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PONTO 1: Introdução. PONTO 2: Fontes do direito das obrigações PONTO 3: Princípios INTRODUÇÃO

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DIREITO CIVIL

PONTO 1: Introdução.

PONTO 2: Fontes do direito das obrigações PONTO 3: Princípios

INTRODUÇÃO

A relação obrigacional parte da estrutura: sujeito ativo e sujeito passivo. Essas expressões têm funções para a esfera material e processual. Na esfera material, o sujeito ativo é igual a credor e o sujeito passivo é devedor. No direito processual: autor e réu.

A formatação da relação obrigacional é distinta da Real. Os sujeitos, em direito material, credores e devedores são ligados pelo vínculo chamado ‘obrigação’, que poderão ser autor ou réu no direito processual, dependendo a prestação exigida.

Também os sujeitos poderão ser pessoas físicas ou jurídicas, plúrimas, determináveis ou passíveis de determinação que implicará a necessidade de identificação obrigacional pra saber a responsabilidade havida entre eles (se subsidiária ou solidária).

O objeto na relação obrigacional é sempre uma prestação. A doutrina divide: dar, fazer e não fazer. Podem ser divididos em objeto principal/imediato e objeto secundário/mediato.

A base da relação obrigacional é o vínculo jurídico. Quando há quebra do vínculo poderá sofrer sanção (caráter declaratório), que se perfaz de duas maneiras: estabelece o status quo e/ou se indeniza. Em casos extremados essa sanção assume um caráter coercitivo que se dá através da prisão civil (somente quando há inadimplemento das pensões alimentícias).

A doutrine também menciona o caráter educativo que a sanção civil assume (ideia de prevenir e educar o réu). A grande dificuldade é como operacionalizar o caráter educativo. Há duas posições quanto ao fato de o Juiz impô-lo ou ser feito através de requerimento da parte. Uma posição menciona que como a própria sanção só será aplicada se a parte suscitá-la, portanto, o caráter educativo também deve ser suscitado, não havendo distinção. Por outro lado, entendem que como a sanção educativa é social poderia o Juiz de ofício impor o caráter.

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Outra discussão na jurisprudência é quanto a forma de imposição do caráter educativo (independente de ter sido suscitado ou ter sido declarado de ofício). Não há outra forma senão pecuniária, majorando a condenação. A discussão será quanto a quem direcionar a condenação de caráter educativo.

A quebra do vínculo está prevista no art. 3891 do CC (para alguns está presente o pacta sunt servanda) na qual prevê a perdas e danos (natureza indenizatória), juros (natureza remuneratória), atualização monetária (natureza compensatória), honorários advocatícios (natureza ressarcitória) e, se prevista do contrato, ainda poderá ser aplicada a cláusula penal (natureza punitiva) todas de aplicação CUMULADA, uma vez que de naturezas distintas.

A doutrina menciona a teoria da universalidade passiva, pois na relação real se exige a relação entre o sujeito ativo e passivo, sendo que o sujeito passivo pode ser qualquer pessoa, ou seja, há uma universalidade passiva (sujeitos passíveis de determinação/determináveis). O objeto é a própria coisa (diferente do objeto mediato e imediato da relação obrigacional). O vínculo da relação jurídica de direito real incide diretamente no objeto, já na relação obrigacional o vínculo é inter partes (entre os sujeitos), e erga singulum. No direito real é erga omnes.

Outra diferença é que a relação obrigacional segue a previsão do art. 4252 são consideradas ilimitadas. As relações de direito real, segundo o art. 12253

, CC, é limitada, taxativa.

1 Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

2 Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. 3 Art. 1.225. São direitos reais:

I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação;

VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor;

IX - a hipoteca; X - a anticrese.

XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) XII - a concessão de direito real de uso.

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Há duas correntes quanto natureza jurídica da alienação fiduciária em garantia: uma corrente refere que como nasce do contrato é um vinculo obrigacional. Outra corrente refere que como a garantia incide diretamente do objeto é mais importante o seu efeito, assim, a alienação é um direito real em razão da garantia.

Uma última diferença de cunho processual: as relações de direitos obrigacionais admitem ações de natureza indenizatória, e as relações de direitos reais admitem ação de natureza reivindicatória.

FONTES DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: Atualmente há quatro fontes definidas do direito das obrigações:

Lei: obrigação de reparar o dano por mandamento legal.

Exemplos: as obrigações tributárias são obrigações que decorrem da lei; assim como alimentos; nas hipóteses de responsabilidade objetiva que decorrem da lei: art. 9324

; art. 9335

; art. 9366 ; art. 9317; art. 9378; art. 9389 do CC.

Atos ilícitos: há dois modelos de atos ilícitos.

4 Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.

5 Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.

6 Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. 7 Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

8 Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.

9 Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

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1) Ilícito Culposo – art. 186:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano

a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

O artigo não prevê expressamente a imperícia que estaria (segundo alguns autores) nas entrelinhas do artigo, pois ela é causa de tipificação de ato ilícito.

Esqueleto do art 186: base é a culpa stricto sensu que se divide em: - Negligência.

- Imprudência. - Imperícia.

Obs:

A conduta lato senso apenas verifica se é consciente, voluntário e reprovável pelo direito. Num segundo momento que se irá analisar o dano que poderá ser voluntário ou involuntário.

2) Ilícito por Abuso - art. 187 do CC:

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites

impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

É o excesso no exercício de um direito.

* Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Contratos: (são 20 contratos típicos e atípicos) Todo o contrato é um negócio jurídico bilateral – pressupõe bilateralidade na sua formação; podendo ser classificado como unilateral quando houver obrigação apenas para uma das partes – ex.: comodato; ou pode ser classificado como bilateral quando houver obrigações recíprocas.

