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Juliana Bohrer de Abreu AVALIAÇÃO DA ALTERAÇÃO DA TEMPERATURA PULPAR NA REMOÇÃO DE RESTOS RESINOSOS DE BRAQUETES

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Juliana Bohrer de Abreu

AVALIAÇÃO DA ALTERAÇÃO DA TEMPERATURA PULPAR NA

REMOÇÃO DE RESTOS RESINOSOS DE BRAQUETES

ORTODÔNTICOS EM PRÉ-MOLARES SUPERIORES

Santa Maria - RS

2011

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Juliana Bohrer de Abreu

AVALIAÇÃO DA ALTERAÇÃO DA TEMPERATURA PULPAR NA

REMOÇÃO DE RESTOS RESINOSOS DE BRAQUETES

ORTODÔNTICOS EM PRÉ-MOLARES SUPERIORES

Trabalho final de graduação apresentado ao curso de Odontologia, Área de Ciências da Saúde, do Centro Universitário Franciscano – Unifra, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Cirurgião-Dentista – Bacharel em Odontologia.

Orientador: Maurício Barbieri Mezomo

Santa Maria, RS

2011

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Juliana Bohrer de Abreu

AVALIAÇÃO DA ALTERAÇÃO DA TEMPERATURA PULPAR NA

REMOÇÃO DE RESTOS RESINOSOS DE BRAQUETES

ORTODÔNTICOS EM PRÉ-MOLARES SUPERIORES

Trabalho final de graduação apresentado ao curso de Odontologia, Área de Ciências da Saúde, do Centro Universitário Franciscano – Unifra, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Cirurgião-Dentista – Bacharel em Odontologia.

________________________________________ Maurício Barbieri Mezomo – Orientador (Unifra)

________________________________________ Angelo Manfio (Unifra)

________________________________________ Micéli Blaya (UFSM)

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À minha família, companheira de todas as horas, que nos momentos de minha ausência dedicados ao estudo, sempre fizeram entender e incentivar que o futuro, é feito a partir da dedicação no presente.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, a Deus, minha devoção, por dar-me as oportunidades e a sabedoria necessária para aproveitá-las.

Aos meus pais, por acreditarem no meu esforço e potencial, obrigada por serem a minha referência de tantas maneiras e estarem sempre presentes na minha vida de uma forma indispensável e por sacrificarem-se em todas as horas em que eu precisei.

Ao Professor Mauricio Mezomo, não apenas um mestre e orientador, mas principalmente, meu amigo. Pela orientação, paciência, apoio e toda a dedicação e ensinamentos transmitidos a mim, de forma tão atenciosa. Obrigada por ser a minha maior inspiração durante a faculdade.

A minha amiga e colega, Juliana Weber, pela amizade e colaboração para a realização deste trabalho, e principalmente pela confiança e companheirismo, juntas conseguimos compartilhar nossos medos, dúvidas, aprendizados e o mais importante: nosso merecido reconhecimento. Muito obrigada.

Aos meus familiares, pelo zelo e carinho que nunca deixaram de ter.

Aos meus amigos, que não foram só colegas e companheiros durante a faculdade, mas que me ensinaram o verdadeiro valor da palavra amizade.

A Quinta turma de Odontologia da UNIFRA, muito obrigada pelos momentos maravilhosos que passamos durante esses quatro anos, vividos com muita alegria. Pessoas que eu aprendi a amar, apesar de todas as nossas diferenças, e que para sempre estarão em minhas memórias.

