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_r.io de Janeiro — Terea-fe?.ra 4
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1BSO0O -.* 3US0U0 •A.GAMENTO ADIANTADO ESCIt.PTOI.SO
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DO
OUVIDOR
104
ANTIGO 10-.ÚMERO AVULSO 100 RS.
¦ I, _ i ¦',¦! |jv-.-'.-»i-if,i,-_:- cn-T-cr.-wi e terminam cm qualquer mez
Stereotypada © impressa
nas machinas1- rotativas de Marinoni,
Sociedade anoáyma .Êrazeta de Notícias
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ASSICHATUflAS PARA OS ESTADOS .
Í™*ST,US 161000
ANNO .-.*- 301009
PAGAMENTO ADIANTADO
TYPOGUAPHIA
94
RÜA
SETE
DE
SETEMBRO
94
ANTIGO 70
p seria peor...
Os nossos colIog;as da Noite •deixaram .ontem
muito •lison-jeada esta colttnma. Usonjcada c vencida, porque foram muito mais adiante da extranheza a que nos arriscámos em face dessa in-explicável glorificação que se pro-oura fazer ao Sr. general Dan-tas Barreto. Acha a Noite que isso "é um absurdo que carece .e uma prompta c enérgica reacção." Nós não fomos nem iremos tão .longe- Não queremos que se met-ta o páo cm ninguém, pois que met-tal cousa não seria mais do que sug-gerir e aconselhar os processos que nós condoninamos no próprio Sr. Dantas Barreto. Desejávamos, apenas, accemuar que não chega-mos ainda á .triste condição de nos rojarmos todos aos pés dc uni ci-dadáo, porque teve a virtude de montar guarda a um erário, du-rante quatro annos, sem consen-tir que nellc penetrassem as rata-aanas.
-iMas, o enérgico protesto da Nojtt c um gesto de patriotismo. O ex-governador dc Pernambuco não volta das Gallias nem da ilha d'Eíba. Além de não ter furtado nem deixado furtar, o Sr. gene-ral Dantas Barreto, como diz muito bem a Noite, não praticou nenhum feito que o rccommende á admiração nacional. Portanto, os arcos de triumpho que se lhe pre-param e todo esse ruido. e todo esse estrondo com que pretendem ccrcal-o ao pisar a nossa capital, não pode senão obe-decor a uma C!||_»c!-a-ção política. K" verdade que os grandes erros 'do governo que passou, e a cruciante agonia dos dias que correm, e o cner-vante vagar com que caminha o governo actual, determinaram no nosso povo um estado d'alma pro-oicio a todas as explorações. Não .-ão apenas os politicos desalenta-.los. Em todas as classes ha um máo estar incomportavel. cm lo-dos os lares ha um soffrimenta Ds corações que (padecem c os es-iomagos que se contraem, vasios, podem ser facilmente conduzidos a todas as aventuras, Quem sòffrti ou quem tem fome não teme o* saltos no escuro. "Peor, não node ser: arrisquemos !" Tíssc es-' lado psycholcgico, ninguém se il-luda, é o que. se quer explorar...
Nada mais justo do que o prei-'co
de homenagem com que os per-nairibucanos resolveram rec/'ier r restaurado; das finanças da !crrn. Nada mais louvave* n emncribo
associar ás
Motas e Noticias
L. Ruífier e .Manoel
Ro-a compRo-arecerem hoje no
SUP
do quo cam que procuram manifestações da sup gratidão o niaior numero r-os.ve! rife todos os . elementos sociaes. Mas, pelo amir de Deus ! não se pretenda fazer acreditar an pov<a ¦que quem vem cheirando ahi é r predestinado rçtlcriipt.r da <utn miséria e da deshonra da nação. Miséria maior e dcshonva ni.it* igrioJntniosi seriam a abdicarão da nossa-liberdade c a confissão tle que só sà-émos ¦*• podemos vi-ver como
escravos..-X.
HOJE - 8 PAGINAS
.() TH.MI'0
OhovJsçou eom iiitc-iiiltlencins, p«.la manhã, tendo estado o oéo cn-colher to.
A' tarde o lem-po mcMioriiu um pou'co.
.\ temperatura variou entre 1..6 e _j.i2.
•¦AGAM-Sl" HO.in
Na l" pagadoria -.lo Thesouro Na--cional, ns S-tTU.iltfiH folhas (4° tlia utll!: 'Dlreotorlá Coral ilo 'Kstatis-íiioa, Povoamento do fíolo, ISscoltl Swperlor tle Agricultura, (Dlrectorla de .Meteorologia o Astrcuvomia, Hoa-jiedn.ria da Ilha das ilillores, Berv-lco Oeologleo e Xllneralogrlco e Defesa .¦'igricola, Inspoctoria do Pesca, Sor-VlQO de Protecefio nos índios, Üiro-mtoria de Veterinária e Serviço «le ln-fot-mações.
