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INFLUÊNCIA DOS PREÇOS INTERNACIONAIS E DA TAXA DE CÂMBIO NO PREÇO DOMÉSTICO DO CAFÉ ARÁBICA EM GRÃO VERDE E DO CAFÉ SOLÚVEL

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(1)

SOLÚVEL

LUCAS OLIVEIRA DE SOUSA; MARCELO DIAS PAES FERREIRA; ERLY CARDOSO TEIXEIRA.

UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL. lucas.agronegocio@gmail.com

APRESENTAÇÃO ORAL

COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS

INFLUÊNCIA DOS PREÇOS INTERNACIONAIS E DA TAXA DE CÂMBIO NO PREÇO DOMÉSTICO DO CAFÉ ARÁBICA EM GRÃO VERDE E DO CAFÉ

SOLÚVEL

Grupo de Pesquisa: Comercialização, Mercados e Preços Agrícolas

RESUMO: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da taxa de câmbio e dos preços internacionais sobre o preço doméstico do café arábica em grão e do café solúvel no período de 1985 a 2004. O método analítico utilizado foi o shift-share, também denominado “diferencial-estrutural”. Os resultados indicaram maior influência do preço internacional sobre o preço doméstico do café arábica em grão e do solúvel. Para o café arábica em grão, o modelo apontou redução nos preços a uma taxa de 7,02% a.a., enquanto para o café solúvel foi verificado aumento médio anual de 2,21%.

Palavras-chave: café, preço internacional, taxa de câmbio, shift-share.

ABSTRACT: The objective of this paper is to evaluate the effects of the exchange rate and of the international prices on the domestic price of the Arabic coffee beans and instant coffee in the period from 1985 to 2004. The applied methodology is the "shift-share", also denominated “differential-structural” method. The results suggest a larger influence of the international price on the domestic price of the arabic coffee beans and of the instant coffee than the exchange rate. The domestic prices of the arabic coffee beans reduce at a rate of 7,02% per year, while for the instant coffee an annual medium increase of 2,21% is verified.

(2)

1. INTRODUÇÃO

O café, assim como outras commodities exportadas pelo Brasil, tem seu preço doméstico influenciado pela taxa de câmbio e pelo preço internacional. Entretanto, se analisadas isoladamente, em alguns períodos essas influências não se dão da maneira esperada, resultando em incertezas e dificuldades para tomada de decisão por parte dos produtores brasileiros de café.

O câmbio é um fator importante na competitividade de um país. No caso de uma

commodity como o café, a instabilidade cambial afeta o preço interno e a quantidade

exportada. Nos últimos anos, o Brasil passou por diferentes regimes cambiais. No início da década de 1990, o câmbio se manteve valorizado, com intervenções ocasionais do Banco Central (SILVA e CARVALHO, 1995). Após o Plano Real, em 1994, o câmbio se tornou fixo e sobrevalorizado, prejudicando as exportações. A partir de 1999 o sistema cambial passou a ser flutuante, o que favoreceu as exportações.

A desvalorização cambial pode não gerar efeito tão expressivo no preço doméstico. Em 2002, houve considerável desvalorização do real em relação ao dólar, em decorrência da pressão dos problemas econômicos da Argentina e da especulação gerada pelo clima político das eleições presidenciais, sem o esperado aumento do preço do café. De maio a agosto de 2002, o real desvalorizou-se em 25,40%, passando de R$ 2,48 em maio para R$ 3,11/US$ 1,0 em agosto (IPEA, 2007), enquanto o preço interno do café arábica aumentou apenas 3,79%, de R$108,54 para R$114,38, no mesmo período (CIC, 2007).

Nos últimos 50 anos, o agronegócio do café diminuiu sua importância na economia nacional. O surgimento de um ambiente mais competitivo e conturbado a partir do final da década de 1980, segundo Rezende e Rosado (2002), ocasionou queda nos preços internacionais do café. A suspensão do Acordo Internacional do Café (AIC), em 1989, aliada, internamente, à extinção do Instituto Brasileiro do Café (IBC), em 1990, agravou a crise no Brasil, uma vez que essa última entidade regulamentava o complexo agroindustrial do produto no País. A fim de contornar tal situação, foi criada a Associação dos Países Produtores de Café (APPC), em 1993, com o objetivo de formular estratégias para os países produtores. A APPC teve vida efêmera devido ao não-cumprimento do acordo por alguns países membros ou em decorrência da geada de 1994, que elevou os preços do café.

