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ANO XXVII ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 42/2016

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ANO XXVII - 2016 - 3ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2016

BOLETIM INFORMARE Nº 42/2016

ASSUNTOS TRABALHISTAS

ASSUNTOS TRABALHISTAS

ASSUNTOS TRABALHISTAS

ASSUNTOS TRABALHISTAS

GREVE NOS TRANSPORTES COLETIVOS - FALTAS OU ATRASOS DOS EMPREGADOS – CONSIDERAÇÕES ... Pág.1063 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS – PLR – CONSIDERAÇÕES ... Pág.1066 TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO - FISCALIZAÇÃO DO MTE ... Pág.1073

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ASSUNTOS

ASSUNTOS

ASSUNTOS

ASSUNTOS TRABALHISTAS

TRABALHISTAS

TRABALHISTAS

TRABALHISTAS

GREVE NOS TRANSPORTES COLETIVOS Faltas Ou Atrasos Dos Empregados

Considerações Sumário

1. Introdução 2. Faltas Justificadas 3. Faltas Injustificadas

4. Faltas Ou Atrasos Dos Empregados Por Motivo De Greve Nos Transportes Coletivos 4.1 – Procedimento E Cuidados Do Empregador

4.1.1 – Verificação Individual

4.1.2 - Poder Disciplinar E Bom Senso

4.1.3 – Igualdade No Tratamento Em Relação Aos Empregados 4.2 – Procedimentos Do Empregado

5. Transporte Fornecido Pelo Empregador

1. INTRODUÇÃO

A nossa legislação trabalhista não dispõe de normas para tratamento no que diz respeito a faltas ou atrasos dos empregados, quando há greve nos transportes coletivos.

Nesta matéria será tratada sobre a análise que o empregador poderá fazer, referente as faltas ou atrasos de se seus empregados ocasionadas pela greve nos transportes coletivos.

2. FALTAS JUSTIFICADAS

A Legislação Trabalhista admite determinadas situações em que o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, ou seja, as faltas justificadas, mas, ocorrendo faltas injustificadas, além de não receber a remuneração total, sofrerá outras perdas, por exemplo, em ocasiões de férias e décimo terceiro salário. As faltas justificadas são aquelas previstas em lei e não poderão ser descontadas no salário do empregado. Elas são as dispensas legais e são contadas em dias de trabalho, ou seja, dias úteis para o empregado.

As faltas também poderão ser abonadas, ou seja, as ausências ao serviço sem justificativas, porém, estão previstas em convenção coletiva da categoria profissional ou mesmo por liberalidade do empregador.

A CLT em seus artigos 131 e 473, como também a Lei nº 605, de 05 de janeiro de 1949 trata sobre as faltas justificadas e nem um deles menciona abono das faltas ou atrasos dos empregados pelo motivo de greve nos transporte coletivos.

Observação: Matéria completa sobre faltas justificadas, verificar o Boletim INFORMARE nº 52/2014 – “FALTAS

JUSTIFICADAS E INJUSTIFICADAS Considerações”, em assuntos trabalhistas.

3. FALTAS INJUSTIFICADAS

As faltas injustificadas não dão direito ao empregado de perceber salários e podem ainda resultar em falta leve ou grave, conforme as circunstâncias ou reincidência, mas podem ter justificativa imperiosa que, se seriamente considerada, vedará a punição, como, por exemplo, o caso de doença grave em pessoa da família, amigo íntimo, ou outra hipótese de força maior.

O empregado perderá a remuneração do dia não trabalhado quando não justificar suas faltas ou em virtude de punição disciplinar.

As faltas injustificadas incidirão também para fins de diminuição dos dias de gozo de férias, para desconto de DSR (repouso semanal remunerado) e na redução para o pagamento do 13º Salário, conforme será demonstrado nos subitens a seguir.

Observação: Matéria completa sobre faltas justificadas, verificar o Boletim INFORMARE nº 52/2014 – “FALTAS

JUSTIFICADAS E INJUSTIFICADAS Considerações”, em assuntos trabalhistas.

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Não tem legislação a respeito das faltas ou atrasos dos empregados por motivo de greve nos transportes coletivos, então o empregador deverá ter critérios a respeito desta situação, pois o caso também é polêmico, conforme segue abaixo alguns posicionamentos juristas.

Sob o entendimento jurídico, a questão não é pacífica, ora pendendo entre a obrigatoriedade do abono, ora pendendo para o desconto, conforme tratam os posicionamentos e os subitens abaixo.

