Considerando-se os questionamentos feitos na assembleia do dia 31 de março de 2015, relacionados à proposta da criação de uma Associação Educacional que terá como sócia-fundadora a Coopen, segue documento elaborado pelo Conselho Administrativo, para maiores esclarecimentos:
A Coopen (Cooperativa Educacional Escola Dr. Zerbini) existe há mais de 20 anos atuando sempre e exclusivamente na prestação de serviços educacionais. Com o passar dos anos e diante das mudanças na conjuntura econômica do país, o aumento da concorrência no ramo escolar e o desejo de manter e ampliar a qualidade do serviço oferecido, o modelo de cooperativa no ambiente educacional mostra-se economicamente inviável.
A rigidez desse modelo de pessoa jurídica não permite a busca de outras fontes de recursos para a realização dos objetivos sócio-educacionais que nos cabem e que motivaram a criação da Coopen. A cooperativa é, legalmente, uma empresa mercantil, com opção de distribuição de sobras (fins lucrativos), porém é vedada à cooperativa alguns benefícios fiscais que uma escola privada tem acesso, tal como o Simples Nacional. Além disso, a cooperativa só pode obter recursos através das mensalidades, como ato cooperativo. Em outros formatos jurídicos, como por exemplo associações e fundações, é legalmente, possível a obtenção de recursos de fontes diversas e com isenção de tributos.
A Constituição Federal em seu artigo 205 institui que: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Na impossibilidade de cumprir esta exigência constitucional o Estado possibilita que outras pessoas jurídicas o façam (cooperativas educacionais, escolas privadas, fundações, associações, etc.). Importante ressaltar que, justo por permitir que outros o façam, o Estado cria condições para que se deem estas atividades por meio de incentivos fiscais e tributários.
Entende-se que a mudança, já proposta em assembleia, é de grande importância. Serão preservados todos os direitos dos atuais cooperados previstos no estatuto, uma vez que a cooperativa continuará a existir como sócia fundadora da associação e o patrimônio imobilizado da Cooperativa não sofrerá alteração.
Caso exista a aprovação para a criação da associação nos moldes apresentados teremos um novo enquadramento tributário, com tratamento e regime tributário diferenciados, com isenções e imunidades que nos tornarão concorrentes mais potentes diante de outras instituições de ensino, podendo investir em questões estruturais e de capacitação de corpo técnico-docente, além de outros pontos relevantes para a nossa escola.
O planejamento tributário (elisão fiscal, Anexo 01) é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos.O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la.
Analisamos a concorrência e encontramos em sua maioria: escolas privadas optantes pelo Simples Nacional (Anexo 02) e associações educacionais (Anexo 03).
As escolas privadas tem a redução na carga de impostos quando fazem a opção pelo Simples Nacional (Anexo 02) e dividem o faturamento para mais de uma empresa, criando diversos CNPJs. Com valores menores de receita pagam sempre com o índice mínimo. Se a cooperativa educacional tivesse essa opção, mesmo que com um único CNPJ e atingindo a alíquota máxima devida, já seria uma vantagem em relação ao que somos tributados (Anexo 04). Às cooperativas, é vedado por lei a adesão ao Simples Nacional (Anexo 05).
As Associações Educacionais (Anexo 03) não sofrem a incidência de impostos que as cooperativas são obrigadas (Anexo 04). Cabe destacar que as isenções dos impostos: PIS s/faturamento, COFINS, ISS, IPTU, IPVA, são obtidas já na criação da associação, mas o INSS patronal só tem a isenção após a obtenção do Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social - CEBAS fornecido pelo Ministério da Educação – MEC após o cumprimento de contrapartidas (Anexo 06). Fizemos um estudo sobre o impacto financeiro com, essas contrapartidas, e apresentamos no Anexo 07.
A associação tem outras formas de obtenção de recursos em relação à cooperativa (Anexo 08).
Uma associação comparada à cooperativa possui vários aspectos convergentes, principalmente no formato gestão (Anexo 09).
