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DEFENSOR MOURA FERNANDO NOBRE ARRANCAM CAMPANHA EM VIANA DO CASTELO

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W W W

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C A M I N H E N S E

.

C O M 1 4 D E J A N E I R O D E 2 0 1 1 • N º 1 4 4 3 • A N O X X X V I • D I R E C T O R A : E L S A G U E R R E I R O C E P A

0,90€

ARRANCAM CAMPANHA EM VIANA DO CASTELO

DEFENSOR

MOURA

FERNANDO

NOBRE

ELEIÇÕES 23 DE JANEIRO

PRESIDENCIAIS 2011

“POLVO DO NOSSO MAR”

EM MAIS UMA EDIÇÃO DOS

“FINS-DE-SEMANA GASTRONÓMICOS” EM CAMINHA

EXECUTIVO APROVA PROJECTO PARA RACIONALIZAÇÃO

ENERGÉTICA NA VILA DE CAMINHA

Museu Municipal de Caminha acolhe mostra que reúne trabalhos dos artistas que expuseram na Galeria de Arte de Caminha em 2010

EXPOSIÇÃO

RETROSPECTIVA

2010

INAUGURA

A 15 DE

JANEIRO

Investimento

de cerca de 665

mil euros,

co-fi nanciado em

80% pelo FEDER

REDE DE

SANEAMENTO

JÁ COBRE 80%

DA FREGUESIA

DE CRISTELO

EM MOLEDO

ESTÃO A SER

REQUALIFICADOS

CÂMARA DE

CAMINHA ESTÁ

A EXECUTAR

ARRANJOS

EXTERIORES NO

POLIDESPORTIVO

DE ARGELA

COMEMORAÇÕES

DOS 70 ANOS

DA LIGA

PORTUGUESA

CONTRA

O CANCRO

EM VIANA

DO CASTELO

“MÚSICA

NO CORAÇÃO”

ENCHEU

PAVILHÃO

MUNICIPAL

DE CAMINHA

ESPECTÁCULO

FOI APRESENTADO

PELA ACADEMIA

DE MÚSICA

FERNANDES FÃO

(2)

ELEIÇÕES 23 DE JANEIRO - PRESIDENCIAIS 2011

A cidade de Viana do Castelo foi o local escolhido para o arranque ofi cial da campanha dos candidatos Fernando Nobre e Defensor Moura.

A campanha eleitoral para as presidenciais de 23 de Janeiro arrancou oficialmente no dia 9 e termina dia 21, apesar dos can-didatos ao Palácio de Belém já andarem em pré-campanha há várias semanas.

DEFENSOR MOURA E FERNANDO NOBRE ARRANCAM CAMPANHA EM VIANA DO CASTELO

“Serei eleito à primeira ou segunda volta”

Fernando Nobre iniciou a sua visita a Viana do Castelo com uma passagem pela Feira da Me-adela, onde ouviu as queixas dos feirantes, deslocando-se depois à Praça da República onde teve oportunidade de contactar com a população local.

Em Viana do Castelo Nobre responsabilizou os seus adversá-rios Cavaco Silva e Manuel Ale-gre pelo “desespero e descrença” da situação económica que torna “iminente” a intervenção do Fun-do Monetário Internacional (FMI) em Portugal.

Para o candidato a possibilida-de do FMI chegar a Portugal “não é fruto do acaso mas de décadas

de políticas de desenvolvimento erradas” pelas quais também res-ponsabilizou Cavaco e Alegre.

Numa pequena tertúlia com apoiantes e simpatizantes, Fer-nando Nobre valorizou o facto da sua candidatura não ser apoiada por partidos, considerando-se um “actor novo” capaz de romper com “os grandes profissionais da política.

O candidato disse ainda que se candidata para “mudar Por-tugal em nome da alma de um povo que é o nosso e em nome de princípios, de uma ética e de uma acção de solidariedade activa que sempre nortearam a minha vida”.

Pegando nas palavras de Guer-ra Junqueiro, cujo texto “Pátria” de 1896 foi lido por Castro Gue-des como mote para a campanha, Fernando Nobre afi rmou que tal como há 140 anos, “como se nada tivesse acontecido no nosso pa-ís, voltamos a estar na choldra de que também ele falou. Isto não é aceitável porque não há nenhum fatalismo lusitâno que a isso nos obriga permanentemente”, subli-nhou Nobre.

O candidato afirmou apresen-tar-se na corrida a Belém para re-começar tudo o que falhou, “sem radicalismos, sem excluir nin-guém, nomeadamente as empresas

e os bancos. Nós precisamos de criar riqueza, de criar empresas portuguesa globais”.

Para o candidato independente o problema não está na criação da riqueza “que tanto precisamos, mas sim na sua péssima redistri-buição”. “É aí que está o verda-deiro problema e é isso que eu vou combater”, garantiu.

Em Viana do Castelo o didato afirmou que não se can-didatou para que tudo continue na mesma. “Candidatei-me pa-ra mudar. Portugal vai mudar e vai mudar com os portugueses colectivamente que finalmente vão entender que desta vez têm escolha. Têm escolha com mais do mesmo que nos conduziu até aqui, e têm a escolha de um ci-dadão livre, independente, mãos livres e que vai mudar Portugal com todos os portugueses”.

Fernando Nobre terminou com a certeza de que será eleito à pri-meira ou segunda volta. “Disso não tenho a mínima dúvida, a roda da história do nosso país está a mudar, tem que mudar e vai mudar”, concluiu.

Defensor Moura desafia Cavaco a demitir-se

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DEFENSOR MOURA E FERNANDO NOBRE ARRANCAM CAMPANHA EM VIANA DO CASTELO

também o candidato Defensor Moura escolheu a cidade de Viana do Castelo para o arranque oficial da sua campanha.

Na terra que o viu nascer e onde durante anos exerceu o cargo de Presidente da Câmara, Defensor Moura voltou a atacar Cavaco Silva a propósito do caso BPN, chegando mesmo a desafi ar o actual Presidente da República a apresentar a sua demissão por considerar desprestigiante para o pais, “um presidente ligado ao caso BPN, num negócio que considerou “ilícito e “pouco claro”.

O candidato lembrou quer os cidadãos portugueses vão ser obri-gados a pagar um défi ce de cinco milhões de euros de negócios que “resultaram do favorecimento dos administradores do banco e alguns clientes que receberam mais do que o que deviam, sendo favo-recidos por uma administração clientelista”.

Moura disse que um dos fa-vorecidos foi o cidadão Cavaco Silva “que não era na altura pre-sidente da República e não fazia declarações para o Tribunal Cons-titucional”.

No primeiro dia ofi cial de cam-panha eleitoral, e numa iniciativa dedicada à defesa dos animais, Defensor Moura visitou o “Viana

Taurino Clube”, uma associação que durante décadas promoveu touradas e garraiadas mas que, nos últimos anos, abandonou essas práticas dedicando-se actualmente à promoção do xadrez e bilhar, modalidades que têm produzindo campeões nacionais e internacio-nais. O objectivo desta iniciativa foi, segundo a candidatura de Mou-ra, “destacar um bom exemplo de alteração de mentalidades”.

A regionalização e a luta contra a corrupção e o clientelismo foram outros temas abordados pelo can-didato à presidência da república. As acções de campanha pelo distrito de Viana do Castelo pros-seguem hoje com a visita do candi-dato apoiado pelo PSD e CDS/PP.

Durante a manhã Cavaco Silva vai percorrer as ruas da cidade, vai visitar a Feira de Viana e depois participa num almoço temático sobre o Mar, numa unidade hote-leira da cidade.

À tarde o candidato visita Ponte de Lima, terminando o seu périplo pelo distrito com um Jantar-Co-mício no Pavilhão de Exposições nos Arcos de Valdevez.

No domingo será a vez do can-didato apoiado pelo Partido So-cialista e pelo Bloco de Esquerda se deslocar ao Distrito de Viana do Castelo. Manuel Alegre estará

presente num comício no Teatro Municipal Sá de Miranda.

Seis candidatos a Belém

Concorrem ao cargo de Presi-dente da República Cavaco Silva, que se recandidata a um segundo mandato, com o apoio de PSD e CDS/PP, Manuel Alegre, apoiado por PS e Bloco de Esquerda,

Fran-cisco Lopes, com o apoio do PCP, o independente Fernando Nobre, o deputado socialista Defensor Moura e José Manuel Coelho, deputado re-gional madeirense do Partido Nova Democracia.

Para o sufrágio de 23 de Janeiro estão inscritos um total de 9.656.474 eleitores, enquanto em 2006 eram 9.085.339.

Uma eventual segunda volta será

ELEIÇÕES 23 DE JANEIRO - PRESIDENCIAIS 2011

realizada a 13 de Fevereiro, 21 dias após o primeiro sufrágio, com a campanha eleitoral a decorrer entre 3 e 11 do mesmo mês.

