunidade de ajudar o próximo, e isso nos deixa muito

felizes. VEREADOR MALABIM: Vereador... vereador. Só para complementar essa...

VEREADOR JULIO CESAR: Pois não. VEREADOR MALABIM: E até te parabenizo, porque

por dois anos consecutivos você destinou toda a sua emenda parlamentar para as cirurgias eletivas.

Me lembro muito bem disso. VEREADOR JULIO CESAR: E já que você tocou nesse assunto,

Malabim, é a minha última fala como vereador nessa tribuna, Laide, e estou muito feliz com isso, porque eu me sinto... eu tenho a sensação de dever cumprido. Eu quero comunicar ao Elton, ao PL, que eu acabo de assinar... acabo de deixar e indicar, novamente, toda a minha emenda para as cirurgias eletivas no orçamento de 2021. Eu acho que eu fecho um ciclo daquilo que eu acredito: salvar vidas, que as pessoas tenham atendimento digno. Porque não dá para aceitar a pessoa com

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cinco, oito, dez anos com um problema simples de bexiga, de... enfim, não ser submetido ao tratamento eficaz, que é a cirurgia. Então, eu deixo, sim, como a minha última ação em relação a orçamento, a minha emenda... destinada toda ela, toda a emenda, novamente, às cirurgias eletivas através do nosso mandato. E quando presidente que aqui estão as pessoas, todas as últimas... as últimas posses dos vereadores e prefeitos, eu tive a honra de todas elas presidir, porque o mais votado preside. Isso é algo que eu levo comigo, não por vaidade, mas saber da responsabilidade que tive no período em que estive nessa Casa. E estar presidente da Câmara que me proporcionou isso, como eu disse, Deus sempre em primeiro lugar, mas o eleitor que me trouxe novamente, mas vocês vereadores que, de forma maciça, votaram em mim para ser presidente dessa Casa. E eu agradeço vocês por essa oportunidade. E quando me deram essa oportunidade, eu assumi um compromisso com cada um de vocês: Olha, vou fazer de tudo para que o Legislativo seja protagonista. Porque conversei com algumas pessoas importantes, conversei com o Azuaite, outros vereadores, o Lucão, que já tinha essa experiência e foi esse o meu compromisso. E fomos a primeira Câmara do Brasil, Laide, Moisés, a transmitir todas as licitações ao vivo para o Brasil e o mundo. Nós fizemos isso. Isso é um legado que fica para o resto das nossas vidas. Não dá mais para recuar. É transparência, aquilo que eu acredito. E nós temos que mudar isso sim e mudamos com a ajuda de todos aqui. Nós deixamos um legado importante ao servidor público. Eu quero citar alguns servidores dessa Casa, se me permite, presidente, em nome deles... São muitos, eu peguei e imprimi a lista dos nomes de todos os servidores aqui da Casa, eu quero agradecer todos eles, mas vou falar de alguns para ser referências para todos, porque são muitos nomes. Mas eu quero agradecer ao Rodrigo, a Ana, o Baiano, o Toninho, nosso motorista, em nome de todos os outros motoristas, também, o Paulão, Paulo Bozan(F), o seu Zé, também, sempre está aí, firme e forte... Aderiu ao PDV o seu Zé? Muito bem. A dona Elza, a Bete(F), o Cirilo, em nome do Cirilo, toda a imprensa eu quero agradecer o carinho de vocês, sempre nos ajudando muito, o Emílio que está aqui sempre nos ajudando. Obrigado, Emílio. Eu queria agradecer a vocês, servidores. E, como presidente, eu tive a oportunidade, Elton, de deixar, junto com vocês, algo importante, porque todos os servidores públicos da Prefeitura Municipal tinham reconhecimento e tinham cartão vale alimentação, o cartão de alimentos, o cartão que o servidor da prefeitura tem há muito tempo, e o da Câmara não tinha. E nós, na nossa gestão, conseguimos implantar, graças aos vereadores, essa ajuda de todos nós, os

servidores também. [Interrupção no áudio]... [troca de presidência] SR. PRESIDENTE SÉRGIO

ROCHA: Vereador, para concluir. Acabou o tempo. VEREADOR JULIO CESAR: Obrigado.