Diante do exposto acima, encontramos uma solução de adequação tributária com a criação de uma Associação Educacional, que terá a Coopen como sócia- fundadora, pois manterá todos os direitos e deveres dos cooperados.
Planejamento Tributário
Planejamento (elisão fiscal) é exigido por lei para alguns tipos de empresas, como as S.A. Segue abaixo artigo da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Art. 153. O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios.
Simples Nacional
O programa propõe uma guia única de imposto com as alíquotas que diferem de acordo com a atividade exercida e variam de 4,5% até 16,93% sobre o valor bruto faturado.
Simples Nacional é um regime de tributação instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal mediante DAS dos seguintes impostos e contribuições:
I IRPJ Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
II IPI Imposto sobre Produtos Industrializados, exceto o incidente na importação
III CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
IV COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, exceto a incidente na importação
V PIS/PASEP Contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público, exceto a incidente na importação
VI INSS Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica (patronal), exceto as receitas dos Anexos IV e V
VII ICMS Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
VIII ISS Imposto sobre serviços de qualquer natureza
Fonte:
http://www8.receita.fazenda.gov.br/Simplesnacional/aplicacoes/atspo/pgdarf.app/aju da/Conte_do_PGDAS/Introducao/TributosAbrangidos.htm
Associação Educacional
Considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos (Lei n o9.532/97, art. 12). Define-se como entidade sem fins lucrativos, a instituição de educação e de assistência social que não apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine referido resultado integralmente à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais (Lei n o 9.532, de 1997, art.12 § 3 o , alterado pela Lei n o 9.718, de 1998, art. 10, e Lei Comp. n o 104, de 2001).
Fonte:
ww.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr24a31.htm Leis e jurisprudências sobre isenção da COFINS faturamento cuja regra se aplica ao PIS
No ano de 1999, foi publicada a Medida Provisória nº 1.856 (29/06/99), posteriormente convertida na Medida Provisória nº 2.15835/ 01 (24/08/01), a qual em seu artigo 14, inciso X9, trata especificamente da isenção da COFINS às atividades próprias das entidades sem fins lucrativos, referidas no artigo 13 daquele mesmo dispositivo legal (dentre elas, as associações civis). O dispositivo, por determinação legal, foi aplicado aos fatos geradores ocorridos a partir de 1o de fevereiro de 1999.
Em relação a esta forma de interpretação, segue decisão proferida pelo Tribunal.
Regional Federal da 4ª Região Fiscal (Porto Alegre – RS): “TRIBUTÁRIO. COFINS. ASSOCIAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS. ATIVIDADES PRÓPRIAS. ISENÇÃO.
Os arts. 13 e 14, inciso X, da MP 2.158/2001 c/c art. 15 da Lei 9.532/97 outorgam isenção da COFINS relativamente às receitas de associações sem fins lucrativos oriundas das atividades próprias das entidades. Serviços atinentes ao cumprimento das finalidades estatutárias se inserem dentre as atividades próprias da entidade. (AMS 2004.71.01.0010553/ RS, Acórdão 875854 de 25/10/05)” (grifos nossos). RE 130.378 Relatora Conselheira Fabiola Cassiano Keramidas "COFINS – ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS – ATIVIDADE DE ENSINO – CONCEITO DE ATIVIDADE PRÓPRIA. As entidades sem fins lucrativos estão isentas do recolhimento da COFINS sobre a sua atividade própria (MP 2.15835, art. 14, inc. X, c/c o art. 13, inc. IV e Decreto 4.524/02, artigo 46, inc. II, parágrafo único). Deve-se entender como atividade própria todos os valores que são aplicados no desenvolvimento da atividade da entidade sem fins lucrativos.