Segundo o director geral da Ad-ministração Interna, deverão ser gastos cerca de 9,5 milhões de euros com a campanha de sensibilização e toda a operação logística em torno das eleições do dia 23, o mesmo va-lor que foi gasto há cinco anos atrás.

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CONCELHO

O certame “Fins-de-Semana Gastronómicos 2011” está de volta ao concelho de Caminha nos dias 9 e 10 de Abril. A inicia-tiva foi apresentada na passada semana, no Palácio dos Duques em Guimarães. A apresentação contou com a presença do pre-sidente da Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal, Me-lchior Moreira, do vereador do Turismo da Câmara Municipal de Caminha, Paulo Pinto Perei-ra, e de representantes de vários Municípios.

O certame “Fins-de-Semana Gastronómicos 2011” vai decor-rer de 8 de Janeiro a 5 de Junho, com a participação de mais de 1000 restaurantes. Trata-se de uma iniciativa da Entidade de Tu-rismo Porto e Norte de Portugal à

“POLVO DO NOSSO MAR”

EM MAIS

UMA EDIÇÃO DOS “FINS-DE-SEMANA

GASTRONÓMICOS” EM CAMINHA

qual se associam 72 municípios, entre os quais o de Caminha.

No concelho de Caminha, tal como foi acima referido, o evento “Fins-de-Semana Gastronómicos 2011” vai decorrer nos dias 9 e 10 de Abril, e apresenta como ementa principal o Polvo do “Nosso” Mar. Para complementar o certame, a Câmara Municipal organizará um programa de animação.

A sessão de apresentação con-tou com o lançamento do progra-ma e brochura do evento e, ainda, com um ‘Live Cooking’, onde foram confeccionados alguns pratos, nomeadamente de polvo. É de salientar que o Polvo foi oferecido por vários restaurantes aderentes à iniciativa do conce-lho de Caminha, designadamente os restaurantes Remo,

Gaivo-ta, Ínsua, Salsa Picada, Âncora Mar e Camarão. O Chefe Álvaro Costa (do Palácio do Freixo do Porto e Carlton Pestana Porto) confeccionou o prato ‘Trio de polvo de Caminha com recheio de três pimentos - sua saladinha quente e ervas frescas e rosti de batata’. Sob o mote “Inovar na tradição” as demonstrações gas-tronómicas pretenderam dar a conhecer a vertente contemporâ-nea dos pratos típicos da região. Esta sessão contou, ainda, com uma atracção especial: a presen-ça da mascote ‘Âncoras’, figura representativa de um pescador, da ACIVAC - Associação Co-mercial dos Vales do Âncora e Coura - que tem como objectivo a promoção do comércio local/ tradicional.

O Museu Municipal de Caminha vai acolher a exposição Retrospectiva 2010. Esta mostra, que reúne trabalhos de to-dos os artistas que expuseram na Galeria de Arte de Caminha durante o ano passado, poderá ser visitada até ao dia 13 de Março. A inauguração está agendada para o dia 15 de Janeiro, às 16 horas.

Todos os anos, o Museu Municipal de Caminha começa o ano com uma exposição retrospectiva, que destaca as obras doadas pelos 22 artistas que em 2010 escolheram a Galeria de Arte de Caminha para divulgarem e venderem os seus trabalhos. Este ano, vão estar expostos na sala de exposições temporárias do Museu, trabalhos de Chico Solveira, Puskas, Dário Alvarez, Loli Gandara, Martine Costa, Lurdes Rodrigues, Graziela Teixeira da Mota, Juan Bellas, José Silva, Américo Carneiro, Dália Faceira, Manuel Cabaleiro, Leopoldino Silva, Isabel Dias Sousa Amaro, Maria Cândida Enes, António Porto e Marrocos, Mário Rebelo de Sousa, João Santos, Ernestina Lima, Mário Garrido e Abalde. De referir que a maioria desses artistas é bem conhecida do público caminhense.

Esta exposição tem como objectivos sensibilizar e aproximar os diferentes públicos da arte e da cultura, bem como propor-cionar um contacto mais directo com a arte e os artistas, através das actividades desenvolvidas pelos Serviços Educativos do próprio Museu.

Com a organização desta exposição, o executivo camarário pretende homenagear e reconhecer o mérito dos artistas que contribuíram para a dinamização e divulgação da Galeria de Arte de Caminha e para o enriquecimento do espólio artístico do município. Além de ser uma forma de mostrar e dar a con-hecer aos caminhenses o património artístico do concelho.

Museu Municipal de Caminha acolhe mostra que

reúne trabalhos dos artistas que expuseram na

Galeria de Arte de Caminha em 2010

EXPOSIÇÃO RETROSPECTIVA 2010

INAUGURA A 15 DE JANEIRO

A envolvente ao Polidespor-tivo de Argela está a ser alvo de uma intervenção. A Câmara Municipal de Caminha está a executar uma série de arranjos exteriores naquele equipamento desportivo, com vista a melhorar os acessos e dotar o equipamento das infra-estruturas necessárias ao seu usufruto.

Os funcionários camarários estão a proceder aos arranjos exteriores, que incluem a cons-trução de muros de vedação e de protecção. Também foram insta-ladas as infra-estruturas

necessá-CÂMARA DE CAMINHA ESTÁ A

EXECUTAR

ARRANJOS EXTERIORES

NO POLIDESPORTIVO DE ARGELA

rias para uma boa utilização do polidesportivo, tais como água, luz e gás.

Posteriormente, os acessos também vão ser melhorados, já que a Câmara vai proceder à sua pavimentação.

Para a Câmara de Caminha esta obra representa uma aposta nas freguesia e nos munícipes do concelho. Além de benefi-ciar o exterior do Polidesportivo, a intervenção vai permitir que os munícipes usufruam daquele espaço desportivo em melhores condições.

(5)

O executivo caminhense apro-vou, na reunião camarária do pas-sado dia 4 de Janeiro, o projecto “Ilumina Alto Minho - Raciona-lização Energética da Iluminação Publica no Alto Minho”, que tem como objectivo a gestão efi ciente da iluminação pública de todos os centros urbanos do Alto Minho, com vista à redução dos consu-mos energéticos e das emissões de CO2.

Este projecto faz parte integran-te de uma candidatura apresenta-da pela CIM Alto Minho ao Eixo Prioritário I “Competitividade, Inovação e Conhecimento” do Programa Operacional Regional do Norte 2007-2013.

Esta candidatura cobre as sedes dos dez concelhos do Alto Minho, onde serão instalados regulado-res de fl uxo luminoso em postos de transformação, para redução dos consumos energéticos e das subsequentes emissões de CO2. Também serão instalados equi-pamentos que permitirão a moni-torização contínua dos consumos de energia eléctrica associados à iluminação pública.

Tendo em conta que a energia eléctrica dispendida em ilumina-ção pública representa um peso considerável no consumo de ener-gia, o executivo caminhense con-sidera que, com a instalação dos reguladores de fl uxo luminoso nas instalações eléctricas, a Câmara está a contribuir para a redução do consumo energético e, ao mes-mo tempo, está a contribuir para a melhoria do ambiente, através da redução das emissões de CO2.

O executivo ainda aprovou a atribuição de dois subsídios às Fábricas das Igrejas Paroquiais de Nossa Senhora da Assunção de

EXECUTIVO APROVA PROJECTO

PARA RACIONALIZAÇÃO

ENERGÉTICA NA VILA DE CAMINHA

Caminha e do Divino Salvador de Gondar, no montante de 175 euros cada, para apoio nas respectivas festividades.

Parque de Estacionamento do Largo Sidónio Pais à espera de luz verde do IGESPAR

No período antes da ordem do dia, o vereador socialista Jorge Miranda questionou o executivo sobre o ponto da situação do par-que de estacionamento junto ao Largo Sidónio Pais em Caminha, uma obra que foi interrompida de-vido à descoberta de um pano da antiga muralha da vila. O deputado socialista perguntou também se já estava resolvido o litígio com o empreiteiro uma vez que a Câmara denunciou o contrato. Em resposta a esta questão, o vereador Mário Patrício explicou que por enquanto não havia nenhum litígio com o empreiteiro uma vez que a Câmara estaria a tentar um acordo. “Só se o acordo falhar é que se avançará para os tribunais”, explicou.

Recorde-se que devido à neces-sidade de reformulação do projecto a Câmara denunciou o contrato com o empreiteiro, propondo o pagamento de 25 mil euros de indemnização à construtora. O responsável pela obra não concor-dou com os valores propostos pela Câmara de Caminha, exigindo um montate de 85 mil euros.

Relativamente à obra propira-mente dita o vereador reponsável pelo pelouro das obras públicas disse que o novo projecto de refor-mulação já está concluído faltando apenas a aprovação do IGESPAR para que o mesmo possa avançar. “Logo que o IGESPAR aprove o projecto, a Câmara está em

con-dições de avançar com um novo concurso”, explicou.

O novo projecto inclui a protec-ção do achado arqueológico que deverá fi car visível mas protegido.