Então, eu queria agradecer a todos os servidores. Eu, como eu disse, aqui a emenda que eu destino às cirurgias eletivas. Eu sei que vocês vão fiscalizar e vão aproveitar. Então, eu saio daqui de uma forma totalmente, vereador Sérgio Rocha, com o sentimento de dever cumprido. Me disseram muitas vezes: "Júlio, você vai disputar as eleições, você tem um cargo de vereador assegurado". Isso não existe, é claro, a gente ouve muito isso, mas não existe, né? Nós teríamos a possibilidade de reeleição, mas não é isso. Nós queríamos, sim, acho que... oxigenar, a democracia é importante, e dar oportunidade para novos. O PL dobrou o número de vereadores. Porque o PL entrou aqui na legislatura passada com um vereador e tem dois. Uma eleição atípica, onde eu optei, junto com o meu grupo, em seguir o caminhar sozinho. Não tínhamos coligação, tínhamos pouco tempo de

partido, é difícil. Enfim, eu saio de cabeça erguida e orgulhoso [interrupção no áudio]... SR.

PRESIDENTE SÉRGIO ROCHA: Mais um minuto, vereador. Mais um minuto para concluir,

Julio. VEREADOR JULIO CESAR: Eu ia até pedir o minuto do partido, nesse momento, caso eu

passar... Eu tinha falado com o Lucão se eu passasse, só para eu... uma vez que é a última fala, para ter esse pouquinho de colaboração. Então, eu queria dizer que o nosso trabalho, nosso trabalho deu êxito, Sérgio Rocha, porque nós deixamos algo para a cidade. As pessoas podem acompanhar isso. Termina a participação política do Julio Cesar por São Carlos? De forma alguma. De forma alguma. Apenas um ciclo se fechou e nós vamos buscar e continuar o mesmo pensamento, porque nós, na

