• Nenhum resultado encontrado

CONTRIBUIÇÃO DO CURSO NOVOS TALENTOS PARA PROFESSORES DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONTRIBUIÇÃO DO CURSO NOVOS TALENTOS PARA PROFESSORES DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 1"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

PROFESSORES DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

1

PEIL, Greice Hartwig Schwanke2 - UFPEL DIAS, Vanessa Bezerra3 - UFPEL SALLER, Aline Gonzalez 4 - UFPEL Grupo de Trabalho - Formação de Professores e Profissionalização Docente Agência Financiadora: CAPES

Resumo

A educação básica apresenta diversas deficiências no âmbito da qualidade educacional e necessita de mudanças para que o conhecimento seja gerado de forma eficiente. Se observa uma grande necessidade de aprimoramento e talvez uma “reciclagem” dos docentes, na busca por uma educação de maior qualidade. Portanto, na tentativa de minimizar os problemas na formação docente, algumas iniciativas de formação continuada para professores vêm sendo desenvolvidas. Sendo assim, um curso de formação continuada foi desenvolvido pelo Programa Novos Talentos, em Pelotas/RS, no ano de 2012. O curso foi realizado com docentes e alunos da rede pública de ensino, através do desenvolvimento de diversas atividades. Este trabalho vem relatar alguns apontamentos importantes descritos pelos professores participantes do curso Novos Talentos, referente a contribuição das atividades desenvolvidas ao longo do curso. A avaliação foi realizada através de questionários respondidos pelas participantes do curso. Inicialmente foram observadas as expectativas das professoras referente ao curso, e posteriormente, a contribuição do mesmo em relação às práticas pedagógicas, tendo um conjunto de questionários aplicados anteriormente ao curso, e outro ao final. Treze professoras participaram da avaliação, todas profissionais de Ciências Biológicas da rede de escolas públicas de Pelotas. Ao final as professoras descreveram diversos pontos positivos quanto ao desenvolvimento do curso Novos Talentos, evidenciando a importância do curso de formação continuada desenvolvido. Portanto o curso Novos

1 Este trabalho é uma versão do texto Mudanças ocorridas devido a participação dos professores de Ciências Biológicas em curso de formação continuada promovido pelo Programa Novos Talentos, publicado no Livro “Práicas em biologia: contribuições do Programa Novos Talentos/CAPES/UFPEL para a formação de

professores“.

2 Mestranda em Bioquímica e Bioprospecção na Universidade Federal de Pelotas. E-mail: schwanke.greice@gmail.com

3

Aluna Especial do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE/UFPel), Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pelotas. E-mail: vanessabd.dias@gmail.com

4 Acadêmica de Licenciatura em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Pelotas. E-mail: aline_saller@hotmail.com

(2)

Talentos produziu mudanças significativas na vida profissional e pessoal dos professores participantes, pois possibilitou a aprendizagem de novos conteúdos e metodologias em diferentes áreas das Ciências Biológicas.

Palavras-chave: Formação continuada de professores. Novos Talentos. Educação básica.

Práticas pedagógicas. Práticas em Biologia.

Introdução

A educação básica apresenta diversas deficiências no âmbito da qualidade de ensino, influenciando diretamente no conhecimento intelectual dos futuros profissionais. O modelo tradicional utilizado na educação concebe o conhecimento como um conjunto de informações que são simplesmente transmitidas dos professores para os alunos, sem aprendizado efetivo como resultado. Além disso, a educação básica tem uma grande carência de aulas práticas simples, que deveriam ser desenvolvidas para estimular e qualificar alunos. Segundo Fumagalli (1993), o conhecimento é construído a partir de aulas teóricas, práticas e vivenciadas, levando à formação de uma atitude científica e contribuindo para uma educação científica que faça parte da formação do aluno.