O Parque de Estacionamento do Largo Sidínio Pais está incluído no projecto “Renovar Caminha”, cujo investimento total ronda os 3 milhões de euros. Para além do Parque de Estacionamento Sidónio Pais, que vai custar 450 mil euros, o “Renovar Caminha” incluiu in-tervenções na Rua da Corredoura, obra já terminada e na Avenida São João de Deus que também já se encontra concluída.

Fazem ainda parte deste pro-jecto as intervenções no Largo Sidónio Pais e Avenida Saraiva de Carvalho onde serão gastos 585 mil euros; na Avenida Pa-dre Pinheiro onde se prevê um investimento de 345 mil euros e fi nalmente a requalifi cação da Rua Ricardo Joaquim de Sousa, Largo Fetal Carneiro e Largo Calouste Gulbenkian num valor que ultra-passa os 850 mil euros.

Ecovia de Cristelo aguarda autorização da Entidade Flo-restal

Outro dos assuntos abordados pelo vereador socialista prendeu-se com o impasprendeu-se verifi cado na obra da ecovia de Cristelo que segundo o vereador se enontrada parada. Mais uma vez foi o verea-dor Mário Patrício que respondeu à esta questão para explicar que o avanço da obra estava apenas pendente de uma autorização da entidade fl orestal sobre qual o ma-terial a aplicar no piso, uma vez que aquela entidade exige que seja um tapete betuminoso drenante.

Cerca de 80% da freguesia de Cristelo já está coberta com rede de saneamento básico. A informação foi avançada esta semana pela Câmara Municipal de Caminha que está a proceder à empreitada “Rede de Águas Residuais Domésticas - Freguesia de Cristelo”, que se traduz num investimento de 664.889,40 euros, co-financiado em 80%, do valor elegível, pelo FEDER.

Os trabalhos abrangem mais de sete quilómetros de rede e a construção de uma estação elevatória junto à linha do cami-nho-de-ferro. De facto, a instalação da rede de saneamento e respectiva pavimentação já está concluída em 80% das ruas da freguesia. Neste momento, faltam executar os restantes 20% e construir a estação elevatória, o que será feito brevemente. É de salientar que os cristelenses, que habitam nas ruas e lugares onde o saneamento está concluído, já podem requerer junto da Câmara Municipal a ligação das suas casas à rede de saneamento, beneficiando de uma redução de 50 por cento, até Maio, no custo desse serviço.

Recorde-se que a freguesia de Cristelo era uma das fregue-sias do concelho que não dispunha de saneamento público, uma lacuna a que o executivo decidiu pôr cobro, avançando com esta obra.

Investimento de 664.889,40 euros, co-fi nanciado

em 80% pelo FEDER

REDE DE SANEAMENTO

JÁ COBRE 80% DA

FREGUESIA DE CRISTELO

Mais de 800m de passeios estão a ser alvo de requalifica-ção pelos funcionários autárquicos na freguesia de Moledo. As intervenções representam um investimento de cerca de 15 mil euros.

Em algumas ruas, as obras estão a ser feitas devido à colo-cação de iluminação pública. Na zona junto à praia, as obras são de melhoramento. Alguns passeios foram ainda alargados. Os trabalhos nesta freguesia estão a decorrer há cerca de dois meses, por quatro funcionários da autarquia. O recurso a mão-de-obra da Câmara é, segundo a autarquia, “uma forma de di-minuir para mais de metade o preço das intervenções em curso”.

PASSEIOS EM

MOLEDO ESTÃO A SER

REQUALIFICADOS

(6)

ESCOLAS

No próximo dia 19 de Janeiro de 2011, pelas 15h30min, rea-lizar-se-á a 2ª Eliminatória das XXIX Olimpíadas Portuguesas de Matemática organizada pela Sociedade Portuguesa de

Mate-XXIX OLIMPÍADAS PORTUGUESAS

DA MATEMÁTICA

ALUNOS APURADOS PARA A 2ª ELIMINATÓRIA

mática (SPM), tendo sido apu-rados sete alunos da EB2,3/S de Caminha.

Ana Raquel Alves (8ºA) - Ca-tegoria A

Francisco Gomes Terra Esteves

de Gouvêa (8ºB) - Categoria A Mónica Ariana Ribeiro Fernan-des (9ºC) - Categoria A

João Martinho Ribeiro (12ºB) - Categoria B

João Pedro Duarte Loução (10ºA) - Categoria B

Rafael Lages Ribas (12ºB) - Categoria B

Maria Eduarda Rodrigues (7ºD) - Categoria JUNIOR

Esta 2ª Eliminatória apresenta-se como uma final regional, que decorre em algumas escolas do país e para a qual os alunos são seleccionados através de uma 1ª Eliminatória constituída por uma prova com a duração de duas ho-ras.

As Olimpíadas Portuguesas de Matemática (OPM) são, como o próprio nome indica, um concur-so de problemas de matemática, dirigido aos estudantes dos 2º e 3º Ciclos do ensino básico e Secundário, que pretende essen-cialmente desenvolver o gosto por esta área do conhecimento. Segundo a SPM, os problemas propostos nestas provas fazem sobretudo apelo à qualidade do raciocínio, à criatividade e à ima-ginação dos estudantes e são fac-tores importantes na determinação das classificações o rigor lógico, a clareza da exposição e a elegância da resolução.

Tal como é expresso no re-gulamento das OPM, outro ob-jectivo do concurso é a detecção precoce de vocações científicas, em particular, para a matemática, verificando-se que muitos dos vencedores de edições têm inicia-do carreiras científicas bastante prometedoras.

No passado dia 5 de Janeiro, te-ve lugar, no auditório da E.B.2,3/S de Caminha, a primeira eliminató-ria, a nível de Escola, da 5ª Edição do Concurso Nacional de Leitura. Esta actividade visa promover a leitura numa vertente lúdica, estimulando a sua prática entre os alunos do 3º Ciclo do Ensino

PRIMEIRA FASE DA 5ª EDIÇÃO DO

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

Básico e do Ensino Secundário e ainda avaliar a leitura de obras literárias pelos estudantes desses graus de ensino.

Dos oitenta e sete alunos par-ticipantes, do sétimo ao décimo primeiros anos, foram apurados os discentes: Catarina Lopes Mei-xeiro Barrocas, 7º A; Ana Raquel

Almeida Mamede Alves, 8º A; Ana Rita Sousa Pereira, 9º D; Alva Capón, 10º D e Mariana Laranjei-ra, 11º A.

Os vencedores desta eliminatória passam à segunda fase, a nível dis-trital, a decorrer em Março/Abril, numa biblioteca municipal a de-signar pelos responsáveis do PNL.

1-Sendo o jornal O Caminhense um

or-gão de comunicação social vocacionado

para servir a comunidade do concelho de

Caminha a da região Alto Minhota,

nome-adamente, prestando informação sobre os

mais variados domínios da vida social e

colectiva, o seu Estatuto Editorial rege-se

por parâmetros de deontologia e de ética

inerentes ao serviço público que se propõe

prestar:

1.1 O jornal O Caminhense informará

sempre com rigor, isenção e objectividade

garantindo independência política, religiosa

e económica.

1.2 O jornal O Caminhense promoverá

o pluralismo na informação que edita e

publica.

1.3 O jornal O Caminhense tratará de

igual modo as informações políticas e

sin-dicais, credos religiosos e agentes

econó-micos, com total respeito pela liberdade de

informar e de quem informa.

1.4 O jornal O Caminhense pautará a sua

actividade pela defesa dos interesses do

concelho de Caminha, bem como da região

onde está inserido, prestando particular

interesse às suas carências e dificuldades,

à defesa do meio ambiente e de todos os

valores culturais, promovendo a

preserva-ção de todo o seu património e da

identi-dade do nosso concelho sem esquecer as

comunidades portuguesas desta região a

residir no estrangeiro.

1.5 O jornal O Caminhense prestará a

sua melhor atenção aos aspectos culturais

e recreativos, apoiando-os, divulgando-os

e promovendo-os.

2- Compromisso

Compromete-se o jornal O Caminhense

a respeitar os princípios deontológicos da

imprensa e a ética profissional, de modo

a não poder prosseguir apenas fins

comer-ciais, nem abusar da boa fé dos leitores,

encobrindo ou deturpando informação.

ESTATUTO EDITORIAL

(7)

DISTRITO

O Teatro Municipal de Sá de Miranda, em Viana do Castelo, foi no passado domingo (9 de Ja-neiro) o palco da cerimónia inau-gural das Comemorações dos 70 Anos da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). A iniciativa contou com a participação acti-va do Núcleo Regional do Norte da LPCC e o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo e de outras entidades distritais. O público respondeu positivamente ao convite da Liga, assistindo em grande número a esta cerimónia.