fio' depois do sexto dia mil. é nue serão ipalgas as folhas atrasadas, .Is ¦terças e sextas-tfolras,
Na Prefeitura, ãs folhas de no-vombro íIoh íiuxiü.i.es do ensino, do A a I, o do dezembro, da Secretaria do 'Gabinete do Prefeito o Conselho oruniwipal. O CAMBIO Praças: no i"lv. " dlv. Londres.. '.. .. 14-1132 lll 5-164 Paris Í7.- t-73'3 .Hamíbarg-o. . .. Ss:io _-6 lialia — Siir.2 Kespanha. ... — tv.~, Port-gal — 2$_I5 IN diva York — 4*298 Buenos Aires... — -1*0:17 Soberanos. ... — 20*330 Taxas extremas: 'Bancarias. . .. 11 ir.ll" a 12 Caixa matriz... 1'1 dS'l<3 a_2
Outros valores: <J a mh I o parti» culnr 32 ,11-12 e 12 •Vnl.-NR ouro — ll_ 1ÍO0O. ouro — 2*250 ILe-tras ipapol... *,7 % a l.S %
H.etras ouro.... — 'GO %
Soberanos. ... — 20$4O0 lAtpolIces: Antigas 7"5*no!i a 770J000 Bmip. de ".91-0.. 740S0OÜ a 750*000 f_> f i» : Vendas 3.ooo Cotações ' S"000 ALFÂNDEGA Renda de hontnm : Jüm ouro '3 rnn!)"340 Im papel.. .27:001. |68 Total '.1-61'OOS CAllNES VErt.ES
Para o consumo desta caipital, fo-ram abatidos limitem no m;-t-lnum «Je Santa Cruz: 501 bovinos 59 por-cixi, .3.2 carneiros o Sil vitellas.
iForam rejeitados: 10 1|4 bovinos, dons porcos e uma 'vltella.
No Entreposto das Carnes Verdes, om S. Dloi»o, vigoraram os seguiu-!<?« preços :
Bovinos "000 a S-CSO
Porcos .1$100 a 11300
Carneiros 1S800 a USOO
Vltellaa $ooo a jsoo
Aos eonsiimldores, a carne do bo-_no devera ser cobrada ft razão de 820 ríl» o kilo no máximo.
No matadouro «la renha foram
niha.lidos 21 .bovinos.
A ronda Arrecadada pola Reparti-çío do Imposto do Cado atUriigiU a «-:(i74ir,0O.
HA 38 AWOS
Inl<*lnva.m-so os trabalhoa dc as-sontamonto dn oslatua de .losí do Alenoar n.i lajigo uo «'.mete.
—-A "(laxoia" mandava um dos Beim rí-prcHentante.. **m vl*!la ao''pa_ norama de Víelor "Mclrcllos, f|Uo si.» iMtug-iirar.i nn rotuíiln do Iara o do rn<;o e fazia uma bella apreciação nobre c»»e trabalho.
MOTA OFflCLMi O Sr. Dr. _auro Muller, minis-tro das Relações Exteriores, man-dou hontem seu official de
iíajbíne-te Dr. Sylvio Roméro convidar
os srs. drlgues
ltamaraty, afim -dc prestarem de-clarações sobre o caso da compra de armamentos ao governo brasi-'leiro, a que so refere uma carta escripta por um funecionario que oecupou alto cargo na secretaria (la presidência da ¦R'èipublíc_ o que ê objecto do Inquérito quo, sob a dlrecqão de S. Ex., está sendo fei-to pelos Srs. sub-secretario de Es-tado, Dr. Gàstaò da Cunha, e dl-rector «eral dos peçrocios isolitico»! o diplomáticos. Dr. •Arffliur Brigigs. Como se sabe, o Sr. Rodrigues, que representou o "syndlcato in-glez" na tentativa desta operação dc compra do armamento-, é que ê o mesmo indivíduo a quem se re,-fere a nota acima, estil nesta cida-de ha cerca cida-de cinco mezes. Hon-tem fez elle declaraçõios á, "Noite", afastando-se do propósito em que estava de não fallar ao publico no»»-te assumpto, "anno»»-tes de .qualquer providencia do governo brasileiro". O pobre honrem diz que estil
ver-dadeiramente desolado, numa
re-clusão forçada, cheio de vergonha de voltar ao seu paiz, onde ter.1 de prestar contas dessa missão a um amigo a quem quiz prestar este der.-Ifiteressádls/slmo serviço, pois qu-nflo trata de taes negócios e 6 ape-nas "director de estradas de ferro e companhias <le carris em Londres. na Argentina, no Uruguay e no l'a-raguay", emprezas que, sabe Deus como, tem podido supportar essa longa ausência do seu chefe, ''fu-gldo ao convívio social, encerrado como delinqüente num appartamen-to de hotel", e que — perdido por mil, por vinte e cinco mil — mistora nestas negociatas nomes de il -plomátaa estrangeiros e referencias» a legações brasileinfs, accelt».'.n.lo como "credonciaes" para reallsi'.i n operação o como "enviado do go-verno brasileiro" uma carta e nm cavalheiro a quem esse documento dizia que seria garantida ''prcfereii-cia" para "tratar" desse assumpto. l'oi mediante isto quo o Sr. Rodrl-sues, "retribuindo gentilezas de uni amigo", promptlficou-se a receber nm cheque de £ 25.000, quo entre-gou lodinho ao famoso "enviado do govqrnò brasileiro", enviado q'." deu ís de vllla DIogo, ae ' que nã»* est;'i. também fugido ao -convivi,-, »-..• ciai, eomlomna.ndo-so X reclusão de um appartamer.to de hotel, cornni. de pura vercuilm por não poder -prestfii*-ao .r. Rodrigtes.ns conta-que o Sr. .Uo-ãrigues também nãi pôde prestar no amigo a.»c*íl','is n'on-lilezas "correspondeu, mquertílo.e nesta ea-misa de onze varnà e nesta aventura de vinte e cinco mil li-liras !
A nota dn governo diz rjue hoje serão ouvidos o Sr. Rodrigues e i Sr. Ruffier. Desde o prim.irn In-stante —• e o publico faz osta Jus-tlca ao governo -— o interesse do governo í o do esclarecimento com-pleto e cabal do ní-..impto' O Sr. presidente da Republica encarre-gou o Sr. ministro das RelãçO.' Exteriores, que, oomo lhe cuniprla. poz o chefe do Estado ao corrente tle todas catas cousas, do abrir n inquérito que esta sendo feito, sob a dirécfião flo próprio Sr. ministro, por dous dos mais .-íllos funeciona-rins da. Secretaria. Tolas
asrcspon-saliilidades serão rigorosamente
ajuiradas. Disso, aliás, está corto o publico.