Exemplos: A doação é um negócio jurídico bilateral que gera obrigação unilateral; o testamento é um negócio jurídico unilateral (não é contrato); a constituição de renda é um negócio jurídico bilateral.

Atos Unilaterais: são tipos híbridos, pois misturam natureza jurídica do negócio unilateral com bilateral. São quatro:

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- Promessa de recompensa. - Gestão de negócio. - Pagamento indevido. - Enriquecimento sem causa.

PRINCÍPIOS:

O CC/02 veio com um viés constitucional, dando uma maior atenção aos princípios, o que atribui uma maior maleabilidade, flexibilidade das relações jurídicas.

1. Liberdade de Contratar/Liberdade Contratual: Art. 421 do CC – Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.

Inicialmente, as partes tinham autonomia (autonomia da vontade) para contratar, sem que houvesse gerência estatal que foi, ao longo do tempo, se mostrando equivocado, necessitando de intervenção estatal legislativa, administrativa (através de órgãos) e judicial.

Essa necessidade de intervenção fez com que o antigo modelo da autonomia da vontade abrisse espaço para a liberdade de contratar (que retira da vontade das partes os contratos coativos, cuja contratação é imposta. Ex.: contrato de prestação de luz) e a liberdade contratual, que é a livre disponibilidade sobre o conteúdo do contrato (que retira da vontade das partes os chamados contratos de adesão, cuja contratação não é imposta, mas acaso venha contratar não é possível a discussão de clausulas.) – LIMITADORES FORMAIS. Então a livre independência de contratar não é mais “tão absoluta”.

2. Função social: art. 421 CC

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.

Há um terceiro limitador legal à liberdade de contratar, presente no artigo 421 do CC: Função Social do Contrato, cuja conseqüência de sua não observância sujeita a nulidade, previsto no artigo 166, segunda parte, CC.

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a

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Por ser nulidade absoluta (total ou parcial), deve ser declarado de ofício pelo juiz, previsto no parágrafo único art. 168, CC.

Art. 168. Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio

jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.

A conseqüência da não observância desse limitador está previsto legalmente, entretanto não há um conceito determinado do que seja função social do contrato, que deverá ser analisado, modelo por modelo, porém, sempre visando o equilíbrio contratual e estabilidade social. Exemplos de cláusulas que entendem a função social: juros abusivos; cláusulas de isenção de responsabilidade (principalmente em contrato de seguro); cláusulas de renúncia a direito essencial do contrato.

3. Pacta Sunt Servanda: art. 389

Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização

monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

Ninguém é obrigado a estabelecer relações obrigacionais, mas se estabeleceu, é obrigado a cumpri-lo. Ainda é a regra nas relações contratuais, mas vem sendo relativizado pelas chamadas Teorias Revisionista.

3.1. Teorias Revisionistas – Pacta Sunt Servanda:

Teoria da Imprevisão:

1º requisito: relação de natureza civil com equilíbrio inicial; 2º requisito: obrigações continuadas;

3º requisito: ocorrência de circunstancia superveniente;

4º requisito: ocorrência de circunstancia imprevisível/extraordinária; 5º requisito: Binômio = Excesso de ônus e Excesso de vantagem.

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Teoria da quebra da base objetiva do negócio jurídico: 1º requisito: relação de consumo com desequilíbrio no início; 2º requisito: prestações continuadas;

3º requisito: Binômio = Excesso de ônus e Excesso de vantagem.

Seu intuito é evitar a extinção, resolução do contrato.

Teoria da onerosidade excessiva (teoria da lesão): 1º requisito: relação de natureza civil com desequilíbrio no início; 2º requisito: prestações continuadas;

3º requisito: Binômio = excesso de ônus e excesso de vantagens

Exemplos:

Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar

excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. – ao invés de extinguir aplica-se a teoria da imprevisão.

Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação

devida e o do momento de sua execução, poderá o Juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. - Teoria da imprevisão, que pode ser requisitado tanto pelo devedor como pelo credor.

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a

prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. - Teoria da onerosidade excessiva/Teoria da Lesão

**Teoria da quebra da base está no CDC (art. 5110)

10 Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;

II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código; III - transfiram responsabilidades a terceiros;

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;

V - (Vetado);

VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor; VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;

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4. Boa Fé /Probidade: art. 422 do CC

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

A probidade vem reforçar a boa-fé, o que se denomina atualmente de publicização do direito privado. A boa-fé presente no CC é presumida, é objetiva, tal qual no CDC, e tem três funções:

Função Integrativa: a boa-fé funciona como um suprimento de lacunas;

Função Interpretativa: a boa-fé cria um padrão médio/ esperado de conduta;

Função Informativa: a boa-fé cria deveres conexos/anexos, não escritos, extrapolando os limites do contrato.

A lei focou na conclusão e execução do contrato (fase contratual). Mas também deve ser observada a boa-fé também na fase de formação (pré-contratual – ex.: tratativas, ofertas, propostas, contrato individual, etc.) e na fase pós-contratual (ex.: vício redibitório, evicção, etc.).

5. Proteção ao aderente: art. 423 e 424 do CC:

Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.

Os contratos de adesão são modelos de contratação lícita e necessária e deve proteger o aderente, já que este não teve liberdade de contratação.

IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor;

X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;

XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor;

XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;

XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração; XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;

XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;

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*O art. 423 equivale ao artigo 4711 do CDC e o 424 do CC equivale ao artigo 51 do CDC.

6. Princípio da Atipicidade: art. 425 do CC:

Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.

Lei abre a possibilidade de contratos atípicos, de forma ilimitada.

Referências

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