Desde a segunda metade do século XIX até meados do século XX, a cafeicultura foi uma das principais atividades econômicas do Brasil. No começo do século passado a produção nacional chegou a abastecer 80% do mercado mundial (ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO CAFÉ, 2002). O Brasil é o maior produtor e exportador de café, tendo sido, em 2006, responsável por 31,76% e 28,05% da produção e das exportações mundiais, respectivamente (USDA, 2007).

No Brasil são cultivadas duas variedades de café: arábica e conilon. Destas são originados derivados, como café em grão verde, café torrado, café torrado e moído e café solúvel. Dados estatísticos do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFE, 2007) mostram que em 2006 o total exportado em volume de café pelo Brasil foi de 27,3 milhões de sacas. Desse volume, cerca de 24,3 milhões foram de café em grãos verde, sobretudo arábica (94%), gerando uma receita de aproximadamente US$ 2,9 bilhões. Em seguida vem o café solúvel, com 2,9 milhões de sacas de 60 kg e receita de US$ 385 milhões. Os subprodutos café torrado e café torrado e moído não têm a mesma importância na pauta de exportações, sendo suas receitas irrisórias em relação às de outros produtos (CECAFE, 2007).

Com base nessas informações, as análises nesta pesquisa se detiveram nos dois produtos de maior receita de exportação, visto que o café arábica em grão verde e o café solúvel representam quase a totalidade das receitas de exportação do complexo café.

(3)

O objetivo geral deste trabalho foi avaliar as influências das políticas cambiais e dos preços internacionais adotados nos últimos anos sobre o preço doméstico dos cafés em grão verde e solúvel no período de 1985 a 2004. Especificamente, pretendeu-se separar os efeitos dos preços internacionais e da taxa de câmbio sobre o comportamento dos preços dos cafés arábica em grão e solúvel em moeda brasileira, no período de 1985 a 2004. Utilizou-se como referencial analítico o modelo shift-share, método utilizado em estudos que buscam determinar taxas médias de variação e de crescimento na agricultura.

Pires et al. (2004) analisaram a influência do preço no mercado internacional, da quantidade exportada, da taxa de câmbio e das políticas governamentais sobre a receita de exportações do café em grão verde entre 1989 e 2001. Como preço internacional, os autores consideraram o quociente entre receita cambial e quantidade exportada de café. A contribuição do presente trabalho está na abrangência de um maior período, 1985 a 2004, no exame do café solúvel e em considerar como preço internacional do café arábica em grão verde uma média ponderada das cotações anuais, em US$ por saca de 60 kg, de Nova Iorque e da Alemanha.

Este estudo interessa aos órgãos formuladores de políticas e aos tomadores de decisão relativa ao complexo agroindustrial do café, uma vez que determina os fatores a serem considerados de maior relevância para a formação do preço interno do café.

2. METODOLOGIA

Neste trabalho, utilizou-se o modelo shift-share, também denominado “diferencial-estrutural”, muito usado em estudos que objetivam a determinação de taxas médias de variação e de crescimento na agricultura. e empregado por Curtis (1972), Yokoyama et al. (1989), Silva e Carvalho (1995), Reis e Campos (1998) e Pires et al. (2004), entre outros.

No presente trabalho, foi utilizada a abordagem proposta por Silva & Carvalho (1995) e Reis & Campos (1998). Esses dois trabalhos analisaram os efeitos da taxa de câmbio e do preço internacional sobre o preço em reais de commodities agrícolas. Entretanto, esses estudos se diferem no fato de o primeiro apresentar os resultados a partir de um ponto fixo no tempo, enquanto o segundo faz uma análise ano a ano. Aqui se optou pelas duas abordagens, pois permitem uma análise mais completa, mensurando os efeitos no longo e no curto prazo, respectivamente. Na primeira, obtêm-se efeitos acumulados anuais para o período, ao passo que a análise ano a ano resulta em efeitos correspondentes à variação referente ao ano anterior.

De acordo com essa metodologia, o preço de um bem comercializado no mercado internacional, em moeda nacional, pode ser obtido do produto do preço em moeda estrangeira pela taxa de câmbio, conforme expresso a seguir:

P

E

P

R$= . US$

(1)

em que PR$ é preço deflacionado em R$; PUS$, preço deflacionado em dólar americano; e E,

taxa real de câmbio (R$/US$).