, Na nossa edição de hontem pu-blicimns uma. noticia, dizendo rni" o iSr. presidente da Rppivbllca Ir-dultíra um ladrão multo conheci-do. Pedro Marcelllno Vieira, de quem demos p.tí o retrato.
O Sr. ministro ila Justiça, fnl-lan d o hoiitom nos nóspoa prezado.-eollr.-rns d'"A Nctlc1"", disso ciup não; que o homem não era tal la-drilo.
Pedro Marcellino não (Ôra o la-drão proprinmente, mas apenas n eoipinradnr dos oliioetos furtados .1 joalherla Aigular Mácliado ! Para dizer a verdade, não sabemos, pe-rante a moral e o bom senso, qual o idifferenca <»ue ha «>nlre o nuo furta e o que compra o furto. Tão ladrão 6 um como outro, Para o Sr. ministro, pôde 'haver differen-ca. e esla tllifferença podo ser uma razão multo concludente; mau pa-ra nos, não. E 6 por isso que con-tliummos a dizer «itie S. Ex. apre-sentou a assignatut- do Sr. pre-siclonte da Republica o indulto de um ladrão.
¦O facto ds uni sujeito sor ape-nas leomprador de furto não lhe dã direito a ser indultado pelo chofe de Estado.
Mas a verdade ,» quo Pedro Mar-cellino não e apenas cnmnrador de furto, como disse o Dr. Carlos Ma-xlmiliano.
Esse Pedro Marcellino Vfeirn. quo foi julgado digno da greca presidencial, ' nfio só ladrão como chefe de quadrilha, em particular da quadrilha que assaltou a Joa-lheria Aguiar Machado.
Quando prestava em cartório
informações ocerca de um pedido de "habeai-corpus". por elle soli-citado, consetrulu fugir, sendo no-vãmente preio. Quer o iSr. minis-tro saber cm quo do.ia ? A IS de maio do anno passado.
Aqui Jft íol processado -por cri-me dc furto e dc roubo, em 1010. 1.11 o em 1911.
Na Argentina esse "respeitável" cavalheiro tle Industria tem cinco prisões .or furto, duas por desnr-dem o qu.atro Dor violação >dc do-mlclllo, Isto í, roubo. "I*xcuscz de pou" ...
Para terminar podemos affirmar que Pedro Marcellino Vieira tem vários nomes, como |* de estylo en-tre a aua cla_e : chaim-se Pedro it. Vicyra, Pedro Vir-, Mort!.;«"-.
Vleyra, Vtetorio Martinez e Juan Gonzalez. Estes são os que nôs co-nhecemos. E' possível que 6, his-toriador futuro descubra outros mais..". ¦ ••
--—O
A nossa policia é ideal ! Cegui-nha de nascença só tem a noção das cousas pelo tacto, E' guiada
pelo clamor do publico. BO se
apercebe que ha roubos quando os
seus dedos vagamente verificam
que as portas estão arrombadas... Assim, os roubos jmilttpllcam-se e a policia, a cikii^^, leva a ta-ctear, de um lado^Rra o outro, sem saber o caminho que deve to-mar.
Entretanto, essa policia cuslta-nos os olhos dá cara !
Ainda no domingo, ft tarde, uma loja de modas, na rua do Ouvidor, "Galeries Laffayette", foi rouba-da. Era naitural que a policia, quo nessa mesma tarde foi avisada do roubo, começasse immediatamente a fazer diligencias que a levassem ft grande victoria da des-coberta dos criminosos.
Mas isso não se deu e não se d-. A policia tomou nota da queixa do roubado e ficou deEicansada a ler o que os jornaes «dizem das "conspI-rações'', pelo menos, atê ihonitom, o agente requisitado para ifn.zer a-diligencias preliminares não havia apparecido.
Não appareceu e certamente
não appareceu'. mais, emquanto os ladrões não estiverem num'exeel-lente logar, a salvo das garras .fe-rozes dos agentes.
Qualquer vestígio qire exis-tisse no esta'ielecim.nto, e que poderia, levar a policia a uma convicção o a uma victoria. cortamenite que ?e den£oz, como Jâ íio desfez a espe-rança, do roubado em rehaver o roubo p ver ns ladrões cas'|h:á.os. E, de-se .por 'Tiuito feliz, porque As vozes a policia tem fantasias
lou-cas o pôde multo bem resolver
ainda prendel-o, como faz com os tristes "conspiradores" c com quem tropeça no caminho.
E' ideal a rossa policia, mas
continua a ser cegnlnha, muito
embora digam que o peor cego ê aquelle que não quer ver. A po-llcia, pelo que verificamos, ú deste numero...
PEREGRINAÇÕES
QUE FALHAM
Os despachos da Agencia Amfcri-cana já começaram a annunciar os feetorios com que o Sr. José !'*»;r-nandes vai sor recebido em Ma-ceio.
Por <iue esses festorios, nüo se sabe bem. Desde um anno quasi, que o Sr. ,Tos6 Fernandes outra con-sa não faz em Alagoas senão rece-ber festas) banquetes, etc.
O' Sr. José Fernandes vai para o seu*éhgenhó ? Zãs ! Jantar de déa: pedida, banda de musica, corteja,
do bota-fóra. '-jl
O Sr. Z- Fernandes volta' a Ma-celO ? — -Zfts ! Banda de musical',; automóveis, espectaculos de gaia',"
etc. ' í
O Sr. Accioly, que se ericarapitpn-no palácio dos Martyrios, também-não faz outra-cousa setambém-não pensarem' festejos e recepções ao homem. Esstt' preaecupação de festejar e banque--tear o Sr. Lima é o aspecto domi-' nante por que se tem salientado .o desgoverno do Sr. Accioly. E' um como programma politico. E'-, -o! unlco programma de S; Ex.