A partir do contexto acima, se observa uma grande necessidade de aprimoramento e talvez uma “reciclagem” dos docentes, na busca por uma educação de maior qualidade. Portanto, na tentativa de minimizar os problemas na formação docente, algumas iniciativas como, cursos de formação continuada para professores, vêm sendo desenvolvidas. A formação continuada dos docentes, segundo Vianna e Carvalho (2001), deve favorecer a reflexão do professor sobre sua prática docente e levá-lo a repensar suas atitudes como professor (AQUINO, MUSSI, 2001; GARCIA, 1995; SCHÖN, 1995).

O Ministério da Educação passou a desenvolver projetos que possam servir de suporte à formação de profissionais de magistério para a educação básica e superior, bem como para o desenvolvimento científico e tecnológico do País. Entre esses projetos, o Programa Novos Talentos (Programa de Apoio a Projetos Extracurriculares: Investindo em Novos Talentos da Rede Pública para Inclusão Social e Desenvolvimento da Cultura Científica), busca apoiar grupos de educadores comprometidos com a educação básica e incentivar universidades, centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação, museus de ciência, empresas e outras a que se unam para construir uma educação brasileira de elevado padrão de qualidade.

Nóvoa (1995) descreve que a formação deve se desenvolver a partir da articulação entre Universidade e Escola, de acordo com os interesses de ambas as instituições, deve

(3)

enfatizar aspectos técnicos, mas também de criação e deve pensar sobre o contexto ocupacional, a natureza do papel da profissão, a competência profissional, o saber profissional, a natureza da aprendizagem profissional e o currículo e pedagogia.

O Programa Novos Talentos iniciou suas atividades em 2011, e novamente foi desenvolvido em 2012, na Universidade Federal de Pelotas, RS. No ano de 2012, o projeto contou com algumas mudanças, maior número de docentes participantes, além de novas experiências e depoimentos positivos quanto a valorização do curso Novos Talentos na formação profissional dos docentes.

O projeto “Atividades Extracurriculares em Biologia” apresentou três etapas, sendo duas dirigidas a professores de Rede Pública e uma etapa para alunos do ensino médio de primeiros a terceiros anos. No projeto foram desenvolvidas diferentes atividades nas áreas de Ensino, Botânica, Ciências micromorfológicas e Microbiologia.

Este trabalho vem relatar alguns apontamentos importantes descritos pelos professores participantes do curso Novos Talentos, referente à contribuição das diversas atividades desenvolvidas ao longo do curso.

Desenvolvimento

Para identificar possíveis contribuições aos professores participantes, a partir das diversas atividades desenvolvidas, foram analisados alguns questionários respondidos pelos profissionais. Para realizar essa avaliação, inicialmente foram observadas as expectativas das professoras, referente ao curso, e posteriormente, a contribuição do mesmo em relação às práticas pedagógicas, tendo um conjunto de questionários aplicados anteriormente ao curso, e outro ao final.

Treze professoras participaram da avaliação, todas profissionais de Ciências Biológicas da rede de escolas públicas de Pelotas. Através de seus relatos, observou-se que todas conheciam a proposta e a importância do Programa Novos Talentos quanto a melhoria do ensino público.

Segue abaixo, alguns trechos oriundos das respostas das docentes, referente ao questionário prévio, ou seja, no início do curso.

“Este é o primeiro contato que tenho com o Programa Novos Talentos/CAPES/UFPel, e quando vi a proposta que era práticas em Biologia, achei muito válido o incentivo ao

(4)

professor para que possamos qualificar a nossa prática de sala de aula. As “Ferramentas” estão sendo disponibilizadas cabe ao professor utilizá-las.”

“Participei da primeira versão do curso e com certeza foi de grande importância para meu aperfeiçoamento profissional. Apliquei muito do que aprendi durante o Programa em minhas aulas no ensino médio.”

“Penso que é um programa necessário que deve ser contínuo, pois temos muita resistência dos professores em aderir cursos de formação.”

“Penso que é uma maneira de podermos analisar e buscar informações para acompanhar a mudança da nossa sociedade.”