A taxa de câmbio real será obtida das taxas médias anuais do período em estudo, as quais serão corrigidas segundo critério da paridade do poder de compra da moeda, que leva em conta a inflação doméstica e a internacional. A taxa de câmbio real é assim apresentada:

P

P

e

E

* = (2)

(4)

em que E é taxa real de câmbio do Brasil (R$/US$); e, taxa nominal de câmbio do Brasil (R$/ US$); P, índice de preços domésticos no atacado (IPA); e P*, índice de preços internacionais (IPA dos Estados Unidos).

Para se obter a decomposição dos efeitos preço em dólar e câmbio, Reis e Campos (1998) fizeram uma adaptação da metodologia adotada por Yokoyama et al. (1989) e Silva e Carvalho (1995). Silva e Carvalho e Reis e Campos consideram que o preço internacional em R$ é resultante do preço, em US$, e da taxa de câmbio brasileira.

A partir da expressão (1) obtém-se a expressão (3), que representa a variação do preço do café em reais, em dado ano t.

E

PD

PR

ti= ti. ti (3)

em que PRti é preço do café em reais; PDti, preço do café em dólares; e Et, taxa de câmbio real

do Brasil (R$/US$).

Os anos inicial e final são indicados pelos índices 0 e t, respectivamente; i refere-se aos cafés arábica em grão verde e café solúvel.

De forma idêntica à expressão (3), a expressão (4) mostra o preço em reais no período inicial 0:

E

PD

PR

0i= 0i. 0

(4)

A expressão (5) mostra a variação no preço em reais quando ocorre somente variação no preço em dólares:

E

PD

PR

ti PD ti = . 0 (5)

em que PRtiPD é o preço dos cafés em grão verde e solúvel em real, no ano t, quando ocorre

variação no preço em dólar (PDti) e mantém-se E constante (E0).

A expressão (6) mostra a variação no preço, em reais, quando ocorre somente variação na taxa de câmbio:

E

PD

PR

i t E ti = 0. (6)

em que PRtiE é o preço dos cafés em grão verde e solúvel em real, no ano t, quando ocorre

variação na taxa de câmbio e mantém-se PDi constante (PD0i).

A mudança no preço, em reais, entre o ano 0 e o período t é assim expressa:

(

PR

PR

)

(

PR

PR

)

PR

PR

i ti tiPD PD ti i ti− 0 = − 0 + − (7)

em que PRti – PR0i é a variação total nos preços dos cafés arábica e solúvel, em reais; PRtiPD -PR0i é o efeito preço internacional e PRti - PRtiPD é o efeito câmbio, pois, retirando do preço

em R$ no ano t a variação do preço internacional em US$, tem-se o efeito câmbio.

Os efeitos podem ser apresentados individualmente na forma de taxa de crescimento, os quais, somados, resultarão na taxa média anual de crescimento (Yokoyama et al. 1989). Usando a expressão (7) e multiplicando ambos os lados dessa expressão por:

(

PR

ti

PR

0i

)

1 −

(5)

(

)

(

)

[

PR

PR

PR

PR

]

[

(

PR

PR

)

(

PR

ti

PR

i

)

]

PD ti ti i ti i PD ti 0 0 0 1= − − + − − (8)

A seguir, multiplicando-se ambos os lados da identidade (8) por r, que é taxa percentual anual total acumulada de variação no preço, em reais (efeito total), dada pela expressão:

(

0

)

1 1×100   =

PR

ti

PR

i r ti .1 Tem-se:

(

)

(

)

[

]

r

[

(

)

(

)

]

r r

PR

PR

PR

PR

PR

PR

PR

PR

i ti PD ti ti i ti i PD ti − − × + − − × = 0 0 0 (9) em que

[

(

PR

PR

)

(

PR

PR

)

]

r i ti i PD

ti − 0 − 0 × é o efeito preço internacional em dólares

acumulado, expresso em porcentagem-ano (efeito dólar); e

(

)

(

)

[

PR

ti

PR

PDti

PR

ti

PR

0i

]

×r é o efeito câmbio acumulado, expresso em porcentagem-ano (efeito câmbio).