Em menos de um annb o.Sr. Zé-Fernandes fez ao Rio duas longas peregrinações. A primeira tinha por fim collocar contra a Constituição do Estado o Sr. Accioly no palacjo
ua typògraphia à$;xCim ;} NUMERO AVULSO ÍOO RS.
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As assignaturas começam e terminam em qualquer mez
Regressa hoje a esta capital
o general Dantas Barreto
A recepqão do general. Dantas Barreto está dando o que fallar. Póde-se mesmo affirmar que, neste curto período de tréguas, que se seguiu ao encerramento do
Con-Que bacillus extranho, «que
trypanosoilia formidável haverá n. imrdo do Pará (o navio em que. chega hoje o Sr. Dantas Barreto) para que o Sr. director geral da Saúde Puh-lica se resolva a mau-dar a bordo tim funecionario cs-ipecial, em missão especial, com especial riicommcmlação aos Srs. inspector dc sauçlé do porto ? Querem ver ? O mcnwraiidum .da Diircctoria Geral de Satidc Pu-iiüca, que nós vimos hontem, é o seguinte:
'-' "Aos f/rs. 'inspeciorcs dfe Saitdc do Porto:
".Dc
ordem do Dr; director ge-ral compjunico-vos para os devi-dos fins que a lancha oin que deve amanhã ser feita a visita sanitária no' vapor Pará não deverá dei-xar o cács Pharoux antes de nclla sc ter apresentado o Dr. Eugênio Lindenhcrg Porto Rocha, que vai
em missão especial do Sr. Dr.
director geral. Saudações.— Dr.
Garfield."
Ora, soja tudo pelo nmor dc
Deus. Vivemos nós aqui
diária-mente a erguer as mãos para a Saúde- Publica, pedindo vingança contra os mofrjiiitos que iipâ de-voram .durante a noite, c S. S.
faz como as tckphonistas: não
liga...
Mas o navio, a bordo do qual
vem o general Dantas Barreto,
esse merece "missão especial do Dr. director geral-.. "
A ..postar .que os mata-mnsqu.i-tos também já foram em missão especial (agora é assim) á casa em quo vai mora.*' o general...
Achiindo-se encerrado o
Con-grosso Nacional, o Sr. presidente da Republica receberá os Srs. se-nadores e deputados mediante po-dido prévio de audiência.
dos MartM-ios sa e diffic!'.!
A Constit terpretada lei eleitoral uma lei bast tas eram sltui
cousa foi iabòrio-Estado foi in-os sentidin-os, a ¦lendo mais quê mo os demoera-bnistas não houvt»
O Tribunal dc Contas resolveu registrar os créditos dc .t.'ç_ "ii-.-Jl $"?52, para liquidação de despezas de etapa c soldo ás praças do Exercito; dc 20o:oooS, nara desoezas com o transporto dc flagellados c de fio:-.«-..'jvoo. •vwa pagamento a Catão Bernardo 0!.:.\-e:ra c outros, em virtude dc "entencít indiciaria..
^ADPI^Ojá...
melo do fazer valer a Constituição, Depois foi axi-*He engraçado caso do' Senado. ¦ W
Os fernandistas (e tíjjAha, tanto aqui como Iii,)', acharam.um absur-do que quatro senaabsur-dores authenti-cos pudessem constituir o Senado alagoano, recophecer (e sà estes po-dlam reconhecer) os demais semt-dores, e o suecessor do Sr. Olodoal-do. Mas acharam naturalissimo que um único senador autihentlco, de-moorata, pudesse constituir esse mesmo Senado, reconhecer os de» majs senadores e o suecessor do Sr.
Clodoaldo .
Isso admlttido, que reatava fa-zer '!
Collocar o Sr. Accioly na gover-nanc.a de Alagoas. E o homem lá' foi.
Quando o Sr. Acciloy foi encai-xado no palácio dos Martyrios, o Sr. Zé Fernandes exultou. Estava terminada a peregrinação.
Em Maceió começou a preparar-so o jantar que o homem devia en-gullr. Jantar, recepções, especlaculo de gala.
Mas o Sr. Accioly não estava bem na governança. Não havià-ài-do reconhecihavià-ài-do, havia sihavià-ài-do
encaixa--do alli fernandescamente «ÍSJH
Esse fornandismo não podii,-
eç»tj-tlnuar. '
O caso foi levado ao Congresso. A Intervenção era inevitável.|_ ¦
O Sr. Fernandes Lima, que osta-va repousando dos jantares, rece-pções e espectaculos de gala, teve que fazer nova peregrinação ao Rio. Desta vez o homem trazia o apoio I do Sr. Bezerra, da Agricultura.
O homem deu que fallar. O 7Ji Paulino, que 6 fernandista até 4 medula, quiz entrar em actividade, mas viu-se logo entravado por va-rios motivos, sendo o principal a ab-soluta falta de ensaio. O Zé Paulino tinha evidentes saudades de seu
en-genho, uma viva recordação do
verde.
O caso ia mal. Zé Fernandes tl-nha "migraines", apparecla ator-doado nos corredores do Monroc, começava a ver que dosta vez per-deria os jantares e recepções om Alagoas. ,
A intervenção, afinal, vai ser um facto. A perogrinaão do Sr. Fer-nandes falhou.
Mas pensam os leitores que o ho-mem vai ficar sem jantares ?
Qual nada ! O Sr. Accioly já ela-borou o "menu". Vai haver festa em penca.
