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N. 12$ A CORTE tôiflítm tku

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tôiflíTM tkU A CORTE 68000

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PAGAMENTO ADIANTADO

Escrip lo,,j0—Rua do Ouvidor n, 70 RIO DIS JANEIRO

fo df Janeiro —.Domingo 6 de Mato de 1853

N. 12$

'USiGIlTOBáS

PARA AS PilOYlMüS

Skmkstrb 8S00O

ahno...: iG^ 100

PAGAMENTO ADIANTADO Typoffrapbia—Rua Sete de Setembro n. 7a

RIO DE JANEIRO

^jxhool&vo «t^rrul-so 40 3?©«

Tiragem 24.000

exemp.

As assignaturas começam em qualquer dia e terminam sompre em fins de março, junho,

setembro ou dezembro

Os artigos enviados á redacção não serão restituidos ainda que não sejam publicados

J^T-O.XO.0270

£â,"V"ra.X^O

«âbO

37S.

CHRONICA DA SEMAM

X abertura do parlamento e a sorte ,,„ ministério apprehenderam inteira-Ltoi"altefiçSo publica durante a se-„„., Ilnil.1. A maior parte das qucs-L õstranlias á política foram postas , marncmj de sorte quo uma chronica crcndraila sob taes impressões dover-..Ida antes denominar-chronioa da política da semana*

gis o quo houve;

,l.f,im(h-feú'(i 30,-Chega o vapor jo iiorio trazendo de diversas provin--in um Rrnnde carrogamento de de-pulados rrTuito subidos e papagaios bem ensinados.

listes, entregues ao3 inquilinos da «raiado Mercado (nãosabemos se ainda sjoosmosmòs cenfo a cinco do gloriosa memória) s-IlVem uma baixa conside-nvel de prece", embora sejam bem eu-iioad.01. Entretanto, os outros, os muito sabidos, síio procurados com um certo ardor desusado; o quo eleva muito a co-íacjío do gênero.

Ò Sr. Paranaguá envia ao porto o Sr. Lima Duarte, afim dn vor se ainda en-contra papagaios que queiram ter o pó preso por unia corrente do ourofi gaiola govornlsta clwmadi-maioria.

O Sr. Lima Duarte, entretanto, con-jcmw sómcnto dos rccem-cliogados a promessa dc uma reunião, afim do che-«areai a mn accordo acerca do3 inte-rases... do paiz.

O ministério pensa om cahir.

Terça-feira l.—Os jornaes dão a noticia da oxoneração quo pediu o Sr. conselheiro Josó Bento da Cunha Pro-viJei.cia, do cargo de inspector geral da Instrucção publica dá'corte.

Eis uma noticia que contrista a todo inundo, o á instrucção publica muito particularmente I

li' que do facto não so pdde ter sido nem mais terno amante da instrucção publica, nem mais dedioado, nem mais tlol a essa nossa ficção social, do que o (oi o ex-itispector geral da mesma ficção I Tal era o amor que lhe consa-grava S.Ex., que muita gente foi mesmo ato acreditar quo ella ficção não era uma simples ficção — porém uma ver-daileira representante do gênero fomi-nino. uma mulher!

Ter ella, tudo fez S. Ex. N'um regu-lamento sobre instrucção, que publicou ha aimos, quando ministro;'3. Ex. che-gon a bater-se por ella—até contra a gi.immatical

Do ondo concluía muita gente que não ic dizia inspector o Sr. José Bento, se-\»o por motivo de considerações parti-culares o de respeito pela moralidade publica, pois de tal modo so identificava S. Ri. com a Instrucção, quo já so dizia á bocea pequena quo elle era mais que 'iispeetor - era o próprio osposo d'olla. Os grandes adiantamentos, as reformas itlmiraveis, os progressos sorprendentes, aulo quanto n'estes últimos tempos se lem feito pela Instrucção — quom o ideou, promoveu o executou ?

O Sr. Zé.

Os Uellos edifícios ondo se levantam os n.plos do ensino, onde milhares de i' mnos vão receber o pão do espirito, quem os mandou construir?

O Sr, Bento;

E os excellentes compêndios didacti-'05, esses trabalhos pedagógicos que sé |»or si dão a justa medida do quanto nés lemos progi e lido ha dez annos a esta puto, quem os mandou escrever e os publicou?

(»Sr. Cunha.

Dizem que, se o professorado do muni-'ipio não fora qojmpoBto de intelligencias '¦ aptidOos provadas, não teríamos se-o.uer ura methodo racional do ensino, e lue, irosto particular, o em comparação Mm a Cafraria, a Cafraria era bem capaz'le pôr-nos o pá adiante, so a boa von-IíiJc d'aquelles funecionarios não a dei-'asso um pouco atraz.

Também afiirmam quo, se a munici-paüd nio não tivesso croado escolas, ás Huaea custeia e mantém com diflicul-ííde, ainda mais atrasados estaríamos, «a respeito sé poderíamos igualar—aos ••'duos da Hottentotia.

Hns quem não vê que isto tudo o pura invenção? Quem foi que fez tudo aquillo c mais alguma cousa, e apenas oceul-tou-se no manto da modéstia para quo o '-¦'¦i

ciianiass-m-imposíoi*—quando elle «'•> apenas - inspector — da Instrucção Publica ?

- 0 Sr tida,

Ora, sendo assim, bem se comprehendo

muito tempo não nos dava um nr da sua graça, abro as suas portas o uma- sessão. Os veroadores que haviam fugido voltam ás suas cadeiras'e os cacetos da-capão.-gad-i volvem á tranquillidade a mais absoluta, dando por oste modo á sessão o ar mais profundamente sensaborão quo so podo imaginar.

Varias pessoas que alli tinham ido com o flm de divertir-se, acham-se roubadas, e sem domora vão dar um passeio até o cães das Marinhas, ondo as sessões con-tinuam a ofíectar o mesmo caracter in-toressánte.

*ri Yem ao governo o Sr. Lima Duarte, e diz-lhe que tem esperanças de pescar os papagaios no dia soguinte, quando so acharem todos estes reunidos na sessão imperial.