2.1. FONTE DE DADOS

Os dados necessários à elaboração deste trabalho referentes à taxa de câmbio comercial para compra: real (R$)/dólar americano (US$) – média; ao Índice de Preços por Atacado (IPA) nos EUA; e ao Índice de Preços por Atacado - Disponibilidade Interna (IPA-DI), todos referentes ao período de 1985 a 2004, com base nesse último, foram obtidos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Os preços internacionais do café arábica em grão verde, de 1985 a 2004, foram obtidos no Anuário Estatístico do Café 2004/05 e correspondem a uma média ponderada das cotações anuais, em US$ por saca de 60 kg, de Nova Iorque e da Alemanha, cujas participações são de 80% e 20%, respectivamente. Os preços do café arábica em grão verde para 2004 são correspondentes somente aos meses de janeiro e fevereiro desse ano.

Os preços do café solúvel considerados correspondem aos preços médios recebidos pelos exportadores nacionais em US$ por saca de 60 kg e resultaram do quociente entre à receita cambial e o volume de sacas exportadas por ano. Os dados referentes ao volume exportado e a receita de exportação de café solúvel, em US$ e em sacas, respectivamente, foram obtidos no Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ). A base de dados do CECAFE não contempla dados referentes a períodos anteriores a 1990; assim, as análises referentes ao café solúvel serão restritas ao período de 1990 a 2004.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos estão dispostos nesta seção da seguinte maneira. Inicialmente é abordado o comportamento da taxa de câmbio de 1985 a 2004. Em seguida, analisam-se os preços internacionais dos cafés arábica em grão verde e solúvel. Por último, são apresentados e discutidos os resultados da aplicação do shift-share, revelando a influência do preço internacional e da taxa de câmbio sobre o preço doméstico do café arábica em grão e do café solúvel.

1 Para a análise acumulada anual, o t varia de 0 a n anos, resultando numa taxa acumulada

(6)

3.1 TAXA DE CÂMBIO

Durante o período analisado, o Brasil passou por diversos planos econômicos e choques internacionais, que afetaram diretamente a taxa de câmbio. Pode-se dividir o período em três grandes fases de regime cambial: 1985 a 1993, 1994 a 1998 e 1999 a 2004 (Figura 1).

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4

Figura 1 - Taxa de câmbio (R$/US$) de 1985 a 2004. Fonte: IPEA. Elaboração dos autores.

Entre 1985 e 1993, a instabilidade econômica provocava grandes variações, o que é comprovado na análise, pois é nesse período em que são identificadas a maior e a menor taxa de câmbio real: R$5,02 em 1985 e R$2,15 em 1991.

Com a estabilidade econômica proporcionada pela implantação do Plano Real em 1994, o câmbio variou menos. A pressão inflacionária era controlada, entre outras formas, por uma taxa de câmbio valorizada. O regime de bandas cambiais foi adotado, sendo muito baixa sua amplitude. A variação da taxa de câmbio real nesse período foi de pouca significância, sendo o maior valor (R$ 2,52) em 1994 e o menor (R$ 2,36) em 1995.

Com a introdução do regime cambial flexível em janeiro de 1999, houve desvalorização imediata da taxa de câmbio e maior variação dentro do período. O menor valor real da taxa câmbio nesse período foi R$ 2,93 em 2004. É interessante ressaltar a grande desvalorização ocorrida em 2002, grande parte causada pelas expectativas eleitorais.

3.2 PREÇO INTERNACIONAL

Os preços internacionais apresentados neste trabalho estão deflacionados segundo o Índice de Preços por Atacado (IPA) dos EUA, com ano-base 2004.

3.2.1 CAFÉ ARÁBICA

A Figura 2 apresenta a série de preços internacionais do café arábica no período estudado. Os preços referem-se à média ponderada de preços negociados em Nova Iorque e na Alemanha, cujas participações foram de 80% e 20%, respectivamente.

(7)

0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 350,00 400,00 450,00 500,00 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4

Figura 2 - Preço deflacionado do café natural arábica brasileiro (ano-base 2004). Fonte: Anuário Estatístico do Café – 2004/05.

A significativa variação positiva observada no preço internacional do café arábica, de 1985 para 1986, deveu-se a problemas climáticos ocorridos no Brasil (LEITE, 2005). Entre agosto e novembro de 1985, uma grande seca assolou as regiões produtoras, causando diminuição na oferta mundial para o próximo ano, e consequentemente, um aumento nos preços (Figura 3). Após esse movimento, o preço caiu abaixo do patamar de 1985. Esse fato pode ser explicado pela retomada dos níveis de produção de outrora.

0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 90.000 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 M il s a c a s

Figura 3 - Produção mundial de café arábica.