O Zé Fernandes falhou, mas a "bola"
é certa, principalmente ago-ra, que o funeciorialismo do Eslado não está 'atrazado, a começar de maio para cá..De ma Io para traz Bó Deus o sabe ! Deus, o Sr. Zí Fe---*andes e o Sr. Accioly.
Mas, que diabo ! havendo festa e pancadaria, a cousa vai forçosa-mente bem. Ao menos no estorna-go do Sr. Fernandes Lima.
¦__L_-B»_JlL ¦ ^r- ' |( ' ^^»»j^.M_-_^»i**-*t-*
Neutralidade
paupérrima
¦ ii
As mazellas da cidade
Com vistas á Directoria da Saúde Publica
GENE-AX, DANTAS "jiAn__TO ¦gresso Nacional, a recepção do
glo-rioso triumphador constitue a no-ta diária de actualidade.
O quo lhe empresta uns ligeiros nervosismos dc actualidade não 6, porém, o facto de se tratar de uma dessas' vulgarissimas manifestações
de apreço e homenagem tão do
nosso temperamento. Essa,
quan-do multo, provocaria um
movi-mento de curiosidade popular, o
cnthusiasmo entre um grupo
mais ou menos numeroso de po-liticos profissirinaes, e o especta-culo, sempre grato ao paladar na-cional, de duas ou tres bandas de musica atroando os ares, meia du-zia de discursos pomposos em no-me do povo e um sonoro flamm»»-jar do fogos pyrotnchntcos.
Sob este aspecto a glorlflcação do César de Caxangá teria, quan-do multo, a expressão isolada da-quel!u3 nossas velhas manifesta-ções que a invasão da elegância nos nossos hábitos politicos sub-stltuiu pelos almoços "chies" no Assyrio.
O quo a estú borrifando dc nm sabor inédito de actualidade <• o
caracter francamonto partklirio
quo está tomando. Ao qu" sa diz a festa ao salvador do. Pernambu-co significa o primeiro passo para novas perspectivas na política na-cional. César chegará, verá e, co-ordenando nas suas mãos energl-cas dè individualista "tranchant" tpdas as forças políticas da na-, çãona-, imprimirá uma forte cohesão ao estado dispersivo do indiscipli-JjHa o anarehla política em que so ^-»ft"«-.bate a nação. Esta reviravolta da vida nacional, pondo todos os elementos c forças sociaes em
ebu--O
o papAo
Glorifiquemos Dom Papão Primei-[ro ! Telo que fez não fez em Pcrnam-[buco Querem que mesmo a riflo ou a [trabuco Se ajoelhe todo o povo brasileiro. Mas eu cá. que sou poeta todo
[inteiro Tenho o meu bom pedaço de ma-[luco. Nem por bem espremer da canna o [sueco,
Deu Bezerra um ministro
verda-[deiro. Deus queira que esse caso não so [enrosque E, quo X voz do clarim o ao som do [bombo,
A pátria acorde da campina ao
[bosquo! Mas ouçam apesar desse ribomho: — Poderá quem dirige um simples [klosquc Dirigir a Paschoal OU a Colombo ?
Iim nilssjvluta esensve que "a ex-tliicçãii das formigas í» hojo uma
questão nacional do maior
in-teresse."
CummenUrlo do Tigre:
— E querem «lar cubo dellas
conservando um aiwucuroiro nn
Agricultura.
Encontrámo-nos hontem, casual-mente, na rua do Ouvidor, com o Dr. Cardoso de Almeida.
E' claro que um secretario da Fazenda o, Interinamente, da Agrl-cultura do Estado de S. Raulo, não passa incógnito ante um repórter.
Fomos logo perguntando a S, Ex. — antigo jornalista também e, por-tanto, condescendente com 03 in-discretos — o que o truzl-L ao Rio.
—Nada. senão uma gran<"e san-('.ade do Rio, de que gost») muito. .
—Mas isso apenas ?
—Somente, somente. Annn Bom .mies de um domingo estiva
me;-mo convidando a um passeio ao
Lio. E aqui estou, devendo partir hoje mesmo para o meu posto.
E S. Ex. seguiu, rua em fora.
gosando o grande movimento de
uma segunda-feira, depois de dous dia3 de repouso geral.
0 dia do li presidente da Republica
NO GUANAP. \I_\ O Sr. presidente da Republica conservou-ne o dia do hontem no pala-io Guanabara, onde recebeu, entre varias pessoas, os Srs. Dr. chefe de policia, senadores Ber-nardo Monteiro e João Luiz Alves, deputados Vicente Plragib,. e beão Velloso, com os quaes conferen-ciou.
Também foi recebida por S. Ex. uma commlss&o -da Congregação da Mirinha Civil, que foz entrega ao chefe de Es.tn.o de uma moção do congratulações pelo modo por que foi Koluclonudn 11 que-itão de navios brimlloiroB, providencia go-vernumental que favoreceu í-iuella classe.
Estiveram, ft noite, no palácio
Guanabara, com o Sr,
presiden-fe da Republica, ni . rs. ministro" da Marinha, Dr. chefe Ap policia, Bcnernl Acobar o dopulurt» Hlbel-ro .li!n(_.e',. i,
lllll|tó|i|
(_m--"-¦¦ *¦¦¦¦-
-v.-''-^
A ,.Mlnlin(ii que Kerâ <>rf«*rp«»l.n Imje ao Kvueral II111K11.1 Ilnrrctu lição, como so «le.prehende, está.
produzindo de um lado grandes
esperanças e do Outro — apesar de affirmarem os seus prophetas co-mo o padre Valença, a propósito da restauração, <iue a remodela-ção virá entro sorrisos c flarcs — um temor «iiie vem á flux sob a
fôrma ameaçadoramento terrível
de uma hydra revolucionaria. A
hydra naturalmente terá sete ca-becas, quo serão para o Sr. Au-relino Leal outras tantas seto con-spirações.