O governo aflirma: n3o caio.

ggglggBggB^gj^^ ggnaçgm ^-s-^^-aaarj-sxa-L-iJafl n tm

Zé da Providencia, sem

du-blica COT*!

eom qne a viuva Instrucção Pu-viu afastar-se do si o seu amado panhelro - inspector ofiicialmente o iarticnlavmento esposo.

~ ° Sr. Lima Duarte, ministro pleni-P-.enci.irio do governo junto ao reino |»avo uculdaelea, e a não oncontrar das taesÍ..I1 .doras, continua a encontrar

jj5 1 m«:isierio s;:'ião a3 bom ensinadas. diz: eu caio.

Uj. ,:'"a' "-—Em

uma questão loi • CRSCn,leil'os» acerca de quem . ? quem uão foi o construetor do re-ÍI {h Tiiuca' appareco na im-jj "«TO respeitável cavalheiro, ligado j'^ velho dos nossos collegas, e do-• ¦ loSo em principio, na sua pubU-(ác-d*, ",l0 1)0r norm** dar a Deus o «a"eni-°i '" Pouco adianto um dos ^ '«ros declara por sua vez, e no C«sar, o S0: "A Cesai' ° que é de i:-.=,lt'c , q'le fH-n°3 pensar que, se os i-;3iie,i amb03 sc casassem, como as !-!"i'.m T'"3' '-antoDcus como César, ^J. ambos arranjados para todo o

¦ linia'«mara

municipal que h»

Quinta feira 3.—Multas pessoas, ontre ellas algumas senhoras, poucos deputa-dos o pouquíssimos senadores, veste.Ti-80 com esmerado apuro, para 0 flm do virem assistir á abertura solemne do parla-monto, no nqbro e vistoso edifício da rua do Areai.

Emquanto todas essas pessoas cuidam om vestir-se, para não faltarem á l hora da tarde ao senado, Sua Magestade o Sr. D. Pedro lt pensa exactamente no contrario—em despir-se, e para o mesmo efieitot

As exigências da realeza e os brilhan-tismos da praxe liion.irchica forçam-n'o, a Elle, um cavalheiro maior de 00 annos, a tirar a roupa—justameute para appa-recor ao sou povo. ropresentaudo ao vivo o império! E assim, emquanto os seus ministros e os sous mordomos, os sous amigos, os sous criados, todos tomavam uma calça para aceromonia, Elle tirava a suacalça—e deixava se flcftr de calções. Isto em pleno século XIX o depois do condemnada a saia balão I

O Sr. AYila, quo examina o bem aoabado dos calções de Sua Magestade, a graça com que cal das costas impa-risos o manto recamado de estrellas, o cuidado com que tudo aquillo 6 tratado o conservado ha cincoenta annos, nota ao ouvido do Sr. Paranaguá e olhando para Sua Magestade, que Sua Magos-tado a re3poito do criados — á muito bem servido.

A1 vista d'esta innocoute observação do Sr. Ávila, o Sr. Paranaguá dá um pulo, e o publico traduz esso actO pela affir-mação: caio.

i

• *

Sexta-feira 4.— Diz-se que na reunião offectuada na véspera, vários dos pro-curados papagatós declaram ao Sr. Lima Duarte que não estão dispostos a ir para a gaiola do governo..

Um desses Srs. deputados oncontrao Sr. Ávila o pergunta-lhe com intenção: Diga-me conselheiro, pddo-so acon-solhar a um doente de mal de gotta que tome banhos de mar? .<.

O Sr. Avlla, como n'um despacho: >. Não vejo inconveniente : que mal faz uma gotta do mais ao oceano?

O Sr. Correia, no senado, pedo a palavra para apresentar 3453 requeri-mentos sobre negócios do Paraná : res-pondem-lhe que tenha paciência e ospere pela eleição da mesa.

A noticia de quo uão houve sessão na câmara faz ao governo pensai' ainda uma vez: não caio.

Sabbado 5. — Ainda uma voz tem-se oceasião de reconhocer quanto são inco-vonientos cortas praticas aqui muito usa-dns. A imprensa noticia quo o Lima Duarte.,., fez explosão no seu cylin-dro! E' geral a consternação, porque o illustro estadista d'csto nome é, além de respeitado, muito estimado entre nés; e na verdade esta desgraça e om tal cylln-dro, a ser verdadeira, fora muito para lamentar.

Sabe-se depois que o Lima Duarte victima d'este fracasso foi um vapor, o que faz lembrar a noticia, já uma voz commentada, de qi*o o Affonso Celso tinha o casco sujo o o Conselheiro Dantas apresentava a quillja partida... Inconveniência originada dâ pratica de dar-se uns tantos nomes aos vapores.

— Como na véspera, não ha sessão na câmara dos deputados, e por este modo continua o governo sem saber qual a sua sorte e se deve dizer: caio ou não caio.

E isto leva o publico a denominal-o — o ministério cai-não-cai, ou tem-te não caias.

deverá estar concluído até 15 do cor-rente.

O abastecimento d'agua tem sido feito pelas fontes existentes e por uma eis-terna do águas pluviaes com a capaoi-dade de 100.000 litros. Preparam-se novos depósitos que permitiam triplicar esta quantidade.

¦ A construcção da hospedaria foi orçada em 31:500}$ e construída, sob as vistas o administração do director, por um mes-tro de obras.

O mlnistorio do império chamou a attenção da Jijn(a Central de Hygiene Publica para o Máu estado cm que se acha a lagoa Rqdrlgo de Freitas, cuja limpeza, como aquello ministério teve occásmó de verificar, não se faz devida-mente, nao sendo, portanto cumprido o contracto para aquelle flm celebrado com Domingos José Marques.

'SsSSS^ÊS^SSSSBSS^SSBÈ^*

DIÁRIO DAS CÂMARAS

Na câmara dos Srs. deputados o no se-nado não houve sessão por falta de nu-mero.

Desdo 1* de maio corrente acham-se installndos os immigralatès na tíbllneda-ria da Ilha das Flores, mandada con-atrair pelo ministério da agricultura. O novo edifício tem de compriniento 60 metros sobre 13 de largura, não com-prehendendo as varandas lateraes. Conta quatro vastos salões para dormitório, um salão para enfermaria, gabinete do director, escriptorio e arrecadação.