Fonte: Centro de Inteligência do Café (CIC); Elaboração dos autores.

De 1988 a 1993, os preços reduziram vertiginosamente. Rezende e Rosado (2002) explicam essa queda por meio do surgimento de um ambiente mais competitivo e conturbado, proporcionado pela suspensão do Acordo Internacional do Café (AIC) em 1989 e, dentro do País, pela extinção do Instituto Brasileiro do Café (IBC) em 1990.

Em seguida, em 1994, houve alta de 112% comparada ao ano anterior, influenciada por geadas ocorridas no sul de Minas Gerais, que afetaram os preços positivamente. Até 1997 os preços mantiveram-se num patamar superior ao dos anos anteriores. Vale ressaltar que

(8)

neste ano a cotação constatada foi a mais alta desde 1986: US$ 253,61 por saca. O preço verificado em 1997 estimulou o aumento da produção. Conforme afirma Mesquita (1998), como o tempo de maturação de novos investimentos na cafeicultura gira em torno de 3 a 4 anos, uma elevação significativa de preços irá produzir seus efeitos em termos de acréscimo na oferta num período como esse. O que foi verificado em 2002, quando o preço internacional atingiu seu menor patamar no período analisado, US$ 66,06 por saca. O desequilíbrio entre oferta e demanda parece ter sido o principal motivo para a redução observada. A produção mundial de café arábica no ano de 2002 cresceu 25% em relação à do ano anterior, atingindo o maior nível do período em análise (Figura 3).

3.2.2 CAFÉ SOLÚVEL

O mercado de café solúvel apresenta uma estrutura oligopolizada, fortemente concentrado em poucas empresas. No Brasil, por exemplo, cinco indústrias foram responsáveis por cerca de 90% das exportações de café solúvel no ano de 2006 (CECAFE, 2007).

O principal insumo utilizado na produção do café solúvel é o café conilon, visto que ele possui concentração maior de sólidos solúveis. O café arábica também é utilizado, mas apenas quando se torna economicamente viável ou quando há necessidade de formulação de

blends.

Os preços observados para o café solúvel no período de 1990 a 2004 estão representados na Figura 4. Observa-se, no início do período, que os preços estavam baixos – US$ 68,10 por saca em 1990. A partir de 1994 os preços aumentam, atingindo o maior patamar da amostra: US$ 214,77 por saca. Segundo Farina e Zylbersztajn (1998), o aumento foi decorrente de problemas com geadas dentro do Brasil, que provocaram redução na produção de arábica e aumentaram a demanda de café arábica e conilon. Se por um lado os preços melhoraram, por outro, a indústria nacional de solúvel ficou sem fornecimento de matéria-prima. 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4

Figura 4 - Preço internacional deflacionado do café solúvel em US$ por saca de 60 kg. Fonte: CECAFE. Elaboração dos autores.

Com preços elevados e escassez de matéria-prima para atender o mercado internacional, entre 1994 e 1997, países asiáticos assumiram o espaço deixado pelo Brasil. A entrada desses novos países resultou em queda no preço. Essa conjuntura proporcionou o

(9)

quadro observado a partir de 1998, quando o preço passa de US$183,95, em 1998, para US$ 78,71 por saca, em 2002. Cabe destacar o Vietnã, que, de 1990 a 2004, apresentou taxa média anual de crescimento da produção de café conilon de 18,01% a.a., acumulando aumento de 1076% no período. Acompanhando o aumento da produção de matéria-prima, indústrias de café solúvel foram instaladas no sudeste asiático.

A evolução da produção mundial, brasileira e vietnamita de café conilon está exposta na Figura 5. Observa-se que a partir de 1996, influenciado pelas condições favoráveis citadas anteriormente, o país asiático participou de forma mais expressiva na produção mundial. Posteriormente, a partir de 1998, a produção daquele país pressionou o preço internacional para baixo. y = 1E+06e0,1801x R2 = 0,9312 y = 3E+06e0,0752x R2 = 0,6101 y = 3E+07e0,0405x R2 = 0,7906 0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 35.000.000 40.000.000 45.000.000 50.000.000 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 S a c a s

Brasil Vietnã Mundo Expon. (Vietnã) Expon. (Brasil) Expon. (Mundo)

Figura 5 - Evolução da produção mundial do café conilon de 1990 a 2004. Fonte: Centro de Inteligência do Café (CIC); Elaboração dos autores. 3.3 RESULTADOS DO MODELO SHIFT-SHARE

Nesta seção são apresentados os resultados da aplicação do modelo shift-share para análise dos efeitos do preço internacional e da taxa de câmbio no preço doméstico do café arábica em grão verde e café solúvel.