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política, temos que abrir o coração, ser transparente, falar a verdade, não precisamos enganar ninguém para ganhar a eleição. E se não ganhar, não tem problema, porque nós temos, hoje, quando se disputa a eleição, não é como Fórmula 1, que tem o podium para o primeiro, segundo, terceiro, quarto... Não é isso. O prefeito ganhou e outros perderam. A população quis assim e isso é natural. É importante. Eu respeito a democracia e respeito o voto. Mas saio daqui ainda mais com o sentimento de gratidão, porque acredito que a semente que eu plantei, Sérgio, teve e colheu frutos. E um exemplo nítido disso é a eleição do Bruno a vereador nessa Casa na próxima legislatura. Corria pelos corredores da Câmara sempre apaixonado por política, encostou do meu lado, sempre gostou da minha forma de trabalhar, ficou comigo, passou o primeiro ano, virou estagiário, né? Antes estagiário, e seguiu todas as regulamentações... Eu sempre dizendo: Bruno, só se prepare cada vez mais, estude, faça a tua parte, você vai ter oportunidade. Não foi isso, Sérgio? Então, eu também me sinto realizado na eleição do Bruno, né? É óbvio que o Gustavo já tinha um mandato, mas me sinto realizado, que demonstra, né, o PL dobra as suas cadeiras em relação à eleição passada, mas demonstra que o que nós começamos eu tenho certeza de que terá continuidade, porque eu sei, também, que o Bruno pensa assim bem próximo do que eu penso. E tenho certeza de que será melhor que eu. Aqui ninguém quer ser unanimidade, não. Não é isso, não. E que venham vereadores melhores, que estão aqui e se reelegeram, venham com novas forças, pensamentos. Porque a cidade é de todos nós, é uma só. A gente vê essa briga absurda, porque um Brasil dividido, cada um quer puxar a sardinha para o seu lado, vacina para quem é... Sabe? Isso desanima, né? Mas nós não podemos ter uma São Carlos dividida. Temos que respeitar o resultado das urnas. Eu respeito. Respeitar os vereadores que estão... que retornarão em 2021. E aqueles que não tiveram êxito, eu tenho certeza de que não param de trabalhar na vida pública, né? Dois exemplos aqui, nós três não estaremos aqui: a Laide, o Moises, né? Estamos aqui. Mas tenho certeza de que a gente continua a defender aquilo que a gente acredita da mesma forma, né? O Kiki também veio comigo, se elegeu comigo no Democratas. E tem uma história interessante, Sérgio, que o Kiki, quando veio entrar para a política, ele chegou na minha sala para conversar comigo... posso? Eu disse: "Júlio, estou à procura de um partido". Eu falei: Kiki, faz o seguinte, converse com todos. Veja aquele que você se identifica, que você se sinta bem à vontade e dispute a eleição. E ele optou estar do nosso lado, nosso grupo. E eu agradeço, também, essa referência, viu? Então, foi isso. Uma vida, Sérgio, de 12 anos aqui. Repito, saio feliz. Agradeço novamente a todos os servidores, os assessores dos vereadores, porque enquanto estive presidente, tive essa relação. E eu quero agradecer à base principal desses 12 anos da minha vida pública, que é a família. A família que segura a onda, o rojão, a família que chora com a gente no momento de dificuldade; a família que... os filhos que... quando nós, pais de família, somo atacados de uma forma ou de outra, 'fake news', seja o que for, eles nos sustentam, choram sozinhos nos quartos, mas, quando estão com a gente, nos motivam, nos dão força. Então, é dessa forma que eu, novamente, agradeço todos vocês vereadores. Obrigado pela oportunidade de me tornar presidente da Casa. A honra que foi estar com vocês. E essa é a última vez... Robertinho... E essa é a última vez que eu uso a tribuna nessa Casa, a última, como vereador. Quem sabe, posso passar aqui e novo, mas não mais como vereador. Então, eu agradeço de coração. Que vocês tenham um mandato positivo. Que 2021 seja o melhor ano da vida de vocês, vereadores, presidente, enfim, mas saibam da responsabilidade e o papel que vocês têm e contem comigo onde eu posso estar para ajudá-los. E a você, que está em casa nos acompanhando, obrigado pelo carinho, pela confiança, por fazer com que essa vida pública minha, apesar do período não tão longo, mas me proporcionar as alegrias e conquistas que eu divido com vocês. Obrigado por tudo. Que 2021 seja um ano abençoado para todos nós, apesar das dificuldades de 2020. Obrigado, presidente, por entender essa fala minha e ter essa... aceitar eu extrapolar um pouquinho o tempo.

Obrigado a todos. Que Deus abençoe. SR. PRESIDENTE SÉRGIO ROCHA: Obrigado, Julio. O

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vereadora Laide Simões da Graça (sic) no tempo regimental. Laide, por dez minutos, vereador

Laide. VEREADORA LAIDE SIMÕES: Eu vou passar os dez minutos, acho viu, Sérgio? Hoje eu