1º Posicionamento:

“Sob o entendimento jurídico, a questão não é pacífica, ora pendendo entre a obrigatoriedade do abono, com o argumento de que, tratando-se de paralisação em serviço essencial, esta se estabeleceria dentre as hipóteses de “força maior” (artigo 501 da CLT); ora pendendo pela faculdade do empregador em proceder aos respectivos descontos, sob o argumento de que a pré-notificação à sociedade, obrigatoriamente realizada pelo sindicato com antecedência de 72 horas, conforme dispõe a Lei 7.783/89, descaracterizaria a figura da imprevisibilidade, condição principal da força maior, garantindo aos empregados tempo suficiente para se planejar para os obstáculos próprios a paralisação dos transportes.

Outro argumento em favor dos descontos situa-se no fato de que as hipóteses de paralisações em serviços essenciais não se inserem no artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - que prevê as hipóteses de abono de faltas justificadas”.

2º Posicionamento:

De acordo com o juiz do trabalho aposentado e professor do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, Hermelino de Oliveira Santos, a legislação autoriza a empregadora a exigir o cumprimento do horário, principalmente se existirem reiteradas faltas ou atrasos. Em caso de greve no transporte público, é possível descontar o dia, as horas, ou o descanso semanal remunerado quando o funcionário atrasar ou não comparecer ao trabalho.

“O juiz aposentado Hermelino de Oliveira Santos explica que, para caracterizar a desídia, por causa de faltas ao trabalho, é preciso que o empregado seja previamente advertido. Mesmo que ele se recuse a receber e assinar a advertência, a punição tem validade desde que empresa prove, com testemunhas, que houve a recusa do empregado em receber a comunicação.

Se o empregado comprovar que foi demitido no dia da greve e que chegou atrasado ou faltou por conta dela, certamente a empresa não terá argumentos para se defender, haja vista que todos sabem o problema de transporte público enfrentado pelos paulistanos. Além disso, as greves costumam não respeitar os avisos (de 48 horas e 72 horas) e muitos acordam sem saber da paralisação no transporte público”.

“O problema da greve não pode ser suportado pelo empregador. Não foi ele quem deu causa e, portanto, não pode sofrer a conseqüência. Ele não tem que suportar o ônus”, diz o juiz aposentado”.

3º Posicionamento:

“Justificativa de atraso no trabalho por greve no transporte público depende de "bom senso" do empregador (por Jéssica Santos de Souza, Rede Brasil Atual publicado 31/05/2011 16:26, última modificação 31/05/2011 18:55): São Paulo – Em dias de greve no transporte público, os trabalhadores dependem do "bom senso" dos empregadores para não terem descontados atrasos e faltas por causa da paralisação. Segundo o advogado trabalhista Camilo Caldas, não há, na legislação, definição clara que assegure o direito a justificar a ausência decorrente de problemas no sistema de transporte.

Sem leis que definam a conduta a respeito, cabe ao empregador decidir como proceder. Mesmo se um caso assim for levado à Justiça do Trabalho, encontram-se interpretações diferentes. "Não há determinação jurídica clara; há juízes que vão acatar que o empregador pode descontar o trabalhador nesse caso, outros não", relata. Antonio de Almeida e Silva, também advogado da área, concorda que a questão passa pela sensibilidade do empregador, já que o atraso ocorreria por "um motivo de força maior". Isso porque a greve é um fato alheio à vontade do empregado. "O chefe tem que saber o que está acontecendo e perceber que é a situação é intransponível para seu empregado e que foge à vontade do mesmo", explica Silva.

No caso de falta ao trabalho, Caldas considera mais difícil justificar a ausência, já que o funcionário poderia tentar chegar ao trabalho por outros meios. O tipo de transporte também influencia, além do tamanho do município onde a greve acontece.

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Na opinião de Antonio de Almeida e Silva, a falta poderia ser sim justificada se o motivo de força maior, no caso a greve, perdurasse de maneira intensa e obstruísse a chegada do empregado”.

4.1 – Procedimento E Cuidados Do Empregador

O empregador deverá se utilizar do bom-senso, certificando-se do movimento grevista, que normalmente é público e visível, e poderá abonar a ausência do empregado, independente de comprovação (declaração da empresa de ônibus). O empregador poderá também utilizar por analogia o art. 12, § 3º, do Decreto nº 27.048/1949, o qual estabelece que as entradas ao serviço, com atraso, em decorrência de acidentes de transportes, quando devidamente comprovados, não acarretarão, para o trabalhador, a perda da remuneração do repouso semanal. Conclui-se, a nível de entendimento, que o empregado não deverá sofrer qualquer desconto salarial, em função de uma situação que o empregado não deu motivo e que se desvincula da sua vontade.