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“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis." José de Alencar

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RESUMO

O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a alteração da temperatura da câmara pulpar durante a remoção de restos resinosos após a descolagem de braquetes ortodônticos e medir o tempo necessário para a remoção completa deste remanescente. Materiais e métodos: Vinte pré-molares superiores humanos foram utilizados no estudo. A remoção do remanescente foi realizada com cinco técnicas, sendo os grupos: 1-Broca de carboneto de tungstênio com refrigeração, 2-Broca de carboneto de tungstênio sem refrigeração, 3-Broca de carboneto de tungstênio acoplada a um contra-ângulo de baixa rotação, 4-Borracha abrasiva e 5-Pontas de fibra de vidro. Um termopar foi introduzido na câmara pulpar para a avaliação da temperatura e o tempo foi registrado por um cronômetro digital. Os resultados foram analisados pela análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey-HSD. Resultados: verificou-se diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. As médias da variação de temperatura foram 0,1°C, 2,0°C, 1,2°C, 3,9°C e 8,5°C para os grupos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. Os valores

médios de tempo registrados foram 14,5, 22,3, 18,4, 25,8 e 30,84 segundos. A menor variação foi no grupo 1 (0,15°C ± 0,686), entretanto, no grupo 5 ocorreu a maior alteração de temperatura (8,5°C ± 1,907). Conclusão: Os grupos 1, 2, 3 e 4 são métodos adequados para a remoção do composto resinoso, porém o grupo 5 apresentou variação de temperatura excessiva, contraindicando seu uso, pois pode ser prejudicial ao tecido pulpar. Em relação ao tempo, os grupos 4 e 5 apresentaram tempo significativamente mais alto que os demais.

Palavras-chave: Temperatura. Remanescente resinoso. Descolagem. Ortodontia.

ABSTRACT

The purpose of this in vitro study was to evaluate the temperature changes of the pulp chamber during removal of residual resin after debonding of orthodontic brackets and measure the time required for complete removal of this remnant. Materials and methods: Twenty human premolars were used in this study. Five techniques were performed to remove the remaining, divided into groups: 1-tungsten carbide burr with refrigeration, 2-tungsten carbide burr without refrigeration, 3-tungsten carbide burr attached to a handpiece low speed, 4 - rubber abrasive and 5-fiberglass tips. A thermocouple was inserted into the pulp chamber to evaluate the temperature and time was recorded by a digital stopwatch. The results were analyzed by analysis of variance (ANOVA) and Tukey-HSD. Results: there was no statistically significant differences between groups. The mean temperature variation were 0,1 °C, 2,0 °C, 1,2 °C, 3,9 °C and 8,5 °C for groups 1, 2, 3, 4 and 5, respectively . The average time recorded were 14.5, 22.3, 18.4, 25.8 and 30.84 seconds. The lowest rate was in group 1 (0.15 ° C ± 0.686), however, in group 5 was the largest change in temperature (8.5 ° C ± 1.907). Conclusion: Groups 1, 2, 3 and 4 are suitable methods for the removal of the remnant resin, but the group 5 showed excessive temperature variation, indicating no use use because it can be harmful to the pulp tissue. In relation to time, groups 4 and 5 showed significantly higher time than the others.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 2 OBJETIVO GERAL ... 10 3 MATERIAIS E MÉTODOS ... 11 4 RESULTADOS ... 15 5 DISCUSSÃO ... 18 6 CONCLUSÃO ... 22 REFERÊNCIAS ... 23

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1 INTRODUÇÃO

Danos á polpa podem ser consequências do aumento de temperatura na câmara pulpar durante procedimentos que transmitam calor. Zach e Cohen (1965) mostraram que, em primatas, um aumento de 5,5º C na polpa causou danos consideráveis, comprometendo a saúde pulpar e produzindo inflamação que não poderia ser revertida em 40% dos indivíduos testados.

Hannig e Bott (1999) relataram que o possível efeito prejudicial do aumento de temperatura no tecido pulpar durante o tratamento odontológico tem sido um assunto de preocupação para todos da odontologia. Estudos demostraram que o calor pode ser transferido para a polpa, no qual potencialmente pode resultar em diversas alterações histopatológicas, afetando os vasos pulpares e levando a lesões vasculares com necrose do tecido (ROBINSON e LEFKOVITZ, 1962).