José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, mostrou orgulho em aco-lher a cerimónia de abertura dos 70 anos da LPCC: “Os vianenses

COMEMORAÇÕES DOS 70 ANOS

DA LIGA PORTUGUESA CONTRA

O CANCRO EM VIANA DO CASTELO

vão continuar a apoiar esta causa e as comemorações intensas deste ano”, referiu o autarca. O presi-dente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Carlos de Oliveira, apre-sentou as principais iniciativas a realizar durante todo o ano. Vítor Veloso, presidente do Núcleo Re-gional do Norte da LPCC, e José Cardoso Silva, antigo presidente da Liga, relembraram a história da instituição e toda a estrutura que apoia o doente oncológico e os seus familiares.

Após a apresentação de um vídeo institucional do Núcleo Re-gional do Norte, a cerimónia ter-minou com um pequeno repertório musical da Fundação Maestro José Pedro.

Os eventos comemorativos do 70º aniversário da Liga Portu-guesa Contra o Cancro têm como orientações estratégicas: ampliar os contactos com a comunidade, aumentar a angariação de fun-dos e valorizar o passado da Liga e dos seus Núcleos. Divulgar a imagem da Liga e o seu papel de instituição de solidariedade social; transmitir mensagens na vertente da educação para a saúde e prevenção do cancro; fomentar o apoio à investigação e à formação profissional na área da oncologia; estimular a criação de parceiras com outras entidades; e aumentar a angariação de fundos para a luta contra o cancro, são os principais objectivos das Comemorações.

Vai decorrer em Ponte de Lima, nos dias 29 e 30 de Janeiro, a 3ª edição da Verde Noivos - mostra de serviços e preparati-vos para o casamento.

Promover e dinamizar as potencialidades do tecido empre-sarial da região, nomeadamente as empresas, marcas e ser-viços relacionadas com a festa matrimonial, são os principais objectivos desta mostra.

A iniciativa aposta num evento único, que inclui variadís-simas propostas relacionadas com a indústria do casamento, desde a joalharia, animação, catering, decoração, provas de vinhos e um espaço de mesas de sonho e zonas de lazer para além dos desfiles de noivas que apresentarão as tendências para o ano 2011. A organização através desta exposição pre-tende suscitar o interesse dos potenciais casais que procuram ideias inovadoras e arrojadas para realizarem o seu casamento.

Com a presença de 70 expositores a Verde Noivos vai decorrer na Expolima.

A abertura oficial está marcada para o dia 29 de Janeiro às 15 horas. Neste primeiro dia, a feira encerra às 24 horas. No dia 30 a Verde Noivos abre às 14h encerrando às 20 horas.

VERDE NOIVOS 2011

- DE 20 A 30 DE JANEIRO

NA EXPOLIMA

(8)

DISTRITO

O Presidente da Câmara Municipal de Viana, José Maria Costa, solicitou ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, a afectação das verbas não utilizadas na ligação da alta velocidade entre Porto e Vigo para a modernização e electrifi cação da Linha do Minho (Porto-Valença). Para além desta solicitação, que seguiu também para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, o autarca pede ainda à tutela prioridade para o projecto de modernização ferroviária.

A tomada de posição do autarca surge das difi culdades torna-das públicas para o arranque e fi nanciamento da Linha de Alta Velocidade entre o Porto e Vigo mas também da necessidade de modernizar a Linha do Minho. “Entendemos que a moderni-zação/electrifi cação da Linha do Minho poderia, no âmbito das verbas previstas no QREN para a Mobilidade na Região Norte, ser afecta a este projecto, qualifi cando a mobilidade entre a Área Metropolitana do Porto e a região do Alto Minho”, refere o ofício.

José Maria Costa recorda que a modernização da Linha do Minho está prevista no Plano de Investimentos da REFER na Zona Norte e está referenciada como prioridade no PROT - Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte, sendo igualmente fundamental a integração de Viana do Castelo no “serviço de urbanos”.

Para o edil, é “urgente” a modernização e electrifi cação da linha, dotando-a das mesmas características técnicas da restante infra-estrutura que suporta a rede de comboios urbanos da CP e para que este serviços seja alargado com o mesmo grau de quali-dade e fi abiliquali-dade aos Municípios de Viana do Castelo e Barcelos. “A electrifi cação da Linha do Minho vai potenciar o aumen-to da utilização da rede ferroviária, traduzindo-se em ganhos signifi cativos na qualidade de vida e oportunidades para a po-pulação de Viana do Castelo e do Alto Minho”, salienta José Maria Costa, pedindo à tutela prioridade para este novo projecto de modernização ferroviária.

PRESIDENTE DA CÂMARA

DE VIANA PEDE AFECTAÇÃO

DAS VERBAS DO TGV

PARA MODERNIZAÇÃO

E ELECTRIFICAÇÃO DA

LINHA DO MINHO

Viana do Castelo vai brevemente passar a dispor de um Albergue de Peregrinos, dando assim apoio a quem percorre o Caminho da Costa até Santiago de Compostela ou para quem se dirige para Fátima. O anúncio foi feito na passada semana pelo Superior da Comunidade de Padres Carmelitas Descalços de Viana do Castelo, frei João Costa, durante a tertúlia “Per-egrinar e Fé”, que assinalou a abertura da Delegação da AEJ na cidade de Viana do Castelo.

A iniciativa da comunidade dos Padres Carmelitas Descalços de Viana do Castelo surge após a realização da Peregrinu’s Party 2010, no âmbito da qual se realizaram as “Reflexões Jacobeias” nas quais foram identificados alguns pontos negros do Caminho da Costa, nomeadamente em Viana do Castelo, cujo itinerário na cidade não está sinalizado, bem como pela ausência de uma infra-estrutura de apoio para os peregrinos.

O novo Albergue, que será instalado numa das alas do Con-vento do Carmo de Viana do Castelo e cujas obras de adaptação se irãoiniciar ainda este mês, terá capacidade para albergar 50 peregrinos que terão também à sua disposição uma pequena cozinha e sala de convívio.

No mesmo espaço, nomeadamente na sala “Subida ao Monte Carmelo”, funcionará a Delegação da AEJ em Viana do Cas-telo. A AEJ Viana do Castelo deverá - a partir de Fevereiro de 2011 - abrir quinzenalmente as suas portas para o desenvolvi-mento das suas actividades regulares, sendo estas: o Ponto de Convívio Temático e a entrega da Credencial do Peregrino.

Na sua essência a AEJ dedica-se a Informação & Preparação. Informar que existe o Caminho de Santiago como via milenar de peregrinação cristã, hoje itinerário ecuménico de encontro espiritual e de concórdia entre os povos. Preparar as pessoas que desejam percorrer estes itinerários com base na experiência pessoal de cada voluntário que as acolhe.

A AEJ intervém ainda em outros domínios do Caminho de Santiago, tais como: na hospitalidade; no estudo, reconhecimento e sinalização de itinerários de peregrinação; na organização de peregrinações ou na organização de eventos.

VIANA VAI TER ALBERGUE

PARA PEREGRINOS

A Câmara Municipal de Mon-ção inscreveu uma verba de 1.306.946,00 euros no Orçamento e Plano Plurianual de Investimen-tos do presente ano, documenInvestimen-tos aprovados por maioria na Assem-bleia Municipal do passado dia 22 de Dezembro, para as 80 colec-tividades culturais, recreativas, sociais, religiosas e desportivas existentes no concelho.

De acordo com o vereador do pelouro da cultura, desporto e ac-ção social, Augusto Domingues, o apoio pretende incentivar e valo-rizar a componente associativa do concelho, assegurando, ao mes-mo tempo, uma actividade per-manente de iniciativas culturais, desportivas e recreativas e uma

MONÇÃO APOIA COLECTIVIDADES

COM 1,3 MILHÕES DE EUROS

Verba, distribuída por transferências correntes e de capital, tem como fi nalidade

in-centivar e valorizar a componente associativa no concelho, apoiando a actividade

regular das 80 colectividades existentes.

saudável ocupação dos tempos livres dos jovens monçanenses.

“Não existe uma verdadeira po-lítica cultural, social e desportiva sem a participação da comuni-dade” sustenta Augusto Domin-gues, prometendo “apoiar todas as associações do concelho, uma vez que, no seu conjunto, cons-tituem um património humano e imaterial importante para todos os monçanenses”.

As transferências correntes atribuídas a cada uma das associa-ções dependeram da sua dimen-são e capacidade organizativa, estando directamente relaciona-das com os encargos de ordem logística, número de associados ou praticantes e quantidade de

actividades previstas.

As transferências de capital serão canalizadas para as asso-ciações mediante apresentação de relatório de execução física e respectivos comprovativos de despesa. Paralelamente, o muni-cípio compromete-se a manter um diálogo franco e aberto com todas as associações, encaminhando e apoiando os respectivos projectos e candidaturas.

Além do subsídio fi nanceiro, o município monçanense alarga o seu apoio às colectividades concelhias com a cedência de transporte nas deslocações e disponibilidade de es-paços para a realização de eventos de ordem sócio-cultural ou para a prática de actividades desportivas. A Direcção Geral dos Assuntos

Consulares e Comunidades Portu-guesas e a Câmara Municipal de Monção celebraram, esta sema-na, um protocolo de colaboração destinado a criar um Gabinete de Apoio ao Emigrante no concelho de Monção. A cerimónia, reali-zada na Casa do Curro, foi pre-sidida pelo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga.