E' esperado hoje, nesta capital, o Sr. general Dantas Barreto, ex-go-vornador de Pernambuco. O "Pará", paquete.em que viaja, devo chegar ás S horas da manhã, reallsando-so o desembarque ás íl. no cáes Mauá. Afim de receber o general Dantas a bordo do "Pará" amigos e
admi-radores partirão em lanchas do
cáes Pharoux, ás 7 1[2 da manhã. No cáes Maná representações dl-versas receberão o recem-vin.io, acompanhando-o até sua residência, X rua M.-u-quez de S. Vicente n. 53. na Gávea.
Saudarão o general Dantas: no
cáes Mauá, o acadêmico Lustosa
de Ara.gáo; om frente 110 Monroe, o Dr. Evaristo de Moraes; em sua residência, o Dr. Jullo de Novaes, orador official.
Comparecerão hoje X recepção
do Sr. general Dantas Barreto òs Srs. ministro da Guerra, chefe do
Estado-Maior do Exercito, chefe
do Departamento dn Guerra e ou-trás altas autoridades do Exercito. O- Sr. capitão Andrade Neves, assistente da .'." região militar, re-presentará o Sr. general Pinhelio Bittencourt, em vista da anormn-lidado do momento ná" permltlir a »S. Ex. uífjstar-se da sédc du região militar.
O GE-F.RATj DANTVS BARJIETO*»A8SO_ POR VICTO_.I_
VICTORIA. 3 (A. A.l —
l.S-•sou pelo porto desta capital, com dr-tlno ao Rio de Janeiro, o gene-ral 'Damas üarroto, ex-governalor flo '.Estado dn "ernambuco.
"8.
Ex. recebeu a bordo do pa-quete "Pará", onde viaja, o cora-»el Marcondes Júnior. seVretarlo da» pre-áilencia, que o foi cumnil-montar om nome do coronel Mir-[••"•i-'*-.»* dc fiou**, presidente do Es-UlJi.'.
Será mesmo possível que os nos-sos industriaes exportadores
con-tinuem a não comprehender, ao
menos por egoismo, a vantagem
que poderiam tirar da actual sl-tuação européa, beneficiando, ou-trosim, lodo o paiz ?
Falta-nos, por Inteiro, o in-stineto da justa medida em todos os nossos actos. E por isso ficamos
sondo o único paiz neutro cujo
único trabalho é custear a onero-sa neutralidade.
Logo que-se .verificou que todas \
as circumstancias indicavam o
prosegulmento da guerra através
do mais de dous annos, todos os paizes neutros capazes de abasto-cer mercados estrangeiros prepara-ram-se a auferir os lucros commer-ciaes <iue semelhante situação a-bundantemente lhes offerecia.
A' frente desse movimento de sa-dia vitalidade saltaram Immedia-tamente os Estados Unidos, inven-eiveis ipelos vigorosos antecedentes Industriaes, e a Republica Argen-tina, que um intelligente estádio preparatório armou, admiravelmen-te para "ganhar" na guerra euro-pêa.
Commercialmente perplexo, ficou o Brasil a examinar na duvida o na desconfiança do si mesmo. Po-deriamos. fazer face A situação '.'
Iríamos demonstrar, A face do
mundo attonito, a nossa incapacl-dado orgânica para a Grande Vi.n; dos Emprehendimentos ?
O bom senso dos leigos em trans-acções voltou-se logo para o café, para o assucar, para a borracha, liara o algodão, para os nossos ml-lhões de cabeças de gado, selvática-mente atirado pelos recovões das serras brasileiras.
Depois fomos surprehendidos com propostas de todo gênero por parte dos paizes em guerra, princlpalmen-te dos aluados, graças á. dominação marítima de. que desfruetam : cal-çados para os exércitos, couros, ca-vallos para as montarias de guerra, mil outras exigências modernas, In-dustrialmente fabricadas.
Demonstrámo-nos, porém,
Inca-pazes, litteralmetyte Incapazes, de attender a qualquer desses pedidos. Os nossos cavallos, tratados á mer-efi do pasto, estavam malsãos para o fim desejado. Os couros, os cal: çados, etc, para cuja exportaçãs interveiu em tempo o Ministério da Agricultura, tinham fabricantes de uma tal inopia mercantil que só vi-nha provar a pequena escala com quo até aqui commereiaram.
Convenceram-se ridiculnmento de que estavam sosiirhos perante a an-cledade dos paizes conflagrados: e
quizeram enriquecer com um par'
dc sapatos, com um kllo de assucar, com um chumaço de
algodão.-Os preços enviados daqui para a
Europa eram tão lunaticamente
elevados que não foram, em sua
maioria, tomados em consideração. Não era tão fácil como lhes pa-receu a collocação dos produçtos nos mercados dos 'paizes cm guerra. Todas as nações do mundo que não
combatiam, incluídas as colônias
ou tributarias das potências em
lu-ta, encarniçaram-se na batalha
comtnercia", dispostas ao arrasa-mento das mais Incapazes, como <" da velha lei.
Os brasileiros, ou melhor, os pro-duetores e industriaes do Brasil dei-xaram-se ficar aqui budhisticamen-te, pernas encruzadas, X espera da reverencia européa, que se trans-formaria numa Salome do nova es-' pecle, a offerecer-nos os olhos da cara...
Agora, a guerra é possível que
comece a tender para o fim. E
pouco adiantámos.