As cozinhas, deposito de bagagens e salão para refeitório formam ifm corpo de edifício a parte nos antigos galpões existentes na ilha. Carecem ejjíes dó re-paros aos quaes so ostá procedendo.

No dia 3 do corrente fo.rajn hospe-dados 478 immigrantes néj sajões de menor dimensão, o que demonstrou ter a hospedaria capacidade piírááíjOà 1.000. Todos estes trabalhos foram reall-sados em dous mezos, durante os quaes 03 immigrantes alojaram-se na hospe-daria provisória, qúe çe organisou nos armazéns da ilha do Carval|io próxima á das FÍôres. O aluguel d'esses armazéns foi de l:Ò00j$ pelos dous n^eífis.

Do novo edifício restan*.,fí cojíclujr umj. parte da varanda o o assoalhe do um tfftMj cujo wyíçd Jje faç t?feffi.*Ull? ?J,

HYG3KMR PUalLSCA O nosso collega do Jornal do Com-mareio, om sou numero de hontom, faz algumas considerações muito sensatas sobro um caso fatal do febre amarella havido ha dias em uma casa.de saúde. A' primeira vista, quem ler o artigo do Jornal pôde pensar que se trata de um facto isolado; no emt-.nto quem fo-lhear a collecção do Jornal o consultar o obittiario verá que se tem dado mui-tos casos dc febre amarella não sé n'essa casa de saúde, como om todas as outras; não só nas casas de saudo como em todos os hospitaes do Ordens Torcoiras, o no Hospital da Misericórdia e no da sociedade Portugueza de Beneficência.

N'este ultimo, não sé têm morrido um sofft-ivel numero da sócios, mas até ai-guns empregados da casa e o capellão; e á presença de taes doentes attribue-se, não sem fundamento, o grando numero do casos, e não poucos fataes, que se tôm dado nas ruas de Santo Amaro e de D. Luiza.

E' preciso levar cm conta da epidemia o que figura no obittiario como febro amarella, como typho iotoroide. como febre remittente, biliosa, typhoidéu, ty-pho nmarello; ás vezes mesmo, com um pouco de investigação, talvez so chegue a demonstrar que os casos registrados como de uremia, hemateraeso e outras designações tiradas da predominância de uma ordem do symptomas, são de legitima febre amarella.

A acctisação, pois, que o Jornal f.iz a uma casa de saúde tem igual applicação a todos os outros estabelecimentos con-genereB.

Já externámos a nossa opinião a esse respeito. Apezar de ter o governo dito na falia do throno que tomou medidas para evitar a propagação do mal, 6 sa-btdo que o governo nada fez a esse res-peito. A Junta do Hygiene prohibiu que taes estabelecimentos recebam doentes da moléstia epidêmica, mas não tem meios de fazer effectiva essa prohibição; o, se os tivesse, não tendo como não, tem enfermarias especiaes para accommodar todos os doentes, seria isso tanto poor para a população, porquo os dooutes ficariam em suas casas, e sabe-se o que são as casas em que se manifesta a maioria dos casos. São os cortiços, são as acanhadas casas de commercio do centro da cidade, que se converteriam em outros tantos focos de infecção.

Se se quizer fazer alguma cousa de ef-ílcaz, não basta prohibir ás casas do saúde a recepção de taes doentes; é pre-ciso ter enfermarias em varias partes da cidade,' em que se possa receber todos os doentes, do todas as classes; seria preciso—mas isso é impossível com os hábitos da nossa população o a falta de energia e prestigio das auetoridades— prohibir a estada do um doente qualquer, mesmo em casa sua, em centros popu-osos; mas ao menos é preciso qüo na casa, seja de quem fòr, em que se d& um caso suspeito, a auetoridado tenha a entrada de direito para fazer as necos-sarías desinfeçções e indicar todas ns medidas qúe tendam a preservar da mo-lestia as demais pessoas da casa, e a vi-slnhaça.

Os doentes, que se recolhem ás casas de saude^ não se sujeitam a ir para a enfermaria geral de um hospital publi-co; se lhes fecharem as portas d'essas casas, elles ficarão nos quartos acanha-dos em que vivem.

Se as medras de rigor não forem se-veramente applicacfas a todos, serão inu-teis; limital-a a um ou outro estaboie-cimento, ó conformar-se a gente a uma illusão" que serve, quando muito, para fazer figura em uma falia do throno, om que o governo não tom a coragem de confessar que nada foz o que ainda não está preparado para fazer alguma çousa

Ao requerimento do Sr. Angolo Eloy da Câmara & C, concessionários do uso e goso, dut-anto 35 annos, dos bens im-moveis o do raiz, im-moveis e somoventes, existentes na extinet i colônia de Porto-Re.tl, o pertencentes ao Estado, pedindo que do inventario feito por oceasião da ontroga dos referidos bens so oliminom os animaes quo alli tôm morrido desde 1879, época em que celebraram o respecti-vo contracto, dou oministerioda agricul-tura o seguinte despacho i

o. Aos siipplicuntisfol concedido o uso e goso dos bens o animaes existentes em Porto-Real, com a obrigação de restituir o mesmo numero de animaes quo reco-beram. Não estão obrigados os suppli-cantos a entregar os mesmos animaes que receberam, pordm, o mesmo numero d'olles; podendo vender, abater, dar es-ses animaes, comtanto que, no flm do contracto, completem o numero que ro-ceberam. Não pagam arrendamonto ai-gum por esses animaes e os desfruetatn sem ônus. So faltam reproduetores, comprem-os os supplicantes, e, para que o numero uão diminua, vendam os gordos o comprem pequenos e magros, com a vantagem que lhes outorgará a superioridade do preço da vonda sobre o da compra, pois que os animaes gran-des e gordos valem muito mais do que os magros e pequenos, podendo-se com-prar com o preço dos gordos dons ou tres magros, ornais, sendo pequenos. E, so aos supplicantes isso não convém-restituam ao Estado os animaes que re-ceberam, o proceda-se á venda d'elles em hasta publica.»

cusados do 1* deserção simples, con-demnados, cada um, om G mezes do prisío-, foram continuadas as sentenças. Soldado José Joaquim dos Santos, ac-cusado de 3* deserção simples, condenir nado em tí annos do prisão com trabalho; foi confirmada a sentença.

