INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SANTA CATARINA
TECNÓLOGO EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
CRISE HÍDRICA NO ESTADO DE SÃO PAULO
Por: Bruno Soares da Silva Professor: José Carlos Martins
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SANTA CATARINA
TECNÓLOGO EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
CRISE HÍDRICA NO ESTADO DE SÃO PAULO
Por: Bruno Soares da Silva Professor: José Carlos Martins
Projeto de pesquisa apresentado à unidade curricular de Comunicação e expressão, do curso de Tecnólogo em Mecatrônica Industrial do IFSC Joinville, como requisito parcial para a aprovação no semestre.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Instituição
Instituto Federal de Educação, Ciência e tecnologia de Santa Catarina – IF – SC Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão
Curso Superior de Tecnólogo em Mecatrônica Industrial
Orientador:
Professor: José Carlos Martins
Proponente:
1. INTRODUÇÃO
Alguns dos motivos pelos quais a água é desperdiçada e consequentemente a escassez torna-se visível, podem muitas vezes ser contornados com medidas éticas pelas pessoas, seja do mais simples ao que possuiu o maior poder econômico. Caso isso não ocorra, São Paulo pode ser um grande exemplo do que muitas outras grandes cidades podem esperar com seus períodos de revezamento de água, escassez e desespero.
As tubulações presentes nas regiões centrais de São Paulo são antiquadas, a localização geográfica é outro adversário, e por fim um clima muito instável contribui bastante para a atual crise hídrica.
1.2 Objetivo Geral
Demonstrar como o estado mais populoso do país chegou a esta situação, e exemplificar possíveis maneiras que poderiam evitar a crise.
1.3. Objetivos Específicos
- Apresentar as possíveis causas que levaram à crise em São Paulo. - Relacionar as consequências que afetam o povo paulista, tais como o revezamento da utilização de água, por exemplo.
- Descrever como cuidados éticos com a natureza e política eficiente auxiliam a humanidade contra o desperdício excessivo de água.
1.4 Justificativa
Através dos anos são incansáveis as propagandas que avisam sobre as possíveis crises de falta de água no planeta, no entanto as pessoas agem como se a água nunca fosse acabar. A situação triste em que se encontra o estado referência do país espelha o que deve ser evitado para o restante da nação, crise no abastecimento de água, limites de utilização, revezamento da utilização da água são alguns exemplos.
Hábitos comuns que poderiam ser evitados pela sociedade, acabam acarretando um prejuízo significante, como por exemplo, tomar um banho mais demorado ou escovar os dentes com a torneira aberta. De certa forma a população não é a única culpada, o clima, a política ineficiente dos governantes e a região do país em que se encontra o estado são também grandes fatores para a atual crise hídrica.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Possíveis Causas da Crise hídrica em São Paulo
2.1.1 Fator Clima
A região sudeste do país, e principalmente o estado de São Paulo, apresenta um clima muito instável, não incomum alguns anos haver enchentes demais e em outros a falta de chuva. É nesse cenário onde se encontra São Paulo, sofrendo com uma estiagem que está sendo vista como a pior desde a década de 30, “Trata-se da pior estiagem desde o início das medições, em 1930, superando a
seca de 1953-1954, utilizada como modelo no Plano Diretor de Recursos Hídricos do estado para projetar situações de emergência” (SARTORATO, 2014).
É nesse sentido, que o Sistema Cantareira, um aglomerado de represas que abastece uma grande parcela de São Paulo, vem sendo prejudicado. E a situação só tende a piorar, pois o Sistema Cantareira só vai se recuperar completamente em 2016.
2.1.2 Influencia da região geográfica
Apesar de o Brasil concentrar a maior parcela de água potável no planeta, nota-se que a distribuição dela é injusta, tomando-se como referência a variação da população por regiões. De acordo com A ÁGUA... (2014):
O Brasil detém 77% do manancial de água doce da América do Sul e 11,6% da reserva do Mundo. Esses números mostram que o Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água, porém sua distribuição não é uniforme em todo o território nacional, pois 70% desse total estão localizadas na Região Amazônica, onde a população é de apenas 7%. Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender 93% da população brasileira.
Esta situação obviamente não é dos paulistas, no entanto influência muito na crise em São Paulo.
2.1.3 Quesito ineficiência das Tubulações
Não é de nos impressionarmos ao caminharmos na rua e nos depararmos com uma tubulação danificada, a verdade é que essa tubulação provavelmente já é muito velha, e seu material constituinte já não é mais o adequado para o uso. E é isso que vem ocorrendo em São Paulo onde “estimativas indicam que 25% da água
destinada a São Paulo se perde em tubulações antigas e em ramais clandestinos” (PADUA; SARCINELLI, 2014).