Quanto »á borracha, não admira que quasi nada tenha feito. A nos-ra maior importadonos-ra desse produ-eto era a Allemanlia, cujos portos ficaram inaccessiveis. E
appellã-mos, num movimento secundado
patrioticamente pela commissão de Agricultura da Câmara, para a ex-portaçáo do carnes congeladas, cujo futuro industrial é simplesmente
as-sombroso. Mesmo ahi não estamos
sés; o Uruguay o principalmente a Argentina e a Austrália fazem-nos uma concorrência formidável.
Se collocarmos bem o nosso pro-dueto, agora, na Europa — ,não ha para que o consumo delle diminua do mais de 70 % depois da guer-ra.
Se, porém, sobre mis recahir a
desconfiança das praças
commer-ciaes — então, nunca mais, nem
agora, nem depois, nunca mais
ai-cançaremos cousa alguma nesse
particular, Isto é. leremos contrl-buido fundamentalmente para o ro-lardamento de nossa independência economico-financeira.
Ainda não está tudo perdido : mas se não""houver uma mais mo-derna comprehensão do que sejam lucros mercantis, o nosso industria-llsmo, sob todos os pontos de vista,
terá tailldo estrondosamente aos
olhos pasmados de todo o unlver-so hábil e capaz.
Substituição de cautelas
¦Na thesouraria geral do The-souro Nacional, teve hontem inicio o serviço de substituição das letras papel por apólices da divida pu-blica emittidas ultimamente para-esse fim.
Conforme havíamos noticiado,
essa troca se fará todas os dias uleis ¦mediante, apenas, irm roque-rlmento uo ministro , sendo dados pelo valor nominal das latras apo-llcos nominativas ao typo de 8» e pelos juros vencidos apólices ao lKir.
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_im dos sórdidos casebres
A photographia que publicamos
é a demonstração cabal da incúria que preside a muitos actos dos po-deres públicos.
Em todas as cidades civillsadas, a Saúde Publica fisçalisa a con-strucção dos prédios, afim de evitar epidemias; não consente no levan-tamento de "tocas", sem ar nem luz, verdadeiros focos de moléstias
e concorre também para o
em-betlezamenlo da cidade.
No Rio parece que não se dá o mesmo,
São já legendárias as immundas habitações dos morros da Favella, do Santo Antônio, Salgueiro e ou-tros, para onde acorrem os pobres. Para essas lobrègas habitações a Saúde Publica não tem olhos rigo-rosos. Deixa ahi, numa
promiscui-dade innominavel, sem uma
som-bra de conforto e de hygiene, os desventurados que as oecupam.
Conheciam-se essas "chagas" e tinha-ao, pois, a obrigação de evi-tal-as, não mais consentindo que
proprietários pouco escrupulosos
arranjassem outras para explorar a miséria dos infelizes.
Tal, porém, não se tem dado. No suburbano bairro da Piedade, em um terreno baldio da rua
Co-sarea, que hoje tem o n. 249 A, en-1 tre edifícios novos, o seu proprle-. •tario, Henrique Barbosa,
aprovei-tando-se da negligencia das autori-dades a quem affocta o caso, con-•struiu seis casinholas com latas d* kerozene e estacaB com barro, co-brindo tudo isto com folhaB de an-' co, seguras a pregos e ao peso de
algumas pedras. ,,
E, assim, levantadas da noite para o dia, não apresentando ga-rantla ou solidez alguma, o pouco . escrupuloso proprietário alugou es-j sas seis "arapucas" a miserrlmas' famílias, recebendo por ellas quan-1 tias que vão de quinze a vinto e cin-; co de mil réis mensaes. Dessas "ara-j pucas", 11 mais alta não vai além, de dous metros e pouco; nellas vi-vem umas trinta pessoas, não ha-vendo a menor hygiene.
O interior dessa chamada "ave-nida" — cuja existência a Saúde1 Publica' talvez ignore — é uma ver-gonha, achandn-se. o ambiente im-pregnado do uma feidentina que se e_hala de uma sõ fossa, da qual, na falta ds exgottos-, todos os seus mo-radores se servem.
A visinhança está alarmada e
agora, principalmente, que o typho o o sarampo fazem vletlmas.
OS NEGOCIANTE!DO MERCADO MUNICIPAL
ha questão que se irai tornando
9-A. reunião c__© _ao__it€_>___x
híhí' ' , •' ' , , M 11 '-a, ¦ __ ,Kf -¦_»¦. iwíii.•ttspect# da assistência na rcuiiiílo dos neg.ciantt*.
do Mercado
Bom café, chocolate e l.onbons. -' Moinho do Ouro. — Cuidado con.
¦m irnltjirõo.n,
Esteve hontem no Ministério da Fiizend.i, onde conferenciou domo-iMdamehio com o Rr. Dr. Pandlá Calogwas, o Sr. Dr. CHrdoso «le Almeida, secretario de Finanças d( S-, Pnulo.
Também norfi-renelnu com .S.
E*;. n Sr, Dr. Homero Haptisu, '¦"•-¦¦'-•I-» ••-¦» I!i»-»í>f. In rírorfil.
A viva agitação que vem, nestes últimos dias reinando entre os ne-gociantes do Merendo 'Municipal, provocada pelos excessivos preços cobrados pela companhia concesslo-naria, pelos alugueis dos comparti-mentos onde são elles esta-helecldos, teve, hontem, por fim, a sua feição pratica.
No salão nobre do Grêmio Repju-blicano Pontuguez realisou-se, hon-tem, á tarde, a grande reiniiío
pro-movida por uma commissão
da-quelles commerciantes, no intuito de accordarem medidas para obter
da companhia uma reducçáo no
preço dos alugueis e discutirem ou-iras varias questões concernentes aos interesses econômicos da classe.
Relativamente ao assumpto já
haviam os negociantes, hontem
congregados em reunião collectiva, dirigido á companhia, por Interino-dio do seu advogado, a seguinte rc-presentação:"Exmo.