3.3.1 CAFÉ ARÁBICA

O preço em R$ do café arábica variou, no período de 1985 a 2004, -7,02% a.a., (Tabela1), ou seja, o efeito total (r) para t = 19 anos resultou numa taxa média anual acumulada negativa de -7,02%. Desse percentual, o efeito preço internacional contribuiu com -5,34% a.a., e o efeito da taxa de câmbio influenciou, em média, -1,68% a.a.

Tabela 1 - Efeitos segmentados sobre o preço em R$ do café arábica em grãos

Período Efeito Preço Internacional (%) Efeito Câmbio (%) Efeito Total (r) %

1985-1993 -11,71 -3,71 -15,42

1994-1998 -3,97 -0,13 -4,11

1999-2004 -6,34 -2,41 -8,75

1985-2004 -5,34 -1,68 -7,02

(10)

A análise segmentada nos três ciclos cambiais, já discutidos anteriormente, aponta para comportamentos semelhantes do preço internacional e da taxa de câmbio. Na primeira fase, de 1985 a 1993, registrou-se a maior taxa anual acumulada média de redução do preço em R$: -15,42% a.a. (Tabela 1). Nesse período, a queda acumulada no efeito preço internacional foi de -11,71% a.a., refletindo a desregulamentação que o setor cafeeiro enfrentou a partir do final da década de 1980. Na fase seguinte, período de implantação do Plano Real (1994-98), percebe-se uma variação negativa contida, tanto em relação ao efeito preço internacional, que acumulou uma taxa média de -3,97% a.a., como em relação ao efeito câmbio, o que, consequentemente, resultou num efeito total de -4,11% a.a. A estabilidade cambial nos quatro primeiros anos do Plano Real – conseqüência do regime de bandas cambiais pouco amplas vigente – é confirmada pela variação de apenas -0,13% a.a. no efeito câmbio. Por fim, de 1999 a 2004, período de câmbio flutuante, o efeito total sobre o preço em R$ do café arábica se acentuou negativamente, atingindo média acumulada de -8,75% a.a., devido à queda acumulada de -6,34% a.a. no efeito preço internacional e ao maior efeito negativo verificado no câmbio: -2,41% a.a.

A Tabela 1 deixa claro que de 1985 a 2004 o preço internacional contribui mais para a redução do preço doméstico do que a taxa de câmbio. Entretanto, é válido aprofundar a análise, verificando o comportamento ano a ano do efeito das variáveis preço internacional e taxa de câmbio sobre o preço em R$ do café arábica em grãos.

Na Tabela 2 são apresentados os resultados do modelo shift-share ano a ano, destacando os efeitos mais significantes. O preço internacional mostrou maior relevância no efeito total em 15 dos 20 anos analisados. Nos outros quatro, a taxa de câmbio colaborou em maior parte para o efeito total. O ano de 1985 não apresentou resultados, uma vez que se trata do ano inicial.

Tabela 2 - Variação ano a ano dos efeitos sobre o preço em R$ do café arábica

Período Preço (R$) Preço (US$) Taxa de

Câmbio (%) Efeito Preço Internacional (%) Efeito Câmbio (%) Efeito Total (r) (%) 1985 1005,73 200,42 5,02 - - -1986 1373,75 305,82 4,49 52,59 -16,00 36,59 1987 594,64 140,70 4,23 -53,99 -2,72 -56,71 1988 595,29 161,17 3,69 14,55 -14,44 0,11 1989 391,93 130,64 3,00 -18,94 -15,22 -34,16 1990 306,88 109,75 2,80 -15,99 -5,71 -21,70 1991 207,07 96,45 2,15 -12,12 -20,41 -32,52 1992 237,05 74,72 3,17 -22,53 37,01 14,48 1993 263,50 88,07 2,99 17,87 -6,71 11,16 1994 477,97 189,48 2,52 115,15 -33,75 81,39 1995 456,41 193,07 2,36 1,89 -6,41 -4,51 1996 395,25 158,43 2,49 -17,94 4,54 -13,40 1997 545,76 220,65 2,47 39,27 -1,19 38,08 1998 404,17 161,17 2,51 -26,96 1,01 -25,94 1999 398,68 117,51 3,39 -27,09 25,73 -1,36 2000 323,72 105,64 3,06 -10,10 -8,70 -18,80 2001 236,98 67,06 3,53 -36,52 9,73 -26,79 2002 220,21 59,86 3,68 -10,74 3,66 -7,08 2003 215,21 67,22 3,20 12,30 -14,56 -2,27 2004 252,29 86,25 2,93 28,31 -11,08 17,23