“Pela primeira vez, estou participando de um curso em ciências que está me dando um retorno positivo. São novas visões sobre o ensino que está mudando muito rápido, e nós professores “mais antigos”, temos a sensação de estagnação, o que é muito ruim.”

“Gosto de participar do programa porque é possível executar em aula o que aprendemos no curso, além disso, os esclarecimentos sobre o ‘novo ensino médio’ foram muito úteis.”

“Acho um programa muito bom, pelo fato de que a maioria dos professores não dá sequência aos estudos após sair da graduação, tornando-se uma alternativa para maior qualidade no ensino público.”

Ao início do curso, as professoras possuíam diversas expectativas, como: buscar uma atualização, um auxílio para um melhor desempenho durante as aulas, inovações quanto as aulas práticas em diversos conteúdos e metodologias para tornar as aulas contextualizadas e interessantes, aperfeiçoamento na didática em sala de aula, troca de idéias e experiências, desenvolvimento intelectual na área prática em Biologia, aumento das habilidades e conhecimento, para melhorar práticas em sala de aula.

Todas as professoras concordaram que são necessários cursos de formação continuada para o aperfeiçoamento de práticas pedagógicas. Segundo elas:

“Essas experiências nos permitem sair da zona de conforto em que muitas vezes nos colocamos em nossa prática docente e nos atualizam para que possamos acompanhar o crescente acesso que os discentes têm à informação das mais diversas fontes.”

“(...) nós professores temos que inovar sempre (principalmente na área da Biologia) para que o ensino não seja maçante e cansativo,assim conseguiremos atingir nossos alunos para que os mesmos se tornem cidadãos críticos e exemplares.”

(5)

Quando questionadas quanto à frequência que gostariam de participar de cursos de formação continuada, 38,46% das professoras mencionam um curso por ano, 30,77% apontam que o ideal seriam cursos semestrais, 15,37% sugerem de dois em dois anos, 7,7% declararam que depende de quando o professor sentir necessidade, e 7,7% não responderam. Nessa análise, pode-se observar o quanto cursos de formação continuada tornam-se aceitáveis e prazerosos aos professores, indicando que eles carecem de atualizações e aprimoramentos no seu cotidiano. Os professores devem receber ou mesmo buscar suporte para inovar suas aulas, e principalmente rever sua didática.

Segundo Libâneo (1998) a formação continuada dos professores lhes permite reflexão sobre suas práticas, possibilitando repensar os pontos positivos e negativos de sua atuação e assim se modificar, para que a troca de experiências com o educando ocorra mais facilmente e de forma mais eficiente. Para Rodrigues e Esteves (1993), a formação continuada deve romper com o individualismo pedagógico, favorecendo a reflexão e o trabalho em grupo. A partir desta reflexão, o docente perceberá que a formação continuada o auxilia a agir como um sujeito ativo no seu espaço histórico, possibilitando seu crescimento, além de questionar sobre sua prática pedagógica.

Como nos aponta Freire (1991, p. 58), "ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática", salientando assim a importância da constante formação, como uma recriação do ser, nesse caso, voltada ao ensino-aprendizagem dos docentes. O ensino de boa qualidade, a reforma educativa, bem como a inovação pedagógica, surgem da adequada formação de professores (NÓVOA, 1992).

A seguir, os relatos das professoras, sobre a participação delas no processo de melhoria do ensino público, a partir da participação nas atividades do Programa Novos Talentos:

“Acredito que esse tipo de programa deveria ter mais incentivo e recursos para poder atingir mais professores. A forma como é elaborado vai, exatamente, ao encontro da maioria das inquietações dos professores. Também deve-se ressaltar que serve como um incentivo para a busca de mais conhecimentos.”

“O ensino público pode ser cada vez melhor, quando há o incentivo das universidades, vimos conteúdos que já conhecíamos, mas de maneira diferente, tendo um

(6)

maior estímulo dos professores para levar estes conhecimentos de forma diferente aos seus alunos.”