“O abono da falta ou atraso do empregado pelo motivo da greve nos transportes coletivos, o empregador deverá analisar cada empregado, pois podem existir empregados que não utilizam de transporte coletivo para se deslocarem até o local de trabalho, por possuírem veículo próprio, morarem próximo ao local de trabalho ou mesmo aqueles que estão assistidos pela porcentagem de transporte coletivo obrigatoriamente em funcionamento (no mínimo 30%)”.

4.1.1 – Verificação Individual

O abono da falta ou atraso deverá ser analisado individualmente, uma vez que podem existir empregados que não utilizam de transporte coletivo para se deslocarem até o local de trabalho, por possuírem veículo próprio ou morarem próximo ao local de trabalho. O abono pode ser parcial, quando ocorrer a situação em que há greve parcial, onde circulam apenas algumas lotações das linhas de transporte. Assim sendo, o empregado terá condições de comparecer ao local de trabalho, mas provavelmente irá atrasar-se. Devido a isto, o abono será parcial, ou seja, apenas das horas de atraso.

Deverão ser consideradas aquelas linhas de circulação em locais de difícil acesso, as quais deixam normalmente de circular nestes dias, sendo então o abono integral.

Observação: Não poderá se exigir o comparecimento do empregado, utilizando-se de serviços de lotações, que

na sua maior parte são transportes ilegais e que, principalmente nestes dias, oferecem maiores riscos de acidentes às pessoas que utilizam esse serviço, uma vez que os motoristas irregulares tentam fugir de ação de fiscalização, efetuando manobras perigosas e até fatais.

4.1.2 - Poder Disciplinar E Bom Senso

“Poder disciplinar, consiste no direito de o empregador impor sanções disciplinares ao empregado, de forma convencional (previstas em convenção coletiva) ou estatutária (previstas no regulamento da empresa), subordinadas à forma legal; no direito brasileiro as penalidades que podem ser aplicadas são a suspensão disciplinar e a advertência”.

“Poder disciplinar é um complemento do poder de direção, do poder de o empregador determinar ordens na empresa, que, se não cumpridas, podem gerar penalidades ao empregado, que deve ater-se à disciplina e respeito a seu patrão, por estar sujeito a ordens de serviço, que devem ser cumpridas, salvo de ilegais ou imorais”.

Comprovando que o empregado se recusa a trabalhar em razão da greve do transporte coletivo, o empregador poderá aplicar medidas disciplinares, adotando sempre o bom senso.

Entre a penalidade e o ato faltoso deve haver proporcionalidade, isto é, o empregador deverá usar o bom-senso para dosar a punição merecida pelo empregado. No momento de definição da penalidade deve-se considerar o passado funcional do empregado, se já cometeu faltas anteriormente ou não, os motivos que determinaram a prática da falta, a condição pessoal do empregado (grau de instrução, necessidade, etc.).

Importante: O poder disciplinar não poderá infringir a Constituição Federal, onde assegura a honra, a dignidade, o

respeito à cidadania, à imagem e ao patrimônio moral de todo indivíduo, determinando indenização por danos morais (CF/1988, artigos 1º, 3º e 5º).

4.1.3 – Igualdade No Tratamento Em Relação Aos Empregados

“Conforme estabelece na Constituição Federal, o princípio da igualdade é objeto de concretização e tem como domínio profissional e laboral, ou seja, é o princípio da igualdade de tratamento, que se manifestam em duas abas

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fundamentais: uma é da igualdade de oportunidades nas áreas do acesso ao emprego, carreira e formação profissional e a outra dos direitos dos trabalhadores”.

Levando em consideração o parágrafo citado acima, na ocorrência de faltas idênticas, em relação a todos os empregados, devem ser aplicadas punições idênticas, sem discriminação ou proteção. É nesse sentido que tem sido a orientação jurisprudencial dos Tribunais Trabalhistas, pois deverá existir o princípio da isonomia, conforme determina o artigo 5º da Constituição Federal “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. “Art. 5º da CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

4.2 – Procedimentos Do Empregado

O empregado deverá comunicar com o máximo de antecedência ao empregador, que devido a greve no transporte coletivo, ele poderá se atrasar.

“Segundo o juiz titular da 13ª Vara do Trabalho de Brasília, José Leone Cordeiro, o empregado tem o dever de entrar em contato com o patrão se enfrentar dificuldades para chegar ao trabalho. O simples fato de haver uma greve não o isenta dessa responsabilidade”.

Ressalta-se, então, que a grave no transporte coletivo, poderá não isentar os empregados de sofrerem prejuízos salariais, pois, não existe legislação que trata do assunto.

5. TRANSPORTE FORNECIDO PELO EMPREGADOR

O empregado não poderá recusar, se a empresa colocar à sua disposição serviço próprio de transporte para seu deslocamento, com isso, o empregador poderá exigir que o empregado compareça ao trabalho, uma vez que não estará impossibilitado, ou seja, o empregado terá a obrigação de comparecer ao trabalho.