Uma propriedade essencial de um adesivo ortodôntico é possuir adesão com o esmalte suficientemente forte para resistir às grandes forças que lhe são colocadas durante o tratamento, mas também ser facilmente removido, deixando a superfície do esmalte livre de adesivos e histomorfologicamente inalterada ao final do tratamento (Barnejee et al, 2008). Independentemente de qual for o método usado para a descolagem de braquetes ortodônticos, é comum que alguns compostos resinosos permanecerão aderidos na superfície de esmalte do dente. (BISHARA et al, 2008)

Al Shamsi et al (2007) relataram que materiais adesivos ortodônticos podem causar efeitos iatrogênicos. Adesivo residual na superfície do esmalte após a descolagem pode causar retenção de placa e alterações de cor superficial. Perda da camada superficial do esmalte, que é rico em flúor, pode facilitar a descalcificação, um problema comumente citado (Al Shamsi et al, 2007). Existem diversas técnicas para a remoção de restos resinosos, porém o método mais utilizado é através da remoção mecânica com brocas de carboneto de tungstênio em baixa velocidade sem refrigeração (Seon et al, 2007). Brocas de carboneto de tungstênio, em alta velocidade provaram ser eficientes na remoção de resina residual, mas eles não conseguem produzir uma superfície do esmalte satisfatória quando usado sozinho. (JONKE et al, 2006)

Fatores que influenciam a geração de calor durante a remoção dos restos resinosos, incluem o tamanho e o tipo de broca utilizada, a duração do contato, torque, instrumentos abrasivos, de carga, e a quantidade de adesivo residual removido. (Ottl e Lauer (1998), Peyton (1955) e Ozturk et al). Brocas de tungstênio, quando comparadas a outras maneiras de

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remoção cuidadosa de remanescentes resinosos, são as que apresentam as maiores variações de temperatura na câmara pulpar. Também que há um maior aumento de temperatura em dentes com fina camada de esmalte quando comparados com camadas de esmalte mais espessa. (BAYSAL; UYSAL ; USUMEZ, 2007).

O objetivo deste estudo foi avaliar, in vitro, a alteração da temperatura da câmara pulpar em dentes pré-molares superiores humanos, com a utilização de cinco diferentes técnicas para a remoção de restos resinosos do esmalte dentário após a descolagem de braquetes ortodônticos e também medir o tempo necessário para a remoção completa deste remanescente.

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

Foram selecionados 20 dentes pré-molares superiores permanentes humanos, com as superfícies vestibulares das coroas dentais intactas, provenientes do Banco de Dentes do Centro Universitário Franciscano os quais foram extraídos por motivos desconhecidos. Após as extrações os dentes foram limpos, embebidos e armazenados em soro fisiológico.

Para o cálculo amostral determinou-se o valor do alfa em 5% e o poder em 80%. Considerou-se também que a variação de temperatura seria significativa a partir de uma diferença de 0,5o entre as médias. Estabeleceu-se então a necessidade de 17 dentes para testes em cada grupo, devido a possibilidade de fraturas de esmalte e perda de alguns dentes durante o processo, o número final foi estabelecido em 20.

Os dentes foram fixados a um suporte de resina acrílica autopolimerizável incolor, apoiado em um cilindro de PVC pela raíz do dente de tal maneira que a coroa dental ficasse voltada para a superfície externa e superior do cilindro, ilustrado na figura 1.

Figura 1 – Dente pré-molar superior fixado em resina acrílica apoiado em um cilindro de PVC.

Usando-se uma broca diamantada esférica (KG 1016), foi confeccionado uma cavidade de 2 mm de diâmetro, a partir da oclusal do dente, seguindo a câmara pulpar, para a introdução de uma sonda com 1,60 mm de diâmetro, na câmara pulpar que foi conectada a um termômetro (Figura 2) de níquel cromo/níquel (Termopar tipo K série HI 766, Hanna Instruments) para a avaliação da temperatura.