“Acredito que mudou muito minha forma de atuar, hoje sinto a necessidade de capacitação dos profissionais em educação com a qualidade do Programa Novos Talentos, pois os o ensino decaiu nos últimos anos por falta de atualização dos professores que não tem condições financeiras para arcarem com cursos de reciclagem com a excelência do N.T..”

“(...) na maioria dos momentos, o professor se vê tão envolto nas obrigações de cumprir currículo e lidar com o tempo escasso que deixa atividades que seriam produtivas e simples de lado. Não podemos esquecer, no entanto, que nosso principal papel é facilitar a efetiva significação do conhecimento, para que o discente possa efetivamente praticar sua cidadania e auxiliar na melhoria da sociedade em seus diversos aspectos.”

“(...) Entendo que esse programa é muito importante a medida que nos coloca de novo na sala da universidade com uma programação diferenciada onde as aulas são voltadas especificamente para que ampliemos as possibilidades de atuação na nossa sala de aula.”

Em relação às práticas pedagógicas, a maioria das professoras relatou que a partir do curso, refletiram suas práticas e modificaram suas metodologias. Para Carvalho e Gil-Pérez (1993) entre os elementos fundamentais para o professor, estão: conhecer a matéria a ser ensinada (conhecimento científico); conhecer e questionar o pensamento docente espontâneo (conhecimentos prévios dos alunos); adquirir conhecimentos teóricos sobre a aprendizagem e especificamente sobre a aprendizagem de Ciências; saber analisar criticamente o ensino habitual; saber preparar atividades; saber dirigir a atividade dos alunos; saber avaliar, aprender a pesquisar e utilizar resultados de pesquisas.

Ao observar os relatos das professoras, pode-se afirmar que o curso proporcionou:

• incentivo para buscar “novidades”;

• desenvolver com maior freqüência atividades no laboratório com seus alunos, fazendo com que sejam os protagonistas em alguns casos, realizando suas próprias experiências;

aulas com embasamento teórico “agora sei o “porque se faz assim”;

• novas práticas compatíveis com as dificuldades enfrentadas no dia a dia da escola;

• mudanças de atitude frente aos alunos, apresentando o conteúdo de forma mais clara e de fácil entendimento;

(7)

• aulas diferenciadas, onde os alunos não decoram conteúdos para realizarem as provas, são mais autônomos e houve maior participação dos alunos nas aulas;

• estímulo do professor para trabalhar na escola e desenvolver projetos com os alunos.

“É como se recebemos o estímulo que estava faltando para iniciarmos um trabalho prazeroso.”

Ao analisar os relatos, pode-se observar novas experiências, que levam a reformulação das metodologias didáticas desenvolvidas pelas professoras em sala de aula, refletindo numa forma diferenciada de transmitir os conhecimentos.

Cursos de formação continuada têm como objetivo fornecer ao professor subsídios para transformar a educação tradicional - que ensina o aluno através da memorização, há desvalorização da educação e os conhecimentos escolares não apresentam correlação com o cotidiano dos educandos - em um ambiente onde o aluno possa criar e recriar seus conhecimentos, permitindo a correlação do conhecimento escolar com o conhecimento popular e formando sujeitos com cultura científica suficiente para influenciar as decisões na sociedade.

De acordo com Vianna e Carvalho (2001, p.115),

É preciso que nosso docente, numa atividade de atualização, possa refletir sobre a sua prática, os conteúdos que ensina, aprendendo o que acaba de ser produzido, colocando-o em xeque em como introduzir os novos conhecimentos em sala de aula. Mudar a postura de nossos professores requer muito mais que acabar com o ‘ensino tradicional’ de ciências, onde a aula é transcrita no quadro-negro, seguindo uma proposta curricular tradicional elaborada coerentemente, comum em nossas escolas, com o conhecimento centrado no professor, livresco, baseada na memorização, com uma visão de ensino-aprendizagem sem levar em conta os aspectos de conhecimentos dos alunos, o da sociedade e seu cotidiano. Educação esta que é relevante para qualquer país e cidadão.