Por falt i de um ministro adjunto não pôde ter logar o julgamento de crimes capitães

Foram louvados pelo govorno os va-liosos serviços prestados pelo conselheiro José Bento da Cunha e Figueiredo e Dr. João Joaquim Pizarro nos logares de que obtiveram exoneração a seu pedido; o primeiro de inspector geral daiBstruo-ção primaria e secundaria do inunicipio dn ct)rte o o segundo de director do asyilo de meninosdesvalidos.

outras; José-Gabriel Pinheiro, plena-mente em botânica e simplesplena-mente nas outras ; César de Miranda Reis, Joaquim Rodrigues Pereira Valle e Amaro Bo-ilrigues de Albuquerquo Figueiredo-, ap-provados, simplesmente em todas as ma-terias.

2* sdrle.—Anatomia, histologia e chi-mica orgânica.—Alberto das Chagas Leite e José Ferraz dè Magalhães Cás-tro, approvados simplesmente em chi-mica orgânica e nlonamento nas outras matérias; José Ribeiro Coelho Junior, approvado simplesmente "em todas asma-terias; Martinho Corroa de Sá. simples-mente em anatomia e histologia.

Nos exames práticos d'estas mesmas matérias foram approvados: simplo3-mente em histologia o plenasimplo3-mente nag outras, Alberto .das Chagas Leite; sim-pleémeate em chimica e plenamonte nas outras JôSé Ferraz de Magalhães Castro; nlonamente em anatomia e histologia, Martinho Corroa de Sá; approvado sim-plesmonte em todas as matérias, José Ribeiro Coelho Junior.

Foram concedidos-dois mozes de li-cença, com tres quartas partes do res-pectivo ordonado, ao porteiro da escola polytechnica Ismael Marinho Falcão.

0CCURRENGIAS DAS RUAS

Antônio Vieira Gonçalves apreseu-tou-se ante-hontem no destacamento da Tijuca, cotii alguns forimQütos na cabeça e no rosto, queixando-se de que fora aggrodido e ferido por Manuel Laranja, que em seguida se evadiu. ,

Na estalagem n. 35 da rua do Espirito Santo foi encontrado, ante-hontem, com um ferimento na cabeça, o subdito lies-panhol Arictor Gonçalves, o qual, depois de medicado, foi por ordom do Dr. 2* delegado remettido para a Misericórdia, Na policia apresentou-se, ante-hontem á noito, o francez Aimó Nouet, queixan-do-se de que ao voltar para sua casa, no beceo do Cotovello n. 41, oncontrou n porta aberta, faltando-lho toda a sua roupa de uso, tres cautelas do Monte-pio, sondo uma do S. Paulo, o uma cai-xinha contendo diversos objectos.

O gatuno conseguiu penetrar na refe-rida casa sorvindo-se de gaziia.

Manuel Carolíno do Nascimento foi preso, ante-honiom, acensado por Maria da Conceição, de lhe haver furtado di-versos objectos.

Por atirar lixo á rua foi,ante-hontem, multado pelo subdelegado do 2" districto do Sacramento o morador da casa n. 231 da rua do General Câmara.

Ante-hontem .i, tarde, no curato de Santa Cruz. Francisco Broure, natural da provincia de Minas Geraes, e cama-rada de boiadas, na oceasião om que procurava apanhar alguns animaes que haviam atravessado o rio Itá, submer-giu-se, perecendo afogado, sem que fosse possivol salval-o, apezar dos esforços para isgo empregados por um seu com-panheiro.

Durante o mez findo, entraram n'este porto 1,967 immigrantes, o passageiros de 3' clasge 1,6|5 efii transito para o Rio da Praia • 334 sahirám creste porto pára a Europa; 1,410 passaram em transito do Rio da Prata para a Europa. I*Jo jardim do Campo da Acclamação tocará, durante á tarde de hoje, a musica do V batalhão cie infantaria.

Sob a presideucia do Sr. conselheiro de guerra viscoâdo de Taniandaré re-uniu-se hontem o cçnselho supremo mi-litar de justiça, achando-so presentes os Srs. conselheiros de guerra, barão de Apgra, Soarei dç Audréa, Peroira de Carvalho. Elislar",o Barbosa, vogai S.e-riano, desembargadores Bandeira Duarte, Pindahyba de ojattos. èbárSó de Mattoso, fòí aberto a sessão e, sendo ljda a acta"—Mer"--'- '-' -'¦'-¦--'--da qnj<|çédepie, foi ápnrova-'¦'-¦--'--da..

Depóiê (fe lldçf o eípedigate, foram juJ#'4do| deflnjtivamento os seguintes focêssos sentenciadoá em conselho de guerraj

F^xer^to. —Cabos do esquadra Antônio Ferreira do Nasplr)iehtp. Msnuel Fran-cisco de Carvalho c soldado João Oréstes do Nascimento, áccusarlõs do furto; teqd^ sldò coodeainaclc) ó 3' réu em o afinos dõ nrlsãò corri trabalho a sendo absolvidos ò 1' e ?' réus; foi reformada a sentonça, quanto no 3" réu, para o Õondomparem ém 2am?b3de r,\\^Q ^òm. trabalho: è tíoüfirmàda à mesma sen-tèhçâ quanto do 1 ¦ e 2* réis.

SOldídÒâ Ffflneisffb/psã de Souza Manuel ítfnaúÍJ Pll-éirf de QUeirot, «

ac-Diz o Diário Offlcial de hontem quo se remetteu ao procurador cja coroa, para emittir parecer a respeito, os pa-pels concernentes a uma proposta de Sebastião Pereira do Siqueira para ven-der ao Estado, por quatrocentos contos de réis, o terreno de sua propriedade, na serra da Tijuca.

Esta publicação é a do expediente do dia 14 de abril; é, pois, do crer que já tenha havido a tal informação; e como so trata de ura caso que a opinião pu-blica aponta como cercado de circum-stancias um tanto ostranhas, se o go-verno entende que o publico merece um pouco de attenção, deve' mandar publicar todos esses papeis.

