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A qualidade de vida. Vou responder para vocês, é só ler está história que vou contar.

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Academic year: 2021

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A qualidade de vida

Dentre as prioridades da maioria das instituições de ensino está a qualidade da alimentação oferecida aos seus alunos, isso por desempenhar um papel primordial no ciclo de vida e principalmente na idade escolar.

As hortas escolares contribuem de forma interdisciplinar, pois permitem a realização de atividades onde são desenvolvidos conteúdos relacionados a alimentação, ecologia e nutrição. De forma indireta, estas atividades abrangem muitas disciplina (matemática, língua portuguesa, geografia, história e etc...).

O hábito do consumo de hortaliças deve ser desenvolvido nas escolas também com a participação dos alunos, que além de perceberem a satisfação que é ver seus lanches preparados por eles mesmos, terão consciência de que estão ingerindo um alimento de qualidade, com vitaminas e sais minerais fundamentais para saúde e que eles mesmos cultivaram.

O consumo, educação alimentar e a implantação de horta nas escolas contribuem para o desenvolvimento físico e intelectual dos educandos. Após desenvolver várias atividades dando ênfase sempre a qualidade de vida, sabe o que eu gostaria de dizer com estas palavras?

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Essa história se passa em um bairro da periferia de uma grande capital no Brasil. Lá existem muitas escolas, mas entre elas, uma se destaca. Não por ser a mais bela, mas por ser a escola onde as crianças são incrivelmente felizes.

Todos gostariam de saber por que as crianças desta escola sempre ficam tristes quando as aulas terminam, elas nem querem ouvir falar dos finais de semanas, dos feriados e muito menos das férias.

Era uma maluquice querer ir para escola em vez de jogar bola, jogar vídeo-game, olhar um mega filme ou então ficar jogando conversa fora com os amigos. Isso é o que muitas pessoas ficavam pensando. No entanto, toda essa alegria tinha um motivo.

Tudo começou um certo dia, quando chegou na escola uma nova professora. Flora era uma professora sonhadora e meio maluquinha. Tinha cabelos vermelhos e usava óculos lilás, adorava as crianças e acreditava que a educação poderia mudar as pessoas e mudar o mundo!

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Sim, o mundo poderia mudar! Poderia ser um lugar melhor e mais bonito para todos nós vivermos, mas Flora sabia que ela não faria tudo isso acontecer usando apenas um quadro e giz, e muito menos colocando um aluno sentado atrás do outro como se fossem robôs.

A escola tinha um nome, mas os alunos gostavam tanto de estar lá que resolveram inventar um nome para apelidar a escola. Assim, a escola foi batizada pelos alunos de “Mundo Encantado”.

Eles escolheram esse nome porque era neste espaço que eles conquistam pouco a pouco a certeza de que eram cidadãos e que estavam no lugar certo e com as pessoas certas!

O que mais chamava a atenção nas pessoas que iam conhecer esta escola era uma horta. Era um lugar aconchegante, colorido, onde além das hortaliças que eram cultivadas se viam vários canteiros com flores, bancos coloridos e uma enorme mesa onde os alunos acompanhados de seus professores costumavam fazer piqueniques, na sombra das árvores. Mas este espaço que parecia mágico, nem sempre foi assim.

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Antes, tudo era muito diferente. Onde agora se vê uma horta, antes era um espaço ocioso, cheio de entulhos, classes e mesas velhas e só servia para juntar lixo.

A professora Flora quando chegou na escola e visualizou aquele espaço imenso sem nenhuma utilidade, ficou pensando no que poderia fazer. Depois de olhar e pensar, ela lembrou da merenda que que os alunos traziam de casa e que normalmente não havia nada de saudável.

O lanche que os alunos traziam era quase sempre parecido: bolachinhas, salgadinhos, balas, pirulitos, chocolates e refrigerante, sem contar que ainda haviam aqueles alunos que ficavam olhando os colegas comerem, e não tinham dinheiro para comprar esse tipo de lanche.

O que fazer para mudar essa realidade? Foi o que a professora pensou, e então veio uma ideia que era ao mesmo tempo brilhante e meio maluca!

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- Imaginem se as crianças cultivarem seu próprio alimento, pode ser que até consigamos mudar alguns hábitos alimentares que elas já têm!

Quando contou a sua ideia para as outras professoras, algumas deram risadas e outras disseram que ela era doida.

Flora não entendeu a reação das outras professoras, mas não se deu por vencida, pediu ajuda de alguns pais que, mesmo achando que ela estava maluquinha, resolveram ajudar.

Começaram a planejar o que precisava ser feito, para limpar toda a área, foram necessários três caminhões para retirar todo o lixo, mas quando conseguiram acabar, todos foram recompensados com um ambiente limpo.

Depois do ambiente pronto, pouco a pouco a professora foi fazendo canteiros com seus alunos e plantando mudas de hortaliças. As professoras que no inicio acharam que aquela ideia era maluca, agora também queriam participar.

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A professora Flora, que muitas vezes pensava que era uma inventora, resolveu inventar moda pintando pneus velhos e transformando-os em mesas e cadeiras.

Tudo foi ficando cada vez mai lindo, as plantinhas crescendo, bancos e mesas de pneus coloridos e as crianças eram só sorrisos.