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Figura 2 – Termopar tipo K conectado a uma sonda para avaliação da temperatura intrapulpar.

Após a fixação, os dentes foram submetidos a profilaxia usando-se pasta de pedra-pomes e água e taça de borracha em baixa velocidade durante 10 segundos. A taça de borracha foi substituída após o uso a cada dez dentes. Depois, foram limpos abundantemente com jatos de ar/água por 10 segundos e secos com jatos de ar comprimido por mais 10 segundos.

Braquetes metálicos para pré-molares superiores (Abzil – 3M Unitek) foram colados com a resina Transbond XT (3M Unitek) na superfície vestibular dos dentes obedecendo às normas recomendadas pelo fabricante. Os incrementos de resina apresentam a mesma área da base do braquete. Todo o procedimento de colagem, foi feito por um único operador experiente.

Após todos os braquetes terem sido colados, estes foram removidos cuidadosamente com alicate para remoção de braquetes. Após a descolagem, a superfície do esmalte de cada dente foi examinada para determinar a quantidade de adesivo remanescente residual de cada dente. O índice do adesivo remanescente (IAR) foi classificado de acordo com os seguintes escores: 1 - Todo o adesivo permaneceu sobre o dente, 2 - Mais de 90% do adesivo permaneceu sobre o dente; 3 - Entre 10-90% do adesivo permaneceu sobre o dente; 4- Menos de 10% do adesivo permaneceu sobre o dente (Bishara et al, 2006). Foram selecionados apenas dentes com escores 1 e 2. Dentes com remanescentes resinosos abaixo destes escores, foram substituídos.

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Após a inspeção do dente, a câmara pulpar foi preenchida com um composto de transferência de calor de silicone (CDA Pasta Térmica) para facilitar a transferência de calor das paredes da câmara pulpar para o termopar, o qual permaneceu posicionado encostado na parede vestibular da mesma. O remanescente resinoso então foi removido de acordo com as técnicas descritas e ilustradas na figura 3, abaixo:

Grupo 1: remanescente resinoso foi removido com broca de carboneto de tungstênio de 12 lâminas (KOMET) em alta rotação, com o uso de água para refrigeração.

Grupo 2: remanescente resinoso foi removido com broca de carboneto de tungstênio de 12 lâminas (KOMET) em alta rotação, sem o uso de água para refrigeração.

Grupo 3: remanescente resinoso foi removido com broca de carboneto de tungstênio de 12 lâminas (KOMET) para alta rotação, porém acoplada em um contra-ângulo de baixa rotação.

Grupo 4: remanescente resinoso foi removido com polidores de Óxido de alumínio DHPRO (Du Ortho CA – Dh pro) próprios para remoção de resina remanescente de braquetes ortodônticos em baixa rotação e sem refrigeração.

Grupo 5: remanescente resinoso foi removido com pontas de fibra de vidro Fiberglass (TDV Dental), compostas de resina epóxi e fibra de vidro, também acopladas em baixa rotação e sem refrigeração.

Figura 3 – Broca de carboneto de tungstênio em alta rotação, broca de carboneto de tungstênio acoplada em um contra-ângulo de baixa rotação, borracha abrasiva e pontas de fibra de vidro em baixa rotação, respectivamente.

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Após a remoção do remanescente resinoso com uma técnica, o protocolo de colagem, descolagem, avaliação do IAR era novamente realizado para que outra técnica de remoção pudesse ser utilizada no mesmo dente.

As brocas, discos de óxido de alumínio e pontas de fibra de vidro foram substituídas a cada 10 dentes. Todos os procedimentos foram realizados pelo mesmo operador, com atenção especial para minimizar os danos à superfície do esmalte.