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No período estudado, cabe destacar alguns anos relevantes para a análise. No que diz respeito ao efeito preço internacional em US$, de 1985 para 1986, ocorreu forte variação positiva, 52,5% a.a., conseqüência de problemas com geadas ocorridos no Brasil. Em seguida, em 1987, o preço em US$ retornou a um patamar inferior àquele vigente em 1985, resultando no efeito negativo do preço internacional em -53,99% a.a. O preço em US$ apresentou efeito positivo em 1988, mas a partir de 1989, com o fim do AIC discutida anteriormente, o preço internacional apresentou quatro anos consecutivos de efeitos negativos. Em 1993 o preço em US$ voltou a crescer, e em 1994 a maior taxa positiva de crescimento no preço internacional foi observada: 115,15% a.a. Esse efeito é devido, novamente, à quebra da safra brasileira causada por geadas naquele ano. De 1995 a 2002, as taxas de efeito do preço internacional se apresentaram negativas em seis dos oito anos compreendidos nesse intervalo: em 2003 e 2004 voltaram a ser positivas.

Por se tratar de uma variável menos expressiva nesse contexto, a taxa de câmbio possui efeitos que potencializam ou amenizam os efeitos do preço internacional. Em 1986 e 1994, por exemplo, os significativos aumentos do preço internacional foram amenizados pela redução na taxa de câmbio. Já em 1992, 1999 e 2002, a taxa de câmbio atuou amenizando positivamente o efeito negativo do preço internacional. No período analisado, não se observou efeito potencializador positivo, uma vez que não existem anos em que a taxa de câmbio e o preço internacional apresentam simultaneamente efeitos positivos. Entretanto, verifica-se efeitos potencializadores negativos da taxa de câmbio, ou seja, tanto esta taxa quanto o preço internacional mostraram efeitos negativos.

3.3.2 CAFÉ SOLÚVEL

O modelo apontou variação positiva acumulada de 2,37% a.a. para o preço em R$ do café solúvel de 1990 a 2004 (Tabela 3), ou seja, o efeito total (r) para t = 14 anos resultou numa taxa média anual acumulada positiva de 2,21%. Dessa variação, 2,00% a.a. são atribuídos ao fator preço internacional, restando 0,37% a.a. para o efeito da taxa de câmbio.

De forma análoga à análise feita para o café arábica, o período estudado para o café solúvel foi dividido de acordo com os ciclos cambiais discutidos anteriormente (Tabela 3). O efeito preço internacional foi mais relevante nas três fases, seja influenciando positivamente, como nas duas primeiras, seja atuando de forma negativa, como de 1999 a 2004. É interessante ressaltar a baixa variação observada para o preço internacional, diferentemente do café arábica. A estrutura do setor de café solúvel, fortemente concentrada em poucas empresas, favorece esse comportamento.

Tabela 3 - Efeitos segmentados sobre o preço em R$ do café solúvel em grãos

Período Efeito Preço Internacional (%) Efeito Câmbio (%) Efeito Total (r) %

1990-1993 5,24 2,53 7,76

1994-1998 4,98 -0,17 4,82

1999-2004 -4,82 -2,53 -7,35

1990-2004 2,00 0,37 2,37

Fonte: Resultado da pesquisa.

Inicialmente, de 1990 a 1993, o duplo efeito positivo, do preço internacional e da taxa de câmbio, contribuiu para o maior efeito total sobre o preço em R$ do café solúvel: 7,76% a.a. (Tabela 3). Na segunda fase, o preço internacional continuou crescente e resultou num efeito acumulado médio de 4,98% a.a. Conforme discutido na seção 3.2.2, problemas de oferta de café arábica impulsionaram a demanda por café arábica e solúvel, refletindo na alta

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dos preços. A estabilidade cambial do período ocasionou o efeito quase nulo do câmbio: -0,17% a.a. Na última fase, de 1999 a 2004, o efeito negativo do câmbio potencializou o também negativo efeito preço internacional, resultando no menor efeito total acumulado de -7,35% a.a. A maior instabilidade cambial e a entrada de países do sudeste asiático no setor de café solúvel contribuíram sobremaneira para o efeito verificado nesta última fase.