A turminha “A37” da professora Flora demonstrou estar adorando. As crianças fizeram pesquisas ,cartazes e até um teatro que foi apresentando para as demais turmas da escola. Toda essa movimentacão não foi em vão, essas atitudes das crianças e da professora começaram a mexer com muitos de seus colegas, lembrando da importância de se ter uma alimentação saudável e de se tomar a iniciativa para que as coisas mudem e melhorem.

Logo chegou a época da festa junina da escola e toda a escola estava envolvida com a festa e na organização das barraquinhas. As barraquinhas vendiam várias coisas como pipoca, amendoim, cachorro-quente, e várias outras coisas e o dinheiro arrecadado por elas seria destinado para o passeio que as turmas fariam no final do ano.

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Como estavam envolvidos com a horta, os alunos não perceberam a aproximação da data da festa junina e vieram falar com a professora demonstrando uma enorme tristeza por não haver mais tempo suficiente para pedirem brindes para a comunidade para sua barraquinha e assim ficariam sem o passeio tão sonhado de fim de ano.

Clara uma menina linda com os cabelos cacheados os olhos igual a jabuticabas disse: Já estava até pensando professora que iria aprender a andar a cavalo, fazer um piquenique e agora tudo está perdido. Muito triste com a situação Flora viu lagrimas rolarem no belo rostinho cor de cuia de Clara.

A professora pensou e disse já estava tudo resolvido, desde que cada um de vocês tragam cinco garrafas plásticas de refrigerante vazias, até o final da semana! As crianças acharam que ela estava brincando, mas viram que era sério, como todos costumavam realizar as tarefas propostas não foi difícil arrecadar. Saíram da aula e começaram a procurar e juntar garrafas plásticas de refrigerante vazias.

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No entanto, a curiosidade de todos era evidente: como garrafas iriam resolver o problema?

Os dias foram passando e a única coisa que a turma fazia eram suas atividades rotineiras e enfeites para a barraquinha, bandeirinhas, balões e adereços. Fizeram também mais dois canteiros, os quais plantaram mudas de alfaces.

Até as crianças das outras turmas estavam curiosas para saber o que os alunos da professora Flora iriam fazer na barraquinha para angariar fundos.

A surpresa geral aconteceu três dias antes da festa! A professora chegou a escola com um pacote enorme de terra preta e disse para as crianças: Vamos ao trabalho! Pegou as sacolas com as garrafas e ensinou os alunos a cortarem e fazerem alguns furinhos em baixo. Como eram muitas garrafas, isso deu muito trabalho, mas com o trabalho concluído ela pediu que os alunos levassem todas as garrafas para a horta.

C h e g a n d o n a h o r t a , e l a e n s i n o u e l e s a transplantarem as alfaces que já estavam grandes para as garrafas, foram mais dois dias de muito trabalho, mas

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também de muita diversão. As crianças eram só sorrisos e adoraram cada etapa do trabalho.

No dia da festa todos chegaram cedo na escola para arrumar as suas barracas. A barraca da turma “A37” era a mais colorida, tinha bandeirinhas, balões e um cartaz dizendo:

HORTA SE FAZ EM QUALQUER LUGAR! POR APENAS R$2,00 REAIS LEVE PARA CASA UMA SALADA GOSTOSA E MUITO NUTRITIVA!

Os presentes não sabiam nem o que dizer, e muito menos o que pensar. Nunca tinham visto e nem ouvido falar em venda de pés de alfaces em garrafas de refrigerante recicladas numa festa junina.

Os convidados começaram a chegar e o movimento nas bancas ia aumentando. Boca do palhaço, maçã do amor, algodão-doce, rapaduras, pipocas, jogo de latas, pescaria e a banca de alface, todo mundo se divertia muito!

Ao final da festa todos estavam realizados, pois foi um sucesso absoluto, não havia sobrado nada e a

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banca de alface então, foi um show! Vendeu tudo antes mesmo da metade da festa, os participantes se renderam a beleza das alfaces de aparência nutritiva!

Quando foram contabilizar as vendas, a professora Flora e a turma “A37” constataram que a barraquinha da alface, tinha rendido R$300,00 reais! Isto é: venderam 150 mudas de alfaces!

Com o resultado da festa junina os alunos se sentiram ainda mais motivados em cuidar de sua horta que começou a abastecer a merenda escolar com alface, couve e tomates que eram plantados com todo o cuidado e consumido por eles.

O tempo passou, o final do ano letivo se aproximava e com ele o dia do passeio. Com o dinheiro que arrecadaram com a festa eles pagaram o transporte (R $100,00), a entrada da fazendinha (R$50,00) e ainda sobrou dinheiro para realizarem um piquenique (R $25,00). Com os R$ 25,00 que sobraram, a professora Flora e a turma “A37” fizeram uma festa de Natal!

Para os alunos da professora Flora foram momentos inesquecíveis pois com apenas R$0,60, valor gasto por

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um pacote de semente de alface, o qual eles semearam, cuidaram, transplantaram e venderam, atividades que realizaram com muita alegria, puderam transformar em realidade o passeio dos sonhos sem nenhum custo para as famílias! Ah! sem esquecer da mega festa de natal!

Posso dizer que vocês acabam de conhecer algumas práticas que acredito que colaboraram para a qualidade de vida dessas crianças.

Agora me diga você:

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