Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados
Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari
ORGANOGRAMA
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Ministério da Justiça FUNAI
Diretoria de Proteção Territorial
Coordenação Geral de Índios Isolados e Recém Contatados
Coordenação de Índios Isolados / Coordenação de Índios Recém Contatados
(12) Frentes de Proteção Etnoambiental
Vinculação administrativa com Coordenações Regionais (UG) Vinculação técnica e política com CGIRC Brasília
AS FRENTES DE PROTEÇÃO ETNOAMBIENTAL
Frente de Proteção Etnoambiental Maderinha– MT Frente de Proteção Etnoambiental Envira – AC Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema – PA
Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari – AM Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé – RO
Frente de Proteção Etnoambiental Purus – AM
Frente de Proteção Etnoambiental Rio Madeira – RO/AM Frente de Proteção Etnoambiental Uru Eu Wau Wau – RO
Frente de Proteção Etnoambiental Awa Guajá – MA Frente de Proteção Etnoambiental Médio Xingu – PA Frente de Proteção Etnoambiental Waimiri Atroari – MT
INFORMAÇÃO DE ÍNDIOS ISOLADOS
Todo e qualquer relato ou notícia prestada à CGIIRC sobre a possível existência de índios isolados.
Cabe à CGIIRC aresponsabilidade de qualificar esses
relatos ou notícias, de modo a justificar a sua classificação
como REFERÊNCIA DE ÍNDIOS ISOLADOS.
R
EFERÊNCIA DE ÍNDIO ISOLADOConjunto de INFORMAÇÕES sobre a existência de índio ou grupo indígena isolado devidamente qualificado pela CGIIRC e referendado pelo Conselho.
R
EFERÊNCIA DE ÍNDIO ISOLADOC
ONFIRMADAUma referência de índio isolado é considerada confirmadaquando o trabalho de campo de equipe especializada daCGIIRC comprova a existência de índio ou grupo indígenaisolado e de sua localização
geográfica.
R
EFERÊNCIAR
EFUTADAPara que uma referência seja considerada refutada é
necessário que uma equipe especializada da CGIIRC, após ter realizado minucioso trabalho de campo e documental, não confirme a existência de índio ou grupo indígena isolado e uma determinada região . O conjunto de informações resultantes dos trabalhos de campo e documental deverá, em seguida, ser referendado pelo Conselho
Procedimentos para localização de índios isolados
utilizados pela FPEVJ
8 1 - Fase pré-campo
1.1 – Pesquisa bibliográfica: levantamento de informações
documentais em bibliotecas e arquivos;
1.1.1 – Informações sobre isolados
1.1.2 – Informações socio-ambientais da região (e
entorno);
1.1.3 – Informações sobre potenciais ameaças.
1.2 – Sistematização das informações (sob abordagem
geográfica);
N ref Data Etnia Documento Fato Local Observações
1 01/11/1984 Desconhecida Mem.242/84 Massacre de 1 de Novembro de 1980 de índios isolados
Rio Itaquai, boca do Rio das Pedras
2 04/09/1984 Korubo O Estado de São Paulo de 10/09/1984
Morte do Sertanista Lindolfo Nobre Filho e João Praia Caldas.
Rio Itaquaí, margem esquerda do médio curso.
Mortes durante atuação da Funai 3 10/19/87 Desconhecida Relatório de viagem
ao Igarapé S Jose de 1987
Conflitos entre madeireiros e índios.
Igarapé Jarina, afluente do Igarapé s Jose.
Ver ref 11
4 01/09/87 Desconhecida Relatório acerca de índios isolados de 1988.
Conflitos entre madeireiros e índios.
Igarapé Jarina, afluente do Igarape São Jose
Morte de um madeireiro 5 10/09/87 Desconhecida ^afinal existe ...^
relatório de 1988.
Massacre de indios do Igarap~e S Jose
Igarapé S Jose Maloca onde habitavam de 30 indios arrasada. Ver ref n 7 6 01/09/77 Desconhecida ^afinal existe ...^
relatório de 1988. Existência de índios isolados Igarapé Pentiquinho e Rio Branco Identificou-os como Barinawabo. ... ... ... ... ... ... ...
1.3 – Georeferenciamento das informações; 1.3.1 – Elaboração de um SIG preliminar. 1.4 – Análise de imagens de satélite;
1.4.1 – Vegetação, desflorestamentos (pressão antrópica),
hidrografia (logística) e indícios de índios isolados. 1.5 - Criação de uma “restrição de uso”.
1.6 – Planejamento, viabilização e organização da fase de
campo (equipe, comunicação, transporte, alimentação, etc).