A temperatura mínima, temperatura máxima produzida durante o processo de remoção do remanescente resinoso ficava gravado no visor do termômetro. A subtração da temperatura máxima da temperatura mínima determinava a variação da temperatura durante todo o procedimento.

O tempo necessário para a completa remoção da resina composta foi aferido por meio de um cronometro digital, desde o início da remoção até o final do procedimento. A remoção do compósito foi determinada quando a superfície do dente estivesse livre de compostos a olho nu, sob a luz de um refletor odontológico.

Após a coleta dos dados, os resultados do estudo foram tabulados no programa SPSS 20 for MAC para a análise através do teste de análise de variância (ANOVA) seguido do teste post-Hoc Tukey-Honestly Significant Difference (HSD), que verificou se existiu ou não diferença significativa entre as médias e se os fatores exercem influência em alguma variável dependente. O nível de significância foi estabelecido em p < 0,05. Para determinar-se a correlação entre o tempo do procedimento e a variação da temperatura, utilizou-se o teste de coeficiente de correlação de Pearson (ρ de Pearson).

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4 RESULTADOS

A estatística descritiva, incluindo a média, desvio padrão e valores mínimo e máximo, para cada um dos cinco grupos, referente aos resultados da temperatura, estão apresentados na Tabela I e figura 4, ANOVA e o teste post-hoc mostraram que a temperatura da câmara pulpar foi alterada pela influência do método de remoção do remanescente resinoso.

Os resultados deste estudo demonstraram que a maior variação de temperatura ocorreu no grupo 5 (Fiberglass em baixa rotação e sem refrigeração), onde o aumento da temperatura variou de 4,8 a 11,8°C com média de 8,5°C, apresentando os maiores valores de temperatura máxima, na qualultrapassou o nível crítico de 5,5°C, proposto por Zach e Cohen (1965). No grupo 1 (Broca de carboneto de tungstênio em alta rotação com refrigeração) ocorreu a menor variação da temperatura pulpar, com média de 0,15°C, os demais grupos apresentaram variações de temperatura intermediárias.

Tabela I – Estatística descritiva e ANOVA / Tukey comparando a variação da temperatura entre os grupos.

Grupo N Média PadrãoDesvio Mínima Máxima Significância (p)*

ALTA C/ REF. 20 ,1050 ,06863 ,00 ,20 A ALTA S/ ,000 BAIXA ,020 BORRACHA ,000 FIBER ,000 ALTA S/ REF. 20 2,0050 ,87808 ,60 3,80 B ALTA C/ ,000 BAIXA ,314 BORRACHA ,000 FIBER ,000 BAIXA 20 1,2800 ,51360 ,60 2,20 B ALTA C/ ,020 ALTA S/ ,314 BORRACHA ,000 FIBER ,000 BORRACHA 20 3,9400 1,56488 1,70 7,80 C ALTA C/ ,000 ALTA S/ ,000 BAIXA ,000 FIBER ,000 FIBERGLASS 20 8,5700 1,90708 4,80 11,80 D ALTA C/ ,000 ALTA S/ ,000 BAIXA ,000 BORRACHA ,000 Letras diferentes mostraram diferença estatística entre os grupos (A – D)

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Os resultados da ANOVA e os testes de Tukey HSD também mostraram diferenças estatisticamente significativas para o tempo necessário para a remoção do composto resinoso entre os cinco grupos testados (p < 0,05). O tempo mínimo, foi de 12,58 segundos pelo grupo 1 (broca de tungstênio em alta rotação usando refrigeração à água), e o tempo máximo, 44,33 segundos, foi medido no grupo 5 (Fiberglass em baixa rotação sem uso de refrigeração). Os outros dados, referentes à média, desvio padrão, tempo mínimo, tempo máximo e valor de significância em relação ao tempo estão descritos na tabela II.

De acordo com o coeficiente de correlação de Pearson (ρ de Pearson), o qual mede o grau de correlação entre duas variáveis de escala métrica, no caso do presente estudo, entre a variação de temperatura e o tempo, o resultado obtido (ρ = 0,826) indica um valor de ρ como um forte grau de correlação.