Na faculdade do Medicina o resultado dos exames oraes (physica, chimica e botânica, 1" série módica) feitos hontem foi o seguinte:

Joaquim Rodrigues Peroira Valle, Josá Brusque e Dariq Barreto Galvão, appro-vados plenamente cm todaè as matérias ; César de Miranda Reis, approvado sim-plesmonte em todas as matérias; Amaro Rodrigues de Albuquerque Figueiredo, Manuol de Faria Albernaz, Josó Gabriel Pinheiro e Júlio Ignacio da Rocha, ap-provados simplesmente em botânica e plenamente nas outras matérias; Ãnto-nio Augusto de Rozende, plenamente em physica e simplesmente nas gutíal má-terias; Joaquim Joid DóMmgiigs da Silva e Alvárfj Aujjusfp de Almeida Al-buquerquo, approvados simplesmente em todas as matérias.

Nos exames práticos estos alumnos foram approvados n'estas mesmas ma-terias: Antônio Augusto de âezende, Júlio Ignacio da Rocha e Álvaro Au-gusto de Almeida Albuquerque, appro-vados simplesmente em botânica e pie-namente nas outras; Dai'io Barreto Galvão e José Brusque, simplosmente em chimica e plenamente nas íutras; Joaquim José Domingucs da Silva, sim-plesmonte em jJhVslea e plenamente pas

Foi transferido do 3" regimento de ar-tilharia a cavallo para o 4* batalhão dá mesma arma o 2* tenente Antônio Gomes Corroa do Miranda.

PARLAMENTO

A ordem do dia 7, na câmara dos dc-pulados, á a seguinte :

Eleição da mesa.

Discussão dos pareceros da commissão de constituição o poderos, roconhocerido deputados os Srs. Alplioo Adolpho Mon-jnrdin de Andrade Almeida e Dr. Ántero Cicero de Assis, o primeiro deputado eleito pelo 1' districto da província do Espirito-Santò e o. segundo deputado eleito pelo Vi districto da província de Goyaz.

No senado ó a mesma designada para hontem.

Na faculdade de medicina foi hontem julgado o concurso de adjunto á cadeira de medicina legal e toxícologia, ficando habilitado por unanimidade de votos o candidato Dr. Henrique Ladislau de Souza Lopes. Votaram os lentes conse-lheiro Torres Homem, Vinelli, Martins Teixeira, Martins Costa e Benicio de Abreu, unicos membros da commissão, que assistiram a todas as provas.

O Sr. Dr. Martini Francisco Filho recebeu honrem da capital do Espirito Santo um íelegramma, communicando-lhe qua a nssembléi provincial appro-vou um orçamento diminuindo trinta contos na receita e augmentaudo a des peza com igual quantia.

A mesma-assembléa appro vou o con. tracto feito pela presidência com a casa commorciaif d'esln praça,, de João José dos Reis Jujüor iê C. para a importação e exporta-^ directa -da Europa o dos. Estados-Unidos, com baldeação no Rio do Janeiro e mediante a subvençSto de 12 contos por anno. /.

O Supremo Tribunal de Justiça enviou hontem ao respectivo ministro a lista dos 15 juizes de direito mais antigos para aescolha de um que preencha avaga existente na Relação do S. Salvador; são os Srs. Drs. :

1" Joaquim José TTenriques. 2' Francisco de Souza Cirne Lima. 3' Fernando Maranhense da Cunha. 4' Joaquim Pires Gonçalves da Silva. 5' Joaquim Gonçalves de Lima. 6' Constantino José da Silva Braga. 7' Aurélio A. Pires de Figueiredo Ca-margo.

8' Joaquim da Co3ta Barradas. 91 Didimo Agapito da Veign. 10 Tito Augusto Pereira de Mattos. 11 Virgílio Silvestre do Faria. 12 Francisco do Paula Lins dos Gui-marííes Peixoto.

13 Júlio Accioli de Brito. 14 João Coolho Bastos.

15 Romu.ildo Francisco de Moura. Ao procurador da coroa transmittiu o ministério dn agricultura, pnra dar paro-cor a respeito, os papeis concernentes a uma proposta de Sebastião Peroira de Siqueira, para vender ao Estado por 400:0008, o terreno de sua propriedade na serra da Tijuca.

namente em chimicí Onnolesmente nas I Adelaide o ao patachò Iiiciio, e anno Ao desembargador chefo do policia dl-rigiu o ministério da justiça o seguinte aviso:

a Declaro a V. S., para sua intelllgen-cia e execução, que nos contractos de obras por conta d'esto ministério se observe, d'ora em diante, o seguinte:

« As propostas deverão sor foitas so-bre a descripção minuciosa e orçamento das obras, organizando-se a respectiva planta, quando se trata do obra nova. a Segundo a proposta, que for aceita, lavrar-se-ha o contracto, ostipulando-se além de oulras condições usuaes:

a Que o proponente fica responsável pela conservação da obra, durante um prazo, que se lhe marcará, deixando para este fim, em deposito, como caução, a importância de 25 •/, do valor da obra, <t Que nenhuma obra do acerescimo po-dera ser feita sem prévia descripção apresentada pelo contractante, o aceita pelo governo.

« Antes do pagamento deverá a obra ser examinada por um ou mais profis-sionaes, designados pelo governo, e, na hypotheso de simples reparos, não se fará o.pagamento sem quo elles estejam concluídos.»

*

A sessão da junta commercial do dia 4 foi presidida pelo Sr. commendador Fer-nandes Pinheiro, sendo secretario o Sr. Dr. César de Oliveira.

Expediente.— Um officio da secretaria de justiça, cobrindo uma collecção dos annacs do senado correspondentes ás duas sessões ordinárias no período decorrido de 20 de dezembro de 1881 a 28 de outu-bro de 1882.

Outro de Augusto Silvestre de Faria communicando ter assumido, na quali-dade de deputado mais antigo, a presi-dencia da Junta de S. Salvador, por im-pedimento do presidento effeetivo.

Requerimentos. —De Braz Leão Soa-res Quarttm e José Antônio da Guerra, pedindo para serem admittidos á matri-cuja dos commôrciantes.—Deferido.