Principais impostos e contribuições
Imposto Cooperativa Associação Privadas
Regime tributário Lucro Real Isento Pode optar pelo Simples*
ISS 5% Isento Pode optar pelo
Simples*
IPTU Variável Isento Paga
Pis s/Folha 1% s/Folha 1% s/Folha Não tem
Pis s/faturamento 0,65% Pis s/faturamento
Isento Pode optar pelo Simples*
Cofins 3 %
s/faturamento
Isento Pode optar pelo Simples* INSS PATRONAL 20 % s/Folha Isento após
certificação
Pode optar pelo Simples*
IPVA Variável Isento Paga
Cooperativas e o Simples Nacional (LC 123/2006)
As Cooperativas (exceto as de consumo) não poderão aderir ao Simples Nacional, conforme o disposto no artigo 3º da Lei, no parágrafo 4º, inciso VI, da LC 123/2006.
Contrapartidas Leis 12.868/2013
“Art. 12. ...
Parágrafo único. As entidades de educação certificadas na forma desta Lei deverão prestar informações ao Censo da Educação Básica e ao Censo da Educação Superior, conforme definido pelo Ministério da Educação.” (NR)
“Art. 13. Para fins de concessão ou renovação da certificação, a entidade de educação que atua nas diferentes etapas e modalidades da educação básica, regular e presencial, deverá:
I - demonstrar sua adequação às diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE), na forma do art. 214 da Constituição Federal;
II - atender a padrões mínimos de qualidade, aferidos pelos processos de avaliação conduzidos pelo Ministério da Educação; e
III - conceder anualmente bolsas de estudo na proporção de 1 (uma) bolsa de estudo integral para cada 5 (cinco) alunos pagantes.
§ 1º Para o cumprimento da proporção descrita no inciso III do caput, a entidade poderá oferecer bolsas de estudo parciais, observadas as seguintes condições:
I - no mínimo, 1 (uma) bolsa de estudo integral para cada 9 (nove) alunos pagantes; e
II - bolsas de estudo parciais de 50% (cinquenta por cento), quando necessário para o alcance do número mínimo exigido, conforme definido em regulamento;
III - (revogado); a) (revogada); b) (revogada).
§ 2º Será facultado à entidade substituir até 25% (vinte e cinco por cento) da quantidade das bolsas de estudo definidas no inciso III do caput e no § 1o por benefícios complementares, concedidos aos alunos matriculados cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de 1 (um) salário-mínimo e meio, como transporte, uniforme, material didático, moradia, alimentação e outros benefícios definidos em regulamento.
Estudo do impacto das contrapartidas
EIC EFI EFII EM
TURMAS TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL
Capacidade max. de alunos OBS: em consideração ao pedagógico 130 185 150 140 Alunos pagantes 75 100 92 97 Alunos bolsistas 10 27 23 14 Total de alunos 85 127 115 111 Vagas ociosas 45 58 35 29
Total de vagas ociosas 167 Total de pagantes 364
20% a contrapartida 73 alunos
30 bolsas já concedidas dentro do critério da lei 43 a conceder, integral (100%) ou parcial (50%)
Simulação das vagas de 100% a serem preenchidas:
1. Alunos da Educação Infantil (EIC) ao Fundamental, custo médio unitário com uniforme, material escolar e transporte:
Anual de R$ 1.300,00 Mensal R$ 108,33
2. Alunos do Ensino médio, custo unitário com uniforme, material escolar e transporte:
Anual R$ 1.930,00 Mensal R$ 160,83
Se optarmos por todos as vagas a serem preenchidas pela opção 1: R$ 4.658,19 mensal.
Se optarmos por 20 vagas do médio e 23 do EIC ao Fundamental a serem preenchidas R$ 5.708,19.
No Anexo 06 a Lei parece não exigir esses pagamentos e sim dar diminuição da contrapartida a quem concede.
Outras fontes de recursos
A Cooperativa só pode ter 1 ato cooperativo não tributado (só um tipo de recurso, no nosso caso mensalidade escolar).