Esta correlação está representada na figura 5, na qual mostra que os dois itens são diretamente proporcionais entre si.

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Tabela II – Estatística Descritiva e ANOVA / Tukey de comparação entre os grupos em relação ao tempo.

Grupo N Média Desvio

Padrão

Mínimo Máximo Significância (P)*

ALTA C/ REF. 20 14,5495 1,47888 12,58 17,76 A ALTA S/ ,000 BAIXA ,010 BORRACHA ,000 FIBER ,000 ALTA S/ REF. 20 22,3780 2,77275 17,37 27,66 B ALTA C/ ,000 BAIXA ,011 BORRACHA ,036 FIBER ,000 BAIXA 20 18,4860 2,65604 14,68 23,83 C ALTA C/ ,010 ALTA S/ ,011 BORRACHA ,000 FIBER ,000 BORRACHA 20 25,8000 5,74351 15,63 39,17 D ALTA C/ ,000 ALTA S/ ,036 BAIXA ,000 FIBER ,000 FIBERGLASS 20 30,8490 4,40320 23,83 44,33 E ALTA C/ ,000 ALTA S/ ,000 BAIXA ,000 BORRACHA ,000 Letras diferentes mostraram diferença estatística entre os grupos (A – E)

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5 DISCUSSÃO

O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a alteração da temperatura da câmara pulpar em dentes pré-molares superiores, com a utilização de cinco diferentes técnicas, durante a remoção de restos resinosos do esmalte dentário após a descolagem de braquetes ortodônticos. A alteração da temperatura foi mais pronunciada quando se utilizou o sistema de pontas de fibra de vidro próprio para remoção de resina, enquanto que a temperatura praticamente não mudou quando a broca de carboneto de tungstênio em alta rotação e com refrigeração foi usada. As diferenças entre as cinco técnicas foram estatisticamente significativas.

Após a descolagem de braquetes ortodônticos, é normal que o composto resinoso fique aderido à superfície do esmalte do dente e, obrigatoriamente, deve ser feita a remoção desse composto de maneira que não prejudique a superfície do esmalte ou o tecido pulpar. No presente estudo in vitro, pôde-se avaliar as mudanças de temperatura que a câmara pulpar sofreu durante este procedimento, com as diferentes técnicas e também a relação entre a técnica utilizada e o tempo necessário para a completa remoção do composto.

Cuidados devem ser tomados ao remover-se a resina composta, com força excessiva, esses instrumentos podem visivelmente arranhar o esmalte do dente. Retief e Denys (1979) constataram que as brocas de carboneto de tungstênio são mais eficientes na remoção de resina. Vários estudos preconizam o uso de brocas de carboneto de tungstênio em baixa rotação como um dos métodos mais eficientes para a remoção cuidadosa de restos resinosos. Porém estes estudos avaliam também que o uso dessas brocas podem danificar o esmalte causando diversas ranhuras superficiais. (ULUSOY, 2009; PIACENTINI ; SONDRINI, 1996; RADLANSKI, 2001)

A broca de carboneto de tungstênio em alta rotação com o uso de refrigeração foi testada no grupo 1, onde o fluxo de água foi usado para evitar possíveis aumentos da temperatura pulpar. O tempo necessário para a remoção de todo o remanescente resinoso utilizando esta broca com refrigeração foi bem aceitável, sendo que este grupo registrou a menor média de tempo, 12,4 segundos.

Em um experimento anterior, Ulusoy, C. (2009) concluiu que o uso de brocas de tungstênio em alta rotação utilizando-se de água para resfriamento, devido ao ótimo controle do aumento da temperatura pulpar, seria o método mais rápido para a remoção de restos resinosos, deixando, porém cicatrizes no esmalte. Frossard (1996) verificou que a alta

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velocidade com a mesma broca remove significativamente mais esmalte do que com a baixa velocidade. Verificou também que a superfície de esmalte ficou mais polida quando foi utilizada a broca de baixa velocidade comparada com a alta velocidade.