Todas as professoras apontam que após a participação no curso, sua percepção sobre o ensino de ciências e biologia na atualidade apresentou mudanças, com exceção de uma, ao afirmar que já trabalhava de forma diferenciada (trabalho mais prático e inovador) com seus alunos. Entre as diversas transformações mencionadas pelas professoras, estão:

“A atualização em biologia deve ser freqüente, visto que é uma área muito ampla e com constantes inovações. No entanto não tem sentindo apenas “receber” a informação e com o curso foi possível colocar “a informação em prática”.

(8)

“Pois é cada vez mais necessário saber utilizar a biologia para despertar o conhecimento do aluno em pesquisas, em fatos relacionados ao seu cotidiano, como por exemplo, até mesmo preparar seus próprios produtos de higiene ou alimentar.”

“... vi que posso aplicar atividades mais práticas na minha sala de aula.”

“as mudanças foram na forma de repassar os conteúdos buscando os conhecimentos prévios dos alunos valorizando os seus saberes.”

“na faculdade, há muito tempo atrás quando cursei Ciências Físicas Biológicas e matemática não tive contato com a maioria dos assuntos que foram abordados nas aulas do Programa Novos Talentos. Fiquei encantada e satisfeita pela oportunidade de assistir aulas as quais ainda não tinha tido a oportunidade de participar.”

Ao analisar os trechos acima, observa-se um resultado satisfatório, que de alguma forma, terá uma repercussão significativa no ensino nas escolas. Segundo Gianotto e Diniz (2010), o professor que compreende o processo de ensino-aprendizagem e se utiliza de elementos mediadores e instrumentos, para atingir à construção de significados, poderá elaborar novos conhecimentos e aprenderá a ensinar, ensinando, ou melhor: fazendo e refletindo na e sobre a prática.

Segundo Nóvoa (1991, p.29),

Grande parte do potencial cultural (e mesmo técnico e científico) das sociedades contemporâneas está concentrado nas escolas. Não podemos continuar a desprezá-lo e a menorizar as capacidades de desenvolvimento dos professores. O projecto de uma autonomia profissional, exigente e responsável, pode recriar a profissão professor e preparar um novo ciclo na história das escolas e dos seus atores.

Ao final do curso, as professoras ainda descreveram diversos pontos positivos quanto ao desenvolvimento do curso Novos Talentos, dentre os quais destacam-se: temas abordados, aulas práticas, criatividade das atividades, bom material empregado nas práticas, o material disponibilizado para uso na escola, apresentação de várias formas simples de se trabalhar conteúdos mais comuns da biologia. Através dos pontos citados acima, observa-se que a metodologia utilizada no curso teve boa aceitação da parte dos participantes, e que através do curso poderão se utilizar de diferentes metodologias para desenvolver seu ensino.

A formação humana tem como principal atitude do profissional docente com os seus alunos, segundo Gallardo (2000, p.82):

Deve ser a de ensiná-la a vivenciar os valores humanos, criando atividades onde eles têm oportunidade de vivenciar a cooperação, a responsabilidade, a amizade etc. O

(9)

professor deve ter presente que os valores humanos não existem para serem exercidos no futuro ou na vida adulta, mas existem para o agora. O procedimento deveria ser o da utilização de jogos e brincadeiras com as regras criadas pelos alunos em conjunto com o professor, discutindo-se com eles quando uma regra não é útil, para assim poder modificá-la.

Considerações Finais

Os dados obtidos pelos questionários mostram que o Programa Novos Talentos produziu mudanças significativas na vida profissional e pessoal dos professores participantes, pois possibilitou a aprendizagem de novos conteúdos e metodologias em diferentes áreas das Ciências Biológicas. Essa mudança irá refletir na qualidade educacional das escolas, qualificando o processo de ensino-aprendizagem.