Fundamentos Legais: Os citados no texto, em assuntos trabalhistas.

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS – PLR Considerações Sumário 1. Introdução 2. Conceito 3. Objetivo 4. Vantagens Da PLR

5. Desobrigadas Do Cumprimento Da Distribuição Da PLR 6. Cumprimento Da Distribuição Da PLR

6.1 – Periodicidade Do Pagamento 6.2 – Vedado

7. Não-Integração Ao Salário 7.1 - Não-Incidência De Tributos

7.2 – Não Substitui Ou Complementa A Remuneração 8. No Caso De Rescisão Contratual

9. Objeto De Negociação E Composição Do Direito 9.1 - Instrumentos Decorrentes Da Negociação 9.2 - Convenção Ou Acordo Coletivo

9.3 - Instrumento Normativo 9.3.1 – Elementos

9.3.2 - Arquivamento Do Acordo 10. Mediação Ou Arbitragem (Impasse) 11. Empresas Estatais

12. Não Obtenção De Lucro 13. Penalidades

1. INTRODUÇÃO

A Participação dos Lucros e Resultados - PLR está prevista na Constituição Federal de 1988, artigo 7º, inciso XI. E a Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, com alteração da Lei n° 12.832/2013 dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa. E estabelece o direito aos empregados de terem esse acréscimo ao seu rendimento, conforme será visto no decorrer desta matéria.

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2. CONCEITO

A Participação dos Lucros e Resultados - PLR é uma contribuição sem caráter salarial, que o empregador fará ao empregado com base nos resultados ou lucros obtidos pela empresa em um determinado período e que poderá ser estipulado através da convenção ou acordo coletivo da categoria ou mesmo por uma comissão formada pela própria empresa.

“O Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é um tipo de remuneração variável, uma ferramenta, bastante utilizada pelas empresas, mundialmente, que auxilia no cumprimento das estratégias das organizações. Também conhecido como PLR, esse programa visa o alinhamento das estratégias organizacionais com as atitudes das pessoas dentro do ambiente de trabalho, pois só será feita a distribuição dos lucros aos funcionários casos algumas metas pré-estabelecidas sejam cumpridas”.

“A PLR - Participação nos Lucros e Resultados faz parte do conjunto de ações que compõem a política de manutenção dos recursos humanos da empresa e destaca-se como uma ferramenta importante de remuneração variável e motivação”.

3. OBJETIVO

A PLR é implantada na empresa também junto com outros benefícios ao empregado, em programas de incentivo ao trabalhador para melhorar sua qualidade de vida.

“A participação dos lucros e resultados é o pagamento que a empresa faz ao empregado em virtude da distribuição de lucros ou resultados”.

A Legislação regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa como instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade, nos termos do art. 7º, inciso XI, da Constituição (Artigo 1º da Lei nº 10.101/2000).

“Art. 7º. CF/88. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

...

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei”.

4. VANTAGENS DA PLR

A Participação dos Lucros e Resultados produz uma maior motivação, entre os empregados, pois eles se tornam mais comprometidos com a empresa e gera uma maior produtividade.

Segue abaixo alguns benefícios para as empresas que implantam a PLR:

a) garantir maior comprometimento dos colaboradores nos lucros e nos resultados da empresa; b) desenvolver o interesse dos empregados pelos negócios da empresa;

c) remunerar os profissionais com uma parcela variável, de acordo com os desempenhos individuais, setoriais ou em equipe;

d) garantir o reconhecimento dos empregados pela parcela de contribuição prestada à empresa;

e) não há incidência de encargos trabalhistas e previdenciários, somente desconto no Imposto de Renda, desde que seja em acordo com a legislação que trata sobre a PLR;

f) melhorar a distribuição de renda dos trabalhadores;

g) aumentar a participação dos trabalhadores nas mudanças tecnológicas do processo produtivo; e

h) aumentar a produtividade e qualidade dos serviços, visando a satisfação dos clientes externos da empresa que poderão ser ajuizadas pelos interessados.

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Além das vantagens citadas acima, também podem ser citados outros motivos, conforme abaixo: “a) incentivo de colaboradores a comprometer-se cada vez mais com os objetivos da empresa; b) gerar melhores resultados organizacionais através de parceria entre empresa;

c) recompensa os colaboradores pela superação e desempenho aplicada na busca dos resultados organizacionais;

d) isenção de INSS e FGTS, quando implantada em acordo com a legislação que trata sobre a PLR”.