Apesar de não ser o objetivo deste trabalho, pode-se perceber que o uso das brocas, independente da velocidade aplicada, produzia maior rugosidade no esmalte dentário. O uso contínuo de água para os grupos 2 e 3 foi eliminado, a fim de proporcionar melhor visão para o operador, evidenciando os limites entre a resina composta e o esmalte dental. Nestes grupos ocorreram variações na temperatura pulpar dentro dos padrões aceitáveis, não atingindo o nível crítico de 5,5°C, proposto por Zach e Cohen (1965).

As brocas foram muito eficientes na remoção do composto resinoso, independente do uso ou não da água para refrigeração, devido ao seu poder de corte, o tempo necessário para o procedimento foi bastante reduzido.

A remoção dos restos resinosos usando brocas de tungstênio de alta velocidade deve ser feita com brocas de corte mais fino, pois estas causam menor aumento da temperatura pulpar do que brocas de corte mais espessas (JONKE et al, 2006).

Barnejee et al (2008), observaram que a broca de baixa rotação é a que causa menos danos ao esmalte se comparado a outros tipos de remoção. Para a superfície ser mais aceitável, deverá proceder-se acabamento na sequência, usando pedra-pomes e escova de polimento.

Portanto, para minimizar os danos causados à superfície, outros estudos preconizaram o uso de instrumentos que não fossem do tipo brocas de alta e baixa rotação. O uso de borrachas abrasivas seguido de polimento foi recomendado por Gwinnett e Gorelick em 1977.

Então, os autores Ryf et al (2011) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar o uso de brocas e borrachas abrasivas para a remoção dos restos resinosos sem danificar a superfície do dente. O procedimento era mantido até que não houvesse restos visíveis de resina para ser detectado. A remoção do remanescente e a superfície do esmalte para o mais próximo possível da condição inicial foram verificados por inspeção visual, sob a luz de um refletor odontológico. Este estudo alcançou uma média de perda de esmalte de 4,1 µm em todas as amostras, e 2,9 µm, quando as brocas foram combinadas com polidores.

Por conseguinte, o uso de pontas de borracha abrasiva parecem ter vantagens na prevenção de perda de esmalte, sistemas com boas propriedades de polimento de compostos resinosos podem deixar uma superfície brilhante., mas adequada limpeza sem perda de esmalte e sem um aumento de temperatura, simultaneamente, é difícil de alcançar.

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A técnica utilizada no grupo 4, com o uso de borrachas abrasivas próprias para a remoção de resina composta, nos permite uma completa visualização do remanescente, devendo ser realizada em campo totalmente seco e em baixa rotação. Durante o procedimento de remoção com a borracha abrasiva (Du10 Ortho CA), é possível visualizar os limites da resina composta, pois esta fica fosca e o esmalte ao redor, ao contrário da resina, fica brilhoso.

Apesar de, o uso de borrachas abrasivas, usada de forma isolada, parecer ter vantagens na prevenção de perda de esmalte e de não apresentar cicatrizes no esmalte e deixar a superfície lisa, bem polida e brilhante, a variação de temperatura neste grupo foi grande, onde alguns dentes da amostra ultrapassaram o nível crítico. O valor máximo no aumento da temperatura registrado por esta técnica foi de 7,8 °C e a média da variação da temperatura da amostra foi de 3,9 °C, provavelmente causada pela pressão exercida pelo operador, que deve ser de leve à moderada e também pelo tempo necessário para remover todo o remanescente, que teve uma média de 25,8 segundos e o tempo máximo registrado foi de quase 40 segundos. Considerando os resultados obtidos nos grupos 3 e 4, indica-se o uso das mesmas com muita cautela, realizando intervalos de 5 a 10 segundos durante o procedimento de remoção dos restos resinosos a cada dente, a fim de prevenir a elevação da temperatura na câmara pulpar.