Após referir que 90 por cento dos portugueses emigrados acabam por regressar ao seu concelho de origem, o governante sustentou que o Gabinete de Apoio ao Emigrante

MONÇÃO CRIA GABINETE

DE APOIO AO EMIGRANTE

Estrutura tem como fi nalidade prestar apoio aos monçanenses que habitam no

estrangeiro e aqueles que regressaram à sua terra natal, disponibilizando

informa-ção credível para a resoluinforma-ção de questões pontuais e incentivando o investimento

privado no concelho.

representa “um passo fundamental” para a “reintegração dos emigrantes quando decidem regressar ao país” proporcionando-lhes “informação credível e oportunidades de inves-timento”

Sustentando que “os 136 postos de apoio entre consulados e embai-xadas espalhados pelo mundo fazem de Portugal um dos países de igual dimensão com maior presença no exterior”, António Braga realçou a janela de oportunidade que a estru-tura proporciona aos investidores e aos cidadãos, auxiliando-os na re-solução de questões pontuais e na prevenção de eventuais fraudes de

âmbito laboral.

A sua intervenção focou-se ainda nas próximas etapas do gabinete de apoio ao emigrante. Por um lado, a disseminação do gabinete em todo o território nacional. Por outro, a abertura, a breve prazo, de uma pla-taforma electrónica na rede global, onde os cidadãos poderão “lançar” perguntas e dissipar dúvidas.

O presidente da Câmara Muni-cipal de Monção lembrou que a lo-calidade raiana, além de “Berço do Alvarinho e Vila Termal”, é uma ter-ra preocupada com a solidariedade, conforto e bem-estar das pessoas que nasceram e habitam no concelho.

José Emílio Moreira adiantou que o município sempre encarou as questões dos emigrantes com muita atenção e carácter prioritário, realçando que a nova estrutura, ao facilitar a ligação com a Direcção-Geral Assuntos Consulares e Comu-nidades Portuguesas, vai permitir “optimizar esforços e acelerar as respostas”, potenciando “a atrativi-dade empresarial do concelho junto dos emigrantes que regressam à sua terra”.

Entre outras particularidades, o protocolo estabelece que compete ao organismo governamental dar formação profi ssional aos funcioná-rios destacados pela autarquia para o gabinete de apoio ao emigrante, prestar o respectivo apoio técnico, e responder a todo o expediente encaminhado pelo serviço.

Por sua vez, a Câmara Munici-pal de Monção responsabiliza-se por encontrar um espaço digno e de fácil acesso para a criação e manutenção da estrutura, bem como garantir resposta a todas as solicitações. O presente protocolo vigora durante três anos.

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DISTRITO

O Presidente da Câmara Mu-nicipal de Viana do Castelo ma-nifestou esta semana, em ofício enviado ao Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, “preocupação e mesmo oposi-ção a todos os projectos que vi-sem retirar autonomia de gestão, eficácia nas decisões e perda de importância de um porto que é fundamental para a economia lo-cal e regional”.

Em causa está a possibilidade de fusão da gestão dos portos nu-ma só entidade, unu-ma situação que o autarca recusa, tanto mais que o Porto de Viana cresceu cerca de trinta por cento em 2010, re-gistando um movimento de 524 mil toneladas e, por conseguinte, revelando que o actual modelo

CÂMARA DE VIANA CONTRA

LIMITAÇÃO DE AUTONOMIA DO

PORTO DE VIANA DO CASTELO

“está a dar os primeiros passos com resultados animadores e for-tes expectativas a comunidade local e portuária”.

No ofício, José Maria Costa recorda que a Administração do Porto de Viana possui um modelo de gestão que, de acordo com as orientações estratégicas para o sector marítimo portuário, “foi bem acolhido pela Autarquia e pela comunidade portuária, vi-sou obter uma solução orgânica assente numa gestão empresarial, apostando na proximidade e afi-nidade, potenciadora de sinergias e economias de escala e comple-mentaridade entre portos”.

Lembrando que a união do por-to de Viana do Castelo ao Porpor-to de Leixões permitiu uma mais-valia

na racionalização de recursos e criou uma visão de gestão portuá-ria, a Câmara Municipal defende a manutenção do modelo actual, que classifica como “potenciador da afirmação do sistema logístico nacional, através da integração do porto de Viana do Castelo com a prevista plataforma logística regional e a ligação à plataforma polinucleada de Leixões”.

Por essa razão, José Maria Cos-ta apela à tutela para que continue a apoiar o actual modelo, tal como o fez na apresentação pública do Plano Estratégico do Porto de Viana do Castelo, garantindo a sua oposição a uma mudança no modelo de gestão que não valo-rize a aposta na proximidade e na autonomia de gestão.

O Tribunal de Valença marcou para 31 de Janeiro (9h30) as alegações finais do caso do desaparecimento do empresário galego Guillermo Collarte ocorrido há 12 anos em Valença, após uma deslocação para uma reunião de negócios com dois sócios espanhóis e um antigo vereador do CDS na câmara local, José Lopes Rodrigues. Esta semana decorreu a última sessão do julgamento iniciado há cerca de dois meses com a audição de quatro testemunhas, entre as quais o filho mais velho do de-saparecido que tem o mesmo nome do pai. Guillermo Collarte filho revelou que um dos arguidos no processo, o empresário da construção civil, Luis Lavandeira lhe terá sido referenciado pela Guardia Civil espanhola como sendo “suspeito de homí-cidio do genro (morto com um tiro na cabeça) e tráfico de droga” na altura de um primeiro sequestro do pai, meses antes de desaparecer misteriosamente em Portugal. Segundo o seu testemunho, a polícia espanhola terá por isso desaconselhado qualquer contacto de Collarte pai com aquele seu sócio, a partir do momento em que foi formalizada uma queixa pelo rapto ocorrido na Galiza em Agosto 1998 e em que lhe foi exigido sob a ameaça de morte o pagamento de 150 milhões de pesetas no prazo de dez dias. Além de Lavandeira é também arguido neste caso, um outro sócio Gerardo Torres, que Guillermo Collarte filho classificou como sendo seu “melhor amigo” à altura dos factos e do qual diz não ter motivos palpáveis para dele sus-peitar. No banco dos réus senta-se ainda Vitor Pereira Barreto, acusado de executar o rapto a mando dos sócios de Collarte e do ex-vereador português. Os arguidos, acusados do crime de sequestro que tem uma moldura penal que vai de 2 a 10 anos de prisão, mantiveram-se em silêncio durante o julgamento.

Em causa o sequestro do empresário de Ourense (Galiza), na altura com 72 anos, a 5 de Outubro de 1999 em Valença em circunstâncias ainda por esclarecer. Guillermo Collarte desapareceu sem deixar rasto 14 meses depois de um primeiro rapto ocorrido na Galiza e na sequência de uma deslocação de negócios a Portugal na companhia de Gerardo Torres, que o foi buscar à sua residência em Patos (Galiza). Guillermo Collarte foi declarado morto em Espanha há cerca de meio ano.

Ana Peixoto Fernandes

Está patente ao público no Foy-er da Casa das Artes de Arcos de Valdevez, uma exposição de pin-tura de João Marrocos e António Porto. Dois artistas amigos que desde muito cedo se dedicam a esta Arte e apesar de terem estilos bastantes diferentes - João utiliza principalmente o acrílico sobre tela e é paisagista, fi gurativo, real-ista, optimista e colorido; António pinta em óleo sobre tela e tem uma vertente mais surrealista - não se inibem de mostrar as suas obras conjuntamente e de dar a conhecer ao Mundo a forma distinta como cada qual o vê.

João Marrocos diz pintar os aspectos bonitos da Vida e alguns dos seus momentos mais mar-cantes, como é exemplo o quadro a “Matança do Porco”, onde retratou o seu pai e cunhado, neste

episó-dio tão característico das terras nortenhas, ou os retratos de Ruas e Praças dos locais por onde passa. “Tento captar o que de mais bo-nito o mundo nos oferece, sendo exemplo as paisagens do Norte de Portugal, o dia-a-dia do povo Por-tuguês e aquilo que é mais típico da Região. A maior parte dos meus quadros são reais... Retratam pes-soas da minha Aldeia ou da Aldeia vizinha ou ainda momentos vivi-dos por eles. Com a minha Arte tento esquecer as desgraças que todos os dias acontecem em toda a parte e nos são mostradas na televisão ou nos jornais e mostrar o que de bom a Vida tem para oferecer”, adiantou.