5. DESOBRIGADAS DO CUMPRIMENTO DA DISTRIBUIÇÃO DA PLR

A Lei n° 10.101/2000, artigo 2°, § 3º estabelece que estão desobrigadas do cumprimento da distribuição da participação nos lucros e resultados, ou seja, não equipara a empresa, para fins dessa legislação da PLR:

a) as pessoas físicas;

b) as entidades sem fins lucrativos que, cumulativamente:

b.1) não distribuam resultados, a qualquer título, ainda que indiretamente, a dirigentes, administradores ou empresas vinculadas;

b.2) apliquem integralmente os seus recursos em sua atividade institucional e no País;

b.3) destine o seu patrimônio a entidade congênere ou ao poder público, em caso de encerramento de suas atividades;

b.4) mantenha escrituração contábil capaz de comprovar a observância dos demais requisitos desta letra, e das normas fiscais, comerciais e de direito econômico que lhe sejam aplicáveis.

6. CUMPRIMENTO DA DISTRIBUIÇÃO DA PLR

Conforme a Lei nº 10.101/2000, não existe obrigatoriedade da empresa distribuir os lucros e resultados, somente quando houver negociação.

Observação: Verificar o item “9” e seus subitens desta matéria. 6.1 – Periodicidade Do Pagamento

Conforme a Lei n° 10.101/2000, artigo 3°, § 2° (redação dada pela Lei n° 12.832/2013) é vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa em mais de 2 (duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 (um) trimestre civil.

Todos os pagamentos efetuados em decorrência de planos de participação nos lucros ou resultados, mantidos espontaneamente pela empresa, poderão ser compensados com as obrigações decorrentes de acordos ou convenções coletivas de trabalho atinentes à participação nos lucros ou resultados (§ 3º, do artigo 3º, da Lei citada).

6.2 – Vedado

A participação de que trata o art. 2o não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade (Artigo 3º, da Lei 10.101/2000).

“§ 2o É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa em mais de 2 (duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 (um) trimestre civil. (Redação dada pela Lei nº 12.832, de 2013)”.

7. NÃO-INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO

Conforme a norma constitucional exclui o caráter salarial de qualquer montante pago a título de participação nos lucros ou resultados, concedendo-lhe natureza jurídica indenizatória.

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Ressalta-se, que para que a PLR não seja considerada remuneração, deverão ser respeitados os dispositivos da Lei nº 10.101/2000, que prevê a forma como este direito deve ser instituído na empresa e também como a periodicidade de seu pagamento, entre outras regras.

“Art. 3o, da Lei n° 10.101/200. A participação de que trata o art. 2o não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade”.

E de acordo com a lei, a PLR não substitui ou mesmo complementa a remuneração do empregado, então não se aplica o princípio da habitualidade e não está vinculada ou mesmo complementa a remuneração do empregado. A participação nos lucros não entra no salário-base do empregado para fins:

a) do cálculo de indenizações de 13º salário; b) de remuneração das férias;

c) do repouso semanal;

d) de pagamento de adicionais salariais, de gratificações, prêmios, abonos; e) do aviso indenizado.

7.1 - Não-Incidência De Tributos

De acordo com as legislações abaixo, a PLR não integra a base para incidência de encargos trabalhistas, tais como:

a) recolhimento do fundo de garantia – FGTS (IN 25/2001, do MTE, art.13, inciso I);

b) do recolhimento de contribuições previdenciárias (Lei nº 8.212/1991, art.28, § 9°, alínea “j”). “IN do MTE n° 25, de 20.12.2001, art.13, inciso I:

Art. 13 Não integram a remuneração, para fins do disposto no art. 8º, exclusivamente:

I - participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com a Lei n.º 10.101, de 19 de dezembro de 2000”.

“Lei n° 8.212/1991, art. 28, § 9º, alínea “j”. Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

...

j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica”.

7.2 – Não Substitui Ou Complementa A Remuneração

Conforme o artigo 3º da Lei nº 10.101/2000, a participação do lucro e resultados não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade.

8. NO CASO DE RESCISÃO CONTRATUAL

Conforme entendimentos dos tribunais, a participação nos lucros e resultados, no caso de rescisão contratual anterior à data da distribuição dos lucros, o pagamento deverá ser proporcional aos meses trabalhados, utilizando o princípio da isonomia (Lei nº 10.101/2000, art. 2º e CF/1988, art. 7º, XI).

“SÚMULA Nº 451 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO). PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS MESES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 390 da SBDI-1): Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na

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rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os resultados positivos da empresa”.

“ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO OJ-SDI1-390. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS MESES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os resultados positivos da empresa”.

Extraído das jurisprudências abaixo: “Hipótese em que o valor a ser pago será calculado na proporção do

período laborado. Logo, no presente caso, embora a Convenção Coletiva de Trabalho tenha estabelecido que o pagamento proporcional da PLR restringe-se aos empregados que tenham sido dispensados sem justa causa, o pedido de dispensa pelo empregado não constitui óbice ao recebimento de concernente benefício”.