Em uma Associação podemos:
• Receitas decorrentes de Contratos ou Convênios de Prestação de Serviços; • Convênios Beneficentes, Filantrópicos e de Assistência Social;
• Auxílios e Subvenções dos Poderes Públicos, donativos de Pessoas Físicas, donativos de Pessoas Jurídicas;
• Renuncia fiscal de empresas para projetos nossos nas áreas Educacionais, Assistenciais, Tecnológicos, Esportivos (Olimpíadas) e Culturais (Lei Rouanet), fornecendo a elas, documentação para escrituração nos seus balanços sociais;
• Reversão do Salário Educação;
• Comissões provenientes de Cartão de Afinidade;
• Doações, Legados e Heranças destinados a apoiar suas atividades; • Incentivos à Inovação Tecnológica (Lei 11.196/2005);
Anexo 09 Quadro Comparativo QUADRO COMPARATIVO - ASSOCIAÇÃO X COOPERATIVA
CARACTERÍSTICAS ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA
1 - DEFINIÇÃO LEGAL Sociedade civil sem fins lucrativos
Sociedade Mercantil
2 - OBJETIVOS Prestar serviços de interesse econômico, técnico, legal, cultural e político de seus associados
Prestar serviços de interesse econômico e social aos cooperados, viabilizando e desenvolvendo sua atividade produtiva
3 - AMPARO LEGAL Constituição Federal (Artigo 5º).- Código Civil
Constituição Federal (Artigo 5º), Código Civil, Lei 5.764/71
4 - MÍNIMO DE PESSOAS PARA CONSTITUIÇÃO
06 (seis) pessoas físicas. 20 (vinte pessoas) físicas, exclusivamente 5 - ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA CONSTITUIÇÃO Definição do grupo de interessados
Definição dos objetivos concretos do grupo
Elaboração conjunta do Estatuto Social
Realização da Assembleia de Constituição, com eleição dos Dirigentes Registrar o Estatuto Social, os Livros obrigatórios e a Ata de Constituição (Lei 9.042/95 Nova redação do Artigo 121 da Lei 6015/73) CNPJ na Receita Federal Registros na Prefeitura, INSS e Ministério do Trabalho Elaboração do primeiro plano de trabalho
Constituição, com eleição dos Dirigentes
Subscrição e integralização das cotas de capital pelos associados
Encaminhamento dos
documentos para análise e registro na Junta Comercial
CNPJ na Receita Federal Inscrição na Receita Estadual Inscrição no INSS
Alvará de Licença e Funcionamento na Prefeitura Municipal
Registro na OCESP
Outros registros para cada atividade econômica
Abertura de conta bancária.
6 - PONTOS
ESSENCIAIS NOS
Nome da Associação Sede e Comarca
Nome, tipo de entidade, sede e foro
concretos
Se os associados
respondem pelas
obrigações da entidade Tempo de duração
Cargos e funções dos Dirigentes e Conselheiros Como são modificados os Estatutos Sociais
Como é dissolvida a entidade e destino do patrimônio
Duração do exercício social
Objetivos sociais, econômicos e técnicos
Forma e critérios de entrada e saída de associados
Responsabilidade limitada ou ilimitada dos associados
Formação, distribuição e devolução do capital social
Órgãos de direção, com responsabilidade de cada cargo Processo de eleição e prazo dos mandatos dos Dirigentes e Conselheiros
Convocação e funcionamento da Assembléia Geral
Forma de distribuição das sobras e rateio dos prejuízos
Casos e formas de dissolução Processo de liquidação
Modo e processo de alienação ou oneracão de bens imóveis
Reforma dos Estatutos
Destino do patrimônio na dissolução ou liquidação
7 - REPRESENTAÇÃO LEGAL
Representa, se autorizado pelo Estatuto Social, os associados em ações coletivas e prestação de serviços comuns de interesse econômico, social, técnico, legal e político dos mesmos
Representa, se autorizado pelo Estatuto Social, os cooperados em ações coletivas e prestação de serviços comuns de interesse econômico, social, técnico, legal e político dos mesmos
8 - ÁREA DE AÇÃO Limitada pelos seus objetivos
Limitada pelos seus objetivos
9 - ATIVIDADES MERCANTIS
Pode ou não comercializar Pratica qualquer ato comercial