Já António Porto transporta para os seus quadros uma visão “mais negra” e forte da realidade. Neles retrata a descriminação da

Mulher, da Religião e da Política, assim como os fantasmas e espíri-tos que rodeiam a sociedade. Para esta mostra os artistas trouxeram obras recentes, elaboradas entre 2009 e 2010 - “Estamos sempre a criar e esforçamo-nos por ter sempre obras novas em cada ex-posição que realizamos”, referiu João Marrocos.

Os trabalhos poderão ser vistos até ao próximo dia 30 de Janeiro na Casa das Artes concelhia, no entanto a agenda dos dois artistas já se encontra bastante repleta, estando já a preparar a próxima exposição que, terá lugar de 6 a 17 Março, no Porto, e é organizada pela Ordem dos Médicos. Depois, entre outros locais, passarão por Ponte de Lima, Sul de França, Caminha, Valença e Vila Nova de Cerveira.

JOÃO MARROCOS E ANTÓNIO PORTO EXPÕEM

NA CASA DAS ARTES EM ARCOS DE VALDEVEZ

ALEGAÇÕES FINAIS DO

CASO COLLARTE MARCADAS

PARA 31 DE JANEIRO

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O barão Von Trapp, um viúvo, go-verna a sua casa próximo de Salzburgo como o navio que outrora comandou. Tudo muda quando Maria chega do convento para ser a nova governanta dos seus sete filhos. As suas brincadeiras pelas colinas inspiram todos a cantar e encontrar alegria nas pequenas coisas. Com um renovado sentido para a vida, o barão gere um partido para introdu-zir novas fianças. Maria reconhece que não quer ser freira e casa com o barão. O final feliz é ameaçado quando novos governadores alemães da Áustria querem o regresso do barão ao serviço militar…

Caminha reviveu no passado sábado esta história que ao longo dos anos tem atravessado gerações.

O espectáculo musical “Música no Coração”, interpretado por 68 elemen-tos da Academia de Música Fernandes Fão, arrancou fortes aplausos da vasta plateia que no passado sábado se dirigiu ao Pavilhão Desportivo Municipal de Caminha para assistir a este clássico.

O espectáculo, baseado no livro au-tobiográfico de Maria Von Trapp, é um dos maiores sucessos teatrais e cinemato-gráficos de sempre. Sucesso que também se confirmou em Caminha, cujo espec-táculo ficará, certamente, na memória das pessoas que assistiram.

“Uma noite mágica”, “um espectácu-lo sublime”, “um musical encantador”, foram e são as palavras de ordem sobre este musical, tal como se pode ler nas redes sociais, e eram esses também os comentários que se ouviram da boca das mais de 500 pessoas que assistiram a este espectáculo.

Organizado pela Academia de Música Fernandes Fão, a direcção ficou a cargo de Pedro Lamares. “Música no Coração” contou também com o apoio da Câmara Municipal de Caminha.

Musical foi interpretado por alunos e professores da Academia de Música Fernandes Fão

“MÚSICA NO CORAÇÃO”

ENCHEU PAVILHÃO MUNICIPAL DE CAMINHA

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Musical foi interpretado por alunos e professores da Academia de Música Fernandes Fão

“MÚSICA NO CORAÇÃO”

ENCHEU PAVILHÃO MUNICIPAL DE CAMINHA

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P Á G I N A D O L E I T O R

Há todo o interesse em conhe-cermos, a nível histórico, a evo-lução que sofreu, com o decorrer dos séculos, a nossa organização a nível local.

Dos diversos povos que estive-ram na península Ibérica o período romano foi aquele que nos deixou maiores raízes, a todos os níveis, e que coincidiu com a cristianiza-ção do Península, século III e IV, formada por dois Países Espanha e Portugal. Esta foi a época mais profícua tanto no aspecto de or-ganização administrativa, como no campo do conhecimento e do desenvolvimento da língua.

A ocupação árabe foi um pe-ríodo amplo, mas que, não in-fluenciou grandemente os povos autóctones relativamente a esses domínios referenciados.

Com a reconquista, os árabes começaram a sair da Península e, por volta de 1249/1250, se con-solidou a formação de Portugal. A organização herdada era muito incipiente. Começa então a reorganizar-se com base na exis-tência de povoações de carácter defensivo ou de acesso difícil, a fixação das populações nas pro-ximidade dos terrenos férteis, das explorações de minerais acompa-nhadas de locais de culto, etc..

Os núcleos urbanos vão au-mentando, organizando-se em comunidades de fieis à volta das igrejas, germinando assim as pa-róquias que, inicialmente, não se circunscreviam a áreas geo-gráficas definidas. Com o correr dos tempos começa a existir essa demarcação mais vincada entre povoações.

Nessas épocas havia poucos habitantes a saber ler e escre-ver com acesso ao conhecimen-to. Era o Pároco e pouco mais; por isso, era normal que fosse a pessoa mais importante, tanto no aspecto religioso como em conhecimentos.

Os tempos, porém evoluem. E já em finais do século XIX existia um rol de Ancorenses evoluídos e outros, que além disso, também tinham feito fortuna noutros pa-íses distantes. Situação que se verificou um pouco por todo es-te Portugal e que também se fez sentir nesta freguesia aconteceu um pouco por este Portugal.

Este fim de século é de

vira-OS PODERES E O BEM COMUM

gem e de evolução da sociedade de então com o aparecimento de novas ideias do modo quanto ao modo de funcionamento dum País, não só no que respeita ao Governo Central mas também do Regional e local. É um período de avanços e recuos.

Surge o liberalismo, que repre-senta para as freguesias um tempo de mudança. Dá-se nas paróquias a transição de circunscrição ecle-siástica de então para o modelo administrativo dos tempos de hoje. Em 1830 tem início o proces-so evolutivo que gerou o actual poder autárquico.

É neste ano que são criadas as juntas de paróquia, que de-têm atribuições quanto ao culto religioso e que tem o direito de gerir os interesses essencialmente locais; neste caso, podiam cuidar da conservação de fontes, pontes, caminhos, baldios, e podiam cui-dar da saúde publica e velar pelas escolas do ensino primário.

O decreto de Julho de 1835 veio reorganizar a divisão admi-nistrativa do País e criou a junta de paróquia com a atribuição das suas funções especificas.

Por legislação de 1840 as jun-tas de paróquia deixaram de fazer parte da organização adminis-trativa. A situação manteve-se assim até 1867, ano em que se realiza uma nova reforma admi-nistrativa, que vai criar de novo a paróquia civil, com as funções de gerir os interesses das populações incluindo-se os relacionados com os bens da igreja.

Em 1878 é publicado novo códi-go administrativo que vem consa-grar, a partir daí, a freguesia como autarquia local. Portanto, só nesse ano é que “a freguesia ou paróquia entra a fazer parte, defi nitivamen-te, da organização administrativa portuguesa “ Diogo

Freitas do Amaral «Curso de Direito Administrativo”

De 1878 a 1910 são publicados diversos códigos administrativos, que evidenciam um percurso de consolidação da freguesia como autarquia local, como “entidade administrativa, mantendo no en-tanto ligação à igreja, da qual só viria a afastar-se na vigência da Primeira República”.

Em 5 de Outubro de 1910 é implantada a República. Nos pri-meiros tempos de funcionamento, a Republica, esta pôs em prática o Código Administrativo de 1878, com algumas condições.

Em Abril de 1911 é publicada a Lei de Separação da Igreja do Estado.

1916 - Tem se tentado criar uma certa confusão entre as de-signações de Junta de Paróquia e Junta de Freguesia. Porém, essa é desfeita com a publicação da Lei 621 de Junho de 1916 onde diz que “As paróquias civis pas-sam a ter a denominação oficial de freguesias, designando-se por

«Junta de Freguesia» o corpo administrativo até agora denomi-nado junta de paróquia”

Em 1928 é dada autorização “que à corporação fabriqueira do culto católico da freguesia de Gontinhães (Vila Praia de Âncora) concelho de Caminha, distrito de Viana do Castelo, sejam entre-gues, em uso e administração, a igreja paroquial e as capelas de S. Brás, do Calvário e da Senhora das Necessidades com suas de-pendências, móveis, paramentos e alfaias, e a água da presa do Real, bens estes oportunamente arrolados por efeito da lei de 20 de Abril de 1911”.

No que respeita ao Monte Cal-vário, a reorganização deste local iniciou-se em 1904, pois na altu-ra esse sitio resumia-se a pouco mais que a Capela de S. Salvador do Mundo.

Nesse ano, uma gesta de Anco-renses “amantes e conhecedores deste local, tanto no aspecto reli-gioso como por ser uma lindíssima elevação de onde se desfrutava um belo panorama, onde os frequenta-dores desta praia afl uíam, decidem mudar o rumo da história desta zona”. As melhorias foram inúme-ras, e desenvolveram-se por muitas décadas com o esforço e empenha-mento de comissões de obras.

As comissões, que exerceram uma actividade profícua no Monte Calvário, foram autorizadas ou nomeadas pelas Juntas de Paró-quia, depois designadas por Juntas de Freguesia, que já nesse ano eram entendidas como autarquia local e civis.