Dó Alexánder A Q., para ò registro da marca dq produeto de sua fabricação denominada Água £e Florida.-Nãó tem logar, a vista da doutrina dos avisos do ministério da agricultura de 29 de outu-bro dé 1877 o 23 de julho de 1882 por ser a marca dos supplicantes uma Imi-taçaoda que Lanman A Kemp, fabrican-tos de New-York, registraram para pro-duetos análogos.

Do José Antônio da Silva para ser no-meado avaliador de obras de ourivesa-ria.—Deferido.

De F. A. Xavier Pinhoiro, para o re-gistro do dous créditos marítimos pro-vonientes de fornecimentos á escuna

tação das respectivas importâncias nas cartas dos ditos navios. — Deferidos.

O presidente commuhicou ter deferido por despacho de 28 do mez findo o re-qnerimento dc James da Silva Araújo, pedindo a expedição dç seu titulo de corredor geral da praça de Santos, visto haver prestado a respectiva fiança,,

Foram deferidos os requerimentos pe-dindo registro do contractos o díssoíu-ções de sociedades commerciaes o o que pedia transferencia dos livros em branco da extineta firma de Bastos A Soares.

O ministério do império pediu ao da justiça que mande abrir uni inquérito, para que Sejam conhecidos e punidos os indivíduos que oceasionaram as per-turbações e distúrbios ultimamente ocçor-ridos' no paç.o da lllma. Câmara muni-cipal.

Se o inquérito fòr bem feito, temos vereadores na cadôa.

A noticia que dêmos lia alguns dias acerca do estado sanitário de vai-ios mu-nicipios da província do Rio mereceu a attenção do Exm. presidente, o qual, sem demora offtciou ás câmaras muni-cipaes, pedindo informações o auetori-sando-as a empregarem todas as pro-videncias necessárias. Com effeito, em Itaguahy, Araruama o Saquarema, se-gundo nos informam, estabeleceram-se ambulâncias e hospitaes para os atta-cados das febres, e além do medica-mentos gratuit.imonte distribuídos, fo-ram commissionados pela presidência, facultativos para cuidarem dos enfermos. Outras municipalid.ides, porém, não acharam ser ainda tempo de informar e providenciar e esperam certamente que já não seja mais necessário para se apressarem a cumprir o seu dever. A do Capivary pertence a esse numero. N'osse niunicipio fez-se um consumo extraordinário de sulfato do quinino, os dois médicos ahi residentes não descan-çam, não lhes sobra tempo para invés-tigar da. natureza dos micróbios, não ha casa que não tenha sido visitada pelas febres...

E, no onitanto, a lllma. câmara teima em não fazer sessão para o patriótico flm de fazer... politioa. O quo lhes vale, aos febrentos, é a ligaria do Sr, conse-lheiro José Bento—A Providencia Divina. Graças a Ella, vai melhorando o estacio sanitário e as febres vão-so convencendo do que é tempo do irem pregar em outras freguezias.

Ainda bom.

Celebra-se hoje a festa de Nossa So-nhora Mãi dos Homens, com missa so-lemne, sermão e Te-Deum, ofiiciando pontiflcalmonte o Exm. o Revm. Sr. bispo de Paliopolis. A's 6 lioras serão sorteados 32 donativos pelos irmãos c irmãs, soecorridos pela mesma insti-tuição, pagos pela mesa o mais irmãos, que tomaram parte na nova eleição sobro proposta do actual juiz, commendador Antônio José Gomes Brandão. Os dona-tivo3 montam a OOOg, assim distribuídos: 1 do 508, 2 do 408, 4 do 308, 5 do 208, 10 do 158 e 10 de 103. e assim o precedente seja observado nos annos futuros.

DIZIA-SE IJQNTE3I... ... qne o governo eatá disposto a não fazer questão da eleição da mesa, para se conservar mais alguns dias...

... quo alguns deputados da maioria andam fazendo forto propiganda a res-peito do gabinete, insinuando para isso que o Sr. Paranaguá indicará um chefe conservador para lhe sueceder...

... que a propaganda já tem pro-duzido os seus effeitos o que alguns doputados hostis, na reunião particular, estão dispostos a ser favoráveis ao go-verno, no parlamento...

... quo a referencia na falia do throno á lei dc 23 de setembro, foi uma flnura partidária aconselhada polo Sr. Souza Carvalho, para dividir o partido conser-vador...

...que ainda amanhã não havorá sessão por não estarem ainda todas as forças a postos.

Foi hontem apresentada ao Supremo Tribunal de Justiça uma petição de habeas corpus assignada polo Dr. João da Rocha Miranda o Silva e pelo pa-ciente Antônio da Costa Villela, na qual allegou ter vindo preso de Pernambuco para a detenção d'osta corte desdo 10 do março do corrento anno, a requisi-ção do juiz commercial da 2* vara, em virtude do requerimento feito por An-tonio Alfredo Vaz Cerquinho e outros. Relatou o processo ô Sr. cousolhoiro Domingues da Silva.

Não liouve discussão. O requerimento foi unanimemente indefirido.

AS JÓIAS

Lanlin,tendo encontrado esta rapariga n'uma soirãe ém casa do sub-chefe da sua repartição, deixoii-so enlaçar pejo

amor. ']

Ei-a a filha do um professor da prd-vincia, morto havia alguns annos, Tinha vindo em seguida ' para Pariz com sqa mãi, que freqüentava a casa de algumas famílias burguozas da sua viziuhança, na esperança de casar a filha.

Eram pobres e honradas, socogadas e boas. A filha parecia o typo absoluto da honestidade, mulher á qual o.rapaz do juizo sonha cm confiai* a sua vida. A sua belleza modesta tinha um encanto de pu-dor angélico, e o impercoptivel sorriso, que nunca deixava os seus lábios, paro-eia um reflexo do seu coração.

Toda a gente lhe cantava louvores, todos que a conheciam repetiam som cessar . . ..

Feliz d'aquolle que a apanhar. Não se poderia acha:- melhor.

Lanlin, então' primeiro offlcial-no mi-nisterio do interior, ordenado animal de bres mil e quinhentos francos, pediu-a em casamento o esposou-a.