10 - OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Pode realizar operações financeiras e bancárias usuais, mas não tem como finalidade e nem realiza operações de empréstimos ou aquisições com o
Pode realizar qualquer operação financeira
Não é beneficiária de crédito rural 11 - RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS Os administradores podem ser responsabilizados por
seus atos que
comprometem a vida da entidade
Os sócios não respondem pelas obrigações assumidas pela entidade
A responsabilidade dos cooperados está limitada ao montante de suas respectivas cotas partes, a não ser que o Estatuto Social determine diferentemente. Quando os
Estatutos determinam
responsabilidade ilimitada, os sócios podem responder com seu patrimônio pessoal
12 - REMUNERAÇÃO DOS DIRIGENTES
Não são remunerados pelo desempenho de suas funções. Podem receber reembolso das despesas
realizadas para
desempenho de suas funções
São remunerados, através de retiradas mensais "pró labore", definidas pela Assembleia. Não possuem vínculo empregatício
13 - DESTINO DO RESULTADO
FINANCEIRO
Não há rateio de sobras das operações financeiras entre os sócios. Qualquer superávit financeiro deve ser aplicado em suas finalidades.
Há rateio das sobras obtidas no exercício financeiro, devendo antes a Assembleia destinar partes ao Fundo de Reserva (mínimo de 10%) e FATES Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (mínimo de 5%). As demais sobras podem ser destinadas a outros fundos de capitalização ou diretamente aos associados de acordo com a quantidade de operações que cada um deles teve com a cooperativa
14 - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Simplificada e objetiva. É específica e completa. Deve existir controle de cada conta capital dos cooperados, e registrar em separado as operações com não cooperados. 15 - OBRIGAÇÕES
FISCAIS E
TRIBUTÁRIAS
Não paga Imposto de renda. Deve, porém, declarar a isenção todo ano. - Não está imune, podendo ser
Não paga Imposto de renda nas operações com os cooperados. No entanto, deve recolher sempre que couber Imposto de
impostos e taxas renda nas operações com terceiros
Paga todas as demais taxas e impostos
16 - FISCALIZAÇÃO Poderá Ser fiscalizada pela Prefeitura Municipal (Alvará, ISS, IPTU), Fazenda Estadual (nas operações de comércio, INSS, Ministério do Trabalho e IR
Igual a associação
Poderá, dependendo de seus serviços e produtos, sofrer fiscalização de órgãos como Corpo de Bombeiros, Conselhos, Ibama, Ministério da Saúde, etc... 17 - ESTRUTURAS DE
REPRESENTAÇÃO
Pode constituir órgãos de representação e defesa, não havendo, atualmente, nenhuma estrutura que faça isso em nível nacional
É representada pelo Sistema OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras, sediada em Brasília e pela OCESP - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do São Paulo
Alguns tipos de cooperativa possuem também representação de interesses econômicos e estratégicos através de centrais ou Federações (Cooperativas de 2º grau) e Confederações (Cooperativas de 3º grau)
18 - DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO
A dissolução é definida pela Assembleia Geral
A liquidação pode ocorrer mediante intervenção judicial realizada por representante do Ministério Público
A dissolução é definida pela Assembleia Geral
Pode ocorrer a liquidação por processo judicial. Neste caso, o juiz nomeia uma pessoa como liquidante 19 - DESTINO DO PATRIMÔNIO CASO HAJA O FIM DA ENTIDADE Os bens remanescentes na dissolução ou liquidação deverão ser destinados, por decisão da Assembleia Geral para entidades afins
Os bens remanescentes, depois de cobertas as dívidas trabalhistas e com o Estado, depois com fornecedores, deverão ser destinados a entidades afins Em caso de liquidação, os associados são responsáveis, limitada ou ilimitadamente (conforme os Estatutos, pelas dívidas)