Entretanto, uma sugestão de técnica ideal na remoção do remanescente, de forma cuidadosa, para minimizar os danos ao esmalte e evitar um aumento da temperatura excessivo, seria a combinação das técnicas dos grupos 1 e 4, respectivamente, no qual, remove-se o excesso de resina composta com a broca de carboneto de tungstênio primeiramente e em seguida, quando já estiver próximo à superfície do esmalte, a borracha abrasiva removeria o restante, em menos tempo, e deixaria a superfície lisa, polida e brilhosa, sem causar danos maiores ao esmalte.

O sistema de pontas de fibra de vidro, Fiberglass (TDV Dental), testado no grupo 5, de acordo com o estudo, é contraindicado, pois não se mostrou a solução mais eficaz para remoção dos compósitos do esmalte dental, pois possui uma abrasividade controlada, preservando a integridade do esmalte dental, porém apresentou um aquecimento excessivo, registrando uma média de variação de 8,5 °C, causando danos ao tecido pulpar, quando usado em baixa rotação (entre 5.000 e 10.000 RPM), e sem o uso de refrigeração à água. Além de alterar a temperatura da câmara pulpar de forma bastante significativa, a pressão exercida pelo operador para remoção do composto resinoso deve ser bastante acentuada, e o tempo médio (mais de 30 segundos) se mostrou muito alto se comparado ao tempo médio nos outros grupos.

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Considerando os possíveis danos térmicos à polpa, o que pode resultar a partir de longos procedimentos na remoção de resina e sem o uso de água de refrigeração, como no caso das pontas Fiberglass, esta técnica deve ser evitada pois o aumento da temperatura é grande, o que pode ser prejudicial aos tecidos pulpares.

Este estudo experimental não considerou a condução de calor dentro do dente, devido ao efeito da circulação de sangue na câmara pulpar e do movimento de fluidos nos túbulos dentinários durante a limpeza in vivo no processo de remoção (Raab, WHM (1992). Além disso, os tecidos periodontais circunjacentes pode promover a dispersão de calor in vivo, limitando o aumento da temperatura intrapulpar (Hanning, B. Bott, 1999). Por outro lado, aumento da temperatura real pode ser maior em condições clínicas em dentes jovens, devido a menor espessura de dentina presente quando comparado com dentes adultos, em que a deposição de dentina secundária é maior.

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7 CONCLUSÃO

Considerando os resultados obtidos no presente estudo, pode-se concluir que houve diferenças estatisticamente significativas em relação à variação de temperatura intrapulpar e ao tempo decorrido para remoção do remanescente resinoso entre os grupos em questão.

• Os grupos 1, 2, e 3 se mostraram como métodos adequados para remoção do remanescente adesivo, pois tiveram a variação de temperatura dentro do valor aceitável de 5,5°C.

• O grupo 4, apesar de resultar em uma média de variação de temperatura dentro do nível crítico, alguns dentes da amostra ultrapassaram o mesmo, devendo ser usado com cautela.

• O grupo 5 apresentou a variação de temperatura acima do nível crítico, contraindicando o seu uso para remoção de resina residual.

• Os grupos 1 e 3 apresentaram as menores médias de tempo registrada para remoção completa do remanescente (14 e 18 segundos, respectivamente), que, em relação aos outros grupos, apresentaram diferenças estatisticamente significativas.

• O grupo 2 apresentou a média de tempo em torno de 22 segundos e os grupos 4 e 5, o tempo médio registrado foi acima de 25 segundos.

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REFERÊNCIAS

ZACH, L.;COHEN, G. Pulp response to externally applied heat. Oral Surg. Oral Med. Oral

Pathol. V. 19, p. 515- 530, 1965.

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