Foi com ella inverosimilmente feliz. Ella gòVoruáva a casa com uma econo-mia tão hábil que parecia viverem no luxo. Não havia attenções, delicadezas, mimos que ella não tivesse pelo marido; e a soilucção da sua pessoa cra tão grande que, seis arinos d»pois do sou cn-contro, elle amava-a mais que nos pri-meiros dias.

Ello não lhe encontrara se não duas predilecções, o theatro o as jóias falsas. As suas amigas (ella conhecia algumas mulheres do modestos funecionarios) procuravam-lho sempre camarotes para as peças em voga, ató para as primeiras representações; e ella arrastava de bom ou máu grado seu marido a ossos divor-timontos, que o aborreciam horrível-mente depois dosou trabalho quotidiano. Então ello supplicou-lhe o consenti-mento do ir ao espeetaculo com alguma senhora do seu conhecimento, que a acompanharia á volta. Ella levou tempo a ceder, achando pouco conveniente esta maneira de proceder. Por flm decl-dlu-se por compraier e olle tevo um contentamonto' infinito.

-• Ora, oste gosto pelo theatro fez em breve nascer n'ella a necessidade de so onfeitar. As suas toilettes ficavam muito simples, é verdade, sompre do bom gosto, mas modestas; e a sua graça bondosa, a sua graça irresistível, humildo o suave, parecia adquirir um sabor novo na sim-plicidade dos seus vestidos; mas ella ha-bituou-se a.pôr nas orelhas dú.is grandes pedras brancas que simulavam, dia-mantes, e a trazer collares tio pedras falsas, braceletcs de pichisbeque, pentes dc missanga fingindo pedras finas.'

Sou marido, a quem desagradava esta paixão pelas lentojoulas, repetia-lho a miúdo.

Minha querida, quando não se tom meios para comprar jóias verdadeiras, enfeita-se a gente da sua belleza o da sua graça, que são ainda as jóias mais raras.

Mas ella sorria doeemonto e repetia: Que queres tu 1 Gosto d'lsto. E meu vicio. Soi bom que tens razão; mas a gente não naace duas vozes. Adoraria eu as jóias?

E fazia rolar nos seus dedos os col-lares do pérolas, espelhar as faces dos crystaes lavrados, repetindo:

Mas repara como isto é bem feito. Jnrar-se-hia que é verdadeiro.

Sorria ello por sua vez, declarando : Tu tens gostos de bohcmia. Algumas vez;*s, á noite, quando fica-vnm em lèle-c\-léle ao canto do fogão, olla trazia para cima da mesa. onde •tomavam o chá, a caixa de.marroquim onde guardava os tarecos, como ella lhe chamava; o punha-se a examinar estas jóias imitadas com uma attonção apai-xonada, como se saboreasse algum prazer secreto o profundo; o obtinava-se a pôr um collar no pescoço do marido para depois rir de toda a sua alma, gritando:

Como tu ficas engraçado I

Depois lançava-se nos braços d'elle o beijava-o perdidamente.

I RECLAMAÇÕES

Ha nos fundos da rua de D. Affonso, no Andarahy Grande, uma enorme valia destinada ao escoamento das águas, Apezar, porém, de ser a valia era tor-renos dn câmara municipal, ella está constantemente obstruída, servindo ape-nas para um vasto deposito do immun-dicies, As agnas, que por ella se deviam escoar, estendom-so pelas chácaras dos moradores, pondo em perigo a sua pro-priedade e a sua saúde.

Anda também por alli uma canzoada ruidosa o ousada.

Não haverá meio de libertar os mora-dores d'aquelie logar d'eates dous fia-gellos f

Escrevem-nos:

i E' de tal férma lastimável o estado em que' se acha o largo das Neves, em Paula Mattos, quo lhes rogo o especial favor de chamar a attenção de quem competir, por que é impossível transitar por alli sem correr imminente perigo, taes são os enormes buracos.

Accresco que com as ultimas chuvas ficou o encanamento d'agua om vários pontos a descoberto, e, se não lhe acudi-rem com presteza, necessariamente fica-remos, nós moradores, sem água em nossas propriedades. »

Requerimentos despachados: Pelo ministério do império :

Cândido Maria Gamboa.—Indeferido. Pelo da agricultura:

Sociedade colonisadora de 1849, em Hamburgo, pedindo pagamento de 2:7288380, importância da differença de passagens que dispendeu de abril a de-zembro do anno passado, edm immigran-tos importados na colônia D. Fráncisca. —Nenhum direito tem a supplieante ao que requer, visto quo, tendo findado o seu contracto de 1871 no 1* de abril de 1832, sé foi innovado, em virtude de auetorisação legislativa, a 30 de dezem-bro d'esse ultimo anno, coro a declaração de que começaria a vigorar da data da

assignatura do novo contracto. Assim „, , , , nenhuma responsabilidade tomou o go- ' iemDro vêrap quanto ao tempo aeçorrjdo (Te 1 desfazer dos de abri? a 30 de dezenTbro".

Uma noite do inverno voltou da opera a tremer com frio. No dia seguinte tossiu. Oito dias depois morria de uma constipação de peito.

Lantin esteve quasi a acompanhal-a. Foi tão terrível o seu desespero que os cabellos enbranqueceram-lhe n'um mez. Chorava de manhã á noite, a alma rasgada por um soffrimento intolerável, pela recordação, pela imagem, pelo sor-riso, pela voz; por todo o ene .nto da morta.

O tempo não diminuíra a sua dôr. Muitas vezes, durante as horas da repar-tição, quando os seus collegas vinham conversar um pouco a respeito dos acon-tecimentos do dia, via-se de repente incharem-se-lhe as faces, frauzir-sc-lha o nariz, e cobrirem-se-lho os olhos de algrimas|; fazia uma careta medonha e soluçava.

Guardava intacto o quarto da sua companheira, onde se fechava todos os dias para pensar n'ella; e todos os mo-veis e os vestidos estavam nos mesmos logares.

Mas a vida ora-lho pesada. O seu or-denado, qne nas mãos de sua mulher chegava para todas as necessidades do lar. era agora insufflciente para ello só. E pensava como ella se arranjaria para lhe dar a beber todos os dias vinhos excellentes e a comer açepipes delicados que elle não poderia continuar a ter com os seus modestos recursos.