Jurisprudências:

RECURSO DE REVISTA - PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS DA EMPRESA - PAGAMENTO PROPORCIONAL. Esta Corte firmou entendimento de que, independentemente da forma de rescisão do contrato de trabalho é devida a participação na distribuição de lucros e resultados da empresa, pois o empregado concorreu para os resultados positivos do empregador. Hipótese em que o valor a ser pago será calculado na proporção do período laborado. Logo, no presente caso, embora a Convenção Coletiva de Trabalho tenha estabelecido que o pagamento proporcional da PLR restringe-se aos empregados que tenham sido dispensados sem justa causa, o pedido de dispensa pelo empregado não constitui óbice ao recebimento de concernente benefício. Esse é o entendimento sedimentado pelo disposto na Orientação Jurisprudencial nº 390 da SBDI-1 do TST, convertida na Súmula nº 451, ambos do TST. Recurso de revista conhecido e provido. (Processo: RR 115620125020057 – Relator(a): Luiz Philippe Vieira de Mello Filho – Julgamento: 17.06.2015)

RECURSO DE REVISTA. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS MESES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. O entendimento desta Corte é no sentido de que, em respeito ao princípio isonômico, o reclamante o qual se utiliza de sua força de trabalho, contribui para a produção de resultados positivos para a empresa. Dessa forma, a limitação temporal, sem previsão de recebimento proporcional da participação nos lucros e resultados, disposta em norma coletiva, é inválida. Essa é a posição extraída da OJ 390 da SBDI-1. Recurso de revista conhecido e provido... (Processo: RR 66000420085020090 – Relator(a): Augusto César Leite de Carvalho – Julgamento: 16.06.2014)

9. OBJETO DE NEGOCIAÇÃO E COMPOSIÇÃO DO DIREITO

A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo: (Artigo 2º da Lei nº 10.101/2000)

a) comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria; (Redação dada pela Lei n° 12.832, de 2013);

b) convenção ou acordo coletivo.

9.1 - Instrumentos Decorrentes Da Negociação

Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições: (§ 1°, artigo 2° da Lei nº 10.101/2000):

a) índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa; b) programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente. Segue abaixo, o artigo 2º, § 4º, da Lei nº 10.101/2000, abaixo:

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“§ 4o, art.2°. Quando forem considerados os critérios e condições definidos nos incisos I e II do § 1o deste artigo: (Incluído pela Lei nº 12.832, de 2013)

I - a empresa deverá prestar aos representantes dos trabalhadores na comissão paritária informações que colaborem para a negociação; (Incluído pela Lei nº 12.832, de 2013)

II - não se aplicam as metas referentes à saúde e segurança no trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.832, de 2013)”. Jurisprudência:

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS. OBRIGATORIEDADE DE INSTITUIÇÃO DE COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO. A participação nos lucros, ou resultados, deve ser objeto de negociação entre empregados e empregadores, sendo que tal ajuste se dará de duas maneiras: CCT ou ACT; e instituição de comissão interna para tal fim - mediante ajuste das partes interessadas. Inviável, pois, interpretar a norma constitucional (CF, art. 7°, XI), que prevê, no título relativo aos direitos e garantias fundamentais, o direito à participação nos lucros, ou resultados, no sentido de compelir a Reclamada a instituir comissão interna para negociação e implantação dos critérios de participação nos lucros, ou resultados, à luz da norma infraconstitucional. Isso porque os arts. 1° e 2°, I, da Lei 10.101/00 dispõem apenas acerca da legalidade do procedimento adotado na negociação do programa de participação nos lucros, ou resultados, e não, evidentemente, impõe obrigatoriedade de instituir comissão interna para tal fim. Recurso de revista provido, no particular. (Processo: RR 758407620085040332 75840-76.2008.5.04.0332 - Relator(a): Mauricio Godinho Delgado - Julgamento: 28.09.2011)

9.2 - Convenção Ou Acordo Coletivo

A Participação nos Lucros e Resultados deve ser objeto de negociação coletiva, no âmbito interno da empresa, mediante comissão de empregados, sendo necessária a participação de representante sindical ou mediante convenção ou acordo coletivo (Incisos I e II, do artigo 2º, da Lei nº 10.101/2000).

Importante: Conforme decisão judicial, a norma coletiva não pode prever participação nos lucros de forma mensal, dispondo contra a previsão da lei (PROCESSO Nº: 02267-2003-462-02-00-0).