2.1 – Coleta de informações em campo (relatos) 2.1.1 – questionário não influenciável;
2.1.2 – conhecer as características socio-culturais gerais e
das formas e processos de uso territorial dos informantes. 2.1.3 – Registrar no formato audiovisual e escrito.
2.1.4 – definição de equipe para expedição terrestre.
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Nome Endereço Ocasião Relato Data Região
Nome do Informante
Endereço do informante/local onde poderá ser encontrado caso seja necessário. O que informante fazia. A data, havia outras pessoas? O relato propriamente dito: avistamento de vestígios, dos índios isolados, de relato de terceiros, etc. Data da ocasião Região onde ocorreu o relatado.
No caso de avistamento de índios isolados:
Quantidade Const. física Etnia Reação O que faziam? Quantas pessoas foram vistas. quantidade de mulheres, homens, velhos e velhas e crianças. Estatura, tipo de cabelo. Se pareciam saudáveis. Portavam alguma indumentária, pintura, arcos, flechas, bordunas, paneiros. Se houve tentativa de diálogo, compreendeu-se a língua? De que forma os isolados reagiram? Correram? Tentaram conversar? Foram belicosos? Foi possível observar o que os isolados faziam?
2.2 - Sobrevoo (dependendo da situação);
2.2.1 – Método do pente fino;
2.2.2 – Método da rota pré-determinada
2.2.3 – Procedimentos de registro dos resultados
durante o sobrevoo, (gravador, maquina fotográfica, gps, filmadora).
2.3 – Expedição terrestre;
2.3.1 – Procedimentos para a caminhada (intensidade da
caminhada, regras de conduta e divisão de atribuições entre a equipe;
2.3.3 - Localização de vestígios: procedimentos de registro;
2.3.4 – Localização de moradias/roça: regras de conduta e
procedimentos de registro
2.3.4 – Diferentes métodos para determinar a rota da
caminhada. Os métodos variam conforme os diferentes estágios de localização de vestígios, grau de pressão de invasores, e outras variantes. (hidrográfia, vegetação, elevação, entre outros)
PROCEDIMENTOS EM SÍTIOS DE ÍNDIOS ISOLADOS Caracterização do sítio -Quantas pessoas; -Alimentação; -Medidas; -Temporalidade; -Cultura material;
-Indícios de condições físicas; -Inserção de objetos incomuns.
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- Em um primeiro momento, não toque nos objetos ou pinturas. Observe-os com cautela até reconhecer sua utilidade e perceber o motivo dele estar no local em que se encontra;
- Se for necessário tocá-los, faça-o com extremo cuidado e recoloque-o no mesmo local de origem;
- A fotografia e a filmagem é um bom instrumento para registrar o sítio localizado
- Não é permitido recolher objetos de um sítio arqueológico, a não ser que o mesmo tenha sido destruído pela ação de vândalos, assim o seu recolhimento, além de servir como prova, garantirá a integridade do objeto.
- Cuidado nas interpretações. O uso de material bastante perecível usado por grupos indígenas em situação de fuga pode dar a impressão que o local foi destruído.
- Ao encontrar um sítio destruído pela ação de invasores, fotografe tudo e recolha apenas material suficiente que comprove a existência do sítio destruído. É
3 - Fase pós-campo
3.1 – Sistematização das informações e resultados da etapa
de campo;
3.2 – Cruzamento entre as informações (colhidas no
pré-campo e no pós-pré-campo);
3.3 – Elaboração do relatório;
3.4 - Elaboração de subsídios para a continuidade do trabalho (novas expedições, sobrevoos, estratégias de proteção, etc...).
Em caso de confirmação de uma referência:
Etapa de proteção etnoambiental (que inclui o início d processo de identificação e delimitação);
Etapa de monitoramento;
Etapa de diagnostico sobre o entorno;
Etapa de construção de estrutura administrativa, de pessoal, estrutura logística e administrativa para a continuidade dos trabalhos de proteção (caso não exista, demanda-se a criação de uma FPE).
RELATORIA
Resumo Participantes Material usado Metodologia Objetivos Antecedentes Diário de campo Aferições (Campoxexpediçãoxoutras análises+dificuldades) Recomendações
ANEXOS
Tabela de coordenadas
Tabelas de Vestígios / Tapiris, Mapas
Imagens de satélites Fotos, filmes
Documentos ( Memos, ofícios, reportagens, etc) transcrições de gravações
lista de Material Apreendido
Cópias de documentos de Apreensão, Autos de Infração, Notificações,Termos de Apreensão, Doações, Embargos, etc
Outros
Fabrício Amorim
Coordenador da Frente de proteção Etno-ambiental Vale do Javari/AM CGIRC/DPT/Funai