Fez algumas dividas o passou a viver de expedientes, Finalmente uma manhã, como se encontrasse sem um sou du-rante uma semana inteira, no fim do mez lembrou-se de vender alguma cou-sa, e lembrou-se immediataoiento de se tarecos, de sua mulher,

um certo rancor contra essas pedras flo/ gidas quo d'anteSo irritavam.

O vôl-as mesmo, dia para dia, fazia-in; ' desapparecer, um potico a recordação • di sua adorada companheira.

Procurou muito'tempo entre a grande porção de bugigangas que ella tinha deixado,-porque-nos últimos tompo3 oa tarocos tinham augmentado espantosa-meiito; 'rara era a noite quo ella não trazia um novo objecto-e decidiu-se pelo grando collar, o que ella parecia preferir o que poderia valer bem. pensava elle, sois ou oito francos, visto sor dé um trabalho muito cuidado, para falso.

Motteu-o na algibelra e encaminhou-so para a repartição, pelos boulevards, pro-curando um ourives que lhe inspiras3» confiança.

Avistou por flm um, o entrou, um pouco envergonhado de expor assim a sua miséria o de precisar vender uma cousa de tao pouco preço.

Desejava saber o valor d'csto ob-jecto.

O ourives oxaminou-o, pesou-o, poz a luneta, chamou o caixeiro, collocou o collar no balcão e olhou de longe, para melhor ver o effeito.

Lantin, aborrecido por todas estas ce-remonias, ia para declarar — Oh! soi perfeitamente quo não tem valor algum — quando q ourives pronunciou:

Isto vale dozo a quinze mil francos, mas eu não poderei compral-o senão quando silba exactamente a provenionci». d'clle.

O viuvo abriu uns olhos- onormes, a ficou embasbacado, não percebendo' nada.

Por flm, balbucioú:

O senhor diz?... Esta certo d'issof O outro sorriu do seu espanto o sec-camento:

Pede

procurar om outra parte, a ver se lho dão mais. Para mim o mais que valo são qulnzo mil. So não achar melhor preço voltará depois.

Lantin, porfeitamonte idiota, agarrou no collar o sahiu, obedecondo á nocossi-dade confusa de e3tar sé o reílaelir. Mas, quando chegou árua tove, vonlade de rir e pensou:

Imbecil, so eu lhe pegasse na" pa-lavra I Ahi está um ourives quo uão sabo distinguir o falso do vordadeiro.

E entrou n'outra loja. Logo que viu o objecto, o ourives exclamou:

Ah ! Conheço-o bem, cs:e colhr; íol aqui vendido.

Lantin, muito embaraçado, perguntou, Quanto vale?

Vendi-o por vinte e cinco mil fran eos. Estou prompto a tomal-o por de z.oito mil, quando mo .indicar, para obo decer ús prescripeões logaes, como oli; chegou ás siias mãos*

D'esta voz Lantin sentiu-so pateta d». espanto.

Mas,.. mas, oxamineo com atten-ção; até aqui julguei sempro quo fossi fal... falso.

Quer mo dizer o seu nome? Pois não. Chamo-mo Lantin -, so& empregado no ministério do interior,,' moro na rua dos Martyres n. 16.

O logista abriu os sous livros, fo-lhooti-os e pronuncintt:

Este collar foi, com efTeito, on-viado á Sra. L-mtin, 16, rua dos Marty-res, no dia 20 de julho de 1870.

E os dois homens olhavnm-3e, um pa.s mado de sot-proza, o outro presenttndo um lidrão.

Quer mo deixar esto objact») por vinte o quatro horas ? Vou lho dar um recibo.

Certamente,

E sahiu dobrando o papel, que guar-dou na algiboira.

Depois atravessou a rua, t»irn.'»u a voltar, percebeu que so enganar». no~ca-minho, closceu as Ttrlherias, passou o Sena, 'reconheceu ainda o seu engano voltou aos C.tmpos Elys-oos, sem uma-única i.léa-na cabeça. Esforçava-se pari raciocinar, para compreiiondet-. Sua nxu-lher não podia comprar um objecto de tanto valor; não, de certo.

Mas, então, era um presente ! Um pre sente de quem? Porque?

Parou na avonida. Desvaneceu-ae a duvida horrível. —Ella? —Mas então todas as outras jóias eram também pre-sentos. Pareceu-lhe que a terra tremia; quo urau arvore diante d'elle abatia; ostendeu os braços e cahiu sem sen-, tidos. Fez-se conduzirá casa e fechou-se. Ato á noite chorou violentamente, mor-dendo um lenço para não gritar. Depois atirou-se para cima da cama, exliausto de força, cheio do cansaço e de dôr, % dormiu um somno pesado.

Um raio de sol acordon-o, c levantou? se vagarosamente para ir á repartição; Era duro trabalhar depois de seme-Uiantes agitações. Reflectiu então qut poderia pedir desculpa de uma falta ao chefo e escrevou-lhe.

Depois lembrou-se que era precise voltar ao ourives; ruborisou-so de enver-gonhado. Ficou muito tempo a pensai' E, no entanto, não podia deixar o coltai na loja; vestiu-se os:ihiu.

Fazia bom tempo, o céu estendia-sí sobre a cidade que parecia sorrir. Diante d'el!e Cimiuhav.m alguns ja- ¦¦ notas de mãos nas algibeiras. Pensou ao vól-03 passar:

Como se é feliz, quando se tem í] fortuna. Com dinheiro esquece-se att) os desgostos, vai-so onde se quer, viaja-se, distrae-se a gento ! Ohl se eu fosse rico!

Percebeu qúe tinha fome; não comia desde a véspera. Mas a algiboira cs-tava vasia, e recordou-so do collar. Dezoito mil francos! Dezoito mil fran> eos! Jáó uma continhn!

Correu á rua da Paz e começou t passear do largo, no passeio, enfrento do ourives. Dccidiu-so b.uscamente, nti-avessou a rua correndo, para não tor tampo de reflectir o entrou ua loja.

Quando o viu, o ourives appressou-se em olferecer-lho. um banco, com um

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1-porque guardava no fufitki do coração riso delicado. Os próprios caixeiro»

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