Na análise ano a ano para o café solúvel, os efeitos – taxa de câmbio e preço internacional – apresentaram relevância equilibrada, como pode ser constatado na Tabela 4. Dos quinze anos analisados, o preço internacional apresentou maior efeito em oito, e a taxa de câmbio, em seis anos. A menor relevância do preço internacional do solúvel comparada ao observado no café arábica se deve ao fato de o primeiro produto estar inserido num mercado de estrutura oligopolizada. O ano de 1990 não apresentou resultados, uma vez que se trata do ano inicial.

Tabela 4 - Variação ano a ano dos efeitos sobre o preço em R$ do café solúvel

Período Preço (R$) Preço (US$) Taxa de

Câmbio (%) Efeito Preço Internacional (%) Efeito Câmbio (%) Efeito Total (r) (%) 1990 190,42 68,10 2,80 - - -1991 156,39 72,85 2,15 6,97 -24,84 -17,87 1992 213,52 67,30 3,17 -7,61 44,13 36,52 1993 238,31 79,65 2,99 18,35 -6,74 11,61 1994 324,25 128,54 2,52 61,38 -25,32 36,06 1995 431,89 182,70 2,36 42,13 -8,94 33,20 1996 397,13 159,18 2,49 -12,87 4,82 -8,05 1997 390,82 158,01 2,47 -0,74 -0,85 -1,59 1998 391,40 156,08 2,51 -1,22 1,37 0,15 1999 387,23 114,14 3,39 -26,87 25,81 -1,07 2000 319,92 104,40 3,06 -8,53 -8,85 -17,38 2001 297,76 84,26 3,53 -19,29 12,37 -6,93 2002 258,88 70,37 3,68 -16,48 3,42 -13,06 2003 253,32 79,12 3,20 12,43 -14,58 -2,15 2004 264,39 90,39 2,93 14,24 -9,87 4,37

Fonte: Resultado da pesquisa.

Com relação ao preço internacional, o maior efeito positivo foi observado no ano de 1994, 61,38% a.a. (Tabela 4), o que se deve aos problemas com geadas ocorridos nesse ano, como discutido anteriormente. O maior efeito negativo foi observado em 1999, -26,87% a.a., conseqüência do aumento da oferta mundial de café robusta. Já o maior efeito positivo para a taxa de câmbio ocorreu em 1992 (44,13% a.a.) e o maior efeito negativo em 1991 (-24,84% a.a.), comprovando a influência da instabilidade econômica vigente no início do período analisado. Vale ressaltar que em 1999 foi observado o segundo maior efeito da taxa de câmbio (25,81% a.a.), conseqüência direta da flexibilização cambial ocorrida nesse ano.

O efeito preço internacional em US$ e o efeito taxa de câmbio para o café solúvel, a exemplo do que ocorreu com o café arábica, não se potencializaram positivamente no período analisado. Entretanto, nos anos de 1997 e 2000 foi verificada potencialização negativa, ou seja, ambos os efeitos contribuíram negativamente para a variação do preço doméstico. No outros anos da análise, os efeitos se amenizaram, ou seja, apresentaram sinais diferentes.

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4. CONCLUSÃO

Os preços internacionais do café arábica em grãos e do café solúvel influenciam o comportamento do preço doméstico desses produtos com maior relevância do que a taxa de câmbio. Para o café arábica, pesou o fato de a análise ter partido de 1985, período em que os preços estavam em um patamar elevado, contribuindo para a taxa negativa de -7,02 % a.a. O café solúvel apresentou variação positiva de 2,21% a.a. de 1990 a 2004, e de 1994 a 1999 observou-se uma elevação considerada nos preços em R$, influenciada pela alta nos preços internacionais.

A taxa de câmbio contribuiu menos para a variação do preço em R$; entretanto, ela atua no sentido de amenizar ou potencializar o efeito do preço internacional em alguns períodos.

Na análise ano a ano, porém, a relevância do preço internacional foi maior para o café arábica do que para o solúvel, visto que neste último ambos os efeitos se mostraram equilibrados, devido, principalmente, à baixa oscilação dos preços em decorrência da estrutura oligopolizada do setor de café solúvel.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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