posso... É, usa o do partido. Está certo. Hoje é o último, né, Júlio? Pode. Sr. Presidente, vereador Sérgio Rocha, Srs. Vereadores, público que nos acompanha, imprensa que acompanha essa Sessão. Hoje eu farei meu último discurso do meu quinto mandato. Quero agradecer meus eleitores, aos amigos e todos os funcionários desta Casa que respeito pelo profissionalismo, pela dedicação, uma relação de amizade que jamais esquecerei. Venho a essa tribuna, nessa tarde, não apenas para encerrar mais um ano, eu venho para fechar um ciclo iniciado no ano de 2001, agradecendo a Deus por ter me permitido fazer avançar a luta em defesa dos direitos dos animais. Naquele momento, a causa pela qual lutei, e luto durante toda a vida enfim ganhava, no Poder Público, a amplitude que sempre mereceu em nossa cidade. A Laide da Uipa passava a ser vereadora Laide, com uma vontade de trazer a essa Casa um tema que, naquele momento, não fazia parte das preocupações dos administradores municipais. Os direitos dos animais pareciam algo distante do dia a dia dos governantes, como eu já notava há muito tempo desde o começo da minha atuação como voluntária dessa causa. E hoje, olhando para todo o caminho percorrido, depois de tantas batalhas travadas, eu trago a certeza de ter cumprido meu papel, não tão somente como ativista do segmento ao qual me dediquei, muito mais como mulher, cidadã, colocando-me à serviço da cidade, priorizando o bem comum e o interesse maior da coletividade são-carlense. Deus me deu uma primeira missão, que era cuidar dos animais 15 anos antes de chegar aqui e mais 20 anos, sem finais de semana, sem férias, sem feriado. A segunda missão era legislar, trabalhar, nortear as ações do governo municipal. Mudei o paradigma da valorização da questão da proteção dos animais em São Carlos, o que está sintetizado no Código Municipal de Proteção aos Animais de São Carlos, Lei nº 18.059, aprovada e sancionada em 2016. Agora, vou dar continuidade ao meu trabalho voluntário à frente das ONGs Arca de São Francisco e Uipa e esperar uma outra nova missão que Deus irá me impor. Muito me honra em ser, até a presente data, a mulher com o maior número de mandatos nessa Câmara Municipal: cinco ao todo; ter sido a mais votada em 2004, 2008, 2012, 2016, e a primeira eleita no estado de São Paulo com plataforma pró-animal. Percebi logo que não se tratava de um privilégio, mas sim, de uma grande responsabilidade, e me coloquei à campo para um trabalho que não seria fácil, e não foi. Em meu primeiro mandato, ao passar a ser uma agente política mais próxima da população, a cobrança em atendimento na proteção animal aumentou absurdamente e, naquele momento, não havia estrutura na prefeitura para atender a demanda. Em 2001 e 2002, todo o subsídio recebido foi utilizado para bancar os atendimentos à população. A partir de 2003, as coisas começaram a acontecer, inclusive as legislações que foram aprovadas por unanimidade nessa Casa. Elas trataram do controle populacional de animais domésticos e da posse responsável. O trabalho voluntário pela Uipa continuava paralelo ao mandato. E, em 2001, foi criada a Arca de São Francisco. A política foi transformadora com relação ao segmento que representei na Câmara Municipal de São Carlos por 20 anos. Foram muitas conquistas e mudanças no comportamento das pessoas e dos animais. Agradeço de coração todas as pessoas que acompanharam minha trajetória na política e minha atuação voluntária em defesa dos animais. Esses, sim, viveram minha rotina, apoiaram e enalteceram nossas vitórias e avanços. Vitórias e avanços representados, sobretudo, na implantação de verdadeiras políticas públicas que continuaremos ajudando e cobrando a permanência e a sua perpetuação. Hoje em dia, a crítica fácil e tantas vezes leviana das redes sociais, tenta desmerecer o trabalho de vereadores. É comum aparecer alguém dizendo: "Ah, mas vereador não faz nada". De minha parte, eu tenho minha consciência tranquila de ter dado o melhor que pude. Fiz o que esteve ao meu alcance. Sou responsável pela legislação e pela execução das normas de defesa dos animais em nosso município. Posso dizer isso com toda a tranquilidade. Sou uma pessoa realizada, certa de ter cumprido aqui a minha missão e de fazer parte da história e da mudança de comportamento das pessoas, pela conscientização sobre cuidado e guarda responsável