Há que saber entender e acatar de boa fé, sem qualquer sofisma, esta evolução do nosso funciona-mento autárquico e da legislação do nosso País.

A CDU reconhece que, no que respeita ao Monte Calvário, há vários problemas a ter em conta. Antes de mais, há que ter pre-sente que as Comissões de Me-lhoramentos do Monte Calvário foram autorizadas, indigitadas ou tomaram posse perante executi-vos, quer da Junta de Paróquia quer da Junta de Freguesia, que não são essencialmente de cariz eclesiástico.

Auxiliaram, apoiaram e dina-mizaram obras de índole religiosa, mas isso não quer dizer que esses sejam pertença da parte civil, as-sim como o contrário.

Quanto ao testamento da

doa-ção do benemérito Celestino Fer-nandes, a CDU lembra que foi este lavrado em 1906 e oficializado a sua entrega depois da sua morte que ocorreu em 24-10-1911. Em 16-06-1912 os familiares entre-gam esse documento na sessão da Junta de Paróquia desse dia.

Nós, CDU, compreendemos que o benemérito podia ter al-terado o seu testamento depois da implantação da República em 1910, mas não o fez. Poderia tê-lo feito depois da publicação da Lei da Separação do Estado da Igreja em 20-04-1911 e não o fez. Quem somos nós para reinterpretar essa vontade indesmentível?

Não vamos dizer que, por se ter autorizado a extracção, nessa bou-ça do granito sufi ciente para 348 metros para degraus e 76,6 metros de capas para o escadório, que a bouça é propriedade eclesiástica.

Em referência a esse mesmo terreno, e pelo facto de aí se ter construído em 1926/1927 uma casa que se designa por casa de sessões, não se pode dizer que é propriedade eclesiástica.

A mesma lógica se segue quan-to à implantação em 1985, numa zona junto ao escadório de acesso ao Cruzeiro do Roque, da Imagem de Nossa Senhora de Fátima e dos Três Pastorinhos querendo agora uma ampla área de terreno..

O mesmo principio se mantém no caso do Cruzeiro luminoso implan-tado num terreno dum particular.

É bom esclarecer que o patri-mónio da Fabrica da Igreja de Vila Praia de Âncora, no Monte Calvário é formado pela Capela de S. Salvador do Mundo, Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, Cruzeiro do Roque e correspon-dentes escadórios e ainda o Cru-zeiro de Bulhente, a Imagem de Nossa Senhora de Fátima e dos Três Pastorinhos e o púlpito (o que resta) que estava encastrado na frente da Capela. Em finais do século passado a Fábrica da Igreja comprou um pinhal situado a Poente da estrada de acesso ao Monte Calvário.

A CDU, com esta abordagem, tem um objectivo: ajudar os Anco-renses a compreender a evolução administrativa portuguesa e seu enquadramento com as Comissões de Obras e Melhoramento do Cal-vário que se iniciaram em 1904. A pertinência deste esclareci-mento prende-se com as exigên-cias da Fábrica da Igreja Paroquial de Vila Praia de Âncora face à necessidade da construção das capelas mortuárias para servirem a população desta Vila.

Em 1996 a Junta de Freguesia apresentou um projecto referente à ampliação do cemitério, e já nessa altura o estudo previa a construção das casas mortuárias, porque já se fazia sentir essa carência. Essas instalações, então previstas, teriam a fachada principal virada para a Rua Padre Pereira Lima.

A ideia parece não ter mereci-do uma opinião geral favorável, e ter-se à pensado em optar por outro sitio que aglutinasse maior consenso.

Outra localização foi apontada, que para muitos parece ser mais favorável, situa-se na área a Po-ente do passal, mas virada para a

rua Cónego Bernardo Vaz. Para o efeito era necessário destacar 200m2 para se implantarem as necessárias casas mortuárias.

As exigências por parte da Comissão Fabriqueira tomaram aspectos exorbitantes e a Assem-bleia de Freguesia não chegou a deliberar.

Senão vejamos o que preten-dem pela troca de 200m2 no pas-sal: área onde está implantada a imagem de Nossa Senhora de Fátima e Pastorinhos - 1404m2, bouça onde está o parque infantil, bancos, mesa em granito, cruzeiro de Bulhente, etc - 2037m2 e o edifício da casa de sessões da Co-missão de Obras e Melhoramentos do Monte Calvário. Consideram já como seus um pinhal adquirido pela Comissão de Obras em 1947 e a área ajardinada anexa ao es-cadório de acesso à Gruta de N. Senhora de Lourdes que totalizam uma área de cerca de 1350m2.

Reconhecemos que o edifício mortuário é uma necessidade nos dias de hoje, e que iria ao encontro dos desejos de todos os Ancoren-ses, sejam eles católicos ou não. A CDU entende que esta é uma iniciativa que, de modo nenhum, deverá ser passível de aproveita-mentos especificamente materiais, e condena que o venha a ser.

A CDU considera ser procedi-mento digno e nobre que uma insti-tuição, como a Comissão da Fabri-ca da Igreja desta Vila, sensível aos reais interesses da grande maioria da população (que pertence à co-munidade católica) saiba apoiar e promover a prossecução destes com o seu contributo possível e efectivo, não complicando mas sim facilitando, cedendo se necessário (e só quando mesmo necessário) algo do seu património, com sen-tido de desapego dos míseros bens terrenos, já que a autarquia local assumirá como sempre a sua cota parte material para satisfação do superior interesse da população no seu todo.

De igual modo também a socie-dade civil, governos e autarquias tem vindo, ao longo dos anos, a apoiar e a contribuir para múl-tiplas iniciativas de incidência religiosa, ora com valores mo-destos ora mais avultados, sem mesquinhez e sem exigência de contrapartidas, num gesto de co-laboração positiva e activa.

A CDU deseja e espera que seja possível em diálogo sereno e sensato, entre entidades civis e religiosas a ambicionada colabo-ração materialmente desprendida, na base da compreensão, uma vez que se trata de bens comuns do interesse público, como é a cons-trução das casas mortuárias sem que daí resulte qualquer benefi cio privado para ninguém. Para que essa estrutura funerária seja uma realidade, a curto prazo, ao serviço de toda a comunidade ancorense.

Com este esclarecimento geral, que se impunha, fica bem vinca-da a posição vinca-da CDU, que muito deseja ver solucionado este justo anseio, que é imperativo dos nos-sos tempos e que constitui um le-gitimo interesse desta população.

CDU Janeiro de 2011

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P Á G I N A D O L E I T O R

No inicio de 1904, uma vintena de moradores da freguesia de Gon-tinhães, mais tarde designada por Vila Praia de Âncora, cotizaram-se na quantia de 10$000 reis cada um, autorizados pela Junta de Paróquia local, número de moradores que se elevou para vinte e cinco pouco tem-po detem-pois, conduzindo ao arranque do empreendimento de arranjo e embelezamento do Monte Calvário.

Esse grupo de pessoas, generosas e bairristas, tocados, é de supor, pelos ideais da república, que então germi-navam por todo o País e deixou raízes em Vila Praia de Âncora, estariam longe de pensar que ao arrepio da história e passados cem anos, uma entidade de carácter religioso pu-desse, neste momento, duma forma descabida e arrogante, pressionar um órgão democrático, a Assem-bleia de Freguesia, para que esta última aceite uma troca de terrenos, escandalosamente lesiva para todos os Ancorenses. Os bens de carácter civil são pertença de todos nós, e os do Monte Calvário em particular,

O MONTE CALVÁRIO

RAZÕES PARA ACORDAR

pelos traços históricos, culturais, e ambientais que lhe estão associados, devem permanecer sem sombra de dúvida, na alçada da Assembleia de Freguesia - Junta de Freguesia.

Estes órgãos democráticos são representativos de toda a população ancorense e por nós escrutinados de quatro em quatro anos.

O NUCEARTES – Núcleo de Estudos e Artes do Vale do Ânco-ra, defende que o Monte Calvário deve ser objecto de um estudo sério e abrangente, de forma a defi nir as linhas de orientação futuras que garantam a protecção de todo o pa-trimónio que lhe está associado.

Os equipamentos que existem no local, tais como, o parque infantil, o bar/restaurante e a casa das ses-sões no 1º andar do edifício, onde se reunia a Comissão de Obras do Monte Calvário, não podem ser ne-gligenciados pela autarquia local, pois em nosso entender, só essa entidade deve zelar com efi cácia por estes bens públicos.

As obras avulsas, como o muro

Tendo a Fábrica da Igreja de Vi-la Praia de Âncora sido confrontada com a publicação de notícias em que é visada, relativas à questão do Monte do Calvário na qual é parte interessada, notícias essas que con-têm inexactidões e omitem factos necessários ao cabal esclarecimento público, vem por este meio prestar os esclarecimentos que se seguem, no exercício do direito de resposta que lhe assiste:

1-No ano de 1904, cotizaram-se 25 moradores desta freguesia com a quantia de dez mil réis cada um para dar início às obras mais necessárias no adro e capela do Salvador do Mundo (...) e a 24 de Abril, em assembleia-geral desses iniciadores, foi eleita a Comissão Administrativa da Capela de S. Salvador do Mundo e do local do Calvário determinando-se que se começasse pelos muros e regula-rização do adro e depois se cons-truísse o escadório, levantado à custa de pedra retirada da bouça adjacente. À frente dos destinos da Junta da Paróquia de então esteve o Abade Cónego Bernardo Vaz, desde 1895 a 1910.