Jurisprudência:

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS - À luz da Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, a participação nos lucros ou resultados deve ser ajustada através de comissão cujos membros são escolhidos pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da categoria profissional, ou por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo. Por conseguinte, é ineficaz a avença realizada de outra forma. (TRT 3ª R. - RO 12.851/02 - 1ª T. - Rel. Juiz Manuel Cândido Rodrigues - DJMG 13.11.2002)

9.3 - Instrumento Normativo

O instrumento normativo na PLR tem geralmente estipulado algumas normas: a) quem tem direito;

b) o tipo da participação (se por lucros e/ou resultados); c) o montante da participação a ser distribuído;

d) data e forma do pagamento (à vista ou em parcelas);

e) no caso de participação no lucro, se o valor será atrelado ao salário, ou um valor fixo ou ainda um percentual do montante;

f) no caso da participação nos resultados, o índice a ser utilizado (satisfação do cliente, produção, metas, pontuação, índices de redução de acidentes ou absentismo);

g) informação e divulgação de dados para propiciar o cálculo (lucros da empresa alcance de metas); h) regras de renovação do acordo, etc.

Observação: São variáveis os critérios utilizados nas negociações, porém, há certo padrão utilizado por cada

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Jurisprudência:

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. REGRAS OBJETIVAS. A teor do disposto no artigo 2º, § 1º, da Lei nº 10.101/2000, deverão constar dos instrumentos de negociação da PLR, dentre outros requisitos, regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos. Avaliação de desempenho que não atenda a essa determinação não é válida. Recurso desprovido. (TRT 2ª Região, Ac. 20070169491, 1ª T., j. 08.03.2007, Rel. Elza Eiko Mizuno)

9.3.1 – Elementos

A Lei nº 10.101/2000 estabelece as condições mínimas para distribuição dos lucros e não impede que as partes (empregador e empregado) venham ajustar outros parâmetros, porém que não conflitem com o mínimo definido pela lei.

Havendo outras regras a serem fixadas para o recebimento da PLR pelos empregados, poderão ser estabelecidas com base na produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa, bem como poderão ser fixados, previamente, programas de metas, resultados e prazos para conseguir o citado direito.

O instrumento normativo que fixar a participação nos lucros e resultados deverá especificar alguns elementos importantes de maneira transparente e objetiva, tais como:

a) a forma e as regras para a obtenção da PLR;

b) o mecanismo de apuração das informações para o pagamento do direito;

c) periodicidade da distribuição da PLR entre os empregados (vide o subitem “6.1” desta matéria; d) prazo para revisão do instrumento normativo;

e) período de vigência do instrumento normativo.

9.3.2 - Arquivamento Do Acordo

O instrumento de acordo celebrado será arquivado na entidade sindical dos trabalhadores da respectiva categoria, conforme estabelece o artigo 2º, § 2º, da Lei nº 10.101/2000.

10. MEDIAÇÃO OU ARBITRAGEM (IMPASSE)

Caso a negociação visando à participação nos lucros ou resultados da empresa resulte em impasse, as partes poderão utilizar-se dos seguintes mecanismos de solução do litígio (artigo 4º, Lei n° 10.101/2000, com redação dada pela Lei n° 12.832/2013):

a) mediação;

b) arbitragem de ofertas finais, utilizando-se, no que couber, os termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.

Segue abaixo, os §§ 1º a 4º, do artigo 4º da Lei citada:

Considera-se arbitragem de ofertas finais aquela em que o árbitro deve restringir-se a optar pela proposta apresentada, em caráter definitivo, por uma das partes.

O mediador ou o árbitro será escolhido de comum acordo entre as partes.

Firmado o compromisso arbitral, não será admitida a desistência unilateral de qualquer das partes. O laudo arbitral terá força normativa, independentemente de homologação judicial.

11. EMPRESAS ESTATAIS

A participação nos lucros e resultados de que trata o art. 1º desta Lei, em se tratando dos trabalhadores em empresas estatais, serão observadas as diretrizes específicas fixadas pelo Poder Executivo.

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“Art. 1º. Lei 10.101/2000. Esta Lei regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa como instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade, nos termos do art. 7o, inciso XI, da Constituição”.

Consideram-se empresas estatais as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

12. NÃO OBTENÇÃO DE LUCRO

O princípio básico para que o empregador seja obrigado a distribuir entre os empregados lucros e resultados é obtenção destes.

O lucro é o valor auferido pela empresa, depois de deduzidas as reservas e as despesas operacionais, além dos reajustes patrimoniais e deduções autorizadas.

O resultado decorre do alcance de metas que estão relacionadas com a produtividade da empresa.

Caso a empresa demonstre, contabilmente, que não obteve lucro em determinado período, isenta-se da obrigação do pagamento da PLR. Porém, este fato deverá ser comprovado através de meios idôneos e com devida transparência.