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dos animais. E isso em uma cidade onde, por muito, tempo funcionava a carrocinha, onde os cães eram mortos por afogamento, e onde jamais existiu antes uma política para esse setor. As ações efetivas em defesa dos direitos dos animais precisam ser permanentes, diuturnas, não apenas um hobby ou uma moda para ostentar uma rede social. Mais união, compreensão, dedicação, comprometimento e muita verdade. O povo está cansado de faz de conta. Peço a atenção dos meus pares para lhes dirigir algumas palavras. Quero agradecer a todos pelo companheirismo, pela convivência respeitosa e cumprimentar a cada um pelo compromisso assumido de representar a população nesse Parlamento. Agradeço os vereadores que se reelegeram e me procuraram, colocando seus gabinetes à minha disposição. Também estarei à disposição de vocês. Desejo sorte aos novos que foram eleitos com a intenção de ajudar os animais e, se precisarem, me disponibilizo com a minha experiência e meu conhecimento. Que acho que o Dimitri falou isso hoje. E torço muito, de verdade, sinceramente, para que vocês, meus vereadores eleitos pela causa animal, também, consigam me superar, pois assim, eu terei a certeza de que os animais serão bem protegidos. Estendo meus agradecimentos aos meus assessores, aos servidores desta Casa, a todos os estagiários que passaram pelo meu gabinete e todos vocês que se tornaram meus amigos, muito. Fazer parte de um Parlamento, exercer um mandato é interpretar o sentimento de toda uma coletividade, ser a voz de toda uma cidade, de seu povo e dos seres que não têm voz, no meu caso, também a voz dos animais, nossos fiéis companheiros de jornada neste planeta. O tempo que permaneci aqui assiduamente comparecendo às sessões, inclusive as solenes, me trouxe uma grande compreensão da política e da sociedade em uma época de grandes transformações. Não foram duas

semanas, nem dois meses [interrupção no áudio]... SR. PRESIDENTE SÉRGIO ROCHA:

Vereadora, vai usar os cinco minutos do partido? Cinco minutos do partido. VEREADORA

LAIDE SIMÕES: Foram duas décadas, duas décadas bem vividas, de muito aprendizado,

descobrimentos, conquistas inenarráveis. Quando, por vezes, o desalento ameaçava, logo o ânimo retornava. Quando representantes de inúmeras cidades vinham a São Carlos para conhecer o nosso trabalho e buscar reproduzir os avanços que obtivemos. Muitos querem saber qual o segredo para tirar do papel um trabalho tão necessário. O segredo foi, e sempre será, persistência, o zelo diário para que o trabalho alcance o resultado visível na paisagem da nossa cidade, desde os bairros até o centro. Se foi fácil? Não foi. Mas se o tempo voltasse àquele janeiro de 2001, quando assumi meu primeiro mandato nesta Casa, eu faria de novo tudo exatamente como fiz e novamente buscaria aprender e congregar mais e mais pessoas para enfrentar novos desafios. O sentimento que me acompanha é de alegria por ter feito parte dessa Casa tão importante para a história de nosso município e onde pude dar a minha humilde contribuição. Trabalhei com honestidade, com ética, com respeito às pessoas, sem abrir mão de meus princípios e valores, sem jamais me desviar de minha missão a cumprir. E como dizia a canção de Frank Sinatra: "Eu fiz do meu jeito". Devo esquecer aqueles que me impuseram obstáculos infundados e agradecer àqueles que me impulsionaram adiante. É hora, mais do que nunca, de valorizar as amizades e os conhecimentos adquiridos aqui. E isso eu agradeço ao Azuaite, porque ele é um professor e um amigo. Se tornou meu amigo e eu tenho muita consideração por ele. E agradeço suas palavras de hoje. Uma Câmara forte, representativa, protagonista das transformações de nossa cidade, é uma Câmara na qual cada vereadora e cada vereador possui a consciência de que, mais do que leis, neste Plenário se faz história. Boa sorte a todos. E que Deus nos ampare e proteja em nossa caminhada. Um beijão a todos, um abraço e estamos juntos. Vamos continuar. Vida que segue. [aplausos] [troca de

presidência] SR. PRESIDENTE LUCÃO FERNANDES: Eu gostaria de chamar todos os meus

colegas vereadores para que estivessem comigo. Eu vou fazer uso da Tribuna. E também gostaria de solicitar a gentileza dessa grande companheira, vereadora Laide das Graças Simões, que, por muitas vezes me acompanhou aqui em muitas sessões solenes, sempre colocando à disposição para estar me ajudando aqui nos trabalhos, Roselei. Eu gostaria que Vossa Excelência estivesse assumindo,

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