Os relatos das participantes do curso evidenciaram que o objetivo do curso foi alcançado, uma vez que promoveu uma reflexão quanto as suas práticas pedagógicas. Além de evidenciar a importância do curso, contribuindo significativamente na motivação dos profissionais organizadores, para que cursos dessa modalidade sejam desenvolvidos constantemente, com o objetivo de obter melhorias na qualidade educacional.

REFERÊNCIAS

AQUINO, Julio Groppa; MUSSI, Mônica Cristina. As vicissitudes da formação docente em serviço: a proposta reflexiva em debate. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 211-227, 2001. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ep/v27n2/a02v27n2.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2012.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de

Ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 1993. 120 p.

FREIRE, Madalena. A Formação Permanente. In: Freire, Paulo. Trabalho, Comentário,

Reflexão. Petrópolis: Vozes, 1991.

FUMAGALLI, Laura. El desafío de enseñar ciências naturales. Una propuesta didáctica para La escuela media. Troquel, 1993.

GALLARDO, Jorge Sérgio Pérez. Educação Física: contribuições à formação profissional. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2000. 149 p.

GARCIA, Carlos Marcelo. A formação de professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor. In: NÓVOA, Antônio (Org.). Os professores

(10)

GIANOTTO, Dulcinéia Ester Pagani; DINIZ, Renato Eugênio da Silva. Formação inicial de professores de biologia: a metodologia colaborativa mediada pelo computador e a

aprendizagem para a docência. Ciência & Educação, Bauru, v. 16, n. 3, p. 631-648, 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v16n3/v16n3a09.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2012.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor, Adeus Professora? novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.

NÓVOA, Antônio. Formação de professores. In: NÓVOA, Antônio (Org,).Vidas de

professores. Porto: Porto, 1992.

NÓVOA, Antônio. O passado e o presente dos professores. In: NÓVOA, Antônio (Org.).

Profissão professor. 2. ed. Porto: Porto, 1995. p.13-34.

NÓVOA, António. Os professores e a sua formação. In: NÓVOA, Antônio (Org.). Profissão

Professor. Porto: Porto, 1991.

RODRIGUES, Ângela; ESTEVES, Manuela. A análise das necessidades na formação de

professores. Porto: Porto, 1993.

SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, Antônio (Org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Nova Enciclopédia, 1995. p. 77-92.

VIANNA, Deise Miranda; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Do fazer ao ensinar ciência: a importância dos episódios de pesquisa na formação de professores. Investigações em

Ensino de Ciências. v.6, n. 2, p. 111-132, 2001. Disponível em:

<http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID71/v6_n2_a2001.pdf >. Acesso em: 15 dez. 2012.

Referências

Documentos relacionados

A elaboração de demonstrações contábeis requer que a Administração do Fundo use de julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Os cálculos da Provisão

Com as informações sobre os impactos nas variáveis consideradas e levando-se em conta as dificuldades de pagamento, é possível afirmar que o Programa Panela Cheia, na maioria dos

Portanto, os objetivos do presente estudo foram avaliar o desempenho do sensor de movimento DirectLife®, quanto à estimativa do gasto energético diário; e comparar e

tridimensionais e qualquer regu- laridade sõ e perceptivel com o uso de técnicas estatisticas. A região do fluido circundante, prõxima ã região de mistura, que

O papel do árbitro central é igual ao dos juízes, diferença esta que o árbitro será o único a colocar-se á frente do atleta para visualizar o seu empenho, quer seja no

A proposta trata-se de convidar os professores que ministram aulas para acadêmicos do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas para uma semana de formação continuada

A proposta trata-se de convidar os professores que ministram aulas para acadêmicos do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas para uma semana de formação continuada

Os resultados mostraram que no setor médio ofensivo observou-se que a forma de recuperação da bola mais frequente foi a de fragmentos constantes do jogo, sobre o que se pode