O material constituinte das tubulações das regiões centrais de São Paulo é predominantemente o ferro fundido. Esse material não é o adequado atualmente para esse emprego, pois com o passar da água o material sofre cristalização, ou seja, o diâmetro da tubulação acaba sendo reduzido prejudicando a vazão de água. Como possível solução, e de maneira errada, aumenta-se a pressão de água na tubulação e acaba danificando a mesma, surgindo a partir daí os vazamentos.
2.1.4 Falta de ética da População
O desperdício de água no cotidiano das pessoas é alarmante, e continua visível em São Paulo. Pequenos gestos e atitudes comuns podem ser evitados e com isso se reduz consideravelmente o desperdício de água potável, por exemplo. Segundo USO... (2014) “uma torneira gotejando chega a desperdiçar 46 litros de água por dia, o que representa 1.380 litros por mês”. Este é apenas um pequeno exemplo de vários, tais como a demora ao tomar banho, os cuidados ao lavar a calçada, o carro, até a louça. Imagine-se isso agora em São Paulo, onde a população é imensa e não existe muita educação ética em relação à natureza.
2.2 Consequências
2.1. Revezamento de água
Chega a ser entristecedor que um povo chegue à situação de ter que revezar água, ainda mais, chega a ser constrangedor que isso ocorra em um lugar
tão desenvolvido e em um país tão provido de água. E isso é fato e ocorre em São Paulo, onde em alguns locais, em alguns períodos, o consumo foi liberado um dia sim e um dia não. Ou ás vezes uma área fica com água e outra não. Segundo dados, o “revezamento de água atinge mais de 1 milhão de pessoas” (TOMAZELLA, 2014).
2.3 Possíveis soluções
A começar pelas tubulações que é algo simples, porém politicamente burocrático. As tubulações, por apresentarem um material atualmente inadequado, deveriam ser substituídas por tubulações feitas de polietileno de alta densidade, já que a manutenção não é mais viável “Isso não se resolve com manutenção. Nesse caso, a solução é substituição integral. A Sabesp tem substituído muito os ramais e agora vai intensificar a troca das redes com o programa japonês de financiamento” (TUBULAÇÃO..., 2014). De certa forma as tubulações por se apresentarem em regiões centrais, dificultam essa manobra de substituição, o que gera mais um impasse.
Em relação as ações pessoais, cada cidadão está ciente do que faz, no entanto a existência de novas propagandas de conscientização ajudariam muito, além, é claro, de bonificação para aqueles que fazem um uso eficiente da água. Existem mecanismos que auxiliam as pessoas na redução do consumo de água, como por exemplo, aeradores, redutores de vazão e os recentes vasos sanitários que poupam muita água.
3. METODOLOGIA
O presente trabalho se fundamentará somente em pesquisa bibliográfica, sendo que grande parte das referencias foi selecionada na internet. No projeto serão apresentadas as possíveis causas, consequências e soluções para a crise hídrica em São Paulo.
4. CRONOGRAMA
Atividades
Outubro
Novembro
Dezembro
Elaboração do
projeto
X
X
Levantamento
de bibliografia
X
X
X
Apresentação
X
6. REFERENCIAS
SARTORATO, Diego. Estiagem em São Paulo é a pior desde 1930, e comitê cobra ações do governo. Redebrasilatual. [SL]. 20 fev. 2014. Disponível em:
<http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/02/estiagem-em-sao-paulo-e-a-pior-desde-o-inicio-das-medicoes-comite-de-bacias-cobra-acoes-do-governo-8411.html>. Acesso em: 25 nov. 2014.
A ÁGUA no Brasil. Daesc. [SL]. [2014]. Disponível em: <
http://www.daescs.sp.gov.br/index.asp?dados=ensina&ensi=brasil>. Acesso em: 25 nov. 2014.
PADUA, S.M; SARCINELLI, Oscar. Cantareira: água pode faltar por negligencia e
desrespeito. [SL]. 26 fev. 2014. Disponível em:< http://www.oeco.org.br/suzana-padua/28050-cantareira-agua-pode-faltar-por-negligencia-e-desperdicio> Acesso em: 25 nov. 2014.
USO racional da água adote essa idéia. Economizar água é esbanjar consciência.
Sabesp. [SL]. [2014]. Disponível em:<
http://www.sabesp.com.br/sabesp/filesmng.nsf/DACB88862E8D4E48834883D90068 2E31/$File/folder_usoracional.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2014.
TOMAZELA, José Maria. Chove pouco e o racionamento continua em 11 cidades de SP. Estadão, São Paulo, 10 jul. 2014. Disponível em:<
http://sao- paulo.estadao.com.br/noticias/geral,chove-pouco-e-racionamento-continua-em-11-cidades-de-sp,1526625>. Acesso em: 25 nov. 2014.
TUBULAÇÃO velha causa desperdício de água em SP. Veja, São Paulo, 23 mar. 2014. Disponível em:< http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/tubulacao-velha-causa-desperdicio-de-agua-em-sp>. Acesso em: 25 nov. 2014.