Sr. presidente e demais membros da directoria da Compa-nhiii Mercado Municipal—Os abai-xo assignados, negociantes ostabole-cidos no Mercado Municipal, 0011-soanlo os embaraços que quotldla-numente se apresentam ao regular funcclonamento dos seus vários ra-mos de actividade. com a devida venia, vêm, appellando para o es-clarecido espirito de equidade de V.V. E.Mx., submetter 110 estudo e deliberação dessa companhia, os se-guintes "consideranda" como fundi.-mento ás suas justas pretensões:
Considerando que o commercio
tem mais ou menos lentamente ar-cado com os effeitos produzidos
pela crise economico-financeira.
conseqüência immedlata de causas Internacianaes;
Considerando que dnhi advem a carestia de vida, com o que ao lado do,povo, do qual ,. parte integrante, vem a soffror o commerclo pelo na-tura! retrahimento do consumidor;
Considerando que, apesar das
medidas oriundas dos pudores pu-blicos para minoral-a, a crise, ou antes, a carestia tem permanecido, por isso qu», sendo defficiente a producção nacional a "procura" torna-se maior que a "offerta"; .
Considerando que essas manlfes-tações têm alcançado todas as cias-sos sociaes, tanto que, os proprieta-rios, ii forçfi das circumstancias têm feito grar.ãps reducções nos alu-guels dos -eus prédios;
Considerando que, quanto mais
Mui respeitosamente, solicitam, em vista das razões expendldas, ao dignem VV. EEx. fazer uma redu-ççúo equitativa nos alugueis dos
ci mpartimentos quo oecupam no
.Merendo Municipal.
Assim, certos do deferimento do pedido, antecipam os seus sinceroB agradecimentos ;'i Companhia Mer-cado Municipal do Rio de J&nèlro, —Capital Federal, 20 do dezembro de 1!) 15.—Seguem as assignaturas". Os trabalhos da reunião foram iniciados com a presença dos se-guintes negociantes:
Henrique Itamiro Pinheiro,
Joa-qulm Lopes, Oliveira, Sampaio
it Carvalho, Hermoneglldo Silva
& C, Alves & Loureiro, Adhemar Pinto Carneiro, Silverio Garrido, Joaquim de Oliveira Monteiro, Lo-pes ,»i Praça, Ayres, Filho & Gar-cia. Custodio & Abílio, Francisco Scorso, Antônio Rosas & Gonçalves, Cunha, Oliveira 1. Pinto, José Coe-lho da Silva, Ma.ucca&.Martoretly, Silva & Pinto, Magalhães & Vieira, Martins Chaves & ... Paschoal Vi-ctor, Moreira, Ribeiro & Moura, Eduardo da Silva Sampaio o João de Souza Meirelles, Affonso & PI» res, João Antônio Leite, Moreira, Gonçalves & C, Martins & C, Abel Joaquim da Costa, Alexandre & Ve-rlsslmo, Manoel Gomes Paula, Al-berto Dias, Severiano Rodrigues de Oliveira, Manoel Salgado da Cunha,
Antônio do Nascimento, Francisco
Salvador Medeiros. José Bernardes, David lí ltocha, Monteiro & Irmão o Raphael Valcrin.
Presidiu a reunião o Sr. Martins Chaves, tendo o Sr. Fonseca Uma exposto os motivos da sua convoca-ção.
O primeiro ponto debatido foi a altitude que deveria ser tomada p<"» los negociantes, caso a companhia não quizesse attender á representa» ção, negando-se a conceder a redu» cção de 20 "|° ou 30 T solicitados.
Foram muitos os oradores que
discutiram o assumpto, tendo as
idéas expendldas estabelecido forts
controvérsia. Uns achavam que a
reacção di*via. apoiar-se, até mesmo, se necessário fosse, na violenci»! outros, ao contrario, pensavam qu* se devia agir com calma e toleran-cin. A confusão difficilmcnto per-mlttla que se chegasse a uma con* clusão.
Por fim, um dos oradores propo» «pie, se a Companhia dc Mercado onerado Mr o commercio. tanto I não attondesse á reclamação, fazei) mais dlfflc'1 será a vida para o con- :
sumider. visto que neste se roflo ctom todas as o.oillaçõea aquelle peculiares;
Considerando que os negociantes do Mercado Municipal, centro de convergência do pequeno commer-cio, se encontram a braços com as maíovo-i difficuldades, porquanto slo obrigados a vender os seus nrti-gos por preços náo compensadores, p. ainda, obrbíndos un pagnmento | Hi_ dc elevados alugueis, que véni nu-gmentar ns suas rasnoníabillfliulfet.: Considerando,1 finalmente, que ou ni»ci_l.'intr.'i do Morçudo Munlclpa'., sempre cnnmrldorci dos seus devo-res para com a companhia, da qual. como antigos Inquilino*!, não t«"m co__lò o mal» Inelsnlflcante favor:
do um abatimento de 20 ou 30 T
nos alugueis dos compartlmentos,
cm nome da classe uma commissão ippellaria para o Sr. prefeito soli Citando a sua interferência junto i companhia, Se nada obtivessem com 11 intervenção do Sr. prefeito, recor-r»rlam ao Sr. presidente da Repu. blica.
Foi a idéa victorlosa.
A comissão ficou constituída do» Adheniar Pinto, Joaquim Lo-pei-, Henrique Ramiz Pinheiro,
Oli-voira 1'into, Forçclra Gonçalves
Ã- Neves, Antônio Lopes o Graça, A.vres .t Filho o outros.
Ficou, íámbcm, assentado que a p|a,*ti»e faria n-d**fe»i dos seu» In-terenses dentro da maior energln». mu» com a maior calma, como querí*
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