13. PENALIDADES

A participação nos lucros e resultados é uma obrigação fixada por lei que sujeita o empregador ao seu cumprimento, mas a lei não prevê um prazo para a sua implantação e nem uma penalidade para quem não a cumpre.

Ressaltamos, que o empregador que optar pela distribuição dos lucros, porém, não cumprindo o que determina a Lei, estará sujeito às eventuais diligências da Fiscalização do Trabalho, bem como às medidas judiciais.

Fundamentos Legais: Os citados no texto.

TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO Fiscalização Do MTE

Sumário

1. Introdução

2. Turnos Ininterruptos De Revezamento 3. Procedimentos Da Fiscalização 3.1 - Jornada De Trabalho 3.1.1 – Jornada Normal 3.1.2 - Jornada Superior 3.2 – Jornada Extraordinária 3.3 - Jornada Fixa 1. INTRODUÇÃO

A jornada de trabalho ou duração do trabalho é forma do empregado participar com suas funções na empresa, sempre vinculado a um período de horas.

E a Instrução Normativa nº 64, de 25 de abril de 2006 dispõe sobre a fiscalização do trabalho em empresas que operam com turnos ininterruptos de revezamento.

Através da Instrução Normativa acima, o Ministério do Trabalho e Emprego determinou, os pontos importantes que devem ser observados pela fiscalização nas empresas que operam com turnos ininterruptos de revezamento.

2. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO

Considera-se trabalho em turno ininterrupto de revezamento aquele prestado por trabalhadores que se revezam nos postos de trabalho nos horários diurno e noturno em empresa que funcione ininterruptamente ou não (Artigo 2º da IN nº 64/2006).

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3. PROCEDIMENTOS DA FISCALIZAÇÃO

O Auditor Fiscal do Trabalho - AFT deverá observar o disposto nesta instrução normativa quando da fiscalização de jornada dos trabalhadores que laboram em empresas que operam com turnos ininterruptos de revezamento (Artigo 1º da IN nº 64/2006).

3.1 - Jornada De Trabalho

A jornada de trabalho ou duração do trabalho é a forma do empregado participar com suas funções na empresa, sempre vinculado a um período de horas.

“Jornada de trabalho é a quantidade de labor diário do empregado, podendo ser analisado sob três prismas: do tempo efetivamente trabalhado, do tempo à disposição do empregador e do tempo in itinere. (MARTINS - 2001, p. 437)”.

“Jornada de trabalho é o tempo em que o empregado permanece, mesmo sem trabalhar, à disposição do empregador e quando, em casos especiais, manda computar como de jornada de trabalho o tempo em que o empregado se locomove para atingir o local de trabalho”. (NASCIMENTO: 2003)

3.1.1 – Jornada Normal

Na fiscalização da jornada normal de trabalho em turnos ininterruptos de revezamento, o Auditor Fiscal deverá verificar o limite de 6 (seis) horas diárias, 36 (trinta e seis) horas semanais e 180 (cento e oitenta) horas mensais (Artigo 3º da IN nº 64/2006).

3.1.2 - Jornada Superior

Na hipótese de existir convenção ou acordo coletivos estabelecendo jornada superior à mencionada no caput, cabe ao AFT encaminhar cópia do documento à chefia imediata com proposta de análise de sua legalidade pelo Serviço de Relações do Trabalho - SERET, da unidade (§ 1º, do artigo 3º da IN nº 64/2006).

A Legislação prevê uma jornada especial de trabalho, sendo limitada a 6 (seis) horas diárias, para os empregados que trabalham em turnos ininterruptos de revezamento (CF/1988, artigo 7º, inciso XIV). Com isso, as empresas que trabalhem sob esse regime deverão aplicar essa jornada, salvo negociação coletiva.

“SÚMULA Nº 423 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO) TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Res. 139/2006 - DJ 10, 11 e 13.10.2006): Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras”.

3.2 – Jornada Extraordinária

Na hipótese de trabalho extraordinário, o AFT deverá observar também se estas horas foram remuneradas acrescidas do respectivo adicional (§ 2º, do artigo 3º da IN nº 64/2006).

3.3 - Jornada Fixa

Caso o AFT encontre trabalhadores, antes submetidos ao sistema de turno ininterrupto de revezamento, laborando em turnos fixados pela empresa, deverá observar com atenção e rigor as condições de segurança e saúde do trabalhador, especialmente daqueles cujo turno fixado for o noturno (Artigo 4º da IN nº 64/2006).

Neste caso, deverá o AFT verificar se o aumento de carga horária foi acompanhado do respectivo acréscimo salarial proporcional e respectivo adicional noturno, quando devido (Parágrafo único, do artigo 4º da IN nº 64/2006).

Referências

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