2- A referida bouça foi legada em testamento por Celestino Mar-tins Fernandes, em 28 de Junho de 1906. Grande benemérito e filantro-po desta terra e elemento destacado da mesma Comissão, deixou um importante legado à comunidade, de cariz eminentemente religioso,

O MONTE DO CALVÁRIO

- VILA PRAIA DE ÂNCORA

do qual se destacam os seguintes aspectos:

(....) Deixa à Junta de Parochia da freguesia de Gontinhães um conto e quinhentos mil reis para comprar títulos de juro (...) e com o rendimento destes títulos socor-rerá os pobres mais necessitados da mesma freguesia e fornecerá aos indigentes da mesma freguesia, quando falleçam, caixão fechado e missa de corpo presente, deven-do os socorros aos pobres serem distribuídos em géneros em duas epochas (....) sendo a primeira na véspera do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo e a segunda na véspera da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Christo (...);

Deixa à mesma Junta de Paro-quia uma bouça de mato sita no lu-gar do Calvário para o alargamento do adro da Capela, ou para parque, ficando ao dispor da Comissão de Obras do mesmo Calvário, pre-sentemente eleita, resolver o que melhor julgar em benefício das mesmas obras e embelezamento do local, porém se ao falecimento dele testador a referida comissão estiver dissolvida, então, resolverá o pároco da mesma freguesia, mas sempre em harmonia com a vontade dele testador aqui expressa;

Deixa à referida Capela do Cal-vário, a quantia de 100$000 réis pa-ra ser aplicada em reparos internos e externos da mesma capela; (....) deixa à Capela de Nª Sª das

Neces-sidades 250$000 para a construção do altar e imagem do Coração de Jesus (...) ou fundo destinado a custear as despesas com o culto divino da mesma Capela; (...) e re-comenda ao mesmo Cónego Abade a sua maior atenção e desvelado cuidado na administração do ren-dimento dos títulos (....); nomeia testamenteiros em primeiro lugar a sua mulher, em segundo o cunhado Miguel Nuno da Silva e em terceiro o Cónego Abade;

3- As Juntas de Paróquia foram criadas em 1830 com o objectivo de cuidarem da conservação do edifício da igreja e das despesas do culto divino, bem como receberem as esmolas e administrarem os ren-dimentos particulares da freguesia aplicando-os à fábrica da igreja pa-roquial, à excepção das confrarias legalmente erectas. A origem mais provável da palavra “freguesia” é a derivação, por corruptela, da expressão “filis ecclesiae”, isto é, o conjunto dos “filhos da igreja”, dos crentes. As suas competências foram sendo alargadas ao longo do séc. XIX. Em 5 de Outubro de 1910 deu-se a Implantação a República, sendo substituídos os elementos da anterior Junta de Paróquia, ficando à frente da mesma uma comissão republicana.

4- Celestino Martins Fernandes faleceu no Porto no dia 24 de Ou-tubro de 1911. O seu legado foi entregue à Junta de Paróquia em 16 de Junho de 1912, protestando [esta] cumprir fielmente as indi-cações do Benemérito doador que fez entrega imediata da verba à Comissão do Calvário e procedeu no Natal seguinte à distribuição dos cabazes aos pobres, por meio de éditos na Igreja Matriz.

5- Em 24 de Outubro de 1912 foi efectuado o Arrolamento de todos os Bens pertencentes à Igreja (Igreja Paroquial, Capelas, Resi-dência Paroquial, Passal, Altares, Imagens, mobiliário, paramentos e todas as alfaias religiosas) que foram entregues provisoriamente à guarda daquela Junta de Paróquia. Cumprindo a Lei da Separação, todas as Irmandades, Confrarias e

Comissões de Culto ficaram debai-xo da tutela das Juntas de Paróquia, sendo por esta empossadas. Os bens arrolados foram, finalmente, de-volvidos à Fábrica da Igreja a 8 de Março de 1929.

6- O Estado em 7 de Agosto de 1913 promoveu a organização das paróquias civis, numa clara distinção das paróquias eclesiás-ticas, embora com o mesmo limite territorial. Em 23 de Junho de 1916 as paróquias civis passam a ter a denominação oficial de freguesias, fixando-se assim a diferença en-tre a estrutura civil (freguesia) e a estrutura eclesiástica (paróquia).

7- A Comissão de Obras foi le-vando a efeito, ao longo dos tempos obras e restauros de vária ordem. Em 1921surgem projectos ambicio-sos, dos quais se destacam a cons-trução de uma torre alta adossada à Capela do Calvário, a construção da Gruta de Nª Sª de Lurdes e a construção de um prédio junto ao adro da Capela do Calvário, “do qual se destinariam os altos a ser-vir para Casa das Sessões e Salão dos Beneméritos e os baixos para ter comidas e bebidas nos dias de festas ali”. A construção da Gruta deve-se a uma dádiva de Aniceto Pontes e a Casa das Sessões foi construída graças à angariação de fundos junto dos conterrâneos, do-ações de benfeitores e produto das esmolas da Capela e das festas do Calvário.

8 - A 26 de Agosto de 1927, em simultâneo, realizou-se a festa de Nª Sª de Lurdes e a inauguração da Gruta e da Casa das Sessões. Presidiu à mesa da cerimónia do descerramento da Galeria de Re-tratos, a convite, o Presidente da Junta de Freguesia e os Beneméri-tos Aniceto Pontes e Mário Pinho. O discurso de inauguração coube ao Padre José António Correia.

9- A questão sobre a proprie-dade do cruzeiro de S. Sebastião. Capela do Calvário e demais cru-zeiros, escadórios, Gruta de Nª Sª de Lurdes e Local de Culto Mariano, no Monte do Calvário foi alvo de processo judicial que terminou em 1991 favoravelmente

à Igreja. A resolução da questão da Casa das Sessões e da bouça, na qual foi implantada, ficou para uma segunda fase.

10- A Fábrica da Igreja em 8 de Novembro de 2009, conforme solicitação da Junta de Freguesia, fez entrega de um Parecer Jurídico sobre a definição e rectificação da titularidade desses bens, não obtendo resposta desde então.

11- Dada a necessidade impe-riosa da construção de casas mor-tuárias, reconhecida igualmente pela Fábrica da Igreja, decidiu esta colocar à disposição da autarquia o terreno necessário.

12- Dessa feita entendeu a Fá-brica da Igreja aproveitar o proces-so negocial em curproces-so para nele en-volver simultaneamente a questão da construção da casa mortuária e a questão relativa ao Monte do Calvário, ainda pendente, tendo avançado com uma proposta nes-se nes-sentido, no passado dia 06 de Dezembro.

13- A Fábrica da Igreja ex-pressou de forma vincada a sua abertura e disponibilidade para a realização de reuniões, prestação de esclarecimentos, bem como fez entrega de documentação elucida-tiva sobre a matéria. Em nenhum dos ofícios enviados, foram uti-lizados termos como “permuta” ou “troca.

14- A Fábrica da Igreja refuta os termos impróprios com que foram classificados os seus pro-pósitos e as suas iniciativas, e bem assim as considerações ambíguas utilizadas nos meios de comunica-ção social que considera atentató-rios ao seu bom-nome. Considera, igualmente, estranho que nenhum destes meios alguma vez lhe tenha solicitado esclarecimentos ou fa-cultado a possibilidade de divulgar a sua posição.

Assim, solicita-se a V. Ex.ª a publicação na íntegra do presente esclarecimento.

Vila Praia de Âncora, 06 de Janeiro de 2011

A Fábrica da Igre-ja de V.P.Âncora

à “espanhola”, junto à estrada de acesso ao Calvário, a destruição do púlpito da capela de S. Salvador do Mundo, (ainda não recuperado), o corte de árvores e a destruição do coberto vegetal em algumas áreas do monte, não podem ser toleradas. A Junta de Freguesia não pode fe-char os olhos a estes atropelos num local cuja gestão é da sua inteira responsabilidade.

O exemplo de ganância, vindo de quem vem, é claramente um sinal dos tempos. A decadência não é só económica, tem outros contornos. Os mercadores estão onde menos se poderia esperar, não se pode procu-rar a virtude na multiplicação dos bens materiais. Por isso impõe-se e exige-se que o Monte Calvário seja respeitado por todas as entidades (civis, religiosas, politicas, etc.)

Para os que se levantam à ordem do Sol, há ainda a certeza terrena de que cada nova manhã trás consigo uma frescura nova.

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